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Estrutura cerebral e o

funcionamento cognitivo

Priscila Tomasi Torres


NOSSOS TÓPICOS PRINCIPAIS HOJE

A estrutura do Sistema Nervoso;


Terminologias anatômicas básicas;
Técnicas para os estudos do cérebro;
Neuroplasticidade;
A ESTRUTURA DO SISTEMA
NERVOSO
O Sistema Nervoso Central (SNC) e o Sistema
Nervoso Periférico (SNP)
SISTEMA NERVOSO CENTRAL
É definido como o conjunto dos componentes
do sistema nervoso contidos em caixas ósseas
(o crânio e a coluna vertebral);

É dividido em:
➔ Encéfalo (contido dentro do crânio)
➔ Medula Espinhal (contida no interior da
coluna vertebral).
O encéfalo humano pesa cerca de

Encéfalo 400g no momento do nascimento,


peso que triplica durante os primeiros
três anos de vida, principalmente
devido à adição de mielina e ao
crescimento de processos neuronais.
O encéfalo adulto pesa cerca de 1.400
g; portanto, é uma estrutura
relativamente pequena, constituindo
cerca de 2% do peso corporal.
ENCÉFALO
É subdividido em: Cérebro, Cerebelo e Tronco Encefálico.
Telencéfalo

O telencéfalo é composto de um
cérebro maciço, que é dividido em dois
hemisférios.
Os hemisférios cerebrais consistem
em uma cobertura de substância
cinzenta (córtex cerebral); estruturas
profundas dentro do cérebro, incluindo
os gânglios da base e duas grandes
estruturas do sistema límbico (o
hipocampo e a amígdala);
Diencéfalo

➔ O diencéfalo, também derivado da parte anterior do tubo neural, consiste em


tálamo, hipotálamo e subtálamo.
Tálamo
➔ Funções Sensoriais: O tálamo filtra,
modula e distribui todos os inputs
sensoriais as várias áreas corticais.
É uma estação de processamento
essencial para todas as informações
sensoriais (exceto olfatórias) em
seu caminho para o córtex.

➔ Funções motoras: Tem função de


relé entre os circuitos
cerebelo-cortical.
➔ Funções emocionais: Alguns de
seus núcleos fazem parte do
sistema límbico com ramificações
para a córtex pré-frontal. Funções de
mediação de reação a raiva, medo e
defesa.
➔ Função de ativação cortical: Alguns
de seus núcleos fazem conexão
entre o sistema reticular ativador e a
córtex cerebral. Funções
importantes para se proteger de
algum perigo ou em ciclos de
sono-vigília
Hipotálamo
➔ É uma estrutura importante para
a regulação da homeostase do
organismo.
➔ Controla o sistema nervoso
autônomo assim como todo o
funcionamento hormonal do
corpo.
➔ Grande parte desta regulação se
faz pela sua influência sobre a
glândula hipófise (pituitária), a
qual secreta os principais
hormônios que estimulam as
demais glândulas do corpo.
➔ Do ponto de vista funcional, faz
parte do sistema límbico.
Subtálamo

➔ É uma estrutura que não é


observável facilmente. Estando
localizada na zona de transição
entre o diencéfalo e o
mesencéfalo.
➔ O núcleo subtalâmico tem papel
importante entre os circuitos da
córtex cerebral e os núcleos de
base, estes sendo fundamentais
para regulação da motricidade.
➔ Lesões nesta região são
responsáveis por uma síndrome
conhecida como hemibalismo, que
consiste em movimentos
involuntários das extremidades do
corpo. No Mal de Parkinson é uma
das vias afetadas.
Tronco Encefálico

➔ Mesencéfalo, a ponte e o bulbo formam o


tronco encefálico, ou tronco cerebral;
➔ A divisão do SNC caudal ao diencéfalo.
➔ O tronco encefálico é o conduto pelo qual
passa toda informação ascendente e
descendente entre o encefálo e a medula
espinal.
➔ É a área do SNC responsável pelo controle
da pressão arterial, deglutição, respiração e
batimentos cardíacos.
Cerebelo
▪ Situa-se abaixo da porção posterior do cérebro e em posição
dorsal ao tronco encefálico, ao qual se ligam por feixes de fibras
nervosas denominados pedúnculos cerebelares.

▪ Revestido de substância cinzenta – córtex cerebelar e


interiormente um corpo medular formado por fibras nervosas, no
qual podem ser vistos grupamentos de neurônios, denominados
núcleos centrais do cerebelo.

▪ Possui um grande número de neurônios.

▪ Interage com os núcleos vestibulares do tronco encefálico.

▪ O cerebelo tem um papel importante no processamento de


informações sensoriais e na coordenação da motricidade
voluntária. Evidências mais recentes indicam que ele também
atua na função cognitiva.
A estrutura do
encéfalo
Inicialmente, podemos verificar a existência de duas
metades aparentemente simétricas: são os hemisférios.
No caso do encéfalo humano, os hemisférios
apresentam dezenas de dobraduras chamadas de:
giros, circunvoluções ou folhas, separadas por sulcos
ou fissuras.
CORTÉX CEREBRAL
Com a complexidade do padrão de
giros do encéfalo humano, o córtex é
dividido em grandes regiões chamadas
lobos.
Os lobos são cinco: quatro são
visíveis e um está posicionado no
interior do encéfalo:

• Frontal;
• Parietal;
• Temporal;
• Occipital;
• Ínsula;
Lobo Frontal
➔ O lobo frontal é o maior do cérebro. É separado do lobo parietal pelo sulco central e do
temporal pelo sulco lateral.
➔ O giro pré-central, localizado anteriormente ao sulco central, contém as áreas motoras
primárias.
➔ As áreas nas superfícies laterais e mediais são essenciais não só para regular a atividade
motora ou comportamento voluntário, mas também para inicializar o comportamento motor,
ou seja, “decidir” quais movimentos devem ser realizados. Aspectos expressivos ou motores
da linguagem também são processados na superfície lateral do lobo frontal, sobretudo no
hemisfério dominante (normalmente o esquerdo) na área motora da fala (área de Broca).
➔ O restante do lobo frontal consiste em regiões de associação conhecidas como áreas de
associação pré-frontal. É responsável por funções como emoção, motivação, personalidade,
iniciativa, julgamento, capacidade de concentração e inibições sociais. Uma área na superfície
medial, o giro do cíngulo, também é importante para modular os aspectos emocionais do
comportamento.
Lobo Parietal

➔ O lobo parietal é importante na regulação das funções somatossensoriais. É separado


do lobo frontal pelo sulco central, do temporal pelo sulco lateral e do occipital pelo
sulco parietoccipital. O giro pós-central é a área somatossensorial primária do córtex.
➔ O processamento e a percepção cortical inicial de tato, dor e posição do membro
ocorrem nos aspectos lateral e medial do lobo parietal.
➔ Os aspectos receptivos ou sensoriais da linguagem também são processados nesse
lobo, sobretudo no hemisfério dominante (normalmente o esquerdo), na área de
Wernicke.
➔ A terceira função principal do lobo parietal envolve aspectos complexos de orientação
e percepção espacial, incluindo a autopercepção e a interação com o mundo que nos
rodeia.
Lobo Occipital

➔ O lobo occipital está envolvido principalmente no processamento da


informação visual. É separado do lobo parietal pelo sulco parietoccipital.

➔ A área visual primária está localizada na superfície medial de ambos os lados


do sulco calcarino.

➔ As áreas de associação visual rodeiam e cobrem a superfície lateral desse lobo


e mediam a nossa capacidade de ver e reconhecer os objetos.
Lobo Temporal

➔ O lobo temporal é importante para o processamento da informação auditiva. É


separado dos lobos frontal e parietal pelo sulco lateral e do lobo occipital por uma
linha que pode ser desenhada como um prolongamento do sulco parietoccipital.

➔ O giro temporal superior é a área na qual nossa capacidade de ouvir e interpretar os


sons é processada.

➔ Além disso, uma área na superfície lateral do lobo temporal atua na percepção da
linguagem. As áreas anteriores e mediais do lobo temporal são importantes em
aspectos complexos da aprendizagem, memória e emoção.
Ínsula

➔ A ínsula integra informações sensoriais e


autonômicas das vísceras.
➔ Desempenha um papel em determinadas funções
de linguagem, como pode ser demonstrado pela
afasia em pacientes com algumas lesões
insulares.
➔ A ínsula processa aspectos da sensação de dor e
temperatura e, possivelmente, gustação.
Sistema Límbico

➔ O sistema límbico é constituído por


estruturas interligadas e
interconectadas que fornecem um
substrato neuroanatômico para
comportamentos relacionados à
motivação e emoção e atuam na
aprendizagem e memória.
➔ Os componentes profundos do cérebro
do sistema límbico incluem a amígdala
(ou corpo amigdaloide) e o hipocampo,
ambos localizados no lobo temporal
OS CORTES DO SNC
Os cortes no SNC são muito convenientes para
revelar estruturas internas, e extremamente
necessários para compreender as imagens
radiológicas.
Ao realizar o corte é possível identificar duas
regiões de tonalidades diferentes: a substância
cinzenta e a substância branca.
A substância branca é mais clara porque contém
poucas células e uma grande quantidade de um
tipo de gordura que reveste as fibras nervosas - a
mielina. Já a região da substância cinzenta é onde
se concentra os corpos das células,
Funções:
➔ As zonas compostas pela
massa cinzenta com as
funções de processamento de
informação.

➔ Enquanto que as funções de


conexão se relacionam com as
partes nas quais encontramos
a massa branca.
A MEDULA E
OS NERVOS ESPINHAIS

É na medula espinhal - parte do SNC


que fica alojada na coluna vertebral -
que emergem os nervos espinhais
encarregados da comunicação com os
órgãos do corpo.
Existem 31 pares de nervos espinhais:

➔ 8 segmentos cervicais (C1 a C8)


➔ 12 torácicos (T1 a T12)
➔ 5 lombares (L1 a L5)
➔ 5 sacros (S1 a S5).
COLUNA VERTEBRAL
A MEDULA ESPINHAL

A medula é responsável pelos primeiros


estágios de processamento de informação
sensorial proveniente do corpo, é quem
veicula os comandos que ativam os
músculos esqueléticos, a musculatura lisa
das vísceras e as glândulas.
Além disso, os reflexos mais simples como
flexão ou estiramento.
Sistema Nervoso
Periférico
Está disperso no organismo, pode ser
classificado por nervos e gânglios.
Estes entendemos como os condutores da
comunicação do SNC com os órgãos
periféricos e os aglomerados de células
nervosas que se distribuem nos vários
órgãos.
Sistema Nervoso Periférico

O SNP pode ser dividido em


componentes somáticos e viscerais.
Os nervos cranianos
Os nervos cranianos representam o SNP da
cabeça e parte do pescoço, assim como os
nervos espinhais representam o SNP do
restante do corpo.
Existe 12 nervos cranianos em cada lado do
encéfalo, Os nervos I e II são exclusivamente
sensoriais, quatro são exclusivamente
motores (IV, VI,XI e XII), e os seis restantes
são mistos.
OS NERVOS CRANIANOS
Sistema Nervoso Periférico

➔ As fibras sensoriais somáticas ou aferentes somáticas transportam


informações das estruturas derivadas de somitos (pele, músculo esquelético,
articulações).
➔ As fibras somáticas motoras ou eferentes somáticas levam informações à
musculatura derivada de somitos (músculo esquelético).
➔ As fibras aferentes viscerais sensoriais ou viscerais levam informações das
vísceras da região central do corpo (órgãos torácicos, abdominais e pélvicos).
➔ As fibras viscerais motoras ou viscerais eferentes também são chamadas de
sistema nervoso autônomo, que pode ser dividido em componentes simpático
e parassimpático.
Sistema Nervoso Periférico
O sistema nervoso simpático costuma ser O sistema nervoso parassimpático atua
chamado de sistema de “luta ou fuga.” Ele tem para manter o status quo do corpo. Também
uma ação generalizada que resulta em conhecido como o sistema de “repouso e
elevação na pressão sanguínea, aumento nos digestão”, seu alvo são as vísceras torácicas,
níveis de açúcar sanguíneo, redirecionamento abdominais e pélvicas. Quando ativado, o
do fluxo sanguíneo para a musculatura sistema parassimpático diminui o rendimento
esquelética e para longe das circulações cardíaco e a pressão sanguínea, acelera o
visceral e cutânea, dilatação das pupilas e peristaltismo no trato gastrintestinal, aumenta
salivação diminuída. a salivação e causa contração pupilar e
micção.
Neurofisiologia
Sistema Nervoso
➔ NEURÔNIOS E CÉLULAS GLIAIS – as células das quais o sistema nervoso é feito –
compartilham muitas características com as células em geral.

➔ Os neurônios são especialmente dotados da capacidade de se comunicarem de modo


preciso e rápido com outras células em locais distantes no corpo.

➔ Duas características proporcionam aos neurônios essa capacidade:

1. Eles apresentam um alto grau de assimetria funcional e morfológica: os neurônios


apresentam dendritos receptores em uma extremidade e um axônio transmissor na
outra. Esse arranjo é a base estrutural para a sinalização neuronal unidirecional.

2. Os neurônios são elétrica e quimicamente excitáveis.


Sistema Nervoso

Neurônio:

➔ Sua estrutura é geralmente a mesma:


◆ há o corpo celular, que acomoda o núcleo e as organelas celulares;
◆ o axônio, uma prolongação única, revestida de mielina (camada lipídica que atua
na condução dos impulsos nervosos) e responsável por conduzir os impulsos;
◆ e os dendritos, que são ramificações tanto do corpo celular quanto do axônio e
realizam a comunicação entre os neurônios, por meio das sinapses.
Sistema Nervoso
Neurônios:

➔ Dendritos: prolongamentos múltiplos, por onde as informações são recebidas.


➔ Axônios: prolongamento único, conduz impulsos nervosos e repassa para outras células.
➔ São revestidos pela bainha de mielina:
● Capacidade de conduzir os impulsos nervosos a uma velocidade maior do que as
fibras amielinicas.
Sistema Nervoso
➔ Classificação funcional de neurônios:
◆ os sensoriais; os motores; e os interneurônios.
● Os neurônios sensoriais levam a informação captada do ambiente externo até o
sistema nervoso, por meio dos receptores de estímulos (sejam eles mecânicos ou
químicos) - recebem estímulos sensoriais do meio ambiente (tato, olfato, visão,
audição e gustação) e do próprio organismo;
● Os interneurônios, grupo de neurônios mais numeroso, transmitem o sinal dos
neurônios sensoriais ao sistema nervoso central;
● Os motores conduzem a resposta ao estímulo recebido, do sistema nervoso central ao
órgão ou tecido estimulados (controlam órgãos efetores, tais como glândulas
exócrinas e endócrinas e fibras musculares);
Funcionalidade do cérebro
TÉCNICAS PARA O
ESTUDO DO CÉREBRO
Com os avançoes tecnológicos
podemos hoje obter informações
detalhadas sobre o funcionamento e a
estrutura cerebral.
REGISTRO DE UNIDADE POTENCIAIS
ISOLADA RELACIONADOS A
Trata-se de uma técnica que envolve EVENTOS (ERP)
O mesmo estímulo é apresentado
a inserção no cérebro de um
repetidamente, e o padrão da
microelétrodo de um décimo de
atividade cerebral elétrica é
milésimo de um milímetro de
registrado por vários eletrodos no
diâmetro para estudas a atividades
couro cabeludo. Essa técnica
em neurônios isolados.
investiga processos cognitivos com
precisão temporal.
TOMOGRAFIA POR IMAGEM POR
EMISSÃO DE PÓSITRONS RESSONÂNCIA
(PET) MAGNÉTICA FUNCIONAL
Trata-se de uma técnica que envolve
(IRMF)
Técnica que envolve a imagem da
a detecção de pósitrons (partículas
atômicas emitidas por algumas oxigenação do sangue, usando uma

substâncias radioativas). Mede a maquina de imagem por ressonância

atividade neural. magnética.


IMAGEM POR MAGNETOENCEFALOGR
RESSONÂNCIA AFIA (MEG)
Trata-se de uma técnica que envolve
MAGNÉTICA FUNCIONAL
a mensuração dos campos
RELACIONADA A EVENTO
magnéticos produzidos pela
atividade elétrica cerebral.
Forma de IRMfe em que são
Proporciona informações bastante
comparados padrões de atividade
detalhadas em nível de
cerebral associados a eventos
milissegundos sobre o curso
específicos, por exemplo, teste de
temporal dos processos cognitivos.
memória.
ESTIMULAÇÃO
MAGNÉTICA
TRANSCRANIANA (TMS)
Técnica em que pulsos magnéticos
muito breves afetam o
funcionamento de determinada área
cerebral. Mais precisamente, causa
interferência quando a área cerebral
na qual é aplicada está envolvida no
processamento de uma tarefa, como
também a atividade produzida pela
NEUROPLASTICIDADE
Define-se neuroplasticidade como a
propriedade do Sistema Nervoso de alterar a
sua função ou a sua estrutura em resposta às
influências ambientais que o atingem.Tanto as
alterações plásticas quanto as influências
ambientais que as provocam podem variar
bastante, de muito fortes a extremamente sutis.
NEUROPLATICIDADE
O sistema nervoso é "construído" durante o
desenvolvimento embrionário e pós natal
obedecendo as regras básicas expressas pelo
genoma de cada espécie.
A interação entre as informações do genoma e
as informações do ambiente resulta na
plasticidade ontogenética, talvez seja esta a
fonte mais importante de variabilidade.
PLASTICIDADE ADULTA NEUROPLASTICIDADE
Tanto durante o desenvolvimento
E diferente da plasticidade quanto na vida adulta, pode se
ontogenética, pois tem um caráter manisfestar das seguintes formas:
mais celular e molecular, incindindo morfológica - alterações de axônios,
sobre as sinapses. A plasticidade nos dendritos e nas sinapses;
sináptica é a base da memória e, funcional - mediante alteração na
portanto, da capacidade cognitiva que fisiologia neuronal e sináptica; e
os cérebros propiciam. comportamental - mediante alterações
relacionadas aos fenômenos de
aprendizagem e memória.
“A experiência
constantemente molda o
cérebro e, nesse sentido, o
cérebro é moldado pela
experiência.”
OLIVER SACKS
REFERÊNCIAS
LENT. Neurociência da Mente e do
Comportamento. Rio de Janeiro: Guanabara
Koogan, 2008. 978-85-277-1994-0. Disponível
em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/
978-85-277-1994-0.
EYSENCK, M. W.; KEANE, M. T. Manual de
Psicologia Cognitiva. Porto Alegre: ArtMed,
2017. 9788582713969. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/boo
ks/9788582713969/.

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