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O cérebro –

Estruturas
Subcorticais
Lara Pinhel; Laura Martins; Leonor Neves; Maria Pereira
Índice

Cerebelo e bolbo
01 raquidiano 02 SRA

Tálamo e Amígdala e
03 Hipotálamo 04 Hipocampo
INTRODUÇÃO
O cérebro, em conjunto com a espinal medula, forma
o sistema nervoso, que controla quase todos os
nossos comportamentos e processos mentais.
Nesta apresentação vamos falar em particular sobre
as estruturas subcorticais, que são um grupo de
diversas formações neurais
01
Cerebelo e bolbo
raquidiano
Cerebelo
O cerebelo é formado por dois hemisférios, ligados
entre si, na parte inferior. Possui, entre muitas outras,
funções ligadas à manutenção da posição e equilíbrio
do corpo e ao controlo da atividade muscular. Tem
um papel bastante importante no controlo dos atos
motores complexos e rápidos, como por
exemplo,tocar piano. Esta parte do cérebro é que
contém metade dos neurónios, sendo responsável pela
conexão entre o tronco encefálico e o córtex cerebral.
Cerebelo
Para entendermos melhor o cerebelo, podemos
dividi-lo em três partes: vestibulocerebelo,
espinocerebelo e cerebrocerebelo.
O vestibulocerebelo é essencial para a manutenção
do equilíbrio e da postura.
O espinocerebelo é por sua vez responsável pela
coordenação de movimentos das extremidades
apendiculares, principalmente mãos e dedos.
Por último, o cerebrocerebelo sequencia e temporiza
os nossos movimentos complexos
Bolbo Raquidiano
O bolbo raquidiano é o prolongamento superior da espinal
medula, ligando-a ao encéfalo. Possui funções semelhantes ás
da medula, na medida que constitui um centro de atividade
reflexa e conduz impressões á parte superior do cérebro. O
bolbo raquidiano recebe informação sensorial proveniente da
cabeça, como por exemplo: o paladar, a audição, o tato no
couro cabeludo etc. Este envia também impulsos do controlo
motor á cabeça, como, por exemplo, no mastigar, engolir e
respirar. Também intervém no ritmo respiratório e cardíaco e
noutras funções ligadas á preservação da vida, como o sono.
02
SRA
S.R.A – Sistema Ativador Reticular
O sistema ativador reticular (S. R. A.)
estende-se por todo o tronco cerebral,
desde o bolbo raquidiano até ao tálamo, e é
formado por uma fina rede de nervos cuja
função é a de despertar as diversas áreas do
cérebro, para interpretar mensagens e
emitir a resposta adequada. Este tem a
função de alertar o cérebro, discriminando Tálamo
entre as mensagens aquelas que convém
que atinjam este órgão. Tronco cerebral Sistema ativador reticular
S.R.A – Sistema Ativador Reticular
Por exemplo, podemos afirmar que acordar com o
som do despertador depende do bom funcionamento
do sistema ativador reticular. Tal papel selecionador
de estímulos protege o cérebro, evitando que este
seja continuamente bombardeado por informações
irrelevantes. O S.R.A. desempenha também outras
funções importantes relacionadas com os estados de
vigília e de sono e também com os fenómenos de
atenção e distração. A lesão do sistema ativador
reticular determina, no indivíduo, um estado de
coma permanente.
03
Tálamo e
Hipotálamo
Tálamo
O tálamo é a maior estrutura subcortical, formado por duas
estruturas ovalóides e está situado numa região central do
cérebro chamada de diencéfalo, este age como um centro de
transmissão entre o tronco cerebral e o cérebro. Dentro das
suas funções estão: a transmissão de sinais motores e
sensitivos para o córtex, além da regulação
da consciência, sono e estado de alerta. O tálamo é composto
de 12 núcleos - anatomicamente, nove deles são agrupados
em núcleos anterior, medial e lateral, enquanto os três
restantes formam lâminas que separam esses grupos.
Funcionalmente, estes podem ser classificados em três
grupos: os núcleos de transmissão, os núcleos Intralaminares
e o núcleo reticular. Também recebe respostas das áreas
superiores do cérebro, que envia para o cerebelo e bolbo Núcleo anterior ( vista lateral)
raquidiano.
Tálamo – Núcleos
O tálamo contém diversos núcleos: anterior, Os núcleos anteriores, estão conectados ao trato
dorsomedial, lateral dorsal e lateral posterior, pulvinar, mamilotalâmico (que cursa entre o núcleo mamilar dos
ventral anterior, ventral lateral, ventral posterior lateral corpos mamilares e o hipotálamo). Também se ligam
e medial, Intra laminares, da linha média, reticulares, e ao hipotálamo e ao giro do cíngulo, que faz parte
os geniculados laterais e mediais. do sistema límbico. Assim, os núcleos anteriores estão
relacionados à organização das emoções e à memória
recente. O núcleo dorsomedial tem conexões com
o córtex pré-frontal e o hipotálamo, este está
envolvido na transmissão de sentimentos objetivos e
emocionais, e ña relação do estado subjetivo do
indivíduo ( como por exemplo o estado
de controlo emocional e personalidade).
Os núcleos ventrais anteriores e laterais por sua vez
influenciam e regulam as vias descendentes motoras
do córtex e cerebelo.

Núcleo anterior (vista lateral)


Tálamo - Núcleos
Os núcleos ventrais posteriores são a estação de
sinapse das vias sensitivas periféricas (lemniscos
medial e espinhal) em direção ao córtex
sensorial (no giro pós-central).
O núcleo geniculado lateral recebe os axónios
do nervo ótico e os transmite para o córtex
visual (no lobo occipital).
O núcleo geniculado medial tem idêntica função
na via auditiva.
Os núcleos Intra laminares têm ligações com a
formação reticular e permitem ao córtex
influenciar o estado de vigília.
Corpo geniculado medial (vista lateral)
Hipotálamo
O hipotálamo é uma região do encéfalo (tamanho
aproximado ao de uma amêndoa) que está localizado sob
o tálamo, e abrange uma área importante na região central
do diencéfalo, tendo como função regular determinados
processos metabólicos e outras atividades autônomas. O
hipotálamo conecta o sistema nervoso ao sistema
endócrino sintetizando a secreção de neuro hormônios,
sendo necessário no controlo da secreção de hormônios
da glândula pituitária. Os neurônios que liberam GnRH
estão ligados ao sistema límbico, que está envolvido
principalmente no controle das emoções e atividade sexual.
O hipotálamo também controla a temperatura corporal,
a fome e a sede.
Núcleo Hipotalâmicos
O hipotálamo é constituído fundamentalmente por A zona medial está situada entre o fórnix e as paredes
uma substância cinzenta que se agrupa em do III ventrículo, é rica numa substância cinzenta e
núcleos. Existem estruturas que o atravessam, nela encontramos os principais núcleos do hipotálamo.
como é o caso do fórnix, que percorre de cima Na zona lateral há uma predominância de fibras
para baixo cada metade do hipotálamo, mielínicas com direção longitudinal. É esta área que
terminando no respetivo corpo mamilar. O fornix vai dar passagem ao feixe porencefálico medial (Feixe
divide assim o hipotálamo numa zona medial e medial do telencéfalo), um complexo de fibras que
uma zona lateral. estabelece conexões mutuas com a área septal (sistema
límbico) e com a formação reticular do mesencéfalo.
Juntamente com este feixe encontra-se ainda a área
hipotalâmica lateral, que é responsável pela ingestão
de alimentos.
Núcleo Hipotalâmicos
A zona medial pode ainda ser divida em 3 grupos por dois planos
frontais: hipotálamo anterior/supra-óptico, médio/tuberal e
posterior/mamilar.
• hipotálamo anterior: consiste na zona do quiasma ótico e região
superiormente a este, que está ladeada pelas paredes do III
ventrículo e que se estende até ao sulco hipotalâmico;
• hipotálamo médio: compreende o tuber cinerium, ao qual se liga o
infundibulum, e a toda a área situada superiormente a este, ladeada
novamente pelas paredes do III ventrículo e que se estendem até ao
sulco hipotalâmico;
• hipotálamo posterior: compreende os corpos mamilares e os seus
núcleos conjuntamente com a área do III ventrículo que lhes é
superior, até ao sulco hipotalâmico. Núcleo paraventricular do
hipotálamo
04
Hipocampo e
amígdalas cerebrais Amídala

Hipocampo
Hipocampo
O hipocampo está localizado nos lobos temporais do cérebro humano,
a zona a cima das orelhas.
Este desempenha uma função importante na formação, organização e
armazenamento da memória explicitas a longo prazo, além de ligar
determinadas sensações e emoções a essas memórias, e na retenção de
informações. Tem ainda um papel importante na navegação espacial,
que atua como o nosso sentido de orientação.
O hipocampo também pode contribuir para o desenvolvimento de
vícios. Como os efeitos das drogas e do álcool afetam os sistemas de
recompensa do cérebro, o hipocampo cria memórias dessas
experiências satisfatórias.
Papel do hipocampo na formação
de memória ao longo prazo
O hipocampo desempenha um papel na
O hipocampo participa nas etapas iniciais do
armazenamento de memória a longo prazo. consolidação das memórias durante o
Funcionando como centro de transporte, sono. Quanto maior for a atividade
recebendo as informações, registando-as e hipocampal durante este após uma
armazenando-as temporariamente antes de experiência há uma melhor lembrança
as enviar para serem arquivadas e dela no dia seguinte.
armazenadas na memória de longo prazo nas
áreas associativas neocorticais.
Lesões no hipocampo impedem a formação
de novas memórias, apesar de não
danificarem as memórias já existentes.
Papel do hipocampo na memória
espacial
A parte traseira do hipocampo está envolvida no processamento
de memórias espaciais.
Esta função permite-nos distinguir estradas e lugares. Refere-se
também à capacidade do indivíduo em movimentar-se no
espaço. A forma de como nos deslocamos de um lugar para o
outro, depende da capacidade de formar, reter e utilizar a
representação cognitiva do ambiente.
Interação entre o hipocampo e a amígdala

Durante a exposição a um evento


emocional, a amígdala influência a
plasticidade neural e o processo de
formação de memórias no hipocampo.
Assim como na amígdala, o hipocampo
também afeta a plasticidade neural. No
entanto, as propriedades destes dois são
dependentes do histórico do indivíduo.
Amígdalas Cerebrais

São grupos de neurônios localizados nas profundidades do


lobo temporal, havendo duas de cada lado do cérebro. São
pequenas e fazem parte do sistema límbico.
O seu papel é processar e regular as emoções,
principalmente as ligadas às emoções de medo e fuga.
Além de processamento de informações olfatórias.
Medo Memoria emocional
A amígdala é responsável pela perceção, A formação da memória emocional é atribuída à
geração e manutenção das emoções atividade de um aglomerado de núcleos subcorticais
relacionadas ao medo, assim como as situados no lobo temporal, que formam o complexo
respostas que damos em casos de perigo. amigdaloide.
Esta é fundamental para a auto-preservação, A participação da amígdala na memória seria a
por ser o responsável por identificar o perigo, separação entre a associação emoção-objeto e a
gerando medo e ansiedade e colocando o simples expressão da resposta emocional.
indivíduo em estado de alerta. Vários cientistas estão a estudar os detalhes
bioquímicos que acontecem à volta da amígdala,
para possíveis tratamentos para minimizar os
traumas de infância.
DOENÇA DO
SISTEMA
NERVOSO
Trissomia 21
Introdução
A trissomia 21, também conhecida como Síndrome de
Down, é uma condição genética que ocorre quando uma
pessoa possui três cópias do cromossoma 21, em vez das
duas cópias habituais. Isso resulta numa série de
características físicas e desafios cognitivos que variam em
gravidade de pessoa para pessoa.
Breve história
A trissomia 21, mais conhecida
como Síndrome de Down, é uma
condição genética que foi descrita
pela primeira vez em 1866 pelo
médico britânico John Langdon
Down. No entanto, a causa genética
da condição só foi compreendida
anos mais tarde.
Trissomia 21

Características Deficiência
Físicas Intelectual
Pessoas com Síndrome de Down podem A maioria das pessoas com trissomia 21
apresentar características faciais distintas, tem alguma forma de deficiência
como olhos oblíquos, narizes achatados e intelectual, que varia em gravidade.
línguas protuberantes. Além disso, elas Muitas são capazes de aprender e
podem ter hipotonia muscular, que afeta o alcançar independência em diferentes
tônus muscular. graus.
Trissomia 21

Problemas de Saúde Intervenção Precoce


As pessoas com Síndrome de Down podem Intervenção precoce é fundamental para
ter maior probabilidade de desenvolver o desenvolvimento das crianças com
certos problemas de saúde, como Síndrome de Down. Isto pode incluir
cardiopatias congênitas, problemas de visão terapia ocupacional, terapia da fala,
e audição, problemas na tireoide, entre fisioterapia, entre outras.
outros.
Trissomia 21

Educação Inclusiva Vida adulta Prevalência


Muitas crianças com Com o apoio adequado, A prevalência da trissomia 21
trissomia 21 frequentam muitas pessoas com varia globalmente. Em média,
escolas regulares e Síndrome de Down podem a incidência é de cerca de 1
beneficiam-se da educação levar vidas independentes, em cada 700 a 1.000
inclusiva, que ajuda a encontrar empregos e nascimentos. Alguns países
promover a inclusão social e participar ativamente na podem ter taxas um pouco
o desenvolvimento. sociedade. mais altas ou mais baixas
devido a fatores genéticos e
outros determinantes.
OBRIGADO
PELA
ATENÇÃO

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