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Faculdade de Medicina
Departamento de Ciências Fisiológicas
Fisiologia I
Discente: Docente:
Daisy Monjane Prof. Drª. Elsa Lobo
Celina Monitores:
Charlen Rogerio Cuambe Júlio Franqueza
Edson Joao Luis Mariano Joaquim
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INTRODUÇÃO
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OBJECTIVOS
Objectivos Gerais
Descrever os processos de memória e aprendizagem.
Objectivos Específicos
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ANATOMIA FUNCIONAL DO SISTEMA LÍMBICO
A palavra “límbico” significa “borda”. Originalmente, o termo “límbico” era usado para
descrever as estruturas da borda, ao redor das regiões basais do prosencéfalo; porém,
conforme aprendemos mais sobre as funções do sistema límbico, o termo sistema límbico
foi expandido para significar todo o circuito neuronal que controla o comportamento
emocional e as forças motivacionais. Uma parte importante do sistema límbico é o
hipotálamo e suas estruturas relacionadas. Além de seu papel no controle comportamental
essas áreas controlam muitas condições internas do corpo, como a temperatura corporal,
osmolalidade dos líquidos corporais, e os desejos de comer e beber e o controle do peso
corporal. Essas funções do meio interno são coletivamente chamadas funções vegetativas
do cérebro, e seu controle está intimamente relacionado ao comportamento.
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A figura acima mostra a posição do hipotálamo no sistema límbico e mostra, a seu redor,
outras estruturas subcorticais do sistema límbico incluindo; a área septal, a área
paraolfatória, o núcleo anterior do tálamo, partes dos gânglios da base, o hipocampo e a
amígdala. E, ao redor das áreas límbicas subcorticais, fica o córtex límbico, composto por
anel de córtex cerebral, em cada um dos hemisférios cerebrais;
Consequentemente, nas superfícies medial e ventral de cada hemisfério cerebral existe anel
principalmente de paleocórtex, que envolve o grupo de estruturas profundas intimamente
associadas ao comportamento geral e às emoções. Por sua vez, esse anel de córtex límbico
funciona como via de mão dupla de comunicação e de associação entre o neocórtex e as
estruturas límbicas inferiores. Muitas das funções comportamentais, promovidas pelo
hipotálamo e por outras estruturas límbicas, são também mediadas pelos núcleos reticulares
do tronco cerebral e por seus núcleos associados monstrando que a estimulação de porções
excitatórias da formação reticular pode causar altos graus de excitabilidade cerebral,
enquanto também aumenta a excitabilidade da maioria das sinapses da medula espinal.
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A maioria dos sinais hipotalâmicos, para o controle do sistema nervoso autônomo, também
é transmitida pelos núcleos sinápticos situados no tronco cerebral. Via importante de
comunicação entre o sistema límbico e o tronco cerebral é o fascículo prosencefálico
medial, que se estende das regiões septal e orbitofrontal do córtex cerebral para baixo pela
região média do hipotálamo para a formação reticular do tronco cerebral. Esse feixe carreia
fibras em ambas as direções, formando um sistema troncular de comunicação. A segunda
via de comunicação é por meio de vias curtas, entre a formação reticular do tronco cerebral,
tálamo, hipotálamo e a maioria das outras áreas contíguas da parte basal do encéfalo.
HIPOTÁLAMO
1. para trás e para baixo, até o tronco cerebral, principalmente para as áreas reticulares do
mesencéfalo, ponte e bulbo e dessas áreas para os nervos periféricos do sistema nervoso
autônomo;
2. ascendente, em direção a muitas áreas superiores do diencéfalo e prosencéfalo,
especialmente para a parte anterior do tálamo e porções límbicas do córtex cerebral; e
3. para o infundíbulo hipotalâmico, a fim de controlar, total ou parcialmente, a maioria das
funções secretórias tanto da hipófise anterior quanto da posterior.
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A estimulação ou lesões do hipotálamo pode ter com frequência, profundos efeitos no
comportamento emocional de animais e dos seres humanos. Alguns dos efeitos
comportamentais da estimulação são os seguintes:
1. A estimulação da região lateral do hipotálamo, não apenas causa sede e fome, mas
também aumenta o nível geral de atividade do animal, algumas vezes levando à raiva e à
luta.
4. O desejo sexual pode ser estimulado em diversas áreas do hipotálamo, especialmente nas
porções mais anterior e mais posterior do hipotálamo.
As lesões no hipotálamo em geral causam os efeitos opostos aos causados pela estimulação.
Por exemplo:
1. Lesões bilaterais na região lateral do hipotálamo vão diminuir a sede e fome até quase a
zero, em geral, levando à inanição letal. Essas lesões causam também extrema passividade
do animal com perda da maioria dos seus impulsos motivacionais.
2. Lesões bilaterais das áreas ventromediais do hipotálamo produzem efeitos que são, em
sua maioria, opostos aos causados pelas lesões na região lateral do hipotálamo: beber e
comer excessivamente, bem como hiperatividade e muitas vezes surtos frequentes de raiva
extrema a menor provocação. A estimulação ou lesões em outras áreas do sistema límbico,
especialmente na amígdala, na área septal e nas áreas do mesencéfalo, em geral, produz
efeitos semelhantes aos produzidos pelo hipotálamo.
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Diversas estruturas límbicas estão, de modo particular, envolvidas com a natureza afetiva
das sensações sensoriais, isto é, se as sensações são agradáveis ou desagradáveis. Essas
qualidades afetivas são também chamadas recompensa ou punição, ou satisfação ou
aversão. A estimulação elétrica de certas áreas límbicas agrada ou satisfaz o animal,
enquanto a estimulação elétrica de outras regiões causa terror, dor, medo, defesa, reações
de escape e todos os outros elementos da punição. Os graus de estimulação desses dois
sistemas opostos de resposta influenciam muito o comportamento do animal.
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que os centros de recompensa e punição do sistema límbico têm muito a ver com a seleção
da informação, descartando mais que 99% e selecionando menos que 1% para retenção.
Hipocampo
O hipocampo é a porção do córtex cerebral que se dobra para dentro para formar a
superfície ventral da parede interna do ventrículo lateral. Uma extremidade do hipocampo
encosta no núcleo amigdaloide e, ao longo da sua borda lateral, ele se funde com o giro
para-hipocâmpico, que é o córtex cerebral da superfície externa ventromedial do lobo
temporal.
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células nervosas em algumas de suas áreas, em vez das seis camadas, encontradas no
neocórtex.
O hipocampo se originou como parte do córtex olfativo. Em muitos animais inferiores, esse
córtex tem papel essencial na determinação de se o animal irá comer determinado alimento,
ou se o cheiro de determinado objeto sugere perigo, ou se o odor é convite sexual, tomando
então decisões que são de importância de vida ou morte. Muito precoce no
desenvolvimento evolutivo do cérebro, o hipocampo presumivelmente se tornou
mecanismo neuronal importante na tomada de decisões, determinando a importância dos
sinais sensoriais que chegavam. Presume-se que uma vez que essa capacidade crítica em
tomar decisões tenha sido estabelecida, o restante do cérebro também começa a implicar o
hipocampo na tomada de decisões. Consequentemente, se o hipocampo sinaliza que a
informação que chega é importante, essa informação provavelmente será armazenada na
memória. Assim, a pessoa ficará rapidamente habituada aos estímulos indiferentes, mas vai
aprender com atenção qualquer experiência sensorial que cause prazer ou dor. Mas, qual é o
mecanismo pelo qual isso ocorre? Já foi sugerido que o hipocampo fornece impulso que
causa a transformação da memória a curto prazo em memória a longo prazo — isto é, o
hipocampo transmite sinais que parecem fazer com que a mente repita a nova informação,
até que o armazenamento permanente esteja completo. Qualquer que seja o mecanismo sem
o hipocampo, a consolidação das memórias a longo prazo dos tipos verbal ou pensamento
simbólico é insuficiente ou não ocorre.
Amígdala
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desempenha papéis importantes em diversas atividades comportamentais, geralmente não
associadas ao estímulo olfativo.
Além disso, a estimulação de alguns núcleos amigdaloides pode levar a padrões de raiva,
fuga, punição, dor grave e medo, similares aos padrões de raiva produzidos pelo
hipotálamo, como descrito antes. A estimulação de outros núcleos amigdaloides pode
promover reações de recompensa e prazer. Finalmente, a excitação ainda de outras porções
da amígdala pode causar atividades sexuais que incluem ereção, movimentos copulatórios,
ejaculação, ovulação, atividade uterina e parto prematuro.
A porção menos entendida do sistema límbico é o anel do córtex cerebral, chamado córtex
límbico, que fica ao redor das estruturas límbicas subcorticais. Esse córtex funciona como
zona de transição pela qual sinais são transmitidos do resto do córtex cerebral para o
sistema límbico e também na direção oposta. Portanto, o córtex límbico efetivamente
funciona como área associativa cerebral de controle do comportamento.
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MEMÓRIA
É o armazenamento de informações e fatos obtidos através de experiências ouvidas ou
vividas. Relaciona-se fortemente a aprendizagem que é a obtenção de novos
conhecimentos, pois irá utilizar a memoria para reter tais informações no cérebro, de tal
forma que são armazenadas no cérebro pela variação da sensibilidade básica de transmissão
sináptica entre os neurónios, como resultado a atividade neuro previa. É a destruição de
grandes porções do córtex cerebral não impede a pessoa de ter pensamentos, mas reduz a
profundidade dos pensamentos e também o grau de consciência do ambiente.
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pensamentos básicos provavelmente dependem de modo quase exclusivo dos centros
inferiores. O pensamento de dor é um bom exemplo, porque a estimulação elétrica do
córtex humano raramente só provoca qualquer coisa além de dor leve, enquanto que
estimulação de certas áreas do hipotálamo, amígdala e mesencéfalo pode acusar dor
excruciante.
E essas áreas pré-frontais são divididas em segmentos separados para armazenar tipos
diferentes de memoria temporária, como por exemplo: Uma área para armazenar a forma de
um objeto ou uma parte do corpo e a outra área para armazenar movimentos.
As vias novas ou facilitadas são chamadas de traços de memoria. Uma vez que são
estabelecidos são importantes porque podem ser seletivamente ativados pelos processos
mentais para produzir as memorias. Esses traços podem ocorrer em todos níveis do sistema
nervoso.
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Essa capacidade resulta da inibição das vias sinápticas para esse tipo de informação, e o
efeito resultante é chamado de habituação, que é um tipo de memoria negativa.
Por sua vez, para a informação que entra no cérebro que causa consequências importantes
como; dor, prazer, o cérebro tem a capacidade automática diferente de armazenar e realçar
os traços mnemónicos. (é uma memoria positiva). Ela resulta da facilitação das vias
sinápticas e o processo é chamado de sensibilização da memoria.
Uma das áreas límbicas basais do cérebro determina se a informação é importante ou não e
tomam a decisão subsequente de armazenar informação, como traço de memoria.
CLASSIFICAÇÃO DA MEMORIA.
A memoria pode ser classificada quanto a duração;
Quando um estímulo chega ao SNC, primeiro vai para a memoria do curto prazo uma área
de armazenamento que pode reter somente cerca de 7 a 12 pares de informação por vez,
sendo que essa informação pode ser perdida a não ser que seja convertida em memória de
longo pravo através de repetições.
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sem estimulação do terminal facilitador, a transmissão do sinal inicialmente é grande, mas
se torna cada vez menos intensa com a estimulação repetida, até a transmissão quase
desaparecer. Esse fenómeno é a habituação. É o tipo de memória negativa que faz o circuito
neuronal perder sua resposta a eventos repetidos, que são insignificantes. ( GUYTON,
Arthur, 2011).
Memoria a longo prazo
Uma vez armazenada, pode ser recordada ate anos ou mesmo uma vida inteira mais tarde.
Esse tipo de memória resulta de alterações estruturais reais das sinapses de forma que mude
sua sensibilidade para transmitir os sinais, em vez de somente químicas nas sinapses, e que
realcem ou suprimam a condução dos sinais. Exemplos dessas mudanças são o aumento dos
locais onde vesículas liberam o neurotransmissor, aumento do número de vesículas
transmissoras, aumento do número de terminais pré-sinápticos e mudanças nas estruturas
das espinhas dendríticas que permitem a transmissão de sinais mais fortes
Além dessa classificação existe também a memoria de trabalho. Essa memoria inclui
principalmente a memoria a curto prazo que e usada durante o raciocínio intelectual, mas é
finalizada conforme cada passo do problema for resolvido.
Mas também as memorias são frequentemente classificadas segundo tipo de informação
que é armazenada;
memoria declarativa
memoria de habilidade
Memoria declarativa
Significa memoria de vários detalhes, pensamento integrado como:
Memoria de experiência importante que inclui, ambiente, memoria das relações
temporárias, educação que fica na mente do individuo. Esse tipo de memoria e formada no
hipotálamo.
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Memória de habilidade- Ė associada a atividades motoras do corpo da pessoa como por
exemplo: jogar a bola, memoria automáticas para poder desviar uma bola ou qualquer outro
objeto.
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Mecanismo Molecular da Memória Intermediária Mecanismo para a Habituação.
No caso da facilitação, acredita-se que pelo menos parte do mecanismo molecular seja o
seguinte:
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3. O AMP cíclico ativa uma proteinocinase que causa a fosforilação de proteína que,
por sua vez, é parte dos canais de potássio, na membrana do terminal sináptico sensorial;
por sua vez, isso bloqueia a condutância de potássio pelos canais. O bloqueio pode durar
minutos ou até algumas semanas.
4. A falta de condutância de potássio leva a potencial de ação bastante prolongado na
terminação sináptica, uma vez que a saída íons potássio do terminal é necessária para a
recuperação rápida do potencial de ação.
5. O potencial de ação prolongado leva à ativação prolongada dos canais de cálcio,
permitindo a entrada de grande quantidade de íons cálcio no terminal sináptico sensorial.
Esses íons cálcio levam à liberação muito aumentada de neurotransmissor pela sinapse,
facilitando, dessa forma, pronunciadamente a transmissão sináptica para o neurônio
seguinte. Assim, de forma muito indireta, o efeito associativo de estimular o terminal
facilitador, no mesmo momento em que o terminal sensorial é estimulado, leva a um
aumento prolongado da sensibilidade excitatória do terminal sensorial e isso estabelece o
traço de memória. Estudos de Byrne e colaboradores, também no mesmo animal Aplysia,
sugeriram mais outro mecanismo de memória sináptica. Seus estudos mostraram que
estímulos de fontes distintas, agindo em um mesmo neurônio, se houver condições
apropriadas, podem levar a mudanças a longo prazo nas propriedades de membrana do
neurônio pós-sináptico, em vez de na membrana neuronal pré-sináptica, mas levam
essencialmente aos mesmos efeitos de memória.
Não existe uma demarcação óbvia entre as formas mais prolongadas da memória de prazo
intermediário e a verdadeira memória a longo prazo. Entretanto, em geral se acredita que a
memória a longo prazo resulte de alterações estruturais reais, em vez de somente químicas
nas sinapses, e que realcem ou suprimam a condução dos sinais. Mais uma vez vamos
lembrar experimentos em animais primitivos (nos quais os sistemas nervosos são muito
fáceis de estudar) e que ajudaram imensamente a compreensão de possíveis mecanismos da
memória a longo prazo.
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Mudanças Estruturais Ocorrem nas Sinapses Durante o Desenvolvimento da
Memória a Longo Prazo
Assim, de várias formas diferentes a capacidade estrutural das sinapses de transmitir sinais
parece aumentar, enquanto se estabelecem traços da verdadeira memória a longo prazo.
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parcial ou totalmente cego pelo resto da vida. Até recentemente, acreditava-se que os
processos de “aprendizado” em humanos e em animais adultos usavam os mecanismos da
modificação dos números dos neurônios nos circuitos da memória; entretanto, pesquisas
recentes sugerem que mesmo adultos usam esse mecanismo, pelo menos até certo grau.
Consolidação da memória
Para a conversão da memória a curto prazo para a memória a longo prazo, que pode ser
evocada semanas ou anos depois, ela precisa ser “consolidada”, isto é, a memória a curto
prazo se ativada repetidamente promoverá mudanças químicas, físicas e anatômicas nas
sinapses que são responsáveis pela memória a longo prazo. Esse processo requer 5 a 10
minutos, para consolidação mínima e 1hora ou mais, para consolidação forte. Por exemplo,
se forte impressão sensorial é feita no cérebro, mas é seguida dentro de mais ou menos
1minuto por convulsão induzida eletricamente, a experiência sensorial não será lembrada.
Da mesma forma, a concussão cerebral, a aplicação repentina de anestesia geral profunda
ou qualquer outro efeito que bloqueie temporariamente a função cerebral dinâmica pode
impedir a consolidação da memória. A consolidação e o tempo necessário para ela aconteça
podem provavelmente serem explicados pelo fenômeno de repetição da memória a curto
prazo, tal como explicado na seção seguinte. A repetição aumenta a transferência da
memória a curto prazo para a memória a longo prazo. Estudos mostraram que a repetição
da mesma informação várias vezes na mente acelera e potencializa o grau de transferência
da memória a curto prazo para a memória a longo prazo, e assim acelera e aumenta a
consolidação. O cérebro tem tendência natural de repetir as informações novas,
especialmente as que atraiam a atenção. Portanto, ao longo de certo período, as
características importantes das experiências sensoriais ficam, progressivamente, cada vez
mais fixadas nos bancos da memória. Esse fenômeno explica porque a pessoa pode lembrar
pequenas quantidades de informação, estudadas profundamente, muito melhor do que
grande quantidade de informação estudada superficialmente. Também explica porque a
pessoa bem acordada pode consolidar memórias muito melhor do que a pessoa em estado
de fadiga mental.
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Uma das características mais importantes da consolidação é que novas memórias são
codificadas em diferentes classes de informação. Durante esse processo, tipos semelhantes
de informação são retirados dos arquivos de armazenagem de memórias e usados para
ajudar a processar a nova informação. O novo e o velho são comparados a respeito de
semelhanças e diferenças, e parte do processo de armazenagem consiste em guardar a
informação sobre essas semelhanças e diferenças, não em guardar a nova informação não
processada. Assim, durante a consolidação, as novas memórias não são armazenadas
aleatoriamente no cérebro, mas sim em associação direta com outras memórias do mesmo
tipo. Esse processo é necessário para se poder “procurar” posteriormente a informação
requerida na memória armazenada.
APRENDIZAGEM
Os hipocampos não são importantes para o aprendizado reflexivo porem pessoas com
lesões hipocâmpicas geralmente não têm dificuldades de aprender habilidades motoras que
não envolvam verbalização ou formas simbólicas de inteligência. Por exemplo, essas
pessoas podem ainda aprender as habilidades de agilidade manual e física necessárias em
muitos desportos. Esse tipo de aprendizado se chama aprendizado de habilidades ou
aprendizado reflexivo; depende da repetição física, por muitas vezes das tarefas
necessárias, e não da repetição simbólica na mente.
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CONCLUSÃO
A memoria é o armazenamento de informações e fatos obtidos através de experiências
ouvidas ou vividas e ela relaciona-se fortemente a aprendizagem que é a obtenção de
novos conhecimentos, pois irá utilizar a memoria para reter tais informações no cérebro.
E o processo de memorização é dividido em três etapas: a aquisição, retenção e recordação
da informação. A aquisição é responsável pela repetição, profundidade do pensamento e
organização. A retenção é responsável pela conservação daquilo que foi recebido e a
sistematização tem duração diferente conforme a formação e a sua utilização.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
HALL, John;Guyton & Hall tratado de fisiologia médica; 13ªed.;Brasil;Elservier Editora
Ltda;2017.
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