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MODULO 2-TUTORIA 1 O SEGUNDO SOL DE ROCHELLE

Rochelle não era boa pessoa, mas não merecia a doença que a vitimou, a síndrome de
Guillan-Barré, uma condição classificada como autoimune. Trata-se de uma neuropatia aguda
com potencial de paralisar alguns músculos vitais, como os da respiração e comprometer as
sensações e percepções. Costuma suceder a uma infecção viral e Rochelle teve uma forte gripe
nos dias que antecederam ao surgimento da síndrome. Geralmente inicia afetando o sistema
nervoso periférico e, no caso de Rochelle, começou pelos nervos das pernas. O primeiro
sintoma foi formigamento nos pés. Em seguida, perdeu a sensibilidade e a força dos membros
inferiores. Sua irmã, estudante de medicina, fez alguns testes neurológicos com Rochelle em
seu leito. Parecia não haver condução normal de estímulos para o sistema nervoso central. A
doença provoca uma paralisia ascendente e, realmente, Rochelle não tardou a manifestar
dificuldade para falar, mastigar e deglutir os alimentos. Logo passou a receber alimentação
parenteral. Em determinado momento, sua irmã manifestou preocupação com o envolvimento
do sistema nervoso autônomo, cujas porções simpática e parassimpática controlam ações vitais.
Urinar e defecar fugiam ao controle, a pressão arterial oscilava, taquicardia e palpitações se
manifestavam. Rochelle permaneceu alguns dias com ventilação artificial, foi tratada com
plasmaferése e fisioterapia. Recebeu alta em dois meses. Hoje Rochelle está plenamente
recuperada e capaz de sentir, de novo, o sol da Bahia, onde mora, ardendo em sua pele.

1. DEFINIR NEUROTRANSMISSORES, EXEMPLIFICANDO-OS.


1.1. HOMEOSTASE, FALOU EM TRANSDUCAO

A homeostasia é a condição de equilíbrio no ambiente corporal interno resultante


da interação constante entre os muitos processos regulatórios corporais. A homeostasia é
uma condição dinâmica. Entretanto, em alguns casos a perturbação da homeostasia pode
ser intensa e prolongada, como no envenenamento, na superexposição a temperaturas
extremas, na infecção grave ou em uma grande cirurgia.
Os impulsos nervosos normalmente causam mudanças rápidas, enquanto os
hormônios em geral trabalham mais devagar. Entretanto, ambos os tipos de regulação
trabalham com o mesmo objetivo, em geral por intermédio de sistemas de
retroalimentação negativa.

TORTORA. Princípios de anatomia e fisiologia. 2016.

1.2. NEUROTRANSMISSOR, SEUS TIPOS E CARACTERÍSTICAS.

É um mensageiro químico, que tem a função de transmissão da informação nas


sinapses químicas. A transmissão da informação nas sinapses químicas depende da liberação
de um neurotransmissor por uma célula pré-sináptica, sua difusão pela fenda sináptica e sua
ligação a receptores específicos na membrana pós-sináptica, causando uma alteração no seu
potencial de membrana.
As substâncias neurotransmissoras podem ser agrupadas nas seguintes categorias:
ACh, aminas biogênicas, aminoácidos e neuropeptídeos.
Linda Contanzo.

TRATADO DE HISTOLOGIA.

De modo geral, os neurotransmissores clássicos são armazenados em vesículas


pequenas, localizadas próximo às zonas ativas das terminações pré-sinápticas. Para
Margarida. O GABA (é o principal inibitório ele provoca hiperpolarizacao e não
despolarização) e o Glutamato é o principal excitatório.

Impulso Sináptico: – Potenciais Pós-Sinápticos Excitatórios e Inibitórios


A disposição muitas a uma é uma configuração comum, na qual muitas células pré-
sinápticas convergem em uma única célula pós-sináptica; os impulsos são excitatórios ou
inibitórios.
1. Potenciais Pós-Sinápticos Excitatórios: Os potenciais pós-sinápticos
excitatórios (PPSEs) são impulsos sinápticos que despolarizam a célula pós-
sináptica, aproximando o potencial de membrana do limiar e do disparo de um
potencial de ação. Entre os neurotransmissores que podem causar PPSEs,
incluem-se a ACh, a noradrenalina, a adrenalina, a dopamina, o
*glutamato e a serotonina (*humor, sono, apetite, dor).

2. Potenciais Pós-Sinápticos Inibitórios: Os potenciais pós-sinápticos inibitórios


(PPSIs) são impulsos sinápticos que hiperpolarizam a célula pós-sináptica,
distanciando o potencial de membrana do limiar e do disparo de um potencial
de ação. Potencial de equilíbrio desse ânion (aproximadamente -90 mV), que é
um estado hiperpolarizado. PPSIs podem também ocorrer pelo fechamento de
canais de Na+ ou pela abertura de canais de K+. Os neurotransmissores que
podem causar PPSIs são o *ácido γ-aminobutírico (GABA) e a glicina.

Norepinefrina- despertar do sono, diposicao, exitatoria ou inibitória.


Cocaina aumenta muito dopamina, o prazer, o organismo para de produzir ai você
vicia. Depois que passa o efeito ele sente falta. Mais importantes são GABA, Ach,
Glumato.

1.3. SINAPSES ELÉTRICAS E QUÍMICAS

Nas sinapses elétricas, a comunicação se dá pela passagem direta de corrente


elétrica de uma célula para outra. Nas sinapses químicas, a transmissão da informação depende
da liberação de um mediador químico (neurotransmissor) que age sobre a célula seguinte da
cadeia.
As sinapses elétricas são regiões de aposição da membrana celular de duas células
contíguas, em regiões especializadas denominadas junções comunicantes ou gap junctions. A
transmissão de informação por junções comunicantes se dá por propagação direta de correntes
iônicas, permitindo a passagem instantânea de informação entre as duas células.
As junções comunicantes são compostas por canais coincidentes na membrana
das duas células. São canais que ligam as células pré-sinapticas e pos-sinapticas.

2. DESCREVER A ORGANIZAÇÃO ANATÔMICA E FUNCIONAL DO SISTEMA


NERVOSO (CENTRAL, PERIFÉRICO, SOMÁTICO-VOLUNTARIO E
AUTÔNOMO, VISCERAL -INVOLUNTARIO). OK

2.1. ESTRUTURA ANATÔMICA DO S.N.C., DO S.N.P. E DO S.N. ENTÉRICO.


SNC
O sistema nervoso central (SNC), denominado parte central do sistema nervoso
segundo a Terminologia Anatômica, é composto pelo encéfalo e pela medula espinal.
As principais divisões do SNC são medula espinal; tronco encefálico (bulbo,
ponte e mesencéfalo); cerebelo; diencéfalo (tálamo e hipotálamo); e hemisférios cerebrais
(córtex cerebral, substância branca, núcleos da base, formação hipocampo e amígdala).

As quatro principais partes do encéfalo são o tronco encefálico, o cerebelo, o diencéfalo e o telencéfalo
(cérebro).
Machado de Neuroanatomia Funcional.

1.Medula: é a porção mais caudal do SNC e se estende da base do crânio até a


primeira vértebra lombar. A medula espinal é segmentada e apresenta 31 pares de nervos
espinais que contêm nervos sensoriais (aferentes) e motores (eferentes). A medula espinal é o
principal centro reflexo e via de condução entre o corpo e o encéfalo. Lembre que no meio
dela tem a parte cinzenta ao contrário do cérebro que é na periferia.

Figura 12.9 Distribuição da substância cinzenta e da substância branca na medula espinal e no


encéfalo.
Figura 55-5. Circuito neuronal do reflexo de estiramento.

2. Tronco Encefálico: O bulbo, a ponte e o mesencéfalo são coletivamente


chamados tronco encefálico, maioria dos pares cranianos são derivados daqui.
-O bulbo é a extensão rostral da medula espinal. Possui centros autônomos que
regulam a respiração e pressão arterial, além de centros que coordenam os reflexos de
deglutição, tosse e vômito.
-A ponte é rostral ao bulbo e, junto com os centros bulbares, participa da
manutenção do equilíbrio e da postura (tônus muscular) e da regulação da respiração.
Além disso, a ponte transmite informações dos hemisférios cerebrais para o cerebelo.
-O mesencéfalo é rostral à ponte e participa do controle dos movimentos dos
olhos. Também contém os núcleos de retransmissão dos sistemas auditivos e visuais. Partes
superiores do mesencéfalo, pedúnculo, teto (visual e auditivo- olhar qual é qual)
3. Cerebelo: é uma estrutura foliada ligada ao tronco encefálico e dorsal à ponte e
ao bulbo. As funções do cerebelo são a correção do planejamento e da execução dos
movimentos, a manutenção da postura e a coordenação dos movimentos da cabeça e dos
olhos. Divide em 3 partes.
4. Diencéfalo: Tálamo, Hipotálamo e Epitálamo (glândula pineal): tálamo processa
quase todas as informações sensoriais que chegam ao córtex cerebral e quase todas as
informações motoras que vêm do córtex cerebral para o tronco encefálico e a medula espinal.
Direciona para regiões específicas do cérebro.
-O hipotálamo é ventral ao tálamo e contém os centros que regulam a
temperatura corpórea, a ingestão de alimentos e o balanço hídrico. O hipotálamo também
é uma glândula endócrina que controla as secreções hormonais da hipófise. E secreta
hormônios que estimulam ou inibem a secreção de outros hormônios no sistema porta-
hipofisário, levando à liberação (ou não) de hormônios pela hipófise anterior. O hipotálamo
também contém os corpos celulares dos neurônios da hipófise posterior que secretam o
hormônio antidiurético (ADH) e a ocitocina. Regula emoções (sistema límbico e o hipotálamo
trabalham juntos).
-Epitálamo (glândula pineal) - produz melatonina que controla o sono, por isso
no escuro da mais sono. A pineal (ou corpo pineal, ou epífise), um dos órgãos
circunventriculares, é uma glândula endócrina cujas secreções são influenciadas pelos
períodos de luz e de escuridão do dia. Ela controla os vários ritmos circadianos do indivíduo.
Cheiros.
5. Hemisférios cerebrais (cérebro): são compostos pelo córtex cerebral, pela
substância branca subjacente e por três núcleos profundos (núcleos da base, hipocampo e
amígdala). São responsáveis pela percepção, pelas funções motoras superiores, pela cognição
(inteligência), pela memória e pelas emoções.
-Córtex cerebral é a superfície convoluta dos hemisférios cerebrais e é composto
por quatro lobos: frontal, parietal, temporal e occipital. Estes lobos são separados por sulcos.
O córtex cerebral recebe e processa as informações sensoriais e integra as funções motoras.
Cortex sensoriais: onde está escrito tato.
Cortex motor: área motora.
Corpo Caloso:
Figura 16-6 Um homúnculo ilustra a quantidade relativa de área cortical dedicada a porções específicas do
corpo. Kendel.

-Núcleos da base, hipocampo e amígdala: núcleos da base são compostos pelo


núcleo caudado, pelo putâmen e pelo globo pálido. Os núcleos da base recebem impulsos de
todos os lobos do córtex cerebral e se projetam, através do tálamo, até o córtex frontal, onde
participam do planejamento do movimento. O hipocampo e a amígdala são parte do sistema
límbico. O hipocampo participa da *memória; a amígdala está envolvida com as emoções e
se comunica com o sistema nervoso autônomo por meio do hipotálamo (por exemplo, efeito
das emoções sobre a frequência cardíaca, o tamanho da pupila e a secreção de hormônios
hipotalâmicos).
Linda Costanzo.

SNP
O sistema nervoso periférico (SNP), também denominado parte periférica do
sistema nervoso segundo a Terminologia Anatômica, é formado por todo o tecido nervoso fora
do SNC. Os componentes do SNP incluem os nervos, os gânglios, os plexos entéricos e os
receptores sensitivos. Nervo é um feixe composto por centenas de milhares de axônios,
associados a seu tecido conjuntivo e seus vasos sanguíneos, que se situa fora do encéfalo e da
medula espinal. Doze pares de nervos cranianos emergem do encéfalo e 31 pares de nervos
espinais emergem da medula espinal. Cada nervo segue um caminho definido e supre uma
região específica do corpo. Os gânglios são pequenas massas de tecido nervoso compostas
primariamente por corpos celulares que se localizam fora do encéfalo e da medula espinal.
Estas estruturas têm íntima associação com os nervos cranianos e espinais. Os plexos entéricos
são extensas redes neuronais localizadas nas paredes de órgãos do sistema digestório. Os
neurônios destes plexos ajudam a regular o sistema digestório. O termo receptor sensitivo
refere-se à estrutura do sistema nervoso que monitora as mudanças nos ambientes externo
ou interno. São exemplos de receptores sensitivos os receptores táteis da pele, os
fotorreceptores do olho e os receptores olfatórios do nariz.

FIGURA 9-22 Esquema da estrutura de um nervo.


O SNP, localizado externamente ao SNC, inclui os nervos cranianos, que emanam
do encéfalo; nervos espinais, que emanam da medula espinal, descendo pela coluna. São 12
pares de nervos cranianos e 31 nervos pares espinhais (8 cervicais, 12 toraxicos, 5 lombar,
5 sacrais, 1 par de nervos coccios- nervos mistos todos eles).

Tem que saber se é sensitiva, motora ou mista. Principal parassimpático é o Vago. III, IV e o
VI (movimento ocular, para o lado, para cima, para baixo..)
Figura 2.39 Coluna vertebral, medula espinal, gânglios sensitivos dos nervos espinais e nervos espinais.
Vistas lateral e anterior ilustrando a relação entre os segmentos da medula espinal (segmentos numerados) e
os nervos espinais na coluna vertebral do adulto. MOORE.

O SNP é dividido em sistema nervoso somático (SNS), sistema nervoso


autônomo (SNA, divisão autônoma do sistema nervoso segundo a Terminologia Anatômica) e
sistema nervoso entérico (SNE).

SNS
O SNS é composto por (1) neurônios sensitivos que transmitem informações para
o SNC a partir de receptores somáticos na cabeça, no tronco e nos membros e de receptores
para os sentidos especiais da visão, da audição, da gustação e do olfato, e por (2) neurônios
motores que conduzem impulsos nervosos do SNC exclusivamente para os músculos
esqueléticos. Como estas respostas motoras podem ser controladas conscientemente, a ação
desta parte do SNP é *voluntária. É colinérgico, nicotina, sem gânglios, sem divisão.

SNA

A divisão autônoma do sistema nervoso ou SNA é formado por (1) neurônios


sensitivos que levam informações de receptores sensitivos autônomos – localizados
especialmente em órgãos viscerais como o estômago e os pulmões – para o SNC, e por (2)
neurônios motores que conduzem os impulsos nervosos do SNC para o músculo liso, o
músculo cardíaco e as glândulas. Como suas respostas motoras não estão, de modo geral, sob
controle consciente, a atuação do SNA é *involuntária. A parte motora do SNA é composta
por dois ramos, a divisão simpática e a divisão parassimpática.

SNE

A atuação do SNE, o “cérebro do intestino”, é *involuntária. Considerado


antigamente como parte do SNA, o SNE é composto por mais de 100 milhões de neurônios que
estão dentro dos plexos entéricos, e se estendem pela maior parte do sistema digestório. A
maioria destes neurônios funciona independentemente do SNA e em parte do SNC, embora eles
se comuniquem com o SNC através de neurônios simpáticos e parassimpáticos. Os neurônios
sensitivos do SNE monitoram mudanças químicas no sistema digestório, bem como o
estiramento de suas paredes. Os neurônios motores entéricos controlam, no sistema digestório,
as contrações do músculo liso para impulsionar o alimento, as secreções dos órgãos (como o
suco gástrico) e a atividade das células endócrinas, secretoras de hormônios.
-Plexo mioenterico- movimentos do trato gastrointestinal e plexo submucoso-
secreções e fluxos sanguíneos locais.
TORTORA. Princípios de anatomia e fisiologia. 2018.

Definiu medula falando dura mater

3. DESCREVER O SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO, SIMPÁTICO E PARA-


SIMPATICO (NEUROTRANSMISSORES ENVOLVIDOS, TAMANHO DAS
FIBRAS PRÉ E PÓS GANGLIONARES, RECEPTORES, ETC...) OK

3.1. COMPONENTES ANATÔMICOS

Cada parte do SNA tem dois neurônios motores. O primeiro neurônio em qualquer
via motora autônoma é chamado de neurônio pré-ganglionar. Seu corpo celular está
localizado no encéfalo ou na medula espinal; seu axônio sai do SNC como parte de um nervo
craniano ou espinal. O axônio de um neurônio pré-ganglionar é uma *fibra B mielinizada
de diâmetro pequeno que geralmente se estende até um gânglio autônomo, onde faz sinapse
com um neurônio pós-ganglionar, o segundo neurônio em uma via motora autônoma. Note que
o neurônio pós-ganglionar se encontra totalmente fora do SNC. Seu corpo celular e seus
dendritos estão dentro de um gânglio autônomo, onde fazem sinapses com um ou mais
neurônios pré-ganglionares. O axônio de um neurônio pós-ganglionar é uma *fibra tipo C
não mielinizada de diâmetro pequeno que termina em um efetor visceral. Desse modo, os
neurônios pré-ganglionares transmitem impulsos nervosos do SNC para os gânglios autônomos,
e os neurônios pós-ganglionares enviam impulsos dos gânglios autônomos para os efetores
viscerais.

3.2. NEURÔNIOS PRÉ-GANGLIONARES


Na parte simpática, os corpos celulares dos neurônios pré-ganglionares estão
situados nos cornos laterais da substância cinzenta dos 12 segmentos torácicos e dos dois (e às
vezes três) primeiros segmentos lombares da medula espinal.
Os corpos celulares dos neurônios pré-ganglionares da parte parassimpática estão
localizados nos núcleos de quatro nervos cranianos no tronco encefálico e medula espinal.
*Precisa saber só que o simpático sai da medula e o parassimpático pode ser da medula
ou do tronco encefalico.
GÂNGLIOS SIMPÁTICOS. Os gânglios simpáticos são os locais de sinapses
entre os neurônios pré- e pós-ganglionares simpáticos. Existem dois tipos principais de
gânglios simpáticos: os gânglios do tronco simpático e os gânglios pré-vertebrais. Os gânglios
do tronco simpático (também chamados de gânglios da cadeia vertebral ou gânglios
paravertebrais) estão localizados em uma fileira vertical em cada lado da coluna vertebral. Estes
gânglios se estendem da base do crânio até o cóccix. Como os gânglios do tronco simpático
estão próximos da medula espinal, a maioria dos axônios pré-ganglionares é curta e a
maior parte dos pós-ganglionares é longa.
GÂNGLIOS PARASSIMPÁTICOS. Os axônios pré-ganglionares da parte
parassimpática fazem sinapse com neurônios pós-ganglionares de gânglios terminais
(intramurais). A maioria destes gânglios situa-se próximo ou dentro da parede de um órgão
visceral. Como os gânglios terminais estão próximos ou dentro da parede dos órgãos
viscerais, os axônios pré-ganglionares parassimpáticos são longos, ao contrário dos
axônios pós-ganglionares, que são curtos.
Parte simpática. Noradrenalina.
Parte parassimpática. Acetilcolina.

Tudo por ação simpática, autônomo e não somático.


Imagem do Silverton.

Machado.

*Colinérgico (Ach- receptor nicotina) e adrenérgico (noroadrenalina- pos


glanglionar simpáticos): Parassimapatico ambos colinérgicos (Ach), já no simpático o pre
glanglionar é colinérgico e o pos glanglionar é adrenérgico (noroepinefrina). Os termos
colinérgico e adrenérgico foram introduzidos para indicar que um neurônio sintetiza e libera
ACh ou noradrenalina (ou adrenalina), as duas primeiras substâncias reconhecidas como
neurotransmissores.
3.3. RESPOSTAS SIMPÁTICAS

Durante estresses físicos ou emocionais, a parte simpática domina a parassimpática.


Um tônus simpático elevado favorece funções corporais que permitem a realização de
atividades físicas vigorosas e a produção rápida de ATP. Ao mesmo tempo, a parte simpática
diminui a atividade das funções corporais relacionadas com o armazenamento de energia. Além
do exercício físico, várias emoções – como o medo, a vergonha ou a raiva – estimulam a parte
simpática.
• Dilatação das pupilas
• Aumento da frequência cardíaca, da força de contração do músculo cardíaco e
da pressão arterial
• As vias respiratórias se dilatam, permitindo um movimento mais rápido do ar
para dentro e para fora dos pulmões
• Constrição dos vasos sanguíneos que irrigam os rins e o sistema digestório,
diminuindo o fluxo sanguíneo para estes tecidos. Isto resulta em diminuição da produção
de urina e das atividades digestórias, que não são importantes durante a prática de exercícios
físicos
• Dilatação de vasos sanguíneos que irrigam órgãos acionados durante um exercício
ou uma fuga – músculos esqueléticos, músculo cardíaco, fígado e tecido adiposo –
possibilitando maior fluxo sanguíneo para estes tecidos
• Estimulação da glicogenólise (decomposição do glicogênio em glicose) no fígado
e da lipólise (decomposição de triglicerídios em ácidos graxos e glicerol) nas células do tecido
adiposo
• Liberação de glicose pelo fígado, aumentando seus níveis sanguíneos
• Inibição dos processos que não são essenciais durante o enfrentamento de uma
situação estressora. Por exemplo, os movimentos da musculatura do sistema digestório e a
produção de secreções digestórias diminuem ou até param.
Os efeitos da estimulação simpática duram mais tempo e são mais disseminados
que os efeitos da estimulação parassimpática por três motivos: (1) os axônios pós-ganglionares
simpáticos apresentam maior divergência; consequentemente, uma quantidade maior de tecidos
é ativada ao mesmo tempo. (2) A acetilcolinesterase rapidamente inativa a acetilcolina, mas a
norepinefrina permanece na fenda sináptica por um período maior. (3) A epinefrina (so como
hormônio- não como neurotransmissor- parasimpático ) e a norepinefrina (simpático)
secretadas pela medula das glândulas suprarrenais intensificam e prolongam as respostas
causadas pela norepinefrina liberada pelos axônios pós-ganglionares simpáticos.

3.4. RESPOSTAS PARASSIMPÁTICAS

Ao contrário da resposta de luta ou fuga da parte simpática, a parte parassimpática


estimula as respostas de repouso e digestão. As respostas parassimpáticas permitem que as
funções corporais conservem e restaurem energia durante períodos de descanso ou recuperação.
Nos intervalos entre períodos de exercício, os impulsos parassimpáticos que estimulam as
glândulas digestivas e os músculos lisos do sistema digestório superam os impulsos simpáticos.
Ao mesmo tempo, as respostas parassimpáticas diminuem a funções corporais relacionadas
com a atividade física.
Cinco atividades estimuladas principalmente pela parte parassimpática são a
salivação, o lacrimejamento, a micção, a digestão e a defecação. Além destas atividades,
existem três respostas conhecidas como as “três diminuições”: da frequência cardíaca, do
diâmetro das vias respiratórias (broncoconstrição) e do diâmetro das pupilas (miose).

TORTORA. Princípios de anatomia e fisiologia.


Tônus- são antagônicos, enquanto um estimula o outro inibe (contrai).

3.5. OS RECEPTORES SENSORIAIS E SEU PAPEL NA CAPTAÇÃO DE ESTÍMULOS.

Em sua definição mais ampla, a sensibilidade (sensação) é a detecção* consciente


ou subconsciente de mudanças nos ambientes interno e externo. Já a percepção é a
interpretação* consciente das sensações e é uma função principalmente do córtex cerebral.
Entao, sensação é transdução sensorial, ou seja, o estímulo detectado por um receptor e
transduzido em um potencial de ação. Percepção é a interpretação disso.
Nós não temos percepção de algumas informações sensitivas porque elas nunca
alcançam o córtex cerebral. Por exemplo, alguns receptores sensitivos monitoram
constantemente a pressão nos vasos sanguíneos. Como os impulsos nervosos que levam a
informação a respeito da pressão sanguínea se propagam para o centro cardiovascular no bulbo
e não para o córtex cerebral, a pressão sanguínea não é percebida conscientemente.

3.6. RECEPTORES SENSORIAIS

Para que um estímulo possa ser detectado e discriminado pelo organismo, precisa
ser convertido em uma “linguagem” compreendida pelo sistema nervoso. Essa conversão é
denominada transdução, e as estruturas responsáveis por ela são os receptores sensoriais.

3.7. CLASSIFICAÇÇÃO DOS RECEPTORES SENSITIVOS

Várias características funcionais e estruturais dos receptores sensitivos podem ser


utilizadas para agrupá-los em classes diferentes. Elas incluem (1) sua estrutura microscópica,
(2) a localização dos receptores e a origem dos estímulos que os ativam e (3) os tipos de
estímulos detectados.

3.7.1. Estrutura microscópica

As terminações nervosas livres são dendritos sem revestimento; eles não


possuem qualquer especialização estrutural que possa ser observada na microscopia óptica. Os
receptores de dor, temperatura, cócegas, prurido e de algumas sensações de tato são
terminações nervosas livres. Receptores para outras sensações somáticas e viscerais, como
pressão, vibração e algumas sensações de tato, são terminações nervosas encapsuladas.
Seus dendritos se encontram em uma cápsula de tecido conjuntivo que se apresenta como
uma estrutura microscópica distinta – por exemplo, os corpúsculos lamelares. Os diferentes
tipos de cápsulas aumentam a sensibilidade ou a especificidade do receptor. Os receptores
sensitivos para alguns tipos de sentidos especiais são células separadas especializadas que
formam sinapses com os neurônios sensitivos. Elas incluem as células ciliadas para a audição
e o equilíbrio na orelha interna, as células receptoras gustatórias nos calículos gustatórios
e os fotorreceptores na retina para a visão.

3.7.2. Localização dos receptores e origem dos estímulos de ativação

Outro modo de agrupar os receptores sensitivos toma como base a localização dos
receptores e a origem dos estímulos que os ativam.
Os exteroceptores estão localizados na superfície externa do corpo ou próximos
a ela; eles são sensíveis a estímulos que se originam fora do corpo e fornecem informações
a respeito do ambiente externo. Ex: luz, calor, som.
Os interoceptores ou visceroceptores estão localizados nos vasos sanguíneos, nos
órgãos viscerais, nos músculos e no sistema nervoso e monitoram as condições do ambiente
interno. Ocasionalmente a ativação dos interoceptores por estímulos fortes pode ser percebida
como dor ou pressão.
Os proprioceptores estão localizados nos músculos, nos tendões, nas
articulações e na orelha interna. Eles fornecem informações a respeito da posição do corpo,
da força e da tensão musculares e da posição e do movimento de suas articulações .

3.7.3. Tipo de estímulo detectado

Um terceiro modo de agrupar os receptores sensitivos se baseia no tipo de estímulo


que eles detectam.
Os mecanoceptores são sensíveis aos estímulos mecânicos como deformação,
estiramento ou dobramento das células. Os mecanoceptores fornecem informações a respeito
das sensações de tato, pressão, vibração, propriocepção e audição e equilíbrio.
Os termoceptores detectam mudanças na temperatura.
Os nociceptores respondem a estímulos dolorosos resultantes de danos físicos ou
químicos a um tecido.
Os fotorreceptores detectam a luz que alcança a retina dos olhos.
Os quimiorreceptores detectam substâncias químicas na boca (paladar), no nariz
(odor) e nos líquidos corporais.
Os osmorreceptores detectam a pressão osmótica nos líquidos corporais.

AIRES. Tratado de Fisiologia. 2018.


TORTORA. Princípios de anatomia e fisiologia. 2018.

FIGURA 9-23 Esquema comparando os reflexos somáticos e viscerais. As vezes envolvem so a


medula não o córtex, tipo de arco reflexo de tirar o dedo rápido quando é espetado, é rápido quando
vai so na medula e não vai no cérebro. Arco reflexo so participa a medula e não o córtex.

OBS: Angelo Machado considera diencéfalo e telencefalo as partes do cérebro. O


Bear não descreve os componentes, mas diz que o SNC é dividido em cérebro,
cerebelo, tronco e medula, então o diencéfalo só poderia fazer parte dele. Já
Silverton, Kandel, Linda Contanzo, Tortora considera apenas o telencefalo.

Nervos- conj de neurônios cranianos ou espinais, maior parte axônios


Ganglios- corpos celulares
Figura 12.10 Visão geral das funções do sistema nervoso.

Tortora.

Os neurônios também são classificados em três grupos gerais, de acordo com sua
função: • Os neurônios sensitivos (ou neurônios aferentes) recebem estímulos sensitivos em
seus terminais dendríticos e conduzem impulsos nervosos ao SNC para processamento. Aqueles
localizados na periferia do corpo monitoram as alterações no ambiente, enquanto aqueles no
interior do corpo monitoram o ambiente interno.

• Os motoneurônios (neurônios eferentes) se originam no SNC e conduzem seus


impulsos a músculos, glândulas e outros neurônios.

• Os interneurônios (ou neurônios intercalares), localizados completamente no


SNC, atuam como células integradoras que estabelecem e interconectam redes de circuitos
neuronais entre neurônios sensitivos e neurônios motores e outros interneurônios. Com a
evolução, o número de neurônios no sistema nervoso humano aumentou de forma significativa,
porém o maior aumento envolveu os interneurônios, responsáveis pelo complexo
funcionamento do organismo.

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