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Nome: Ester de Oliveira da Silva Turma: 1204

Trabalho
de
Biologia
Sistema Nervoso Central
O sistema nervoso central é o sistema responsável pelo recebimento e transmissão de
informações para todo o organismo do corpo. Exercendo a funções sensoriais
integradoras e motoras.
O Sistema Nervoso Central é classificado por duas divisões, sendo eles o:

 Sistema Nervoso Central: formado pelo conjunto da medula espinhal e encéfalo

 Sistema Nervoso Periférico: formado por nervos e gânglios nervosos que


conectam o Sistema Nervoso Central nos órgãos do corpo.

Estrutura das células nervosas


Todo o sistema nervoso, no qual as células nervosas se interligam, são
responsáveis pela troca de informações ocorridas no cérebro. As células
nervosas, também chamadas de neurônios, recebem e conduzem os impulsos
para outras células.

As células nervosas são divididas em três partes:

Corpo celular ou pericárdio – área onde está localizado o núcleo e também algumas
organelas, como a mitocôndrias, uma das organelas celulares mais importantes. Dela
depende a respiração celular. 

Dendritos – essas células nervosas recebem sinais de outros neurônios. Eles funcionam
como “antenas”, recebendo os sinais elétricos e retransmitindo-os por meio do
axônio. 

Axônio – essa parte do neurônio conduz os impulsos elétricos que saem do corpo celular
e seguem para locais mais distantes, como células de outros tecidos, glândulas,
músculos. Ao redor do axônio são formadas as “bainhas de mielina”, compostas pelas
“células de Schawnn”. As bainhas tornam o transporte de impulsos elétricos mais
rápidos. 

A comunicação
A comunicação entre o neurônio e os outros tipos celulares ocorrem através
das sinapses, região entre os neurônios em que os neurotransmissores atuam,
transmitindo o impulso nervoso de um neurônio, de uma célula à outra. Existe um
pequeno espaço entre essas células, chamada de fenda sináptica. 
Neurônios
Neurônios receptores

A função dos neurônios receptores é a de recolher informações das células sensoriais,


como aquelas que integram a retina, o tato, olfato, a língua e o ouvido. Essa atividade
é feita com a ajuda dos dendritos. 

Neurônios mistos ou de conexão

Tem como principal atividade conectar dois neurônios. Os neurônios de conexão


captam as informações pelo dendrito e a transmitem à célula nervosa seguinte por
meio do axônio. Esse tipo de célula geralmente é encontrado nos sistemas nervosos de
animais. 

Neurônios efetores ou motores 

São os que transmitem as mensagens para a célula de resposta, ou seja, pegam as


informações de estímulos que chegam ao cérebro através dos neurônios receptores e
as repassam aos músculos e glândulas, que respondem por meio de uma contração ou
secreção. 

Nervos

Os nervos são estruturas formadas por grupos de axônios e dendritos. Sua principal
função é a de conduzir os impulsos elétricos nervosos aferentes de toda a região do
sistema nervoso central. Coberto de células conjuntivas, eles podem ser chamados de
Raquidianos, quando estão presentes na medula espinhal, ou Nervos Cranianos,
quando partem de algum órgão nervoso da cabeça. 

Células Gliais
Assim como os neurônios, as células gliais também constituem o tecido nervoso,
representando mais de 80% de sua constituição. São as glias que garantem os
nutrientes e a proteção das células nervosas, o que garante sua sustentação. 

Micróglias - essas são as células imunológicas da região cerebral, seu papel é similar
ao dos glóbulos brancos. As micróglias realizam um tipo de inspeção do tecido cerebral
e medula e atua liberando moléculas na presença de moléculas inflamatórias e
doenças degenerativas do sistema nervoso.

Macróglias – há vários tipos de macróglias, os mais conhecidos são:

 Astrócitos – essas são as células mais abundantes no sistema nervoso central e


elas se dividem em subtipos, sendo que cada um realiza uma função diferente
para o funcionamento do sistema nervoso.

 Oligodendrócitos – garantem a formação e manutenção das bainhas de mielina


que envolve os axônios. 

 Células de Schwann – assim como os oligodendrócitos, as células de Schwann


atuam na formação da bainha de mielina.

Sistema Nervoso Periférico


O sistema nervoso é dividido anatomicamente em central e periférico. O Sistema
Nervoso Periférico é um dos principais responsáveis pelas capacidades humanas, além
dos processos de perceber, agir, aprender e lembrar. 
O sistema nervoso periférico capta os estímulos/informações nervosas detectados nos
órgãos ou no meio externo e, então, encaminha elas ao sistema nervoso central,
podendo ser a nível de medula e encéfalo. 
Também é formado pelas as estruturas localizadas fora deste esqueleto. Essas
estruturas são os nervos, os gânglios e as terminações motoras e sensitivas.
O Sistema Nervoso Periférico, a partir de um viés fisiológico, pode ser dividido em
sistema nervoso somático e sistema nervoso visceral. Enquanto o primeiro está
relacionado com a forma que o organismo interage com o meio ambiente externo a
ele, o segundo está relacionado com o controle das vísceras para homeostasia
corpórea.
Sinapse e a condução do impulso nervoso
Os impulsos nervosos passam de uma célula à outra para que ocorra uma resposta a
um determinado sinal. Para que isso ocorra, é necessária a presença de uma região
especializada, que recebe o nome de sinapse. Ela pode ser definida como a região de
proximidade entre a extremidade de um neurônio e uma célula vizinha, onde os
impulsos nervosos são transformados em impulsos químicos em decorrência da
presença de mediadores químicos.

Um neurônio faz sinapses com diversos outros neurônios. Estima-se que uma única
célula nervosa possa fazer mais de mil sinapses. Geralmente elas ocorrem entre o
axônio de um neurônio e o dendrito de outro. Entretanto, podem ocorrer algumas
sinapses menos comuns, tais como axônio com axônio, dendrito com dendrito e
dendrito com corpo celular.

O efeito do álcool e das drogas no sistema nervoso


O álcool atua como um depressor de muitas ações no Sistema Nervoso Central (SNC) e
seus efeitos sobre este são dose-dependentes

Em pequenas quantidades, o álcool promove desinibição, mas com o aumento desta


concentração, o indivíduo passa a apresentar uma diminuição da resposta aos
estímulos, fala pastosa, dificuldade à deambulação, entre outros. Em concentrações
muito altas, ou seja, maiores do que 0.35 gramas/100 mililitros de álcool, o indivíduo
pode ficar comatoso ou até mesmo morrer.

Efeitos do Álcool Sobre os Neurotransmissores


O etanol é uma substância depressora do SNC e afeta diversos neurotransmissores no
cerébro, entre eles, o ácido gama-aminobutírico (GABA) e o glutamato.

GABA

O ácido Gama-amino-butírico é o principal neurotransmissor inibitório do SNC. Existem


dois tipos de receptores deste neurotransmissor: o GABA-alfa e o GABA-beta, dos
quais, apenas o GABA-alfa é estimulado pelo álcool. O resultado é um efeito ainda
mais inibitório no cérebro, levando ao relaxamento e sedação do organismo. Diversas
partes do cérebro são afetadas pelo efeito sedativo do álcool, tais como aquelas
responsáveis pelo movimento, memória, julgamento e respiração.

A interação entre o etanol e o receptor para o GABA foi melhor estabelecida a partir
de estudos que demonstraram haver redução de sintomas da síndrome de abstinência
alcoólica pelo uso de substâncias que aumentam a atividade do GABA, como os
inibidores de sua recaptação e os benzodiazepínicos, mostrando a possibilidade do
sistema GABAérgico ter efeito na fisiopatologia do alcoolismo humano. 3

Glutamato
O glutamato é o neurotransmissor excitatório mais importante do cérebro humano,
parecendo ter um papel crítico na memória e cognição.

O álcool também altera a ação sináptica do glutamato no cérebro, reduzindo a


neurotransmissão glutaminérgica excitatória.

Devido aos efeitos inibitórios sobre o glutamato, o consumo crônico do álcool leva a
um aumento dos receptores glutamatérgicos no hipocampo que é uma área
importante para a memória e envolvida em crises convulsivas.

Durante a abstinência alcoólica*, os receptores de glutamato, que estavam habituados


com a presença contínua do álcool, ficam hiperativos, podendo desencadear de crises
convulsivas à acidentes vasculares cerebrais. 3

*Síndrome de abstinência - Inicia-se horas após a interrupção ou diminuição do


consumo. Os tremores de extremidade e lábios são os mais comuns, associados a
náuseas, vômitos, sudorese, ansiedade e irritabilidade. Casos mais graves evoluem
para convulsões e estados confusionais, com desorientação temporal e espacial, falsos
reconhecimentos e alucinações auditivas, visuais e táteis (delirium tremens).4

Outros neurotransmissores

O Álcool estimula diretamente a liberação de outros neurotransmissores como a


serotonina e endorfinas que parecem contribuir para os sintomas de bem-estar
presentes na intoxicação alcoólica. Mudanças em outros neurotransmmissores foram
menos observadas.

Danos do Álcool ao Cérebro

Dificuldades em andar, visão borrada, fala arrastada, tempo de resposta retardado e


danos à memória. De maneira clara, o álcool afeta o cérebro. Uma série de fatores
podem influenciar o como e o quanto o álcool afeta o cérebro, a saber:

 Quantidade e frequência de consumo de álcool;


 Idade de início e o tempo de consumo de álcool;
 Idade do indivíduo, nível de educação, gênero sexual, aspectos genéticos
e histórico familiar de alcoolismo;
 Risco existente de exposição pré-natal ao álcool; e
 Condições gerais de saúde do indivíduo.
Transtorno Amnésico Alcoólico

O uso de álcool pode produzir danos detectáveis à memória após apenas algumas
doses e à medida que o consumo aumenta, também aumentam os danos ao cérebro.
Altas quantidades de álcool, especialmente quando consumidas de maneira rápida e
com o estômago vazio, podem produzir um “branco” ou um intervalo de tempo no
qual o indivíduo intoxicado não consegue recordar detalhes de eventos ou até mesmo
eventos inteiros. Os estudos sugerem que as mulheres são mais susceptíveis do que os
homens para vivenciar esses efeitos adversos sob mesmas doses de álcool. Essa ação
parece estar relacionada às diferenças orgânicas existentes entre homens e mulheres
no metabolismo dessa substância.

Síndrome de Wernicke-Korsakoff

Efeito das drogas no Sistema Nervoso

Os danos causados pelo álcool no cérebro pode ser decorrentes tanto de causas
diretamente ligadas ao uso de álcool como de fatores indiretos, como saúde geral
debilitada ou doença hepática severa. A deficiência de tiamina, por exemplo, pode ser
um desses fatores. A tiamina, conhecida também com vitamina B1, é um nutriente
importante para todos os órgãos e tecidos, incluindo o cérebro.

As drogas podem ser depressoras, estimulantes ou perturbadoras da atividade do sistema


nervoso central, cujo órgão principal é o cérebro.

Depressoras – diminuem a atividade do cérebro, deixando o indivíduo "desligado". Reduzem a


tensão emocional, a atenção, a concentração, a memória e a capacidade intelectual. Podem
produzir sonolência, embriaguez e até coma. São depressores o álcool, os barbitúricos
(soníferos), os ansiolíticos (tranquilizantes), os sedativos (calmantes), o ópio e a morfina, os
xaropes e gotas para tosse, e os inalantes ou solventes (colas, tintas, removedores).

Estimulantes – aumentam a atividade do cérebro, fazendo com que a pessoa fique "ligada",
"elétrica". As principais são as anfetaminas, a nicotina (presente no cigarro) e a cocaína, que
geralmente inibem as sensações de fome, cansaço e sono, podendo produzir estados de
excitação e aumento da ansiedade.

Perturbadoras – também chamadas de alucinógenas, modificam a qualidade da atividade do


cérebro, que passa a funcionar de forma anormal. Alteram a percepção e o pensamento e
produzem alucinações e delírios. As principais são a maconha, o ecstasy e o LSD 25.

Existem ainda os esteróides anabolizantes, usados para aumentar a força muscular, que
podem causar hipertensão, tumores no fígado, impotência, calvície, ataque cardíaco.

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