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O tecido nervoso é um dos tecidos mais especializados do corpo humano, com

funções vitais para o processamento de informações e comunicação. Vamos


explorar o que é, como é formado e quais são suas funções:
O que é Tecido Nervoso?

• É um tecido de comunicação, capaz de receber, interpretar e responder


aos estímulos externos e internos1.

O tecido nervoso é um tecido de comunicação, capaz de receber, interpretar e


responder aos estímulos.

As células do tecido nervoso são altamente especializadas no processamento


de informações.

Os neurônios transmitem os impulsos nervosos e as células da glia atuam


junto com eles.

Função

A função do tecido nervoso é fazer as comunicações entre os órgãos do corpo


e o meio externo.

Tudo acontece de forma muito rápida. Através dos neurônios, o sistema


nervoso recebe estímulos, decodifica as mensagens e elabora respostas.

Por exemplo: o frio (estímulo externo) é recebido pelos receptores da pele,


transmitido por neurônios sensitivos e interpretado no sistema nervoso central.

Células Nervosas

As células do tecido nervoso podem ser de dois tipos: neurônios e células


gliais.
Representação de um neurônio e de células da glia. Observe o oligodendrócito
que envolve o axônio neuronal

Neurônios

Neurônios realizando sinapse.


Os neurônios transmitem informações por mediadores químicos,
os neurotransmissores, e de impulsos elétricos.

Podemos identificar três regiões na maioria dos neurônios, são elas:

• Corpo celular: nele se localizam o núcleo e as organelas, por exemplo,


mitocôndrias.
• Axônio: é um prolongamento longo do corpo celular, geralmente único,
de espessura constante. É envolvido por macroglias de dois tipos:
Oligodendrócitos e Células de Schwann.
• Dendritos: são prolongamentos curtos do corpo celular, com muitas
ramificações que se afinam nas pontas.
Podem ser de vários tipos e classificados da seguinte maneira:

• Segundo a forma: Neurônios Multipolares, Bipolares e Unipolares


• Segundo a função: Neurônios Sensitivos, Motores e Integradores

Células da Glia

As células da glia, ou neuróglias, são muito mais numerosas do os neurônios.


Sua função é nutrir e proteger o sistema nervoso.

Além disso, ajudam na regulação das sinapses e transmissão dos impulsos


elétricos.

Existem dois tipos de células gliais, a saber:

• Microglias: protegem o sistema nervoso, agindo de forma semelhante


aos macrófagos.
• Macroglias: há quatro subtipos, cada uma com função específica,
ajudando na transmissão dos impulsos nervosos. São elas: os
astrócitos, os oligodendrócitos, os ependimócitos e as células de
Schwann.

Saiba mais sobre as células nervosas: neurônios e células gliais.

Características

O tecido nervoso constitui os órgãos do sistema nervoso, que pode ser


classificado em dois:

Sistema Nervoso Central (SNC)


Imagem do encéfalo, com ênfase no cerebelo em vermelho.

Formado pelo encéfalo, que fica dentro da caixa craniana, e pela medula
espinhal.

No cérebro e cerebelo, que compõem o encéfalo, os corpos celulares dos


neurônios se concentram na região mais externa (córtex) formando
a substância cinzenta.

Os prolongamentos (axônios) formam a região mais interna


chamada substância branca.

Enquanto na medula espinhal, a substância branca é mais externa e a cinzenta


é interna.

Saiba mais: Sistema Nervoso Central.

Sistema Nervoso Periférico


Sistema nervoso periférico partindo do Sistema nervoso central.
Formado pelos nervos e gânglios. Os nervos são compostos de fibras
nervosas.

As fibras, por sua vez, são constituídas pelos axônios e pelas células de
Schwann, que os revestem.

Os gânglios são porções dilatadas dos nervos, onde se concentram corpos


celulares dos neurônios.

Saiba mais: Sistema Nervoso Periférico.

Impulsos Nervosos e Sinapses

Realização de sinapses entre neurônios para interpretação de sensações.


A transmissão do impulso nervoso é a forma de comunicação dos neurônios.
Os impulsos são fenômenos de natureza eletroquímica, uma vez que envolvem
substâncias químicas e a propagação de sinais elétricos.
As sinapses ocorrem entre os prolongamentos dos neurônios (axônio de uma
célula e dendritos da vizinha). Ocorrem devido a substâncias químicas, os
mediadores chamados neurotransmissores.

Os sinais elétricos geram um potencial de ação nas membranas dos neurônios,


isso quer dizer, que há mudança de cargas elétricas.

Como é formado?

• É composto por neurônios e células gliais (ou gliócitos).


• Neurônios: São células altamente especializadas que transmitem
informações por meio de impulsos elétricos e mediadores químicos
chamados neurotransmissores.
• Células Gliais: São muito mais numerosas que os neurônios e têm
funções de nutrir, proteger o sistema nervoso, ajudar na regulação das
sinapses e na transmissão dos impulsos elétricos1.

Quais são as funções do Tecido Nervoso?

• Comunicação: Faz as comunicações entre os órgãos do corpo e o meio


externo.
• Recepção de Estímulos: Recebe estímulos e decodifica as mensagens.
• Elaboração de Respostas: Elabora respostas adequadas a esses
estímulos, que podem ser ações ou sensações1.

O tecido nervoso constitui os órgãos do Sistema Nervoso Central (SNC), como


o encéfalo e a medula espinhal, e também faz parte do Sistema Nervoso
Periférico (SNP), formando os nervos que se estendem por todo o corpo1.

*Características do Tecido Nervoso:

• Comunicação: O tecido nervoso é especializado em receber, interpretar


e responder aos estímulos externos e internos.
• Células Especializadas: É composto por neurônios, que transmitem
impulsos nervosos, e células gliais, que atuam na nutrição e proteção do
sistema nervoso.

Formação do Tecido Nervoso:

• Neurônios: São as células responsáveis por receber estímulos e


transformá-los em impulsos nervosos. Eles são compostos por um corpo
celular, dendritos e um axônio.
• Células Gliais: Também conhecidas como neuroglia, são mais numerosas
que os neurônios e desempenham várias funções de suporte, como
manter um ambiente químico propício para a produção de impulsos
nervosos e proteger o sistema nervoso central.

Funções do Tecido Nervoso:

• Recepção de Estímulos: Recebe estímulos externos e internos e os


transforma em impulsos nervosos.
• Transmissão de Impulsos: Passa esses impulsos nervosos para órgãos e
tecidos responsáveis por executar as ações necessárias.
• Controle Corporal: Controla de maneira direta e rápida as principais
partes do corpo, permitindo a interação com o meio ambiente e outros
seres vivos.

O tecido nervoso constitui os órgãos do Sistema Nervoso Central (SNC), como o


encéfalo e a medula espinhal, e também faz parte do Sistema Nervoso
Periférico (SNP), formando os nervos que se estendem por todo o corpo

Como ocorre a sinapse e quais os tipos de sinapses?

A sinapse é um processo fundamental para a comunicação entre neurônios ou


entre neurônios e outras células, como as musculares ou glandulares. Vamos
entender como ocorre e quais são os tipos de sinapses:
Como ocorre a sinapse? A sinapse geralmente ocorre entre o axônio de um
neurônio e o dendrito do neurônio seguinte. O processo envolve:

1. Potencial de Ação: Um estímulo inicia uma mudança brusca de carga


elétrica no neurônio, chamada potencial de ação.
2. Liberação de Neurotransmissores: Ao chegar na terminação do axônio,
o potencial de ação provoca a liberação de neurotransmissores contidos
em vesículas.
3. Transmissão do Sinal: Os neurotransmissores atravessam a fenda
sináptica e se ligam a receptores específicos na membrana pós-sináptica
do neurônio receptor ou da célula efetora, alterando seu potencial
elétrico e gerando um novo potencial de ação12.

Tipos de Sinapses: Existem dois tipos principais de sinapses:

1. Sinapses Químicas: São as mais comuns em seres humanos e outros


mamíferos. Iniciam no terminal do axônio da célula pré-sináptica, onde
neurotransmissores são liberados na fenda sináptica e reconhecidos por
receptores na célula pós-sináptica1.
2. Sinapses Elétricas: Mais comuns em organismos invertebrados e, nos
humanos, ocorrem principalmente em células gliais ou musculares. Neste
tipo, os neurônios estão muito próximos, permitindo que a corrente
elétrica passe diretamente de um neurônio para outro através de canais
de junção1.

Além disso, as sinapses químicas podem ser classificadas como excitatórias ou


inibitórias, dependendo do tipo de neurotransmissor liberado e do efeito que
ele produz na célula pós-sináptica1.

Transmissão Sináptica O que é? É a transmissão de informações entre os neurônios por


meio das sinapses, criando a rede neural do nosso sistema nervoso. O que é sinapse? É
a unidade processadora de sinais do sistema nervoso. Também é o local de contato
entre dois ou mais neurônios. Qual a sua importância? As sinapses são importantes
pois devido a elas que o sistema nervoso é capaz de processar, interpretar e modificar
as informações que recebe. É por causa das sinapses que os potenciais de ação
gerados em um neurônio são modificados e transmitidos para um ou mais neurônios.
Por fim, as sinapses permitem que o estímulo elétrico seja direcionado para
determinadas regiões do sistema nervoso central e também do sistema nervoso
central para diferentes órgãos efetores do corpo, ou seja, os órgãos que executam as
respostas aos estímulos. Circuitos Neurais Cada neurônio, em média, recebe cerca de
10.000 (dez mil) sinapses. O histologista Ramon Cajal conseguiu por meio de seus
desenhos mostrar que os neurônios são células individuais e que funcionam
conectando-se com as outras células neurais por meio de sinapses e formam os
circuitos neurais, apesar de parecerem como uma massa única. Assim, foi possível
entender que os neurônios conseguem fazer e desfazer conexões, mostrando que o
sistema nervoso está o tempo todo se modificando, o que hoje sabemos se tratar da
neuroplasticidade. Classificação dos Neurônios Os neurônios podem ser classificados
quanto a sua posição em relação a sinapse.
• Neurônio pré-sináptico: O neurônio está antes da sinapse e está enviando a
informação.
• Neurônio pós-sináptico: O neurônio está depois da sinapse e está recebendo a
informação. Está classificação pode variar de acordo com a relação dos neurônios que
estão se comunicando. Um neurônio pode ser ora pré-sináptico e ora pós-sináptico,
depende se está recebendo ou enviando informações.
www.projetandoneurociencia.org Material Produzido por Isabella Oliveira (2021)
Classificação das Sinapses As sinapses podem ser classificadas quanto a sua natureza,
função, morfologia e quanto aos seus tipos. A seguir serão detalhadas as classificações
mais a fundo. Quanto a função as sinapses podem ser classificadas em excitatórias e
inibitórias. Esta classificação depende do que o neurônio pré-sináptico faz em relação
ao pós-sináptico, podendo estimulá-lo ou inibi-lo.
• Sinapse excitatória: Quando o resultado é um potencial despolarizante, ou seja,
neste tipo de sinapse promove-se a entrada de cargas positivas no neurônio
pós sináptico, tornando mais fácil que este neurônio saia do repouso e que seja
gerado o potencial de ação, como por exemplo o sódio. Podemos dizer que a
consequência da sinapse excitatória é uma despolarização pós-sináptica.
• Sinapse inibitória: Quando o resultado é um potencial pós-sináptico
hiperpolarizante, ou seja, neste tipo de sinapse promove-se a entrada de cargas
negativas, inibindo o neurônio pós-sináptico a sair do repouso, como por exemplo o
cloro. Podemos dizer que a consequência da sinapse inibitória é uma hiperpolarização
pós-sináptica, ou seja, a mensagem não é passada adiante. Quanto a classificação das
sinapses em relação a sua natureza temos:
• Axodendrítica: Sinapse entre o axônio e o dendrito.
• Axossomática: Sinapse entre o axônio e o soma (corpo celular do neurônio).
• Axoaxônica: Sinapse entre dois axônios.
• Dentrodendrítica: Sinapse entre dois dendritos (este tipo de sinapse é rara).
• Somatossomática: Sinapse entre dois somas (este tipo de sinapse é rara). Também é
possível classificar as sinapses quanto a sua morfologia:
• Simétricas: A membrana pré e pós-sináptica possuem igual espessura, com vesículas
achatadas. São inibitórias.
• Assimétricas: A membrana pós é mais espessa que a membrana pré-sináptica.
Apresentam vesículas esféricas. São excitatórias. Por fim, temos a classificação das
sinapses por tipo:
• Sinapse elétrica: É mais simples; formada por junções comunicantes; é ultrarrápida,
na maioria dos casos é bidirecional. www.projetandoneurociencia.org Material
Produzido por Isabella Oliveira (2021)
• Sinapse química: É mais elaborada; formada por fenda sináptica e
neurotransmissores; é majoritária no sistema nervoso da maioria dos vertebrados; é
unidirecional. Em relação as sinapses elétricas, elas recebem este nome pois é um
processo de transmissão de cargas elétricas, positivas e/ou negativas, por meio da
junção comunicante entre os neurônios. Encontra-se em grande quantidade em
animais com sistema nervoso muito simples, como por exemplo, os invertebrados.
Dizer que as sinapses elétricas são bidirecionais significa dizer que existe uma livre
passagem dos íons positivos e/ou negativos entre os neurônios. Este tipo de sinapse é
pouco modulável, ou seja, acontece de forma tão rápida que não é possível modular
essa comunicação, em outras palavras, não consegue impedir esta comunicação ou
interferir, por isso, se fala que a sinapse elétrica é pouco modulável. Assim, não
permite a variabilidade de respostas, o que faz com que só sejam gerados
comportamentos padronizados. As sinapses químicas são chamadas assim porque
precisam de uma substância química para passar uma informação entre dois ou mais
neurônios, chamada de neuromediador. Quando o potencial de ação (sinal elétrico)
chegar no final do neurônio, em seus terminais nervosos, será transformado de um
potencial elétrico para um estímulo químico (neurotransmissor), e assim, liberar esta
substância química pra frente, se ligando ao próximo neurônio. Só assim ele vai
conseguir passar as informações para outro neurônio. Ou seja, só assim ele conseguirá
tirar o próximo neurônio do repouso. Para tirar o próximo neurônio do repouso, quer
dizer que o neurotransmissor irá se ligar no neurônio pós sináptico, e isso vai fazer
com que entre carga positiva nele. Só é possível estimular o neurônio pós sináptico se
ele possuir o receptor do neurotransmissor liberado pelo neurônio pré-sináptico, por
exemplo: se o neurotransmissor for do tipo dopamina, precisa ter um receptor de
dopamina no outro neurônio. Ao contrário das sinapses elétricas, as sinapses químicas
são moduláveis, ou seja, o sistema nervoso é capaz de fazer modificações neste tipo de
sinapse. Modular quer dizer inibir, interferir, reduzir ou aumentar a velocidade e isso
produz repertórios comportamentais variados.
A sinapse química, graças à variedade e à quantidade de neurotransmissores permite a
neuroplasticidade. A denominação neuromediador é usada para chamar os
mensageiros sinápticos de modo geral. Já a denominação neurotransmissor é usada
para www.projetandoneurociencia.org Material Produzido por Isabella Oliveira (2021)
moléculas de baixo peso molecular e cuja ação é exercida diretamente na membrana
pós-sináptica quase sempre produzindo um potencial pós-sináptico (inibitório ou
excitatório). Então, os principais neuromediadores são os neurotransmissores.
Normalmente um neurônio só produz um tipo de neurotransmissor. Este é sintetizado
no corpo celular do neurônio ou no próprio terminal sináptico. Quando sintetizado
pelo corpo celular é transportado para o terminal sináptico, onde ficará armazenado
nas vesículas sinápticas. O nome do neurônio vai dizer que tipo de neurotransmissor
ele está produzindo, por exemplo: se um neurônio produz dopamina, o nome dele será
neurônio dopaminérgico. Os neurotransmissores são substâncias químicas que
estimulam, inibem ou modificam a resposta das células cerebrais. Existem mais de 100
tipos de neurotransmissores e cada um tem a sua função específica, que afetará de
forma diferente o nosso comportamento. A quantidade de neurotransmissores
liberados na fenda é proporcional à frequência de potenciais de ação que chegam no
terminal do axônio. Dependendo do tipo e da quantidade de neurotransmissores que
são liberados na fenda sináptica é o que determinará a amplitude de variação de
respostas comportamentais de um indivíduo. Sua ação é exercida diretamente na
membrana pós-sináptica quase sempre produzindo um potencial pós-sináptico
(inibitório ou excitatório). A sinapse química pode ser dividida em etapas.
Primeiramente ocorre a produção, transporte e armazenamento de
neurotransmissores nas vesículas dos terminais do axônio pré-sináptico. Em seguida,
no neurônio pré-sináptico, o potencial de ação chega aos terminais do axônio,
provocando a abertura dos canais iônicos de Cálcio. Estes, por sua vez, permitem que
os íons de Cálcio entrem na célula do neurônio pré-sináptico. Então, os íons de Cálcio
sinalizam para as vesículas, que contém neurotransmissores, que estas devem se
mover para a membrana do neurônio pós-sináptico. Após isso, há a fusão da
membrana das vesículas com a face interna do terminal, ou seja, desencadeia o
processo de exocitose, no qual há a liberação dos neurotransmissores na fenda
sináptica. Então, o neurotransmissor se difunde pela fenda sináptica e se encaixa no
seu receptor específico no neurônio pós-sináptico. Executa as mudanças neste
neurônio, depois se desliga e volta para o espaço da sinapse. Por fim, ocorre o efeito
excitatório ou inibitório no neurônio pós-sináptico e a Desativação dos
neurotransmissores da fenda sináptica. www.projetandoneurociencia.org Material
Produzido por Isabella Oliveira (2021) Resumindo... Na maior parte das vezes há uma
comunicação entre uma terminação sináptica de um neurônio com o dendrito de um
segundo neurônio por intermédio de um neurotransmissor, a chamada sinapse
química. Nas sinapses entre os neurônios existe a possibilidade de aumentar, diminuir
ou até bloquear a atividade do neurônio pós-sináptico. Nas sinapses químicas, os
neurônios pré-sinápticos transformam os impulsos elétricos (potencial de ação) em
estímulos químicos (neurotransmissores). Os receptores dos neurônios pós-sinápticos
ao se ligarem com estes neurotransmissores, permitirão a entrada de cargas positivas
ou negativas nestes. Enquanto o impulso nervoso está dentro do neurônio é elétrico e
chama-se potencial de ação. Quando ele passa adiante, ou seja, entre um neurônio e
outro, chama-se sinapse, que pode ser do tipo química que é mais comum ou elétrica.
As sinapses elétricas são rápidas e pouco moduláveis, diferente das sinapses químicas
que são mais complexas e moduláveis, o que permite a neuroplasticidade.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS LENT, Roberto. Cem Bilhões de Neurônios? Conceitos


Fundamentais de Neurociência - 2ª edição. Atheneu, 2010.

Descrever a morfofisiologia do Neurônio?

A morfologia e fisiologia do neurônio são essenciais para entender


como essas células especializadas funcionam no sistema nervoso.
Vamos descrever cada parte e sua função:
Corpo Celular (ou Soma):

• Contém o núcleo e a maioria das organelas celulares.


• É o centro de controle metabólico do neurônio.
• Integra os sinais recebidos e inicia a resposta.

Dendritos:

• São prolongamentos curtos e ramificados que saem do corpo


celular.
• Recebem sinais de outros neurônios e os conduzem em
direção ao corpo celular.

Axônio:

• É um prolongamento longo que transmite impulsos do corpo


celular para outras células.
• Termina nos botões sinápticos, que são as estruturas
responsáveis pela liberação de neurotransmissores.

Bainha de Mielina:

• É uma camada isolante composta por células gliais


(oligodendrócitos no SNC e células de Schwann no SNP).
• Aumenta a velocidade de transmissão do impulso nervoso ao
longo do axônio.
Nódulos de Ranvier:

• São intervalos regulares na bainha de mielina.


• Permitem a regeneração do potencial de ação, facilitando a
condução saltatória do impulso.

Sinapses:

• São as junções entre neurônios ou entre neurônios e outras


células.
• Podem ser elétricas ou químicas, dependendo da forma de
transmissão do sinal.

Fisiologicamente, o neurônio é capaz de gerar e transmitir o


potencial de ação, um sinal elétrico que viaja ao longo do axônio até
a sinapse, onde é convertido em um sinal químico para comunicar-
se com outras células

Neurônio
O neurônio é a célula básica do sistema nervoso e o responsável por garantir a
transmissão do impulso nervoso. Suas partes básicas são: dendritos, axônio e
corpo celular.
Observe as principais partes do neurônio.

Os neurônios, também chamados de células nervosas, são células


do sistema nervoso que estão relacionadas com a propagação
do impulso nervoso, sendo consideradas as unidades básicas desse
sistema.

Leia também: Tecido nervoso

Estrutura dos neurônios

Os neurônios apresentam três partes básicas: os dendritos, o axônio e


o corpo celular. Veja as características de cada um desses componentes
no quadro a seguir:

Componentes do Neurônio
Os dendritos são prolongamentos do neurônio que garantem a recepção dos estímulos, levando
Dendritos o impulso nervoso em direção ao corpo celular. A grande maioria dos neurônios apresenta uma
grande quantidade de dendritos.
Prolongamento que garante a condução do impulso nervoso. Cada neurônio possui apenas um
axônio, o qual é, geralmente, mais longo que os dendritos. Envolvendo o axônio, está um
Axônio isolamento elétrico chamado de bainha de mielina. Essa bainha é formada por dois tipos
celulares: oligodendrócitos, no sistema nervoso central, e células de Schwann, no sistema nervoso
periférico. Os locais onde há falha nessa bainha são chamados de nódulos de Ranvier.
Corpo Local do neurônio onde está presente o núcleo, grande parte das organelas celulares e de onde
celular partem os prolongamentos dessa célula.

• Sinapse

A sinapse é uma região onde há a comunicação entre os neurônios,


entre neurônios e músculos e entre neurônios e glândulas. Na grande
maioria das sinapses, a transmissão de informação é possível graças à
presença de neurotransmissores, que são mensageiros químicos. Nesse
tipo de sinapse, chamada de sinapse química, o impulso nervoso (sinal
elétrico) de um neurônio pré-sináptico é transformado em sinal químico,
que atua na célula pós-sináptica. É importante salientar que existem
ainda as chamadas sinapses elétricas. Nessas sinapses, as correntes
elétricas fluem diretamente de um neurônio a outro.

Leia também: Nervos

Função dos neurônios

Os neurônios são células responsáveis pela transmissão dos impulsos


nervosos.

Os neurônios são células excitáveis, ou seja, conseguem responder a


estímulos com modificações da diferença de potencial elétrico na
membrana celular. A modificação desse potencial pode propagar-se
pela membrana, fenômeno conhecido como impulso nervoso. É por
meio do impulso nervoso que os neurônios conseguem transmitir
informações de um neurônio para outro ou, ainda, para as glândulas ou
músculos. Assim sendo, o neurônio atua garantindo a recepção e
transmissão de informações.

O impulso nervoso é um fenômeno complexo que envolve alteração no potencial elétrico da membrana da
célula nervosa. Para entender melhor como o impulso nervoso ocorre, acesse nosso texto específico: Impulso
Nervoso.

Tipos de neurônios

Os neurônios podem ser classificados, de acordo com sua morfologia,


em neurônios multipolares, neurônios bipolares e neurônios
pseudounipolares.

Tipos de neurônios
Esse tipo de neurônio possui mais de dois prolongamentos celulares. É a ocorrência
Neurônios multipolares
mais comum.
Possui apenas um axônio e um dendrito. Pode ser encontrado na mucosa olfatória,
Neurônios bipolares
na retina e nos gânglios coclear e vestibular.
Neurônios Possui um prolongamento único, que se divide em dois. Esse tipo de neurônio
pseudounipolares pode ser observado nos gânglios espinais.
Observe
os principais tipos de neurônios existentes.

Os neurônios também podem ser classificados de acordo com sua


função. Veja

Tipos de neurônios
São responsáveis por conduzir impulsos nervosos para órgãos efetores, como músculos
Neurônios motores
e glândulas.
Neurônios Recebem estímulos, os quais podem ser provenientes do próprio organismo ou do meio
sensoriais ambiente.
Interneurônios Garantem a conexão entre neurônios.

Substância branca e substância cinzenta

O cérebro e a medula espinal apresentam duas regiões bem marcadas


denominadas de substância branca e substância cinzenta. A
substância branca é um agrupamento de axônios e apresenta essa
denominação por causa de sua cor esbranquiçada, proveniente da
quantidade de mielina nesse local. A substância cinzenta, por sua vez, é
formada, principalmente, pelos corpos celulares dos neurônios. Na
medula espinal, a substância branca está localizada na região mais
externa; no cérebro, a substância branca está localizada mais
internamente.

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