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C"pítulo V

Sistema lleruoso

í.0: Conceito
ras güe se localizam n0 esqueleto axial (coluna
ver-
As funções orgânicas, bem como a integração do tebmt e crânio) : são a medúh espinúãÍ,
.
anÍmal no meio ambiente estão na dependênc-ia ie
ìïiËËfao.
0 sistema neÍvoso,perÍférico,orpirìnã, or'nì"0,
um
sistema especial denominado sistemã neroso.- lsto cranhnos e espinhais, os gânglios
e as teÌminações
significa que este sístema controla e coorúenã-ãs neruosas.
fun-
ções de todos os sistemas do organismo e ainÍà, re-
3.0
cebendo esrímulos aplicados a supï*icie-oõ ,òipà
ani.
mat, e capaz de interpretá-los e desencadear, ev'entual.
- Meninges

mente, resp0stas. adequadas a estes estímulos.


0 encéfalo e a medula espinhal são envolvidos e
Assim, protegidos por.lâminas (ou meirbranari
muitas funções do sistema nervoso dependem da
von-
oJiáóiuo ,r-
tade (caminhar, por exemplo, é um aio vãÌüntãriol Junttvo chamadas, em c0njunt0, meninges. Estas lâmi-
e minas sã0, de fora para d-entro : a durã.maq-ã
muitas outras ocorrem sem que delas tenhamos arac.
,ons- noide e a. pia.miíter. A dura-máter é
ciência (a secreção da saliva, po, ,xemptõ, óõõrre a mais espessa dã-
in_ ras e a pia-máter a mais fina. Esta
dependente de nossa vonrade). É tacit'uóiifióãi quu, última esiá intima-
mente aplicada ao encéfalo e à meduli
à. medida que subimos na escala zoológica, iïónri,ie-
tre. as duas esrá
ãúntiil r*
xidade do sistema neÍvoso aumenta, aõompanhandà a a
aracnóide, da quat pãftóm-ìitra,
delícadas..que vão ter à pia-máier, ,,iniiit[injõ
maior complexidade orgânica dos animais' coniidera. ,ru
dos. Seu máximo desenvolvimento é alcançado no ho-
0e semetnante a uma teia de aranha. A aracnóide
é ".
separada da dura-máter por um espaço
mem, pois. nesta espécie zoológica, o sisíema nervo- capilar jeno-
minado espaço subdural.'e da.pia-maier põio'rú.ço
s0 responde também por fenômenos psíquicos altamen.
te elaborados.
subaracnóide, onde circula
(ou líquorì (Fig. 5.0).
o
tiqUOo õOr.ibiõr*U

2.0
- Divisão do sistema nervo$o
4.0
Beconhecemos no
sistema nervoso duas partes - Si$ema neryoso central
fundamentais que são o sistema nenoso ccffial Para melhor compreender as partes que
tsilC) consti-
eo sistema neÌvoso pedÍérico. A dívisão rl toooìnlfi q9I o SNC é preciso'partir de suíìiisïr'"ãrtïioro_
ca e també.m funcional, embora as duas porçOei úpm gtca.
interdependentes. 0 sistema nerv0s0 cïnÉal é uma
1.1
porção de recepção de e'stímú|os, de comando
sencadeadora
e de
de respostas. A porção pedfiírica estí
- Uesículas primordiais (Figs. S. 1 e 5.2.)
constituida pelas vias que condúzem oi estímulos a ,_ .q qNC origina-se do tubo neural que, na sua ex.
ü?mt0ade cranial, apresenta três dilatações
denomina_
sistema nervoso central ou que levam atrí am óEãos oas vesÍculas. primordiais: o prosencéÍaio,
efetuadores as ordens emariadas da pona cenfol. o mesencé.
Pode-se dizer que o $ÍlC está constituido po, esmn lrto g g rombencéÍalo. 0 resiante do tubo é a.nedu.
h pimitiva.
52
slsTEMA NERVOSí) 53

Artéria espinhal anterlor--_ Espaço subaracnóideo

Trabéculas aracnóideas- ---{i È;= - - - Ltsamento, dentrcurado

-2- -/
Pia-mÁÌer-? Sulco mediano posterior
---
Raiz dorsal do
nervo C5 ___/á. Filamentos radiculares
- - - do nervo Cô
do
Raiz ventr.âl /
nervo CS----/
- Espaço subdural

Artéria espinhal / / ePldural


posterior esquerda /
// '--tt"EsPaço
Samo espinhal d1l
artéria vertebral ' Gânglio esplnhal
,z/do neno C8
I
Artéria radicular anterior/
r1
t. Plexo venoso
ertebral interno

Mória radicular
Râmo ventral do nervo Tí
./
Aracnóide
--,- -/ Ramo dorsàl
-- -- do nervo Tl

Dura-máter Nêrvo T2
,
----
Secção do pedículo
arco da vértebra TÍ Ligamento amarelo
- -

Forame intervêrtebral
/g Processo espinhoso
'da
/\ vértebra T2'
/
Processo transveiso --y'
da vértebra T3

Tecldo adiposo
no espaço spidural
5' CAPITULO V

A cavidade ou ,luz do tubo neural existe,também bt llerencéÍato


- 0 mesencéÍalo desenvolve'
nas vesÍculas primotdiais. sê sem subdividir-se e sua luz permanece
r) Pr0$ap6Írlo
- Com o deconer do doten como un canal estÍeitado.
volvlmento, as porçõer latemis do pmmncÉ' cl loúerréhlo 0
- e mielencéhlo. lleste
rombencéÍalo subdivide'
Íalo aumentam desprsporcionalmente e aca $ Gm mct0m6Ído
bam por recobrir a poção cèntral, origlnando úttimo a luz se dilata, como dilatada se
o telèncólalo e o diencéÍalo. A luz expanüe- apresenta também no telencéÍalo e [menos)
se também tateralmente, acompanhairdo o no dlencéÍalo.
grande desenvolvimento do telencéÍalo.

Telencéfalo
z

--ì------- .+

Rombencéfalo {r

$l
ï

Flg. 5.1 Vesículas primordiãis do slstema nervoso central


-

MetencéÍalo

Telencéfalo

FlO. 5.2
- Sistema nelvoso central no embrião com S0 mm
SISTEMA NERVOSO 55

b) o mesencéÍalo permanece, com a mesma de'


4.2
- Paner do sistema nenoso central
Destas ttansformações das vesículas primordiais,
nominaçã0, conio uma parte do SNC (.);
originam-se as partes úais importantes do sistema ner'
c) o meteicéfalo origina o cerebelo e a Ponte;
d) o mielencéÍalo origina o bulbo;
voso central:
uf o telencéÍalo e diencéÍalo ori-u4-ap o cérebru, e) 0 restante do tubo neural primitivo, otigina
ienìo que os chamados hemiÉÍérios cetebmis a medula primitiva e esta a medula espinhal
(Fis.5.3)
são de órigem telencefálica.

TelencéÍalo

Mesencéfalo

Flg. 5.3 Partes componentês do sistema neÍvoso central, visto num corte sagital medlano
-
(') Alguns autores, como DELMAS, utilizam o termo do variado por diversos outros autores. Por esta
' razão preÍerimos usar mesencéfalo, comumento
lstmo como slnônlmo do mesencéfalo. Esta terml'
nologla, entretanto, tom sido lnterpretada de mo' empregado por clínicos e clrurglões.
56 CAPÍTULO V

0 mesencéfalo, a ponte e o bulbo, em cu{mto, 4.3


constituem 0 trcnco enceÍálico. $omente un GoÌb mÈ -llasìlentrículos enceÍálicos e suas comunicações
transÍomações sofrÍdas pelas vesículas pri-
diano que separa 0s hemisÍérios cerebrais pde de- mordiais, a luz do tubo neural priinitivo permanece e
monstrar a presença das estrutüras que comtiben o apresenta-se dilatada em algumas das subdivísões da-
diencéfalo. No cérebro inteiro, o diencéfalo está re quelas vesículas, constituindo os chamados ventríGu.
coterto pelos hemisÍérios cerebrais que derivam do los que se comunicam entre si : (Fig. 5.S).
telencéfalo (Fig. 5.4). a) a luz do telencéÍalo conesponde aos ventrí
culos laterais (direito e esquerdo);
b) a luz do diencéfalo corresponde ao lll ventrí.
culo. 0s ventrículos laterais comunicam-se li.
vremente com 0 lll ventrículo através do Ío
Ìane inteÍYentricular;
c) a luz do mesencéfalo é um canal estÍeitado,
o aqueduto cerebral, o qual comunica o lll
ventrículo com o lV uentrículo;
d) a luz do rombencéfalo conesponde ao lU ven
trículo; este é continuado pèlo canal central
da medula e se comunica c'om o espaço sub-
aracnóide.
4.4
-No Líquor
espaço subaracnóide e nos ventÌículos circu-
la um líquido de composição química pobre em proteí.
nas, denominado líquido cérebro.espiihal ou siinoles.
m,entelíquor, sendo uma de suas maìs importantes fun-
ções proieger o SNC, agindo como am'ortecedor de
choques. 0 líquor pode ser retirado e o estudo de sua
composição pode ser valioso para o diagnóstico de mui-
tas doenças. É produzido erir Íormacõis esoeciais
plexos corióides -
-situados no assoãlho doi ventrícu_
los laterais e n0 rero do lil e lv ventrrcuioJÌlig. 5.0.
4.5
- Divisão anatômica

Fig. 5.4 Em síntese, a divisão anatômica do sistema nervo.


- Gorte
O diencéfalo
sagital mediano do encéfalo.
está dellmitado pela área escura so pode ser acompanhada na seguinte chave :

Cérebro

Cerebelo

{;l
Mesencéfalo
Sist. Nervoso Trenco eneefálico Ponte
Central Bulbo
{
$istema

Nervoso

llems
Sist. Nervoso
ctugli6
Periférico
Temina$c mÍïos*
{
Dura-máter
-Selo sagital superlor

/
/ Corno postôrlor do
/ f
/ventrÍculo tateral

EsPaço subaracnóideo - -- -ï 4ãr, ./ .lV ventrículo


;lV ventrÍculo
/
Veias cerebrals _-J,
superflciais superiores : ,/enda Ao cerebelo

Parte central do _-fi Confluêncla


ventrículo lateral Í dos geloE
ÉÌ:

Corno anterior do Abertura medlâna


ventrículo lateral-.*, 'lt do lV ventrÍculo
,E.:
Forame intervêntricular/ magna
z
/ ./ ,;-9isterna
lll ventrÍculoz/ Folheto lnterno
- da dura-máter
/,
Corno lnferior do ventrículo late'3il / occipital
------Osso
.r/
Aqueduto cerebral-- Folheto externo
- -/ \_ dura-máter
----da
Abertura lateral do lV ventrículo c/plexo 5--- cenfial da medula
-Canal

-\_\\\
-"'- ---- ------JAracnólde
Pia-máter -"' \
'-
ìFb-___},
ventrÍculo terminal ----- subarecnóldeo
- -Espaço

Filamento têrmlnal
1-'4- gE-
---

Fig. 5.5 - Desenho esquemático dos ventrÍculos encefálicos, suas comunicações e circulação do lÍquor
58 CAPíTULO V

A maior parte do encéÍalo conesponde ao cére' (Fig. 5.6, A e B), Do tronco encefálico originam-se 12
bro. Na supérÍície dos dois hemisférios cerebrais pares de nervos, denominados cranianos, que saem pe'
apresentam-só sulcos que delimitam gims. 0 cérebro la base do crânio através de Íorames ou canais. Da me'
p'odeser dividido em lobos, conespondendo cada um, dula, por sua vez originam-se 31 pares de neruos espi'
ào osso do crânio com que guardam relações. Assim nhais que abandonam a coluna vertebral através
temos um lobo fruntal, occipital, parietal e temponl. de forames denominados interueÌtebÌais.

Sulco central
Lobo PaÍiet?l

Lobo frontal ffi Lobo occipital

r
Lobo temporal
Sulco lateral
Fig. 5.6.A Lobos do cérebro, vistos lateralmente'
-

Lobo frontal
Lobo parietal

Lobo temPoral
Lobo occipital

Fig. 5.6.8 Lobos do otrebm, vistos medialmente


-
SISTEMA NERVOSO 59

Coluna posterior

Coluna latera.

Substância
intermédia lateral

Cqluna anterior
Substância
inÌermédia central

Fig. 5.7
- Corte Ìransversal de medula espinhal

5.0 Disposição das substâncias bmnca e cinzenta Gérebro e cerebelo, nos seus aspectos mais ge-
- no sistema nervoso centÌal rais, apresentam um plano estrutural c0mum (Figs.
A observação atenta de um corte de encéÍalo ou
5.8 e 5.9). Nele pode-se reconhecer uma mas-
sa de substância branca, revestida externamente por
de medula, permite reconhecer áreas claras e áreas es-
uma Íina camada de substância cinzenta córtex cere
ÍIlras que repr€sentam, respectivamenÌe, 0 que se cha- -
bral (no cérebro) 0u córtex cerebelar [no cerebelo)
ma de substância branca e substância cinzenta. A pri-
e tendo n0 centro massas de substância cinzenta cons-
-
meira está c0nstituida, pred0minantemente, de Íibras
tituindo os núcleos centais [no cerebelo) 0u 0s nú-
*íïosas mielínicas e a segunda de corpos de neutônio.
cleos da base [no cérebroJ.
I'la medula, a substância cinzenta forma um eixo Como foi dito, a substância branca, em qualquer
central contínuo envolvid0 por substância branca. Em nível do SNC está constituida predominantemente de
coÍte transversal vê-se que a substância cinzenta apre- Íibras nervosas mielínicas. Estas representam as vias
b a forma de um H ou de borboleta, onde se reconhe- pelas quais os impulsos percorrem as diversas áreas
cem as colunas anteÍioÍ e p0steÍior, substância inter- do SNC e se organizam formando os chamados hactos
rália central e lateral e, em parte da medula, a cha- e Íascículos.
mada coluna latetal [Fig. 5 7).
6.0 Sistema nervoso periÍérico
0 tronco enceÍálico, n0 que diz respeito à estru' -
ura, guarda alguma semelhança com a medula, mas di' Na divisão do sistema nerv0s0, Íoram incluidos,
fure em vários aspectos. A substância cinzenta, que c0m0 parte do sistema nervoso periférico, as temina'
na medula é um todc contínuo, apresenta'se, n0 tron' nações neruosas, gânglios e neÌvos. Preliminarmente,
co enceÍálico, fragmentada n0 sentido longitudinal, ân- deve-se ressaltar o fato de que as Íibras de um ner-
teruposterior e látero-lateral. Formam-se, assim, mas- vo são classificadas de acordo com as estruturas que
sas isoladas de substância cinzenta que constituem os inervam, isto é, conforme sua Íunçã0. Por esta ra-
ú:leos dos neruos ctanianos e outros núcleos próprios zã0, diz-se que um nervo possui componentes Íuncio'
do tmnco encefálico. Deste modo uma nova conceitua' nais. Assim, uma fibra que esÌimula 0u ativa a muscu-
ção pode ser Íeita aqui : um úcleo, no sistema-nervo' latura é chamada m0t0Ìa e a que conduz estímulos pa-
rl èentral, é um acúmulo de corpos neulonais Gom ra o SNC é sensitiva. As Íibras motoras veiculam or-
amximadamente, a mesma estrutüÍa e Íunçã0. dens emanadas do SNC e, portanto, em relação a ele,
o clPÍnr.o y

Crpa ca[oeo

Núcleos da base

FiS. 5 6
- Corte frontal do cérebro. Note a pre
sença dos ventrículos latereis e do lll ventrículo

FÍg. 5.9 Corte horizontal do cerebelo


-
ô2 CAPTTULO

ll - óptico

lV Troclear
-
V Trigêmeo
-

Xll - Hipoglosso rX Glossofaríngeo


-
X Vago
-
Xl Acessório
-

Fls. 5.í0 Eìcéfalo. visto inferiormente (Reproduzidode MACHADO, A.B.M., Neuranatomia


- Funcional, tggSl
SISTEMA NERVOSO 6I

Vl
sã0 ditas eÍerentes (que saem do SNC); as sensiti-
Vll
- Abducente
vas veiculam impulsos que devem chegar ao-SNC e
Vlll
- Facial

sã0, p0rtanto, aferentes [que chegam ao SNC).. Esta - Vestíbulo-coclear


classificação das fibras neruosas em motoras teteren' lX
- Glossofaríngeo
tes) e sónsitivas (aferentes) é apenas esquemática: X
Xl
- Vago

classificação mais minudente d'eve ser feita para estu'


Xll
- Acessório
dos de maior complexidade do sistema nervoso' - Hipoglosso

Terminações nervosas Há uma acentuada variação entre eles n0 que se


6.1 -Existem na extremidade de Íibras sensitivas e mo' refere aos componentes funcionais, tornando-os muito
torat. lteiias últimas, o exemplo mais típico 6 a Pl9' mais complexos do que 0s nervos espinhais. Alguns
àã totota. Nas primeiras, as tôrminações nervosas ,são nervos cranianos possuem um gânglio, outros têm mais
eit*tutut espeiializadas para receber estímulos Íísi' de um e outros, ainda, não têm nenhum. Uma visão
cos ou ouímicos na superfície ou no interior do cor' muito simplificada do destino destes nervos é dada a
oo, Assim 0s cones e bastonetes da retina são estimu' seguir :

[rdor aptnat Delos raios luminosos; os receptores do a) 0 nervo olÍatório é puramente sensitivo e li'
ouvido apenas' por ondas sonoras; 0s gustativos p0Ì gado à olfaçã0, c0m0 0 nome indica, inician'
substâncias químicas capazes de determinar as sensa' do-se em terminações nervosas situadas na
çoes de docd, azedo, amargo etc'; na
pele e nas mu'
mucosa nasal.
especializados para 0s agen'
óosas existem receptores b) 0 nervo óptico, também sensitivo, origina'se
tes causadores do calor, Írio, pressão e tato' enquan- na retina e está relacionado com a percepção
tó que as sensações dolorosas são captadas por termi' visual.
nações nervosas livres, isto é, nã0 há uma estrutura
|.eieptora especializada para este ,tipo d9 estímulo.
c) 0s nervos óculomotor, troclear e abducente
inervam músculos que movimentam o olho,
Quarìdo os r'eceptores sensitivos são estimulados ori'
sendo que o lll par é também responsável pe-
ginam impulsos nervosos que caminham pelas fibras
la inervação de músculos chamados intrínse-
em direção ao SNC.
cos do olho, c0m0 0 músculo esÍínctel da Íds
(que Íecha a pupila) e o músculo ciliar (que
6.2 -Vimôs
Gânglios
[ue acúmulos de corpos. celulares de^neu'
controla a forma da lente).

rônios dentrò do SNC são denominados núcleos' Ouan-


d) 0 neruo trigêmeo é predominantemente sensi-
tivo, sendo responsável pela sensibilldade
Ao ãrteJ acúmulos ocorrem fora do SNC eles são cha-
somática de quase toda a cabeça. Um peque-
mados gânglios e apresentam-se, geralmente, c0m0
n0 contingente de fibras é motor, inervando
uma dilataçã0.
a musculatura mastigadora, isto é, músculos
que movimentam a mandíbula.
6.3
-SãoI'lervos
cordões esbranquiçados formados por Íibras
e) 0s nervos Íacial, glossoÍaríngeo e vago
-são
altamente complexos n0 que se refere aos
nervosas unidas por tecido coniuntivo e que têm c0m0
comp0nentes funcionais, estand0 relaciona-
Íunção levar (oú trazer) impulsos ao {do) SNC. Dis'
dos à sensibilidade gustativa e de vísceras,
tinguem-se dois grupos: 0s neÌvos cranianos e os espi'
além de inervar glândulas, musculatura lisa e
nhais.
esquelética. 0 nervo vago é um dos nervos
cranianos mais importantes pois inerva todas
Nervos cranianos (Fi9.5.101
6.3.1
-
São 12 pares de nervos que fazem conexão com
as vísceras torácicas e a maioria das abdo-
minais.
o encéÍalo. A maioria deles [10) origina'se n0 tron'
co encefálico. Além do seu nome 0s nervos cranianos
Í) 0 neruo vestibulo-coclet é puramente sensi'
tivo, constituido de duas porções: a potção
são também denominados por números em sequência
coclear está relacionada com 0s fenômenos da
crânio-caudal. A relação abaixo apresenta 0 nome e 0
audição e a porção vestibular com o equilíbrio.
número correspondente a cada um dos pares crania'
n()s :
g) 0 nervo acessório inerva músculos esqueléti'
ticos, porém, parte de suas Íibras acola-se ao
|- 0lfatório
vago e com ele é distribuida.
ll - ÓPtico
h) 0 nervo hipoglosso inerva os músculos que
lll - Óculomotor
movimentam a língua, sendo, por isso, con-
lV
- Troclear
siderado c0m0 0 nervo m0t0r da língua.
V
- Trigêmeo
SISTEMA NERVOSO 63

6.3.2
-l{ervos esPinhais
0s 31 pares de nervos espinhais mantêm conexão
apÍesenta c0m0 uma porção dilatada da pú.
pria raiz. A fusão das raízes sensitiva e mo.
com a medula e abandonam a coluna vertebral atra' tora resulta n0 nervo espinhal. lsto significa
vés de forames intervertebrais, c0m0 já Íoi visto. 0ra, que 0 nervo espinhal é sempre misto, isto é,
a coluna pode ser dividida em porções cervical, torá' está constituido de ïibras aÍerentes e eferen.
cica, lombar, sacral e coccígea; da mesma maneira, tes. A Íigura abaixo é um esquema que ilus-
reconhecemos nervos espinhais que são cervicais, to' tra a formação do nervo espinhal (Fig. 5.Í1).
rácicos, lombares, sacrais e coccígeos.
a) Formação do neno espinhal
- 0 nervo espi- b) Dishibuição dos nervos espinhais
- Logo
nhal é formado pela Íusão de duas raízes: após a Íusão das raízes ventral e dorsal o
uma yentral e outÍa dorcal. A
raiz ventral nervo espinhal se divide em dois ramos: ven
possui apenas fibras m0t0ras (eferentes), tral (mais calibroso), e dorsal (úenos cali-
cujos corpos celulares estão situados na co' broso). 0s ramos dorsais ineruam a pele e os
luna anterior da substância cinzenta da medu- músculos do dorso; os ventrais são responsá.
la. A raiz dorsal possui fibras sensitivas (afe- veis pela inervação dos membros e da porção
rentes) cuios corpos celulares estão situados I
ântero-lateral do tronco. A figura 5.í ilustra
no gânglio senritivo da roiz donal, que se o Íato.
Raìr dorcal*-**--*\ /---*- Colunâ posterlor
\
Gânglio espinhal---- \ latagl
\ a---Coluna

Tronco sirnpático-* ântèrior


\ -Goluru

*l
1
Rarna dor*al dg 1
n. espinhal
\-

.t
Ramog cêm{.lRicgiltEt

4aiz ventral- **

Tronco da n. egpinh*l*

\--- radieulsrôt
-*FiÌarÍentç*

Gânglio dc *imgático/

Flg. 5.í1 Egquema da Íormação do nervo esplnhal


-
64 oAPTTULO V

c) Fomação dos plexos neÍïosos


- 0s ramos 0bserue este Íato: como são vários os ramos ven-
ventrais que inervam a parede torácica e abdo- trais que paÍticipam da formação de um plexo, devi-
minal permanecem relativamente isolados ao do às inúmeras interligações existentes nesta estrutu-
longo de todo o seu tÍaieto. Nas regiões cer- ra, as fibras de uma mesma raiz ventral podem se dis-
vical (pescoço) e lombo.sacral, porém, os ra- tribuir em vários nervos teminais do pleio. Assim, co-
mos ventrais entremeiam-se para Íormar os m0 Íegra geral, pode-se aÍirmar que as fibras de cada
chamados plexos neruosos, dòs quais emer- nervo espinhal que participa da formação de um plexo,
geJn neilos termimi$. A Íigura S.iz mostra a contribuem- para constituir diversos n-ervos que'emer-
formação de um destes plexos, o haquial, gem do plexo e cada nervo terminal contém fibras
cujos nervos terminais inervam a musculatu- provenientes de diversos nervos espinhais.
ra do ombro e membro superior.

Troncos do plexo

Medula espinhal

Flg. 5.12
- Plexo braqurar, esquedftico. o nervo 12 não Íaz parte do prexo

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