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Sistema nervoso
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Todos os animais mais complexos do que as esponjas possuem sistema nervoso. No entanto,
mesmo as esponjas, animais unicelulares, e não metazoários, como micetozoários têm
mecanismos de sinalização célula a célula que são precursores dos neurônios.[4] Em animais
radialmente simétricos, como as águas-vivas e hidras, o sistema nervoso consiste de uma rede
difusa de células isoladas.[5] Em animais bilaterianos, que compõem a grande maioria das espécies
existentes, o sistema nervoso tem uma estrutura comum que se originou no início do período
Cambriano, mais de 500 milhões de anos atrás.[6]
Anatomia comparada
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Membros do filo dos celenterados, tais como águas-vivas e hidras, têm um sistema nervoso
simples intitulado de rede neural. Ela é formada por neurônios, ligados por sinapses ou conexões
celulares. A rede neural é centralizada ao redor da boca, mas não há um agrupamento anatômico
de neurônios. Algumas águas-vivas possuem neurônios sensoriais conhecidos como rhopalia, com
os quais podem perceber luz, movimento, ou gravidade.[7]
Platelmintos e nematoides
Planárias, um tipo de platelminto, possuem uma corda nervosa dupla que percorre todo o
comprimento do corpo e se funde com a cauda. Estas cordas nervosas são conectadas por nervos
transversais, como os degraus de uma escada. Estes nervos ajudam a coordenar os dois lados do
animal. Dois grandes gânglios na extremidade da cabeça funcionam de modo semelhante a um
cérebro simplificado. Fotorreceptores nos ocelos desses animais proveem informação sensorial
sobre luz e escuridão. Porém, os ocelos não são capazes de formar imagens. Os platelmintos foram
os primeiros animais na escala evolutiva a apresentarem um processo de cefalização. A partir dos
platelmintos até os equinodermos, o sistema nervoso é ganglionar ventral, com exceção dos
nematelmintos que possuem cordão nervoso peri esofágico.
Artrópodes
Os artrópodes possuem um sistema nervoso constituído de uma série de gânglios conectados por
uma corda nervosa ventral feita de conectores paralelos que correm ao longo da barriga.
Tipicamente, cada segmento do corpo possui um gânglio de cada lado, embora alguns deles se
fundam para formar o cérebro e outros grandes gânglios.[8]
Muitos artrópodes possuem órgãos sensoriais bem desenvolvidos, incluindo olhos compostos para
visão e antenas para olfato e percepção de feromônios. A informação sensorial destes órgãos é
processada pelo cérebro.
Moluscos
A maioria dos Moluscos, tais como Bivalves e lesmas, têm vários grupos de neurônios
intercomunicantes chamados gânglios. O sistema nervoso da lebre-do-mar (Aplysia) tem sido
utilizado extensamente em experimentos de neurociência por causa de sua simplicidade e
capacidade de aprender associações simples.
Os cefalópodes, tais como lulas e polvos, possuem cérebros relativamente complexos. Estes
animais também apresentam olhos sofisticados. Como em todos os invertebrados, os axônios dos
cefalópodes carecem de mielina, o isolante que permite reação rápida nos vertebrados. Para obter
uma velocidade de condução rápida o bastante para controlar músculos em tentáculos distantes,
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os axônios dos cefalópodes precisam ter um diâmetro avantajado nas grandes espécies de
cefalópodes. Por este motivo, os axônios da lula são usados por neurocientistas para trabalhar as
propriedades básicas da ação potencial.
Vertebrados
Organização do sistema nervoso
dos vertebrados
Somático
Simpático
Periférico
Autônomo Parassimpático
Entérico
Central / Principal
O sistema nervoso dos animais vertebrados é frequentemente dividido em Sistema nervoso central
(SNC) e Sistema nervoso periférico (SNP). O SNC consiste no encéfalo e na medula espinhal. O
SNP consiste em todos os outros neurônios que não estão no SNC. A maioria do que comumente
se denomina nervos (que são realmente os apêndices dos axónio de células nervosas) são
considerados como constituintes do SNP. O sistema nervoso periférico é dividido em sistema
nervoso somático e sistema nervoso autônomo.
O sistema nervoso somático é o responsável pela coordenação dos movimentos do corpo e também
por receber estímulos externos. Este é o sistema que regula as atividades que estão sob controle
consciente.
Atualmente existem algumas teorias propondo elucidar essa questão evolutiva, as quais abordam o
sistema nervoso desse bilatério primitivo de maneiras diferentes.[9] Duas teorias especialmente
interessantes são as que propõem um sistema nervoso central para o urbilateral, sendo então
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necessária a existência de uma inversão dorso-ventral na história evolutiva dos cordados (cenários
3 e 4). Isso sugeriria uma vantagem evolutiva para essa inversão, uma vez que esta é uma mudança
relativamente drástica.
A visão de um ser vivo é responsável pela percepção e detecção das cores, estas, relacionadas à
emissão de luz. A cor nada mais é do que a propagação da luz interpretada pela visão do ser
humano. A luz é uma onda eletromagnética visível, sendo seu percurso em função do tempo
(velocidade) dado por: v = λƒ, em que λ (lambda) se refere à distância entre dois picos de uma
onda e ƒ (frequência) à sua constância em um segundo. Em meio homogêneo e transparente, a luz
se propaga em linha reta, o que permite os seres vivos a identificar formas e objetos. Ao mesmo
tempo, os raios de luz são independentes, ao se interceptarem, mantém sua trajetória como se os
demais não existissem, permitindo assim interpretar as distâncias e profundidade.[10]
Os fótons de luz ao atingirem uma superfície podem ser refletidos ou refratados, dependendo do
arranjo molecular do raio de luz analisado. Esses fótons refletidos alcançam o olho humano
passando por suas estruturas internas na seguinte ordem: córnea, pupila, íris e cristalino.[12]
Quando os fótons de luz atravessam o globo ocular e chegam à retina, eles entram em contato com
células fotorreceptoras que reconhecem a presença e ausência de luz pela presença de vitamina
A.[13] Essas células são conhecidas como cones e bastonetes, que identificam os raios de luz a
partir da sensibilidade de cada estrutura à determinado comprimento de onda.[14] Assim, esses
sinais luminosos são transformados em sinais neurais e essa informação passa pelas células
nervosas e alcança o encéfalo, que as interpreta.
Existem duas teorias que se relacionam a sensibilidade dos cones e bastonetes quanto ao
comprimento do raio de luz. A primeira é a teoria Tricromática que aponta que os cones e
bastonetes possuem sensibilidade aos comprimentos de onda das cores primárias, enquanto a
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teoria de Maxwell diz que a sensibilidade se refere aos comprimentos de onda das cores vermelho,
verde e azul, as cores primárias de luz. A teoria mais aceita seria a teoria de Maxwell, porém pode-
se encontrar materiais referentes a ambas teorias.[15]
Álcool
Um Sistema Nervoso saudável, sem o efeito do álcool, funciona detectando estímulos internos e
externos, o que permite o desencadeamento de respostas glandulares e musculares. Admitindo ser
um sistema formado por circuitos neurais – que são basicamente células nervosas interconectadas
de maneiras específicas – pode-se perceber respostas estereotipadas condicionando a reação do
sistema nervoso sobre determinados estilos.[17]
O Sistema Nervoso sofre por diversas influências no processo de ingestão de bebidas alcoólicas.
Alguns dos prejuízos e efeitos deletérios que o consumo de álcool pode causar para o cérebro
são:[18]
Em primeira instância: dificuldades em andar, visão borrada, fala arrastada, tempo de resposta
retardado e danos à memória. De maneira clara, o álcool afeta o cérebro. Uma série de fatores
podem influenciar o como e o quanto o álcool afeta o cérebro, a saber:
· Idade do indivíduo, nível de educação, gênero sexual, aspectos genéticos e histórico familiar de
alcoolismo[3];
Isso acontece, pois o etanol aumenta os efeitos do Gaba, um neurotransmissor inibitório, o que
causa os movimentos lentos e a fala enrolada que frequentemente se observam em pessoas
alcoolizadas.[19] Ao mesmo tempo, inibe o neurotransmissor excitatório glutamato, suprimindo
seus efeitos estimulantes e levando a um tipo de retardamento fisiológico. O sistema Gaba atua
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sobre o controle da ansiedade. Ou seja, quando "armado" pela inibição da produção de glutamato,
as pessoas ficam mais relaxadas e com capacidade de interagir melhor com grupos. Quanto mais
Gaba, menos autocontrole.[17]
Além disso, o álcool também aumenta a liberação de serotonina, neurotransmissor que serve para
regular o prazer e o humor. Com mais serotonina, que é considerado o hormônio a felicidade, mais
euforia - e, em alguns casos, atitudes que podem resultar em atos violentos tal como acontece com
o Gaba.[20]
Referências
1. Kandel ER, Schwartz JH, Jessel TM, eds. (2000). «Ch. 2: Nerve cells and behavior».
Principles of Neural Science. [S.l.]: McGraw-Hill Professional. ISBN 9780838577011
2. Finger S (2001). «Ch. 1: The brain in antiquity». Origins of neuroscience: a history of
explorations into brain function. [S.l.]: Oxford Univ. Press. ISBN 9780195146943
3. Finger, pp. 43–50
4. Sakarya O, Armstrong KA, Adamska M,; et al. (2007). Vosshall, Leslie, ed. «A post-synaptic
scaffold at the origin of the animal kingdom» (https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC18
76816). PLoS ONE. 2 (6): e506. PMC 1876816 (https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PM
C1876816) . PMID 17551586 (https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/17551586).
doi:10.1371/journal.pone.0000506 (https://dx.doi.org/10.1371%2Fjournal.pone.0000506)
5. Ruppert EE, Fox RS, Barnes RD (2004). Invertebrate Zoology 7 ed. [S.l.]: Brooks / Cole.
pp. 111–124. ISBN 0030259827
6. Balavoine G (2003). «The segmented Urbilateria: A testable scenario» (http://icb.oxfordjournal
s.org/cgi/content/full/43/1/137). Int Comp Biology. 43 (1): 137–47. doi:10.1093/icb/43.1.137 (htt
ps://dx.doi.org/10.1093%2Ficb%2F43.1.137)
7. «Anatomia comparada» (https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Anatomia_comparada&oldid
=46941094). Wikipédia, a enciclopédia livre. 12 de outubro de 2016
8. «The Nervous System» (http://web.archive.org/web/20071127092147/http://www.cals.ncsu.ed
u/course/ent425/tutorial/nerves.html) (em inglês). Consultado em 29 de janeiro de 2009
9. Holland, Linda Z.; Carvalho, João E.; Escriva, Hector; Laudet, Vincent; Schubert, Michael;
Shimeld, Sebastian M.; Yu, Jr-Kai (7 de outubro de 2013). «Evolution of bilaterian central
nervous systems: a single origin?» (https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/24098981).
EvoDevo. 4 (1). 27 páginas. ISSN 2041-9139 (https://www.worldcat.org/issn/2041-9139).
PMID 24098981 (https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/24098981). doi:10.1186/2041-9139-4-
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10. DA LUZ, Antônio (2017). Física: Contexto e Aplicações. São Paulo: Scipione
11. Filgueiras, Carlos (1996). «A espectroscopia e a química» (http://qnesc.sbq.org.br/online/qnes
c03/historia.pdf) (PDF). História da Química. Consultado em 29 de abril de 2021
12. Rosa, Prof Dr. Alexandre (28 de novembro de 2020). «Estruturas do olho humano» (https://reti
napro.com.br/blog/principais-partes-do-olho/). Retina Pro. Consultado em 22 de abril de 2021
13. da Silva, Michelle (2018). «Retina» (https://www.infoescola.com/visao/retina/). Infoescola.
Consultado em 22 de abril de 2020
14. Rocha, Eduardo (5 de novembro de 2020). «Como se reconhece a luz» (http://jornal.fmrp.usp.
br/olhos-reconhecem-a-luz-por-causa-do-trabalho-dos-cones-e-bastonetes/). Jornal da USP.
Consultado em 22 de abril de 2021
15. «Teoria Tricromática e Maxwell» (http://www.ic.uff.br/~aconci/Cores.pdf) (PDF). UFF
16. Varella Bruna, Maria (10 de fevereiro de 2015). «Dificuldades na percepção de cor» (https://dra
uziovarella.uol.com.br/doencas-e-sintomas/daltonismo/). Drauzio Varella uol. Consultado em
22 de abril de 2021
17. CISA. «Álcool e Sistema Nervoso Central» (https://cisa.org.br/index.php/sua-saude/informativo
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2021
https://pt.wikipedia.org/wiki/Sistema_nervoso 6/7
26/06/2023, 11:56 Sistema nervoso – Wikipédia, a enciclopédia livre
Ver também
Neurociência
Zootomia
Neurônio
Ligações externas
O Corpo Humano: www.ocorpohumano.com.br/s_nervoso.htm (http://www.ocorpohumano.co
m.br/?s_nervoso.htm)
«Ação potencial» (http://www.maxanim.com/biochemistry/Action%20Potential/Action%20Poten
tial.htm) (em inglês)
«Páginas de Biologia de Kimball, SNC» (http://users.rcn.com/jkimball.ma.ultranet/BiologyPage
s/C/CNS.html). (em inglês)
«Páginas de Biologia de Kimball, SNP» (http://users.rcn.com/jkimball.ma.ultranet/BiologyPage
s/P/PNS.html) (em inglês)
«Neurociências para crianças» (http://faculty.washington.edu/chudler/introb.html). (em inglês)
«Sistema nervoso» (http://www.afh.bio.br/nervoso/nervoso1.asp)
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