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Aula 11

SISTEMA NERVOSO
1. Características Gerais
▪ Sistemas de Controle e Integração:

Sistema Sistema
Nervoso Endócrino

velocidade da rápida lenta


ação (sinapse) (circulação)

tamanho do alvo local global


1. Características Gerais
▪ Formas de Transferência da Informação:

a. Nervosa: Sinapses
• propagação muito rápida de informações;
• sítios de ação altamente localizados: informação transmitida a
um ponto específico;
• distribuição limitada.

b. Endócrina: Circulação
• propagação lenta da informação;
• maior número de sítios de ação = todas células com receptores
para o hormônio.
1. CARACTERÍSTICAS GERAIS

▪ O sistema nervoso consiste de grupos de células


nervosas (neurônios) que fazem a interface entre a
recepção de informações sensoriais e os sistemas de
respostas motoras.
▪ O sistema nervoso de um animal basal consiste de um
circuito moto-sensorial simples. O sistema mais
simples consiste de pelo menos 3 células:

neurônio receptor neurônio motor célula efetora

▪ Os sistemas nervosos geralmente possuem uma


complexidade maior, com muitos interneurônios.
1.1. Gânglios.
▪ Uma discreta coleção de células nervosas delimitada
por tecido conjuntivo.
▪ Localizam-se tanto no curso do cordão nervoso quanto
em algumas porções periféricas.
Gânglio
Soma Tratos de axônios

Cordão
longitudinal

Neurópila
1.2. Evolução do Sistema Nervoso

a. Redução nas respostas motoras reflexas à recepção


sensorial periférica;

b. Grande centralização da interpretação sensorial e do


controle motor;

c. Nervos sensoriais transferem informação para grupos de


neurônios especializados (gânglios: corpo celular na
periferia; núcleos: corpo celular no interior);

d. Os neurônios ganglionares ou nucleares se comunicam


com outros neurônios via cordões de tecido nervoso, e
também inervam as células efetoras via neurônios
motores.
▪ A rede nervosa difusa dos animais basais tornou-se
concentrada em 6 a 8 cordões nervosos longitudinais nos
animais derivados.
▪ O nº de cordões nervosos longitudinais se reduz a 1 ou 2
nos animais derivados, e o nº de conectivos comissurais
também se reduz.
▪ A segunda especialização do sistema nervoso nos animais
derivados é o desenvolvimento de cérebro.
Gânglio
cerebral

Cordão
longitudinal
Olho composto

Cérebro
Conectivo
Gânglio
Cérebro Olho composto

Gânglio
Gânglio fundido
▪ O sistema nervoso central (SNC) desenvolve uma
concentração anterior de tecido neural que é conectado
com o cordão nervoso longitudinal.
▪ Esse processo de cefalização ocorreu em todos os
animais com simetria bilateral.
▪ A progressiva redução no papel interpretativo do sistema
nervoso periférico (ex.: cordão nervoso) e a concentração
da função neural no cérebro anterior ocorreu
independentemente nos grupos de vertebrados e
invertebrados (crustáceos, insetos, aracnídeos,
gastrópodos e cefalópodos), através da migração dos
gânglios do cordão nervoso para a região anterior.
2. SISTEMA NERVOSO NOS INVERTEBRADOS
Cnidários

Cnidários
Ctenóforos
2.1. Cnidários e Ctenóforos.
✓ Apresentam simetria radial e estrutura da parede do
corpo complexa:
- a epiderme externa dos cnidários contém células
sensoriais, nematocistos, células mioepiteliais contráteis
e, frequentemente, neurônios especializados;
- a parede interna do corpo contém céls. secretoras e
digestórias.

Nervo radial

Anel neural
Rede nervosa
✓ Podem existir redes nervosas independentes:
- redes nervosas rápidas específicas: com grandes
neurônios bipolares e tripolares, com grande velocidade
de condução (1 a 2 m.seg-1). Regulam o ritmo de pulsação
do sino.

- rede nervosa difusa lenta: bem desenvolvida e semi-


independente. Com neurônios multipolares pequenos.
Regula principalmente movimentos locais lentos dos
tentáculos e peças bucais.
Neurônios da rede nervosa

Célula mioepitelial

Célula sensorial

Camada de células mioepiteliais


Rede
nervosa

Hydra
2.2. Equinodermas.

✓ O sistema nervoso se assemelha ao dos cnidários,


embora haja uma centralização ligeiramente maior.

✓ Na estrela-do-mar, por ex., existe um anel nervoso ao


redor da boca (anel oral) e 5 tratos nervosos radiais, um
para cada braço.

✓ Os nervos radiais se comunicam com o plexo nervoso


periférico que inerva os músculos e os órgãos sensitivos
dos braços.
✓ O plexo nervoso é diferenciado, morfológica e
fisiologicamente em um sistema de condução dirigida
(rápido) e um sistema de condução difusa (lento).
✓ É possível que este plexo seja equivalente a uma rede
nervosa, embora a direção da informação ocorra através
de vias específicas.
Schistossoma

Stylochus
2.3. Platelmintes.
✓ a centralização da organização nervosa acompanhou o
aparecimento da simetria bilateral.
✓ estruturas sensoriais + importantes na cabeça (1ª região
do corpo em contato com novo ambiente na locomoção).
✓ receptores sensoriais na cabeça => concentração de
neurônios nessa região => massa ganglionar ou cérebro
primitivo.

gânglio cordão gânglio


nervoso cerebral
✓ A massa ganglionar (ou cérebro) atua:
• recebendo informações das estruturas sensoriais de
várias partes do corpo;
• integrando sinais para receptores da cabeça;
• dirigindo e controlando o comportamento de muitos
efetores.

✓ Corpos celulares dos neurônios são separados da massa


de axônios:
• Soma: posição periférica (gânglios);
• Axônios: posição central => pilha = neurópila.

✓ As conexões sinápticas entre os neurônios no sistema


nervoso desses animais ocorrem quase que
exclusivamente na neurópila.
Polychaeta

A
a
d

e
n
i
l
l
Polychaeta

Polychaeta
Oligochaeta
Oligochaeta

Polychaeta

Hirudinea Hirudinea
2.4. Anelídeos.
✓ Sistema nervoso segmentado, com divisão precisa em
componentes centrais e periféricos;
✓ Cérebro bem definido, com regiões anterior, média e
posterior.
✓ O cérebro é dorsal e está ligado ao cordão nervoso
ventral através de conectivos em torno do intestino (SN
estomogástrico).
gânglio cerebral
✓ Os nervos, que
contêm tanto conectivo circunesofágico
aferências
sensitivas
quanto
eferências
motoras,
comunicam o
cérebro com os
sistemas gânglio segmental V
sensorial e
motor. cordão nervoso ventral
Ligida

Pycnogonida Artropoda
2.5. Artrópodos.
✓ O sistema nervoso central dos artrópodos consiste em:
• cérebro ântero-dorsal bem desenvolvido, com
conectivos ao redor do esôfago;
• 1 cordão nervoso ventral, com gânglios segmentais.

✓ Gânglios duplos que tendem a se fundir lateralmente


nas sps mais derivadas.

✓ A ausência tanto de redes nervosas como de plexos


nervosos é uma importante característica do sistema
nervoso somático dos artrópodos, embora possa haver
um plexo nervoso associado à musculatura visceral.
✓ Cérebro constituído por 3 regiões principais:

I. Protocérebro, integração sensorial (especialmente


visão) e controle da atividade motora em resposta à
integração sensorial. Formas complexas de
comportamento podem ser iniciadas no protocérebro.
II. Deuterocérebro, recepção de informações sensoriais
das antenas;
III. Tritocérebro, recepção das informações sensoriais
provenientes do segundo par de antenas (em
crustáceos), canal alimentar anterior e peças bucais.
Lagostim,
Astacus fluviatilis

g. cerebral
conectivo
circunesofágico
g. subesofágico
1o. g. torácico

1o. g. abdominal

5o. g. abdominal
g. pós-abdominal
Escorpião,
Thelyphonos caudatus

Gânglio cerebral

cordão nervoso ventral


a: mosquito Chironomus (Chironomidae);
b, c, d: moscas Empis, Tabanus e Sarcophaga
M
o
l
l
Bivalvia

Scaphopoda
Cephalopoda
Gastropoda

Polyplacophora
2.6. Moluscos.
✓ sistema nervoso muito variável:
- mais simples se assemelha ao dos platelmintes;
- mais complexo (cefalópodos) se assemelha ao dos
vertebrados.
✓ consiste, basicamente, de uma série de gânglios
pareados (3 ou mais) que podem estar:
- conectados por tratos nervosos, ou
- fundidos para formar uma massa cerebral complexa
✓ muitos moluscos possuem plexos subepidérmicos que
podem atuar mediando reflexos locais sem envolver o
SNC.
Ex: movimentos do pé do caracol são controlados, em
parte, por atividade nervosa gerada dentro de um plexo
nervoso subepidérmico.
comissura cerebral

g. cerebral
g. labial
g. bucal
conectivo
conectivo
nervo estatocístico
g. pleural

g. pedal
nervo osfradio
g. subintestinal
g. visceral
g. supraintestinal

nervo pedal

Patella (Opistobrânquio)
✓ Cefalópodos:

• Estão entre os invertebrados predadores mais ativos.


• Apresentam cérebros relativamente grandes e seu
comportamento é proporcionalmente avançado;
• Como os vertebrados derivados, dependem
principalmente da informação aprendida para orientar
suas respostas.
• Seu SNC compreende centros motores inferiores
(gânglios dos tentáculos), intermediários (nos lobos
subesofágicos) e superiores (nos lobos supra-
esofágicos).
g. esplênico
g. branquial
nervo do manto
g. estelato

comissura interpalial
nervo pleural

g. óptico
g. cerebral
comissura g. suprabranquial
visceral
nervo visceral

trato óptico
nervo olfativo
órgão olfativo
(quimiorreceptor) g. pedal
g. propedal

nervo branquial

g. branquial
nervo bucal
nervo tentacular
3. SISTEMA NERVOSO DOS VERTEBRADOS
3.1. Humanos: encéfalo
nervos tronco cerebral
cranianos
nervo medula
cervicais espinal
nervos
torácicos
nervo radial nervos
nervo lombares
mediano
nervos
nervo
sacrais
ulnar

nervo
femural nervo
ciático
nervo tibial
posterior nervo tibial
nervo plantar
lateral
nervo plantar
medial
SN Periférico SN Central

SN Autônomo SN Somático* Encéfalo Medula Espinal

SN Simpático SN Parasimpático E. Anterior E. Médio E. Posterior

Telencéfalo Diencéfalo Mesencéfalo Metencéfalo Mielencéfalo

córtex cerebral tálamo tectum ponte bulbo


gânglio basal hipotálamo tegmento cerebelo
hipocampo
amigdala

* Nervos espinhais e cranianos


Gânglios Sensitivos
Receptores Sensoriais
Plexo Entérico
Músculos esqueléticos
Principais diferenças entre o Sistema Nervoso Central (SNC)
e o Sistema Nervoso Periférico (SNP):

1. No SNC, os conjuntos de neurônios são chamados


núcleos.
No SNP, os conjuntos de neurônios são chamados
gânglios.
2. No SNC, os conjuntos de axônios são chamados tratos;
No SNP, os conjuntos de axônios são chamados nervos.

No SNP, os neurônios podem ser divididos em 3 categorias:


• Sensoriais (aferentes) - dos órgãos sensoriais para o SNC;
• Motores (eferentes) - do SNC para os efetores (ex:
músculos).
• Nervos cranianos: conectam o encéfalo com a periferia;
• Nervos espinais: conectam a medula espinal com a periferia
• Somáticos: conectam a pele ou músculos ao SNC;
• Viscerais: conectam os órgãos internos ao SNC.
3.1.1. Sistema Nervoso Central.

✓ Constituído pelo encéfalo e pela medula espinal.

✓ Formado por:
a. substância cinzenta: preponderância de somas e
dendritos;
b. substância branca: preponderância de fibras nervosas
mielinizadas.

✓ Medula espinal: região central em forma de H =


substância cinzenta central, rodeada por substância
branca;

✓ Encéfalo: substância cinzenta presente como camada


superficial (córtex) do cérebro e cerebelo.
MEDULA
SUBSTÂNCIA CINZENTA
3.1.1.1. Encéfalo.
✓ Porção do SNC contida dentro da caixa craniana.
✓ No ser humano, é composto por 1,3 kg de massa de
substância cinzenta que contém aproximadamente 10
bilhões de neurônios (controle das funções mentais).
✓ Além de neurônios, o encéfalo contém células gliais,
vasos sanguíneos e órgãos secretores.
✓ Dividido em 3 áreas principais:
I. encéfalo anterior (prosencéfalo)
II. encéfalo médio (mesencéfalo)
III. encéfalo posterior (rombencéfalo).
✓ Do lado externo do encéfalo é possível se distinguir 3
partes: o cérebro, o cerebelo e o tronco cerebral
Encéfalo anterior Encéfalo médio Encéfalo posterior

Telencéfalo (cérebro): Corpos quadrigêmeos Metencéfalo:

substância cinzenta: córtex Pedúnculos cerebrais Ponte

substância branca Cerebelo

Diencéfalo: Mielencéfalo:

Tálamo Bulbo (= medula oblonga)

Hipotálamo

telencéfalo diencéfalo mesencéfalo metencéfalo mielencéfalo


3.1.1.1. Encéfalo Anterior = Prosencéfalo
3.1.1.1.1. Telencéfalo (= Cérebro).
✓ 7/8 do peso total do encéfalo.
✓ Sede de todos os centros que governam as atividades
sensitivas e motoras e das áreas que determinam a razão,
a memória e a inteligência.
✓ Durante o desenvolvimento embrionário, a substância
cinzenta cresce desproporcionalmente à substância
branca, sobre a qual repousa.
✓ Como resultado, a substância cinzenta se enrola e se
dobra sobre si mesma. Cada protuberância produzida é
chamada giro ou circunvolução.
✓ Os hemisférios cerebrais são como gêmeos simétricos (de
espelho), cada um com um conjunto completo de centros
para as atividades motoras do corpo.
✓ O lado direito do cérebro controla o lado esquerdo do
corpo, e vice-versa.
Hemisfério Hemisfério
Esquerdo Direito

escrita cálculos idéias formas 3D

raciocínio habilidade
artística

fala imaginação

habilidade mão
científica mão direita esquerda música
LOBOS CEREBRAIS
cérebro
sulco central
Lobo frontal Lobo parietal

fissura
de Silvius

Lobo ociptal
Lobo temporal
ponte
bulbo cerebelo
medula espinal
LOBOS CEREBRAIS
• Lobo frontal: elaboração do pensamento, planejamento,
programação de necessidades individuais e emoção.
• Lobo Parietal: sensação de dor, tato, gustação,
temperatura, pressão. Estimulação de certas regiões deste
lobo em pacientes conscientes, produzem sensações
gustativas. Está relacionado com a lógica matemática.
• Lobo temporal: relacionado primariamente com o sentido
de audição, possibilitando o reconhecimento de tons
específicos e intensidade do som. Tumor ou acidente
afetando esta região provoca deficiência de audição ou
surdez. Esta área também exibe um papel no
processamento da memória e emoção.
• Lobo Occipital: processamento da informação visual.
Danos nesta área promove cegueira total ou parcial.
• Lobo Límbico: comportamento emocional e sexual e com o
processamento da memória.
O Cérebro de Eienstein
Ressonância magnética funcional
enquanto se pensa sobre ética e moral
3.1.1.1. Encéfalo Anterior = Prosencéfalo
3.1.1.1.2. Diencéfalo.
A. Tálamo:
✓ É o centro de ligação para todos os impulsos sensitivos
(exceto olfativos) que se propagam dos receptores para o
córtex cerebral.
B. Hipotálamo:
✓ Localizado sob o tálamo.
✓ Regula as descargas do SNC que acompanham a
expressão emocional e o comportamento;
✓ Regula as atividades alimentares e o metabolismo de
gorduras, a quantidade de água e eletrólitos;
✓ Regula a temperatura corpórea;
✓ Controla a produção de hormônios da neurohipófise e
controla a secreção da adeno e da neurohipófise.
telencéfalo
corpo caloso
septo pelúcido

mesencéfalo
tálamo
cerebelo
hipotálamo

ponte
IV ventrículo
bulbo
medula

vértebra
3.1.1.2. Encéfalo Tálamo
Médio = Mesencéfalo Mesencéfalo

• Composto de
massas nucleares
Ponte
(colículos).
• Envolvido nos
Bulbo
reflexos visuais,
Cerebelo
especialmente na
coordenação dos Tálamo
movimentos, na
Mesencéfalo
audição.
• Conecta o encéfalo
anterior ao posterior.
Medula espinal
3.1.1.3. Encéfalo Posterior = Rombencéfalo
3.1.1.3.1. Metencéfalo: A. Cerebelo
• Relacionado com o equilíbrio e o movimento.
3.1.1.3. Encéfalo Posterior = Rombencéfalo
3.1.1.3.1. Metencéfalo: Ponte
• Localiza-se entre o mesencéfalo e o bulbo.
• Constituída quase que inteiramente de substância branca.
• Ligação do bulbo com os centros corticais superiores.

3.1.1.3.2. Mielencéfalo: Bulbo.


• Localiza-se entre a ponte e a medula espinal.
• Estação de ligação para a passagem de impulsos entre a
medula espinal e o cérebro.
• Contém centros cardíacos, vasoconstritores e
respiratórios, assim como muitos mecanismos para o
controle das atividades reflexas.
3.1.1.2. Medula.
A MEDULA é dividida em 4 regiões topográficas.
3.1. SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO PERIFÉRICO
Sistema Nervoso Somático SISTEMA NERVOSO Sistema Nervoso Visceral
Vida de relação Vida neurovegetativa

Gânglio
autonômico

Motricidade Neurônio único Cadeia de dois neurônios Motricidade visceral


somática Secreção glandular
3.1.2. Sistema
Nervoso
Periférico.
3.1.2.1. Sistema
Nervoso
Autônomo
ESTIMULAÇÃO
ÓRGÃO ESTIMULAÇÃO SIMPÁTICA
PARASSIMPÁTICA
ÍRIS Miose (m. circular) Midríase (m. radial)
CRISTALINO Acomodação para perto (m. ciliar ) Acomodação para longe (m. ciliar)
GLÂNDULAS
-Salivares Salivação copiosa (+) Salivação viscosa (+)
-Digestivas Estimulação da secreção Diminuição da secreção
-Lacrimais Diminuição do lacrimejamento Lacrimejamento (vasodilataçâo e secreção)
-Sudoríparas não tem inervação Sudorese *
T. GASTROINTESTINAL
-Esfíncteres Abertura ( relaxamento) Fechamento (contração)
-Parede Aumento da motilidade Diminuição da motilidade
-Vesícula biliar Contraída Relaxada
PÂNCREAS
Aumenta a secreção de insulina Reduz a secreção de insulina
ENDÓCRINO
FÍGADO Síntese de glicogênio Liberação de glicose
TECIDO ADIPOSO não tem inervação Lipólise e liberação de acido graxo
BEXIGA URINÁRIA
Contraído (esvaziamento) Relaxado (enchimento)
-Parede
Relaxado Contraído
-Esfíncter
CORAÇÃO Bradicardia Taquicardia e aumento da força de contração
BRÔNQUIOS Broncoconstrição (contração) Broncodilatação (relaxamento)
VASOS SANGUINEOS não tem inervação vasoconstrição
PÊNIS Ereção Ejaculação

* O NT pós-ganglionar é a Ach
3. SISTEMA NERVOSO DOS VERTEBRADOS
3.2. Não-Humanos:
Telencéfalo (= Cérebro): parte do encéfalo que sofreu as
mais dramáticas modificações ao longo da evolução.
✓ Hemisférios cerebrais:
• Ausentes em lampréias;
• Pequenos em vertebrados basais (olfação e
respostas motoras associadas);
• Lisos em peixes teleósteos.
• Em mamíferos forma dobras e voltas.
Mamífero

Ave

Teleósteo

Réptil

Elasmobrânquio

Anfíbio

Lampréia

Cérebro
Cerebelo
Tectum
Medula espinal

Bulbo olfativo
Tálamo
Bacalhau Lobo óptico Cerebelo
Cérebro

Bulbo olfativo
Nervo óptico
Hipófise Bulbo

Rã Lobo óptico
Cérebro Cerebelo
Bulbo olfativo

Bulbo
Nervo óptico
Hipófise

Jacaré Lobo óptico


Cérebro Cerebelo

Bulbo olfativo

Bulbo
Nervo óptico Hipófise

Roedor Cérebro Cerebelo

Bulbo olfativo
Bulbo

Cavalo Cérebro
Cerebelo

Bulbo olfativo
Nervo óptico Hipófise Bulbo
Mamíferos
córtex
Rato Tarsius ociptal
córtex
frontal

córtex
temporal

Chimpanzé Homem
córtex frontal
córtex córtex ociptal
ociptal

córtex
temporal

visual 1ária somato- associação


sensorial 1ária
auditiva 1ária olfativa motor
(paleocórtex)
Trato olfativo

Humano

Cão
ADENDO: SISTEMA LÍMBICO - O Centro das Emoções .
5.1. Introdução. Giro cingulado giro subcalosal

✓ Muitos aspectos porções


do gânglio
núcleo
talâmico
área do
sépto córtex
involuntários do basal anterior
órbito-
comportamento são área frontal

hipocampo
Hipotálamo para-
controlados pelo chamado olfativa

sistema límbico: amídala uncus


giro cingulado
Giro parahipocampal
e cíngulo
tálamo
septum pellucidium
corpo caloso
comissura anterior

bulbo olfativo
hipotálamo

corpo do fórnix nervo óptico


coluna do fórnix
tronco cerebral giro corpo trato mamilotalâmico
giro dentado amídala mamilar
hipocampal
✓ Lobo Límbico:

▪ São áreas muito antigas do ponto de vista filogenético: uma das


primeiras porções do córtex cerebral a se desenvolverem.
▪ A estimulação de diferentes partes pode produzir efeitos como
excitação, depressão, aumento de movimentos, raiva ou
docilidade etc.
▪ Provavelmente, armazena informações sobre experiências
passadas, tais como dor e prazer, apetite, sensações olfativas,
experiências sexuais e outras.
▪ Essa associação fornece estímulos para o início de respostas
comportamentais apropriadas para cada ocasião:
- comportamentos de raiva ou docilidade,
- excitação,
- letargia etc.
▪ Essa área realiza o controle das emoções e de outros padrões
de comportamento
✓ Grande parte das porções circundantes do sistema límbico,
incluindo o hipocampo, a amígdala e o tálamo, transmitem a
maioria de seus estímulos através do hipotálamo, causando
efeitos variados no organismo, tais como:

- estimular o sistema nervoso autônomo,

- participar na determinação dos sentimentos de dor e prazer,

- participar nas sensações relacionadas com fome, sexo, raiva.


✓ Alguns aspectos do controle límbico são transmitidos através
do sistema endócrino, pois o hipotálamo, além de controlar o
SNA, controla também a secreção de muitos hormônios
hipofisários.
▪ O sistema límbico, através do hipotálamo e da parte anterior da
hipófise, pode controlar:

- a quantidade de secreção dos hormônios sexuais (FSH e LH),


os quais, em conjunto, controlam a capacidade sexual de uma
pessoa.

- a taxa de secreção dos hormônios tireoideanos, de crescimento


e de vários hormônios adrenocorticais que, juntos, controlam a
maioria das funções metabólicas celulares do dia-a-dia de uma
pessoa.
5.2. Prazer e dor, recompensa e punição.
✓ Estimulação de :
a. certas áreas do tálamo, hipotálamo e mesencéfalo:
animal se sente fortemente punido, como se estivesse
sendo severamente castigado;
b. outras áreas intimamente relacionadas com as acima
citadas: animal experimenta prazer extremo.

5.3. Relação de recompensa e punição com o aprendizado.


✓ Os animais se recordam de estímulos sensoriais que
tenham trazido recompensa ou punição, mas não
lembram de estímulos sensoriais que não tenham
determinado excitação dessas duas áreas.
Ex: A comida muito boa ou muito ruim será lembrada. A
comida que não determina prazer ou desprazer será
rapidamente esquecida.
EMOÇÕES, INSTINTO E LOBO LÍMBICO


Sono
Dormir é um comportamento

Estágios do Sono

 Procedimentos
Experimentais:
EEG, EMG, EOG,
fH, fR etc
Vigília
Estágios do Sono
Atividade Alfa Atividade Beta
 Vigília
- Alfa (regular e f média: 8-12 Hz): Estágio 1 do sono
repouso Atividade
- Beta (irregular e baixa amplitude: Theta
13-30 Hz): alerta
Estágio 2 do sono complexo K
 Sono
fuso
-Estágio 1 (3,5-7,5 Hz c/ ondas teta):
transição
Estágio 3 do sono
-- Estágio 2: com ondas teta,
complexos K e início da ocorrência
de fusos Atividade Delta
- Sono de Onda Lenta (estágios 3 e
4): atividade delta (alta amplitude) Estágio 4 do sono

- REM: sono paradoxal c/ atividade


teta e beta
Atividade Delta
Sono REM

Atividade Teta Atividade Beta


Diferenças entre o Sono REM e o de Onda Lenta

REM Onda Lenta

EEG dessincrônico EEG sincrônico


ausência de tônus muscular moderado tônus muscular
movimentos rápidos dos olhos movimentos dos olhos lentos/nulos
ereção peniana/secreção vaginal ausência de atividade genital
sonhos narrativos sonhos estáticos

O sono é um estágio diferente de consciência

Todos sonham
Por que dormimos?
a) Sono como uma Resposta Adaptativa

- Protege o animal contra o gasto excessivo de energia: o sono é


importante, mas não necessário fisiologicamente (não-restaurativo).
 Estágio de Onda Lenta do sono ocorre independendemente nos diferentes
hemisférios cerebrais em algumas espécies de golfinhos

Hemisfério direito
Alerta Intermediário Ondas Alerta
Lentas

Hemisfério
esquerdo
Alerta Intermediário Alerta
Ondas
Lentas
b) Sono como um Processo Restaurador

O sono é um período de restauração: ocorrem certos processos


anabólicos, desempenhando um papel fisiologicamente necessário.

 O sono não parece ser um processo necessário para a manutenção


das condições corpóreas, mas é provável que seja necessário para
manter o cérebro funcionando adequadamente

- Efeitos da Privação de Sono:


 Humanos:

➔ não prejudica atividades intelectuais, só a concentração.


➔ não é observada uma resposta de estresse fisiológico (não interfere
na capacidade de fazer exercício).
➔ não ocorre um aumento do período de sono proporcional à privação
(só aumento dos períodos REM e Onda Lentas).
➔ Qual a causa fisiológica do aumento do período gasto em sono
profundo (estágios 3 e 4)?

- isolar o animal do ambiente (sono ininterrupto)


- período de recuperação do cérebro (descanso do sistema sensorial)

atividade
delta
intensa
Acordado Estágio 1 Estágio 2

leve

Estágio 3 Estágio 4 REM


 Estudos de Privação com Animais: efeitos mais drásticos que em
humanos (estresse, maior duração etc)
Efeitos do Exercício sobre o Sono:
 É observado um aumento expressivo da duração dos estágios 3 e 4 e uma
redução do estágio REM, apesar de indivíduos extremamente sedentários não
terem apresentado a resposta contrária

 Causa: aquecimento do cérebro

Efeitos da Atividade Mental sobre o Sono:

 É observado um aumento da duração dos estágios 3 e 4, particularmente da


atividade delta no lobo frontal

 Causa: o estágio de ondas lentas permite que o cérebro descanse e se


recupere da atividade executada durante o dia
A Recuperação Física Ocorre durante o Sono?

 O hormônio do crescimento (GH) somente é liberado imediatamente


após a ocorrência de atividade delta, no entanto, este hormônio somente
facilita a síntese protéica de 4 a 5 horas após uma refeição e crianças e
idosos não secretam GH apenas durante o sono.

 Em ratos, o sono fornece a oportunidade de renovação tissular.

 A principal função restauradora do sono parece ser o descanso do


cérebro e não o descanso físico (do organismo como um todo)
Qual a Importância do Sono REM?
 O sono REM é um período de intensa atividade fisiológica
 Após a privação de sono é observado um aumento do tempo que o indivíduo
permanece em REM
 Importância do Sono REM: é importante, mas não essencial

➔ animal mais sensitivo ao ambiente


➔ aprendizado: consolidação de memórias emocionalmente relacionadas,
tornando o aprendizado mais fácil
➔ prevenção contra armazenamento de memórias inúteis
➔ modificar comportamentos instintivos pela experiência ganha

 Apesar do sono parecer solucionar ou aliviar sensações emocionais,


indivíduos com depressão psicótica têm os sintomas reduzidos quando privadas
de sono REM ou quando são utilizadas terapias que reduzam o período REM
Distúrbios do Sono

a) Insônia

- Afeta pelo menos 20% da população

- Deve ser definida com relação às necessidades individuais

- É um sintoma: não deve ser corrigida com medicamentos (insônia por


dependência de drogas)

- Pseudoinsônia: indivíduos sonham que estão acordados

- Apnéia do Sono: indivíduos páram de respirar quando dormem

- Síndrome da Morte Súbita Infantil: bebês não são acordados pelos


altos níveis de dióxido de carbono no sangue
b) Distúrbios Associados com o Sono de Ondas Lentas

- Enurese Noturna (“sonhos molhados”);

- Sonambulismo: o indivíduo não está representando um sonho;

- Terror Noturno: caracterizado por gritos, tremores e pulsação acelerada


sem recordação da causa do terror.

Geralmente passam com o avanço da idade, provavelmente não


estando associados com desordens mentais.

Ocorrem geralmente no estágio mais profundo (estágio 4).


c) Distúrbios Associados com o Sono REM
- Narcolepsia: desordem neurológica caracterizada por dormir em
momentos inapropriados, com seus sintomas podendo ser tratados com
drogas, como anfetaminas (desordens na liberação ou na recaptação de
neurotransmissores)

-Cataplexia: a parálise muscular característica do sono REM ocorre em


momento inapropriado, sendo geralmente precipitado por fortes
emoções.

-Parálise do Sono: incapacidade de se mover quando o indivíduo está


deitado, logo antes ou logo após dormir, podendo sair da parálise ao ser
chamado ou tocado.

- REM sem Atonia (Desordem Comportamental do Sono REM): o


indivíduo representa um sonho, ou seja, seu comportamento
corresponde ao conteúdo de seus sonhos, na realidade ele está
sonhando mas não sofre parálise muscular, parecendo ser devido a
danos no tronco cerebral.

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