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Sumário
Unidade II - Bioeletrogênese
Sinapses 11
Ação das drogas 13
Farmacologia 15
Drogas perturbadoras 18
Drogas depressoras 21
O SNC é formado pelo encéfalo e pela medula espinhal. Ambos estão protegidos,
respectivamente, pela caixa craniana e coluna vertebral.
Tronco encefálico
Cérebro Cerebelo
Ventrículos são canais no cérebro onde flui o chamado líquor, cuja função é o
amortecimento de impactos. Problemas com esse líquido resultam em, por exemplo,
hidrocefalia.
Arco reflexo
Os reflexos inconscientes
são feitos pela medula. Ao mesmo
tempo que ela responde, o cérebro
recebe a informação consciente. O
estímulo é detectado pelo neurônio
sensitivo de um nervo e é levado
para o SNC. O neurônio motor
manda um impulso resposta para o
músculo extensor.
1. Neurônios
● Axônio: extensão citoplasmática alongada que leva o estímulo para longe do soma,
transmitindo o impulso nervoso. Cada neurônio apresenta um único axônio, tem bainha
e termina em ramificações menores (telodendros). Formado a partir do
desenvolvimento da célula neuronal a partir de sua especialização a fim de formar
microtúbulos / neurofibrilas.
● Bainha de mielina: a maioria dos axônios são cobertos por essa fina camada de
substância lipídica cuja função é isolante, de determinação da velocidade do impulso
nervoso e de proteção. No SNC é formada pelos oligodendrócitos ou oligodendrogliais
(não se regenera); no SNP é formada pela célula de Schwann (se regenera).
● Eferente ou motor: levam os impulsos para fora do SNC, aos efetores (músculos e
glândulas), uma resposta ao SNP.
● Unipolar: apenas um processo que passa nele (um axônio), sendo encontrado no
embrião.
● Pseudounipolar: apresenta um axônio que se divide em dois, indo um ramo para a SNP
e outro para o SNC.
2. Glias
Elementos de suporte do neurônio. Possui a capacidade de reprodução, ao contrário
do neurônio. Tem a sustentação dos elementos neurais, funcionando como isolante, o que
possibilita circuitos neurais independentes.
Astrócito
De formato estrelar, constitui a maioria das células da glia, que se caracterizam pela
riqueza e dimensão dos seus prolongamentos citoplasmáticos, distribuídos em todas as
direções.
Se o encéfalo é lesado, a astroglia forma uma cicatriz para reparar a área atingida.
Infelizmente, apesar de ser benéfico na recuperação da lesão, pode atuar como uma
barreira de recuperação do neurônio.
O neurônio não reconhece outros neurônios, não passando informações para outros. A
desmielinização progressiva do neurônio devido à sua morte causa a tentativa do astrócito
de "curá-lo", formando escleras. Sintomas: perda de força, perda de mobilidade.
Micróglia
Oligodendroglia
Forma a bainha de mielina no SNC, sendo capaz de formar mais de uma, diferente
da célula de Schwann, no qual cada bainha é feita por uma célula.
São elementos menores que os astrócitos e que se caracterizam por apresentarem poucos
e curtos prolongamentos celulares. Sua função é formar a bainha de mielina no SNC, onde
estão ausentes as células de Schwann.
Células ependimárias
Células não especializadas que formam a parede por onde passa o liquor,
impedindo a passagem e reprodução de outras neuroglias.
Células de Schwann
➔ Diferença entre célula mielinizada pela célula de Schwann (consegue regenerar a fibra
sem perder muito material citoplasmático) do oligodendrócito (não se regenera).
Obs: Cisticercose
Diferente de ter tênias adultas nos intestinos, a carne de porco contaminada por
fezes com cisticercos de tênia os faz percorrer até o cérebro, havendo parasitas em seu
interior, causando dor de cabeça pelo inchamento do cérebro por vezes devido ao excesso
de líquido no cérebro (hidrocefalia, aumento da pressão no cérebro pelo alojamento de
parasitas em locais que restringem a circulação do líquor).
São de difícil remoção e ação do sistema nervoso graças à barreira
hematoencefálica, pois os leucócitos não chegam ao cérebro, impedindo o combate ao
parasita.
2.2. Gliomas
Nódulo: até 3 cm
Cisto: outro tipo de tecido fechado
Tumor: mais de 3 cm
Tumor benigno: divisão celular com células hiperplásicas (maiores do que a célula mãe).
Mais fácil de tratar, pois é mais fácil dividir tecido cancerígeno e do tecido saudável.
Tumor maligno: divisão celular com células com neoplasia (células filhas com estrutura
diferente da célula mãe). Penetram no tecido saudável, retiram nutrientes e fazem
metástase — células de um órgão vão para outro órgão, afetando-o.
Astrocitomas
Glioblastomas
Oligodendrogliomas
Tumores de hemisfério cerebral de adultos com incidência menor que os
astrocitomas e glioblastomas. Formam massas acinzentados melhor delimitadas que os
astrocitomas.
Ependimomas
4. Nervos
No SNP as fibras nervosas agrupam-se em feixes, dando origem aos nervos. Devido
à cor da mielina, os nervos são esbranquiçados, exceto os nervos bem finos formados
somente por fibras amielínicas. Os nervos estabelecem comunicação entre os centros
nervosos e os músculos e glândulas, os efetores.
5. Fibras nervosas
● Amielínicas: também são envolvidas pela célula de Schwann, mas nesse caso não
ocorre enrolamento em espiral. Uma única célula de Schwann envolve várias fibras
nervosas. Nelas não existem nódulos de Ranvier.
Unidade II - Bioeletrogênese
● Passivo: não gasta energia, à favor do gradiente de concentração (meio mais para meio
menos);
● Difusão facilitada: as moléculas precisam de uma proteína que as permita passar pela
membrana. Ex: a glicose é uma molécula grande, precisa de ajuda para entrar;
● Ativo: gasta ATP, contra o gradiente de concentração (meio menos para meio mais).
Ex: bomba de NaK;
Estado de repouso ou polarizado: o meio interno da membrana está mais negativo do que
fora (ou seja, tem mais potássio dentro e mais sódio fora da célula);
Repolarização: se a célula se manter despolarizada, não vai ser capaz de transmitir novos
impulsos. Portanto, precisa de voltar ao estado anterior. Para isso, há a atuação da bomba
de NaK (transporte ativo - força os compostos contra o que naturalmente fazem e, por isso,
gasta energia);
Destaca-se que as concentrações de sódio e potássio nunca se igualam, pois isso
acarretaria na incapacidade de propagação do impulso nervoso.
Condução saltatória
passa pelo axônio para o telecentro, ocorrendo sinapses para outro neuronio
Sinapses
1,1' axo-dendrítica
2 axo-axônica
3 dendro-dendrítica
4 Axo-somática
Elétricas
O ponto de encontro entre neurônios não está separado fisicamente, mas sim estão
conectados por tem junções comunicantes para a passagem da corrente elétrica. É comum
em invertebrados inferiores para resposta de fuga e em alguns mamíferos. São muito mais
rápidas do que as químicas.
Químicas
Etapas
i. Se não chegar ao limiar não ocorre a propagação, pois precisa ser forte o
suficiente.
➔ Degradação por enzimas, por exemplo Acetilcolinesterase (AchE) a fim de evitar a ação
prolongada e superestímulo da Acetilcolina, que pode causar espasmos e paralisia;
Principais neurotransmissores
Noradrenalina: controle da excitação física, mental, humor, atuando nos centros de prazer;
1 - Produção e liberação de
dopamina pela Área
Tegmental Ventral
2 - Interação da dopamina
com o Núcleo Accumbens (ou
do prazer)
4 - A satisfação é registrada
pelo hipocampo, havendo a
forte tendência à repetição do
comportamento
Há um conflito entre uma região mais emocional (Área Tegmental Ventral) e mais
racional (Córtex Pré-Frontal), no qual o vício se instala não somente pela busca de mais
dopamina, mas também quando o usuário permite que as emoções falem mais do que a
razão, sendo difícil resistir ao vício.
● Ansiedade: cérebro muito ativo. O GABA é necessário para não ter excesso de
dopamina ou serotonina. Na via nigroestriatal, a falta de dopamina leva ao mal de
Parkinson.
Os medicamentos alteram o funcionamento das vias neurais. Por isso, o seu uso
pode levar à homeostase — o cérebro pensa que não precisa mais produzir
neurotransmissores, pois a substância está vindo via oral.
Farmacologia
● Remédio: procedimento que busca promover a saúde, podendo haver uso ou não de
substâncias químicas.
● Medicamento: produto que contém um ou mais princípios ativos com outros elementos
inertes a fim de tratar ou prevenir algum problema de saúde.
● Fármaco: substância química com estrutura e efeito conhecido que pode ser usada
para fins diagnósticos ou tratamento de doenças.
● Droga: substância química conhecida ou não que não necessariamente é usada como
alimento ou dieta e que cause algum efeito no organismo.
Vias de administração
Via local: uso tópico, nasal ou epidérmico — a pele absorve através dos poros e mucosas
de alta vascularização.
Via sistêmica: enteral (oral, sublingual, retal ou nasogástrico — passa pelo trato
gastrointestinal [TGL]; perde a biodisponibilidade porque o princípio ativo é degradado ao
longo do corpo e demora mais para fazer efeito) e parenteral (injetável via intravenosa,
subcutânea, intramuscular, inalação oral e intratecal — direto para o sangue, a
biodisponibilidade é de 100% e de efeito imediato, porém grandes chances de intoxicação
por excesso).
OBS: A via nasal é mais rápida do que intravenosa, pois a partir da passagem para o
sistema pulmonar vai direto para o cérebro.
Comercialização de medicamentos
Amarela: genéricos, princípio ativo semelhante aos fármacos de referência (de marca),
porém com um preço mais acessível;
Vermelha: com ou sem apresentação sob prescrição médica com ou sem a necessidade da
receita ficar com o farmacêutico;
Preta: venda controlada com alto risco de apresentarem efeitos colaterais e possível
dependência física;
Classificações
a) Produção
Natural: poder psicoativo em seu estado natural sem sofrer adições ou alterações químicas.
Ex: DMT, Maconha, Tabaco, Psilocibina, Ópio.
b) Efeito
Grécia clássica: usadas para cultuamento de deuses. Ex: Claviceps purpurea e cultos a
Dionísio e fuga da vida regrada através do álcool.
Séc XIX: o uso de drogas se espalhou, não tendo noção de seus riscos, sendo receitadas e
sintetizadas como remédios. Ex: cocaína, heroína e morfina.
Drogas perturbadoras
Maconha
Via: oral (quando ingerido, no fígado, tem uma molécula menor e quando sobe para o
cérebro passa mais facilmente pela barreira hematoencefálica — demora mais para
começar o efeito, mas fica por mais tempo) e fumada (THC demora a passar pela barreira
hematoencefálica quando fumada — efeito inicia e termina rápido)
Mecanismo de ação: ligação de THC (canabinóide exógeno, assim como canabidiol CDB)
aos receptores canabinóides (CB1 e CB2 no cérebro e corpo), que geralmente se ligam ao
neurotransmissor Anandamida e 2AG (canabinóide endógeno), cujos efeitos são mais
breves e menos potentes e são degradados pelo FAAH e MAGL. A nível celular, THC e
CBD (antagonista) têm formas semelhantes à anandamida, sendo capazes de se ligarem
aos receptores, sendo competidores.
Efeitos: efeitos físicos e psicológicos de acordo com a região cerebral no qual atua. THC —
relaxamento leve, euforia, maior fluxo de pensamento e consequente criatividade, aumento
de apetite, prejuízos na memória de curto prazo, boca seca, alterações na pressão
sanguínea. CBD — antipsicóticos, ansiolíticos e redução de dor crônica (usado no
tratamento de epilepsia, esclerose múltipla, Alzheimer e Parkinson).
Ecstasy
Plantas alucinógenas
LSD
Efeitos: alucinações, alterações do juízo de realidade, euforia, excitação, good trip x bad
trip.
Origem: sintética (manter estado de vigília durante Segunda Guerra e induzir anorexia)
Via: oral ou injetável.
Efeitos: Reduz fadiga, causa insônia, redução de apetite (ação no núcleo da fome do
hipotálamo), midríase, taquicardia, hipertensão, arritmia.
Cocaína
Derivados: crack (cloridrato de cocaína com bicarbonato de sódio e água) e merla (pasta
sem refino e contaminada)
Cafeína
Via: oral
Derivados: café, chá, cola, energéticos.
Nicotina
Via: fumada (a fumaça chega aos pulmões e sua alta vascularização a leva rapidamente ao
cérebro)
Drogas depressoras
Opiáceos
Inalantes e solventes
Não necessariamente drogas, mas seu problema é seu uso indevido, inflamáveis.
Álcool
Origem: fermentação de glicose nas frutas por leveduras (anaeróbica) ou destilação antes
de fermentado até seu ponto de fusão
Etanol absorvido pelo estômago e intestino delgado. De estômago vazio, duplica a
velocidade de absorção e efeitos precoces. Metabolização pelo fígado e, quando não é, cai
na corrente sanguínea e libera dopamina na via mesocortical do cérebro.
Fase do leão (3 g/L): atua em uma região mais ampla do cérebro, ação no cerebelo, falta de
coordenação motora, dificuldades de ficar de pé ou andar, perda de controle do julgamento
crítico, instabilidade emocional — ação no sistema límbico. Periculosidade no qual
apresenta raiva, comportamento violento, recriminações e ofensas morais.
Retardamento de grande parte das funções cerebrais e tronco encefálico, redução das
funções do hipocampo, redução da capacidade de consolidação de novas memórias,
amnésia anterógrada e apagões.
Letalidade: 6 a 7 g/L
Riscos: fígado gorduroso, hepatite alcoólica e cirrose. Ao misturar com energéticos, este
estimula os efeitos iniciais do álcool e camuflam os efeitos depressivos tardios — insônia,
tremores, aumento da pressão arterial, taquicardia e arritmia. O transtorno da Síndrome de
Wernicke-Korsakoff é comum em moradores de rua ou pacientes psiquiátricos, nos quais
possuem um transtorno neurocognitivo causado pelos efeitos extremos do álcool, causando
problema de coordenação muscular e visual, além de abstinência, e a incapacidade de
consolidação de novas memórias (amnésia anterógrada) ou evocação de memórias
passadas (amnésia retrógrada).
Alcoolismo
Sintomas: adormece com facilidade, cansaço pela manhã, dificuldade para respirar,
impotência sexual, tremores ao acordar, tonturas.
Esquizofrenia