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Fundamentos de Neurociências

Professores Norma Salgado Franco e André Mendonça e Monitora Bruna Vitória

Ana Luiza Santos Paiva 1EB 2022.1

Sumário

Unidade I - Divisão do sistema nervoso: Citologia e histologia


Divisão Anatômica do Sistema Nervoso 2

Citologia e histologia do sistema nervoso 4

Unidade II - Bioeletrogênese

Estágios de propagação do impulso pelo axônio 10

Sinapses 11
Ação das drogas 13

Unidade III - Ação das drogas no sistema nervoso

Farmacologia 15

Uso de drogas ao longo da história 17

Drogas perturbadoras 18

Drogas depressoras 21

Unidade I - Divisão do sistema nervoso: Citologia e histologia


Divisão Anatômica do Sistema Nervoso

O SNC é formado pelo encéfalo e pela medula espinhal. Ambos estão protegidos,
respectivamente, pela caixa craniana e coluna vertebral.

O encéfalo é dividido em cérebro, dividido em telencéfalo e diencéfalo, cerebelo,


cuja função é a tonificação muscular e o equilíbrio, e tronco encefálico, dividido em
mesencéfalo (visão e audição), ponte (não tem função específica, mas possui ligações
relacionadas à adrenalina) e bulbo (respiração, circulação sanguínea).

Tronco encefálico
Cérebro Cerebelo

Telencéfalo ou Córtex Mesencéfalo


cerebral
Ponte
Diencéfalo, dividido em
tálamo, hipotálamo (contém Bulbo
hipófise), epitálamo e
subtálamo

● Cerebelo: tonificação muscular e equilíbrio.

● Tronco encefálico: armazenamento de neurotransmissores e ocorrência de sinapses.

● Telencéfalo ou córtex cerebral: processamento de informações sensoriais e memória


(hipocampo). Também conhecida como substância ou massa cinzenta devido a sua cor
decorrente do número de neurônios presentes.

● Mesencéfalo: visão e audição.

● Hipotálamo: função endócrina, controle de temperatura, sensação de fome e sede.

● Ponte: sem função específica, mas com ligações relacionadas à adrenalina.

● Bulbo: controle das funções vitais — respiração, digestão e circulação sanguínea.

A região interna também é chamada de substância ou massa branca devido à


concentração de bainha de mielina dos axônios.

Ventrículos são canais no cérebro onde flui o chamado líquor, cuja função é o
amortecimento de impactos. Problemas com esse líquido resultam em, por exemplo,
hidrocefalia.

O SNP é formado pelos nervos (cranianos, 12 pares, e espinhais, 31 pares),


gânglios e terminações nervosas.
➔ Nervo: um conjunto de axônios que saem do SNC.
➔ Gânglio: conjunto de corpos neuronais fora do SNC.
➔ Terminações nervosas: telodendros.

Planos e cortes do SNC

O cérebro pode ser dividido em hemisfério esquerdo, responsável por intuição,


emoções, criatividade e arte, e em hemisfério direito, responsável por lógica, raciocínio e
escrita. Apesar da denominação, o primeiro controla o lado direito do corpo, e o segundo, o
lado esquerdo.

Vale ressaltar que no lobo temporal há o hipocampo, que transforma a memória


curta em memória longa.

Arco reflexo

Os reflexos inconscientes
são feitos pela medula. Ao mesmo
tempo que ela responde, o cérebro
recebe a informação consciente. O
estímulo é detectado pelo neurônio
sensitivo de um nervo e é levado
para o SNC. O neurônio motor
manda um impulso resposta para o
músculo extensor.

Citologia e histologia do sistema


nervoso
O sistema nervoso é composto por dois tipos de células:

1. Neurônios

Elemento ativo da condução do impulso nervoso.

1.1. Estrutura de um neurônio

● Pericário, corpo celular ou soma: representa o centro trófico (nutrição, contém as


organelas) da célula, também é capaz de receber estímulos.

● Dendrito: prolongamentos numerosos especializados na função de receber estímulos


do meio ambiente, de células epiteliais sensoriais e de outros neurônios. São processos
que levam o impulso nervoso para o soma.

● Espinhas dendríticas: pequenas ramificações do dendrito que podem fazer ligações,


como o dendrito, com outro neurônios a fim de transmitir impulso nervoso.

● Axônio: extensão citoplasmática alongada que leva o estímulo para longe do soma,
transmitindo o impulso nervoso. Cada neurônio apresenta um único axônio, tem bainha
e termina em ramificações menores (telodendros). Formado a partir do
desenvolvimento da célula neuronal a partir de sua especialização a fim de formar
microtúbulos / neurofibrilas.

● Bainha de mielina: a maioria dos axônios são cobertos por essa fina camada de
substância lipídica cuja função é isolante, de determinação da velocidade do impulso
nervoso e de proteção. No SNC é formada pelos oligodendrócitos ou oligodendrogliais
(não se regenera); no SNP é formada pela célula de Schwann (se regenera).

filme: a ira de um anjo e precisamos falar sobre kevin


um dano na parte fisica (tumores, aneurisma) pode causar danos na área mental
(alucinaçoes etc)
1.2. Classificação segundo a função
● Interneurônio ou de associação: se encontra no SNC, recebendo impulso do aferente e
o transmitindo para o eferente.

● Aferente ou sensitivo / sensorial: recebem sinais do neurônios sensitivos e se


comunicam entre si com os neurônios motores, ou seja, levam os impulsos da pele ou
de outros órgãos sensoriais para o SNC.

● Eferente ou motor: levam os impulsos para fora do SNC, aos efetores (músculos e
glândulas), uma resposta ao SNP.

1.3. Classificação segundo a estrutura

O critério de classificação leva em conta o número de processos que partem do


neurônio, sendo que processo é tudo o que passa pelo citoplasma.

● Unipolar: apenas um processo que passa nele (um axônio), sendo encontrado no
embrião.

● Bipolar: apresenta dois processos — um axônio e um dendrito. São encontrados no


epitélio olfatório (nariz - do SNC, portanto muito muito suscetível à destruição de
neurônios) e na retina (parte interna do olho).

● Multipolar: neurônio mais conhecido, tendo vários processos — um axônio e vários


dendritos. Presente no sistema nervoso de todo o corpo.

● Pseudounipolar: apresenta um axônio que se divide em dois, indo um ramo para a SNP
e outro para o SNC.

2. Glias
Elementos de suporte do neurônio. Possui a capacidade de reprodução, ao contrário
do neurônio. Tem a sustentação dos elementos neurais, funcionando como isolante, o que
possibilita circuitos neurais independentes.

Apesar de os neurônios não se multiplicarem, as neuróglias têm essa capacidade.


Dessa forma, os tumores são originados das gliais.

2.1. Classificação segundo os tipos celulares

Astrócito

De formato estrelar, constitui a maioria das células da glia, que se caracterizam pela
riqueza e dimensão dos seus prolongamentos citoplasmáticos, distribuídos em todas as
direções.

Entre seus prolongamentos muitos se espessam em porções terminais, formando


dilatações que envolvem os capilares sanguíneos. Estas dilatações são chamadas de pés
vasculares da neuróglia cuja função é se ligar a um condutor sanguíneo para captar
nutrientes para o neurônio.

A barreira hematoencefálica se encontra nos pés do astrócito separando um meio de


outro, filtrando o que pode entrar ou não. Todavia, tanto impede maus elementos quando
remédios para tratamento cerebral.

➔ Protoplasmáticos: na substância cinzenta;


➔ Fibrosos: na substância branca;
➔ Mistos: na zona de transição entre a substância cinzenta e a branca.

Trata-se na realidade de um único tipo celular, porém com variações morfológicas


determinadas pela localização. Seus prolongamentos se prendem aos vasos sanguíneos, o
que proporciona vias para o transporte de certas substâncias entre os vasos sanguíneos e
os neurônios.

Secreta substâncias químicas que mantêm os neurônios saudáveis e que os ajudam


na recuperação em caso de lesão; ao mesmo tempo desempenha um papel importante na
formação de uma barreira de proteção entre os vasos sanguíneos e o encéfalo, conhecida
como barreira hematoencefálica.

Se o encéfalo é lesado, a astroglia forma uma cicatriz para reparar a área atingida.
Infelizmente, apesar de ser benéfico na recuperação da lesão, pode atuar como uma
barreira de recuperação do neurônio.

Obs: esclerose múltipla

O neurônio não reconhece outros neurônios, não passando informações para outros. A
desmielinização progressiva do neurônio devido à sua morte causa a tentativa do astrócito
de "curá-lo", formando escleras. Sintomas: perda de força, perda de mobilidade.
Micróglia

Apresenta corpo alongado e tem função fagocitica para o sistema imunológico.

Oligodendroglia

Forma a bainha de mielina no SNC, sendo capaz de formar mais de uma, diferente
da célula de Schwann, no qual cada bainha é feita por uma célula.

São elementos menores que os astrócitos e que se caracterizam por apresentarem poucos
e curtos prolongamentos celulares. Sua função é formar a bainha de mielina no SNC, onde
estão ausentes as células de Schwann.

Células ependimárias

Células não especializadas que formam a parede por onde passa o liquor,
impedindo a passagem e reprodução de outras neuroglias.

Derivam-se do revestimento interno do tubo neural primitivo e se mantém neste


arranjo epitelial enquanto as demais células daí originadas tornam-se neurônios ou outras
células da glia. Revestem as cavidades do SNC e ficam em contato imediato com o líquor.

Células de Schwann

Formam a bainha de mielina no SNP (possui a capacidade de regenerar a fibra


nervosa).

➔ Diferença entre célula mielinizada pela célula de Schwann (consegue regenerar a fibra
sem perder muito material citoplasmático) do oligodendrócito (não se regenera).

Obs: Cisticercose

Diferente de ter tênias adultas nos intestinos, a carne de porco contaminada por
fezes com cisticercos de tênia os faz percorrer até o cérebro, havendo parasitas em seu
interior, causando dor de cabeça pelo inchamento do cérebro por vezes devido ao excesso
de líquido no cérebro (hidrocefalia, aumento da pressão no cérebro pelo alojamento de
parasitas em locais que restringem a circulação do líquor).
São de difícil remoção e ação do sistema nervoso graças à barreira
hematoencefálica, pois os leucócitos não chegam ao cérebro, impedindo o combate ao
parasita.
2.2. Gliomas

Tumores originados em células da glia. A multiplicação celular determina o tempo de


vida e o envelhecimento, porém quando as células têm um erro de programação e se
multiplicam além do necessário e sem função invadem tecidos saudáveis e iniciam o
processo cancerígeno.

Nódulo: até 3 cm
Cisto: outro tipo de tecido fechado
Tumor: mais de 3 cm

Tumor benigno: divisão celular com células hiperplásicas (maiores do que a célula mãe).
Mais fácil de tratar, pois é mais fácil dividir tecido cancerígeno e do tecido saudável.

Tumor maligno: divisão celular com células com neoplasia (células filhas com estrutura
diferente da célula mãe). Penetram no tecido saudável, retiram nutrientes e fazem
metástase — células de um órgão vão para outro órgão, afetando-o.

Os fatores para o início de um processo cancerígeno são genéticos, porém mais


ainda ambientais (radiação, fumo, agrotóxicos), pois alteram a programação do telômero,
parte específica do cromossomo que determina o tempo de vida.

Astrocitomas

Derivados do astrócito, variam de aspecto e comportamento biológico conforme o


local de origem no SNC. O astrocitoma tem 3 níveis, sendo o mais maligno o de nível 4, o
glioblastoma multiforme.

Glioblastomas

Têm alto poder infiltrativo e podem se propagar à distância no mesmo hemisfério


através de tratos da substância branca. Também podem se propagar ao outro hemisfério
através do corpo caloso — "tumor asa de borboleta". Praticamente nunca fazem metástases
fora do SNC.

Oligodendrogliomas
Tumores de hemisfério cerebral de adultos com incidência menor que os
astrocitomas e glioblastomas. Formam massas acinzentados melhor delimitadas que os
astrocitomas.

Ependimomas

São neoplasias de células ependimárias, portanto em relação topográfica com os


ventrículos. Podem se originar nos ventrículos laterais ou no quarto ventrículo. A
distribuição etária é ampla, indo de crianças até a idade adulta.

3. Substância branca e Substância cinzenta

A substância cinzenta é assim chamada porque mostra essa coloração quando


observada macroscópicamente e é formada por neuroglias, dendritos, soma e fibras
amielínicas (sem bainha).

A substância branca se dá devido à fibra mielinizada, ou seja, as bainhas de mielina


nos axônios, dando a diferença macroscópica de cores. A substância branca é formada
basicamente por neuroglias e fibras mielinizadas (axônios com bainha de mielina).

4. Nervos

Conjunto de axônios, ou seja, fibras nervosas.

No SNP as fibras nervosas agrupam-se em feixes, dando origem aos nervos. Devido
à cor da mielina, os nervos são esbranquiçados, exceto os nervos bem finos formados
somente por fibras amielínicas. Os nervos estabelecem comunicação entre os centros
nervosos e os músculos e glândulas, os efetores.

Os nervos que possuem apenas fibras de sensibilidade são chamados de aferentes


ou sensitivos, e os que são formados apenas de fibras que levam a mensagem dos centros
nervosos para os efetores são os motores. Porém a maioria dos nervos possui fibras de
ambos tipos, sendo chamados de mistos.

5. Fibras nervosas

No SNC, existem tractos ou feixes, também conjuntos de fibras nervosas tem um


objetivo. No SMP existem nervos, conjuntos de fibras nervosas.

Qualquer processo único neuronal alongado (axônio) é chamado de fibra nervosa.


Grupos de fibras nervosas formam os feixes ou tractos no SNC, e os nervos, no SNP.
● Mielínicas: as células envoltórias se enrolam em espiral e suas membranas formam um
complexo lipoprotéico denominado mielina. A bainha de mielina é descontínua, pois se
interrompe em espaços regulares chamados de nódulos de Ranvier.

● Amielínicas: também são envolvidas pela célula de Schwann, mas nesse caso não
ocorre enrolamento em espiral. Uma única célula de Schwann envolve várias fibras
nervosas. Nelas não existem nódulos de Ranvier.

Unidade II - Bioeletrogênese

A membrana celular é formada de fosfolipídios, ou seja, proteínas e lipídios. Logo,


devido a sua polaridade e a de outras moléculas e compostos, além do tamanho, o
transporte e passagem dos mesmos pode ocorrer de várias maneiras:

● Passivo: não gasta energia, à favor do gradiente de concentração (meio mais para meio
menos);

● Difusão simples: as moléculas passam livremente pelos poros;

● Difusão facilitada: as moléculas precisam de uma proteína que as permita passar pela
membrana. Ex: a glicose é uma molécula grande, precisa de ajuda para entrar;

● Ativo: gasta ATP, contra o gradiente de concentração (meio menos para meio mais).
Ex: bomba de NaK;

Estágios de propagação do impulso pelo axônio

Levando em conta que a forma iônica do sódio é positiva (Na+) e a do potássio é


negativa (K-), é possível saber quais compostos entram na membrana da célula e quais
saem.

Estado de repouso ou polarizado: o meio interno da membrana está mais negativo do que
fora (ou seja, tem mais potássio dentro e mais sódio fora da célula);

Despolarização: entrada de sódio e saída de potássio na célula através de canais de sódio


e canais de potássio (difusão simples). Logo, há uma troca iônica, pois o meio interno fica
mais positivo em relação ao meio externo.

Repolarização: se a célula se manter despolarizada, não vai ser capaz de transmitir novos
impulsos. Portanto, precisa de voltar ao estado anterior. Para isso, há a atuação da bomba
de NaK (transporte ativo - força os compostos contra o que naturalmente fazem e, por isso,
gasta energia);
Destaca-se que as concentrações de sódio e potássio nunca se igualam, pois isso
acarretaria na incapacidade de propagação do impulso nervoso.

Condução saltatória

Nota-se que ao longo do axônio há a bainha de mielina. Uma vez isolante, o


processo de propagação não ocorre nela em si, mas sim nos espaços entre elas, nos
Nódulos de Ranvier.

A condução saltatória em si é um fenômeno perceptivo, uma sensação de que o


impulso nervoso salta de nódulo em nódulo, ainda que isso não ocorra. Apesar disso, a
bainha de mielina é importante, pois aumenta a velocidade do impulso nervoso e economiza
energia.

Princípio do tudo ou nada

Para que o impulso seja propagado, é necessário que chegue ao limiar de


excitabilidade. Se o estímulo não for intenso o suficiente para chegar, não ocorre a
despolarização. Logo, não há a possibilidade do impulso parar no meio do axônio. Esse
limiar tem certa determinação genética.

bomba faz c q vá contra o gradiente de concentração

potencial de ação: entrada de sódio, sai da de potássio, consequência é a bomba

há um estímulo, q se chegar ao limiar, há um PA

passa pelo axônio para o telecentro, ocorrendo sinapses para outro neuronio

Sinapses

Pontos de comunicação entre os neurônios onde


ocorre interação e, portanto, a mediação da mensagem.
Ocorrem na:

1,1' axo-dendrítica
2 axo-axônica
3 dendro-dendrítica
4 Axo-somática
Elétricas

O ponto de encontro entre neurônios não está separado fisicamente, mas sim estão
conectados por tem junções comunicantes para a passagem da corrente elétrica. É comum
em invertebrados inferiores para resposta de fuga e em alguns mamíferos. São muito mais
rápidas do que as químicas.

Químicas

Ocorre entre neurônios e na junção neuromuscular. Frisa-se que os neurônios não


se encostam.

➔ O botão pré-sináptico, que se encontra no telodendro, permite a continuação do


potencial de ação;

➔ A fenda sináptica é onde os neurotransmissores são liberados;

➔ O terminal pós sináptico (dendrito) é onde os neurotransmissores se encaixam;

Etapas

A. No terminal pré sináptico há a chegada do impulso e entrada de cálcio no botão


sináptico através de difusão.

B. As vesículas sinápticas descem e se aderem à membrana do botão e liberam os


neurotransmissores na fenda sináptica através de difusão — exocitose.

C. No terminal pós sináptico os neurotransmissores se ligam a proteínas receptoras


específicas na membrana, que se abrem de acordo com a conectividade. A ligação
resultará na abertura de canais iônicos. O receptor pode reconhecer o
neurotransmissor como:

a. Excitatório → Abertura de canais de sódio → Determina um potencial pós sináptico


excitatório (PPSE) → Aproxima do limiar de excitabilidade → Se chegar o limiar,
acontece a propagação do impulso

i. Se não chegar ao limiar não ocorre a propagação, pois precisa ser forte o
suficiente.

b. Inibitório → Abertura de canais para a saída de potássio ou a entrada de cloro →


Determina um potencial pós sináptico inibitório (PPSI) → Afasta o limiar de
excitabilidade → Não ocorre a propagação
Na junção muscular, o receptor pós sináptico é uma fibra muscular. O
neurotransmissor Acetilcolina (Ach) tem um destaque pela ação na contração muscular.

Após interagir com os receptores, os neurotransmissores são recaptados através de


endocitose para reciclagem ou destruição, a fim de interromper sua atividade, podendo
ocorrer através de:

➔ Transportadores proteicos específicos;

➔ Glia, mais especificamente astrócito;

➔ Degradação por enzimas, por exemplo Acetilcolinesterase (AchE) a fim de evitar a ação
prolongada e superestímulo da Acetilcolina, que pode causar espasmos e paralisia;

Ação das drogas

No terminal pós sináptico, no receptor, podem agir:

● Aumentando a sensibilidade da membrana ao aproximar do limiar através da tomada de


receptores mais sensíveis do neurônio vizinho → Ação Agonista;

● Inibindo ou diminuindo a sensibilidade da membrana e a resposta celular ao afastar do limiar →


Ação Antagonista;

No terminal pré sináptico, podem agir:

● Evitando a saída dos neurotransmissores;

● Impedindo a recaptação através de inibidores seletivos. Ex: o fármaco antidepressivo é


pego pelo recaptador a fim de permitir que a serotonina fique mais tempo na fenda que
se encontre com os receptores, ou seja, inibir outro inibidor para ter uma resposta
positiva;

Principais neurotransmissores

Glutamato e Aspartato: ação exclusivamente excitatória, aumentando a ação de outros


neurotransmissores;

GABA, Taurina e Glicina: ação exclusivamente inibitória, reduzindo a ação de outros


neurotransmissores;

Dopamina: participa do controle motor motivação e sensação de prazer;

Serotonina: tem influência sobre alterações comportamentais estados de humor, controle


alimentar, sono e vigília;
Acetilcolina: processos de atenção, aprendizagem, memória e controle do movimento;

Noradrenalina: controle da excitação física, mental, humor, atuando nos centros de prazer;

Opióides: endorfinas e encefalinas, substâncias com propriedades analgésicas (resposta à


dor) e relaxamento muscular;

Unidade III - Ação das drogas no sistema nervoso

As drogas atuam na fenda sináptica através dos neurotransmissores, podendo


interferir na exocitose ou endocitose de neurotransmissores. Também podem atuar no
terminal pós-sináptico ao aumentar (agonista) ou diminuir (antagonista) a sensibilidade da
ação.

Glutamato, Aspartato e Taurina Exclusivamente excitatórios

GABA e Glicina Exclusivamente inibitórios

Acetilcolina Atenção, aprendizagem, memória,


motor

Dopamina Controle motor e prazer

Serotonina Estados de humor, desejo sexual e


sono reparador

Noradrenalina Excitação física e mental, centro de


prazer

Substância P Produzida por macrófagos para


processos inflamatórios em resposta
de dor

Opióides endógenos Endorfinas e encefalinas com


propriedades analgésicas e
relaxamento muscular
Circuito do Prazer

A base da maioria dos vícios é praticamente a mesma, sendo resultado da ativação


do sistema de recompensa em nosso cérebro. Tudo através da dopamina sendo produzida
e liberada pelos neurônios através das vias dopaminérgicas.

1 - Produção e liberação de
dopamina pela Área
Tegmental Ventral

2 - Interação da dopamina
com o Núcleo Accumbens (ou
do prazer)

3 - O córtex pré frontal auxilia


na modulação da experiência
prazerosa indicando quando
deve parar

4 - A satisfação é registrada
pelo hipocampo, havendo a
forte tendência à repetição do
comportamento

Há um conflito entre uma região mais emocional (Área Tegmental Ventral) e mais
racional (Córtex Pré-Frontal), no qual o vício se instala não somente pela busca de mais
dopamina, mas também quando o usuário permite que as emoções falem mais do que a
razão, sendo difícil resistir ao vício.

● Esquizofrenia: excesso de dopamina principalmente em vias mesolímbicas (parte mais


emocional) causa alucinações e problemas com a realidade (psicose).

● Felicidade: serotonina e dopamina trabalham juntos para motivação.

● Ansiedade: cérebro muito ativo. O GABA é necessário para não ter excesso de
dopamina ou serotonina. Na via nigroestriatal, a falta de dopamina leva ao mal de
Parkinson.

● Psicose: pode surgir quando há excesso de dopamina devido ao uso de drogas.

● Epilepsia: cérebro tão estimulado que tem convulsões.

● Depressão: redução de dopamina e serotonina.

● Amor: ação de serotonina, dopamina e ocitocina.


● Luta ou fuga: noradrenalina e adrenalina (diferença: neurotransmissor e hormônio).

➔ Hormônio tem ação mais global, via sangue;


➔ Neurotransmissor no sistema neurológico, em uma área mais específica;

Os medicamentos alteram o funcionamento das vias neurais. Por isso, o seu uso
pode levar à homeostase — o cérebro pensa que não precisa mais produzir
neurotransmissores, pois a substância está vindo via oral.

Farmacologia

● Farmacocinética: processo das drogas dentro do organismo (absorção, distribuição,


metabolismo e eliminação).

● Farmacodinâmica: formas de atuação das drogas no organismo (mecanismo de ação).

● Remédio: procedimento que busca promover a saúde, podendo haver uso ou não de
substâncias químicas.

● Medicamento: produto que contém um ou mais princípios ativos com outros elementos
inertes a fim de tratar ou prevenir algum problema de saúde.

● Fármaco: substância química com estrutura e efeito conhecido que pode ser usada
para fins diagnósticos ou tratamento de doenças.

● Droga: substância química conhecida ou não que não necessariamente é usada como
alimento ou dieta e que cause algum efeito no organismo.

➔ Fármaco está contido em um medicamento, enquanto droga é quando o fármaco


ainda é desconhecido.

Vias de administração

Via local: uso tópico, nasal ou epidérmico — a pele absorve através dos poros e mucosas
de alta vascularização.

Via sistêmica: enteral (oral, sublingual, retal ou nasogástrico — passa pelo trato
gastrointestinal [TGL]; perde a biodisponibilidade porque o princípio ativo é degradado ao
longo do corpo e demora mais para fazer efeito) e parenteral (injetável via intravenosa,
subcutânea, intramuscular, inalação oral e intratecal — direto para o sangue, a
biodisponibilidade é de 100% e de efeito imediato, porém grandes chances de intoxicação
por excesso).
OBS: A via nasal é mais rápida do que intravenosa, pois a partir da passagem para o
sistema pulmonar vai direto para o cérebro.

Comercialização de medicamentos

Qualquer substância com propriedade de aumentar o bem estar físico ou mental


assim como auxiliar na prevenção ou cura de doenças. A comercialização é baseada na cor
da tarja, pois é baseada segundo o índice terapêutico (relação da dosagem efetiva com a
dosagem tóxica — quanto maior, menor é o risco de intoxicação). Barbitúricos possuem um
índice menor e, por isso, só são administrados em hospitais.

Sem tarja: com pouco efeito colateral ou contraindicação;

Amarela: genéricos, princípio ativo semelhante aos fármacos de referência (de marca),
porém com um preço mais acessível;

Vermelha: com ou sem apresentação sob prescrição médica com ou sem a necessidade da
receita ficar com o farmacêutico;

Preta: venda controlada com alto risco de apresentarem efeitos colaterais e possível
dependência física;

Classificações

a) Produção

Natural: poder psicoativo em seu estado natural sem sofrer adições ou alterações químicas.
Ex: DMT, Maconha, Tabaco, Psilocibina, Ópio.

Semissintéticas: alterações químicas de drogas naturais. Ex: Merla, Morfina, Cocaína,


Heroína.

Sintéticas: produzidas em laboratório, não se encontram na natureza. Ex: Anfetaminas,


LSD, MDMA, Anabolizantes.

b) Efeito

Efeito qualitativo: Perturbadoras (psicodislépticos) — distorcem o funcionamento do


sistema nervoso.
Efeito quantitativo: Estimulantes (Psicoanalépticos) — estimulam a atividade do sistema
nervoso.
Depressoras (Psicolépticos) — deprime a atividade do sistema nervoso.
Uso de drogas ao longo da história

Pré-história: plantas para alimentação levaram à descoberta de efeitos psicoativos e crença


de contato com os deuses. Ex: chá de urina com princípio ativo ácido ibotênico e muscimol
da planta Amanita muscaria.

Egito antigo: tratamento de doenças e sintomas e uso em rituais.

Grécia clássica: usadas para cultuamento de deuses. Ex: Claviceps purpurea e cultos a
Dionísio e fuga da vida regrada através do álcool.

Início do cristianismo: início do julgamento moral ao considerar o uso de drogas como


pecado e associado ao demônio e ao mal — primeiras leis anti-drogas.

Grandes Navegações: apesar da imoralidade, as drogas tinham valor comercial, muitas


vindas da África e Ásia. Ex: tabaco, folha de coca e ópio.

Séc XIX: o uso de drogas se espalhou, não tendo noção de seus riscos, sendo receitadas e
sintetizadas como remédios. Ex: cocaína, heroína e morfina.

Séc XX: regulamentação do uso de drogas através da FDA e proibição..

Drogas perturbadoras

Maconha

Origem: Cannabis sativa seca


Princípio ativo: THC

Via: oral (quando ingerido, no fígado, tem uma molécula menor e quando sobe para o
cérebro passa mais facilmente pela barreira hematoencefálica — demora mais para
começar o efeito, mas fica por mais tempo) e fumada (THC demora a passar pela barreira
hematoencefálica quando fumada — efeito inicia e termina rápido)

Derivados: haxixe (resina da cannabis), skunk (cruzamento de diferentes espécies de


cannabis para efeitos mais potentes devido à quantidade maior de THC).

Mecanismo de ação: ligação de THC (canabinóide exógeno, assim como canabidiol CDB)
aos receptores canabinóides (CB1 e CB2 no cérebro e corpo), que geralmente se ligam ao
neurotransmissor Anandamida e 2AG (canabinóide endógeno), cujos efeitos são mais
breves e menos potentes e são degradados pelo FAAH e MAGL. A nível celular, THC e
CBD (antagonista) têm formas semelhantes à anandamida, sendo capazes de se ligarem
aos receptores, sendo competidores.

Efeitos: efeitos físicos e psicológicos de acordo com a região cerebral no qual atua. THC —
relaxamento leve, euforia, maior fluxo de pensamento e consequente criatividade, aumento
de apetite, prejuízos na memória de curto prazo, boca seca, alterações na pressão
sanguínea. CBD — antipsicóticos, ansiolíticos e redução de dor crônica (usado no
tratamento de epilepsia, esclerose múltipla, Alzheimer e Parkinson).

Riscos: a mistura de THC com álcool ou benzodiazepínicos gera interação farmacológica e


reforço na ação sedativa.

Ecstasy

Origem: sintética (originalmente inibidor de apetite e fins terapéuticos).


Princípio ativo: MDMA, porém acréscimos para potencializar efeitos.

Via: oral ou injetável.

Mecanismo de ação: estimula a liberação de neurotransmissores.

Efeitos: atividade estimulante e alucinógena, agitação, mudanças de percepção da


realidade, sensação de melhora nas relações interpessoais e desejo de se comunicar.
Redução de apetite, midríase (dilatação que a pupila), taquicardia, sudorese.

Riscos: superaquecimento do corpo.

Plantas alucinógenas

Origem: plantas e fungos (ritual religioso)


Princípio ativo: Psilocibina (Psilocybe cubensis, Paneoulus), DMT (Mimosa hostilis, Caapi,
Chacrona), Mescalina (Peyote).

Via: oral, infusão ou maceração.


Efeitos: alucinações, delírios, midríase, sudorese excessiva, taquicardia, náuseas, vômitos.

LSD

Origem: semissintética a partir fungo Claviceps purpurea


Princípio ativo: ácido lisérgico
Via: sublingual em microgramas.
Mecanismo de ação: atividade agonista da serotonina.

Efeitos: alucinações, alterações do juízo de realidade, euforia, excitação, good trip x bad
trip.

Riscos: não causa dependência física ou psíquica, porém há a redução da capacidade em


avaliar situações de risco à própria vida.
Anfetaminas

Origem: sintética (manter estado de vigília durante Segunda Guerra e induzir anorexia)
Via: oral ou injetável.

Derivados: Ecstasy, Efedrina (tratamento de narcolepsia), Ritalina (tratamento de TDAH).

Mecanismo de ação: estimula a exocitose de norepinefrina, serotonina e dopamina — ação


no eixo cerebrospinal, córtex, tronco encefálico e bulbo.

Efeitos: Reduz fadiga, causa insônia, redução de apetite (ação no núcleo da fome do
hipotálamo), midríase, taquicardia, hipertensão, arritmia.

Riscos: Após o efeito, há indisposição, angústia e depressão, o que dá a necessidade de


consumir mais. Causa tolerância e dependência, além de agressividade e delírios (psicose
anfetamínica).

Cocaína

Origem: folha da Erythroxylum coca


Princípio ativo: cloridrato de cocaína
Via: aspirada ou injetada via intravenosa.

Derivados: crack (cloridrato de cocaína com bicarbonato de sódio e água) e merla (pasta
sem refino e contaminada)

Mecanismo de ação: inibidora à ligação à enzima MAO, recaptadora de dopamina,


serotonina e noradrenalina, mais intenso e menos prolongado que a anfetamina. O que
determina a potencialidade é a via e a pureza e composição química.

Efeitos: intenso prazer, euforia, excitação, hiperatividade, insônia, falta de cansaço e de


fome, midríase, contrações musculares, taquicardia. O crack é mais destrutivo à medida
que se consome mais para manter o efeito e tem efeito anoréxico.

Riscos: irritabilidade, tremores, paranóia (psicose cocaínica), hipertensão, fibrilação


ventricular, overdose, danos físicos por uso crônico (desvio de septo, erosão do palato).

Cafeína

Via: oral
Derivados: café, chá, cola, energéticos.

Mecanismo de ação: competidora de adenosina (neurotransmissor indutor do sono e


diminuidor da atividade cerebral), porém não estimula os receptores.
Efeitos: adia o efeito de cansaço, falsa sensação de vigor.
Riscos: dor de cabeça, irritabilidade, ansiedade, insônia, arritmia.
Energéticos

Princípio ativo: Taurina (+ açúcar)


Via: oral
Mecanismo de ação: antagonista de GABA (mais potente que cafeína).

Efeitos: potencializa as respostas do cérebro a estímulos externos, acelera o metabolismo,


ação desintoxicante ao auxiliar na liberação de substâncias.

Riscos: insônia, taquicardia e arritmia.

Nicotina

Origem: folhas de tabaco

Via: fumada (a fumaça chega aos pulmões e sua alta vascularização a leva rapidamente ao
cérebro)

Mecanismo de ação: inicialmente despolariza gânglios autônomos (efeito estimulante),


seguido de paralisação dos mesmos (relaxamento). Agonista competidor de receptores
nicotínicos de acetilcolina e dopamina na junção neuromuscular e em neurônios
dopaminérgicos.

Efeitos: inibidor de contração muscular, prazer, relaxamento.

Risco: tolerância, dependência, irritabilidade, insônia, agitação.

Drogas depressoras

Opiáceos

Origem: Papaver somniferum


Princípio ativo: codeína e morfina (naturais), heroína (semissintético recreativo), meperidina,
oxicodona, propoxifeno e metadona (semissintéticos simuladores dos opiáceos
convencionais)

Via: injetável ou oral, fumada ou inalada (heroína)

Mecanismo de ação: agonista de receptores opióides.

Efeito: analgésico, depressor no sistema nervoso, prazer pela via dopaminérgica.

Riscos: tolerância, depressão cardiorrespiratória e overdose.


Calmantes e sedativos: ansiolíticos e barbitúricos

Via: via oral (benzodiazepínicos) ou injetáveis

Mecanismo de ação: benzodiazepínicos permitem uma abertura de mais canais iônicos,


porém em um período curto, além de potencializarem a ação do GABA (agonista de
receptores gabaérgicos — ação menor, mas índice terapêutico maior). Barbitúricos, ainda
que não abram tantos canais, têm uma duração maior e não necessitam do GABA para
exercerem a ação inibitória (índice terapêutico menor, porém mais potente). Inibição de
hiperestimulação em áreas cerebrais com ação depressora.

Efeitos: contra ansiedade, tensão ou estresse antes tranquilizantes, ação sedativa,


analgésica, hipnótica, ansiolítica ou antiepiléptica. Redução do estado de alerta, indução do
sono, relaxamento muscular, redução das capacidades de raciocínio, concentração,
atenção e coordenação motora.

Riscos: se ingerido com álcool podem induzir ao coma, inconsciência, parada


cardiorrespiratória e morte.

adenosina: resíduo metabólico dos neurônios - mais no cérebro = mais cansaço

Inalantes e solventes

Não necessariamente drogas, mas seu problema é seu uso indevido, inflamáveis.

Solventes substância capaz de dissolver coisas (acetona e removedores)


Inalantes (cola, tintas, esmaltes)

Involuntário e voluntariamente. Inicialmente estimulante, posterior depressor.

Primeira fase: euforia, excitação, perturbações visuais e auditivas.


Segunda fase: depressor, desorientação, perda de autocontrole, dor de cabeça e
alucinações.
Terceira fase: depressão aprofundada, redução do estado de alerta, marcha vacilante,
reflexos deprimidos.
Quarta fase: depressão tardia com inconsciência, queda de pressão e convulsões.

Riscos: morte de neurônios, dificuldade de concentração e perda de memória.

Álcool

Origem: fermentação de glicose nas frutas por leveduras (anaeróbica) ou destilação antes
de fermentado até seu ponto de fusão
Etanol absorvido pelo estômago e intestino delgado. De estômago vazio, duplica a
velocidade de absorção e efeitos precoces. Metabolização pelo fígado e, quando não é, cai
na corrente sanguínea e libera dopamina na via mesocortical do cérebro.

Mecanismo de ação: altera a comunicação entre neurônios potencializando os efeitos do


GABA e reduzindo os efeitos do glutamato.

Efeito: altera funções de regulação homeostática, inibe a liberação da vasopressina


(hormônio produzido no hipotálamo e liberado pela hipófise cuja função é estimular os rins à
conservação de água a fim de evitar desidratação) — cuja consequência é a frequente
urinação. Age em grande parte do córtex pré-frontal:

Baixa concentração (0,1 a 1,2 g/L): desinibição e euforia.

Fase do macaco (2,5 g/L): excitação, euforia, redução de atenção, de julgamento e


desinibição social mais exacerbada.

Fase do leão (3 g/L): atua em uma região mais ampla do cérebro, ação no cerebelo, falta de
coordenação motora, dificuldades de ficar de pé ou andar, perda de controle do julgamento
crítico, instabilidade emocional — ação no sistema límbico. Periculosidade no qual
apresenta raiva, comportamento violento, recriminações e ofensas morais.

Retardamento de grande parte das funções cerebrais e tronco encefálico, redução das
funções do hipocampo, redução da capacidade de consolidação de novas memórias,
amnésia anterógrada e apagões.

Fase do porco (4 a 5 g/L): afeta o tronco encefálico, estupor, inércia, regurgitação, de


controle de esfíncteres.

Acima de 5 g/L: inconsciência e anestesia além de parada respiratória.

Letalidade: 6 a 7 g/L

Riscos: fígado gorduroso, hepatite alcoólica e cirrose. Ao misturar com energéticos, este
estimula os efeitos iniciais do álcool e camuflam os efeitos depressivos tardios — insônia,
tremores, aumento da pressão arterial, taquicardia e arritmia. O transtorno da Síndrome de
Wernicke-Korsakoff é comum em moradores de rua ou pacientes psiquiátricos, nos quais
possuem um transtorno neurocognitivo causado pelos efeitos extremos do álcool, causando
problema de coordenação muscular e visual, além de abstinência, e a incapacidade de
consolidação de novas memórias (amnésia anterógrada) ou evocação de memórias
passadas (amnésia retrógrada).
Alcoolismo

Definição: sintomas cognitivos, comportamentais e fisiológicos devido ao uso recorrente e


exacerbado de bebidas alcóolicas.

Sintomas: adormece com facilidade, cansaço pela manhã, dificuldade para respirar,
impotência sexual, tremores ao acordar, tonturas.

Etiologia: questões ambientais, culturais e econômicas, acessibilidade ao álcool,


experiências passadas com a substância, estresse, baixo nível de autocontrole e questões
genéticas e fisiológicas.

No cérebro: altera o controle inibitório e as funções cognitivas no córtex cerebral, afetando o


processamento das informações obtidas pelos órgãos dos sentidos, compromete os
movimentos do cerebelo, provocando desequilíbrio corporal, provoca descontrole no
desempenho sexual (hipotálamo) e abaixa a temperatura corporal e diminui os batimentos
cardíacos (medula).

No corpo: altera a produção de enzimas no fígado, provocando inflamação crônica e cirrose,


aumenta a frequência dos batimentos cardíacos, e causa esofagite, gastrite e diarréia no
estômago.

Riscos: violência interpessoal, câncer de esôfago e de laringe, pancreatite, síndrome


alcóolica fetal, cirrose hepática e transtornos relacionados ao álcool.

Tratamento: Alcoólicos Anônimos, terapia e mudança de hábitos e comportamentos.

Esquizofrenia

Definição: alteração cerebral que causa distorções da realidade, produzindo pensamentos


intrusivos e abstratos.

Etiologia: questões culturais, psicológicas e genéticas - forte fator hereditário.

No cérebro: excesso de dopamina.

Trantorno de Ansiedade Generalizada

Definição: sentimentos de medo, tensão e desconforto que influenciam no desenvolvimento


emocional em relação à manifestação dos mesmos. É patológico quando este é
desproporcional e com reações exageradas.
Sintomas: hipervigilância, fadiga, tensão muscular, insônia, falta de concentração,
pensamentos intrusivos, irritabilidade, tontura, suor,, sofrimento emocional, ataque de
pânico, medo.

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