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ANATOMIA CLÍNICA -

NEUROANATOMOFISIOLOGIA
Prof. Me Ana Paula de Oliveira
Boa Vista- RR
UNIDADE 1: NEUROANATOMIA

AULA 1
1.1 INTRODUÇÃO À NEUROANATOMIA
Por que é importante estudar a neuroanatomia?

Controla e coordena as funções de todos os sistemas do organismo e ainda


recebe estímulos aplicados à superfície do corpo animal, sendo capaz de
interpretar e desencadear respostas adequadas a estes estímulos.
UNIDADE 1: NEUROANATOMIA

1.1 INTRODUÇÃO À NEUROANATOMIA


1.1.1 Embriologia, Divisões e Organização Geral do Sistema Nervoso

Origem do SN → Folhetos embrionários (endoderma, ectoderma e


mesoderma) → Placa Neural → Cresce e adquire um sulco → Sulco Neural →
O sulco neural aprofunda e gera uma goteira → Goteira Neural → Os lábios
da goteira se fundem para formar o Tubo Neural. A goteira forma uma
lâmina de cada lado e é denominada Crista Neural.

TUBO NEURAL → SNC


CRISTA NEURAL → SNP
UNIDADE 1: NEUROANATOMIA
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1.1.1 Divisão do SN com base nos critérios anatômicos


Dilatação do Tubo Neural

Prosencéfalo Telencéfalo Cérebro


Diencéfalo
Encéfalo Mesencéfalo
DILATAÇÃO DO Primitivo Ponte
Metencéfalo
TUBO NEURAL Rombencéfalo
Cerebelo

Mielencéfalo Bulbo
Medula Espinhal
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1.1.1 Divisão do SN com base nos critérios anatômicos


UNIDADE 1: NEUROANATOMIA

1.1.1 Divisão do SN com base nos critérios anatômicos


UNIDADE 1: NEUROANATOMIA

1.1.1 Divisão do SN com base nos critérios anatômicos


Sistema Nervoso Central (SNC):

Porção de recepção de estímulos, de comando e desencadeadora de


respostas.

Pode-se dizer que são as estruturas que se localizam no esqueleto axial


(coluna vertebral, com a medula, e crânio, com o encéfalo.
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1.1.1 Divisão do SN com base nos critérios anatômicos


Sistema Nervoso Periférico (SNP):

Vias que conduzem os estímulos ao SNC ou que levam até os órgãos


efetuadores. Tudo aquilo que se encontra fora do eixo esquelético: Nervos
cranianos, nervos espinhais, gânglios e terminações nervosas.
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1.1.1 Divisão do SN com base nos critérios embriológicos


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1.1.1 Divisão do SN com base nos critérios funcionais

PULO DO GATO

AFERENTE OU SENSITIVO = DA
OU DA VIDA DE RELAÇÃO PERIFERIA PARA O CENTRO.

EFERENTE OU MOTOR = DO
CENTRO PARA PERIFERIA.

OU VEGETATIVO
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1.1.2 Organização Morfofuncional do SN


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1.1.3 Tecido Nervoso

O tecido nervoso compreende basicamente dois tipos de células: os


neurônios e as células gliais ou neuróglia.

O neurônio é a sua unidade fundamental, e tem como função básica


receber, processar e enviar informações.

A neuróglia compreende células que ocupam espaço entre os neurônios,


com funções de sustentação, revestimento ou isolamento, modulação da
atividade neuronal e defesa.
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1.1.3 Tecido Nervoso


Neurônios

São células altamente excitáveis que se comunicam entre si ou com células


efetuadoras, usando basicamente uma linguagem elétrica.

A maioria dos neurônios possuem três regiões responsáveis por funções


especializadas: corpo celular, dendritos e axônio.
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1.1.3 Tecido Nervoso


Neurônios
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1.1.3 Tecido Nervoso


Neurônios

1.Corpo celular: contém o núcleo e o citoplasma. Ele é responsável pela síntese de todas
as proteínas neuronais. A forma e o tamanho do corpo celular são extremamente
variáveis conforme o tipo de neurônio.
2.Dendritos: ramificam-se como galhos, são curtos e tem contornos irregulares. São
especializados em receber estímulos, traduzindo-os em alterações do potencial de
repouso da membrana.
3.Axônio: a grande maioria dos neurônios possui apenas um axônio, um prolongamento
longo e fino que se origina no corpo ou dendrito. É especializado em gerar e conduzir o
potencial de ação.
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1.1.3 Tecido Nervoso


Neurônios – Classificação quanto aos seus prolongamentos

1.Bipolar: dois prolongamentos deixam o corpo celular, um dendrito e um axônio.


2.Unipolar: um prolongamento deixa o corpo celular, logo divide-se a maneira de um T, em dois
ramos, um periférico e um central.
3.Multipolar: possuem vários dendritos e um axônio.
4.Célula Piramidal: é composto por um corpo celular com forma triangular, um único axônio,
um dendrito apical longo e múltiplos dendritos basais.
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1.1.3 Tecido Nervoso


Neurônios - Sinapses

Os neurônios, principalmente através de suas terminações axônicas, entram


em contato com outros neurônios, passando-lhe informações. Os locais de
tais contatos são denominados sinapses, ou mais precisamente, sinapses
interneuronais.
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1.1.3 Tecido Nervoso


Neurônios - Sinapses
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1.1.3 Tecido Nervoso


Neurônios - Tipo de Sinapses

SINAPSES QUÍMICAS X SINAPSES ELÉTRICAS


SÃO POLARIZADAS, OU SEJA, A NÃO SÃO POLARIZADAS, OU
COMUNICAÇÃO ENTRE OS SEJA, A COMUNICAÇÃO ENTRE
NEURÔNIOS DEPENDE DA OS NEURÔNIOS ENVOLVIDOS
LIBERAÇÃO DE SUBSTÂNCIA SE FAZ NOS DOIS SENTIDOS.
QUÍMICA CHAMADA DE
NEUROTRANSMISSORES.
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1.1.3 Tecido Nervoso


Neurônios – Tipos de Sinapses
A B

Na sinapse química apenas o elemento pré-sináptico possui o neurotransmissor.


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1.1.3 Tecido Nervoso


Neurônios – Tipos de Sinapses/Neurotransmissores

A perfeita função da sinapse exige que o neurotransmissor seja rapidamente


removido da fenda sináptica. Do contrário, ocorreria excitação ou inibição
do elemento pós-sináptico por tempo prolongado.
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1.1.3 Tecido Nervoso


Neurônios – Tipos de Sinapses/Neurotransmissores
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1.1.3 Tecido Nervoso

Tanto no SNC como no SNP, os neurônios relacionam-se com células


coletivamente denominadas neuróglia, glia ou gliócitos. São as células mais
frequentes do tecido nervoso, podendo a proporção entre neurônios e
células gliais variar de 1:10 a 1:50.
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1.1.3 Tecido Nervoso


Neuróglia

1.As Células satélites envolvem pericários dos neurônios dos gânglios sensitivos e do sistema nervoso autônomo;
2.As Células de Schwann circundam os axônios formando seus envoltórios e a bainha de mielina;
3.Oligodendrócitos são responsáveis pela formação da bainha de mielina;
4.Astrócitos sustentam e isolam os neurônios;
5.Microgliócitos tem função fagocítica, ou seja, remove, por fagocitose, células mortas;
6.Células ependimárias são responsáveis pela formação do líquido cérebro-espinhal (líquor).
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1.1.3 Tecido Nervoso


Fibras Nervosas

Uma fibra nervosa compreende um


axônio e, quando presentes, seus
envoltórios de origem glial. O
principal envoltório das fibras
nervosas é a bainha de mielina, que
funciona como isolante elétrico.
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1.1.3 Tecido Nervoso


Fibras Nervosas

Quando envolvidos por bainha de mielina, os axônios são denominados


fibras nervosas mielínicas.

Na ausência de mielina, denominam-se fibras nervosas amielínicas.

Ambos os tipos ocorrem no SNC e SNP, sendo a bainha de mielina formada


por células de Schwann no periférico, e por oligodendrócitos, no central.
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1.1.3 Tecido Nervoso


Fibras Nervosas Mielínicas
1. No SNP as células de Schwann se colocam em intervalos as longo do comprimento do neurônios. Essas células
formam as bainhas de mielina.
2. Essas bainhas interrompem-se a intervalos e essas interrupções são chamadas de Nódulos de Ranvier.
3. E cada segmento de fibra situado entre eles é denominado internódulos.

Nódulos de Ranvier
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1.1.3 Tecido Nervoso


Fibras Nervosas Mielínicas
1.No SNC os oligodendrócitos se colocam em intervalos as longo do comprimento do neurônios.
Essas células formam as bainhas de mielina.
2. Essas bainhas interrompem-se a intervalos e essas interrupções são chamadas de Nódulos de
Ranvier.
3. E cada segmento de fibra situado entre eles é denominado internódulos.
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1.1.3 Tecido Nervoso


Fibras Nervosas Mielínicas – Mielinização

O processo de formação da bainha de mielina acontece na última parte do


desenvolvimento fetal e durante o primeiro ano pós-natal.
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1.1.3 Tecido Nervoso


Fibras Nervosas Amielínicas

No SNP, há fibras nervosas do sistema nervoso autônomo e algumas fibras


sensitivas muito finas, que se envolvem com células de Schwann sem que
haja formação de mielina.

As fibras amielínicas conduzem impulso nervoso mais lento, pois o conjunto


de canais de sódio e potássio sensíveis à voltagem não tem como se
distanciar, ou seja, a ausência de mielina impede a condução saltatória.
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1.1.3 Tecido Nervoso


Fibras Nervosas Amielínicas

CONDUÇÃO LENTA
X
CONDUÇÃO SALTATÓRIA
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1.1.3 Tecido Nervoso


Nervos

Logo após saírem do tronco encefálico, medula espinhal e gânglios


sensitivos, as fibras nervosas motoras e sensitivas reúnem-se em feixes que
se associam a estruturas conjuntivas (fibras de colágeno), constituindo os
nervos cranianos e espinhais.
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1.1.3 Tecido Nervoso


Nervos

ENVOLVE CADA FASCÍCULO/FEIXE

7 A 9 FIBRAS
FORMAM
UM FASCÍCULO

ENVOLVE TODOS OS FASCÍCULOS

ENVOLVE CADA FIBRA NERVOSA


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AULA 2
1.2 MEDULA ESPINHAL
1.2.1 Introdução

Etimologicamente, medula significa miolo e indica o que está dentro. Assim,


temos medula óssea dentro dos ossos; medula supra-renal dentro da
glândula do mesmo nome e medula espinhal dentro do canal vertebral.

A medula espinhal é uma massa cilindróide de tecido nervoso situada


dentro do canal vertebral sem, entretanto, ocupá-lo completamente.
No homem adulto mede aproximadamente 45 centímetros, sendo um pouco
menor na mulher.
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1.2 MEDULA ESPINHAL


1.2.1 Introdução

Cranialmente a medula limita-se com o bulbo, aproximadamente ao nível do


forame magno do osso occipital.

O limite caudal da medula tem importância clínica e no adulto situa-se


geralmente na 2º vértebra lombar (L2).

A medula termina afilando-se para transformar um cone, o cone medular,


que continua com um delgado filamento meníngeo, o filamento terminal.
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1.2.2 Anatomia Externa


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1.2.2 Anatomia Interna


Na medula, a substância cinzenta localiza-se por dentro da branca e apresenta a forma de uma borboleta
ou um H. Nela distinguimos de cada lado três colunas que aparecem nos cortes como cornos e que são as
Sulcocolunas
lateral anterior, lateral e posterior.
Posterior
Funículo
A substância branca é formada por fibras, a maioria
Posterior delas mielínicas, que sobem e descem na medula e

que podem ser agrupadas de cada lado em três funículos ou cordões: funículo anterior, lateral e posterior.

Coluna
Lateral
Sulco lateral
Anterior

Funículo
Lateral

Coluna
Anterior

Funículo
Anterior
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1.2.2 Anatomia Interna

Substância Cinzenta: tecido nervoso constituído por neuróglia, corpo de


neurônios e fibras amielínicas.
Substância Branca: tecido nervoso formado de neuróglia e fibras mielínicas.
Núcleo: massa de substância cinzenta dentro de substância branca.
Córtex: substância cinzenta que se dispõe em uma camada fina na
superfície do cérebro e do cerebelo.
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1.2.2 Anatomia Interna

Tracto: feixe de fibras nervosas com aproximadamente a mesma origem,


função e destino. Podem ser mielínicas e amielínicas.
Fascículo: tracto mais compacto.
Lemnisco: feixes de fibras sensitivas que levam impulso nervosos ao
tálamo.
Funículo: é usada para a substância branca da medula.
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1.2.2 Anatomia Interna


Substância Branca da medula

As fibras da substância branca da medula agrupam-se em tractos e


fascículos que formam verdadeiros caminhos, ou vias, por onde passam os
impulsos nervosos que sobem e descem. Temos assim, tractos e fascículos
descendentes e ascendentes que constituem as vias ascendentes e
descendentes da medula.
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1.2.2 Anatomia Interna


Substância Branca da Medula

1. Principais vias ascendentes e descendentes da medula


→ descendentes: vias que se originam no córtex cerebral ou em várias áreas
do tronco encefálico e termina fazendo sinapse com neurônios medulares.
Outras terminam fazendo sinapse com neurônios da coluna posterior.

a. Vias Piramidais Elas recebem esse nome porque, antes de penetrar na medula,
b. Vias Extrapiramidais passam pelas pirâmides bulbares ou não!
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1.2.2 Anatomia Interna


Substância Branca da Medula

1. Principais vias ascendentes e descendentes da medula


→ ascendentes: são aquelas que relaciona-se direta ou indiretamente com
as fibras que penetram na raiz dorsal, trazendo impulsos aferentes de várias
partes do corpo.
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1.2.2 Anatomia Interna


Substância Branca da Medula
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1.2.2 Anatomia Interna


Substância Cinzenta da Medula

Tem forma de borboleta ou um H e seus elementos mais importantes são os


neurônios.
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ASCENDENTE
DESCENDENTE
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1.2.2 Anatomia interna


Topografia

No adulto, a medula ocupa todo canal


vertebral terminando ao nível da 2ª
vértebra lombar. Abaixo desse nível o
canal vertebral contem apenas as
meninges e as raízes nervosas dos
últimos nervos espinhais, que, dispostas
em torno de cone medular e filamento
terminal, constituem, em conjunto, a
cauda equina.
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1.2.4 Envoltório Medular

A medula é envolvida por membranas fibrosas denominadas meninges, que


são: dura-máter, aracnóide e pia-máter.
1. PERIÓSTEO DO CANAL VERTEBRAL

EPIDURAL OU EXTRADURAL

2. DURA-MÁTER

SUBDURAL

3. ARACNÓIDE

SUB-ARACNÓIDE

4. PIA-MÁTER
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AULA 3
1.3 NERVOS EM GERAL

São cordões esbranquiçados constituídos por feixes de fibras nervosas


reforçadas por tecido conjuntivo, que unem o sistema nervoso central aos
órgãos periféricos. Podem ser divididos em espinhais e cranianos, conforme
esta união se faça com a medula espinhal ou com o encéfalo.

A função dos nervos é conduzir, através de suas fibras, impulsos nervosos do


sistema nervoso central para a periferia e da periferia para o central. As
fibras nervosas que constituem os nervos são, em geral, mielínicas.
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1.3.1 Generalidades
Tecido conjuntivo da constituição dos nervos
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1.3.1 Generalidades

Altamente vascularizados;
Quase que totalmente desprovido de sensibilização (sentido no ponto de
estimulação);
COTO/Dor Fantasma.
Podem se bifurcar.
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1.3.1 Generalidades

Origem Real e Origem Aparente

Real: corresponde ao local onde estão os corpos dos neurônios que


constituem os nervos.
Origem aparente: corresponde ao ponto do nervo na superfície do sistema
nervoso central.
Ex: Nervo óptico.
Origem real: células ganglionares da retina.
Origem aparente: quiasma óptico.
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1.3.1 Generalidades

Condução dos impulsos nervosos (sinapses);


Lesões dos Nervos Periféricos
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1.3.1 Generalidades
Terminações nervosas

Em suas extremidades periféricas, as fibras nervosas dos nervos modificam-


se dando origem as formações ora mais, ora menos complexas, as
TERMINAÇÕES NERVOSAS, que podem ser Aferente ou Eferente.
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1.3.2 Nervos Espinhais


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1.3.2 Nervos Espinhais


Generalidades

São aqueles que fazem conexão com a medula espinhal e são responsáveis
pela inervação do tronco, dos membros e partes da cabeça. São em número
de 31 PARES que correspondem aos 31 segmentos medulares existentes.
São:
08 pares de nervos cervicais
12 pares de nervos torácicos
05 pares de nervos lombares
05 pares de nervos sacrais
01 par coccígeo.
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1.3.2 Nervos Espinhais


Generalidades

Cada nervo espinhal é formado pela união das raízes dorsal e ventral, as quais se
ligam, respectivamente, aos sulcos lateral posterior e lateral anterior da medula
através de filamentos radiculares.
Na raiz dorsal localiza-se o gânglio espinhal, onde estão os corpos dos neurônios
sensitivos pseudo-unipolares, cujos prolongamentos central e periférico formam a
raiz. A raiz ventral é formada por axônios que se originam em neurônios situados
nas colunas anterior e lateral da medula. Da união da raiz dorsal, sensitiva, com a
raiz ventral, motora, forma-se o tronco do nervo espinhal, que funcionalmente é
misto.
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Raiz dorsal (sensitiva) + Raiz Ventral
(motora) = Tronco do Nervo
Espinhal.
Raiz Dorsal → Gânglios (com os
corpos dos neurônios pseudo-
bipolares.
Raiz ventral → axônios
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AULA 4
1.4 TRONCO ENCEFÁLICO
1.4.1 Limites anatômicos, constituição e divisão

O Tronco Encefálico limita-se entre a medula e o


diencéfalo, situando-se ventralmente ao cerebelo.

Na sua constituição entram corpos de neurônios.

A sua divisão se dá pelo: mesencéfalo, ponte e bulbo.


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1.4 TRONCO ENCEFÁLICO


1.4.1 Limites anatômicos, constituição e divisão

1. CÉREBRO
2. TELENCÉFALO
3. DIENCÉFALO PULO DO GATO:
4. TRONCO ENCEFÁLICO MORTE ENCEFÁLICA
5. MESENCÉFALO
X
6. PONTE
7. BULBO MORTE CEREBRAL
8. CEREBELO
9. MEDULA ESPINHAL
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TELENCÉFALO

PROSENCÉFALO

DIENCÉFALO

MESENCÉFALO

METENCÉFALO PONTE E CEREBELO


ROMBENCÉFALO
MIELENCÉFALO BULBO

MEDULA ESPINHAL
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1.4.2 Mesencéfalo

A origem primitiva do mesencéfalo é no tubo neural;


O mesencéfalo se interpõe entre a ponte e o cérebro. É atravessado por um
estreito canal, o arqueduto cerebral, que une o III e o IV ventrículo;
O mesencéfalo é irrigado pelos ramos paramedianos da artéria basilar e por
ramos da artéria cerebelosa superior e da artéria cerebral posterior;
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1.4.2 Mesencéfalo

Apesar de sua estrutura simples, o mesencéfalo desempenha importantes


funções sensoriais e motoras. Em vertebrados inferiores, o tecto do
mesencéfalo é um verdadeiro centro nervoso. Mas, durante a evolução, parte
de suas funções foram assumidas pelo córtex cerebral, diminuindo
consideravelmente seu papel nos mamíferos;
Está relacionado com os órgãos de visão e audição.
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1.4.3 Ponte

Parte do tronco encefálico interposta entre o bulbo e o mesencéfalo;


Forma a metade superior do pavimento do quarto ventrículo;
Possui diversos núcleos de importantes nervos cranianos, como
o trigémeo, motor ocular externo, facial e auditivo;
Serve como condutor para importantes vias ascendentes e descendentes.
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1.4.3 Bulbo

O bulbo ou medula oblonga tem forma de um cone, cuja extremidade menor


continua caudalmente com a medula espinhal. Como não se tem uma linha
demarcando a separação entre medula e bulbo, considera-se que o limite está
em um plano horizontal que passa imediatamente acima do filamento
radicular mais cranial do primeiro nervo cervical, o que corresponde ao nível
do forame magno.
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AULA 5
1.5 NERVOS CRANIANOS

Generalidades
Componentes funcionais :
Fibras aferentes e eferentes. Ponte

Estudo Sumário dos Nervos Cranianos


Bulbo
Fora do TE: I, II
Mesencéfalo: III (pedúnculo cerebral), IV (tecto do mesencéfalo)
Na ponte: V, VI, VII, VIII Cerebelo

No bulbo: IX, X, XI, XII


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Não estão fixados na base do Tronco Encefálico
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VAMOS
PRATICAR?
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AULA 6
1.6 CEREBELO

Situado entre o bulbo e a ponte, contribuindo para a formação do IV


ventrículo;
Repousa sobre a fossa cerebelar do osso occipital e está separado do lobo
occipital do cérebro por uma prega da dura-máter denominada tenda do
cerebelo;
Liga-se a medula e ao bulbo pelo pedúnculo cerebelar inferior e a ponte e
mesencéfalo pelos pendúnculos cerebelares médio e superior.
As funções do cerebelo estão relacionadas com o equilíbrio e a coordenação
dos movimentos.
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1.6 CEREBELO
Aspectos anatômicos
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1.6.4 Aspectos Funcionais

Função motora;
Informações sensoriais auditiva e visual;
Fundamental para a motricidade mas não é vital.
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AULA 7
1.7 DIENCÉFALO
1.7.1 Generalidades

O diencéfalo e o telencéfalo formam o cérebro, que corresponde ao


prosencéfalo.
O cérebro é a porção mais desenvolvida e mais importante do encéfalo,
ocupando cerca de 80% da cavidade craniana.
O telencéfalo se desenvolve enormemente em sentido lateral e posterior
para constituir os hemisférios cerebrais, desse modo, encobre quase
completamente o diencéfalo, que permanece em situação ímpar e mediana,
podendo ser visto apenas na face inferior do cérebro.
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1.7 DIENCÉFALO
O diencéfalo compreende as seguintes partes:
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1.7.2 Tálamo
O tálamo são duas massas de substância cinzenta dispostas uma de cada
lado na porção látero-dorsal do diencéfalo.
1.7.3 Hipotálamo
É uma área relativamente pequena do diencéfalo, situada logo abaixo do
tálamo e relacionada com o controle da atividade visceral.
1.7.4 Epitálamo
 Seu elemento mais evidente é a glândula endócrina pineal.
1.7.5 Subtálamo
Está na zona de transição entre o diencéfalo e o mesencéfalo. De difícial
vizualização e está abaixo do tálamo.
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AULA 8
1.8 TELENCÉFALO
1.8.1 Generalidades

O telencéfalo compreende os dois hemisférios cerebrais, direito e esquerdo.


Os dois hemisférios cerebrais são incompletamente separados pela fissura
longitudinal do cérebro, cujo assoalho é formado por uma larga faixa de fibras
comissurais, o corpo caloso, principal meio de união entre os dois hemisférios.
Os hemisférios cerebrais possuem cavidades, os ventrículos laterais direito e
esquerdo, que comunicam com o III ventrículo pelos forames
interventriculares.
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1.8 TELENCÉFALO
1.8.1 Generalidades

Cada hemisfério possui:


-Três pólos: frontal, temporal e occipital;
-Três faces: face súpero-lateral, convexa; face medial, plana, e face inferior, ou
base do cérebro, muito irregular, repousando anteriormente nos andares
anterior e médio da base do crânio e posteriormente na tenda do cerebelo.
-Quatro lobos: frontal, parietal, temporal e occipital.
-Em cada hemisfério cerebral, os dois sulcos mais importantes são o sulco
lateral e o sulco central.
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1.8.2 Sulcos e Giros.


Divisão em Lobos Cerebrais

SULCO CENTRAL

SULCO LATERAL
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1.8.3 Córtex Cerebral – Substância Cinzenta

Córtex cerebral é uma fina camada de substância cinzenta que reveste o


centro branco medular do cérebro. Trata-se de uma das partes mais
importantes do SN.
No córtex cerebral chegam impulsos provenientes de todas as vias da
sensibilidade que aí se tornam conscientes e interpretadas.
Do córtex saem impulsos nervosos que iniciam e comandam os movimentos
voluntários e com ele estão relacionados os fenômenos psíquicos.
UNIDADE 1: NEUROANATOMIA

1.8.4 Córtex Cerebral – Substância Branca

Por outro lado, há regiões com uma grande quantidade de prolongamentos


de neurônios, principalmente, de axônios. Estes axônios são envolvidos por
oligodendrócitos, constituindo as fibras nervosas. Em órgãos frescos estas
regiões têm coloração esbranquiçada e em conjunto formam a substância
branca do sistema nervoso central. Essa cor é devido à grande quantidade de
mielina nela presente. A mielina faz parte do citoplasma dos oligodendrócitos.
UNIDADE 1: NEUROANATOMIA

1.8.5 Núcleos da Base

Na base de cada hemisfério cerebral existem importantes aglomerados de


células nervosas, os chamados núcleos de base. São centros especiais que se
encarregam de estabelecer intercomunicações e ligar as diversas áreas
cerebrais entre si. Embora já se possua algum conhecimento a respeito dessas
formações, e algumas de suas funções já tenham sido identificadas, ainda há
muito a ser estudado e desvendado.
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1.8.5 Núcleos da Base

1. Claustrum
2. Corpo Amigdalóide
3. Núcleo Caudado Claustrum

4. Putâmem Corpo Estriado


5. Globo Pálido
Núcleo Lentiforme
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1.8.5 Núcleos da Base


Aspecto clínico e funcional
Considerados como constituindo parte central do chamado sistema
extrapiramidal, os quadros clínicos descritos, as síndromes dos núcleos da
base, são ainda, frequentemente denominados síndromes extrapiramidais.
Alterações motoras.
-Parkinson (tremor nas extremidades, rigidez hipertônica e oligocinesia que é a lentidão
e redução da atividade motora)
-Coreia (movimentos involuntários rápidos e de grande amplitude)
-Atetose (movimentos involuntários lentos e sinuosos)
-Hemibalismo (movimentos involuntários violentos que não cessam nem no sono).
UNIDADE 1: NEUROANATOMIA

AULA 9
1.9 SISTEMA LÍMBICO

Para seu estudo, costuma-se distinguir


um componente central, um subjetivo
e um periférico. O periférico é a
maneira como a emoção se expressa e
envolve padrões de atividade motora,
somática e visceral. Durante muito
tempo acreditou-se que os fenômenos
emocionais estariam ligados a todo
cérebro e não a áreas específicas.
Essas áreas serão estudadas a seguir.
UNIDADE 1: NEUROANATOMIA

1.9 SISTEMA LÍMBICO


Tronco Encefálico

No TE estão localizados vários núcleos de nervos cranianos, viscerais ou


somáticos, além de centros viscerais como o centro respiratório e o
vasomotor. A ativação destas estruturas por impulsos nervosos de origem
telencefálica ou diencefálica ocorre nos estados emocionais, resultando nas
diversas manifestações que acompanham a emoção, tais como o choro, as
alterações fisionômicas, a sudorese, a salivação, o aumento do ritmo cardíaco
e etc. Além disso, as diversas vias motoras que atravessam ou se originam no
TE vão ativar neurônios medulares. Deste modo, o papel do TE é efetuador,
agindo na expressão das emoções.
UNIDADE 1: NEUROANATOMIA

1.9 SISTEMA LÍMBICO

Hipotálamo
É responsável pela regulação dos processos motivacionais e dos fenômenos
emocionais. Ao que parece, o hipotálamo tem um papel preponderante como
coordenador das manifestações periféricas das emoções.
Tálamo
Regula o comportamento emocional decorrente de suas conexões.
Área Pré-Frontal
Controle e comportamento emocional.
UNIDADE 1: NEUROANATOMIA

1.9 SISTEMA LÍMBICO


Funções do Sistema Límbico

Regulação dos processos Emocionais e Motivacionais


Participação nos Mecanismos da Memória
-Memória recente e Memória remota

Lesões ou estimulações podem resultar em fenômenos muito diferentes, como


diminuição da agressividade e aumento da atividade sexual.
UNIDADE 1: NEUROANATOMIA

AULA 10
1.10 SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO

O SNA também é chamado de sistema neurovegetativo ou sistema nervoso


visceral e está mais relacionado ao controle e comunicação interna do
organismo, a vida vegetativa, baseado no controle de vasos sangüíneos,
vísceras, glândulas, respiração e regulação de temperatura e digestão.

O SNA é a porção eferente ou motora do sistema nervoso visceral que atua de


modo involuntário e inconsciente, controlando as vísceras do corpo mantendo
as funções vitais em ordem. Não possui nervos específicos, usando os nervos
cranianos e espinhais para conduzir suas fibras.
UNIDADE 1: NEUROANATOMIA

1.10.1 Autonomia das Vias Motoras Autônomas


UNIDADE 1: NEUROANATOMIA
1.10.2 Funções e Respostas Simpáticas e Parassimpáticas
Simpático x Parassimpático

Diferença Anatômica: Podemos destacar quanto a posição dos neurônios e tamanho


das fibras pré e pós ganglionares.

No SNS os neurônios pré-ganglionares localizam-se na medula torácica e lombar (entre


T1 e L2) denominado tóraco-lombar e suas fibras são curtas. Já os neurônios pós-
ganglionares estão longe das vísceras e próximo da coluna vertebral e suas fibras são
longas.
No SNP os neurônios pré-ganglionares localizam-se no tronco encefálico e medula
sacral (S2 a S4) denominado crânio-sacral e suas fibras são longas. Já os neurônios pós-
ganglionares estão próximos ou dentro das vísceras e suas fibras são curtas.
UNIDADE 1: NEUROANATOMIA

1.10.2 Funções e Respostas Simpáticas e Parassimpáticas


Simpático x Parassimpático

Diferenças Farmacológica: ou seja, quanto a ação da droga. Existem drogas


(adrenalina e noradrenalina) que imitam a ação do SNS, que são denominadas
simpaticomiméticas, e vão estimular, e existem drogas (acetilcolina) que imitam a
ação do SNP, que são denominadas parassimpaticomiméticas, e vão inibir.

Sabemos que a ação da fibra nervosa sobre o efetor (músculo ou glândula) se faz
por liberação de um mediador químico, sendo os mais importantes a acetilcolina e a
noradrenalina. Então as fibras que liberam a acetilcolina são colinérgicas. As Fibras
que liberam noradrenalina são adrenérgicas.
UNIDADE 1: NEUROANATOMIA

1.10.2 Funções e Respostas Simpáticas e Parassimpáticas


Simpático x Parassimpático

Assim, as fibras pré-ganglionares simpáticas e parassimpáticas, bem como as


fibras pós-ganglionares parassimpáticas são ditas colinérgicas. Já as fibras pós
ganglionares simpáticas são ditas adrenérgicas.
UNIDADE 1: NEUROANATOMIA

1.10.2 Funções e Respostas Simpáticas e Parassimpáticas


Simpático x Parassimpático

Diferença Fisiológica: O sistema simpático é antagonista (atua ao contrário) ao


parassimpático em um determinado órgão, mas existem algumas exceções como nas
glândulas salivares, onde os dois sistemas aumentam a secreção. No entanto é
importante ressaltar que os dois trabalham em harmonia para a coordenação da
atividade visceral adequando o funcionamento de órgãos as diversas situações no qual
é submetido.

O Parassimpático apresenta ação sempre localizada em um órgão ou região do


organismo. Já o simpático possui uma localização mais difusa atingindo vários órgãos.
UNIDADE 1: NEUROANATOMIA
AULA 11
1.11 SENSAÇÕES SOMÁTICAS

Os sentidos somáticos são mecanismos nervosos que coletam informações


sensoriais, a partir do corpo. Esses sentidos diferem dos sentidos especiais,
que compreende especificamente, a visão, a audição, o olfato, a gustação e o
equilíbrio.

O objetivo final da maior parte das estimulações sensoriais é dar


conhecimento à psique do estado do organismo e das suas vizinhanças.
UNIDADE 1: NEUROANATOMIA
1.11 SENSAÇÕES SOMÁTICAS

O sistema nervoso tem a capacidade de receber, transmitir, elaborar e


armazenar informações. Ele recebe informações sobre mudanças que
ocorrem no meio externo, isto é, relaciona o indivíduo com seu ambiente e
inicia e regula as respostas adequadas.

Nosso organismo recebe constantemente um número infinito de estímulos


(sensações), sendo que interpretamos somente os necessários. Os estímulos
(sensações) recebidos serão iguais para todos, o que muda é a percepção.
UNIDADE 1: NEUROANATOMIA
1.11 SENSAÇÕES SOMÁTICAS

Os sentidos somáticos podem ser classificados em três diferentes tipos


fisiológicos:

1) os sentidos somáticos mecanorreceptivos, que incluem as sensações táteis


e de posição, que são sensações estimuladas por deslocamento mecânico de
alguns tecidos corporais;
2) os sentidos termorreceptivos, que detectam calor e frio;
3) o sentido da dor, que é ativado por qualquer fator capaz de levar à lesão
tecidual.
UNIDADE 1: NEUROANATOMIA
1.11 SENSAÇÕES SOMÁTICAS
Grandes Vias Aferentes

Em cada uma das vias aferentes deverão ser estudados os seguintes


elementos: o receptor, o trajeto periférico, o trajeto central e a área de
projeção cortical.

Receptor: é sempre uma terminação nervosa sensível ao estímulo que


caracteriza a via. Esse receptor é especializado em uma modalidade. A
conexão desse receptor, por meio de fibras específicas, com uma área
específica do córtex, permite o reconhecimento das diferentes formas de
sensibilidade.
UNIDADE 1: NEUROANATOMIA
1.11 SENSAÇÕES SOMÁTICAS

Trajeto periférico: compreende um nervo espinhal ou craniano e um gânglio


sensitivo anexo a este nervo.
Trajeto central: no seu trajeto pelo sistema nervoso central, as fibras
aferentes se agrupam em feixes (tractos, fascículos, lemniscos) de acordo com
suas funções.
Área de projeção cortical: está no córtex cerebral (que nos permite distinguir
qualquer manifestação sensorial, via de consciência) ou córtex cerebelar (sem
manifestação sensorial, apenas motora; via de inconsciência).
UNIDADE 1: NEUROANATOMIA
1.11 SENSAÇÕES SOMÁTICAS

As grandes vias aferentes podem, pois, ser consideradas como cadeias


neuronais, unindo os receptores ao córtex.

No caso das vias inconscientes, esta cadeia é constituída apenas por dois
neurônios (I, II). Já nas vias conscientes, estes neurônios são geralmente três,
sobre os quais podem ser estabelecidos os seguintes princípios gerais:
UNIDADE 1: NEUROANATOMIA
1.11 SENSAÇÕES SOMÁTICAS

Neurônio I: está fora do SNC em um gânglio sensitivo. É um neurônio sensitivo,


pseudo-unipolar, com um prolongamento periférico e outro central. O
prolongamento periférico liga-se ao receptor, enquanto o o prolongamento
central penetra no SNC pela raiz dorsal dos nervos espinhais ou craniano.
Neurônio II: localiza-se na coluna posterior da medula ou em núcleos de nervos
cranianos do tronco encefálico. Originam axônios que geralmente cruzam o
plano mediano logo após sua origem e entram na formação de um tracto ou
lemnisco.
Neurônio III: localiza-se no tálamo e origina um axônio que chega ao córtex por
uma radiação talâmica.
UNIDADE 1: NEUROANATOMIA
1.11 SENSAÇÕES SOMÁTICAS
Vias aferentes que penetram no SNC por nervos espinhais

1. Vias de Dor e Temperatura

a) Via Neoespino-Talâmica (Dor Aguda)


via clássica de dor e temperatura constituída basicamente pelo tracto espino-
talâmico lateral envolvendo uma cadeia de três neurônios.
UNIDADE 1: NEUROANATOMIA
1. Vias de Dor e Temperatura

Neurônio I: Localizado nos gânglios espinhais


situados nas raízes dorsais. O prolongamento
periférico está ligado aos nervos espinhais e o
prolongamento central penetra na medula pela
divisão lateral da raiz dorsal.
Neurônio II: estão localizados na coluna posterior.
Seus axônios cruzam o plano mediano, pela
comissura branca, ganham o funículo lateral do lado
oposto e constituem o tracto espino-talâmico
lateral.
Neurônio III: localizam-se no tálamo e seus axônios
formam radiações na área somestésica do córtex
cerebral, no giro pós-central.
UNIDADE 1: NEUROANATOMIA

1. Vias de Dor e Temperatura

b) Via Paleoespino-Talâmica (Dor Crônica)


É constituída de uma cadeia de neurônios em número maior que o da dor
aguda.
UNIDADE 1: NEUROANATOMIA
1. Vias de Dor e Temperatura

Neurônio I: Localizado nos gânglios espinhais situados nas raízes dorsais. O


prolongamento periférico está ligado aos nervos espinhais e o prolongamento
central penetra na medula pela divisão lateral da raiz dorsal.
Neurônio II: estão localizados na coluna posterior. Seus axônios dirigem-se ao
funículo lateral do mesmo lado e do lado oposto, dirigem-se cranialmente
para constituir o tracto espino-reticular. Este sobe na medula junto ao tracto
espino-talâmico lateral e termina fazendo sinapse com os neurônios III.
Neurônio III: localizam-se na formação reticular e dão origem as fibras
reticulo-talâmicas que terminam nos núcleos do tálamo (neurônios IV).
UNIDADE 1: NEUROANATOMIA
2. Vias de Pressão e Tato Protopático (não discriminativo)

3. Vias de Propiocepção Consciente, tato epicrítico e sensibilidade vibratória

4. Via de Propiocepção Insconsciente

5. Via de sensibilidade Visceral


UNIDADE 1: NEUROANATOMIA
1.11 SENSAÇÕES SOMÁTICAS
Vias aferentes que penetram no SNC por nervos cranianos

1. Vias Trigeminais – V, VII, IX e X.


2. Via gustativa
3. Via Olfatória
4. Via Auditiva
5. Via Vestibulares Conscientes e Inconscientes
6. Via Óptica
UNIDADE 1: NEUROANATOMIA
1.11 SENSAÇÕES SOMÁTICAS
Regulação da Dor: Via de Analgesia

TEORIA DA COMPORTA DA DOR!


UNIDADE 2: SISTEMA ESQUELÉTICO

AULA 12
2.1 CONCEITO E FUNÇÃO
Conceito

Ossos são estruturas esbranquiçadas, muito duras, que unindo-se a outros ossos, por
intermédio das articulações, constituem o Esqueleto.

O osso é um tecido vivo, complexo e dinâmico. Uma forma sólida de tecido conjuntivo,
altamente especializado que forma a maior parte do esqueleto e é o principal tecido de
apoio do corpo. O tecido ósseo participa de um contínuo processo de remodelamento
dinâmico, produzindo osso novo e degradando osso velho.
UNIDADE 2: SISTEMA ESQUELÉTICO

2.1 CONCEITO E FUNÇÃO


Composição

Os ossos podem ser considerados órgãos porque são formados de diversos tipos diferentes
de tecido (fibroso, cartilagíneo, ósseo, nervoso e vascular) e funcionam como partes
integrais do sistema esquelético.

Substância compacta forma uma casca externa densa e dura. Sempre recobre o osso
completamente.

Substância esponjosa é a parte interna porosa e esponjosa chamada trabéculas. Estão


dispostas em um padrão que resiste aos estresses locais.
UNIDADE 2: SISTEMA ESQUELÉTICO

2.1 CONCEITO E FUNÇÃO


Função
-Sustentação do organismo (apoio para o corpo)
-Proteção de estruturas vitais (coração, pulmões, cérebro)
-Base mecânica para o movimento
-Armazenamento de sais (cálcio, por exemplo)
-Hematopoiética (suprimento contínuo de células sanguíneas novas)
UNIDADE 2: SISTEMA ESQUELÉTICO

2.1 CONCEITO E FUNÇÃO


Estrutura

Epífese é a área na extremidade de cada diáfise (corpo) e tende a ser mais larga do que a
diáfise. No osso adulto a epífese é óssea e no osso em desenvolvimento a epífese é
material cartilagíneo.

Diáfise é o corpo principal do osso. É composta principalmente de substância compacta


que lhe dá resistência. Seu centro, a cavidade medular, é oco, o que, entre outras
características diminui o peso do osso. Essa cavidade contém medula óssea.
UNIDADE 2: SISTEMA ESQUELÉTICO

2.2 ESQUELETO AXIAL E APENDICULAR


Divisão do Esqueleto

O Sistema Esquelético é dividido em:

Esqueleto Axial – Composta pelos ossos da cabeça, pescoço e do tronco.


Esqueleto Apendicular – Composta pelos membros superiores e inferiores.

A união do esqueleto axial com o apendicular se faz por meio das cinturas escapular e
pélvica.
UNIDADE 2: SISTEMA ESQUELÉTICO

2.2 ESQUELETO AXIAL E APENDICULAR


Divisão do Esqueleto
CATEGORIA NÚMERO DE OSSOS

ESQUELETO AXIAL
CRÂNIO + HIÓIDEO (22+ 1)
OSSÍCULOS AUDITIVOS (MARTELO, BIGORNA, ESTRIBO) 6 80
COLUNA VERTEBRAL 26
TÓRAX (COSTELAS/ESTERNO) 25

ESQUELETO APENDICULAR
CÍNGULO DO MEMBRO SUPERIOR (PEITORAL) 04
MEMBROS SUPERIORES 60 126
CÍNGULO DO MEMBRO INFERIOR (COXAL) 02
MEMBROS INFERIORES 60

TOTAL 206 206


UNIDADE 2: SISTEMA ESQUELÉTICO

2.3 CLASSIFICAÇÃO DOS OSSOS

Os ossos são classificados de acordo com a sua forma. De maneira geral vamos encontrar
ossos longos e curtos, chatos ou planos, irregulares e sesamóides.
UNIDADE 2: SISTEMA ESQUELÉTICO

2.3 CLASSIFICAÇÃO DOS OSSOS

1. Ossos Longos: Tem o comprimento maior que a largura e são constituídos por um corpo
e duas extremidades. Eles são um pouco encurvados, o que lhes garante maior resistência.
O osso um pouco encurvado absorve o estresse mecânico do peso do corpo em vários
pontos, de tal forma que há melhor distribuição do mesmo. Os ossos longos tem suas
diáfises formadas por tecido ósseo compacto e apresentam grande quantidade de tecido
ósseo esponjoso em suas epífises. Exemplo: Fêmur.
UNIDADE 2: SISTEMA ESQUELÉTICO

2.3 CLASSIFICAÇÃO DOS OSSOS

2. Ossos Curtos: São parecidos com um cubo, tendo seus comprimentos praticamente
iguais às suas larguras. Eles são compostos por osso esponjoso, exceto na superfície, onde
há fina camada de tecido ósseo compacto. Exemplo: Ossos do Carpo.
UNIDADE 2: SISTEMA ESQUELÉTICO

2.3 CLASSIFICAÇÃO DOS OSSOS

3. Ossos Laminares ou Planos: São ossos finos e compostos por duas lâminas paralelas de
tecido ósseo compacto, com camada de osso esponjoso entre elas.
Os ossos planos garantem considerável proteção e geram grandes áreas para inserção de
músculos. Exemplos: Frontal e Parietal.
UNIDADE 2: SISTEMA ESQUELÉTICO

2.3 CLASSIFICAÇÃO DOS OSSOS

4. Ossos Alongados: São ossos longos, porém achatados e não apresentam canal
central. Exemplo: Costelas.

5. Ossos Pneumáticos: São osso ocos, com cavidades cheias de ar e revestidas por mucosa
(seios), apresentando pequeno peso em relação ao seu volume. Exemplo: Esfenoide.

6. Ossos Irregulares: Apresentam formas complexas e não podem ser agrupados em


nenhuma das categorias prévias. Eles tem quantidades variáveis de osso esponjoso e de
osso compacto. Exemplo: Vértebras.
UNIDADE 2: SISTEMA ESQUELÉTICO

2.3 CLASSIFICAÇÃO DOS OSSOS

7. Ossos Sesamóides: São ossos presentes no


interior de alguns tendões e/ou cápsulas articulares em que há considerável fricção, tensão
e estresse físico, como as palmas e plantas. Eles podem variar de tamanho e número, de
pessoa para pessoa, não são sempre completamente ossificados, normalmente, medem
apenas alguns milímetros de diâmetro. Exceções notáveis são as duas patelas, que são
grandes ossos sesamóides, presentes em quase todos os seres humanos.
UNIDADE 2: SISTEMA ESQUELÉTICO

2.3 CLASSIFICAÇÃO DOS OSSOS

8. Ossos Suturais: São pequenos ossos localizados dentro de articulações, chamadas de


suturas, entre alguns ossos do crânio. Seu número varia muito de pessoa para pessoa.
UNIDADE 2: SISTEMA ESQUELÉTICO

2.3 CLASSIFICAÇÃO DOS OSSOS


UNIDADE 2: SISTEMA ESQUELÉTICO

2.3 CLASSIFICAÇÃO DOS OSSOS


TIPOS DE OSSOS
ESQUELETO APENDICULAR EXTREMIDADE SUPERIOR EXTREMIDADE INFERIOR ESQUELETO AXIAL
ÚMERO FÊMUR CLÁVICULA
RÁDIO FÍBULA
OSSOS LONGOS ULNA TÍBIA
METACARPAIS METATARSAIS
FALANGES FALANGES
OSSOS CURTOS CARPAIS TARSAIS -
OSSOS DO CRÂNIO (FRONTAIS,
OSSOS PLANOS ESCÁPULA ÍLIO PARIETAIS)
ESTERNO
SESAMÓIDES PATELA
OSSOS ALONGADOS COSTELA
VÉRTEBRAS
OSSOS DO CRÂNIO (ESFENÓIDE,
ETMÓIDE)
OSSOS IRREGULARES - - SACRO
CÓCCIX
MANDÍBULA
OSSOS DA FACE
UNIDADE 2: SISTEMA ESQUELÉTICO

2.4 ESTRUTURA DE UM OSSO LONGO TÍPICO

Epífese

Metáfise

Canal Medular Diáfise

Metáfise

Epífese
UNIDADE 2: SISTEMA ESQUELÉTICO

2.5 SUBSTÂNCIA ÓSSEA COMPACTA E ESPONJOSA


Aspecto macroscópico

Substância Óssea Compacta


Densa, sólida. Tecido ósseo firmemente aderido um aos outros, sem espaço livre
interposto. Predominam na diáfise dos ossos longos.

Substância Óssea Esponjosa


Tecido ósseo mais irregular em forma e tamanho, deixando espaços entre si, preenchido
pela medula óssea.
Constitui as epífises dos ossos longos, curtos, revestido por fina camada de osso compacto.
UNIDADE 2: SISTEMA ESQUELÉTICO

2.5 SUBSTÂNCIA ÓSSEA COMPACTA E ESPONJOSA


Aspecto macroscópico

Periósteo
Dupla camada de tecido conjuntivo especializado que reveste os ossos com exceção das
superfícies articulares.
UNIDADE 2: SISTEMA ESQUELÉTICO

2.6 CARACTERÍSTICAS DA SUPERFÍCIE DO OSSO (MARCOS ÓSSEOS)


Saliências  Articulação de ossos entre si, fixar músculos, ligamentos, cartilagens, etc.
Cabeça Superfície globosa, serve como superfície articular
Côndilo Tubérculo ósseo arredondado que sustenta uma parte de uma articulação
Face Superfície articular achatada ou pouco profunda
Crista Superfície estreita e alongada. Serve como ponto de fixação
Epicôndilo Processo proeminente acima ou lateralmente ao côndilo, serve para fixação
Eminência Superfície saliente serve como ponto de fixação
Tubérculo Uma pequena proeminência arredondada. Serve como ponto de fixação
Tuberosidade Uma saliência rugosa serve como ponto de fixação
Trocanter Um grande processo para inserção muscular
Processo Saliência óssea acentuada serve como ponto de fixação
Linha Crista pequena e pouco saliente serve como ponto de fixação
Espinha Superfície pontiaguda serve como ponto de fixação
Tróclea Superfície articular em forma de carretel.
Depressões  Assim como as saliências, podem ser articulares ou não.
Fossa “Vala” rasa, normalmente para superfícies articulares
Fosseta Uma pequena fossa
Impressão Um pequeno sulco, uma marca pouco profunda
Sulco Depressão alongada em forma de canaleta
Fissura Depressão profunda, de formato pontiagudo
Aberturas  Em geral, destinadas à passagem de nervos ou vasos.
Forame Cavidade de transmissão para nervos e vasos
Meato Ou canal, é uma passagem de formato tubular
Óstios Entrada, abertura que liga duas estruturas
Poros Denominação genérica para pequenos orifícios
* Ressalva: “os critérios para estas denominações nem sempre são lógicos, sendo conservados pela consagração do
uso”. (DANGELO E FATTINI, 2004)
UNIDADE 2: SISTEMA ESQUELÉTICO

2.7 PERIÓSTEO E NUTRIÇÃO DO OSSO

O periósteo é constituído por um delicado tecido conjuntivo fibroso que reveste cada
elemento do esqueleto como uma bainha, exceto nos locais de cartilagem articular.
Apresenta dois folhetos, um superficial e outro profundo em contato direto com o osso.
Essa bainha tem como função, além de envolver, nutrir as faces externas dos ossos e
também depositar tecido ósseo principalmente durante consolidações de fraturas
formando uma ótima estrutura para fixação de tendões e ligamentos.
UNIDADE 2: SISTEMA ESQUELÉTICO

2.7 PERIÓSTEO E NUTRIÇÃO DO OSSO


Nutrição

Os ossos têm um suprimento abundante de vasos sanguíneos, ou seja, são altamente
vascularizados.
As artérias do periósteo penetram no osso, irrigando-o e distribuindo-se na medula
óssea.
Você sabia que se o osso não tiver seu periósteo ele deixa de ser nutrido e
consequentemente morre?
UNIDADE 3: SISTEMA ARTICULAR

AULA 13
3.1 CONCEITO E FUNÇÃO

Uma articulação é a conexão entre DOIS ossos. Embora as articulações tenham


várias funções, talvez a mais importante seja permitir MOVIMENTO. As
articulações ajudam a suportar o peso do corpo e fornecem estabilidade. As
articulações também contem líquido sinovial, que lubrifica a articulação e alimenta
a cartilagem.
UNIDADE 3: SISTEMA ARTICULAR

3.2 TIPOS DE ARTICULAÇÃO

Uma articulação pode permitir grande quantidade de movimentos, como no ombro,


ou pouco movimento, como na articulação esternoclavicular. Uma articulação que
permite muito movimento fornecerá pouca estabilidade. Ao contrário, uma
articulação que é muito estável tende a ter pouco movimento.
UNIDADE 3: SISTEMA ARTICULAR

 ARTICULAÇÃO FIBROSA

Possui uma fina camada de periósteo fibroso entre dois ossos, como nas
estruturas do crânio. Existem três tipos de articulações fibrosas: suturas,
sindesmose e gonfose.
Uma sutura possui camada de periósteo fibroso entre os dois ossos, como nas
suturas do crânio. As extremidades dos ossos são formadas para permitir que
eles se encaixem.
UNIDADE 3: SISTEMA ARTICULAR

 ARTICULAÇÃO FIBROSA

A Sindesmose ou ligamentosa é aquela onde há grande quantidade de fibras e


mantém as articulações juntas.
UNIDADE 3: SISTEMA ARTICULAR

 ARTICULAÇÃO FIBROSA

Gonfose significa “cravação”. Esta articulação ocorre entre um dente e a


parede do alvéolo dentário.
UNIDADE 3: SISTEMA ARTICULAR

 ARTICULAÇÃO CARTILAGÍNEA/CARTILAGINOSA ou ANFIARTROSE/


ANFIARTRODIAL

Possui cartilagem hialina ou fibrocartilagem entre os dois ossos. A Sínfise Púbica é


um exemplo de articulação na qual a fibrocartilagem conecta diretamente os
ossos.
UNIDADE 3: SISTEMA ARTICULAR

ARTICULAÇÃO SINOVIAL ou DIARTRODIAL

Não possui união direta entre as extremidades ósseas. Em vez disso há nela uma
cavidade preenchida com líquido sinovial contido dentro de uma cápsula
semelhante a um manguito.
UNIDADE 3: SISTEMA ARTICULAR

CLASSIFICAÇÃO DA ARTICULAÇÃO
TIPO MOVIMENTO ESTRUTURA EXEMPLO

SINARTROSE NENHUM FIBROSA/SUTURA OSSOS DO CRÂNIO

SINDESMOSE LIGEIRO FIBROSA/LIGAMENTOSA TIBIOFIBULAR DISTAL

SÍNFISE PÚBICA,
ANFIARTROSE POUCO CARTILAGÍNEA
VÉRTEBRAS
QUADRIL, COTOVELO,
DIARTROSE LIVRE SINOVIAL
JOELHO
UNIDADE 3: SISTEMA ARTICULAR

CLASSIFICAÇÃO DAS ARTICULAÇÕES DIARTRODIAIS


FORMA DE MOVIMENTO DA
NÚMERO DE EIXOS EXEMPLO
ARTICULAÇÃO ARTICULAÇÃO

ANAXIAL IRREGULAR DESLIZAMENTO INTERCARPAIS/COSTOVERTEBRAIS

DOBRADIÇA FLEXÃO, EXTENSÃO, COTOVELO E JOELHO, ÚMEROULNAR


UNIAXIAL TROCÓIDEA OU
ROTAÇÃO ATLAS, ÁXIS, RÁDIO E ULNA
PIVÔ
FLEXÃO, EXTENSÃO,
BICONDILAR PULSO, MF, RADIOCARPO
ABDUÇÃO, ADUÇÃO

BIAXIAL FLEXÃO, EXTENSÃO,


ELIPSÓIDEA OU ABDUÇÃO, ADUÇÃO,
POLEGAR, CARPO METACARPAL
SELAR ROTAÇÃO

FLEXÃO, EXTENSÃO,
TRIAXIAL ESFERÓIDEA ABDUÇÃO, ADUÇÃO, OMBRO, QUADRIL
ROTAÇÃO
UNIDADE 3: SISTEMA ARTICULAR

ARTICULAÇÃO ANAXIAL

O movimento tende a ser linear em vez de angular. As faces articulares são planas
e deslizam uma sobre a outra.
UNIDADE 3: SISTEMA ARTICULAR

ARTICULAÇÃO UNIAXIAL

Possui movimento angular que ocorre em um plano em torno do seu eixo,


como uma dobradiça.
UNIDADE 3: SISTEMA ARTICULAR

ARTICULAÇÃO BIAXIAL

Encontrada no pulso com duas direções diferentes.


UNIDADE 3: SISTEMA ARTICULAR

ARTICULAÇÃO TRIAXIAL ou ESFERÓIDEA

Também chamada de multiaxial, o movimento ocorre em todos os eixos.


UNIDADE 3: SISTEMA ARTICULAR

ESTRUTURA ARTICULAR

Ossos
Ligamentos
Cápsula
Membrana sinovial
Líquido sinovial
Cartilagem: hialina, fibrosa e elástica.
UNIDADE 3: SISTEMA ARTICULAR

ESTRUTURA ARTICULAR

Cartilagem: hialina, fibrosa e elástica


-Hialina ou articular: recobre as extremidades dos ossos.
-Fibrosa: absorve os impactos (discos, meniscos)
-Elástica: permite determinada quantidade de movimento.
UNIDADE 4: SISTEMA MUSCULAR

AULA 14
4.1 CONCEITO E FUNÇÃO

É o conjunto de órgãos (músculos) que nos permite a movimentação do


esqueleto, produção de calor, postura e sustentação do corpo.
UNIDADE 4: SISTEMA MUSCULAR

4.1 CONCEITO E FUNÇÃO

São estruturas individualizadas que cruzam uma ou mais articulações e


pela sua contração são capazes de transmitir-lhes movimentos. Este é
efetuado por células especializadas denominadas fibras musculares,
cuja energia latente é ou pode ser controlada pelo sistema nervoso. Os
músculos são capazes de transformar energia química em energia
mecânica.
UNIDADE 4: SISTEMA MUSCULAR
UNIDADE 4: SISTEMA MUSCULAR
UNIDADE 4: SISTEMA MUSCULAR

4.1 CONCEITO E FUNÇÃO

O músculo vivo é de cor vermelha. Essa coloração avermelhada das


fibras musculares se deve à mioglobina, proteína semelhante à
hemoglobina presente nos glóbulos vermelhos, que cumpre o papel
de conservar algum O2 proveniente da circulação para o metabolismo
oxidativo. Os músculos representam 40-50% do peso corporal total.
UNIDADE 4: SISTEMA MUSCULAR

FUNÇÕES DOS MÚSCULOS:

1.Produção dos Movimentos Corporais: Movimentos globais do corpo,


como andar e correr.
2.Estabilização das Posições Corporais: A contração dos músculos
esqueléticos estabilizam as articulações e participam da manutenção
das posições corporais, como a de ficar em pé ou sentar.
3.Regulação do Volume dos Órgãos: A contração sustentada das
faixas anelares dos músculos lisos (esfíncteres) pode impedir a saída do
conteúdo de um órgão oco.
UNIDADE 4: SISTEMA MUSCULAR

4. Movimento de Substâncias dentro do Corpo: As contrações dos


músculos lisos das paredes dos vasos sanguíneos regulam a intensidade
do fluxo. Os músculos lisos também podem mover alimentos, urina e
gametas do sistema reprodutivo. Os músculos esqueléticos promovem o
fluxo de linfa e o retorno do sangue para o coração.

5. Produção de Calor: Quando o tecido muscular se contrai ele produz


calor e grande parte desse calor liberado pelo músculo é usado na
manutenção da temperatura corporal.
UNIDADE 4: SISTEMA MUSCULAR

4.2 TIPOS DE MÚSCULOS

1.Músculos Estriados Esqueléticos: Contraem-se por influência da nossa vontade, ou seja,


são voluntários. O tecido muscular esquelético é chamado de estriado porque faixas
alternadas claras e escuras (estriações) podem ser vistas no microscópio óptico.
2.Músculos Lisos: Localizado nos vasos sanguíneos, vias aéreas e maioria dos órgãos da
cavidade abdômino-pélvica. Ação involuntária controlada pelo sistema nervoso autônomo.
3.Músculo Estriado Cardíaco: Representa a arquitetura cardíaca. É um músculo estriado,
porém involuntário – AUTO RITMICIDADE.
UNIDADE 4: SISTEMA MUSCULAR
UNIDADE 4: SISTEMA MUSCULAR

Os Grupos Musculares são em número de nove. São eles:

1.Cabeça
2.Pescoço
3.Tórax
4.Abdome
5.Região Posterior do Tronco
6.Membros Superiores
7.Membros Inferiores
8.Órgãos dos Sentidos
9.Períneo
UNIDADE 4: SISTEMA MUSCULAR

4.3 COMPONENTES ANATÔMICOS DOS MM. ESTRIADOS ESQUELÉTICOS

a) Ventre Muscular é a porção contrátil do músculo, constituída por fibras musculares que
se contraem. Constitui o corpo do músculo (porção carnosa).

b) Tendão é um elemento de tecido conjuntivo, ricos em fibras colágenas e que serve para
fixação do ventre, em ossos, no tecido subcutâneo e em cápsulas articulares. Possuem
aspecto morfológico de fitas ou de cilindros.

c) Aponeurose é uma estrutura formada por tecido conjuntivo. Membrana que envolve
grupos musculares. Geralmente apresenta-se em forma de lâminas ou em leques.
UNIDADE 4: SISTEMA MUSCULAR

4.3 COMPONENTES ANATÔMICOS DOS MM. ESTRIADOS ESQUELÉTICOS

d) Bainhas Tendíneas são estruturas que formam pontes ou túneis entre as superfícies
ósseas sobre as quais deslizam os tendões. Sua função é conter o tendão, permitindo-lhe
um deslizamento fácil.

e) Bolsas Sinoviais são encontradas entre os músculos ou entre um músculo e um osso.


São pequenas bolsas forradas por uma membrana serosa que possibilitam o deslizamento
muscular.
UNIDADE 4: SISTEMA MUSCULAR

4.4 CLASSIFICAÇÕES MUSCULARES


Quanto a situação

1. Superficiais ou Cutâneos: Estão logo abaixo da pele e apresentam no mínimo uma de


suas inserções na camada profunda da derme. Estão localizados na cabeça (crânio e face),
pescoço e na mão (região hipotenar). Exemplo: Platisma.

2.Profundos ou Subaponeuróticos: São músculos que não apresentam inserções na


camada profunda da derme, e na maioria das vezes, se inserem em ossos. Estão localizados
abaixo da fáscia superficial. Exemplo: Pronador quadrado.
UNIDADE 4: SISTEMA MUSCULAR

4.4 CLASSIFICAÇÕES MUSCULARES


Quanto a forma

1.Longos: São encontrados especialmente nos membros. Os mais superficiais são os mais
longos, podendo passar duas ou mais articulações. Exemplo: Bíceps braquial.

2.Curtos: Encontram-se nas articulações cujos movimentos tem pouca amplitude, o que
não exclui força nem especialização. Exemplo: Músculos da mão.

3.Largos: Caracterizam-se por serem laminares. São encontrados nas paredes das grandes
cavidades (tórax e abdome). Exemplo: Diafragma.
UNIDADE 4: SISTEMA MUSCULAR

Quanto à Disposição da Fibra

a) Reto: Paralelo à linha média. Ex: Reto abdominal.


b)Transverso: Perpendicular à linha média. Ex: Transverso abdominal.
c) Oblíquo: Diagonal à linha média. Ex: Oblíquo externo.

Quanto à Origem e Inserção:


a) Origem: Quando se originam de mais de um tendão. Ex. Bíceps, Quadríceps.
b) Inserção: Quando se inserem em mais de um tendão. Ex: Flexor Longo dos
Dedos.
UNIDADE 4: SISTEMA MUSCULAR
UNIDADE 4: SISTEMA MUSCULAR
UNIDADE 4: SISTEMA MUSCULAR

Quanto a Função

1.Agonistas: São os músculos principais que ativam um movimento


específico do corpo, eles se contraem ativamente para produzir um
movimento desejado. Ex: Pegar uma chave sobre a mesa, agonistas são os
flexores dos dedos.
2.Antagonistas: Músculos que se opõem à ação dos agonistas, quando o
agonista se contrai, o antagonista relaxa progressivamente, produzindo um
movimento suave. Ex: idem anterior, porém os antagonistas são os
extensores dos dedos.
UNIDADE 4: SISTEMA MUSCULAR

Quanto à Função:

1.Sinergistas: São aqueles que participam estabilizando as articulações


para que não ocorram movimentos indesejáveis durante a ação principal. Ex:
idem anterior, os sinergistas são estabilizadores do punho, cotovelo e ombro.

2.Fixadores: Estabilizam a origem do agonista de modo que ele possa agir


mais eficientemente. Estabilizam a parte proximal do membro quando move-
se a parte distal.
UNIDADE 4: SISTEMA MUSCULAR

Quanto ao movimento:

1.Isotônico
a.Concêntrica: movimento do músculo + articulação.
b.Excêntrica: movimento só do músculo.

2. Isométrico
Não há movimentação articular, apenas do ventre.
UNIDADE 4: SISTEMA MUSCULAR

Quanto à Nomenclatura:
O nome dado aos músculos é derivado de vários fatores, entre eles o
fisiológico e o topográfico:

1.Ação: Extensor dos dedos.


2.Ação Associada à Forma: Pronador Redondo e Pronador Quadrado.
3.Ação Associada à Localização: Flexor Superficial dos Dedos.
4.Forma: Músculo Deltoide (letra grega delta).
5.Localização: Tibial Anterior.
6.Número de Origem: Bíceps Femoral e Tríceps Braquial.
UNIDADE 4: SISTEMA MUSCULAR

4.5 ANEXOS MUSCULARES

São estruturas que contém líquido sinovial e permitem aos tendões o


deslizamento sem atrito durante o movimento das articulações. São eles:

1.Bainhas sinoviais: abraçam os tendões, deixando um mesotendão.


2.Bolsas sinoviais: interpõem-se entre o tendão e o osso.

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