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ESCOLA SECUNDÁRIA DE RIO TINTO DATA: ABR/2008

PROFESSORA : Marcia Pacheco


FICHA INFORMATIVA DE CIEÊNCIAS

9º A / CURSO GERAL / ANO LETIVO 2007/08

I. Sistema Neuro-Hormonal
Na coordenação do organismo intervêm o sistema nervoso e o sistema
hormonal, que atuam com uma precisão muito superior à desenvolvida.
 No sistema nervoso as mensagens são transmitidas ao longo de
células nervosas até aos diferentes órgãos.
 No sistema hormonal existem mensageiros químicos, elaborados
em órgãos específicos, que circulam na corrente sanguínea.
II. Coordenação nervosa
Os vários milhares de milhão de células nervosas que existem no teu
organismo, ou em qualquer outro ser humano, formam uma rede que é
mais complexa do que qualquer rede de estradas. Salvo raras exceções
esta rede funciona maravilhosamente.
III. Relações com o meio e atividade nervosa
O sistema nervoso recebe informações de um grande número de fontes
localizadas no interior do organismo ou vindas do exterior.
Atos voluntários – Ações que resultam de movimentos comandados pela
nossa própria vontade. Um ato voluntário é uma ação que é precedida por
uma certa atividade mental, quando é consciente uma intenção de a
executar. Tal como essa ação é executada, ela também poderá ser
voluntariamente interrompida.
Ato involuntário – Reação involuntária e imediata, que pode ser um
movimento ou a produção de uma secreção interna, que ocorre como
uma resposta a um estímulo.
Estímulos – Sinais físicos ou químicos que impressionam órgãos dos
sentidos.
Recetores sensoriais – Estruturas nervosas que são sensíveis a estímulos.
O sistema visual recebe sinais luminosos graças a recetores sensoriais que
existem na retina.
O sistema auditivo deteta sinais sonoros graças a recetores que existem
no ouvido.
O sistema gustativo e o sistema olfativo possuem múltiplos
quimiorrecetores que lhes permitem detetar modificações de natureza
química.
A nível da sensibilidade táctil o numero de recetores e muito variável.

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IV. Organização e Funcionamento do Sistema
Nervoso
A metade A metade
esquerda do teu direita do teu
corpo é corpo é
coordenada coordenada
pela metade pela metade
direita do teu esquerda do teu
cérebro. cérebro.

O sistema nervoso compreende:


 Sistema nervoso central, constituído pelos centros nervosos
(medula espinal e encéfalo);
 Sistema nervoso periférico, constituído por nervos e gânglios
nervosos;
De entre os nervos destacam-se:
 Nervos cranianos, com origem no encéfalo;
 Nervos raquidianos, com origem na medula espinal;
Neurónios – unidades de estrutura e de função de todos os órgãos do
sistema nervoso. Os prolongamentos que essas células apresentam
permitem que nelas circulem mensagens nervosas rapidamente e a longa
distância.
Sinapse – Ponto onde as extremidades de neurónios vizinhos se
encontram.

Cada neurónio pode receber


“sinais” de 100, 1000 ou mesmo
10 000 outros neurónios.
O corpo celular de um
neurónio-padrão tem um
diâmetro de cerca de 50
milésimos de milímetro.

1.Constituição de um Neurónio.
São três os componentes
fundamentais que geralmente se
consideram num neurónio:

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 Corpo celular – recebe mensagens de outros neurónios, trata-as e
emite novas mensagens. Contem o núcleo e a maior parte do
citoplasma celular.
 Dendrites – prolongamentos celulares muito ramificados que
recebem informações provenientes de outros neurónios.
 Axónio – prolongamento celular de diâmetro mais ou menos
constante, com uma arborização terminal, que transmite
mensagens do neurónio que pertence a outros neurónios.
As associações que se estabelecem entre os neurónios podem efetuar-se
por exemplo, entre:
 O axónio de um neurónio e o corpo celular do neurónio seguinte;
 O axónio de um neurónio e as
dendrites do neurónio seguinte.
As zonas de associação entre duas células
nervosas têm o nome de sinapse. As
membranas dos neurónios associados
estão próximas uma da outra, mas
separadas por um espaço. A transmissão
da mensagem nervosa (influxo nervoso),
envolve a libertação de mensageiros
químicos, que atravessam esse espaço.

2.Transmissão da mensagem nervosa


V. Organização do Sistema
Nervoso
Os vários milhares de milhão de neurónios que entram na constituição do
sistema nervoso fazem parte de órgãos com estruturas muito diversas.

Sistema Nervoso Central


O encéfalo e a medula espinal, componentes do sistema nervoso central,
constituem os centros nervosos ou eixo cerebrospinal.

Dada a natureza frágil dos centros nervosos, qualquer traumatismo


poderia facilmente destrui-los, se não fosse a proteção de que dispõem.
Estas estruturas têm uma proteção de natureza óssea, constituída pela
caixa craniana e pelas vértebras. Na caixa craniana está alojado o
encéfalo. Da sobreposição das vértebras resulta o canal raquidiano, ao
longo do qual se encontra a medula espinal.

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Para alem da
proteção óssea, os
centros nervosos
estão ainda
protegidos por três
membranas
chamadas
meninges. A
meningite e uma
infeção das
meninges
provocadas por
vírus ou por
bactérias,
podendo, em
alguns casos,
causar a paralisia e
até a morte.

Encéfalo
O encéfalo e um dos componentes do sistema nervoso com importância
vital. A sua atividade comporta aspetos muito variados e complexos como:
 Pensamento
 Memoria
 Raciocínio
 Vida afetiva
O encéfalo e um componente privilegiado do sistema nervoso central. Na
constituição dos órgãos que o formam encontram-se duas substâncias
com tonalidades diferentes, designadas, respetivamente por substância
branca e por substância cinzenta. O encéfalo consome cerca de 25% do
oxigénio utilizado pelo organismo, embora constitui somente 2.5% da
massa total do corpo. Entre todas as células do corpo, as células nervosas
são as mais sensíveis a privação de oxigénio. Morrem quando privadas de
oxigénio durante alguns minutos. Além do oxigénio o encéfalo exige um
fornecimento constante de glicose. Uma rede densa de vasos sanguíneos
fornece ás células os materiais que necessitam.
Órgãos do encéfalo:

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 Bolbo Raquidiano – intervém na coordenação da digestão, da
respiração, do ritmo cardíaco e da pressão sanguínea. Estabelece a
ligação entre o encéfalo e a medula espinal e tem a particularidade
de ser o ponto de
partida dos nervos
cranianos.
 Cerebelo – situado na
parte posterior do
encéfalo, é recoberto
quase completamente
pelos hemisférios
cerebrais. Participa de
forma indispensável no
equilíbrio do corpo, nos
gestos habilidosos, na
precisão dos
movimentos
 Hipófise – é uma glândula situada na base do cérebro, com o
tamanho e formato, aproximado, de uma noz. É também
vulgarmente designada por glândula pituitária ou glândula-mestre.
A hipófise é responsável pela regulação da atividade de outras
glândulas e de várias funções do organismo como o crescimento e
secreção do leite através das mamas.

Medula Espinal
A medula espinal
apresenta-se como um
cordão esbranquiçado
com cerca de 50cm de
comprimento e 1cm de
diâmetro. Alojada no
canal raquidiano, esta
em comunicação com
os diferentes órgãos do
tronco e do membro
graças aos 31 pares de
nervos raquidianos que

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nela têm origem. Ni sentido de comprimento a medula espinal é
percorrida por dois sulcos:
 O sulco ventral (anterior) é largo e pouco profundo;
 O sulco dorsal (posterior) é profundo e estreito.
A nível de estrutura a medula espinal apresenta duas zonas distintas:
 Zona externa (periférica), constituída por substancia branca;
 Zona interna, constituída por substância cinzenta, cuja forma, em
corte transversal, faz lembrar as asas de uma borboleta.
Sistema nervoso periférico
O sistema nervoso periférico, constituído por nervos e gânglios, recebe
informações captadas pelos recetores sensoriais, conduzindo essas
informações aos centros nervosos. Nele circulam também informações
provenientes dos centros nervosos para os órgãos efectores.
Atendendo à função que
desempenham, podem
considerar-se diferentes
categorias de nervos:
 Nervos sensitivos –
transmitem
informações dos
recetores sensoriais
para os centros
nervosos.
 Nervos motores –
transmitem
informações dos
centros nervosos para
os órgãos efectores.
 Nervos mistos –
transmitem
informações dos
recetores sensoriais
para os centros
nervosos e destes
para os órgãos
efectores.
Como já sabes, atendendo à
região em que se originam,
os nervos podem também
classificar-se em:

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 Nervos cranianos, em número de 12 pares, originados no encéfalo,
saem da caixa craniana por orifícios situados no crânio e inervam
diferentes regiões da cabeça, nomeadamente os órgãos dos
sentidos, músculos da face, da boca e da faringe.
 Nervos raquidianos, em número de 31 pares, têm origem na medula
espinal. Os nervos raquidianos são nervos mistos. Cada um deles
inicia-se por duas raízes, uma raiz ventral ou raiz anterior e uma raiz
dorsal ou raiz posterior. Na raiz posterior pode observar-se uma
estrutura dilatada, chamada gânglio espinal. As duas raízes saem do
canal raquidiano e juntam-se, formando um nervo raquidiano. Na
pele existem numerosas ramificações muito finais de nervos
raquidianos.
Sensibilidade consciente e movimentos voluntários
As áreas cerebrais podem ser classificadas em três tipos:

 Á reas sensoriais – recebem estimulos sensoriais;


 á reas de associaçã o – integram a informaçã o, originando
respostas;
 á reas motoras – estimulam a atividade dos mú sculos.

Podem considerar-se várias etapas na transmissão das mensagens, desde


os recetores sensoriais às estruturas efectoras passando pelo cérebro.

Dos recetores sensoriais ao cérebro – sob a ação de estímulos em


recetores sensoriais especializados, originam-se mensagens nervosas que
sáo conduzidas ao córtex sensitivo. As mensagens provenientes da
metade direita do corpo são recebidas no hemisfério cerebral esquerdo e
as mensagens da metade esquerda do corpo são recebidas no hemisfério
cerebral direito.

Tratamento das informações – as mensagens recebidas ao nível das áreas


sensoriais são transmitidas ao córtex de associação. Neste há a integração
e a interpretação das mensagens, sendo elaboradas respostas.

Transmissão de mensagens às estruturas efectoras – as respostas


elaboradas propagam-se às estructuras efectoras, como, por exemplo, os
músculos.

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Se qualquer uma das vias sensitivas ou motoras é danificada ou destruída,
são afetadas as zonas correspondentes do organismo, e, em
consequência, é afetada a realização das respetivas funções.

Atividade Reflexa

Os atos reflexos são reações nervosas, automáticas, involuntárias, que


ocorrem como respostas a estímulos. São acionados através da medula
espinal ou do bolbo raquidiano, não havendo intervenção direta do
cérebro, e atuam sem que tenham consciência disso.

As estruturas implicadas na realização de um arco reflexo xonstituem um


arco reflexo.

Glândulas endócrinas e hormonas

Hípotalamo- Regula a
secreção da hipófise, a
temperatura, a fome, a
sede e o apetite.

Hipófise – Atua sobre as


outras glândulas
endócrinas, regulando a
suaactividade. O seu
funcionamento anormal
pode consuzir ao
gigantismo ou ao nanismo

Tiroide – As hormonas que


produz regula a atividade
celular tendo tamb+em
ação importante no
crescimento. Quando n a
infância ocorre uma
insuficiência desta
glândula, a criança pode
tornar-se um anão.

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Suprarrenais – Entre as hormonas que produzem destaca-se a adrenalina, que é muito
importaante em situações de stress.

Pâncreas – Produz insulina. Esta hormona regula a taxa de glicose do sangue.

Testículos – Produzem testosterona, que promove o desenvolvimento de carateres


sexuais secundários masculinos e estimula a produção de espermatozoides.

Ovários – Produzem estrógenio e progesterona. Promovem o desenvolvimento de


carateres sexuais secundários femininos.

A ação hormonal estabelece-se, essencialmente, em cinco áreas:


equilíbrio; crescimento e desnvolvimento; reprodução; comportamento;
produção, uso e armazenamento de energia.

Mensagem hormonal

A comunicação realiza-se por via química, através de hormonas. Somente


determinadas celulas, chamadas células-alvo, ou células efectoras, estão
equipadas para receber o sinal que uma dada hormona transmite.

Entre as principais caracteristicas das hormonas podem referir-se:

 sã o moléculas sintetizadas por glâ ndulas endó crinas;

 sã o lançadas no sangue;

 atuam em quantidades muito pequenas;

 têm açã o específica sobre células-alvo;

 regulam processos celulares, estimulando ou inibindo a atividade


das células-alvo;

 têm em regra uma açã o duradoura.

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No organismo humano há dois sitemas de coordenação – o sistema
nervoso e o sistema hormonal.

Natureza da Transporte Duração do


mensagem da Ação efeito
mensagem
Os efeitos
Comunicação Influxo Células Imedata aparecem
nervosa Nervoso nervosas rapidamente,
mas podem
ser breves.
Regra geral,
os efeitos
Comunicaçao Hormonal Sangue Tardia aparecem
hormonal lentamente,
mas são
duradouros.
VI. Sistemas Digestivo

Os alimentos são constituídos na generalidade por uma mistura de


substâncias, como glícidos, lípidos e prótidos e de substâncias minerais.

Glícidos – são substâncias utilizadas, preferencialmente, pelas células para


obterem energia necessária às atividades vitais. De acordo com a sua
composição, podem considerar-se vários grupos de glícidos:

Os glícidos mais complecxos são constituidos por cadeias mais ou menos


longas de glicose. Os mais importantes são:

-O glicogéneo – substância de reserva nos animais


-O amido – glicido de reserva nos vegetais, abundante em alimentos
como os cereais, a batata e os leguminosas;
-A celulose – constitui grande parte das chamadas fibras vegetais.

Lípidos – são moléculas em cuja constituição entram ácidos gordos e um


alcoól. Têm uma função essencialmente energética. As gorduras animais e

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os óleos vegetais, como, por exemplo, o azeite, são substâncias que todos
conhecemos. Certamente também já ouviste falar no colestrol. Estas
substâncias pertencem ao grupo dos lípidos.

Os lípidos fornecem, essencialmente, energia calorifica, intervindo na


manuntenção da temperatura do organismo humano,
independentemente da temperatura ambiente.

Prótidos – certos alimentos, como a carne, o peixe e os ovos são ricos em


prótidos.

Os prótidos mais complexos têm o nom,e de proteinas. Cada proteina


pode fragmentar-se em moléculas mais simples, os péptidos, que podem
desdobrar-se em aminóacidos. As proteinas dos alimentos fornecem
aminoácidos para o organismo formar as suas próprias proteinas,
indispensáveis ao crescimento e à renovação dos tecidos.

Digestão

A digestão é um processo complexo, cuja duração veria de acordo com a


natureza dos alimentos. No decurso da digestão há o desdobramento de
macromoléculas em moléculas de pequeno tamanho. Este processo
decorre no tubo digestivo.

Quando o alimento é mastigado, juntamente com a saliva, fica reduzido a


uma pasta mole, a que se dá o nome de bolo alimentar. Este é impulsionado
até à faringe com a coordenação dos movimentos dos lábios, da língua e
dos movimentos mastigatórios, seguindo, posteriormente, para o esófago e,
finalmente, para o estômago onde é digerido fisicamente e químicamente: o
estômago segrega ácido clorídrico, que dá início à transformação do bolo
alimentar. Ao conteúdo resultante do estômago e do intestino delgado dá-se
o nome de quimo. Após sofrer processamento no intestino, passa a ser
chamado quilo.

Boca -» Mastigação

Glândulas Salivares -» Produção da Saliva

Esófago -» Deglutição

Fígado -» Formação da bílis

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Estômago -» Ínicio da digestão

Pâncreas – Produz o Saco Pancreático

Vesicula biliar -» Aramazena a bilis

Instestino delgado -» Atuam os sucos pancreático e intestinal

Instestino grosso -» Absorção

Do sistema
digestivo
humano fazem
parte uma série
de orgãos
tubulares que
constituem o
sistema
digestivo.
Pertencem
também a este
sistema os
orgãos anexos,
que são as
glândulas
salivares, o
figado e o pâncreas.

A digestão é um processo
progressivo que se inicia na boca e
continua ao longo do tubo
digestivo. Neste processo intervêm:

-»Fenómenos físicos – os alimentos


são reduzidos a partículas
sucessivamente mais pequenas. A
trituração dos alimentos permite
uma ação mais eficiente dos sucos

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digestivos, pois aumenta grandemente a área sobre a qual esses sucos vão
atuar.
-»Fenómenos químicos – os sucos digestivos provocam nos alimentos
alterações químicas pelas quais as moléculas complexas são
transformadas em moléculas sucessivamente mais simples.

Todas as reações químicas da digestão são possíveis devido à existência de


determinadas substâncias que atuam como catalisadores biológicos, isto
é, substâncias que diminuem a energia necessária para que a reação
química se desencadeie, não se gastando na reação. Estas substâncias têm
o nome de enzimas.

Ação das enzimas

No tubo A houve
digestão de amido. No
tubo B, devido à
presença de saliva,
que tem a amilase
salivar (enzima)
permitiu a
transformação
química do amido que
ao fim de 10 minutos
já tinha desaparecido
(comprovado pelo
teste de água iodada).
Verificou-se assim a
transformação do
amido em maltose
(comprovado pelo
teste de licor de Fehling).

A substância sobre a qual atua uma enzima tem o nome de substrato.

Sobre as proteínas atuam enzimas chamadas proteases e sobre os líquidos


atuam as lipases.

Trabalho realizado por:

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Paulo Jorge Fonseca Ferraz Nº23 9ºA

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