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2.1.

2 Cerebelo

O cerebelo está situado posteriormente ao


cérebro e, apesar do tamanho pequeno,
contém tantos neurônios quanto o cérebro.
Sua principal função é de controle de
movimento e tudo que isso envolve, como
a manutenção do equilíbrio e da postura, o
controle do tônus muscular e a
aprendizagem motora.

2.1.3 Tronco Encefálico

Bear, Connors e Paradiso (2017, p. 183)


definem o tronco encefálico como:

O tronco encefálico se situa abaixo do cérebro e é


um conjunto complexo de fibras e de neurônios
que serve, em parte, para retransmitir informação
do cérebro a medula espinhal e ao cerebelo, e
vice-versa. No entanto,
ele também é uma região que regula funções
vitais, como a respiração, a consciência e o
controle da temperatura corporal.

2.1.4 Medula espinhal

A medula espinhal está ligada ao tronco


encefálico e, como dito anteriormente,
encontra-se dentro da coluna vertebral. Sua
principal função é transmitir a informação
que vem da pele, das articulações e dos
músculos ao cérebro, assim como
transmitir do cérebro para o corpo a
resposta a esses estímulos.
Essa troca de informações acontece através
dos nervos espinhais, que saem da medula
pelos espaços entre cada vértebra
(chamados

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de espaços intercostais) da coluna


vertebral. Cada um desses nervos possui
duas ligações com a medula, chamados de
raiz dorsal (que
traz a informação do corpo para a medula)
e raiz ventral (que leva a resposta do
sistema nervoso para o corpo). A medula
espinhal tem
um importante papel no que chamamos de
atos reflexivos, que são os atos que
fazemos sem pensar, como retirar o pé
quando sentimos que pisamos em algo
pontiagudo, ou cuspir uma comida muito
quente antes que ela queime os tecidos de
nossa boca.

Figura 4 – Representação da medula


espinhal e sua organização na coluna
vertebral

Fonte: adaptada de VectorMine/istock.com.


2.2 Sistema Nervoso Periférico
(SNP)
O sistema nervoso periférico é composto
pelos nervos e gânglios nervosos que
formam uma grande rede neuronal
responsável pelo trânsito das informações
entre todas as estruturas de nosso corpo e
o SNC. Os nervos são compostos por feixes
de fibras nervosas, envoltos por tecido
conjuntivo, e podem ser de dois tipos:
cranianos, que se originam do tronco
encefálico e inervam a cabeça, e espinhais,
que se originam da medula e inervam o
corpo.

O SNP pode ser dividido em: Sistema


Nervoso Somático, que controla todas as
ações voluntárias de nosso corpo, e
Sistema Nervoso Visceral (ou Autônomo),
que controla as ações involuntárias do
corpo, como batimentos cardíacos,
respiração e digestão.

3. Do que é feito o sistema


nervoso?
O tecido nervoso de todas essas estruturas
de que falamos até aqui é composto por
neurônios, células da glia e
neurotransmissores.

3.1 Neurônios
Os neurônios são células especializadas do
sistema nervoso, cuja função é propagar os
impulsos nervosos. Operam em grandes
conjuntos chamados de circuitos ou redes
neurais. São compostos pelo corpo celular
(ou soma), pelo axônio e pelos dendritos.

• Soma ou corpo celular: possui as


organelas básicas da célula (núcleo,
mitocôndrias, retículo endoplasmático etc.).

• Axônio: prolongamento único, mais longo


do que os dendritos, que emerge da soma
e leva o impulso nervoso para outras
células.

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É encoberto pela bainha de mielina, com


alguns espaços livres, chamados de
nódulos de Ranvier.

• Dendritos: prolongamentos múltiplos que


recebem o impulso nervoso vindo de outro
neurônio.

A região de contato entre um axônio de um


neurônio (chamado de neurônio pré-
sináptico) e os dendritos do outro
(chamado de neurônio pós-sináptico) é
denominada sinapse. É uma região
fundamental para o processo de
transmissão de informações para o sistema
nervoso.

Figura 5 – Estrutura do neurônio


Fonte: adaptada de wetcake/iStock.com.

3.2 Células da Glia


Glia é a palavra grega para “cola”. As células
da glia eram vistas como a “cola dos
neurônios” pelos primeiros neurocientistas.
Acreditava-se que elas serviam só para
agregar e sustentar os neurônios. Hoje
sabe-se que elas fazem muito mais do que
isso.
Além de agregar e sustentar os neurônios,
elas também podem participar da
regulação de íons e nutrientes e atuar
como mensageiros químicos nas
proximidades do neurônio, pois seus
prolongamentos podem formar uma
“ponte metabólica” entre capilares
sanguíneos, células nervosas e outras
células da glia. Podem também se enrolar
em volta dos neurônios e formar a bainha
de mielina e ainda desempenhar a função
de proteção contra agentes agressores e
regeneração de fibras nervosas.

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