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Homeostasia

1. Conceito Geral:
É a condição de equilíbrio no ambiente corporal interno, resultante da interação constante entre os
muitos processos regulatórios corporais. É também a propriedade do organismo que permanece em
equilíbrio quando ocorre uma mudança drástica no ambiente.

2. Importância da Homeostasia:
Serve para manter o meio interno em equilíbrio, é essencial para o funcionamento adequado dos
sistemas que compõem o corpo humano. Assim sendo, um corpo em equilibro é um corpo saudável.

Sistema Endócrino
1. Conceitos Gerais:
É o que compreende os hormônios, que são substâncias formadas por proteínas ou aminoácidos ou
esteroides, sendo secretadas por glândulas especializadas e que quando lançadas na corrente sanguínea
apresentam ação local ou sistêmica.

2. Órgãos do Sistema Endócrino:


Tireoide, paratireoides, hipotálamo, hipófise, glândulas adrenais, pâncreas, suprarrenais, testículos (no
homem) e ovários (na mulher).

3. Glândulas Endócrinas e Exócrinas:


-Glândulas endócrinas: responsáveis por promover o controle interno do organismo. Para isso, as
substâncias hormonais são consideradas mensageiros químicos que agem em células alvo específicas.
Sua função é lançar substâncias no sangue.

-Glândulas exócrinas: Essas estruturas são responsáveis por produzir substâncias que são lançadas no
corpo para desempenhar as mais variadas funções. Sua função é eliminar as substâncias produzidas na
superfície livre, ou seja, na superfície do corpo.

A diferença entre elas é que enquanto que as glândulas endócrinas liberam suas secreções na circulação
sanguínea, as exócrinas secretam suas substâncias em outros órgãos ou para o exterior corporal.

4. Relação entre o Sistema Nervoso e Endócrino:


O sistema endócrino, em conjunto com o sistema nervoso, regula e controla todas as funções de nosso
organismo. Em parceria, eles recebem e analisam estímulos externos (como luz, som e temperatura) e
internos (dor ou carência de nutrientes, por exemplo) e elaboram uma resposta apropriada a cada
situação. Desse modo, atuam na regulação de funções como nutrição, reprodução e metabolismo.

5. Infrarregulação e Suprarregulação:

6. Hormônios Hidrossolúveis e Lipossolúveis:


-Hormônios lipossolúveis: são solúveis em lipídios. É o caso dos esteroides e dos hormônios da glândula
tireóidea.

- Hormônios hidrossolúveis: são solúveis em água. Como os hormônios proteicos e a adrenalina


(produzida na glândula suprarrenal).
Neurofisiologia
1. Transmissão de Sinal das Sinapses Elétricas e Químicas:
-A maioria das sinapses utilizadas para transmissão do sinal no sistema nervoso central são as sinapses
químicas, que sempre transmitem esse sinal em uma direção, ou seja, possuem uma condução
unidirecional. Essa é uma característica importante desse tipo de sinapse, permitindo que os sinais
atinjam alvos específicos.

- Na sinapse, o disparo de um potencial de ação em um neurônio—o pré-sináptico—gera a transmissão


de um sinal para outro neurônio—o pós-sináptico, — tornando mais ou menos provável que o neurônio
pós-sináptico dispare seu próprio potencial de ação.

2. Diferença Entre Sinapse Elétrica e Química:


-Sinapse Química: A sinapse química se inicia com os neurotransmissores, que são substâncias químicas
produzidas dentro do neurônio pré-sináptico e carregam as informações que precisam ser levadas para
o neurônio pós-sináptico. Essas substâncias possuem informações que vão gerar algum tipo de ação o
corpo. Porém, como não há uma grande aproximação dos neurônios, o processo é mais longo e
depende de outros fatores importantes.

-Sinapse Elétrica: Nessas sinapses não há participação de neurotransmissores, o sinal elétrico é


conduzido diretamente de uma célula a outra através de junções comunicantes . Essas junções são
canais que conduzem íons, obtendo respostas quase imediatas, isso quer dizer que o potencial de ação é
gerado diretamente.

-Diferença: Nas sinapses elétricas, as correntes iônicas passam diretamente pelas junções comunicantes
até chegarem às outras células, enquanto que nas sinapses químicas a transmissão ocorre através de
neurotransmissores.

3. Eventos que geram um Potencial de Ação:


-Potencial de Ação: Um potencial de ação é definido como uma alteração súbita, rápida e transitória do
potencial de repouso da membrana, que se propaga. Somente neurônios e células musculares são
capazes de gerar potenciais de ação, uma propriedade chamada de excitabilidade.

-Evento gerador: Um potencial de ação é causado por um estímulo limiar ou supra limiar sobre um
neurônio. Ele possui três fases: despolarização, o pico de ultrapassagem e repolarização.

No repouso, um típico neurônio tem um potencial de repouso. Isso significa que o meio interno da
célula está carregado negativamente em relação ao meio externo. Hiperpolarização é quando o
potencial de membrana se torna mais negativo em um determinado ponto da membrana do neurônio,
enquanto despolarização é quando o potencial de membrana se torna menos negativo (mais positivo).
Despolarização e hiperpolarização ocorrem quando canais de íons da membrana se abrem ou se
fecham, alterando a capacidade de um íon em particular entrar ou sair da célula. Durante a
despolarização, o interior da célula fica cada vez mais eletropositivo, até que o potencial chegue
próximo ao equilíbrio de sódio. Essa fase de extrema positividade é a fase do pico de ultrapassagem.

A repolarização é a segunda fase do potencial de ação e ocorre logo em seguida à despolarização.


Durante este curtíssimo período, a permeabilidade na membrana celular aos íons sódio retorna ao
normal e, simultaneamente, ocorre agora um significativo aumento na permeabilidade aos íons
potássio.
4. Neurotransmissores Excitatórios e Inibitórios, e Como Atuam:
-Excitatórios: Esses tipos de neurotransmissores têm efeitos excitatórios no neurônio, o que significa
que aumentam a probabilidade de o neurônio disparar um potencial de ação. Alguns dos principais
neurotransmissores excitatórios incluem epinefrina e norepinefrina.

-Inibitórios: Esses tipos de neurotransmissores têm efeitos inibitórios sobre o neurônio. Eles diminuem a
probabilidade de o neurônio disparar um potencial de ação. Alguns dos principais neurotransmissores
inibidores incluem a serotonina e o ácido gama-aminobutírico (GABA).

Alguns neurotransmissores como a acetilcolina e a dopamina, podem criar efeitos excitatórios e


inibitórios, dependendo do tipo de receptores que estão presentes.

-Atuação: Às vezes, os neurotransmissores podem se ligar a receptores e fazem com que um sinal
elétrico seja transmitido pela célula (excitatório). Em outros casos, o neurotransmissor pode impedir
que o sinal continuasse, evitando que a mensagem seja carregada (inibitória).

5. Organização do Sistema Nervoso (central e periférico):


-SNC: O sistema nervoso central atua como um centro integrador, processando todas as informações
dos impulsos recebidos. É nessa região, portanto, que as decisões são tomadas e ordens são geradas e
enviadas para o órgão efetor. O sistema nervoso central é formado por duas partes básicas: o encéfalo e
a medula espinhal. O encéfalo está contido no interior da caixa craniana, e a medula espinhal está
contida no interior da coluna vertebral, no canal vertebral.

O encéfalo não é composto apenas pelo cérebro, sendo este apenas uma porção dessa importante parte
do SNC. O encéfalo é constituído basicamente pelo telencéfalo, formado por dois hemisférios cerebrais,
o diencéfalo, que se divide em epitálamo, tálamo e hipotálamo, o cerebelo e o tronco encefálico,
formado pelo mesencéfalo, ponte e bulbo. A medula espinhal se localiza no interior do canal vertebral,
entretanto, não o ocupa totalmente. Essa massa possui forma cilíndrica e apresenta cerca de 45
centímetros em um homem adulto.

Todo o SNC é envolvido por três membranas fibrosas que recebem o nome de meninges. Essas três
meninges são chamadas de dura-máter, pia-máter e aracnoide. A dura-máter é a meninge mais externa
e é formada por tecido conjuntivo denso, sendo muito espessa e resistente. A aracnoide é a meninge
intermediária, localizada entre a dura-máter e a pia-máter. Já a pia-máter é a mais interna e delicada
das meninges, destacando-se por ser muito vascularizada.

-SNP: O sistema nervoso é composto por um tipo especial de tecido denominado tecido nervoso, o qual
possui como tipos celulares os neurônios e as chamadas células da glia.

Os neurônios são responsáveis pela propagação do impulso nervoso e apresentam como partes básicas
o corpo celular, onde está localizado o núcleo, e dois tipos de prolongamentos, os axônios e os
dendritos. De acordo com a função desempenhada, os neurônios podem ser classificados em dois
grupos básicos: sensitivos ou aferentes (levam impulsos para o sistema nervoso) e motores ou eferentes
(levam impulsos para outras partes, como músculos e glândulas).

O grupo de células chamado células da glia está relacionado com várias funções, tais como nutrição e
regulação do funcionamento dos neurônios. Células ependimárias, astrócitos, oligodendrócitos,
microglia e células de Schwann são células da glia.
6. Lobos Cerebrais e Suas Funções:
-No lobo frontal, localizado na parte da frente do cérebro (testa), acontece o planejamento de ações e
movimento, bem como o pensamento abstrato. Nele estão incluídos o córtex motor e o córtex pré-
frontal. O córtex motor controla e coordena a motricidade voluntária, sendo que o córtex motor do
hemisfério direito controla o lado esquerdo do corpo do indivíduo, enquanto que o do hemisfério
esquerdo controla o lado direito. Um trauma nesta área pode causar fraqueza muscular ou paralisia.

-Localizados na parte inferior do cérebro e cobertos pelo córtex cerebral, os lobos occipitais processam
os estímulos visuais, também são conhecidos por córtex visual. Possuem várias subáreas que processam
os dados visuais recebidos do exterior depois destes terem passado pelo tálamo, uma vez que há zonas
especializadas a visão da cor, do movimento, da profundidade, da distância, entre outros. Quando esta
área sofre uma lesão, provoca a impossibilidade de reconhecer objetos, palavras e até mesmo rostos de
pessoas conhecidas ou de familiares. Esta deficiência é conhecida como agnosia.

-Na zona localizada acima das orelhas e com a função principal de processar os estímulos auditivos
encontram-se os lobos temporais. Como acontece nos lobos occipitais, as informações são processadas
por associação. Quando a área auditiva primária é estimulada, os sons são produzidos e enviados à área
auditiva secundária, que interage com outras zonas do cérebro, atribuindo um significado e assim
permitindo ao indivíduo reconhecer ao que está ouvindo.

-Na região superior do cérebro temos os lobos parietais, constituídos por duas subdivisões, a anterior e
a posterior. A primeira, também chamada de córtex somatossensorial, tem a função de possibilitar a
percepção de sensações como o tato, a dor e o calor. Por ser a área r esponsável em receber os
estímulos obtidos com o ambiente exterior, representa todas as áreas do corpo humano. É a zona mais
sensível, logo ocupa mais espaço do que a zona posterior, uma vez que tem mais dados a serem
interpretados, captados pelos lábios, língua e garganta. A zona posterior é uma área secundária e
analisa, interpreta e integra as informações recebidas pela anterior, que é a zona primária, permitindo
ao indivíduo se localizar no espaço, reconhecer objetos através do tato etc.

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