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REVISÃO PSICOFARMACOLOGIA

Thiago Massaque Tavares


Psicologia, 6º semestre

1- O que é neurotransmissão sináptica e como ela ocorre?


A neurotransmissão sináptica é o processo pelo qual os neurônios se
comunicam entre si, transmitindo informações através de substâncias químicas
chamadas neurotransmissores. Essa comunicação ocorre nas sinapses, que são as
junções entre os neurônios.
Quando um impulso nervoso atinge o terminal nervoso de um neurônio, ele
estimula a liberação de neurotransmissores na sinapse. Os neurotransmissores
atravessam a fenda sináptica e se ligam a receptores pós sinápticos.

2- Como os neurotransmissores são liberados na fenda sináptica e como eles


se ligam aos receptores na membrana celular?
Os neurotransmissores são liberados na fenda sináptica por meio de um
processo chamado exocitose. Quando um impulso nervoso chega ao terminal
nervoso, ele ativa canais de cálcio na membrana celular. Isso leva à entrada de íons
cálcio no terminal nervoso, o que desencadeia a fusão de vesículas contendo
neurotransmissores com a membrana celular e a liberação dos neurotransmissores
na fenda sináptica.
Uma vez liberados na fenda sináptica, os neurotransmissores difundem-se
em direção aos receptores presentes na membrana celular do neurônio receptor.
Cada tipo de neurotransmissor se liga a receptores específicos, que estão
localizados na membrana do neurônio receptor. Quando o neurotransmissor se liga
ao seu receptor, ocorre uma alteração na conformação do receptor que desencadeia
uma série de eventos bioquímicos no neurônio receptor.

3- Como os antidepressivos afetam a neurotransmissão sináptica e quais são


os efeitos no sistema nervoso central?
Os antidepressivos podem agir aumentando a disponibilidade desses
neurotransmissores na fenda sináptica, aumentando sua atividade e prolongando
sua ação. Os antidepressivos IMAOs agem inibindo a enzima monoamino oxidase,
que é responsável por oxidar monoaminas, degradando-as e evitando que elas se
acumulem na fenda sináptica gerando efeitos indesejáveis. Já os ISRS, por sua vez,
funcionam inibindo os recaptadores de serotonina, que são responsáveis por
retirá-las da fenda sináptica, gerando então uma maior concentração desta na
fenda. Os antidepressivos tricíclicos agem através da inibição na recaptação da
noradrenalina e da serotonina.
Geralmente, os antidepressivos têm um efeito global no sistema nervoso
central, modulando a atividade em várias áreas cerebrais. Eles podem reduzir a
ansiedade, melhorar o humor, aumentar a motivação e reduzir a sensação de dor.
No entanto, os antidepressivos podem ter efeitos colaterais, como náusea, insônia,
sedação, ganho de peso e disfunção sexual.

4- Comente sobre as células gliais.


As células gliais, também conhecidas como neuróglia, são um tipo de células
não neuronais que estão presentes no sistema nervoso central e periférico. Elas são
caracterizadas em micróglia e macróglia (astrócitos e oligodendrócitos).
As macróglias têm diversas funções, como fornecer suporte estrutural aos
neurônios, isolando-os e protegendo-os de danos. Elas também participam no
metabolismo cerebral, regulando a concentração de íons e neurotransmissores na
fenda sináptica, além de ajudar a manter a homeostase do ambiente interno do
cérebro. Além disso, também são importantes para a formação e manutenção das
sinapses.
As células microglias também têm um papel importante, sobretudo na
resposta imune do sistema nervoso, combatendo infecções e inflamações e
removendo células mortas ou danificadas.

5- Como acontece o potencial de ação neuronal?


O potencial de ação neuronal começa com a despolarização da membrana
do neurônio. Quando um estímulo, como um impulso elétrico ou químico, atinge a
membrana do neurônio, as cargas elétricas na membrana começam a se alterar,
tornando a célula mais positiva no interior. Quando essa despolarização atinge um
limiar crítico, ocorre a abertura de canais iônicos de sódio (bomba de sódio) na
membrana do neurônio, permitindo que íons de sódio entrem na célula. Isso
aumenta ainda mais a despolarização da membrana, levando a uma rápida inversão
dos potenciais elétricos entre o interior e o exterior da célula.
Esse processo de despolarização rápida é conhecido como potencial de
ação. O potencial de ação é transmitido ao longo do axônio do neurônio, que é
envolvido por uma bainha de mielina, que ajuda a acelerar a velocidade de
transmissão do impulso nervoso. O potencial de ação viaja de maneira unidirecional,
da região inicial do axônio em direção ao terminal axonal. Quando o potencial de
ação atinge o terminal axonal, ele desencadeia a liberação de neurotransmissores
na fenda sináptica, que são moléculas responsáveis por transmitir a informação
para outros neurônios ou células. Esse processo de liberação de
neurotransmissores é o responsável pela comunicação entre neurônios e pela
transmissão de informações pelo sistema nervoso.
Após a liberação dos neurotransmissores, a membrana do neurônio retorna
ao seu estado de repouso, com uma diferença de potencial elétrico entre o interior e
o exterior da célula. Esse processo é chamado de repolarização, e envolve a
abertura de canais iônicos de potássio (bomba de potássio) na membrana do
neurônio, permitindo que íons de potássio saiam da célula. Isso restaura a diferença
de potencial elétrico na membrana, preparando-a para a ocorrência de outro
potencial de ação.
● Potencial de ação acontece pela troca iônica.
● Há uma rápida alteração na polaridade de negativo para positivo e de
volta para negativo na membrana de um neurônio. Quem faz o
movimento de troca são a bomba de sódio e de potássio.
● Potencial de repouso (intracelular negativo), despolarização
(intracelular positivo) e repolarização (intracelular negativo).

6- Quais neurotransmissores são mais importantes quando falamos em


depressão?
A serotonina é um neurotransmissor que tem um papel importante na
regulação do humor, sono, apetite e ansiedade. Baixos níveis de serotonina têm
sido associados à depressão e a muitos antidepressivos atuam aumentando a
disponibilidade deste neurotransmissor na fenda sináptica.
A noradrenalina (também conhecida como norepinefrina) é outro
neurotransmissor que tem sido associado à depressão. Ele está envolvido na
resposta ao estresse, na regulação do humor e da atenção. Baixos níveis de
noradrenalina têm sido associados à depressão e muitos antidepressivos, como os
inibidores da recaptação da noradrenalina e da serotonina, atuam aumentando a
disponibilidade desses neurotransmissores na fenda sináptica.
A dopamina é outro neurotransmissor que tem sido associado à depressão,
principalmente em casos de anedonia (incapacidade de sentir prazer). A dopamina
está envolvida na regulação do sistema de recompensa e da motivação, e baixos
níveis desse neurotransmissor podem estar associados a uma diminuição na
motivação e no prazer em atividades cotidianas.

7- O que é integração sináptica?


É a capacidade dos neurônios de receber e integrar múltiplos sinais
sinápticos vindos de diferentes células pré-sinápticas.A integração sináptica ocorre
entre os neurônios, onde as informações provenientes de várias células
pré-sinápticas são processadas e integradas para produzir uma só resposta efetiva.
Isso é especialmente importante em áreas do cérebro que processam informações
sensoriais, motoras e cognitivas, onde os neurônios precisam integrar informações
de várias fontes para produzir uma só resposta comportamental adequada.

8- O que é farmacocinética? Quais as quatro fases?


Farmacocinética é o estudo do movimento de drogas ou substâncias
químicas dentro do organismo, desde o momento em que são administradas até
que são eliminadas. É importante entender a farmacocinética para determinar como
as drogas são absorvidas, distribuídas, metabolizadas e excretadas pelo corpo, a
fim de garantir sua eficácia e segurança.
1ª fase: Absorção: refere-se à passagem do medicamento do seu sítio de
aplicação para a corrente sanguínea. A absorção pode ocorrer por várias vias,
incluindo a oral (pela boca), a nasal, a pulmonar, a intravenosa (IV), a anal e outras.
● Mecanismo de primeira passagem: ocorre quando o fármaco é
metabolizado na parede do intestino ou do fígado antes de atingir a
circulação. Assim, a biodisponibilidade dele é diminuída. No caso da
intravenosa e da sublingual, a biodisponibilidade é 100% pois vai direto para
a corrente sanguínea.
2ª fase: Distribuição: refere-se à passagem da circulação para os
tecidos e seu local de ação após ser absorvida. A distribuição depende de fatores
como a solubilidade da droga em gordura e água, a ligação a proteínas plasmáticas
e a perfusão sanguínea nos diferentes tecidos.
3ª fase: Biotransformação: é o processo pelo qual a droga é transformada
pelo organismo, principalmente pelo fígado, em metabólitos que podem ser mais
facilmente eliminados pelo corpo. O metabolismo da droga pode aumentar ou
diminuir sua atividade e toxicidade.
4ª fase: Excreção: é o processo pelo qual a droga e seus metabólitos são
eliminados do corpo, principalmente pelos rins na forma de urina. Outros órgãos,
como o fígado e os pulmões, também podem desempenhar um papel na excreção
de drogas.

9- O que é meia-vida de um fármaco?


A meia-vida de um fármaco é o tempo necessário para que a concentração
do fármaco no sangue (ou em outro fluido biológico) diminua pela metade após a
sua administração.

10- Como a via de administração afeta a absorção de um fármaco?


Oral: a absorção pode ser afetada pela presença de alimentos no trato
gastrointestinal, pela acidez do estômago, pela velocidade de esvaziamento gástrico
e pela capacidade de absorção intestinal. Alguns fármacos são degradados pelas
enzimas do trato gastrointestinal ou pelo fígado antes de chegar à circulação
sistêmica (mecanismo de primeira passagem).
Sublingual: tem biodisponibilidade maior que da oral, pois não há o
mecanismo de primeira passagem. Ela é bombeada para o corpo, não passa pelo
fígado.
Intravenosa: com esta via de administração, o fármaco é administrado
diretamente na corrente sanguínea, permitindo uma absorção rápida e completa
(biodisponibilidade 100%, não há mecanismo de primeira passagem.
Intramuscular: a absorção pode ser afetada pela vascularização do tecido
muscular e pela solubilidade do fármaco em gordura e água.

11- O que é bioequivalência de um fármaco e por que é importante?


Dois fármacos são considerados bioequivalentes quando eles são formulados
de maneira diferente, mas têm a mesma eficácia terapêutica e segurança quando
administrados na mesma dose e na mesma via de administração.
A bioequivalência é importante para garantir a segurança e a eficácia dos
medicamentos genéricos. Uma vez que o fármaco genérico é produzido por um
fabricante diferente do fabricante original, é importante garantir que o fármaco
genérico seja equivalente em eficácia, segurança e qualidade ao fármaco original de
referência.

12- O que é farmacodinâmica?


Farmacodinâmica é o estudo dos efeitos bioquímicos e fisiológicos
(terapêuticos e adversos) dos fármacos no organismo. Isso inclui como os fármacos
interagem com os receptores, enzimas, proteínas e outros componentes celulares
para produzir seus efeitos terapêuticos ou adversos.
Descreve as ações dos fármacos no organismo e as influências das suas
concentrações na magnitude das respostas. Além disso, a farmacodinâmica
também se preocupa em entender como ocorrem as interações entre diferentes
fármacos e como essas interações podem afetar a eficácia e a segurança dos
tratamentos.

13- O que é um agonista? Explique os tipos.


Um agonista é um fármaco que se liga e ativa um receptor específico no
organismo, produzindo um efeito biológico semelhante ao da substância endógena.
Em outras palavras, um agonista mimetiza ou aumenta a atividade dos
neurotransmissores, hormônios ou outras substâncias produzidas naturalmente pelo
corpo.
Agonistas completos: são fármacos que se ligam ao receptor de forma
efetiva e produzem uma resposta completa, ou seja, atingem o mesmo nível de
resposta que a molécula endógena produziria. Um exemplo de agonista completo é
a morfina, que se liga aos receptores opióides no cérebro e produz analgesia.
Agonistas parciais: são fármacos que se ligam ao receptor, mas produzem
uma resposta parcial ou submáxima. Eles são capazes de ativar o receptor, mas
não ao nível máximo. Um exemplo de agonista parcial é o buprenorfina, que é
usado no tratamento da dependência de opiáceos. A buprenorfina se liga aos
mesmos receptores opióides que a morfina, mas produz uma resposta menos
intensa, o que reduz o risco de overdose e dependência.
Agonista inverso: inativa receptores ativos (não bloqueia, igual os
antagonistas).

14- O que é um antagonista competitivo?


Um antagonista competitivo é um tipo de fármaco que se liga a um receptor
específico, mas não o ativa, impedindo a ação do agonista natural ou exógeno que
normalmente se ligaria ao receptor. O antagonista competitivo compete com o
agonista pela ligação ao receptor e impede que o agonista exerça seus efeitos
biológicos.Os antagonistas competitivos se ligam aos receptores, mas não
produzem nenhuma resposta biológica significativa.
Os antagonistas competitivos são frequentemente usados ​em medicina para
tratar doenças em que o excesso de atividade de um neurotransmissor, hormônio ou
outra substância endógena pode levar a efeitos nocivos.
Os antagonistas não-competitivos podem ser reversíveis ou irreversíveis.
Antagonistas reversíveis (ou alostéricos) se ligam ao receptor de forma
reversível, o que significa que a ligação é temporária e a atividade do receptor pode
ser restaurada quando o fármaco é eliminado do organismo. Antagonistas
irreversíveis, por outro lado, se ligam de forma irreversível ao receptor, o que
significa que a atividade do receptor não pode ser restaurada até que o organismo
produza novos receptores ou o fármaco seja eliminado do organismo naturalmente.

15- Como a afinidade e a eficácia podem influenciar a atividade de um


agonista ou antagonista?
A afinidade de um antagonista ou agonista está relacionada com a facilidade
que ele possui de se ligar ao receptor. Assim, pode-se dizer que quanto mais
afinidade, uma menor quantidade de fármaco agonista ou antagonista é precisa
para que surja um efeito esperado.
Por exemplo, um agonista de alta afinidade e alta eficácia produzirá uma
resposta biológica máxima (alta eficácia) com uma quantidade mínima de fármaco
(alta afinidade/potência), enquanto um agonista de baixa afinidade e baixa eficácia
pode exigir uma dose mais alta (baixa afinidade/potência) do fármaco para produzir
uma resposta biológica significativa (baixa eficácia).
Um antagonista competitivo de alta afinidade/potência pode impedir a ação
do agonista natural ou exógeno com uma quantidade mínima de fármaco, enquanto
um antagonista competitivo de baixa afinidade pode exigir uma dose mais alta do
fármaco para alcançar a mesma eficácia.
● Afinidade e potência: quanto mais um agonista tem afinidade com um
receptor, menos quantidade é preciso para surgir um efeito desejado.

16- Quais são os possíveis mecanismos de ação dos IMAOS? Cite um


exemplo de fármaco.
Os IMAOs (inibidores da monoamina oxidase) atuam bloqueando a enzima
monoamina oxidase, responsável pela degradação dos neurotransmissores
monoaminas (como a serotonina e noradrenalina) no cérebro. No entanto, o uso de
IMAOs pode estar associado a alguns efeitos adversos, como hipotensão
ortostática, ganho de peso, sonolência, disfunção sexual e interações
medicamentosas perigosas com certos alimentos e outros fármacos.
Um exemplo de IMAO é a Tranilcipromina, atualmente o único fármaco IMAO
comercializado para depressão.

17- Quais são os possíveis mecanismos de ação dos ISRSS? Cite um


exemplo de fármaco.
Os ISRSs (inibidores seletivos da recaptação de serotonina) atuam
bloqueando a recaptação da serotonina nos terminais nervosos, aumentando assim
a concentração de serotonina disponível na fenda sináptica e prolongando a sua
ação no cérebro. O mecanismo de ação dos ISRSs é seletivo para a serotonina e
não afeta significativamente a recaptação de outros neurotransmissores, como a
noradrenalina ou a dopamina. Isso torna esses fármacos mais específicos e com
menos efeitos colaterais em comparação com outros antidepressivos mais antigos.
Um exemplo de fármaco ISRS é a Fluoxetina, que possui uma meia vida
longa, isto é, é preciso de mais tempo para que o fármaco atinga a
biodisponibilidade de 50% no corpo.

18- Quais são as possíveis implicações da adição de um IMAO em um paciente


que já está em tratamento com um ISRS?
Os ISRSs aumentam a concentração de serotonina na fenda sináptica ao
bloquear sua recaptação, enquanto os IMAOs inibem a degradação da serotonina,
prolongando sua ação no cérebro. Portanto, a combinação desses dois fármacos
pode resultar em uma sobrecarga de serotonina na fenda sináptica e desencadear a
síndrome serotoninérgica. A síndrome serotoninérgica é uma condição rara, mas
potencialmente fatal, que ocorre quando há um excesso de serotonina na fenda
sináptica.

19- Fale sobre os ADTs.


ADT significa antidepressivo tricíclico e se refere a um grupo de
medicamentos usados ​no tratamento da depressão. Eles são chamados de
tricíclicos porque possuem uma estrutura química tricíclica, o que significa que sua
molécula é formada por três anéis de carbono. Os ADTs atuam inibindo a
recaptação de neurotransmissores, como a serotonina e a noradrenalina,
aumentando sua concentração na fenda sináptica e prolongando sua ação.
No entanto, os ADTs têm alguns efeitos colaterais significativos, como boca
seca, sonolência, tontura, ganho de peso, constipação e visão turva. Eles também
podem ter efeitos anticolinérgicos, o que significa que podem interferir no sistema
nervoso autônomo e causar efeitos como retenção urinária, aumento da frequência
cardíaca e pressão arterial baixa.
Além disso, os ADTs têm um alto potencial de overdose, o que significa que
mesmo pequenas quantidades acima da dose terapêutica podem ser perigosas e
até fatais. Por esse motivo, eles são geralmente prescritos com cautela e
monitoramento cuidadoso do paciente.
Exemplos de ADTs são: Nortriptilina, Amitriptilina.
Os ADTs são perigosos em casos com risco de suicídio pela superdosagem,
que pode levar um paciente a óbito (com 15 comprimidos apenas, por exemplo),
pela influência do canal de sódio, que pode causar também coma, convulsões e
arritmia.

20- O que é suprarregualação e infrarregualação de receptores?


A suprarregulação ocorre quando há um aumento no número de receptores
em uma célula, em resposta à redução na concentração de neurotransmissores
disponíveis. Isso pode ocorrer quando um medicamento que atua como antagonista
(bloqueador) de um receptor é usado por um longo período de tempo, pois isso
pode levar a uma diminuição na concentração de neurotransmissores que
normalmente se ligam a esse receptor. A célula então aumenta o número de
receptores disponíveis em sua superfície para compensar a falta de
neurotransmissores, resultando em suprarregulação.
A infrarregulação ocorre quando há uma diminuição no número de
receptores em uma célula, em resposta ao aumento na concentração de
neurotransmissores disponíveis. Isso pode ocorrer quando um medicamento que
atua como agonista (ativador) de um receptor é usado por um longo período de
tempo, pois isso pode levar a uma superestimulação do receptor e, eventualmente,
à sua diminuição ou desativação. A célula então diminui o número de receptores
disponíveis em sua superfície para compensar o excesso de neurotransmissores,
resultando em infrarregulação.

Pontos importantes debatidos em aula:


● Fluoxetina: maior tempo de meia vida (Farmacocinética)
● Paroxetina mais influência na disfunção sexual
● Escitalopram não se liga ao receptor H1, remove as propriedades
anti-histamínicas. O citalopram tem mais efeitos adversos.
● Virada maniaca: aumento de dopamina, desvenlafaxina e venlafaxina estão
ligados.

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