Você está na página 1de 16

Fundamentos das Neurociências e Disciplinas Afins

Introdução das bases neurológicas funcionais e psicológicas e estudos neurológicos aplicados à


psicopedagogia

Unidade I
VD2

Profa. Lisienne Navarro


Neurobiologia celular: células do sistema nervoso
 O sistema nervoso surge na 3ª ou 4ª semana de gestação. Após a concepção, temos um
aglomerado de células que irão se transformar de um embrião para um feto e deste feto
para uma criança.
 No processo conhecido por neurulação, as placas neurais irão tomar forma ao longo do
dorso embrionário, resultando um tecido que, desdobra dentro da sua estrutura (num
processo conhecido como invaginação),
 Vai formar, ao final do ciclo, os neurônios.
Sistema Nervoso Central e Periférico

 A construção do Sistema Nervoso Central (SNC) – morfogênese - acontece junto com o


Sistema Nervoso Periférico (SNP).

O sistema nervoso tem uma função muito


importante, pois coordena todas as
atividades do corpo humano, formado por
órgãos que captam estímulos, interpretam e
respondem, comandando todo o organismo.
Potencial da membrana
 O encéfalo e a medula espinhal ficam envolvidos por membranas denominadas meninges,
que protegem o sistema nervoso central. É o encéfalo que comanda as ações: ele
subsidia a compreensão do pensar, falar, compreender, sentir e tantas outras ações
necessárias para nossa interação social e desenvolvimento.
 No encéfalo, encontramos o cérebro,
o cerebelo, o bulbo, a ponte, o tálamo
e o hipotálamo. Quem comanda a
medula espinhal é o cérebro.
O encéfalo e suas partes

 A medula espinhal, parte do sistema nervoso central, é a rua onde os impulsos andam, o
centro dos reflexos, das ações involuntárias – tecido nervoso. O cérebro, principal órgão,
que comanda ações e sentimentos – o centro da inteligência –, começa a ser formado na
3ª semana de gestação.
 O cerebelo é responsável pelo controle motor, do equilíbrio, da coordenação e do tônus
muscular. O bulbo se responsabiliza pela respiração, reflexo cardíaco e transmite
informações sensório-motoras, ocupando uma função vital no corpo humano.
 A ponte é a passagem das fibras nervosas que ligam cérebro com a medula, justificando
seu nome.
 Os neurônios, principais células do sistema nervoso,
recebem e conduzem os impulsos nervosos por toda a
rede neuronal.
 Os impulsos nervosos são sinais elétricos que afetam os
íons da membrana do neurônio, num processo conhecido
por sinapse.
O encéfalo e suas partes

 As células nervosas são conduzidas pelos impulsos elétricos, chamados de potência de


ação (PA), equivalentes a um circuito elétrico que se movimenta o tempo todo pelo corpo,
sem nunca descansar, podendo ser medido pelos diferentes aparelhos, por exemplo, o
eletrocardiógrafo e o eletroencefalógrafo.
 As membranas, além de serem uma parede protetora, conduzem informações e
substâncias.
Sinapse e transmissão sináptica

 Para entendermos o que é sinapse pense em um plugue de uma televisão que, ao entrar
em contato com a tomada, faz com que o aparelho funcione.
 Sinapses são zonas ativas de contato entre uma terminação nervosa e outros neurônios,
células musculares ou células glandulares.
Sinapses, pré-sinapses e pós-sinapses

 Do ponto de vista anatômico e funcional, uma sinapse é composta por três grandes
compartimentos: membrana da célula pré-sináptica, fenda sináptica e membrana pós-
sináptica. Uma vez na fenda sináptica (o espaço entre dois neurônios) o neurotransmissor
pode ligar-se aos receptores (proteínas específicas ) na membrana de um neurônio
vizinho.
 Os neurotransmissores são moléculas pequenas. As células não secretam o mesmos
neurotransmissores, pois cada substância química cerebral trabalha em áreas diferentes
no cérebro e causam consequências diferentes, conforme o local em que ocorre a
atividade.
Impulso nervoso e sinapse nervosa

 Os estímulos nos neurônios fazem o mesmo percurso: chegam nos dendritos, continuam
pelas células, percorrem o axônio e, na extremidade passam, para outra célula,
continuando o percurso pelo dendrito, corpo celular e axônio.
 O impulso que se propaga nos neurônios tem origem elétrica e é o resultado de cargas
elétricas alteradas das superfícies tanto interna quanto externa da membrana celular.
Neurônios

 A quantidade de neurônios de uma pessoa com altas habilidades é a mesma de uma


pessoa com uma inteligência dentro dos padrões de normalidade. A diferença são as
conexões complexas que são feitas. O funcionamento deve ser sincronizado, pois
qualquer distúrbio dessa degeneração pode causar doenças como Alzheimer, Parkinson,
demência, perda da memória e outras perdas irreversíveis.
Neurônios

 Os impulsos são diferentes de acordo com o tipo de neurônio. Para que a despolarização
aconteça é preciso alterar a polarização da célula nervosa. Quando isso ocorre há uma
inversão das cargas ao redor dessa membrana, que fica despolarizada (mudança do
estado de repouso) gerando um potencial de ação. Essa despolarização propaga-se pelo
neurônio caracterizando o impulso nervoso.
Neurônio

 O neurônio é obediente: independentemente de ele receber pouco ou muito estímulo, o


impulso será o mesmo.
 Será o número de neurônios despolarizados que mudará a intensidade das sensações,
logo, mais neurônios = mais sensações.
 Quando você queima a mão, conforme o tamanho da área afetada será o tamanho da dor,
por consequência dos receptores estimulados e da despolarização.
 As conexões podem ser diferentes, mas isso veremos mais para frente.
Corpo

 O corpo é uma engenharia. Pense na dinâmica e compare a algum maquinário com que
você tenha familiaridade: ele percorre sempre na mesma direção, precisa de força
impulsiva para chegar no local desejado e sua conexão gera reação.
Para reflexão e aprofundamento nos estudos
 Chamamos de habilidades sociais os comportamentos que expressam sentimentos,
atitudes, opiniões de maneira coerente. Para Caballo (2003), eles são aprendidos e
garantem a qualidade de vida do indivíduo, sendo importante para a inserção deste em
um grupo social.
 Com base no artigo indicado abaixo, elabore um texto que traga a parte do cérebro
responsável por essa aprendizagem. Você terá de ler o texto indicado e fazer um
esquema para ser visualizado.

 CECCONELLO, William Weber; FERREIRA, Vinicius Renato Thomé; MACHADO, Mariana


Rodrigues. Neurônios-espelho como possível base neurológica das habilidades sociais.
Psicologia em Revista [online], v. 23, n.1, p. 147-159, jan. 2017. Disponível em:
http://pepsic.bvsalud.org/pdf/per/v23n1/v23n1a09.pdf. Acesso em: 20 ago. 2019.
ATÉ A PRÓXIMA!

Você também pode gostar