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Anatomia e Fisiologia do

Sistema Nervoso e Respiratório

Brasília-DF.
Elaboração

Igor Duarte

Produção

Equipe Técnica de Avaliação, Revisão Linguística e Editoração


Sumário

APRESENTAÇÃO.................................................................................................................................. 4

ORGANIZAÇÃO DO CADERNO DE ESTUDOS E PESQUISA..................................................................... 5

INTRODUÇÃO.................................................................................................................................... 7

UNIDADE I
INTRODUÇÃO AO SISTEMA NERVOS........................................................................................................ 9

CAPÍTULO 1
ORGANIZAÇÃO E ORIGEM....................................................................................................... 9

UNIDADE II
TRONCO ENCEFÁLICO E VASCULARIZAÇÃO......................................................................................... 34

CAPÍTULO 1
ORGANIZAÇÃO E ORIGEM..................................................................................................... 34

UNIDADE III
SISTEMA RESPIRATÓRIO......................................................................................................................... 65

CAPÍTULO 1
ÓRGÃO DE CONDUÇÃO DE AR.............................................................................................. 65

UNIDADE IV
ANATOMIA SECCIONAL........................................................................................................................ 86

CAPÍTULO 1
TÓRAX.................................................................................................................................... 86

REFERÊNCIAS................................................................................................................................. 125
Apresentação

Caro aluno

A proposta editorial deste Caderno de Estudos e Pesquisa reúne elementos que se


entendem necessários para o desenvolvimento do estudo com segurança e qualidade.
Caracteriza-se pela atualidade, dinâmica e pertinência de seu conteúdo, bem como pela
interatividade e modernidade de sua estrutura formal, adequadas à metodologia da
Educação a Distância – EaD.

Pretende-se, com este material, levá-lo à reflexão e à compreensão da pluralidade


dos conhecimentos a serem oferecidos, possibilitando-lhe ampliar conceitos
específicos da área e atuar de forma competente e conscienciosa, como convém
ao profissional que busca a formação continuada para vencer os desafios que a
evolução científico-tecnológica impõe ao mundo contemporâneo.

Elaborou-se a presente publicação com a intenção de torná-la subsídio valioso, de modo


a facilitar sua caminhada na trajetória a ser percorrida tanto na vida pessoal quanto na
profissional. Utilize-a como instrumento para seu sucesso na carreira.

Conselho Editorial

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Organização do Caderno
de Estudos e Pesquisa

Para facilitar seu estudo, os conteúdos são organizados em unidades, subdivididas em


capítulos, de forma didática, objetiva e coerente. Eles serão abordados por meio de textos
básicos, com questões para reflexão, entre outros recursos editoriais que visam tornar
sua leitura mais agradável. Ao final, serão indicadas, também, fontes de consulta para
aprofundar seus estudos com leituras e pesquisas complementares.

A seguir, apresentamos uma breve descrição dos ícones utilizados na organização dos
Cadernos de Estudos e Pesquisa.

Provocação

Textos que buscam instigar o aluno a refletir sobre determinado assunto antes
mesmo de iniciar sua leitura ou após algum trecho pertinente para o autor
conteudista.

Para refletir

Questões inseridas no decorrer do estudo a fim de que o aluno faça uma pausa e reflita
sobre o conteúdo estudado ou temas que o ajudem em seu raciocínio. É importante
que ele verifique seus conhecimentos, suas experiências e seus sentimentos. As
reflexões são o ponto de partida para a construção de suas conclusões.

Sugestão de estudo complementar

Sugestões de leituras adicionais, filmes e sites para aprofundamento do estudo,


discussões em fóruns ou encontros presenciais quando for o caso.

Atenção

Chamadas para alertar detalhes/tópicos importantes que contribuam para a


síntese/conclusão do assunto abordado.

5
Saiba mais

Informações complementares para elucidar a construção das sínteses/conclusões


sobre o assunto abordado.

Sintetizando

Trecho que busca resumir informações relevantes do conteúdo, facilitando o


entendimento pelo aluno sobre trechos mais complexos.

Para (não) finalizar

Texto integrador, ao final do módulo, que motiva o aluno a continuar a aprendizagem


ou estimula ponderações complementares sobre o módulo estudado.

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Introdução
Os mesopotâmicos davam muita atenção ao fígado por este órgão ser o controlador
das funções do corpo. Os egípcios tratavam o coração como o centro da emoção e
memórias. O cérebro sempre foi tratado de qualquer forma e essa ideia só foi eliminada
quando o médico e anatomista grego Herófilo apontou para o cérebro como a unidade
de controle do corpo e sede da inteligência. Herófilo descreveu diversas estruturas
nervosas tais como as meninges e o cerebelo. Ele também foi o primeiro a distinguir
os nervos motores dos nervos sensitivos. Esses relatos mostram a importância para o
estudo da neuroanatomia.

O sistema nervoso é o responsável pelas relações dos seres vivos com o meio externo
e pelo controle de seu meio interno. Tem a função de detectar as variações do meio
ambiente e produzir respostas apropriadas através de impulsos nervosos para músculos
e glândulas de secreção. O controle do meio interno é uma função compartilhada com o
sistema endócrino e permite a manutenção das condições favoráveis para funcionamento
do organismo a qual conhecemos por homeostase.

O estudo do sistema nervoso está cada vez mais enraizado nas diversas ciências da
saúde por sua estreita relação com todos os sistemas, assim podemos citar o sistema
nervoso como o mais multidisciplinar de todos os sistemas. O sistema nervoso é de
suma importância para a compreensão do funcionamento do corpo em geral, sendo
o responsável por funções vitais como o controle de temperatura, pressão arterial e
respiração. A respiração também é tema desta apostila.

O aparelho respiratório está sob o controle do sistema nervoso e tem a vital função de
capturar oxigênio e depositá-lo no sangue e, inversamente, retir o gás-carbônico do
sangue e liberá-lo no ar ambiente. Esta função de troca gasos é fundamental para a
manutenção da vida, uma vez que sem oxigênio, as células não conseguem fazer suas
tarefas e o gás-carbônico é tóxico. Com a interrupção da respiração, a morte de células
ocorrem em fração de minutos e a demora de socorro pode deixar sequelas irreversíveis
e levar o paciente a óbito.

O conteúdo apresentado aqui apresenta informações inportantes ao aluno que busca se


especializar nas ciências morfofuncionais ou que pretende atuar como especialista nos
setores onde se tratam de doenças de sistema nervoso e respiratório como ambulatórios
e unidades de terapia intensiva. Desejo a todos uma ótima leitura.

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Objetivos
»» Promover a capacitação dos alunos a identificar os diversos órgãos que
compõem os sistemas nervoso e respiratório desde a formação estrutural
até as bases fisiológicas.

»» Apresentar ao aluno uma abordagem simples e objetiva sobre a formação


e características dos sistemas nervoso e respiratório.

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INTRODUÇÃO AO UNIDADE I
SISTEMA NERVOS

CAPÍTULO 1
Organização e origem

Etimologia
A palavra neurologia deriva das palavras gregas Neuron = nervo e Logia ou Logos
= estudo. Assim, o termo neurologia quer dizer o estudo dos nervos. A palavra
neuroanatomia é a união das palavras gregas Neuron, Ana e Tomein. Assim, o termo
neuroanatomia quer dizer nervo cortado em partes. Podemos dizer que a neuroanatomia
é uma parte da anatomia humana que se distingue pelo estudo do sistema nervoso geral
e suas características, funções e principais estruturas.

Neurogênese
Acredita-se que o sistema nervoso seja o mais complexo entre todos os sistemas do corpo
humano. Talvez seja este o motivo de diversas faculdades oferecerem essa disciplina
separada da anatomia sistêmica. Este sistema é responsável pelo controle de todas as
funções orgânicas do corpo humano.

Cerca de 3 semanas após a fecundação, o embrião apresenta em sua região posterior,


um tubo fechado nas extremidades e vazio em seu interior. Trata-se do tubo neural. Esse
tubo tem origem no folheto embrionário denominado ectoderma e a partir daqui serão
formados todos os órgãos do sistema nervoso (ANZURES; PEDERNERA; MÉNDEZ,
2009).

Duas semanas depois de se formar, o tubo neural sofre 3 dilatações em sua extremidade
superior. Essas dilatações são conhecidas por vesículas primordiais e são responsáveis
por dar origem a todas as estruturas encefálicas. A primeira vesícula é o prosencéfalo,
seguida por mesencéfalo e rombencéfalo. O restante é a medula primitiva. Uma semana

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UNIDADE I │ INTRODUÇÃO AO SISTEMA NERVOSO

depois, temos a duplicação das vesículas com exceção do mesencéfalo. Temos então as
seguintes vesículas: telencéfalo, diencéfalo, mesencéfalo, metencéfalo e mielencéfalo.
O restante é a medula primitiva. Na 6ª semana de vida, as vesículas primordiais deram
origem a novas vesículas. Então, rombencéfalo deu origem à telencéfalo e diencéfalo,
mesencéfalo continua sem alterações e rombencéfalo deu origem à metencéfalo e
mielencéfalo (DÂNGELO; FATTINI, 2000). Veja o esquema a seguir:

Figura 1. Tubo neural e vesículas primordiais: prosencéfalo, mesencéfalo e rombencéfalo.

3ª semana 5ª semana

Fonte: Próprio autor.

Figura 2. A vesícula prosencéfalo deu origem às vesículas telencéfalo e diencéfalo a vesícula rombencéfalo deu

origem às vesículas metencéfalo e mielencéfalo.


5ª semana 6ª semana

Fonte: Próprio autor.

10
INTRODUÇÃO AO SISTEMA NERVOSO │ UNIDADE I

As 5 vesículas darão origem às estruturas encefálicas.

»» A telencéfalo dará origem ao cérebro.

»» A diencéfalo dará origem ao tálamo e hipotálamo.

»» A mesencéfalo é a única vesícula que permanece inalterada, sendo um


importante órgão do tronco encefálico com funções motoras e sensitivas.

»» A metencéfalo dará origem à ponte e ao cerebelo.

»» A mielencéfalo dará origem ao bulbo (medula oblonga).

Considerações iniciais
Anatomicamente, o neurônio se assemelha a uma estrela cadente com uma parte central
(corpo do neurônio ou soma) e uma cauda (axônio). O corpo do neurônio ou soma é
a região onde estão o núcleo e as organelas, similares às demais células. Em alguns
neurônios, o soma possui prolongamentos responsáveis por receber informações de
outros neurônios, que são denominados dendritos. Entre o soma e o axônio, está o
cone axonal. Na outra extremidade do neurônio, está a terminação nervosa e os botões
terminais ou botões sinápticos (GUYTON; EDWARD, 2011).

Figura 3. Características do neurônio.

Fonte: Próprio autor.

1. Corpo do neurônio.

2. Cone axonal.

3. Núcleo.

4. Axônio.

5. Terminações nervosas.

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UNIDADE I │ INTRODUÇÃO AO SISTEMA NERVOSO

A neurologia trabalha com ideia de existir 3 tipos de neurônios que diferem entre si pela
função e pelo formato. Alguns neurônios possuem apenas um dendrito, enquanto que
outros possuem ramificações dendríticas extremamente complexas.

Os neurônios são divididos em:

»» Neurônios multipolares são motores (EFERENTES).

»» Neurônios pseudounipolares (AFERENTES).

»» Neurônios bipolares são sensitivos (conectam os neurônios).

Neurônio multipolar

Estes neurônios são os mais abundantes de todo o Sistema Nervoso e apresentam muitos
dendritos que o permite se comunicar com muitos outros neurônios. Os neurônios
multipolares têm uma relação estreita com o controle dos movimentos voluntários
(EFERENTES).

Figura 4. Neurônio multipolar envia sinal elétrico aos músculos estriados esquelético ou glândulas.

Fonte: Próprio autor.

Um neurônio pode alcançar vários centímetros de tamanho e até um metro. Por isso,
é considerado a maior célula do corpo humano, embora seja microscópico. O axônio
do neurônio é a maior parte do neurônio. O sinal elétrico produzido no soma, parte
com destino aos músculos estriados esqueléticos ou glândulas. Então, o sinal gerado ou
adquirido no soma é transmitido aos músculos através do axônio e suas terminações
nervosas.

Neurônio pseudounipolar

Estes neurônios estão muito presentes no Sistema Nervoso periférico e tem relação com
a sensibilidade geral do corpo. Estes possuem um dendrito. Esse dendrito se confunde
com o seu axônio. A diferença está na direção do sinal. Pelos dendritos, o sinal chega

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INTRODUÇÃO AO SISTEMA NERVOSO │ UNIDADE I

ao soma e pelos axônios, o sinal sai. Estão relacionados à transmissão dos impulsos
nervosos produzidos em todo o corpo ao cérebro (AFERENTES).

Figura 5. Neurônio pseudounipolar o sinal produzido nos sensores do corpo tem como destino o cérebro esses

neurônios estão presentes nos gânglios sensitivos da medula espinal.

Fonte: Próprio autor.

Neurônio bipolar

São neurônios envolvidos com as sensibilidades especiais, por isso são encontrados nos
tratos sensoriais visual, auditivo e vestibular. Captam a variação do ambiente como a
luz e transmitem a sensibilidade para a área central de processamento no cérebro. São
bem parecidos com os neurônios pseudounipolares, porém, seu soma está posicionado
exatamente entre o dendrito e o axônio.

Figura 6. Neurônio unipolar formam alguns dos nervos cranianos.

Fonte: Próprio autor.

Esse grupo de neurônios também é sensitivo.

Revestimento do neurônio

A metáfora sobre a bainha de mielina refere-se à sua semelhança com um fio elétrico.
No interior de um fio, encontra-se a parte metálica (cobre) sempre protegido contra
curto-circuito por uma capa plástica isolante. Essa comparação, embora não explique
o funcionamento do neurônio, ilustra um axônio mielinizado. A bainha de mielina
representa a capa do fio e o axônio o metal interno desse fio. Segundo Machado (2005),
o processo de formação da bainha de mielina, ou mielinização, ocorre durante a última

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UNIDADE I │ INTRODUÇÃO AO SISTEMA NERVOSO

parte do desenvolvimento fetal e durante o primeiro ano pós-nascimento, porém, estudos


apontam que todo o processo de mielinização se conclui com o fim da adolescência, por
volta do vigésimo ano. A compreensão desse processo ajuda a entender a estrutura
dessa bainha.

A bainha de mielina é um importante isolante gorduroso que possibilita o alcance


de velocidades mais altas na condução do impulso nervoso por meio de seus axônios
(LENT, 2005).

Figura 7. Neurônio mielinizado a maior parte dos neurônios multipolares são mielinizados.

Fonte: Próprio autor.

1. Bainha de mielina.

2. Nódulo de Ranvier.

3. Célula de Schwann.

A maioria dos axônios que possuem mais de 1 μm (micrômetro) de diâmetro são


considerados mielínicos. A formação e manutenção da bainha de mielina se dá pelas
células de Schwann no SNP, enquanto no SNC é constituída pelos oligodendrócitos
(AFIFI; BERGMAN, 2007).

Neurônios mielinizados têm uma velocidade de transmissão maior em comparação


com neurônios amielínicos. Fibras mielinizadas transmitem a corrente elétrica com
maior velocidade que as fibras não mielinizadas pela presença de depressões em sua
superfície. A velocidade aumenta pela variação de superfície que existe na bainha de
mielina e a torna com aspecto irregular. Como ilustra a imagem anterior, entre os
compartimentos das bainhas de mielina, temos o nódulo de Ranvier. Nos neurônios
mielinizados, a corrente elétrica é saltitante, pulando de uma bainha de mielina para
a outra (propagação saltatória). É assim que adquire maior velocidade, chegando a
absurdos 100 m/s o que equivale a 360 km/h (GUYTON; EDWARD, 2011).

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INTRODUÇÃO AO SISTEMA NERVOSO │ UNIDADE I

<https://www.youtube.com/watch?v=L8iyE5sud_Q>.

Divisão anatômica do sistema nervoso


O sistema nervoso é dividido em:

»» Sistema Nervoso Central.

»» Sistema Nervoso Periférico.

O sistema nervoso central possui o maior número de neurônios do corpo humano e está
protegido pelos ossos do crânio e coluna vertebral. É responsável por quase todas as
atividades do corpo. O sistema nervoso central SNC é dividido em (figura 8):

Figura 8.
CÉREBRO

ENCÉFALO MESENCÉFALO

TRONCO CEREBRAL PONTE

SNC BULBO

MEDULA ESPINAL

Fonte: Próprio autor.

O sistema nervo central (SNC) é composto pelos órgãos que compõem o encéfalo e medula
espinal. O encéfalo corresponde ao cérebro, cerebelo, tronco cerebral (mesencéfalo,
ponte e bulbo). Esses órgãos monitoram e controlam quase todas as funções do corpo
humano tais como a respiração, os batimentos cardíacos e a pressão arterial.

O sistema nervoso periférico (SNP) é a parte do sistema nervo que não tem a proteção
óssea. É importante ressaltar que nessa região não existem corpos de neurônio com
única exceção. Essa parte está espalhada por todo o corpo e é responsável por levar
a informação eferente até os músculos e trazer a informação aferente até o cérebro.
(DÂNGELO; FATTINI, 2000).

O sistema nervoso periférico SNP é dividido em (figura 9):

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UNIDADE I │ INTRODUÇÃO AO SISTEMA NERVOSO

Figura 9.
TERMINAÇÕES NERVOSAS

SNP NERVOS (12 pares cranianos e 31 pares espinhais)

GÂNGLIOS (acúmulo de corpos de neurônios fora do SNC)

Fonte: Próprio autor.

As terminações nervosas são os sensores do corpo humano e estão espalhadas por todo
corpo. São divididas em formas e funções variadas e têm importância na captação de
estímulos térmicos, como calor e frio, mas também captam pressão (na pele), sabor
dos alimentos, a luz e cheiro do ambiente entre outras. Afirmamos anteriormente que
não existem soma (corpos de neurônio) fora do SNC, sendo que a única exceção são os
gânglios. Por isso, a definição de gânglio é: aglomerado de somas (corpos de neurônio)
fora do SNC. Os nervos são filamentos de axônios e dendritos que enviam os impulsos
elétricos do SNC ao SNP e vice e versa (DÂNGELO; FATTINI, 2000).

Substância cinza

A substância cinza do SNC é caracterizada pela presença de corpos de neurônio. No


cérebro, essa substância é formada pelos corpos de neurônio e estão presentes na
periferia do cérebro em uma região denominada córtex cerebral. A palavra córtex é
originária do latim e significa casca de árvore ou capa. Então, os corpos de neurônio
estão na capa do cérebro. Na medula, essa ordem se inverte: a substância cinza passa a
se concentrar na parte central dando origem ao que se conhece por H medular pela sua
semelhança com a letra (SLEUTJES, 2006).

Figura 10. Imagem ilustra a substância cinza no córtex e a substância branca subcortical.

Fonte: <https://waitbutwhy.com/2017/04/neuralink.html/brain-white-matter-grey-matter-cross-section>. Acesso em: 30/7/2018.

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INTRODUÇÃO AO SISTEMA NERVOSO │ UNIDADE I

Substância branca

A figura 10 mostra a presença de massa cinzenta na superfície do cérebro (córtex


cerebral) e a presença da massa branca na área abaixo do córtex (subcortical). Essa área
se mostra com a tonalidade mais clara pela alta concentração de axônios mielinizados.
Sabemos que a bainha de mielina é composta por gordura, daí a característica branca
dessa parte do cérebro (SLEUTJES, 2006).

Glia

Há uma estreita relação entre os neurônios do SNC e do SNP com células da glia ou
neuroglia. A proporção de células da glia é de uma para cada neurônio. São responsáveis
por nutrir e reparar o neurônio, uma vez que este neurônio não se regenera sozinho.
Destacamos 3 tipos de células da glia:

»» Oligodendrócitos.

»» Schwann.

»» Astrócito.

No sistema nervoso central SNC, as células da glia responsáveis por produzir e reparar
a bainha de mielina. São os oligodendrócitos.

Figura 11. Oligodendrócito produzindo a bainha de mielina um oligodendrócido pode atuar sobre mais de um
neurônio.

Fonte: Próprio autor.

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UNIDADE I │ INTRODUÇÃO AO SISTEMA NERVOSO

Os axônios do SNP são nutridos e protegidos pelas células de Schwann. Estas células
são responsáveis por produzir e reparar a bainha de mielina destes axônios.

Cada célula da glia só é capaz de reparar a bainha de mielina de um único neurônio e


isso as difere dos oligidendrócitos.

Figura 12. Célula de Schwann produzindo a bainha de mielina.

Fonte: Próprio autor.

1. Bainha de mielina.

2. Nódulo de Ranvier.

3. Célula de Schwann.

Os astrócitos recebem este nome pela sua semelhança com uma estrela. Este tem a função
de nutrir e dar sustentação aos neurônios. Existem dois tipos de astrócitos; astrócitos
protoplasmáticos e astrócitos fibrosos. Os astrócitos protoplasmáticos concentram-
se na massa cinzenta e os astrócitos fibrosos concentram-se na massa branca. Estão
ligados aos vasos e capilares sanguíneos pelos pés vasculares, por isso são importantes
na formação da barreira hematoencefálica (GUYTON; EDWARD, 2011).

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INTRODUÇÃO AO SISTEMA NERVOSO │ UNIDADE I

Figura 13. Imagem ilustra pé de astrócito.

Fonte: Próprio autor.

1. Bainha de mielina.

2. Nódulo de Ranvier.

3. Astrócito.

4. Vaso sanguíneo.

O cérebro humano tem cerca de 86 bilhões de neurônios.

Os neurônios são divididos em multipolar, pseudounipolar e bipolar.

A bainha de mielina reveste o axônio dos neurônios.

A bainha de mielina aumenta a velocidade de condução da eletricidade.

Os corpos de neurônio ou soma estão concentrados no córtex cerebral (massa


cinzenta).

Os axônios mielinizados do SNC formam a massa branca.

Dividimos as células da glia em: Células de Schwann, oligodendrócito e astrócito.

As células da glia auxiliam os neurônios em suas funções.

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UNIDADE I │ INTRODUÇÃO AO SISTEMA NERVOSO

Definição de sinapse
A palavra sinapse vem do grego e quer dizer beijo. É o ponto de contato entre 2 neurônios
ou entre um neurônio e um músculo. Baseando-se na metáfora de que um axônio se
comporta como um fio de cobre e a função do fio é transmitir eletricidade. Para realizar
instalações acessórias em sua casa, por exemplo, deve-se conectar ao outro fio e apenas
o contato entre os fios basta para a corrente elétrica passar. No circuito neurológico, isso
não acontece, pois os neurônios não precisam se encostar para que a eletricidade passe.
Entre os neurônios existe um espaço em que diversas substâncias químicas promovem a
comunicação entre eles, são os neurotransmissores. Estes neurotransmissores migram
de um neurônio ao outro ativando o neurônio e assim passando a informação entre
eles. À medida que o neurônio recebe o neurotransmissor, ele produz a mesma carga
elétrica e a informação se propaga ao longo de seu axônio (GUYTON; EDWARD, 2011).

Figura 14. Neurotransmissores na fenda sináptica.

Fonte: Próprio autor sinapse.

A carga percorre o axônio do neurônio até chegar à terminação neuronal conhecida


por botão terminal. Quando chega até a extremidade do neurônio, esta eletricidade
abre os canais para a entrada de cálcio. O cálcio ativa as vesículas que guardam o
neurotransmissor. As vesículas liberam os neurotransmissores na fenda sináptica. Esses
neurotransmissores provocam a despolarização e a produção do potencial elétrico no
neurônio pós-sináptico.

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INTRODUÇÃO AO SISTEMA NERVOSO │ UNIDADE I

Figura 15.

Fonte: Próprio autor.

Passo a passo da comunicação entre os neurônios. A corrente elétrica chega até o botão
terminal (1) e ativa a entrada cálcio. O cálcio (2) ativa as vesículas (3) que liberam os
neurotransmissores no interior da fenda sináptica para se ligar com o neurônio pós-
sináptico e produzir novo potencial de ação

A acetilcolina é o neurotransmissor mais abundante no corpo humano e tem


função excitatória, ou seja, promovem a ativação do neurônio pós-sináptico.

A noradrenalina é um neurotransmissor envolvido nos mecanismos do sono.


Todos os neurônios noradrenérgicos estão localizados na formação reticular do
bulbo e da ponte.

Os neurônios dopaminérgicos atuam por dopamina. Esses se localizam


especialmente no mesencéfalo.

Os neurônios que atuam por serotonina têm relação com a analgesia e regulação
do sono e humor.

Sistema nervoso somático

Esta é a parte consciente do sistema nervoso e alguns autores chamam de sistema


nervoso da vida de relação. Tudo que acontece aqui é consciente. Este sistema
possui neurônios de sensibilidade (aferentes) e neurônios de movimentação (eferentes).
Os neurônios aferentes estão relacionados à toda sensibilidade do corpo como o tato
(sensibilidade consciente). Quando nos machucamos, sentimos dor e estes sinais estão
sendo processados pela parte consciente do sistema nervoso, chamados de SN Somático
(MACHADO, 2005).

21
UNIDADE I │ INTRODUÇÃO AO SISTEMA NERVOSO

O SN Somático também é formado por neurônios eferentes e se destinam aos músculos


estriados esqueléticos. Sua função está relacionada com controle dos movimentos
voluntários. Ao levar a mão para coçar a orelha ou o nariz, você realizou um movimento
voluntário. Essa ação foi processada pelos neurônios eferentes do SN Somático
(MACHADO, 2005).

Sistema Nervoso Visceral

O Sistema Nervoso Visceral ou sistema nervoso da vida vegetativa como


também, como também é conhecido, está relacionado com a inervação e controle
das estruturas viscerais (órgãos internos). O que acontece aqui é percebido de forma
inconsciente, ou seja, sua atividade não tem relação com a nossa vontade. O SN Visceral
tem relação com o funcionamento dos órgãos internos e possui neurônios sensitivos,
aferentes (visceroceptores) e neurônios motores, eferentes que atuam sobre músculo
liso, cardíaco e glândulas (MACHADO, 2005).

É muito importante para a integração das diversas vísceras no sentido da manutenção


do funcionamento dentro dos limites. Assim como no sistema nervoso da vida de
relação, distinguimos no sistema nervoso visceral uma parte aferente e outra eferente.
O componente aferente conduz os impulsos nervosos originados com receptores das
vísceras (visceroceptores) a áreas específicas do sistema nervoso. O componente eferente
leva os impulsos originados em certos centros nervosos até as vísceras (MACHADO,
2005).

Somente os neurônios eferentes (motores) do Sistema Nervoso Visceral formam o SN


Autônomo.

O SN Autônomo é dividido em SNA Simpático e SNA Parassimpático. De uma forma


bem simplista, diz-se que o SNA simpático tem ação antagônica com a ação do SNA
parassimpático em um órgão específico. Esta afirmação pode ser empregada em todos
os casos como nas glândulas salivares em que ambos aumentam a secreção. Além
disso, vale ressaltar que os dois sistemas, apesar de, na maioria dos casos, terem
ações contrárias, colaboram e trabalham harmonicamente no controle das atividades
viscerais, adequando o funcionamento de cada órgão às diversas situações a que é
submetido o organismo (DUARTE, 2009).

Sistema nervoso autônomo simpático

O SNA simpático atua nas vísceras (órgãos internos) em situações de emergências. Ao


levar um susto ou passar por uma situação de perigo, a frequência cardíaca se eleva
assim como a frequência respiratória. Esse efeito fisiológico permite um maior aporte

22
INTRODUÇÃO AO SISTEMA NERVOSO │ UNIDADE I

de oxigênio e nutrientes, principalmente para os músculos esqueléticos, preparando-os


para enfrentar o perigo ou simplesmente sair correndo. Com esse mecanismo, é mais
fácil encarar o problema de uma forma ou de outra (DUARTE, 2009).

Sistema nervoso autônomo parassimpático

O SNA parassimpático atua nas vísceras (órgãos internos) no sentido do funcionamento


dentro dos limites normais (homeostase). Passado o susto, os batimentos cardíacos
normalizam e a frequência respiratória diminui.

Lopes (2002) apresenta uma sequência de atividades simpáticas e parassimpáticas.


Como se vê abaixo.

No SNA Simpático, no período de emergência:

»» a pupila dilata;

»» os brônquios dilatam;

»» o aparelho digestório é inibido;

»» a bexiga tem seu músculo relaxado.

Estas ações ocorrem pela ação do SNA Simpático.

Opostamente, no SNA Parassimpático período de calma:

»» contrai a pupila;

»» contraem os brônquios;

»» aciona o aparelho digestório;

»» contrai a bexiga.

A pupila é uma forma fácil de visualizar a ação de simpático e parassimpático. Faça o


teste, olhando em um espelho, desligue a luz e em seguida ligue-a novamente. Verá que,
com pouca luz, há a dilatação da pupila sob controle do SNA Simpático, com muita luz
há a contração da pupila sob controle do SNA Parassimpático. Esse método permite
visualizar de maneira prática a ativação antagonista simpática e parassimpática
(DUARTE, 2009).

23
UNIDADE I │ INTRODUÇÃO AO SISTEMA NERVOSO

Telencéfalo

Sabemos que o Sistema Nervoso inicia no 21o dia de vida intrauterina e que o cérebro
se forma a partir das vesículas primordiais prosencéfalo e telencéfalo. O telencéfalo
é composto por 2 hemisférios, o direito e o esquerdo, divididos por um sulco fundo
denominado fissura longitudinal (local onde encontramos a foice do cérebro). É divido
em regiões denominadas Lobos e apresenta um aspecto de massa contorcida. O aspecto
contorcido do cérebro corresponde aos giros cerebrais. Estima-se que o cérebro adquiriu
essa forma durante a evolução e que tem o tamanho e forma atual a cerca de 30mil
anos. Durante a evolução, o cérebro precisava comportar mais neurônios em seu tecido,
porém, era impedido de expandir devido ao arranjo forte dos ossos que o protege, então,
a única alternativa foi criar as circunvoluções os (giros cerebrais) (MACHADO, 2005).

Figura 16. Disposição dos neurônios na superfície do cérebro.

Fonte: Próprio autor.

Figura 17. Disposição dos neurônios acompanhando as circunvoluções cerebrais.

Fonte: Próprio autor.

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INTRODUÇÃO AO SISTEMA NERVOSO │ UNIDADE I

Sleutjes (2006) fez uma analogia entre a evolução do cérebro com uma folha de papel.
Se a folha estiver esticada, tem-se uma superfície ampla, se for amassada, reduz-se o
tamanho da folha, porém cabe a mesma quantidade de palavras escritas. Dessa forma,
foram formados os giros e sulcos.
Observe que as figuras 16 e 17 possuem quase o mesmo espaço, entretanto, a figura 17
armazena quase o dobro de neurônios da figura 16. Esse fenômeno permitiu a evolução
cerebral humana sem a necessidade de aumento por parte da caixa craniana.

Sulcos cerebrais

Os sulcos são as depressões da superfície cerebral e têm a função de delimitar os giros


e os lobos. Os principais sulcos cerebrais são:

1. sulco central;

2. sulco lateral;

3. sulco parieto-occipital.

A parte do cérebro que está à frente do sulco central é predominantemente motora


(eferente).

A parte do cérebro que está a traz do sulco central é predominantemente sensitiva


(aferente).

O sulco central é importante ponto de referência e separa o lobo frontal do lobo parietal.

O sulco lateral separa o lobo temporal dos lobos parietal e occipital.

O sulco parieto-occipital separa o lobo parietal do lobo occipital (só é visto por dentro).

Figura 18. Principais sulcos cerebrais.

Fonte: adaptado de: <https://www.youtube.com/watch?v=vN0z4gCpeL0>. Acesso em: 30/7/2018.

25
UNIDADE I │ INTRODUÇÃO AO SISTEMA NERVOSO

Giros cerebrais

Os giros cerebrais também são conhecidos por circunvoluções e correspondem às


curvas da massa cerebral. Na comparação com a folha de papel feita anteriormente, os
giros representam a superfície do papel amaçado os sulcos representam as fendas na
superfície do papel.

Figura 19. Giros separados pelo sulco central.

Fonte: Adaptado de: <https://www.youtube.com/watch?v=vN0z4gCpeL0>. Acesso em: 30/7/2018.

Paralelo ao sulco central, tem-se os giros pré e pós-central. Estes giros são responsáveis
pelos movimentos voluntários e sensibilidade geral do corpo.

Lobos cerebrais

A superfície do cérebro é dividida em lobos seguindo os ossos do crânio:

1. Lobo Frontal.

2. Lobo Parietal.

3. Lobo Occipital.

4. Lobo Temporal.

5. Lobo da ínsula.

»» O lobo frontal localiza-se na porção anterior do cérebro e tem grande


importância nos movimentos voluntários, personalidade, memória,
emoção, raciocínio lógico, planejamento, comunicação verbal (fala),
pensamentos e sonhos.

26
INTRODUÇÃO AO SISTEMA NERVOSO │ UNIDADE I

»» O lobo parietal, que vem logo atrás do sulco central, localiza-se na


porção superolateral do cérebro e é importante na sensibilidade (área
somestésica), responsável pelos estímulos sensitivos do corpo.

»» O lobo occipital localiza-se na porção posterior dos hemisférios cerebrais


superiormente ao cerebelo. É responsável exclusivamente pelo sentido
da visão.

»» O lobo temporal, localizado abaixo do lobo parietal e atrás da porção


posterior do lobo frontal, é responsável pelo sentido da audição e
armazenar experiências auditivas, memória e compreensão da fala.

»» O lobo da ínsula não tem relação com os ossos do crânio. Seu nome refere-
se ao fato de estar isolado (ilhado). Localiza-se atrás dos lobos frontal,
parietal e temporal, profundamente ao sulco lateral. Tem importância
nas emoções e interpretação do sentido do paladar.

Figura 20. Lobos cerebrais.

Fonte: Adaptado de: <https://www.youtube.com/watch?v=vN0z4gCpeL0>. Acesso em: 30/7/2018.

Corpo caloso

É a maior das comissuras inter-hemisféricas e formado por muitas fibras mielínicas


que cruzam o plano mediano e penetram de cada lado na massa branca do cérebro,
unindo áreas simétricas do córtex cerebral de cada hemisfério (MACHADO, 2005).

Destacam-se no corpo caloso:

1. Rostro do corpo caloso.

27
UNIDADE I │ INTRODUÇÃO AO SISTEMA NERVOSO

2. Joelho do corpo caloso.

3. Tronco do corpo caloso.

4. Esplênio do corpo caloso.

Figura 21. Divisão anatômica do corpo caloso.

Fonte: Adaptado de: <https://www.youtube.com/watch?v=XmrphOOqB30>. Acesso em: 30/7/2018.

Hipocampo

Corresponde à parte inferior do fórnix que se projeta lateralmente no lobo temporal.


Situa-se inferior ao núcleo caudado e posterior à amígdala. O hipocampo liga-se às
pernas do fórnix por um feixe de fibras situadas ao longo de sua borda medial (fímbria
do hipocampo). É uma área onde se armazena a memória, embora haja divergência
sobre o tipo de memória armazenada (de curto ou longo prazo) (MACHADO, 2005).

Figura 22. Divisão anatômica do hipocampo.

Fonte: Adaptado de: <https://www.youtube.com/watch?v=XmrphOOqB30>. Acesso em: 30/7/2018.

A imagem ilustra a divisão anatômica do hipocampo

28
INTRODUÇÃO AO SISTEMA NERVOSO │ UNIDADE I

1. Cabeça do hipocampo.

2. Corpo do hipocampo.

3. Fímbria do hipocampo.

O nome hipocampo refere-se ao fato de se assemelhar com o cavalo marinho.

Fórnix

Fórnix é um feixe eferente da formação hipocampal que se dirige para os corpos


mamilares. Liga o hipocampo aos núcleos mamilares (ROPPER et al. 2005).

Figura 23. Divisão anatômica do fórnix.

Fonte: Adaptado de: <https://www.youtube.com/watch?v=XmrphOOqB30>. Acesso em: 30/7/2018.

1. Corpo mamilar.

2. Fórnix.

Núcleos da base

Já foi mencionado que a massa cinza do cérebro é composta por corpos de neurônio
e que a massa branca por axônios mielinizados. Foi dito também que a massa cinza
ocupa a superfície e a massa branca apresenta-se na parte central do cérebro. Porém,
existem no interior da massa branca pontos de massa cinza. Significa então que existem
aglomerados de corpos de neurônio no interior da massa branca. Esses aglomerados são
conhecidos por núcleos da base. São centros de associação da motricidade involuntária
(movimentos extrapiramidais) (ROPPER et al. 2005).

29
UNIDADE I │ INTRODUÇÃO AO SISTEMA NERVOSO

Formam os núcleos da base:

»» Núcleo caudado.

»» Globos pálidos.

»» Putame.

»» Claustro.

»» Amígdala

»» Núcleo accumbens.

»» Núcleo basal de Meynert.

Os globos pálidos e o putame formam o núcleo lentiforme.

A associação do núcleo caudado com o núcleo lentiforme é conhecida por corpo


estriado. Os núcleos da base, também são chamados impropriamente de gânglios da
base (ROPPER et al. 2005).

Núcleo caudado

É uma massa alongada e bastante volumosa de substância cinza relacionada em toda a


sua extensão com os ventrículos laterais.

Destaca-se no núcleo caudado:

1. Cabeça do núcleo caudado.

2. Corpo do núcleo caudado.

3. Cauda do núcleo caudado.

4. Putame.

30
INTRODUÇÃO AO SISTEMA NERVOSO │ UNIDADE I

Figura 24. O núcleo caudado. Vejam o aspecto estriado entre o núcleo caudado e o putame (corpo estriado).

Fonte: Adaptado de: <https://www.youtube.com/watch?v=vN0z4gCpeL0>. Acesso em: 30/7/2018.

O putame está conectado ao núcleo caudado pelo corpo estriado.

Globos pálidos

Os globos pálidos se localizam medialmente ao putame e lateralmente ao tálamo,


estando separado deste pela cápsula interna (ROPPER et al. 2005).

Figura 25. O número 1 representa os globos pálidos lateralmente ao tálamo.

Fonte: Adaptado de: <https://www.youtube.com/watch?v=vN0z4gCpeL0>. Acesso em: 30/7/2018.

31
UNIDADE I │ INTRODUÇÃO AO SISTEMA NERVOSO

Claustro

Claustro é um filete de substância cinzenta entre o lobo insular e o putame. Vale ressaltar
que entre o claustro e o putame, localiza-se a cápsula externa (ROPPER et al. 2005).

Figura 26. O número 1 representa o claustro posicionado lateralmente ao putame.

Fonte: Adaptado de: <https://www.youtube.com/watch?v=vN0z4gCpeL0>. Acesso em: 30/7/2018.

Amígdala

A amígdala localiza-se imediatamente anterior à cabeça do hipocampo e constitui a


parede anterior do lobo temporal. Superiormente, a amígdala continua com a base do
globo pálido. Tem influência sobre o sistema límbico (ROPPER et al. 2005).

Figura 27. Marcado com a letra A a amígdala tem importância no comportamento sexual e agressividade.

Fonte: Adaptado de: <https://www.youtube.com/watch?v=vN0z4gCpeL0>. Acesso em: 30/7/2018.

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INTRODUÇÃO AO SISTEMA NERVOSO │ UNIDADE I

Núcleo accumbens

Massa de substância cinzenta situada na zona de união entre o putame e a cabeça do


núcleo caudado. Essa região é tratada por alguns autores por corpo estriado ventral.

Figura 28. Núcleo accumbens representado pelo círculo com o número 1.

Fonte: Adaptado de: <https://www.youtube.com/watch?v=vN0z4gCpeL0>. Acesso em: 30/7/2018.

33
TRONCO
ENCEFÁLICO E UNIDADE II
VASCULARIZAÇÃO

CAPÍTULO 1
Organização e origem

Antes de iniciarmos o estudo do tronco encefálico, faremos algumas referências


ao diencéfalo. O diencéfalo é a vesícula primordial formada na 6ª semana de vida
intrauterina a partir da vesícula prosencéfalo. Essa vesícula dá origem ao tálamo e ao
hipotálamo.

Tálamo
Os talamos são duas massas volumosas compostas de corpos de neurônios de formato
elipsoide, dispostas uma de cada lado, na porção laterodorsal do diencéfalo. Estão unidas
pela aderência intertalâmica e sua função é de retransmitir os sinais de sensibilidade
para as áreas de processamento (DUARTE, 2009).

Figura 29. Tálamo.

Fonte: Adaptado de: <https://www.youtube.com/watch?v=vN0z4gCpeL0>. Acesso em: 30/7/2018.

34
TRONCO ENCEFÁLICO E VASCULARIZAÇÃO │ UNIDADE II

Hipotálamo

O hipotálamo é uma área pequena do diencéfalo posicionada logo abaixo do tálamo.


Tem importância no controle da atividade visceral (DUARTE, 2009).

O hipotálamo, participa do controle de sono e vigília, sistema imunológico, controle da


fome, saciedade, temperatura, memória entre outras.

Figura 30. O número 1 evidencia a região de hipotálamo.

Fonte: Adaptado de: <https://www.youtube.com/watch?v=vN0z4gCpeL0>. Acesso em: 30/7/2018.

Mesencéfalo

É a última parte do tronco encefálico e está situado acima da ponte, abaixo do diencéfalo
e anterior ao cerebelo. É uma região que une estruturas pares (diencéfalo e telencéfalo)
a estruturas ímpares (tronco encefálico). Tem importantes funções nos movimentos
voluntários, mas também participa da sensibilidade e formação reticular.

O mesencéfalo é a segunda das 3 vesículas primordiais e se origina na 5ª semana


pós-concepção. Tem importância nos movimentos do corpo, movimento dos olhos,
sensibilidade e sistema reticular ativador ascendente (DUARTE, 2009).

35
UNIDADE II │ TRONCO ENCEFÁLICO E VASCULARIZAÇÃO

Figura 31. O número 1 corresponde ao mesencéfalo em corte sagital do mesencéfalo, emergem os pares lll e lV

de nervos cranianos.

Fonte: Adaptado de: <https://www.youtube.com/watch?v=vN0z4gCpeL0>. Acesso em: 30/7/2018.

Ponte

É a parte do tronco encefálico situada na frente do cerebelo, acima do bulbo e debaixo


do mesencéfalo. Tem origem embrionária na 5ª semana pós-concepção por meio das
vesículas rombencéfalo e metencéfalo. A ponte mantém contato anteriormente com a
sela túrsica do osso esfenoide. Da ponte emergem os pares V, Vl, Vll e Vlll dos nervos
cranianos. Portanto, tem importância nos movimentos, sensibilidade e sistema reticular
ativador ascendente (DUARTE, 2009).

Entre a ponte e o cerebelo localiza-se o lV ventrículo.

Figura 32.

Fonte: Adaptado de: <https://www.youtube.com/watch?v=vN0z4gCpeL0>. Acesso em: 30/7/2018.

36
TRONCO ENCEFÁLICO E VASCULARIZAÇÃO │ UNIDADE II

Bulbo (medula oblonga)

É a parte do tronco encefálico interposto ente a medula espinal e a ponte, já situado no


interior do crânio. Tem origem embrionária nas 5ª semana pós-concepção através das
vesículas rombencéfalo e mielencéfalo. Tem o formato de cone e sua porção inferior
está diretamente ligada à medula espinal.

Do bulbo emergem os pares lX, X Xl e Xll de nervos cranianos. Tem importância na


movimentação voluntária (movimentos piramidais) cujas fibras atravessam a pirâmide
bulbar. É o centro controlador da respiração (SLEUTJES, 2006).

Figura 33. A imagem evidencia o bulbo num corte sagital. O número 1 evidencia o bulbo.

Fonte: Adaptado de: <https://www.youtube.com/watch?v=vN0z4gCpeL0>. Acesso em: 30/7/2018.

Cerebelo

É uma formação nervosa volumosa situada atrás do bulbo e da ponte entrando na


constituição do teto do quarto ventrículo com importante função no equilíbrio e
controle dos movimentos voluntários regulando o tônus muscular. Repousa sobre a
fossa cerebelar do osso occipital e está separada do mesmo osso pela prega da meninge
dura-máter denominada tenda do cerebelo. No cerebelo, encontramos os neurônios de
Purkinje (SLEUTJES, 2006).

37
UNIDADE II │ TRONCO ENCEFÁLICO E VASCULARIZAÇÃO

Figura 34.

Fonte: <http://what-when-how.com/neuroscience/the-cerebellum-motor-systems-part-1/>.

1. Lobo anterior.

2. Lobo posterior.

3. Lobo floculonuclear.

Vascularização
Embora faça parte do sistema circulatório, julgamos necessários alguns comentários
sobre a vascularização do encéfalo. Essas informações serão importantes na
compreensão de doenças vasculares relacionadas, bem como a área de irrigação dessas
artérias. O trajeto arterial cerebral, denominado polígono de Willis, foi descoberto pelo
anatomista inglês Thomas Willis (1621-1673). Hoje, é conhecida por círculo arterial
cerebral. Tem grande importância por irrigar o tecido encefálico.

É constituído por ramos da artéria carótidas interna direita e carótida interna esquerda,
que por sua vez se originam no botão aórtico (E) e tronco braquiocefálico (D) (GUYTON;
EDWARD, 2011).

38
TRONCO ENCEFÁLICO E VASCULARIZAÇÃO │ UNIDADE II

Figura 35. Esquema do polígono de Willis.

Fonte: Adaptado de: <https://www.youtube.com/watch?v=2RJUS6heEC8>.

O número 1 corresponde à artéria comunicante anterior.

O número 2 corresponde à artéria cerebral anterior.

O número 3 corresponde à artéria comunicante posterior.

O número 4 corresponde à artéria cerebral posterior.

O conjunto de artérias tem a forma da figura geométrica denominada polígono.

Figura 36. Artérias cerebrais.

Fonte: Adaptado de: <https://www.youtube.com/watch?v=2RJUS6heEC8>. Acesso em: 30/7/2018.

O número 1 corresponde à artéria carótida interna migrando para o interior do crânio


pelo forame carotídeo localizado na margem lateral da fossa hipofisária da sela turca.

39
UNIDADE II │ TRONCO ENCEFÁLICO E VASCULARIZAÇÃO

Da artéria carótida, originam-se as artérias responsáveis por nutrir o encéfalo e que


irão formar o polígono de Willis (GUYTON; EDWARD, 2011).

O número 2 corresponde à artéria cerebral anterior. Ela tem a função de irrigar a região
anteromedial dos lobos frontal e parietal.

O número 3 corresponde à artéria cerebral média. Ela tem a função de irrigar a região
lateral dos lobos frontal e parietal, além do lobo temporal e núcleos da base.

O número 4 corresponde à artéria cerebral posterior. Ela tem a função de irrigar o lobo
occipital e a maior parte do tálamo.

O número 5 corresponde à artéria basilar que dará origem às artérias vertebrais.

A imagem a seguir mostra um mapa de delimitação dos territórios vasculares.

Num exame com corte no plano transversal (axial) observe os cornos anteriores e
posteriores dos ventrículos laterais.

São eles que servirão de referência para a delimitação desses territórios vasculares.

Figura 37. Mapa território vascular cerebral através de tomografia computadorizada com corte transversal utiliza-

se os cornos do dos ventrículos laterais para determinar a área de atuação das artérias vertebrais.

Fonte: Próprio autor.

40
TRONCO ENCEFÁLICO E VASCULARIZAÇÃO │ UNIDADE II

Barreira hematoencefálica
O conceito de barreira hematoencefálica (BHE) surgiu no final do século XIX, na
Alemanha, por meio de experimentos do cientista Paul Ehrlich, no qual, após injeções
de corantes azul de evans em animais tanto na circulação arterial como na venosa não
corava os órgãos cerebrais, diferente do que acontecia com todos os outros órgãos. Anos
depois, em 1913, Edwin Goldmann notou o fenômeno oposto injetando um corante
diretamente no fluído cerebroespinhal de animais, o qual manchou todo o SNC, porém,
nenhum dos órgãos periféricos foi atingido. No entanto, somente nos anos 1960 foi
repetida a experiência de Ehrlich e Goldmann ao nível ultraestrutural, por meio da
microscopia eletrônica, identificando os capilares do SNC e a célula endotelial como o
sítio da barreira hematoencefálica (DAVSON, 1976).

Vias liquóricas
O cérebro é composto não somente por células de suporte (células da glia) e neurônios,
mas por espaços preenchidos por um líquido chamado de cefalorraquidiano (líquor).
Este líquido é armazenado em espaços denominados cisternas e corre por fora, entre as
camadas que revestem o cérebro, o tronco cerebral, o cerebelo e a medula espinal (as
meninges), mas ele é produzido dentro do próprio cérebro, em cavidades denominadas
ventrículos.

Temos ao todo quatro ventrículos: dois ventrículos laterais, que são os maiores
e mais altos no cérebro, o 3o ventrículo, que é o intermediário em posição e menor
em tamanho, e o 4o ventrículo, localizado na parte mais baixa do encéfalo, no tronco
cerebral (DUARTE, 2009).

41
UNIDADE II │ TRONCO ENCEFÁLICO E VASCULARIZAÇÃO

Figura 38. Os números 1, 2 e 3 correspondem aos ventrículos laterais, 3o e 4o ventrículo respectivamente.

Fonte: Adaptado de: <https://www.youtube.com/watch?v=w_-EfoCyJFU&t=140s>. Acesso em: 31/7/2018.

Ventrículos laterais

São os maiores e estão próximos ao núcleo caudado e separadas por uma membrana
denominada septo pelúcido. São cavidades completamente fechadas, cuja capacidade
varia de indivíduo para outro e apresenta sempre uma parte central e três cornos que
correspondem aos 3 polos dos hemisférios (DUARTE, 2009).

As partes que se projetam nos lobos cerebrais são respectivamente:

»» Corno anterior (1).

»» Corno posterior (2).

»» Corno inferior (3).

»» Forame interventricular (4).

42
TRONCO ENCEFÁLICO E VASCULARIZAÇÃO │ UNIDADE II

Figura 39. Os ventrículos laterais se comunicam com o 3o ventrículo pelos 2 forames interventriculares (4).

Fonte: Adaptado de: <https://www.youtube.com/watch?v=w_-EfoCyJFU&t=140s>. Acesso em: 31/7/2018.

O líquor é produzido pelos plexos coroides dos ventrículos cerebrais. Como os


ventrículos laterais são maiores, são os maiores produtores de líquor. O líquor deve
se juntar ao líquor produzido nos outros ventrículos para deixar a parte interna do
cérebro. Distinguem-se os forames interventriculares (4) que ligam os laterais ao 3o
ventrículo (GUYTON; EDWARD, 2011).

3o ventrículo

É o ventrículo intermediário localizado superiormente ao mesencéfalo e se comunica com


os ventrículos laterais pelos forames interventriculares. Também produz líquor, mas em
quantidade reduzida. O líquor produzido nos ventrículos laterais, se junta ao produzido
no 3o ventrículo e vão em direção ao 4o ventrículo pelo aqueduto do mesencéfalo. Na
figura 39, o 3o ventrículo apresenta-se com um orifício central denominado aderência
intertalâmica. Esse espaço permite a comunicação entre os tálamos (ANZURES, 2009).

4o ventrículo

É o menor e mais inferior dos ventrículos cerebrais. Localiza-se posterior à ponte e


anterior ao cerebelo. Recebe o líquor dos ventrículos laterais e 3o ventrículo, através do
aqueduto do mesencéfalo e o envia à cisterna magna através dos forames de Luschka e
de Magendie (ANZURES, 2009).

Plexo coroide

A piamáter, que ocupa a fissura transversa do cérebro, penetra entre o fórnix e o tálamo,
empurra de cada lado o epêndima que reveste a cavidade ventricular, para constituir

43
UNIDADE II │ TRONCO ENCEFÁLICO E VASCULARIZAÇÃO

com ele o plexo coroide da parte central dos ventrículos laterais e 3o ventrículo. Na figura
39, apresta-se inferiormente ao 3o ventrículo, ligados pelo aqueduto do mesencéfalo
(GUYTON, EDWARD, 2011).

Líquor

Líquido cerebroespinhal, líquido cefalorraquidiano ou apenas líquor é cristalino e


incolor produzido pelos plexos coroides dos ventrículos cerebrais e circula nas cavidades
ventriculares e no espaço subaracnoideo. O seu volume é de 100 a 150ml, renovando-se
a cada 8 horas. As principais funções do líquor é a proteção mecânica. Este atua como
coxim. O líquido cerebrospinal é retirado por punção lombar geralmente entre L4 e L5
para diagnóstico de infecção, para injetar contraste radiológico, medicamentos ou para
exame laboratorial (GUYTON; EDWARD, 2011).

Figura 40. Os números 1, 2, 3 e 4 correspondem ao forame interventricular, aqueduto do mesencéfalo, forames

de Luschka e de Magendie e cisterna magna.

Fonte: Adaptado de: <https://www.youtube.com/watch?v=w_-EfoCyJFU&t=140s>. Acesso em: 31/7/2018.

Cisternas

Por definição, é o local onde se armazena água. Cisternas são produzidas em certos
locais para armazenar água coletada da chuva e reutilizada posteriormente sem custo.
Exemplo: no SNC, são cavidades subaracnoides com a função de armazenar o líquor
(ANZURES, 2009).

44
TRONCO ENCEFÁLICO E VASCULARIZAÇÃO │ UNIDADE II

As principais cisternas são:

»» Cisterna quiasmática: localiza-se a frente do quiasma óptico.

»» Cisterna interpeduncular: localiza-se anterior ao mesencéfalo na fossa


interpeduncular.

»» Cisterna pontinha: localiza-se afrente da ponte.

»» Cisterna magna: localiza-se inferior ao cerebelo e posterior ao bulbo.

»» Cisterna Ambiens: localiza-se posterior ao mesencéfalo e inferior ao


esplênio do corpo caloso.

»» Cisterna da fossa lateral do cérebro: é a depressão formada pelo sulco


lateral de cada hemisfério.

Figura 41. Os números 1, 2, 3, 4 e 5 correspondem às cisternas.

Fonte: Adaptado de: <https://www.youtube.com/watch?v=w_-EfoCyJFU&t=140s>. Acesso em: 31/7/2018.

Meninges

O sistema nervoso central está envolvido por membranas denominadas meninges, que,
por sua vez, está constituída de três lâminas:

»» A mais externa é a duramáter.


»» A intermédia é a aracnoide.
»» A interna é a piamáter

45
UNIDADE II │ TRONCO ENCEFÁLICO E VASCULARIZAÇÃO

Dura-máter

O nome máter significa mãe, pelo instinto protetor, batizaram as meninges de máter
pela sua proteção ao SNC. A dura-máter é a meninge mais externa e espessa. No crânio,
está em contato direto com a tábua óssea (DÂNGELO; FATTINI, 2000).

Figura 42. Meninge dura-máter é a mais espessa.

Fonte: Adaptado de: <https://www.youtube.com/watch?v=CEigAv_TgPo>. Acesso em: 31/7/2018.

Aracnoide

A meninge intermediária que está diretamente ligada à piamáter com um espaço


conhecido por espaço subaracnoide, local onde percorre o líquor. Machado (2005)
considera como pertencendo a aracnoide as trabéculas que atravessam o espaço para
se ligar à piamáter e que são denominadas trabéculas aracnoides. Estas trabéculas
lembram, em aspecto, uma teia de aranha. O nome aracnoide é latino e significa;
semelhante à aranha.

46
TRONCO ENCEFÁLICO E VASCULARIZAÇÃO │ UNIDADE II

Figura 43. Meninge aracnoide é a intermediária.

Fonte: <https://www.youtube.com/watch?v=CEigAv_TgPo>. Acesso em: 31/7/2018.

Pia-máter

A meninge pia-máter está intimamente aderida ao tecido nervoso central, acompanhando


os relevos e depressões da superfície do cérebro e medula espinal (DÂNGELO; FATTINI,
2000).

Figura 44. Meninge pia-máter é a mais interna e fina.

Fonte: <https://www.youtube.com/watch?v=CEigAv_TgPo>. Acesso em: 31/7/2018.

Anestesias raquidianas
Entre as lâminas das meninges, existem espaços ocupados por plexos venosos e pelo
líquor.

47
UNIDADE II │ TRONCO ENCEFÁLICO E VASCULARIZAÇÃO

»» O espaço epidural (extradural ou peridural) está preenchido pelo plexo


venoso vertebral interno e localiza-se entre o canal vertebral e a dura-máter.

»» O espaço subdural situa-se entre a dura-máter e a aracnoide. Nesse espaço


encontramos apenas líquido que lubrifica as lâminas das meninges.

»» O espaço subaracnóideo situa-se entre a aracnoide e a pia-máter. Esse é


o espaço mais importante entre as meninges pelo fato de ser preenchido
pelo líquor.

Anestesia peridural
Também chamada anestesia epidural, baseia-se na aplicação de medicamento anestésico
em um espaço virtual entre o ligamento amarelo e a meninge dura-máter. Nesse caso, o
medicamento deve ser aplicado sobre a meninge dura-máter (MACHADO, 2005).

Anestesia subaracnoide
Consiste na aplicação de medicamento anestésico no espaço subaracnóideo.

Figura 45.

Fonte: Adaptado de: <http://www.newkidscenter.com/Difference-Between-Epidural-And-Spinal-Block.html


anestesiasraquidianas>. Acesso em: 31/7/2018.

1. Medula espinal.

2. Espaço peridural.

3. Anestesia peridural.

48
TRONCO ENCEFÁLICO E VASCULARIZAÇÃO │ UNIDADE II

4. Anestesia subaracnoide.

5. Espaço subaracnoide.

Medula espinal
A medula espinal é uma massa cilíndrica de tecido nervoso, situada dentro do canal
vertebral. Inicia na altura da vértebra C1 e termina na altura da vértebra L2.

É a porção caudal do neuroeixo.

Localizada dentro do canal vertebral, porém, sem ocupá-lo totalmente. Está protegida
pela coluna vertebral e meninges.

Sua dimensão varia com o sexo: 45cm no homem e 42cm mulher.

Tem grande importância na inervação sensorial e motora, sendo a via de condução


dupla entre cérebro e corpo. Para uma boa compreensão desse tema, é importante um
mínimo de conhecimento sobre a coluna vertebral e suas divisões (LENT, 2005).

Num corte transversal da coluna, encontraremos uma inversão das massas comparadas
ao cérebro. O córtex cerebral é cinza devido à grande concentração de corpos de neurônio.
Na medula, os corpos de neurônio se concentram na parte central formando uma
estrutura com forma de borboleta e conhecido por H-medular devido sua semelhança
com a letra (DUARTE, 2009).

Figura 46. Corte transversal da medula espinal.

Fonte: Próprio autor.

49
UNIDADE II │ TRONCO ENCEFÁLICO E VASCULARIZAÇÃO

Embriologicamente, a medula espinal evolui menos que os ossos que a protegem, por
isso termina entre L1, L2 diferente do que ocorre no cérebro (DÂNGELO, FATTINI,
2000).

Componentes da medula espinal

Figura 47. Componentes da medula espinal num corte transversal.

Fonte: Próprio autor.

Observem as diferenças morfológicas entre a parte anterior e a parte posterior.

O H-medular apresenta-se dilatado na região anterior (3) da medula devido à


concentração de corpos de neurônio dessa região. Na região posterior apresenta-se
delgado pela baixa concentração de corpos de neurônio (1).

Só essa definição basta para compreendermos que os neurônios eferentes estão


concentrados na região anterior da medula e, portanto, seus axônios saem da medula
pelo corno anterior (3) formando as radículas anteriores, raízes anteriores e vão se ligar
aos músculos (SLEUTJES, 2006).

Em contrapartida, os neurônios aferentes entram na medula pelo corno posterior


formando as raízes posteriores e radículas posteriores. Os corpos de neurônios
sensitivos concentram-se fora da medula num lugar denominado gânglio, pela baixa
concentração de corpos de neurônio no corno posterior (1), esse se apresenta mais
delgado em relação ao corno anterior (SLEUTJES, 2006).

1. Corno posterior.

2. Corno lateral.

50
TRONCO ENCEFÁLICO E VASCULARIZAÇÃO │ UNIDADE II

3. Corno anterior.

4. Sulco mediano posterior.

5. Fissura mediana anterior.

6. Funículo posterior.

7. Funículo lateral.

8. Funículo anterior.

Divisão do H-medular

Como já mencionado, o corno anterior possui muitos corpos de neurônio motores e


o corno posterior possui corpos de neurônio sensitivos, o corno lateral possui corpos
de neurônio motores do SN Autônomo (controle visceral). Sobrou uma região central
representado pelo número (4) onde se encontra o canal central da medula. Esse espaço
é conhecido por comissura cinzenta e apresenta o cruzamento de fibras nervosas
(DANGELO; FATTINI, 2000).

Figura 48. Mapa do H-medular.

Fonte: Próprio autor.

Intumescência

A medula espinal se apresenta dilatada em duas regiões. Na região cervical devido


à conexão com o plexo braquial e na região lombar devido à conexão com o plexo
lombossacral. Essas dilatações são chamadas, respectivamente, de intumescência
cervical e intumescência lombar. A medula é dividida por pavimentos denominados
segmentos medulares. Nas regiões cervical e lombar, esses pavimentos são aumentados

51
UNIDADE II │ TRONCO ENCEFÁLICO E VASCULARIZAÇÃO

devido ao aumento de corpos de neurônios para controle dos membros superiores e


inferiores (DUARTE, 2009).

Esse aumento é evidente no estudo de osteologia. As vértebras cervicais e lombares


apresentam-se com forame vertebral mais alargado do que as vértebras torácicas.
A configuração da medula apresentada até aqui sofrerá alteração em função desse
aumento no número de neurônios (ANZURES, 2009).

Figura 49. Aumento no corno anterior da medula.

Fonte: Próprio autor.

Numa imagem lateral da medula, é possível visualizar as dilatações das intumescências


cervical e lombar provenientes do aumento na quantidade de corpos de neurônio nessas
regiões (ANZURES, 2009).

Figura 50. Intumescências cervical e lombar.

Fonte: Próprio autor.

52
TRONCO ENCEFÁLICO E VASCULARIZAÇÃO │ UNIDADE II

Filamento terminal

Filamento terminal é um fio de pia-máter que se forma no cone medular, atravessa o


saco dural onde é reforçado por dura-máter fixando a medula ao cóccix. Há autores
que acrescentam ao filamento terminal as duas raízes coccígeas não funcionantes
(ANZURES, 2009).

Tratos

Por definição, tratos são feixes de fibras nervosas (axônios) com origem, trajeto,
terminação e funções comuns e localizam-se no SNC. Diferentemente de nervos, os
tratos são formados por fibras com a mesma função e direção.

Os tratos são divididos em:

»» Motor.

»» Sensitivo.

Tratos motores (descendentes)

São feixes de axônios com trajeto descendente, ou seja, inicia no SNC e tem como
destino um órgão alvo como um músculo.

Os principais tratomotores são:

»» Trato corticoespinhal.

»» Trato corticonuclear.

»» Trato rubroespinhal.

O trato corticoespinhal é dividido em:

»» Trato corticoespinhal anterior.

»» Trato corticoespinhal lateral.

O trato corticoespinhal recebe esse nome pela sua origem no córtex cerebral, mais
precisamente nos córtex motores do lobo frontal. Contêm as fibras nervosas dos
neurônios motores corticais que não cruzaram de lado nas pirâmides do bulbo. É sabido
que os movimentos voluntários do corpo são contralaterais, ou seja, o comando parte
do lado oposto do cérebro. Isso acontece pela decussação de 90% dos axônios motores

53
UNIDADE II │ TRONCO ENCEFÁLICO E VASCULARIZAÇÃO

que invertem de lado nas pirâmides do bulbo. Esses axônios motores formam o trato
corticoespinhal lateral. Os 10% dos axônios que não se invertem no bulbo formam o
trato corticoespinhal anterior (CARPENTER, 1999).

Tratos corticoespinhal anterior

Tanto o trato corticoespinhal anterior quanto o trato corticoespinhal lateral têm a origem
no córtex cerebral (córtex motor e córtex pré-motor) e têm seu trajeto descendente,
passando pelo mesencéfalo, ponte, bulbo até chegar na medula espinal, onde farão
sinapse com os nêurônios de comando (neurônio motor inferior).

O trato corticoespinhal anterior não decussa nas pirâmides bulbares e corresponde


por cerca de 10% dos axônios motores. O cruzamento do trato corticoespinhal anterior
ocorrerá na medula espinal para ativar o neurônio motor inferior contralateral
(CARPENTER, 1999).

Veja o esquema:

Figura 51. Trato corticoespinhal anterior. A imagem evidencia o trajeto do trato corticoespinhal

anterior cruzando a medula espinal.

Fonte: Próprio autor.

O trato corticoespinhal anterior, assim como os demais tratos motores, iniciam no


córtex motor, porém, termina na região do tórax é corresponde ao comando voluntário
do esqueleto axial. Esses axônios se juntam e formam a coroa radiada. Esses axônios
tornam-se estreitos para passar num espaço denominado cápsula interna antes
de entrarem no tronco encefálico. A imagem acima mostra a comunicação com 4
neurônios motores localizados no tronco encefálico, mais precisamente no mesencéfalo
54
TRONCO ENCEFÁLICO E VASCULARIZAÇÃO │ UNIDADE II

(1 neurônio), na ponte (2 neurônios) e no bulbo (1 neurônio). Os neurônios motores


do tronco encefálico formam o trato corticonuclear, as fibras que descem chegam até
o bulbo. As que cruzam o bulbo formam o trato corticoespinhal lateral e as que não
cruzam o bulbo formam o trato corticoespinhal anterior (CARPENTER, 1999).

Figura 52. Decussação do trato corticoespinhal anterior na medula.

Fonte: Próprio autor.

1. Trato corticoespinhal anterior.

2. Comissura branca.

3. Neurônio motor inferior.

4. Trato corticoespinhal lateral.

5. Radículas motoras.

O trato corticoespinhal anterior (1) desce a medula pelo funículo anterior e cruza a
comissura branca (2) para ativar o neurônio motor inferior (3) do lado oposto. Desse
modo, os 10% de axônios que não cruzaram nas pirâmides bulbares cruzam a medula
espinal para comandar o lado contralateral. Com isso, é correto afirmar que 100%
do cérebro direito comanda os movimentos do lado esquerdo do corpo (GUYTON;
EDWARD, 2011).

Trato corticoespinhal lateral

O trato corticoespinhal lateral contêm as fibras nervosas dos neurônios motores


corticais que cruzaram de lado (decussaram) nas pirâmides do bulbo. Esse circuito é
mais importante que o anterior por ter mais axônios e por estar presente ao longo de
toda medula espinal. Tem a mesma origem que o trato corticoespinhal anterior e se

55
UNIDADE II │ TRONCO ENCEFÁLICO E VASCULARIZAÇÃO

separa na altura das pirâmides bulbares onde decussam para ter seu sentido caudal
pelo lado oposto da medula (GUYTON; EDWARD, 2011).

Veja o esquema:

Figura 53. Trato corticoespinhal lateral: a imagem evidencia o trajeto do trato corticoespinhal anterior decussando

na medula espinal.

Fonte: Próprio autor.

O trato corticoespinhal lateral (1) desce a medula pelo funículo lateral para ativar o
neurônio motor inferior (2) do lado oposto. Desse modo, os 90% de axônios que
cruzaram nas pirâmides bulbares irão comandar o lado contralateral. Com isso, é
correto afirmar que 100% do cérebro direito comanda os movimentos do lado esquerdo
do corpo (GUYTON; EDWARD, 2011).

56
TRONCO ENCEFÁLICO E VASCULARIZAÇÃO │ UNIDADE II

Figura 54. Trato corticoespinhal lateral.

Fonte: Próprio autor.

O trato corticoespinhal lateral é responsável pelo controle dos movimentos da porção


distal dos membros, principalmente os movimentos que exigem destreza.

Tratos corticonuclear

Têm a mesma origem dos tratos anteriores, porém, não decussam no bulbo e fazem
sinpases com os neurônios do tronco encefálico para formarem os nervos cranianos
responsáveis pelos movimentos da face e pescoço. A figura 52 mostra 4 neurônios
no tronco encefálico que formarão o trato corticonuclear e darão origem aos nervos
cranianos (DUARTE, 2009).

Tratos rubroespinhal

O trato rubroespinhal tem seu início no mesencéfalo onde decussam numa região
conhecida por tegmento do mesencéfalo e participa do controle motor dos músculos
distais dos membros, principalmente dos músculos flexores. Na medula, aparece
paralelo ao trato corticoespinhal lateral onde atua como auxiliar deste suavisando os
movimentos tornando-os mais coordenados (GUYTON; EDWARD, 2011).

57
UNIDADE II │ TRONCO ENCEFÁLICO E VASCULARIZAÇÃO

Figura 55. Trato rubroespinhal lateral.

Fonte: Próprio autor.

A imagem ilustra o trato rubroespinhal (1) próximo ao trato corticoespinhal lateral


(3). Este trato atua sobre o neurônio motor inferior (2) auxiliando no controle dos
movimentos distais dos membros, principalmente dos músculos flexores.

Figura 56. As estrelas no mesencéfalo simbolizam os tegmentos onde o trato rubroespinhal decussa.

Fonte: Próprio autor trato rubroespinhal.

Tratos sensitivos (ascendentes)

São feixes de axônios com trajeto ascendente, ou seja, inicia no SNP e tem como destino
o SNC. Os principais tratos sensitivos são:

»» Trato espinotalâmico anterior.

58
TRONCO ENCEFÁLICO E VASCULARIZAÇÃO │ UNIDADE II

»» Trato espinotalâmico lateral.

»» Trato espinocerebelar anterior.

»» Trato espinocerebelar lateral.

Tratos espinotalâmico anterior

O trato espinotalâmico anterior (4) é um conjunto de axônios sensitivos que levam os


sinais de tato protopático (tato não apurado) para a interpretação no córtex cerebral.
Os sinais são captados na superfície da pele por terminações nervosas específicas
(sensores) e transmitidas para o 2o neurônio sensitivo no corno posterior da medula
espinal. Esse neurônio cruza a comissura cinzenta e a comissura branca para formar, no
funículo anterior contralateral, o trato espinotalâmico anterior (4) (ANZURES, 2009).

Figura 57. Trato espinotalâmico anterior.

Fonte: Próprio autor.

O sinal sensitivo é produzido pela terminação nervosa na pele, passa pelo gânglio
sensitivo e penetra no corno posterior da medula espinal onde se comunica com o 2o
neurônio sensitivo numa região conhecida por substância gelatinosa. Após decussar
pela comissura cinzenta e comissura branca, os axônios do trato espinotalâmico anterior
têm seu trajeto cranial em direção ao órgão responsável pela retransmissão sensitiva, o
tálamo (GUYTON; EDWARD, 2011).

59
UNIDADE II │ TRONCO ENCEFÁLICO E VASCULARIZAÇÃO

Figura 58. Trato espinotalâmico anterior. A imagem evidencia o lemnisco espinhal entrando no tálamo.

Fonte: Próprio autor.

No tronco cerebral, mais ou menos na altura da ponte, o trato espinotalâmico anterior


se encontra com o trato espinotalâmico lateral e com os axônios sensitivos do nervo
trigêmeo para formar o lemnisco espinhal (1) antes de entrarem no tálamo para se
comunicar com o 3o neurônio sensitivo. Após a sinapse no tálamo, essa informação
protopática é enviada ao córtex pelo trato talamocortical passando pela cápsula interna
e coroa radiada até chegar ao córtex sensitivo do lobo parietal (ANZURES, 2009).

Tratos espinotalâmico lateral

O trato espinotalâmico lateral (4) é um conjunto de axônios sensitivos que levam os


sinais de dor e temperatura captados por todo o corpo para a interpretação no córtex
cerebral. Os sinais são captados na superfície da pele por terminações nervosas
específicas (sensores) e transmitidas para o 2o neurônio sensitivo (2) no corno posterior
da medula espinal. Esse neurônio cruza a comissura cinzenta e posterior a comissura
branca para formar, no funículo lateral, o trato espinotalâmico lateral (4) (ANZURES,
2009).

60
TRONCO ENCEFÁLICO E VASCULARIZAÇÃO │ UNIDADE II

Figura 59. Trato espinotalâmico lateral.

Fonte: Próprio autor.

O trato espinotalâmico chega até a ponte para se encontrar com o trato espinotalâmico
anterior e axônios do nervo trigêmeo para formar o lemnisco espinhal que seguirá
para o tálamo em uma região denominada núcleo ventroposterior lateral (VPL). Após
sinapse com o 3o neurônio sensitivo, o sinal é enviado ao córtex para interpretação da
sensação através do trato talamocortical.

Tratos sensitivos viscerais

São formados por um conjunto de axônios sensitivos que levam os sinais de posição
dos membros (propriocepção) inconsciente para a interpretação desses sinais, não no
córtex como de costume, mas sim no cerebelo. Daí o nome do trato espinocerebelar.
Para tal fenômeno, é necessário a presença de sensores localizados no ventre muscular
e na região miotendínea. Os neurônios pseudounipolares localizados nos gânglios
sensitivos conduzem os sinais de estiramento muscular ou tensão tendínea para o corno
posterior da medula passando pelo gânglio sensitivo, fazem sinapse com neurônios da
medula em 3 vias diferentes, porém, essas vias se encontrarão no cerebelo (GUYTON;
EDWARD, 2011).

São:

»» trato espinocerebelar anterior.

»» trato espinocerebelar posterior.

Tratos espinocerebelar anterior

O trato espinocerebelar anterior é formado por neurônios sensitivos que fazem sinapse
na comissura cinzenta da medula espinal e libera neurônios para os 2 lados da medula
formando o trato espinocerebelar (duplo) (ROPPER et al. 2005).

61
UNIDADE II │ TRONCO ENCEFÁLICO E VASCULARIZAÇÃO

Figura 60. Trato espinocerebelar anterior.

Fonte: Próprio autor.

Os neurônios desse trato cruzam a comissura branca da medula para formar o trato
espinocerebelar anterior contralateral e um trato espinocerebelar ipsilateral, esses
sobem por 2 vias paralelas com trajeto cranial para o cerebelo (ROPPER et al. 2005).

Tratos espinocerebelar posterior

O trato espinocerebelar posterior é formado por neurônios sensitivos que fazem sinapse
no corno posterior e o 2o neurônio sensitivo atravessa comissura branca da medula
espinal formando o trato espinocerebelar posterior (ROPPER et al. 2005).

Figura 61. Trato espinocerebelar anterior.

Fonte: Próprio autor.

Esse trato é contralateral, ou seja, localiza-se do lado oposto ao 1o neurônio sensitivo.


É sabido que esses tratos são ipsilaterais, então, os axônios descruzam para entrar do
mesmo lado no cerebelo (ROPPER et al. 2005).

São agrupamentos de corpos de neurônio fora do SNC.

62
TRONCO ENCEFÁLICO E VASCULARIZAÇÃO │ UNIDADE II

Os gânglios são divididos em:

»» gânglios sensitivos.

»» gânglios autônomos.

Gânglio sensitivo

Os gânglios sensitivos têm a forma oval e o tamanho proporcional à raiz dorsal na qual
se situam. Estão próximos ao forame intervertebral. São compostos por neurônios
pseudounipolares (aferentes). É correto afirmar que o corpo do primeiro neurônio
sensitivo está num gânglio embora sua terminação esteja na pele (CINGOLANI;
HOUSSAY, 2004).

Figura 62. Gânglio sensitivo.

Fonte: Próprio autor.

Os gânglios sensitivos formam a raiz dorsal da medula espinal. São em número 31 pares.

Gânglio autônomo

Os gânglios autônomos também têm a forma oval, porém, situam-se paralelos à coluna
vertebral (paravertebrais). São compostos por neurônios multipolares (eferentes) e seus
axônios ativam glândulas e músculo liso. São responsáveis pelo antagonismo simpático
e parassimpático (CINGOLANI; HOUSSAY, 2004).

63
UNIDADE II │ TRONCO ENCEFÁLICO E VASCULARIZAÇÃO

Figura 63. Em evidência os gânglios autônomos.

Fonte: Próprio autor.

Lembrem-se que apenas as fibras eferentes do SN Visceral formam o SN Autônomo que


por sua vez é dividido em: SNA Simpático e SNA parassimpático.

Por ter função exclusivamente motora, os gânglios autônomos são formados por
neurônios motores (multipolares).

64
SISTEMA UNIDADE III
RESPIRATÓRIO

CAPÍTULO 1
Órgão de condução de ar

Definição
O sistema respiratório é composto por órgãos responsáveis pela respiração, uma das
características vitais dos seres vivos e que proporciona o intercâmbio entre o ar e o
sangue constituindo a absorção de O² e a eliminação de CO². Também é importante
para a fonação e olfação (MARQUES2010).

Duarte (2009) sugere a divisão do sistema respiratório em 2 porções:

1. Porção de condução.

2. Porção de respiração.

Porção de condução
Marques (2010) diz que a porção de condução e formada por órgãos tubulares que
transportam o ar até os pulmões e vice-e-versa. Essa porção é constituída por:

»» Nariz.

»» Faringe.

»» Laringe.

»» Traqueia.

»» Brônquios.

»» Bronquíolos.

65
UNIDADE III │ SISTEMA RESPIRATÓRIO

Nariz

Localizado no plano mediano da face. Apresenta as seguintes estruturas:

»» Raiz: extremidade superior.

»» Base: extremidade inferior onde estão as narinas.

»» Ápice: ponto mais anterior da base.

»» Dorso: ligação entre a raiz e a base. É variável entre as pessoas.

Figura 64. Nariz externo.

Fonte: Próprio autor.

1. Raiz.

2. Dorso.

3. Ápice.

4. Base.

5. Narina.

Externamente, o nariz é constituído pelos ossos maxilares e nasais acompanhados por


uma cartilagem.

66
SISTEMA RESPIRATÓRIO │ UNIDADE III

Figura 65. Esqueleto da face.

Fonte: Próprio autor.

1. Maxila esquerda.

2. Ossos nasais.

*Abertura piriforme.

As fossas nasais formam a parte interna do nariz. Se comunicam com o meio externo
através de duas fendas denominadas narinas, dispostas uma de cada lado da base do
nariz. As fossas nasais são revestidas por mucosa e apresentam uma grande quantidade
de vasos sanguíneos para torná-la quente, sendo uma das funções do nariz (esquentar
o ar). A filtragem de macromoléculas e a umidificação são as outras funções do nariz.

Internamente, o nariz é formado pelo osso maxila, divididos em 2 cavidades pelo septo
nasal formado pela lâmina perpendicular do etmoide e osso vômer. O teto nasal é
formado pela lâmina crivosa local onde se encontra as ramificações do bulbo olfatório
(sensores de olfato). As coanas são o limite entre a cavidade nasal e a faringe.

67
UNIDADE III │ SISTEMA RESPIRATÓRIO

Figura 66. Nariz interno.

Fonte: Duarte (2009).

1. Bulbo olfatório.

2. Epitélio olfatório.

3. Cavidade nasal.

4. Narina.

5. Coana.

Figura 67. Tomografia computadorizada dos seios da face.

Fonte: Durá (2008).

68
SISTEMA RESPIRATÓRIO │ UNIDADE III

O seio maxilar tem comunicação com a cavidade nasal através do labirinto etmoidal. O
seio maxilar tem importância na ressonância do som.

Faringe

A faringe é um tubo muscular comum aos sistemas digestório e respiratório. Comunica-


se com as cavidades nasais, com a cavidade oral e a cavidade da laringe. O ar inspirado
pelas narinas ou pela boca passa necessariamente pela faringe antes de atingir a laringe
(DUARTE, 2009).

Figura 68. Anatomia da faringe.

Fonte: Adaptado de Marques (2010).

1. Nasofaringe.

2. Orofaringe.

3. Laringofaringe.

É dividida em 3 partes de acordo com a localização:

»» Nasofaringe: parte da faringe que se comunica com as fossas nasais.

»» Orofaringe: parte da faringe que se comunica com a cavidade oral.

»» Laringofaringe: parte da faringe que se comunica com a laringe.

69
UNIDADE III │ SISTEMA RESPIRATÓRIO

Laringe

A laringe é um órgão tubular localizado anteriormente à faringe conectando-a com a


traqueia (MARQUES, 2010).

Tem grande importância na fonação sendo o local onde estão situadas as pregas vocais.
A laringe é constituída por uma sequência de cartilagens:

»» Cartilagem tireoide.

»» Cartilagem cricoide.

»» Cartilagens aritenoides.

»» Epiglote.

Figura 69.

Fonte: Adaptado de: <https://www.dreamstime.com/royalty-fre/.e-stock-images-larynx-anatomy-image5564239>.


Acesso em: 13/8/2018.

1. Osso hioide: serve de base para a fixação dos músculos da língua.

2. Epiglote: impede a entrada de líquido e sólido na laringe.

3. Cartilagem tireoide: forma a parede anterolateral da laringe (glote) e


serve de base para a fixação da glândula tireoide (vermelho).

4. Cartilagem cricoide: localiza-se inferiormente à cartilagem tireoide.

5. Anéis de cartilagem da traqueia.

70
SISTEMA RESPIRATÓRIO │ UNIDADE III

Traqueia

A traqueia é a continuação da laringe. É um tubo muscular liso formado por uma


sequência de 20 anéis de cartilagem em forma de letra C sobrepostos e ligados entre si.
São esses anéis quem impedem o colabamento (fechamento) da traqueia. Localiza-se
anterior ao esôfago no plano mediano com leve desvio para o lado direito, antes de se
dividir em 2 brônquios principais (DUARTE, 2009).

Figura 70.

Fonte: Duarte (2009).

1. Anéis traqueais.

2. Ligamentos anulares.

3. Brônquios principais.

4. Anel traqueal.

5. Parede anterior.

6. Parede posterior.

7. Músculo esofágico.

8. Músculo traqueal.
71
UNIDADE III │ SISTEMA RESPIRATÓRIO

Brônquios

Marques (2010) diz que os brônquios principais são estruturas semelhantes à traqueia.
São responsáveis por comunicar os pulmões entre si e com a traqueia. A autora diz que
há diferença entre os lados, sendo que o brônquio principal D é mais curto, mais largo e
posiciona-se verticalmente ao brônquio principal E., assim como a traqueia, apresenta
pequenos anéis incompletos. Exatamente, na divisão entre os 2 brônquios principais
está a região sensível responsável pelo estímulo da tosse (carina).

Como toda cavidade interna, o brônquio é revestido por mucosa superiormente à


camada de células ciliares. Os brônquios principais penetram nos pulmões e começam
a se ramificar dando origem aos brônquios lobares. Os brônquios sofrerão sucessivas
ramificações até se tornarem muito finos (brônquios segmentares). Após novas
ramificações, esses brônquios passam a se chamar bronquíolos.

Figura 71. Árvore brônquica.

Fonte: Adaptado de: <http://www.rtmagazine.com/2015/03/potential-copd-therapy-targets-bronchial-nerves/>. Acesso em: 1/8/2018.

O aspecto em galhos do trajeto brônquico é responsável pelo termo comum entre as


matérias da saúde (árvore brônquica).

72
SISTEMA RESPIRATÓRIO │ UNIDADE III

Figura 72. A mucosa e as células ciliares dos brônquios fazem com que os materiais estranhos que passaram pela

filtragem do nariz sejam aderidos à parede do brônquio e direcionadas à carina para eliminação na tosse.

Fonte: próprio autor.

Porção de respiração

A porção de respiração compreende o final da árvore brônquica com os bronquíolos


terminais e os alvéolos, além dos pulmões e das membranas que o envolvem e o músculo
diafragma, fundamental na mecânica da respiração.

Bronquíolos

Segundo Duarte (2009), os bronquíolos são divisões menores dos brônquios


segmentares. Em cada segmento pulmonar, os bronquíolos se dividem em bronquíolos
terminais que a seguir se subdividem em bronquíolos respiratórios. Fazem parte da
estrutura dos bronquíolos respiratórios os alvéolos pulmonares, estruturas responsáveis
pelas trocas gasosas (hematose).

Alvéolo

Os alvéolos são pequenas bolsas de cerca de 0,2 mm de diâmetro, semelhantes a favos,


abertas em um lado. A imagem a seguir mostra um bronquíolo terminal e um alvéolo
interposto ao capilar sanguíneo em sequência de hematose.

Observe que o CO² (azul) migra para o interior do alvéolo, enquanto que o O² (vermelho)
migra para o interior do capilar sanguíneo.

Hematose

É a troca entre os gases que ocorre nos bronquíolos terminais e no interior dos alvéolos.

73
UNIDADE III │ SISTEMA RESPIRATÓRIO

Figura 73. Alvéolo pulmonar.

Fonte: Marques (2010).

Pulmões

Os pulmões são órgãos pares, em forma de pirâmide, que estão situados de cada lado
da coluna vertebral, repousando sobre o músculo diafragma na cavidade torácica. O
pulmão direito é maior e mais largo que o pulmão esquerdo. Os pulmões localizam-se
no tórax protegidos pelas costelas. Se dividem por lobos.

Souza (2010) afirma que os pulmões têm cerca de 300 milhões de alvéolos, o que lhes
conferem uma imensa superfície. Se todos os alvéolos fossem planificados e colocados
um ao lado do outro, alcançariam a área de uma quadra de tênis.

Todas as estruturas referidas estão envolvidas por um tecido esponjoso denominado


parênquima pulmonar.

Divisão anatômica dos pulmões

No pulmão direito encontramos os lobos superior (1), médio (3) e inferior (2), enquanto
no pulmão esquerdo encontramos apenas os lobos superior (1) e inferior (2).

Figura 74. Divisão anatômica dos pulmões.

Fonte: Adaptado de: Duarte (2009).

74
SISTEMA RESPIRATÓRIO │ UNIDADE III

Em ambos os pulmões encontramos uma ápice (superior) uma base (inferior) e uma
parte central (1/3 médio) além das 3 faces:

»» A face costal está em contato com as costelas.

»» A face mediastinal está voltada para o mediastino

»» A face diafragmática está apoiada sobre o músculo diafragma

Figura 75. Divisão clínica do pulmão.

Fonte: Adaptado de: Duarte (2009).

1. Ápide do pulmão.

2. 1/3 médio do pulmão.

3. Base do pulmão.

4. Face costal.

5. Face mediastinal.

6. Face diafragmática.

Ápice do Pulmão: é voltado cranialmente e tem forma levemente arredondada.

No corpo, o ápice do pulmão atinge o nível da articulação esternoclavicular.

1/3 médio do pulmão: corresponde ao corpo do pulmão entre o ápice e a base.

75
UNIDADE III │ SISTEMA RESPIRATÓRIO

Base do Pulmão: apresenta uma forma côncava, apoiando-se sobre a face superior do
músculo diafragma. A parte da base do pulmão que se apoia sobre o músculo diafragma
é denominada cúpula diafragmática.

No encontro das extremidades laterais das cúpulas diafragmáticas com as costelas,


forma um ângulo menor que 90o conhecido por recesso costodiafragmático (seio
costofrênico).

Hilo pulmonar

Na face mediastinal está o hilo pulmonar. Na figura abaixo, está representado pela
retângulo branco.

É a região onde entram e saem as veias, as artérias, os vasos linfáticos e os nervos, além
dos brônquios principais.

Figura 76. Hilo pulmonar.

Fonte: adaptado de Sobotta (2006).

1. Brônquio lobar superior direito.

2. Artéria pulmonar direita.

3. Brônquio lobar inferior direito.

4. Linfonodo traqueobronquial inferior.

5. Veias pulmonares direitas.

76
SISTEMA RESPIRATÓRIO │ UNIDADE III

Figura 77. Raio-X do tórax.

Fonte: Adaptado de: <http://www.purposegames.com/game/raio-x-torax-game>. Acesso em: 1/8/2018.

1. Ápice do pulmão esquerdo.

2. 1/2 médio do pulmão esquerdo.

3. Seio cardiofrênico.

4. Seio costofrênico.

5. Hilo pulmonar.

6. Base do pulmão direito.

7. Cúpula diafragmática.

Pleura

A pleura é uma dupla membrana serosa (o termo seroso possivelmente deriva do latim
serus que significa líquido branco resultante da produção de queijo). Essa membrana
serosa forra internamente a parede do tórax e a seguir se reflete para envolver os
pulmões. Na verdade, a pleura é única membrana dobrada que forra a parede interna
do tórax e reveste externamente os pulmões.

»» A membrana que forra a parede do tórax é chamada pleura parietal (1).

»» A membrana que reveste os pulmões é denominada pleura visceral (3).

77
UNIDADE III │ SISTEMA RESPIRATÓRIO

Entre as membranas, existe um espaço por onde percorre um líquido, o espaço é


chamado de cavidade pleural (2).

Figura 78.

Fonte: Adaptado de: Duarte (2009).

Líquido pleural

O líquido pleural é resultado do líquido intersticial que penetra pelos poros da pleura
até atingir a cavidade pleural. Esse líquido é rico em proteínas que conferem ao líquido
poder lubrificante importantíssimo para o deslizamento das pleuras durante a expansão
e retração dos pulmões na respiração (GUYTON; EDWARD, 2011).

Mecânica da respiração
Consiste no fenômeno que conduz o ar oxigenado para o interior dos pulmões e conduz
o ar carbonado para o meio externo. Para que tal fenômeno aconteça, é importante
compreender que os pulmões são envolvidos por um saco de única entrada e saída
(pleura). A pleura se enche de ar na inspiração e se esvazia na expiração.

O ar entra e sai dos pulmões por diferença de pressão entre o interior e o exterior do
tórax. Para que isso ocorra, o músculo diafragma deve contrair e relaxar provocando a
variação de pressão no tórax e permitindo que tal fenômeno ocorra.

78
SISTEMA RESPIRATÓRIO │ UNIDADE III

O ar entra pela contração do músculo diafragma. Este faz com que a pressão interna do
tórax diminua obrigando o ar externo a entrar equilibrando as pressões. Quando este
relaxa aumenta a pressão interna do tórax obrigando o ar a sair.

Os músculos respiratórios são classificados em 2 grupos.

Músculos inspiratórios:

»» Músculo diafragma.

»» Músculos intercostais.

»» Músculos escalenos.

»» Músculos acessórios (peitoral maior, peitoral menor, trapézio, serrátil


anterior, elevador da escápula e esternocleidomastoideo).

Músculos expiratórios:

»» Músculo reto abdominal.

»» Músculo oblíquo interno.

»» Músculo oblíquo externo.

»» Músculo transverso do abdome.

Músculo diafragma

O músculo diafragma é do tipo esquelético involuntário podendo ser controlado pela


vontade. Esse músculo é o limite entre o tórax e o abdome permitindo a comunicação
apenas por 2 orifícios onde passam a artéria aorta, a veia cava inferior e o esôfago.

79
UNIDADE III │ SISTEMA RESPIRATÓRIO

Figura 79.

Fonte: Vieira (2018).

O músculo diafragma está sob o comando do centro respiratório localizado na ponte


e principalmente no bulbo (nó vital) de onde originam os neurônios motores que irão
formar o nervo frênico.

Figura 80. Visão inferior do músculo diafragma.

Fonte: Vieira (2018).

O músculo diafragma se origina na face interna das 6 últimas costelas, face interna do
processo xifoide e corpos vertebrais das vértebras lombares superiores. Como não há
movimento ósseo com sua contração, podemos dizer que este músculo possui outra
inserção nas primeiras vértebras lombares.

80
SISTEMA RESPIRATÓRIO │ UNIDADE III

Músculos intercostais

São de 3 grupos:

»» Músculos intercostais internos.

»» Músculos intercostais externos.

Tanto os intercostais internos quanto os intercostais externos promovem a expansão


do gradil costal auxiliando o músculo diafragma na inspiração.

Figura 81.

Fonte: Sayadi (2018).

Músculos escalenos

São 3 músculos com origem nos processos transversos das vértebras cervicais e inserção
na 1ª e 2ª costelas. Atuam na inclinação e rotação do pescoço e na elevação do gradil
costal, sendo importante na inspiração.

81
UNIDADE III │ SISTEMA RESPIRATÓRIO

Figura 82. Músculos escalenos.

Fonte: adaptado de: <https://www.youtube.com/watch?v=MygDJtu8EtA>. Acesso em: 1/8/2018.

»» Músculo escaleno anterior.

»» Músculo escaleno médio.

»» Músculo escaleno posterior.

Músculo reto abdominal

São os músculos da flexão do tronco. São responsáveis pela expiração, tosse e na mulher
auxilia no parto.

Figura 83.

Fonte: Sayadi (2018).

82
SISTEMA RESPIRATÓRIO │ UNIDADE III

Músculo oblíquo interno

Esse músculo faz a flexão, inclinação e rotação do tronco, além da expiração.

Figura 84.

Fonte: Sayadi (2018).

Músculo oblíquo externo

Esse músculo faz a flexão, inclinação e rotação do tronco, além da expiração.

Figura 85.

Fonte: Sayadi (2018).

83
UNIDADE III │ SISTEMA RESPIRATÓRIO

Músculo transverso do abdome

Esse músculo é importante na estabilização da coluna vertebral, além da expiração.

Figura 86.

Fonte: Sayadi (2018).

A porção de condução compreende o nariz, a faringe, laringe, traqueia, os


brônquios e bronquíolos.

O nariz é responsável por filtrar, umedecer e aquecer o ar.

A faringe é um tubo muscular pertencente aos sistemas respiratório e digestório.


No aparelho respiratório, a faringe conduz o ar inspirado até a laringe.

A laringe, também conhecida como pomo de adão, é constituída por um grupo


de cartilagens. Tem importância na fonação.

A traqueia é um tubo muscular composta por uma sequência de anéis de


cartilagem para evitar o colabamento.

Os brânquios são formados pela bifurcação da traqueia (brônquios principais).


Após a 1ª divisão, os brônquios passam a se chamar brônquios lobares, depois
brônquios segmentares e por fim bronquíolos.

A porção respiratória compreende os pulmões:

84
SISTEMA RESPIRATÓRIO │ UNIDADE III

»» Os bronquíolos são brônquios muito finos. São classificados em


bronquíolos terminais (sem respiração) e bronquíolos respiratórios (com
respiração).

»» Os alvéolos são pequenas bolsas localizadas no final da árvore brônquica.


Sua função é promover a hematose.

»» A pleura é uma membrana dobrada responsável por envolver a parede


do tórax e pulmões, promovendo a lubrificação entre as membranas nos
movimentos de respiração.

»» O músculo diafragma altera a pressão entre o tórax e o meio externo


favorecendo a entrada e saída do ar.

»» Os músculos intercostais, escalenos, trapézio, elevador da escápula,


peitoral menor e peitoral maior auxiliam na inspiração.

»» Os músculos reto abdominal, oblíquo interno, oblíquo externo e


transverso abdominal auxiliam na expiração.

85
ANATOMIA UNIDADE IV
SECCIONAL

CAPÍTULO 1
Tórax

Primeira fatia transversal


Este corte está no mesmo nível da vértebra T2.

Figura 87. Corte transversal do tórax superior.

Fonte: Adaptado de: Moeller, Reif (2001).

1. Costela: segunda costela verdadeira. Faz articulação com a vértebra T2.

2. Escápula: principal osso do ombro (espinha da escápula).

3. Escápula: principal osso do ombro.

4. Clavícula: osso do ombro.

5. Costela: primeira costela verdadeira formando articulação com a vértebra T1.

86
ANATOMIA SECCIONAL │ UNIDADE IV

6. Corpo da vértebra T2: segunda vértebra torácica. Ao centro, vê-se a


medula espinal.

7. Esôfago: tubo muscular responsável por ligar a cavidade oral ao estômago.

8. Artéria e veia subclávias esquerda: a artéria nasce na artéria aorta e a


veia desemboca na veia braquiocefálica e posteriormente na veia cava
Superior.

9. Veia jugular interna direita: drena sangue da cabeça e pescoço.

10. Glândula tireoide: glândula responsável pela produção dos hormônios


triiodotironina (T3) e tiroxina (T4) responsáveis por regular o
metabolismo celular.

11. Traqueia: tubo muscular constituído por anéis de cartilagem, a traqueia


conduz ar da laringe até os pulmões e vice-versa.

12. Artéria carótida comum Direita: leva sangue para o lado direito da cabeça
e do pescoço.

13. Artéria subclávia: nasce na artéria aorta e leva sangue ao membro superior
esquerda.

14. Veia jugular Externa Esquerda: drena sangue da cabeça e pescoço.

15. Ápice do pulmão Direito.

16. Ápice do pulmão Esquerdo.

17. Plexo braquial.

A cor vermelha escura representa os músculos desta região. Ligados na vértebra T2 estão
os músculos eretores da espinha e mais abaixo estão os músculos trapézio e romboide.

Segunda fatia transversal

Este corte está a alguns milímentros mais baixo que o corte anterior. Portanto, esta
imagem é a continuação da imagem anterior e está no mesmo nível da vértebra T3.

87
UNIDADE IV │ANATOMIA SECCIONAL

Figura 88. Corte transversal do tórax superior.

Fonte: Adaptado de: Moeller, Reif (2001).

1. Costela: segunda costela verdadeira. Faz articulação com a vértebra T2.

2. Escápula: principal osso do ombro (espinha da escápula).

3. Costela. terceira costela verdadeira. Faz articulação com a vértebra T3.

4. Clavícula: osso do ombro.

5. Costela: primeira costela verdadeira formando articulação com a vértebra


T1.

6. Corpo da vértebra T3: terceira vértebra torácica. Ao centro, vê-se a


medula espinal.

7. Esôfago: tubo muscular responsável por ligar a cavidade oral ao estômago.

8. Osso esterno: osso anterior do tórax. Protege o coração.

9. Artéria tronco braquiocefálica. Nasce no arco da aorta e dará origem às


artérias carótida comum e subclávia Direita.

10. Veia braquiocefálica: deseboca na veia cava superior.

11. Traqueia: tubo muscular constituído por anéis de cartilagem, a traqueia


conduz ar da laringe até os pulmões e vice-versa.

12. Artéria carótida comum esquerda: leva sangue para o lado esquerdo da
cabeça e pescoço.
88
ANATOMIA SECCIONAL │ UNIDADE IV

13. Ápice do pulmão direito.

14. Ápice do pulmão esquerdo.

15. Artéria axilar esquerdo.

Os vasos sanguíneos estão mais calibrosos e em menor número. É um indicativo de que


se aproximam os vasos da base do coração; artéria aorta e veia cava superior.

Terceira fatia transversal

Este corte está a alguns milímentros mais baixo que o corte anterior. Portanto, esta
imagem é a continuação da imagem anterior e está no mesmo nível da vértebra T4.

Figura 89. Corte transversal do tórax superior.

Fonte: Adaptado de: Moeller, Reif (2001).

1. Costela: primeira costela verdadeira. Se articulando com o osso esterno.

2. Costela: segunda costela verdadeira. Neste corte, pequena parte da


costela é visível.

3. Costela: terceira costela verdadeira. Neste corte, uma maior parte é


visível.

4. Costela: quarta costela verdadeira. Faz articulação com a vértebra T4.

5. Corpo da vértebra T4: Quarta vértebra torácica. Ao centro, vê-se a medula


espinal.

89
UNIDADE IV │ANATOMIA SECCIONAL

6. Escápula: principal osso do ombro.

7. Esôfago: tubo muscular responsável por ligar a cavidade oral ao estômago.

8. Osso esterno: osso anterior do tórax. Protege o coração.

9. Artéria tronco braquiocefálica. Nasce no arco da aorta e dará origem às


artérias carótida comum e subclávia Dir

10. Veia braquiocefálica: deseboca na veia cava superior.

11. Traqueia: tubo muscular constituído por anéis de cartilagem, a traqueia


conduz ar da laringe até os pulmões e vice-versa.

12. Veia braquicefálica Esquerda: desemboca na veia cava Superior.

13. Artéria carótida comum esquerda: leva sangue para o lado esquerdo da
cabeça e pescoço.

14. Artéria subclávia esquerda.

15. Pulmão direito.

16. Pulmão esquerdo.

Os vasos sanguíneos estão se fundindo e se tornando ainda mais calibrosos e em menor


número. Aproximam-se dos vasos da base do coração; artéria aorta e veia cava superior.

Quarta fatia transversal

Este corte está na transição entre as vértebras T4 e T5. Reparem que na vértebra está
visível uma pequena parte da quinta costela verdadeira.

O arco da aorta é um importante ponto de localização e está no nível de T4 e T5.

90
ANATOMIA SECCIONAL │ UNIDADE IV

Figura 90. Corte transversal do tórax superior.

Fonte: Adaptado de: Moeller, Reif (2001).

1. Escápula: principal osso do ombro.

2. Costela: segunda costela verdadeira. Neste corte, pequena parte da


costela é visível.

3. Costela: terceira costela verdadeira. Neste corte, uma maior parte é


visível.

4. Costela: quarta costela verdadeira. Neste corte vê a costela se distanciando


da T4.

5. Arco da artéria aorta. Nesse momento a aorta alcança seu ponto superior
máximo.

6. Veia cava Sup. Recebe sangue das veias braquicefálicas e os envia ao átrio
Direito.

7. Esôfago: tubo muscular responsável por ligar a cavidade oral ao estômago.

8. Osso esterno: osso anterior do tórax. Protege o coração.

9. Corpo da vértebra T5: quinta vértebra torácica. Ao centro, vê-se a medula


espinal.

10. Pulmão direito.

91
UNIDADE IV │ANATOMIA SECCIONAL

11. Traqueia: tubo muscular constituído por anéis de cartilagem, a traqueia


conduz ar da laringe até os pulmões e vice-versa.

12. Pulmão esquerdo.

Neste corte, temos os vasos mais calibrosos do coração. O arco da artéria aorta está
bem destacado (5) e a veia cava superior está ao seu lado. No próximo corte, teremos
2 artérias aortas (ascendente e descendente). À medida que os cortes abaixam, a veia
cava superior vai se fundindo com o átrio direito.

Quinta fatia transversal

Este corte está na transição entre as vértebras T5 e T6. Reparem que na vértebra está
visível uma pequena parte da sexta costela verdadeira.

O arco da aorta está num corte acima, assim vemos 2 partes da aorta (ascendente (10)
e descendente (9).

Figura 91. Corte transversal do tórax superior.

Fonte: Adaptado de: Moeller, Reif (2001).

1. Escápula: Principal osso do ombro.

2. Costela: Terceira costela verdadeira. Neste corte, pequena parte da


costela é visível.

3. Costela: Quarta costela verdadeira. Neste corte, uma maior parte é visível.

4. Costela: Quinta costela verdadeira. Neste corte vê a costela se distanciando.


92
ANATOMIA SECCIONAL │ UNIDADE IV

5. Costela: Sexta costela verdadeira. Neste corte vê pequena parte da costela


se articulando com a vértebra.

6. Corpo da vértebra T6: Sexta vértebra torácica. Ao centro, vê-se a medula


espinal.

7. Esôfago: Tubo muscular responsável por ligar a cavidade oral ao estômago.

8. Osso esterno: Osso anterior do tórax. Protege o coração.

9. Artéria aorta descendente. Leva sangue para o abdome e extremidades


inferiores.

10. Artéria aorta ascendente. Inicia-se no ventrículo esquerda.

11. Veia cava Sup. Traz o sangue de cabeça e pescoço para o átrio direito.

12. Brônquio principal Dir. Leva o ar para o pulmão direito

13. Brônquio principal Esq. Leva o ar para o pulmão esquerdo.

14. Pulmão direito.

15. Pulmão esquerdo.

16. Hilo do pulmão direito.

Neste corte, vemos o exato momento da divisão da traqueia em 2 brônquios. Entre os


brônquios, está a carina.

Fiquem atentos pois a artéria aorta ascendente irá se fundir ao ventrículo esquerdo e a
veia cava superior irá se fundir ao átrio direito.

Sexta fatia transversal

Este corte está exatamente no nível da vértebra T6 (6).

93
UNIDADE IV │ANATOMIA SECCIONAL

Figura 92. Corte transversal do tórax superior.

Fonte: Adaptado de: Moeller, Reif (2001).

1. Escápula: principal osso do ombro.

2. Costela: terceira costela verdadeira. Neste corte, pequena parte da costela


é visível.

3. Costela: quarta costela verdadeira. Neste corte, uma maior parte é visível.

4. Costela: quinta costela verdadeira. Neste corte vê a costela se distanciando.

5. Costela: sexta costela verdadeira. Neste corte, vê-se pequena parte da


costela se articulando com a vértebra.

6. Corpo da vértebra T6: sexta vértebra torácica. Ao centro, vê-se a medula


espinal.

7. Esôfago: tubo muscular responsável por ligar a cavidade oral ao estômago.

8. Osso esterno: osso anterior do tórax. Protege o coração.

9. Artéria aorta descendente. Leva sangue para o abdome e extremidades


inferiores.

10. Artéria aorta ascendente: inicia-se no ventrículo esquerdo.

11. Veia cava superior: traz o sangue de cabeça e pescoço para o átrio direito.

94
ANATOMIA SECCIONAL │ UNIDADE IV

12. Artéria tronco pulmonar: origina-se no ventrículo direito e leva o sangue


aos pulmões.

13. Artéria pulmonar esquerdo: leva o sangue ao pulmão esquerdo.

14. Artéria pulmonar direita: leva o sangue ao pulmão direito.

15. Brônquio principal direito: leva o ar para o pulmão direito.

16. Brônquio principal esquerdo: leva o ar para o pulmão esquerdo.

17. Pulmão direito.

18. Pulmão esquerdo.

Notem como a artéria aorta é redonda. Isso ocorre devido à grande pressão interna.

A veia cava superior, por não ter pressão, é mais irregular (oval ou achatada).

Sétima fatia transversal

Este corte está na transição entre T6 e T7. A marca em vermelho delimita o território
cardíaco.

Figura 93. Corte transversal do tórax superior.

Fonte: Adaptado de: Moeller, Reif (2001).

1. Escápula: principal osso do ombro.

95
UNIDADE IV │ANATOMIA SECCIONAL

2. Cartilagem costal: sincondrose esternocostal.

3. Costela: quarta costela verdadeira: neste corte, pequena parte da costela


é visível.

4. Costela: quinta costela verdadeira: neste corte, uma maior parte é visível.

5. Costela: sexta costela verdadeira: neste corte vê a costela intermediária.

6. Costela: sétima costela verdadeira: neste corte, se articula com a vértebra


T7.

7. Esôfago: tubo muscular responsável por ligar a cavidade oral ao estômago.

8. Osso esterno: osso anterior do tórax. Protege o coração.

9. Artéria aorta descendente: leva sangue para o abdome e extremidades


inferiores

10. Artéria aorta ascendente: inicia-se no ventrículo esquerdo.

11. Artéria tronco pulmonar: se origina no ventrículo Dir. Leva o sangue aos
pulmões.

12. Artéria pulmonar direita: leva o sangue ao pulmão direito.

13. Veia cava superior: logo se fundirá ao átrio direito.

14. Artéria pulmonar esquerda: leva o sangue ao pulmão esquerdo.

15. Veia pulmonar esquerda.

16. Átrio esquerdo: câmara superior. Recebe o sangue dos pulmões pelas
veias pulmonares.

17. Brônquio lobar direito: leva ar para o pulmão Direito.

18. Brônquio lobar esquerdo: leva ar para o pulmão esquerdo.

19. Brônquio lobar esquerdo: leva ar para o pulmão esquerdo.

20. Veia ázigos: drena o sangue das paredes abdominal e torácica.

21. Pulmão direito. 1/3 médio.

22. Pulmão esquerdo. 1/3 médio.

23. Vértebra T7.

96
ANATOMIA SECCIONAL │ UNIDADE IV

Oitava fatia transversal

Este corte está na transição entre as vértebras T7 e T8. A marca vermelha delimita o
território cardíaco.

Figura 94. Corte transversal do tórax superior.

Fonte: Adaptado de: Moeller, Reif (2001).

1. Escápula: Principal osso do ombro.

2. Costela: sexta costela verdadeira. Neste corte, uma maior parte é visível.

3. Costela: sétima costela verdadeira. Apresenta-se diminuída neste corte.

4. Costela: primeira costela falsa. As costelas falsas não se ligam no osso


esterno.

5. Vértebra T8.

6. Cartilagem costal. Sincondrose esternocostal.

7. Esôfago: tubo muscular responsável por ligar a cavidade oral ao estômago.

8. Osso esterno: osso anterior do tórax. Protege o coração.

9. Artéria aorta descendente: leva sangue para o abdome e extremidades


inferiores.

10. Artéria aorta ascendente: inicia-se no ventrículo esquerdo.

97
UNIDADE IV │ANATOMIA SECCIONAL

11. Átrio Esq: recebe o sangue que vem dos pulmões através das veias
pulmonares.

12. Artéria tronco pulmonar: origina-se no ventrículo direito. Leva o sangue


aos pulmões.

13. Fusão da veia cava superior com o átrio direito.

14. Parte do ventrículo Esquerdo: responsável por enviar o sangue pela


artéria aorta.

15. Brônquios lobares direitos.

16. Brônquios lobares esquerdos

17. Pulmão Dir. 1/3 médio.

18. Pulmão Esq. 1/3 médio.

Este é um momento crítico que requer muita atenção devido à fusão de estruturas com
o coração.

Nona fatia transversal

Este corte está no nível da vértebra T8 (8).

Figura 95. Corte transversal do tórax superior.

Fonte: Adaptado de: Moeller, Reif (2001).

98
ANATOMIA SECCIONAL │ UNIDADE IV

1. Escápula: Principal osso do ombro.

2. Osso esterno: Osso anterior do tórax. Protege o coração.

3. Cartilagem costal. Sincondrose esternocostal.

4. Costela: Sexta costela verdadeira. Neste corte, uma maior parte é visível.

5. Sétima costela verdadeira. Apresenta-se diminuída neste corte.

6. Primeira costela falsa. As costelas falsas não se ligam no osso esterno.

7. Primeira costela falsa.

8. Vértebra T8.

9. Artéria aorta descendente. Leva sangue para o abdome e extremidades


inferiores.

10. Esôfago: Tubo muscular responsável por ligar a cavidade oral ao estômago.

11. Átrio dieitor: após fusão com a veia cava superior.

12. Fusão entre artéria tronco pulmonar e ventrículo direito.

13. Artéria aorta ascendente. Inicia-se no ventrículo esquerdo.

14. Ventrículo esquerdo: responsável por enviar o sangue para o corpo


inteiro.

15. Átrio esquerdo: recebe o sangue dos pulmões através das veias pulmonares.

16. Veia pulmonar esquerdo:. leva o sangue oxigenado dos pulmões ao átrio
esquerdo.Brônquios lobares esquerdos.Pulmão Dir. 1/3médio.

17. Pulmão Esq. 1/3 médio.

Os itens 6 e 7 correspondem à mesma costela. Primeira costela falsa. O item 13


corresponde à artéria aorta ascendente no exato momento em que se separa do
ventrículo esquerdo. No próximo corte, teremos o ventrículo esquerdo já independente
da artéria.

Décima fatia transversal

Este corte está no nível da vértebra T9 (8).

99
UNIDADE IV │ANATOMIA SECCIONAL

Figura 96. Corte transversal do tórax superior.

Fonte: Adaptado de: Moeller, Reif (2001).

1. Osso esterno: Osso anterior do tórax. Protege o coração.

2. Cartilagem costal. Sincondrose esternocostal.

3. Sexta costela verdadeira.

4. Sexta costela verdadeira.

5. Sétima costela verdadeira.

6. Primeira costela falsa. As costelas falsas não se ligam no osso esterno.

7. Segunda costela falsa.

8. Vértebra T9.

9. Artéria aorta descendente. Leva sangue para o abdome e extremidades


inferiores.

10. Esôfago: tubo muscular responsável por ligar a cavidade oral ao estômago.

11. Átrio esquerdo: recebe o sangue dos pulmões e envia ao ventrículo


esquerdo.Ventrículo esquerdo: responsável por enviar o sangue para o
corpo inteiro.

12. Átrio direito: recebe o sangue das veias cavas superior e Inferior e envia
para o ventrículo direito.

100
ANATOMIA SECCIONAL │ UNIDADE IV

13. Ventrículo direito. Envia o sangue venoso aos pulmões.

14. Septo interventricular. Parede muscular que limita as câmaras cardíacas


inferiores.

15. Pulmão direito.

16. Pulmão esquerdo.Os itens 3 e 4 correspondem à mesma costela. Sexta


costela verdadeira que ascendeu anteriormente para se articular com o
osso esterno através da cartilagem costal.

Décima Primeira fatia transversal

Este corte está na transição entre as vértebras T9 e T10. A marca vermelha determina
o limite cardíaco.

Figura 97. Corte transversal do tórax superior.

Fonte: Adaptado de: Moeller, Reif (2001).

1. Osso esterno: osso anterior do tórax. Protege o coração.

2. Cartilagem costal. Sincondrose esternocostal.

3. Sétima costela verdadeira.

4. Primeira costela falsa. As costelas falsas não se ligam no osso esterno.

101
UNIDADE IV │ANATOMIA SECCIONAL

5. Segunda costela falsa.

6. Terceira costela falsa.

7. Tubérculo da terceira costela falsa.

8. Vértebra T10.

9. Artéria aorta descendente. Leva sangue para o abdome e extremidades


inferiores.

10. Esôfago: Tubo muscular responsável por ligar a cavidade oral ao estômago.

11. Veia cava Inferior: traz o sangue venoso das extremidades inferiores até
o átrio direito.

12. Átrio direito: recebe o sangue das veias cavas superior e inferior e envia
para o ventrículo direito.

13. Ventrículo direito: envia o sangue venoso aos pulmões.

14. Ventrículo esquerdo: responsável por enviar o sangue para o corpo


inteiro.

15. Septo interventricular. Parede muscular que limita as câmaras cardíacas


inferiores.

16. Ápice do coração.

17. Miocárdio do ventrículo esquerdo.

18. Seio coronário. Atua no retorno venoso do tecido cardíaco.

19. Pulmão direito: Base.

20. Pulmão esquerdo: Base.

Primeira fatia sagital

Corte sagital do tórax lado esquerdo. Esta imagem mostra a extremidade cardíaca, onde
se encontra o ventrículo esquerdo e parte do fígado (1), estômago (2) e o baço (3).

102
ANATOMIA SECCIONAL │ UNIDADE IV

Figura 98. Corte sagital do tórax.

Fonte: Adaptado de: Moeller, Reif (2001).

1. Fígado.

2. Estômago.

3. Baço.

4. Músculo diafragma: Músculo da respiração.

5. Brônquio lobar superior esquerdo.

6. Brônquio lingular superior esquerdo.Brônquio lingular inferior esquerdo.

7. Brônquio lobar inferior esquerdo.

8. Veia pulmonar inferior esquerdo: leva o sangue oxigenado ao átrio


esuqerdo.

9. Septo interventricular: parede muscular que separa os ventrículos.

10. Ventrículo esquerdo: câmara responsável por enviar o sangue para todo
o corpo.

11. Músculo papilar: fixa as cordas tendíneas e auxilia no fechamento da


valva mitral.

103
UNIDADE IV │ANATOMIA SECCIONAL

12. Artéria Coronária esquerda (RIA): Leva o sangue aos tecidos cardíacos
do lado esquerdo.

13. Artéria circunflexa: ramo da coronária. Irriga a parte posterior do


ventrículo esquerdo.

14. Veia subclávia esquerdo: drena o sangue venoso do membro superior


esquerdo.

15. Artária subclavia esquerda: leva o sangue oxigenado ao membro superior


esquerdo.

16. Pulmão esquerdo: Lobo superior.

17. Pulmão esquerdo: Lobo inferior.

RIA= Ramo interventricular anterior. É a parte anterior da artéria coronária esquerda.

Segunda fatia sagital

Corte sagital permite visualizar o ventrículo direito.

Figura 99. Corte sagital do tórax.

Fonte: Adaptado de: Moeller, Reif (2001).

1. Fígado: Lobo esquerda.

104
ANATOMIA SECCIONAL │ UNIDADE IV

2. Estômago: fundo.

3. Baço.

4. Músculo diafragma: músculo da respiração.

5. Ventrículo direito: envia o sangue venoso aos pulmões.

6. Septo interventricular: parede muscular que separa os ventrículos.

7. Ventrículo esquerdo: Câmara responsável por enviar o sangue para todo


o corpo

8. Átrio esquerdo: recebe o sangue dos pulmões e envia ao ventrículo


esquerdo.

9. Artéria pulmonar esquerda: leva o sangue ao pulmão esquerdo.

10. Veia pulmonar esquerdo: leva o sangue oxigenado dos pulmões ao átrio
esquerdo.

11. Brônquio principal esquerda: leva o ar para o pulmão esquerdo.

12. Veia pulmonar esquerdo (inferior).

13. Pulmão Esq. Lobo Superior.

14. Pulmão Esq. Lobo Inferior.

15. Artéria Coronária esquerdo (RIA): leva o sangue aos tecidos cardíacos do
lado esquerdo.

16. Artéria circunflexa: ramo da coronária. Irriga a parte posterior do


ventrículo esquerdo.

17. Clavícula: osso do ombro.

18. Escápula: principal osso do ombro.

O ramo circunflexo origina-se juntamente com o ramo interventricular anterior RIA na


bifurcação da artéria coronária esquerdo (ACE). Nos próximos, cortes veremos ambas
as artérias paralelas e se aproximando cada vez mais.

Terceira fatia sagital

Corte sagital permite visualizar 3 câmaras cardíacas. Em preto, as partes do pulmão


esquerdo.

105
UNIDADE IV │ANATOMIA SECCIONAL

Figura 100. Corte sagital do tórax.

Fonte: Adaptado de: Moeller, Reif (2001).

1. Fígado: Lobo esquerdo.

2. Músculo diafragma: músculo da respiração.

3. Ventrículo direito: envia o sangue venoso aos pulmões.

4. Ventrículo esquerdo: câmara cardíaca responsável por enviar o sangue


para todo o corpo.

5. Septo interventricular: parede muscular que separa os ventrículos.

6. Átrio esquerdo: recebe o sangue dos pulmões e envia ao ventrículo


esquerdo.

7. Aurícula esquerda.

8. Artéria tronco pulmonar: se origina no ventrículo direito. Leva o sangue


aos pulmões.

9. Artéria pulmonar esquerda. Envia o sangue venoso para o pulmão


esquerdo.

10. Veia pulmonar superior esquerda. Leva o sangue arterial ao átrio


esquerdo.

11. Veia pulmonar inferior esquerda. Leva o sangue arterial ao átrio esquerdo.

12. Brônquio principal esquerdo. Leva o ar até o pulmão esquerdo.

106
ANATOMIA SECCIONAL │ UNIDADE IV

13. Arco da artéria aorta. Nesse momento, a aorta alcança seu ponto superior
máximo.

14. Artéria aorta descendente. Leva sangue para o abdome e extremidades


inferiores.

15. Artéria subclávia esquerda. Leva sangue ao membro superior esquerdo.

16. Veia jugular interna esquerda. Traz o sangue da cabeça e pescoço do lado
esquerdo.

17. Osso Esterno. Osso anterior do tórax. Protege o coração.

18. Vértebra T5.

19. Cabeça da 5ª costela verdadeira.

Entre os corpos das vértebras (em vermelho) estão as artérias intercostais posteriores.
Os pequenos pontos em amarelo correspondem às raízes nervosas.

Quarta fatia sagital

Corte sagital do tórax mostra todo trajeto aórtico. Em preto, as partes restantes do
pulmão esquerdo.

Figura 101. Corte sagital do tórax.

Fonte: Adaptado de: Moeller, Reif (2001).

107
UNIDADE IV │ANATOMIA SECCIONAL

1. Fígado.

2. Músculo diafragma: músculo da respiração.

3. Ventrículo direito: envia o sangue venoso aos pulmões.

4. Ventrículo esquerdo: câmara cardíaca responsável por enviar o sangue


para todo o corpo.

5. Septo interventricular: parede muscular que separa os ventrículos.

6. Artéria tronco pulmonar: origina-se no ventrículo direito. Leva o sangue


aos pulmões.

7. Átrio esquerdo: recebe o sangue dos pulmões e envia ao ventrículo


esquerdo.

8. Base da artéria aorta. Fusão entre a artéria aorta e o ventrículo esquerdo.

9. Artéria aorta ascendente.

10. Artéria carótida comum esquerda: leva sangue à cabeça e pescoço


esquerdo.

11. Artéria subclávia esquerdo: leva sangue ao membro superior esquerdo.

12. Arco da artéria aorta. Nesse momento, a aorta alcança seu ponto superior
máximo.

13. Artéria aorta descendente.

14. Esôfago. Tubo muscular responsável por ligar a cavidade oral ao estômago.

15. Veia braquiocefálica esquerda.

16. Osso esterno. Osso anterior do tórax. Protege o coração.

17. Vértebra T5.

18. Brônquio principal esquerdo. Leva o ar até o pulmão esquerdo.

O asterisco representa o seio coronário. Importante vaso do retorno venoso cardíaco.


Entre os itens 7 e 8 são: RIA e ramo circunflexo.

108
ANATOMIA SECCIONAL │ UNIDADE IV

Quinta fatia sagital

Corte sagital do tórax mais próximo ao PMS mostra corpos vertebrais íntegros,
afirmando que trata-se de um corte mediano.

Figura 102. Corte sagital do tórax.

Fonte: Adaptado de: Moeller, Reif (2001).

1. Fígado.

2. Músculo diafragma: músculo da respiração.

3. Ventrículo direito: envia o sangue venoso aos pulmões.

4. Átrio direito: recebe o sangue das veias cavas e envia ao ventrículo direito.

5. Base da artéria aorta. Fusão entre a artéria aorta e o ventrículo Esquerdo.

6. Átrio Esquerdo: recebe o sangue dos pulmões e envia ao ventrículo


Esquerdo.

7. Artéria aorta ascendente.

8. Artéria tronco braquiocefálica.

9. Artéria pulmonar direita: leva o sangue venoso ao pulmão direito.

10. Veia Braquiocefálica esquerda.

11. Glândula tireoide. Produz hormônios T3 e T4.

109
UNIDADE IV │ANATOMIA SECCIONAL

12. Traqueia. Tubo muscular constituído por anéis de cartilagem.

13. Bifurcação da traqueia.

14. Esôfago. Tubo muscular responsável por ligar a cavidade oral ao estômago.

15. Artéria aorta descendente.

16. Osso esterno. Osso anterior do tórax. Protege o coração.

17. Vértebra T5.

18. Medula espinal.

19. Ligamentos espinais.

No miocárdio (cor branca) os 3 pontos vermelhos correspondem aos ramos das artérias
coronárias. O ponto maior (cor azul) corresponde ao seio coronário.

Sexta fatia sagital

Corte sagital ainda bem próximo ao PMS mas permite visualizar estruturas do lado
direito.

Figura 103. Corte sagital do tórax.

Fonte: Adaptado de: Moeller, Reif (2001).

110
ANATOMIA SECCIONAL │ UNIDADE IV

1. Fígado.

2. Músculo diafragma: músculo da respiração.

3. Ventrículo direito: envia o sangue venoso aos pulmões.

4. Átrio direito: recebe o sangue das veias cavas e envia ao ventrículo direito.

5. Veia cava inferior: traz o sangue venoso das extremidades inferiores até
o átrio direito.

6. Artéria aorta ascendente.

7. Arco da artéria aorta.

8. Artéria tronco braquiocefálica.

9. Veia braquiocefálica esquerda.

10. Artéria pulmonar direita: leva o sangue venoso ao pulmão direito.

11. Átrio esquerdo: recebe o sangue dos pulmões e envia ao ventrículo


esquerdo.

12. Aurícula direito

13. Traqueia. Tubo muscular constituído por anéis de cartilagem.

14. Esôfago. Tubo muscular responsável por ligar a cavidade oral ao estômago.

15. Osso esterno. Osso anterior do tórax. Protege o coração.

16. Vértebra T5.

Neste corte, é possível identificar o exato momento em que a veia cava inferior (5) se
funde ao átrio direito. Lembre-se a veia cava inferior tem estreita relação com o fígado.

Reparem o asterisco à frente da vértebra T6. Corresponde à veia ázigos.

Sétima fatia sagital

Corte sagital ultrapassou o limite do PMS e evidencia as estruturas que estão do lado
direito.

111
UNIDADE IV │ANATOMIA SECCIONAL

Figura 104. Corte sagital do tórax.

Fonte: Adaptado de: Moeller, Reif (2001).

1. Fígado. Lobo esquerdo.

2. Músculo diafragma: músculo da respiração.

3. Veia cava inferior: traz o sangue venoso das extremidades inferiores até
o átrio direito.

4. Veia hepática. Drena o sangue venoso nutritivo e metabolizado para a


veia cava inferior.

5. Ventrículo direito. Envia o sangue venoso aos pulmões.

6. Átrio direito. Recebe o sangue das veias cavas e envia ao ventrículo direito.

7. Veia cava superior. Traz o sangue venoso das extremidades superiores


até o átrio direito.

8. Átrio esquerdo. Recebe o sangue dos pulmões e envia ao ventrículo


esquerdo.

9. Arco da artéria aorta.

10. Aurícula direito.

11. Artéria pulmonar direito. Leva o sangue venoso ao pulmão direito.

112
ANATOMIA SECCIONAL │ UNIDADE IV

12. Veia jugular interna direito. Drena o sangue venoso da cabeça e pescoço
do lado direito.
13. Artéria subclávia direito. Leva o sangue arterial ao Membro superior
direito.
14. Artéria tronco braquicefálica. Dá origem à subclávia e carótida comum
direito.
15. Traqueia. Tubo muscular constituído por anéis de cartilagem.
16. Veia ázigos. Drena o sangue das paredes abdominal e torácica.
17. Vértebra T5.
18. Clavícula. Importante osso do ombro.
Este é um corte próximo ao PMS. Podemos concluir isso pela visualização da coluna
vertebral, porém, podemos distingui-lo dos cortes mais centrais pela visualização dos
pedículos vertebrais. Volte nos cortes 5 e 6 e perceba que vêm o canal medular e a
medula espinal.

Oitava fatia sagital

Corte sagital do lado direito do tórax evidencia o pulmão direito e predominante o lado
direito do coração.

Figura 105. Corte sagital do tórax.

Fonte: Adaptado de: Moeller, Reif (2001).

113
UNIDADE IV │ANATOMIA SECCIONAL

1. Fígado. Lobo esquerdo.

2. Músculo diafragma. Músculo da respiração.

3. Veia cava ineriorf. Traz o sangue venoso das extremidades inferiores até
o átrio direito.

4. Átrio direito. Recebe o sangue das veias cavas e envia ao ventrículo direito.

5. Ventrículo direito. Envia o sangue venoso aos pulmões.

6. Veia cava superior. Traz o sangue venoso das extremidades superiores


até o átrio direito.

7. Artéria subclávia direito. Leva o sangue arterial ao Membro superior


direito.

8. Osso esterno. Osso anterior do tórax. Protege o coração.

9. Veia ázigos. Drena o sangue das paredes abdominal e torácica.

10. Artéria aorta ascendente.

11. Artéria pulmonar direita. Leva o sangue venoso ao pulmão direito.

12. Brônquio principal direito. Conduz o ar ao pulmão direito.

13. Veias pulmonares direito. Levam o sangue arterial ao átrio esquerdo.

14. Clavícula. Importante osso do ombro.

15. Vértebra T5.

16. Ápice do pulmão direito.

17. Hilo do pulmão direito.

Neste corte, é possível ver toda a extensão das veias cavas até o encontro com o átrio
direito.

Primeira fatia coronal

Corte coronal anterior do tórax evidencia as estruturas cardíacas anteriores. Sabe-se


da inclinação anterior do coração, com isso, a ápice do coração sempre é evidenciada
primeiro. Também vemos os ápices, 1/3 médios e bases dos pulmões.

114
ANATOMIA SECCIONAL │ UNIDADE IV

Figura 106. Corte coronal do tórax.

Fonte: Adaptado de: Moeller, Reif (2001).

1. Fígado. A imagem permite visualizar os lobos direito e esquerdo

2. Músculo diafragma. Músculo da respiração.

3. Ventrículo direito. Envia o sangue venoso aos pulmões.

4. Átrio direito. Recebe o sangue das veias cavas e envia ao ventrículo direito.

5. Artéria tronco pulmonar: origina-se no ventrículo direito. Leva o sangue


aos pulmões.

6. Artéria coronária direito. Leva sangue ao miocárdio do lado direito.

7. Artéria circunflexa: Ramo da coronária. Irriga a parte posterior do


ventrículo esquerdo.

8. Ventrículo Esquerdo: câmara cardíaca responsável por enviar o sangue


para todo o corpo.

9. Osso esterno. Osso anterior do tórax. Protege o coração.

10. Clavícula. Importante osso do ombro.

11. Glândula tireoide. Produz hormônios T3 e T4.

12. Cartilagem costal da 1ª costela verdadeira.

115
UNIDADE IV │ANATOMIA SECCIONAL

13. Segunda costela verdadeira.

14. Terceira costela verdadeira.

15. Quarta costela verdadeira.

16. Quinta costela verdadeira.

17. Sexta costela verdadeira.

Segunda fatia coronal

Corte coronal anterior do tórax evidencia 2 ventrículos e o átrio direito.

Figura 107. Corte coronal do tórax.

Fonte: Adaptado de: Moeller, Reif (2001).

1. Fígado. Lobos esquerdo e direito.

2. Músculo diafragma: músculo da respiração.

3. Estômago.

4. Ventrículo direito. Envia o sangue venoso aos pulmões.

116
ANATOMIA SECCIONAL │ UNIDADE IV

5. Septo interventricular. Parede muscular que separa os ventrículos


Esquerdo e direito

6. Ventrículo Esquerdo. Envia o sangue arterial a todos os tecidos do corpo


humano.

7. Átrio direito. Recebe o sangue venoso das veias cavas.

8. Artéria tronco pulmonar: Se origina no ventrículo direito. Leva o sangue


aos pulmões.

9. Artéria aorta ascendente.

10. Arco da artéria aorta.

11. Aurícula esquerdo.

12. Veia cava superior. Traz o sangue venoso das extremidades superiores
até o átrio direito.

13. Artéria subclávia esquerdo. Leva sangue ao membro superior esquerdo.

14. Artéria tronco braquicefálica. Dá origem à subclávia e carótida comum


direito.

15. Artéria carótida comum esquerdo. Leva sangue arterial à cabeça e pescoço
do lado esquerdo.

16. Veia jugular interna esquerda. Traz sangue venoso da cabeça e pescoço
do lado esquerdo.

17. Traqueia. Tubo muscular constituído por anéis de cartilagem.

18. Glândula tireoide. Produz hormônios T3 e T4.

O asterisco representa o ramo circunflexo da artéria coronária esquerda.

A hashtag representa a artéria coronária direito.

Neste corte, vê-se a ápice o 1/3 médio e a base dos pulmões Esquerdo e direito.

Terceira fatia coronal

Corte coronal médio do tórax evidencia o ventrículo esquerdo e o 2 átrios.

117
UNIDADE IV │ANATOMIA SECCIONAL

Figura 108. Corte coronal do tórax.

Fonte: Adaptado de: Moeller, Reif (2001).

1. Fígado. Lobo direito.

2. Músculo diafragma. Músculo da respiração.

3. Esôfago. Tubo muscular responsável por ligar a cavidade oral ao estômago.

4. Artéria aorta parte abdominal.

5. Baço. Importante órgão do sistema linfático.

6. Veia cava inferior: traz o sangue venoso das extremidades inferiores até
o átrio direito.

7. Átrio direito: recebe o sangue das veias cavas e envia ao ventrículo direito.

8. Ventrículo esquerdo: envia o sangue arterial a todos os tecidos do corpo


humano.

9. Átrio esquerdo: recebe o sangue dos pulmões e envia ao ventrículo


esquerdo.

10. Veias pulmonares: levam o sangue arterial ao átrio esquerdo

11. Veia cava superior: traz o sangue venoso das extremidades superior até
o átrio direito.

118
ANATOMIA SECCIONAL │ UNIDADE IV

12. Arco da artéria aorta.

13. Ápice do pulmão esquerdo.

14. 1/3 médio do pulmão esquerdo.

15. Base do pulmão esquerdo.

16. Traqueia. Tubo muscular constituído por anéis de cartilagem.

17. Vértebra T1.

18. Plexo braquial.

* Artéria Pulmonar direita. Leva o sangue venoso ao pulmão direito.

** Artéria tronco pulmonar: origina-se no ventrículo direito. Leva o sangue aos pulmões.

# Seio coronário. Importante vaso do retorno venoso cardíaco

Quarta fatia coronal

Corte coronal médio do tórax evidencia o ventrículo esquerdo e o 2 átrios.

Figura 109. Corte coronal do tórax.

Fonte: Adaptado de: Moeller, Reif (2001).

1. Fígado. Lobo direito.


119
UNIDADE IV │ANATOMIA SECCIONAL

2. Músculo diafragma. Músculo da respiração.

3. Esôfago. Tubo muscular responsável por ligar a cavidade oral ao estômago.

4. Artéria aorta parte abdominal.

5. Baço. Importante órgão do sistema linfático.

6. Veia cava inferior. Traz o sangue venoso das extremidades inferiores até
o átrio direito.

7. Átrio esquerdo. Recebe o sangue dos pulmões e envia ao ventrículo


esquerdo

8. Veias pulmonares esquerdas. Levam o sangue arterial do pulmão


esquerdo ao átrio esquerdo.

9. Artéria Pulmonar direita. Leva o sangue venoso ao pulmão direito.

10. Arco da artéria aorta.

11. Traqueia. Tubo muscular constituído por anéis de cartilagem.

12. Brônquio principal esquerdo. Leva ar ao pulmão esquerdo.

13. Ápice do pulmão esquerdo.

14. 1/3 médio do pulmão esquerdo.

15. Base do pulmão esquerdo.

16. Vértebra T2.

17. Hilo do pulmão direito.

* Veia ázigos. Drena o sangue das paredes abdominal e torácica.

# Carina.

Quinta fatia coronal

Corte coronal posterior do tórax não mostra estruturas do coração.

120
ANATOMIA SECCIONAL │ UNIDADE IV

Figura 110. Corte coronal do tórax.

Fonte: Adaptado de: Moeller, Reif (2001).

1. Fígado. Lobo direito.

2. Músculo diafragma. Músculo da respiração.

3. Esôfago. Tubo muscular responsável por ligar a cavidade oral ao estômago.

4. Artéria aorta parte abdominal.

5. Baço. Importante órgão do sistema linfático.

6. Artéria Pulmonar esquerda. Leva o sangue venoso ao pulmão esquerdo.

7. Brônquio principal esquerdo. Leva ar ao pulmão esquerdo.

8. Veias pulmonares esquerdo. Levam o sangue arterial do pulmão esquerdo


ao átrio esquerdo.

9. Vértebra T5.

10. Arco da artéria aorta.

11. Vértebra T12.

12. 1ª costela verdadeira.


13. Ápice do pulmão esquerdo.
14. 1/3 médio do pulmão esquerdo.
15. Base do pulmão esquerdo.
16. Hilo do pulmão direito.

121
UNIDADE IV │ANATOMIA SECCIONAL

Na altura da vértebra T1, o corte mostra a medula espinal em amarelo. Ao lado, vê-se
claramente a articulação entre a 1ª costela e os processos transversos da vértebra T1.

Sexta fatia coronal


Corte coronal posterior do tórax não mostra estruturas do coração.

Figura 111. Corte coronal do tórax.

Fonte: Adaptado de: Moeller, Reif (2001).

1. Fígado. Lobo direito.

2. Músculo diafragma. Músculo da respiração.

3. Baço. Importante órgão do sistema linfático.

4. Vértebra T2. Processo espinhoso.

5. 2ª costela verdadeira.

6. Medula espinal.

7. Escápula esquerdo. Importante osso do ombro.

8. Ápice do pulmão esquerdo.

9. 1/3 médio do pulmão esquerdo.

10. Base do pulmão esquerdo.

122
ANATOMIA SECCIONAL │ UNIDADE IV

Esta é a última fatia coronal. Neste corte já não se vê as estruturas cardíacas.

O número 2 representa o músculo diafragma e neste corte podemos observar sua origem
nas costelas.

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<http://www.purposegames.com/game/anatomia-seccional-torax-13>.

<http://www.purposegames.com/game/anatomia-seccional-torax-14>.

<http://www.purposegames.com/game/anatomia-sagital-torax-1>.

<http://www.purposegames.com/game/anatomia-sagital-torax-2>.

<http://www.purposegames.com/game/anatomia-sagital-torax-3>.

<http://www.purposegames.com/game/anatomia-sagital-torax-4>.

<http://www.purposegames.com/game/anatomia-sagital-torax-5>.

123
UNIDADE IV │ANATOMIA SECCIONAL

<http://www.purposegames.com/game/anatomia-sagital-torax-6>.

<http://www.purposegames.com/game/anatomia-sagital-torax-7>.

<http://www.purposegames.com/game/anatomia-sagital-torax-8>.

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<http://www.purposegames.com/game/anatomia-coronal-torax-5>.

<http://www.purposegames.com/game/anatomia-coronal-torax-6>.

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126

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