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Brasília-DF.
Elaboração
Produção
Apresentação.................................................................................................................................. 5
Introdução.................................................................................................................................... 8
Unidade I
Indicações Da Ventilação Mecânica E Modos Ventilatórios...................................................... 9
Capítulo 1
Indicações e princípios da ventilação mecânica........................................................... 9
Capítulo 2
Modos convencionais da ventilação mecânica.......................................................... 16
Capítulo 3
Modos não convencionais de ventilação mecânica.................................................. 22
Unidade iI
Cuidados com as vias aéreas artificias........................................................................................ 27
Capítulo 1
Vias aéreas artificias: intubação e traqueostomia......................................................... 27
Capítulo 2
Cuidados com as vias aéreas artificias........................................................................... 32
Unidade iII
Parâmetros Iniciais, Desmame E Extubação................................................................................... 37
Capítulo 1
Como iniciar e manter o paciente em ventilação mecânica....................................... 37
Capítulo 2
Desmame............................................................................................................................... 47
Capítulo 3
Extubação............................................................................................................................ 51
Unidade iV
Repercussões Hemodinâmicas E Efeitos Adversos....................................................................... 55
Capítulo 1
Interação cardiopulmonar na ventilação Mecânica................................................. 55
Capítulo 2
Efeitos adversos................................................................................................................. 59
Unidade V
Ventilação Mecânica Não Invasiva E Ventilação Domiciliar..................................................... 64
Capítulo 1
Ventilação mecânica não invasiva.................................................................................. 64
Capítulo 2
Ventilação mecânica domiciliar..................................................................................... 72
Unidade Vi
Ventilação Mecânica Invasiva E Não Invasiva Em Pediatria E Neonatologia............................ 76
Capítulo 1
Princípios da ventilação mecânica invasiva em pediatria e neonatologia................ 76
Capítulo 2
Ventilação mecânica não invasiva (vmni) em pediatria e neonatologia..................... 82
Referências................................................................................................................................... 88
Apresentação
Caro aluno
Conselho Editorial
5
Organização do Caderno
de Estudos e Pesquisa
A seguir, apresentamos uma breve descrição dos ícones utilizados na organização dos
Cadernos de Estudos e Pesquisa.
Provocação
Textos que buscam instigar o aluno a refletir sobre determinado assunto antes
mesmo de iniciar sua leitura ou após algum trecho pertinente para o autor
conteudista.
Para refletir
Questões inseridas no decorrer do estudo a fim de que o aluno faça uma pausa e reflita
sobre o conteúdo estudado ou temas que o ajudem em seu raciocínio. É importante
que ele verifique seus conhecimentos, suas experiências e seus sentimentos. As
reflexões são o ponto de partida para a construção de suas conclusões.
Atenção
6
Saiba mais
Sintetizando
7
Introdução
Bem-vindo ao caderno de estudo da disciplina: Ventilação mecânica invasiva e não
invasiva aplicada à fisioterapia.
Objetivos
»» Promover conhecimento básico sobre a ventilação mecânica invasiva e
não invasiva.
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Indicações
Da Ventilação Unidade I
Mecânica E Modos
Ventilatórios
Nessa primeira unidade, o objetivo é que o aluno entenda sobre quando será indicada
a ventilação mecânica invasiva e entender os seus mecanismos de ação, assim como os
modos mais básicos, dito convencionais de ventilação. Conhecimento desses princípios
capacita o aluno a entender os modos mais novos de ventilação mecânica, assim como
ajustar os parâmetros inicias da ventilação nos pacientes.
Capítulo 1
Indicações e princípios da ventilação
mecânica
Na respiração normal, o ar entra nos pulmões devido a uma diferença da pressão. Para
que aconteça a entrada do ar na via aérea a pressão alveolar deve cair. A contração dos
músculos da caixa torácica faz com que a pressão intrapleural caia pelo aumento do
volume torácico. Essa queda de pressão é transmitida para dentro do pulmão fazendo
com que caia a pressão dentro dos alvéolos. Quando a pressão alveolar cai abaixo da
pressão atmosférica o ar entra para dentro do pulmão até que a pressão alveolar atinja
a pressão atmosférica novamente o que faz com o fluxo pare novamente no final da
inspiração (LEFF; SCHUMACKER, 1996; WEST, 2010).
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UNIDADE I │ Indicações Da Ventilação Mecânica E Modos Ventilatórios
A ventilação com pressão positiva depende da geração de uma pressão positiva que
será aplicada à via área do paciente, e irá substituir total ou parcialmente a ventilação
espontânea do paciente, sendo indispensável no tratamento da insuficiência respiratória
aguda e crônica agudizada (LANZA; GAZZOTTI; TSOPANOGLOU, 2007; BARBAS;
ÍSOLA; FARIAS, 2013).
Os objetivos da ventilação mecânica são manutenção das trocas gasosas por meio da
correção da hipoxemia e da acidose respiratória associada à hipercapnia; alívio do
trabalho da musculatura acessória; reversão ou prevenção da fadiga da musculatura
respiratória; diminuição do consumo de oxigênio e aplicação de terapêuticas específicas
(FU; SILVEIRA; BERNARDES, 2014).
A ventilação mecânica pode ser invasiva e não invasiva, isso depende da interface
utilizada. Na invasiva, são as das próteses endotraqueais e na não invasiva usa-se
máscaras faciais ou nasais (FU; SILVEIRA; BERNARDES, 2014).
10
Indicações Da Ventilação Mecânica E Modos Ventilatórios │ UNIDADE I
O principal exame laboratorial é a gasometria arterial, que fornece valores de pH, PaO2
e PaCO2, que devem ser avaliados em função da idade, pressão barométrica, fração
inspirada de O2, gasometria arterial basal do paciente e velocidade de instalação do
quadro. Na tabela 1, estão alguns critérios gasométricos que determinam a insuficiência
respiratória aguda e indicam a ventilação mecânica.
Além disso, é demonstrado também o índice de oxigenação (IO), que é a relação entre
a PaO2 e a FiO2, e é amplamente utilizado na prática clínica. O valor normal é de 400,
quando abaixo de 300 já é indicativo de distúrbio hipoxêmico, considerado grave
quando inferior a 200 (FU; SILVEIRA; BERNARDES, 2014).
Fonte: Adaptado de: CARVALHO, C.R.R., TOUFEN JUNIOR, C., FRANCA S.A. Ventilação mecânica: princípios, analise gráfica e
modalidades ventilatórias. III Consenso de Ventilação mecânica. J Bras Pneumol. v. 33, Supl 2, pp. S54-S70, 2007.
Fase inspiratória
O ventilador irá forçar o gás para dentro dos pulmões e isso será conseguido por meio
de um gradiente de pressão entre a pressão gerada no respirador e a pressão alveolar. O
11
UNIDADE I │ Indicações Da Ventilação Mecânica E Modos Ventilatórios
A oferta de gás nessa fase pode ocorrer por: geradores de pressão constante, geradores
de fluxo constante e geradores de fluxo variável.
Ciclagem a tempo
A transição ocorre após um período de tempo prefixado. Esse modo de ciclagem ocorre
nos geradores de pressão constante, modo pressão controlada, ou limitados a pressão.
O volume corrente é consequência da pressão aplicada, da complacência do sistema
respiratório e do tempo inspiratório programado.
12
Indicações Da Ventilação Mecânica E Modos Ventilatórios │ UNIDADE I
Ciclagem a volume
13
UNIDADE I │ Indicações Da Ventilação Mecânica E Modos Ventilatórios
Ciclagem a pressão
A fase inspiratória é determinada pela pressão alcançada nas vias aéreas. Quando
atinge o valor pré-determinado, interrompe-se a inspiração independente do tempo
inspiratório ou do volume para atingir a pressão. Os modos ventilatórios ciclados e
a pressão praticamente desapareceram do mercado. Mas esse mecanismo é usado no
alarme de pressão inspiratória máxima.
Ciclagem a fluxo
Encerra-se a fase inspiratória quando o fluxo inspiratório cai abaixo de níveis críticos,
independente do tempo inspiratório ou do volume liberado. Usada no modo ventilatório
pressão de suporte ou no binível. Nessa ciclagem, o paciente determina o tempo
inspiratório, o fluxo inspiratório e o volume corrente.
Fase expiratória
O início do ciclo respiratório, ou fase inspiratória, chamado disparo, pode ser por pressão,
por tempo ou fluxo. Quando exclusivamente por tempo, é ventilação controlada; quando
não envolve critério de tempo, é espontânea. Quando é um disparo misto por tempo,
pressão ou fluxo a ventilação é assistida ou controlada (TROSTER; WARTH, 2005).
O início da inspiração ocorre por queda da pressão nas vias aéreas, gerada
pela contração dos músculos inspiratórios. Modo de ventilação espontânea ou
14
Indicações Da Ventilação Mecânica E Modos Ventilatórios │ UNIDADE I
Fonte: CARVALHO, C.R.R.; TOUFEN JUNIOR, C..; FRANCA S.A. Ventilação mecânica: princípios, análise gráfica e modalidades
ventilatórias. III Consenso de Ventilação mecânica. J Bras Pneumol. v.33, Supl 2, pp. S54-S70, 2007.
15
Capítulo 2
Modos convencionais da ventilação
mecânica
Ventilação controlada
O disparo é por tempo e todos os parâmetros do ventilador devem ser ajustados. Então,
com isso, a frequência respiratória (FR) é fixa. É indicado quando o paciente é curarizado
ou quando em sedação profunda, em pacientes com paralisia muscular respiratória e
sem drive respiratório (LOPES, 2009).
Este é o modo de escolha para iniciar a ventilação mecânica e pode ser mantida durante
todo o período de suporte ventilatório, sendo o modo mais utilizado. Tem a vantagem
de garantir o volume minuto, com o ajuste de uma FR mínima, além da sincronia do
paciente com o ventilador. Porém, problemas de interação entre o paciente e o ventilador
podem ocorrer principalmente quando os fluxo e volumes são pequenos e podem se
tornar insuficientes para pacientes com drive respiratório aumentado (LOPES, 2009).
16
Indicações Da Ventilação Mecânica E Modos Ventilatórios │ UNIDADE I
Por exemplo, ajustada uma frequência de 6rpm, o ventilador vai enviar um ciclo a cada
10 segundos. Então o ventilador divide um minuto em seis intervalos de 10 segundos.
Em cada intervalo ira mandar um ciclo que poderá ser assistido ou controlado, ou seja,
assistido se o paciente, pelo esforço inspiratório, atingir a sensibilidade e controlado
se no final de 10 segundos não realizar esforço inspiratório. Se o paciente realizar
qualquer outro esforço dentro desses 10 segundos, resultará em ciclos espontâneos,
com fluxo e volume corrente livres. Quanto menor a FR ajustada, maior quantidade de
ciclos espontâneos.
Esse modo melhora a interação paciente-ventilador, usado na fase que o paciente pode
receber uma assistência ventilatória parcial, ou seja, pacientes estáveis ou em fase de
melhora da mecânica respiratória e da condição clínica preparando para o desmame e
neste propriamente dito. Pode-se ainda associar a pressão de suporte (PS) nos ciclos
espontâneos, denominada SIMV+PS (LOPES, 2009).
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UNIDADE I │ Indicações Da Ventilação Mecânica E Modos Ventilatórios
Há somente ciclos espontâneos, mantendo a pressão positiva nas vias aéreas, durante
todo o ciclo respiratório. Se o paciente estiver ventilando no CPAP com pressão
programada de 10cmH2O, não haverá ciclos assistidos e controlados, a FR programada
será “zero”, e a pressão na via aérea oscilará em valores abaixo de 10cmH2O na inspiração
e pouco acima disso na expiração.
Esse modo permite que a PS seja ajustada, caracterizando um modo binível (CPAP+PS).
É um modo que fornece um nível de pressão positiva constante na via aérea durante
esforços inspiratórios espontâneos. A pressão é mantida constante, por ajuste do fluxo
que desacelera à medida que a pressão intrapulmonar se eleva progressivamente. O
paciente determina o tempo inspiratório e expiratório, a frequência respiratória, o fluxo
inspiratório e o volume corrente. E o fluxo e o volume corrente dependem da pressão
aplicada, da impedância do sistema respiratório e do esforço inspiratório do paciente
(LOPES, 2009).
Alguns ventiladores permitem ajustar a velocidade com que a PSV é atingida, ajustando
a pressure slope.
A PSV pode ser associada com a PEEP para reduzir o trabalho dos músculos inspiratórios.
Além disso, a PEEP melhora a capacidade residual funcional e a relação ventilação/
perfusão e impede o colapso alveolar (LOPES, 2009).
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Indicações Da Ventilação Mecânica E Modos Ventilatórios │ UNIDADE I
Nesse modo, ajusta-se a pressão de acordo com o volume corrente que se pretende gerar,
sempre respeitando os limites de pressão que podem ser alcançados. Deve-se ajustar
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UNIDADE I │ Indicações Da Ventilação Mecânica E Modos Ventilatórios
também o tempo inspiratório considerando o volume a ser alcançado, pois nesse modo
o volume será resultante da pressão e do tempo inspiratório selecionado, pensando
também na relação inspiração/expiração desejada (LEME; DAMASCENO, 2014).
Nesse modo, ajusta-se a pressão, seguindo os mesmos critérios já citados, o rise time,
que é a velocidade de entrega do fluxo gerado nas vias aéreas e o limiar de corte ou
a sensibilidade expiratória. Nesse modo, a ciclagem é a fluxo e quando se ajusta a
sensibilidade expiratória, interfere-se no tempo de duração da fase inspiratória, ou
seja, quanto maior a sensibilidade de corte, menor o tempo inspiratório. Esse ajuste
interfere no volume gerado nas vias aéreas, bem como no conforto do paciente (LEME;
DAMASCENO, 2014).
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Indicações Da Ventilação Mecânica E Modos Ventilatórios │ UNIDADE I
Figura 6. Curvas de fluxo, volume e pressão no modo ventilação com pressão de suporte.
21
Capítulo 3
Modos não convencionais de
ventilação mecânica
Exemplos:
22
Indicações Da Ventilação Mecânica E Modos Ventilatórios │ UNIDADE I
São modos ciclados a tempo e limitados a pressão que utilizam o volume corrente como
feedback para ajustar continuamente o limite de pressão. Na PRVC, por exemplo,
o primeiro ciclo é no modo volume controlado, permitindo ao ventilador calcular a
mecânica respiratória. Os próximos ciclos são limitados a pressão e ciclado a tempo.
A cada ciclo há um ajuste da pressão para se atingir o valor do volume corrente
pré-determinado (CARVALHO; TOUFEN JUNIOR; FRANCA, 2007; BARBAS; ÍSOLA;
FARIAS, 2013).
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UNIDADE I │ Indicações Da Ventilação Mecânica E Modos Ventilatórios
Uma desvantagem é que se pode ajustar o volume minuto em uma situação com
taquipneia associada a um volume corrente baixo, e assim não garantir uma boa
ventilação pulmonar (CARVALHO; TOUFEN JUNIOR; FRANCA, 2007; BARBAS;
ÍSOLA; FARIAS, 2013).
Deve-se indicar o peso ideal do paciente (para estimativa do espaço morto), o limite
máximo de pressão inspiratória, pressão positiva expiratória final (PEEP), fração
inspirada de oxigênio (FiO2), tempo de retardo.
A ciclagem ocorre baseada na porcentagem do pico de fluxo inicial. Nos primeiros ciclos,
o ventilador mede a complacência, a resistência e a PEEP intrínseca. E, a partir disso,
o ventilador seleciona a FR, a relação tempo inspiratório/tempo expiratório (Ti/Te) e a
pressão limitada para as respirações mandatórias e assistidas. Com isso, têm-se ajustes
automáticos baseados no esforço do paciente e nas mudanças da mecânica respiratória
(CARVALHO; TOUFEN JUNIOR; FRANCA, 2007).
Esse modo visa minimizar a assincronia que ocorre até mesmo em modos espontâneos
como a pressão de suporte. É um modo espontâneo de ventilação mecânica invasiva
que oferece suporte ventilatório sincronizado (COUTO, 2012), que aumenta ou diminui
a pressão nas vias aéreas em proporção ao esforço do paciente, assistindo a ventilação
com proporcionalidade uniforme entre o ventilador e o paciente, melhorando a
sincronia paciente-ventilador (CARVALHO; TOUFEN JUNIOR; FRANCA, 2007;
BARBAS; ÍSOLA; FARIAS, 2013).
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Indicações Da Ventilação Mecânica E Modos Ventilatórios │ UNIDADE I
A versão mais recente PAV plus estima o trabalho ventilatório do paciente e do ventilador
mecânico usando a equação do movimento, que calcula a complacência e resistência,
por meio da aplicação de micropausas inspiratórias de 300 ms a cada 4-10 ciclos
ventilatórios. É muito indicado para pacientes com drive respiratório, apresentando
assincronia significativa (BARBAS; ÍSOLA; FARIAS, 2013).
Modo que permite compensar a resistência do tubo endotraqueal por meio da pressão
traqueal calculada. A proposta é ultrapassar o trabalho imposto pela via aérea artificial,
melhorar a sincronia paciente-ventilador e reduzir o aprisionamento aéreo. Pelo
conhecimento do coeficiente de resistência do tubo endotraqueal e da traqueostomia e
a medida do fluxo o ventilador aplica-se uma pressão proporcional à resistência durante
todo o ciclo respiratório (CARVALHO; TOUFEN JUNIOR; FRANCA, 2007).
É um modo espontâneo e também tem dois níveis de PEEP, porém, com tempo de
PEEP low mais longo que o PEEP high. Pode-se adicionar Pressão de Suporte (PSV).
A soma PSV + PEEP low é a pressão final das vias aéreas. Se o valor de PEEP high for
inferior ao valor PSV+ PEEPlow, o ventilador completa o valor para manter a pressão
nas vias aéreas (BARBAS; ÍSOLA; FARIAS, 2013).
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UNIDADE I │ Indicações Da Ventilação Mecânica E Modos Ventilatórios
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Cuidados com
as vias aéreas Unidade iI
artificias
Capítulo 1
Vias aéreas artificias: intubação e
traqueostomia
A via aérea artificial consiste na inserção por via nasal, oral ou transtraqueal de um
tubo que permita a passagem dos gases respiratórios e a instituição da ventilação
mecânica, para evitar as complicações devido a hipóxia e hipoventilação (MOTA;
MACHADO, 2008).
Tubo orotraqueal
O tubo tem diferentes diâmetros e a escolha deve ser baseada no tamanho da via aérea
e da faixa etária. Geralmente, para homens adultos usa-se tamanhos de 8,0-9,0mm,
mulheres adultas 7,0-8,0mm, crianças (3 a 12 anos) de 4,5 a 7,0mm e bebês de 2,5 a
3,5mm (MOTA; MACHADO, 2008).
27
UNIDADE II │ Cuidados com as vias aéreas artificias
Os tubos são dotados de cuff inflável que permitem melhor vedação e menor possibilidade
de vazamento aéreo, além de impedir a aspiração da secreção das vias aéreas superiores
ou do conteúdo gástrico (MOTA; MACHADO, 2008).
Processo de intubação
Deve-se escolher o tubo (tamanho ideal) e testado o cuff. Colocar fio guia, tomando
cuidado para não ficar para fora do tubo e lesar a traqueia. Testar também o laringoscópio,
separar o ambú, material para aspiração da via aérea, seringa para insuflar o cuff e
fixação do tubo (FU; LUCATO; FIGUEIRÔA, 2009).
28
Cuidados com as vias aéreas artificias │ UNIDADE II
O posicionamento do tubo deve ser confirmado por uma radiografia de tórax, que deve
ser posicionado 2 a 4 cm acima da carina. A gasometria arterial identificará a necessidade
de ajuste dos parâmetros do ventilador (FU,;LUCATO; FIGUEIRÔA, 2009).
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UNIDADE II │ Cuidados com as vias aéreas artificias
Traqueostomia
Indicada também para facilitar a extubação, pois diminui a resistência de vias aéreas
e o espaço morto, diminuindo o trabalho respiratório, e por requerer menor sedação,
facilitar a remoção da secreção, facilitar higiene oral e melhorar a possibilidade de
fonação (MOTA; MACHADO, 2008).
30
Cuidados com as vias aéreas artificias │ UNIDADE II
31
Capítulo 2
Cuidados com as vias aéreas artificias
Fixação e posicionamento
Após a intubação, deve-se realizar a fixação do tubo, com cadarço, esparadrapo ou
fixadores próprios confeccionados em velcro (figura 13), para minimizar a movimentação
do tubo e extubação acidental. Antes de fixar sempre verificar a numeração do tubo
que está entre os dentes, para verificação diária, ou a cada procedimento. Quando
houver a movimentação do tubo, ele deve ser reposicionado para a mesma numeração.
Importante que para introduzir ou tracionar deve-se desinsuflar o cuff e antes de fazer
isso, deve-se aspirar a secreção presente na orofaringe, ou seja, acima do cuff (MOTA;
MACHADO, 2008; FU; LUCATO; FIGUEIRÔA, 2009).
O tubo deve ser posicionado em torno de 3-4 cm acima da carina, que se localiza no nível
de segunda costela, anteriormente. Isso deve ser verificado por meio de radiografia de
tórax realizada logo após a intubação (figura 14).
A traqueostomia pode ser fixada com fitas de algodão cobertas com gaze e encapadas
com microporo, ou com fixadores próprios feitos de velcro (figura 15). Entretanto,
qualquer que seja o modo de fixação, deve-se prender, mas deixar frouxo o suficiente
para que passe um dedo sob ele. E deve ficar 4cm acima da carina.
32
Cuidados com as vias aéreas artificias │ UNIDADE II
33
UNIDADE II │ Cuidados com as vias aéreas artificias
Posicionar o circuito de uma forma que com o movimento da cabeça ele não seja
tracionado e que fique longe das mãos do paciente para evitar desconexão e extubação
acidental (MOTA; MACHADO, 2008).
34
Cuidados com as vias aéreas artificias │ UNIDADE II
Prevenção de infecção
A pneumonia associada a ventilação mecânica (PAV) é definida como aquela que ocorre
48 horas ou mais após o paciente estar em ventilação mecânica e que não estava em
incubação à admissão hospitalar. O aparecimento da PAV aumenta a morbidade e
mortalidade, além de aumentar o tempo em ventilação mecânica, internação hospitalar
35
UNIDADE II │ Cuidados com as vias aéreas artificias
e custos de internação, sendo importante adotar medidas de prevenção para que a PAV
seja evitada (LAHÓZ, 2014).
As medidas preventivas são a lavagem das mãos de forma adequada, o decúbito elevado
de 30 a 45º, para evitar broncoaspiração, o despertar diário da sedação, a troca do
circuito do ventilador quando há sujidade, aquecimento e umidificação adequados dos
gases, higiene oral, as mudanças de decúbitos e mobilização, e as diferentes técnicas da
fisioterapia respiratória, a fim de evitar acúmulo de secreção pulmonar e formação de
atelectasias, além da aspiração das secreções (LAHÓZ, 2014).
A aspiração trata-se da introdução de uma sonda estéril nas vias aéreas do paciente
e a sucção da secreção por meio de vácuo (MOURA; CANTO, 2009). Detalhes sobre
a técnica e os cuidados a serem tomados para evitar complicações serão mostrados
e discutidos em outra disciplina do curso. Deve ser realizada a aspiração do tubo
orotraqueal e também da orafaringe, principalmente da secreção acima do cuff, pois
essa secreção que fica acima do cuff, pode ser broncoaspirada, e ser a principal causa
de pneumonia.
36
Parâmetros
Iniciais, Desmame Unidade iII
E Extubação
Nessa unidade, o aluno conhecerá como iniciar a ventilação mecânica invasiva, assim
como manter a ventilação, e como conduzir o desmame até a retirada da via área
artificial. Todos os esses procedimentos são executados pelo fisioterapeuta, sendo esse
embasamento teórico muito importante para a prática clínica.
Capítulo 1
Como iniciar e manter o paciente em
ventilação mecânica
Quanto ao volume corrente (VC) deve ser ajustado em 6-8ml/kg do peso predito,
pensando em um pico de pressão máximo de 30cmH2O.
A pressão inspiratória deve ser ajustada de acordo com o VC desejado, mas não deve
ultrapassar 30cmH2O.
O tempo inspiratório incialmente pode variar de 0,8-1,2 segundos. E junto com o ajuste
da frequência respiratória deve proporcionar uma relação inspiratória/expiratória
(Relação I:E) de 1:2 a 1:3.
Ao justar a sensibilidadem deve-se observar que valores baixos podem gerar autociclagem,
ou seja, disparo sem o esforço do paciente. E também observar o assincronismo entre o
ventilador e o paciente, então, nesse caso, cuidado ao aumentar o valor da sensibilidade
para evitar disparos, pois pode aumentar o trabalho respiratório do paciente. Então
verificar a necessidade de analgesia ou sedação, orientar melhor o paciente, realizar
higiene brônquica e avaliar o balanço hídrico.
Muitas vezes, para se conseguir valores mais baixos da FiO2, pode-se aumentar o tempo
inspiratório, ajustar a PEEP e realizar manobras de recrutamento alveolar.
38
Parâmetros Iniciais, Desmame E Extubação │ UNIDADE III
Reavaliar todos esses parâmetros assim que disponível a primeira gasometria arterial.
A tabela 2 tem todos os principais parâmetros a serem ajustados inicialmente.
39
UNIDADE III │ Parâmetros Iniciais, Desmame E Extubação
Parâmetro Comentários/Recomendações
PaO2 Manter entre 65 e 80 mmHg com a menor FiO2 possível.
Normal > 400 a 500mmHg
Pode refletir “efeito shunt” nos pulmões:
Índice de Oxigenação PaO2/FiO2 Entre 200 a 300: 10 a 20% de shunt,
Entre 100 a 199: 20 a 40% de shunt,
Menor que 100: > 40% de shunt.
SaO2 Manter > 93-95%
Manter entre 7,35 a 7,43 no sangue arterial.
pH
Permitir pH até 7,20 na VM protetora da SARA ou doenças obstrutivas.
Manter valor conforme pH.
PaCO2
Hipercapnia permissiva (PaCO2 > 50mmHg) na SARA e doenças obstrutivas.
PaO2: pressão arterial de oxigênio; FiO 2: fração inspirada de oxigênio; SaO 2: saturação arterial de oxigênio; PaCO2:
pressão arterial de gás carbônico.
Fonte: Adaptado de HOLANDA, M.A. Fórmulas e parâmetros úteis em UTI. Disponível em: <https://xlung.net/manual-de-vm/
formulas-e-parametros-uteis-em-vm>. Acessado: março/2017.
Para esses cálculos, alguns parâmetros devem ser instituídos, tais como (MACHADO;
ZIN, 2008):
O valor da pressão alveolar está intimamente ligado com o risco de barotrauma, ou lesão
pulmonar induzida pelo ventilador, por isso é importantíssimo mensurar a pressão
alveolar com a manobra da pausa inspiratória. A pressão de pausa ou de platô reflete a
pressão alveolar, e não deve ultrapassar 30cmH2O, ajustando o volume corrente e/ou
a PEEP para que isso aconteça. Quanto menor a pressão de pausa, menor a chance de
hiperdistensão alveolar induzida pelo ventilador (HOLANDA; PINHEIRO, 2014).
40
Parâmetros Iniciais, Desmame E Extubação │ UNIDADE III
Resistência (RVa): calculada por uma oclusão rápida das vias aéreas ao final da
inspiração. É a razão entre a diferente da pressão de pico e platô sobre o fluxo.
Rva= Ppico-Pplatô
Fluxo
*Valor normal entre 0,5-1,5cmH2O/L/s
Cst = ________VC________
Cst = ________VC________
Figura 19. Manobra de pausa inspiratória para obtenção da resistência e complacência da via aérea.
Fonte: BARBAS, C.S.V.; ÍSOLA, A.M.; FARIAS, A.M.C. Diretrizes brasileiras de ventilação mecânica. 2013. Disponível em: <http://
itarget.com.br/newclients/sbpt.org.br/2011/downloads/arquivos/Dir_VM_2013/Diretrizes_VM2013_SBPT_AMIB.pdf>. Acessado:
março/2017.
41
UNIDADE III │ Parâmetros Iniciais, Desmame E Extubação
PEEPi pode ser quantificada no manômetro de pressão por uma oclusão da válvula
expiratória do ventilador imediatamente antes do início da próxima inspiração. Uma
PEEPi de 5cmH2O é semelhante ao desconforto gerado no paciente pela mudança de
-0,5 de sensibilidade para -5,5cmH2O.
42
Parâmetros Iniciais, Desmame E Extubação │ UNIDADE III
Recomenda-se uma relação de inspiração:expiração (I:E) inferior a 1:3 (ex. 1:4), para
isso, ajustar tempo inspiratório curto com baixa frequência respiratória.
Ajustar a FiO2 para manter a PaO2 próxima ao limite inferior da faixa de normalidade,
mantendo SpO2 superior a 90% e evitando a hiperoxia.
O tubo endotraqueal deve ser de largo diâmetro, para minimizar a resistência já presente
nas vias aéreas e para facilitar a sucção de secreções.
43
UNIDADE III │ Parâmetros Iniciais, Desmame E Extubação
De maneira geral o volume corrente deve ser menor que 8ml/kg; frequência respiratória
entre 10 e 14 irpm e fluxo inspiratório de 80 a 100L/min. Geralmente, frações inspiradas
de oxigênio baixas são necessárias, se precisar de altas taxas descartar complicações
como pneumonia, pneumotórax ou atelectasia (CARAMEZ, 2014).
Utilizar uma PEEP externa não excedendo o valor da PEEP intrínseca é importante
para contrabalancear os efeitos adversos de hiperinsuflação dinâmica.
Até o final da década de 1980, nos primeiros três dias após o traumatismo
crânio-encefálico (TCE), a sedação e a elevação da cabeceira, associada a hiperventilação
moderada (PaCO2 31 a 35 mmHg) ou hiperventilação forçada (PaCO2 <30mmHg)
foram amplamente utilizados no tratamento da hipertensão intracraniana. Isso se
fundamenta na vasoconstrição secundária à hipocapnia, com consequente diminuição
do fluxo sanguíneo cerebral e, portanto, menor volume de sangue cerebral, reduzindo
a PIC. Entretanto, sabe-se hoje que nem todo paciente pós TCE apresenta hiperfluxo
cerebral (OLIVEIRA; SOARES; KOSOUR, 2014).
Estudos mostram que nas primeiras 24 horas pós TCE, o fluxo sanguíneo cerebral está
reduzido em 50% e hiperventilar esses pacientes significa reduzir ainda mais o fluxo
sanguíneo levando a isquemia cerebral e ao aumento da pressão intracraniana.
A hiperventilação deve ficar restrita para casos em que for constatado hiperfluxo
sanguíneo cerebral associado ao aumento da pressão intracraniana (OLIVEIRA;
SOARES; KOSOUR, 2014).
44
Parâmetros Iniciais, Desmame E Extubação │ UNIDADE III
Recrutamento alveolar
Muitas vezes, o paciente na UTI sob suporte ventilatório mecânico pode cursar com
atelectasias, que pode gerar redução da eficiência nas trocas gasosas e desigualdade na
distribuição da ventilação no pulmão, provocando áreas de hiperdistensão e áreas de
abertura e fechamento cíclicos das unidades alveolares.
Diversas estratégias têm sido propostas como o fim de minimizar esses efeitos como
manobras de recrutamento alveolar, posição prona e ventilação de alta frequência.
45
UNIDADE III │ Parâmetros Iniciais, Desmame E Extubação
Sabe-se que manobras com sustentação da CPAP e com o uso de pressões positivas
acima de 35cmH2O seriam mais prudentes em pacientes bem sedados e com bloqueio
neuromuscular, a fim de evitar a ocorrência de barotrauma.
46
Capítulo 2
Desmame
Índices de desmame
Alguns índices podem auxiliar quanto a possibilidade de sucesso ou fracasso na retirada
da ventilação mecânica, tais como (STARLING; SILVA, 2009):
47
UNIDADE III │ Parâmetros Iniciais, Desmame E Extubação
48
Parâmetros Iniciais, Desmame E Extubação │ UNIDADE III
Protocolos de desmame
Sedação
Pose-se utilizar o tubo T ou colocar o paciente em PSV. No tubo T, uma saída está
conectada à porção proximal do tubo traqueal do paciente, a segunda a uma fonte
umidificadora e enriquecida de oxigênio, e a terceira é aberta, permitindo a exalação.
Deve-se iniciar por um período de 5-10minutos e, se tolerado, dev e ser prolongado
para 30 minutos até 2horas. Na PSV ajusta-se os parâmetros em 5-7 cmH2O, durante
30-120 minutos (STARLING; SILVA, 2009; BARBAS; ÍSOLA; FARIAS, 2013).
49
UNIDADE III │ Parâmetros Iniciais, Desmame E Extubação
Se não tiver sinais de intolerância, pode ser extubado, considerado então um sucesso o
teste.
Ela pode ser usada de três formas nesse processo, como facilitadora do desmame, logo
após a extubação de forma preventiva para evitar falha na extubação e curativa.
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Capítulo 3
Extubação
Extubação
A extubação é a retirada da via aérea artificial, após o processo de desmame. Quando se
retira a cânula de traqueostomia, o termo correto é decanulação (SILVA, 2009).
Deve-se avaliar o momento correto da extubação, avaliando a proteção das vias aéreas,
ou seja, o nível de consciência do paciente que deve ser acima de 8 na escala de coma de
Glasgow, ter tosse eficaz e pouca secreção (BARBAS; ÍSOLA; FARIAS, 2013).
Avalia-se também a permeabilidade das vias aéreas naqueles pacientes com maior
risco de estridor laríngeo e obstrução da via aérea. Isso pode ser avaliado pelo teste
de permeabilidade, denominado cuff leak test. Este teste consiste na verificação do
vazamento do cuff. É realizado registrando o VC inspiratório e expiratório no modo
assisto-controlado a volume e, após a desinsuflação do cuff, verificar se a queda do VC
expiratório é maior que 10% em relação ao inspiratório, mostrando que há vazamento
com o cuff desinsuflado. Lembre-se sempre que se tem que aspirar a via aérea superior
e a boca previamente (BARBAS; ÍSOLA; FARIAS, 2013).
Naqueles pacientes que não passaram no teste, pode ser benéfico o uso preventivo de
corticoesteroide 12-24horas antes da extubação (BARBAS; ÍSOLA; FARIAS, 2013).
Procedimento
Material:
»» Seringa de 20ml.
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UNIDADE III │ Parâmetros Iniciais, Desmame E Extubação
»» Retirar a fixação.
»» Desinsuflar o cuff.
A VMNI, após a extubação, como dito no capítulo sobre desmame, pode ser realizada
de forma preventiva em pacientes com maior risco, especialmente nos hipercápnicos,
52
Parâmetros Iniciais, Desmame E Extubação │ UNIDADE III
e de forma curativa, para corrigir uma insuficiência respiratória logo após extubação.
Entretanto, evitar a instalação da VMNI se nova falência respiratória em pacientes
extubados em até 48horas. Neste caso, deve ser reintubado e identificar e tratar as
causas dessa falência (BARBAS; ÍSOLA; FARIAS, 2013).
Desmame da cânula
O desmame deve ser bem planejado e iniciar no período da manhã, pois o paciente está
mais descansado. Para isso, o paciente deve ser posicionado o mais elevado possível,
desinsuflar o cuff e observar se o paciente é capaz de manter sua via aérea pérvia,
aumentando diariamente o tempo do procedimento, até que o paciente seja capaz de
ficar 24horas sem apresentar sinais de desconforto e piora da secreção. Estando o cuff
vazio, colocar um tampão de oclusão sobre a extremidade do tubo de traqueostomia,
com auxílio de um êmbolo de seringa. Manter ocluída por 2 horas no primeiro dia,
e ir aumentando de acordo com a tolerância do paciente até ficar 24 horas ocluída
(FREITAS; SELESTRIN; JUNIOR, 2009).
Decanulação
A retirada definitiva da cânula pode ser realizada após uma fibrobroncoscopia. Ela
é removida durante o exame, caso o paciente não apresente nenhuma alteração que
comprometa o desempenho respiratória (MOTA; MACHADO, 2008).
53
UNIDADE III │ Parâmetros Iniciais, Desmame E Extubação
O estoma fecha em 24 a 48 e pode ser orientado a realizar pontos falsos com micropore
e curativo com gaze até o fechamento definitivo.
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Repercussões
Hemodinâmicas E Unidade iV
Efeitos Adversos
Capítulo 1
Interação cardiopulmonar na
ventilação Mecânica
A contração dos músculos da caixa torácica faz com que a pressão intrapleural caia
pelo aumento do volume torácico. Essa queda de pressão é transmitida para dentro do
pulmão fazendo com que caia a pressão dentro dos alvéolos. Quando a pressão alveolar
cai abaixo da pressão atmosférica, o ar entra para dentro do pulmão até que a pressão
alveolar atinja a pressão atmosférica novamente, ou seja zero, o que faz com o fluxo
pare novamente no final da inspiração.
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UNIDADE IV │ Repercussões Hemodinâmicas E Efeitos Adversos
Figura 22. Relação entre as pressões, os fluxos e os volumes durante o ciclo respiratório.
Débito cardíaco
A quantidade de sangue bombeada por cada ventrículo por batimento, o debito sistólico,
é de cerca de 70ml. O débito do coração por unidade de tempo é o débito cardíaco (DC),
que é em média de 5L/min.
56
Repercussões Hemodinâmicas E Efeitos Adversos │ UNIDADE IV
A regulação da FC, por sua vez, se dá pelo SNA e barorreceptores; reflexo de Bainbridge
em resposta ao estiramento atrial e os efeitos das mudanças na pressão torácica durante
a respiração sobre o retorno venoso.
O uso da ventilação mecânica com pressão positiva pode gerar alterações hemodinâmicas.
A pressão intratorácica positiva altera a pressão intrapleural e intratorácica que são
transmitidas ao coração, pericárdio, grandes artérias e veias. E o volume do pulmão
pode afetar a pré-carga, pós-carga, frequência cardíaca e contratilidade miocárdica
(MACHADO, 2008).
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UNIDADE IV │ Repercussões Hemodinâmicas E Efeitos Adversos
58
Capítulo 2
Efeitos adversos
A lesão pulmonar associada à ventilação mecânica está relacionada não somente à lesão
pulmonar induzida pela ventilação mecânica, mas também por lesões pulmonares
pré-existentes, dentre elas, a Síndrome de o desconforto respiratório agudo (SDRA) é que está
associada com a maior suscetibilidade (SHIGUEMOTO, 2007).
Diversos mecanismos estão envolvidos na lesão pulmonar induzida pela ventilação. Estas
serão descritas a seguir.
Alterações morfológicas
As alterações histológicas são muito semelhantes às que ocorrem na síndrome
de desconforto respiratório agudo (SDRA), e têm relação direta com o tempo de
ventilação mecânica e a intensidade do estímulo mecânico. Ocorrem por conta do uso
de altas pressões transpulmonares, levando a uma lesão alveolar difusa, caracterizada
pela presença da membrana hialina, hemorragia alveolar e infiltração neutrofílica.
Pode-se ter também lesões endoteliais e epiteliais, levando a edema alveolar. E
numa fase tardia proliferação de fibroblastos e células epiteliais alveolares do tipo II
(TIMENETSKY, 2014).
Edema pulmonar
Os pulmões apresentam três mecanismos contra o acúmulo de líquido no espaço
extravascular e o desenvolvimento de edema: pressão de filtração capilar, capacidade
do espaço intersticial de reabsorver o líquido extravascular e a capacidade do sistema
linfático pulmonar em transportar os fluidos para fora do pulmão. A ventilação mecânica
poderia causar edema, por aumento da pressão de filtração nos capilares extra-
alveolares e alveolares. E poderia ocorrer também por alteração na permeabilidade da
barreira alveolocapilar (TIMENETSKY, 2014).
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UNIDADE IV │ Repercussões Hemodinâmicas E Efeitos Adversos
60
Repercussões Hemodinâmicas E Efeitos Adversos │ UNIDADE IV
Volutrauma
Uma forma de evitar isso é usar volume corrente reduzido (menor que 6ml/kg).
Atelectrauma
Biotrauma
Barotrauma
É o dano pulmonar provocado por altas pressões na via aérea. Essas lesões se
caracterizam por uma lesão traumática da parede alveolar, devido a hiperdistensão
alveolar e ao aumento da pressão dentro do alvéolo, levando a ruptura dos espaços
aéreos e fuga de ar (NARDELLI et al., 2007; SHIGUEMOTO, 2007).
61
UNIDADE IV │ Repercussões Hemodinâmicas E Efeitos Adversos
O pneumotórax é a forma mais comum e mais grave e requer drenagem imediata quando
amplo, pois causa dessaturação súbita da oxigenação e alterações hemodinâmicas
quando hipertensivo (figura 24).
Importante ressaltar que a pressão absoluta nas vias aéreas, por si só, não é lesiva, mas
o grau de insuflação pulmonar parece ser mais importante na gênese da lesão pulmonar
do que o nível de pressão.
Toxicidade do oxigênio
62
Repercussões Hemodinâmicas E Efeitos Adversos │ UNIDADE IV
Como prevenir?
Por meio de estudos, foi possível observar que o uso de baixos volumes pulmonares
(volume corrente de 6ml/kg) e baixa pressão de platô (menor que 30cmH2O)
minimizam a lesão pulmonar induzida pela ventilação. Além de usar baixa frequência
respiratória, pois o uso de altas frequências pode acarretar em microfraturas no
parênquima pulmonar, que aumentam em número e se propagam a cada ciclo até
que o traço da fratura seja grande o suficiente para proporcionar falência tecidual
(TIMENETSKY, 2014).
63
Ventilação
Mecânica
Não Invasiva Unidade V
E Ventilação
Domiciliar
Outra maneira de ofertar a pressão positiva para o paciente é por meio da ventilação
mecânica não invasiva, ou seja, por meio de interfaces, que evitam a intubação
orotraqueal e todos os efeitos adversos que a ventilação mecânica invasiva pode causar.
A escolha e condução da ventilação mecânica não invasiva é uma das atribuições do
fisioterapeuta.
Capítulo 1
Ventilação mecânica não invasiva
Indicações e contraindicações
A ventilação mecânica não invasiva (VMNI) consiste na aplicação de ventilação
artificial sem a necessidade da utilização de próteses endotraqueais, mas sim por meio
de interfaces como prongs e máscaras (CARR, 2009).
64
Ventilação Mecânica Não Invasiva E Ventilação Domiciliar │ UNIDADE V
»» DPOC agudizada.
»» Doenças neuromusculares.
»» Extubação precoce.
»» Vazamentos.
»» Lesão cutânea.
65
UNIDADE V │ Ventilação Mecânica Não Invasiva E Ventilação Domiciliar
»» Lesão da córnea.
»» Cefaleia.
»» Otalgia.
»» Distenção gástrica.
»» Aerofagia.
»» Autociclagem.
»» Reinalação do CO2.
»» Hipotensão.
»» Hiperinsuflação dinâmica.
»» Pneumotórax.
Interfaces
Existem diversos tipos de interface disponíveis no mercado. Cada tipo de interface tem
vantagens e desvantagens, sendo que a escolha da interface ideal é muito importante
para a correta aplicação da técnica e evitar as complicações. No quadro a seguir, há
os tipos e as vantagens e desvantagens de cada uma delas (SCHETTINO et al., 2007;
CARR, 2009).
66
Ventilação Mecânica Não Invasiva E Ventilação Domiciliar │ UNIDADE V
Tipos de ventiladores
Atenção especial dever ser dada na escolha desses equipamentos, para o circuito
e adaptações na interface. Por exemplo, nos aparelhos de ventilação mecânica,
tem-se o ramo inspiratório e o expiratório do próprio ventilador, nos aparelhos
portáteis com ramo único, as máscaras devem conter válvula exalatória (BARBAS;
ÍSOLA; FARIAS, 2013).
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UNIDADE V │ Ventilação Mecânica Não Invasiva E Ventilação Domiciliar
Modos de ventilação
Os modos mais utilizados são CPAP (continuous positive airway pressure), ou pressão
positiva contínua nas vias aéreas, e o binível (Bilevel positive airway pressure), em
que, como o nome já diz, aplica-se dois níveis de pressão na via, na inspiração e na
expiração (CARR, 2009).
Esses dois modos serão nosso enfoque aqui. Entretanto, é importante saber que outros
modos podem ser utilizados como PCV, PSV + PEEP, ventilação por pressão positiva
com volume limitado (NPPV) e a PAV (já citadas nos capítulos 2 e 3).
CPAP
68
Ventilação Mecânica Não Invasiva E Ventilação Domiciliar │ UNIDADE V
Pode provocar as complicações já citadas pelo uso da pressão positiva. Esse modo de
ventilação pode ser realizado por meio de geradores de fluxo, assim como os aparelhos
de ventilação invasiva e os próprios para não invasiva. Deve-se ajustar a PEEP, a FiO2 e
em alguns casos o fluxo inspiratório (SCHETTINO et al., 2007; CARR, 2009; BARBAS;
ÍSOLA; FARIAS, 2013).
Binível
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UNIDADE V │ Ventilação Mecânica Não Invasiva E Ventilação Domiciliar
»» Fixar a interface.
Vale ressaltar que a VMNI tem sido cada vez mais utilizada nas UTIs e pronto-
atendimentos como formas de tratamento da insuficiência respiratória aguda, mas é
muito importante o conhecimento e entendimento da fisiopatologia dessa insuficiência,
para a correta indicação da VMNI, instalação e condução.
Na reabilitação, as modalidades mais utilizadas são CPAP, binível, PSV, PCV e PAV, com
o objetivo de manter a SpO2 maior que 85%, reduzir o trabalho respiratório e melhorar
as trocas gasosas. Dessa forma, espera-se que o paciente reduza a falta de ar, aumente a
sua capacidade de exercitar-se e com isso melhore seu condicionamento físico.
70
Ventilação Mecânica Não Invasiva E Ventilação Domiciliar │ UNIDADE V
71
Capítulo 2
Ventilação mecânica domiciliar
Os objetivos são:
»» reduzir mortalidade;
»» reduzir custos;
As indicações são:
»» síndrome da hipoventilação;
»» fibrose;
»» doenças neuromusculares;
»» Estabilidade cardiopulmonar.
72
Ventilação Mecânica Não Invasiva E Ventilação Domiciliar │ UNIDADE V
»» FiO2 >0,4.
»» PEEP>10cmH2O.
A equipe envolvida nos cuidados desse paciente deve estar atenta as complicações, tais
como (OLIVEIRA, 2007):
»» hipocapnia;
»» hipoxemia,;
»» barotrauma;
»» instabilidade hemodinâmica;
73
UNIDADE V │ Ventilação Mecânica Não Invasiva E Ventilação Domiciliar
»» infecções respiratórias;
»» broncoespasmo;
»» falha do equipamento;
»» falha na umidificação;
»» depressão;
»» ansiedade.
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Ventilação Mecânica Não Invasiva E Ventilação Domiciliar │ UNIDADE V
Os ventiladores pressóricos para uso não invasivo ofertam o modo ventilatório Binível,
são pequenos e leves, com fluxo contínuo, melhorando a responsividade do trigger,
um mecanismo de compensação de vazamentos e uso de circuito de ramo único com
válvula exalatória de CO2 na porção distal. Possuem ainda monitorização de alguns
parâmetros como IPAP, EPAP, volume corrente estimado, volume minuto e frequência
respiratória, presença de alguns alarmes integrados (alta e baixa pressão, pane elétrica,
apneia) e possibilidade de uso de corrente elétrica. São indicados somente para uso de
forma não invasiva, mas observa-se cada vez mais a aplicação com êxito sob a forma
invasiva em traqueostomia. Quando sob esse uso cuidados específicos devem ser
tomados e devem ser indicados para pacientes com características clínicas específicas
(GHION; BOLONHEZI; MIRANDA, 2014).
O oxigênio associado à ventilação domiciliar pode ser ofertado por meio de cilindros,
concentradores de oxigênio e oxigênio líquido.
75
Ventilação
Mecânica
Invasiva E Não Unidade Vi
Invasiva Em
Pediatria E
Neonatologia
Capítulo 1
Princípios da ventilação mecânica
invasiva em pediatria e neonatologia
76
Ventilação Mecânica Invasiva E Não Invasiva Em Pediatria E Neonatologia │ UNIDADE VI
Assim como as vias aéreas superiores, o calibre das vias aéreas inferiores é bastante
reduzido, proporcionando quadros obstrutivos. Além disso, o brônquio fonte direito
do lactente é ainda mais alinhado à traqueia quando comparado ao esquerdo, tomando
cuidado com a broncoaspiração e intubação seletiva (MALINOWSKI; WILSON, 2000;
FERNANDES; ROSSI, 2012) (fgura 26).
77
UNIDADE VI │ Ventilação Mecânica Invasiva E Não Invasiva Em Pediatria E Neonatologia
Dessa forma, entende-se que neonatos e lactentes são mais suscetíveis a insuficiência
respiratória grave. E o conhecimento dessas particularidades anatômicas e fisiológicas
são importantes para o ajuste adequado da ventilação mecânica em neonatos e crianças.
Modos convencionais
Os modos ventilatórios são os mesmos já descritos anteriormente, então, iremos
ressaltar o que é particular da população pediátrica e neonatal.
Vale lembrar que a escolha correta do modo ventilatório permite aumentar a sincronia
entre o paciente e o ventilador, reduzir a síndrome de escape de ar e diminuir os dias da
ventilação mecânica (PAULA; FERNANDES, 2012).
O modo assistido-controlado deve ser o modo inicial de ventilação mecânica. Mas para
que seja realizada a sensibilidade, deve ser bem ajustada para detectar os esforços do
paciente e a válvula de demanda deve ser de resposta rápida.
78
Ventilação Mecânica Invasiva E Não Invasiva Em Pediatria E Neonatologia │ UNIDADE VI
PEEP (cmH2O) 03 05
Fr (rpm) 30 20
79
UNIDADE VI │ Ventilação Mecânica Invasiva E Não Invasiva Em Pediatria E Neonatologia
Na HFV utiliza-se VC que varia de 1 a 3ml/kg e FR entre 60 e 120 rpm. Mesmo com
volume tão baixo a garantia da ventilação se dá pela alta frequência respiratória. E uma
das vantagens desse modo ventilatório é não ocorrer aberturas e fechamentos cíclicos
do alvéolo, evitando assim lesões no tecido pulmonar.
Indicações
81
Capítulo 2
Ventilação mecânica não invasiva
(vmni) em pediatria e neonatologia
As indicações são as mesmas já citadas, mas pode-se citar mais especificamente para
a insuficiência ventilatória hipoxêmica, para desmame e pós-extubação, apneia da
prematuridade, sala de parto, ventilação em recém-nascidos de baixo peso (ANDRADE;
RIBEIRO, 2012).
Interfaces
82
Ventilação Mecânica Invasiva E Não Invasiva Em Pediatria E Neonatologia │ UNIDADE VI
Os tamanhos desse tipo de prong variam de acordo com o tamanho do bebê – massa
corporal, ou seja, tamanho 00 e 0 para <700g; tamanho 1: 700 a 1250g; tamanho 2:
1250 a 2000g; tamanho 3: 2000g a 3000g; tamanho 4: >3000g, e tamanho 5: 1-2 anos.
Deve ficar bem ajustada, mas não em contato com septo nasal, para não provocar lesões
na mucosa nasal e no septo (ANDRADE; RIBEIRO, 2012).
Modos ventilatórios
Diferentes modos podem ser utilizados para a VMNI, mesmo aqueles citados para a VMI,
tais como ventilação com pressão controlada, volume controlado, pressão de suporte,
ventilação mandatória intermitente ou contínua, ventilação com pressão limitada com
ciclagem a tempo, CPAP e binível (ANDRADE; RIBEIRO, 2012). Aqui abordaremos os
mais utilizados e citados.
83
UNIDADE VI │ Ventilação Mecânica Invasiva E Não Invasiva Em Pediatria E Neonatologia
CPAP nasal
É o modo ventilatório usado em associação com a prong nasal principalmente em RN
pré-termo (RNPT) ou a termo. É indicado na doença da membrana hialina, apneia
da prematuridade, síndrome da aspiração do mecônio, desmame do respirador
(FREITAS, 2007).
»» melhora da oxigenação;
Pode ser de fluxo contínuo, assim como o CPAP convencional, em que se determina
um nível de fluxo e a PEEP determinada a partir do tamanho do orifício de saída da
válvula expiratória. E bubble CPAP, cuja PEEP é gerada por um sistema de “bolhas”,
mergulhando o ramo expiratório em um recipiente de água, para determinar o valor de
pressão de acordo com a profundidade (figura 30) (OKADA; VALE, 2012).
84
Ventilação Mecânica Invasiva E Não Invasiva Em Pediatria E Neonatologia │ UNIDADE VI
Também pode ser por fluxo varíavel, como no sistema infant flow driver, cuja a PEEP é
dada por interfaces específicas. E o sistema por válvula de demanda em um ventilador
que tenha um fluxo de base (bias flow) que dispara de acordo com a demanda do
paciente (OKADA; VALE, 2012).
O circuito é composto de uma prong de silicone, dois tubos corrugados (um ramo
inspiratório e um expiratório), uma linha de monitorização de pressão, um adaptador
de umidificação de 22-10mm, uma touca e duas fitas de velcro.
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UNIDADE VI │ Ventilação Mecânica Invasiva E Não Invasiva Em Pediatria E Neonatologia
»» Passar sonda gástrica e deixar aberta nos intervalos das dietas se houver
aumento de volume abdominal.
Desmame
Após longo período no CPAP nasal, antes da retirada deve-se reduzir gradativamente os
parâmetros (FiO2: 0,4 e PEEP de até 3cmH2O).
Binível
Realizado de forma muito semelhante ao que foi citado para o adulto. As indicações na
pediatria são: doença pulmonar crônica da infância, doenças neuromusculares, asma
ou bronquiolite, pneumonia, hipoventilação central e desmame.
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Ventilação Mecânica Invasiva E Não Invasiva Em Pediatria E Neonatologia │ UNIDADE VI
E os parâmetros a serem ajustados além da IPAP e EPAP são FiO2, fluxo, sensibilidade
ou disparo do aparelho (OKADA; VALE, 2012).
Pode ser necessário passar sonda gástrica para evitar distensão abdominal.
CPAP BINÍVEL
»» “Continuous positive airway pressure”. »» Pressão expiratória (EPAP) e inspiratória (IPAP).
»» Forma de suplementação de O2. »» Ajustar:
»» Ajustar: ›› Pressões;Tinsp;
›› FiO2; ›› FR ;
›› PEEP; ›› FiO2;
›› Fluxo (dependendo do equipamento). ›› Fluxo;
›› Sensibilidade ou disparo.
FiO 2: fração inspirada de oxigênio; PEEP: pressão expiratória positiva final; Tinps: tempo inspiratório; FR: frequência
respiratória.
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Referências
88
Referências
FU, C.; LUCATO, J.J.J.; FIGUEIRÔA, M.C. Cuidados com as vias aéreas. In: SARMENTO,
G.J.V. O ABC da Fisioterapia Respiratória. São Paulo: Manole, 2009, pp. 267-274.
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SARMENTO, G.J.V. Princípios e práticas de ventilação mecânica. São Paulo:
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Reabilitação. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2008, pp. 213-225.
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Referências
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