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 O que é o TT?

 Lesões do tórax que podem ter


repercussões maiores ou menores
na Função Cardiorespiratória

 Frequência:
 Bastante comum em MV, 10-25% em Situações de Urgência

 Importância:
 TT apresenta ↑ gravidade daí que assuma extrema
importância. Ter em conta:
 Traumatismos Múltiplos
 Comprometimento imediato das funções vitais

 Frequentemente associado a  Causas?

Instabilidade Hemodinâmica e  RTA´s

Respiratória agudas  Lutas entre animais

 Alterações cardio-pulmonares  Quedas

 Armas de fogo
 Avaliar/Descartar todas as possíveis
 Objectos Penetrantes
situações/cenários
 Maus tratos
 Uma simples ferimento pode ser a
“gota de água”

 Formas de Apresentação: (≠´s Variações)  TT


 Instabilidade Torácica (“Flail chest”)
 Depressão da parede torácica ↑Impacto/Força
 É quase sempre uma situação de urgência

 Traumatismo pulmonar fechado  Requer tratamento de emergência e manutenção


 Contusão, Laceração e “Torção” pulmonares (Cuidados Intensivos)

 Pneumotorax  “ABC”
 Hemotorax  Airway Vias Aéreas
 Lesões Traqueais ou bronquiais  Breathing Respiração
 Lesões Cardíacas ou dos grandes vasos
 Circulation Circulação
 Lesões Esofágicas

(!) Mais de 50% dos casos requerem abordagem cirúrgica (!) Garantir perfusão e oxigenação tecidular/celular

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 Descartar as 5 principais causas de Colapso Cardio-
respiratório:  1º Obedecer a ordem do “ABC”

 Controlo/Prevenção Hipoxia, hipercapnia e


 Quais?
acidose
 Pneumotorax Hipertensivo
 Descartar qual o mecanismo/variação do trauma
 Hemotorax (Maciço)
 Avaliação/Interpretação rápida das lesões
 Pneumotorax aberto (“Toracotomia Traumática “)
 p.e.: Equimoses Traumas fechados
 Tamponamento Cardíaco

 Ruptura Aórtica O Exame clínico é o maior recurso de diagnostico!

 Cuidados redobrados:
 Se situação de vómito, epistaxis ou hematemese  Sistema Respiratório
 Presença de corpos estranhos (Obstrução vias)
Riscos de Aspiração
 Expansão torácica
 Se dor ou tosse aquando da deglutição
 Capacidade
Lesão Esofágica Grave  Padrão/Simetria
 Ruídos
SISTEMA RESPIRATÓRIO E
 Descartar alterações intratorácicas (Ar vs Liquido)
CARDIOVASCULAR

 Sistema Respiratório (Cont.)  Sistema Cardiovascular


 Avaliar “A”(Airway) e “B”(Breathing)  Freq.Cardiaca
 Se ferimentos abertos:  Auscultação
 Encerramento imediato (Bandagens)  Descartar tamponamento cardíaco, ruídos e outros
 Drenagem torácica
 Pressões arteriais
 Estabilização das pressões intratorácicas
(p.e.:Dreno Heinrich)
 Pulso
 Descartar: Insuficiência Respiratória Aguda  Intensidade

 Fracturas de Costelas e/ou Esternais  Simetria Bilateral


 Broncoaspiração, lacerações e contusões  Sincronia Cardiaca

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 Sistema Cardiovascular (Cont.)  Exames complementares
 Avaliar Hemorragias
 Reposição (Transfusão Sanguínea)  Fins de diagnóstico

 Acompanhamento da terapia
 Avaliar Pressões
 1º Bolus Cristalóide (RL)  (!) Depois de garantida a estabilização dos sinais vitais

 2º Bolus Hipertónico (NaCl 7,5%)  Quais?


 3º Bolus Colóide (Hemohes 6%)  Gases Sanguíneos
 4º Dopamina/Dobutamina  Radiografia
(Não necessita ser esta ordem)
 Ultrassonografia
 Garantir acesso venoso periférico
 PVC  Hemograma e Bioquímica
 Se PVC↑ Tamponamento Cardíaca e/ou  TAC
Hipertensão intratorácica
 Ressonância Magnética

 Classificação:
 Tratamento de urgência
 Toracotomia  TT Aberto
 Ferimentos penetrantes
 Comunicação entre o meio externo e o interior da
caixa torácica, através de solução de continuidade
 Instabilidade hemodinâmica
 TT Fechado
 (!)Abordagem agressiva e imediata
 Integridade da caixa Torácica é preservada
 Tamponamento pericárdico (Associado a Lesão)
 + comum (90% dos casos)
 Hemorragias extensas persistentes

 Rupturas diafragmáticas
(!) O trauma multissistémico predomina:
 Laceração esofágica ou de pulmão  Associação de lesões
 Lesões Torácicas, lesões do sistema músculo-esquelético, traumatismo craniano e
 Ferimentos transfixantes do mediastino lesões abdominais entre outras.
 Camuflagem ou Mix de Sinais clínicos

Expiração Inspiração
 Fractura de pelo menos 2 costelas

consecutivas em 2 pontos

 Instabilidade óbvia | Costelas a “nadar”

 Acompanhada de alterações respiratórias graves

 Muitas vezes associada a hemotorax, pneumototrax e contusão

pulmonar. Movimentos Respiratórios

Movimentação do fragmento Maiores Riscos

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 Sinais Clínicos
 Dispneia
 Movimento paradoxal da parede torácica
 Dor moderada a severa
 (…)

 Tratamento
 Posicionamento
 Lado afectado colocado “por baixo”(Pseudo-imobilização)

 Controlo da dor (p.e: Fentanil, Morfina)


 Respiração médica assistida + Oxigenoterapia
 +++Situação de Insuficiência Respiratória é frequente

 Drenagem torácica
 Estabilização do(s) fragmento(s)
 Se necessário recorrer a procedimentos cirúrgicos invasivos

 Contusão Pulmonar:  Contusão Pulmonar: (Cont.)

 Surge quando há 1 rápida  Sinais Clínicos:

compressão e descompressão  Dispneia inspiratória (Sem movimento abdominal paradoxal)

do parênquima  Tosse
 Possível Hemoptise, Hematemese e/ou Epistaxis
 Associada a causas que envolvam ↑Energia (p.e.: RTA)
 Alterações ao Exame Físico:
 Frequente em traumas torácicos fechados (75-80%)
 Sons pulmonares anómalos
 Gravidade variada:  Crepitações
 Situações mais graves Alta Mortalidade
 Diminuição dos sons pulmonares (Lesões graves do parênquima)

 Contusão Pulmonar: (Cont.)


 Exames Complementares: Grau Ex. físico Rx G.sang.

I Ligeiro aumento da FR e N ou com pequenas pO2 – N


 Raio-X sons bronco-vesiculares densidades pCO2 – N / -
 1ªas horas não há evidências de alterações pulmonares
II Aumento da FR moderado e Densidade localizadas pO2 – N
 Aumento da radiopacidade pulmonar – “Hepatização”(24-36H) sons bronquiais pCO2 - / -

III Aumento severo da FR; Densidade com mais pO2 – lig. /-


crackles; sons bronquiais 1/3 pCO2 - /-

IV Dispneia; crackles; Densidades com 1/2 pO2 - /-


hemoptisis ligeira ou pCO2 - N
moderada

V Dispneia severa; cianose; Densidades com mais pO2 - /-


espuma sanguinolenta de 1/2 pCO2 - /+
traqueia

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 Tratamento:  Entubação com ventilação positiva:
 Depende da severidade da lesão  Baseada nos valores de gases sanguíneos
 Monitorização da oxigenação e  Sucção traqueal:
gases sanguíneos
 Sempre que haja liquido traqueal
 Oxigenioterapia
 Nebulização de solução salina com etanol ( 1:2 ou 1:3)
 Descanço em jaula
 Muito útil para destruir as gotículas de edema
 Mudança de posição muito
frequente

 Laceração Pulmonar:
 Corticoides:
 Seu uso não provou benefícios  Assumem ↑ Gravidade
 Diuréticos:  +++ quando há extravasamento de ar
 Apesar de lógico o seu uso é contraindicado, devido á
hipovolémia Comprometimento Ventilação

 Aminofilina:
 Não é provável que sejam muito úteis Pneumotorax Hipertensivo
 Broncoconstrição, não é um factor interveniente na
patologia  Possível Morte
 Quadro de hemotorax associado a pneumotorax
 Antibióticos:  Raio-X
 Principalmente para resolver infecções secundárias
 Não usar como prevenção  Áreas de pneumatocélio/pneumatoquistos
 Abordagem semelhante a CP

 Asfixia Pulmonar:
 “Torção” Pulmonar:
 Situação muito rara ou de diagnóstico pouco frequente
 Situação rara
 Privação de oxigénio - “Crush” torácico (Esmagamento)
 Parcial(180º) ou Total(360º)
 Relação com:
 Pode afectar ambos os hemitorax´s
 Pressão Toraco-abdominal
 (!)Cuidados redobrados se torção acompanhada por ruptura
 Glote Fechada
mediastinal
 Inspiração Profunda
 Controlar os riscos de hipoxia e hipoperfusão do tecido
 Acompanhada de hipertensão cervicofacial
pulmonar
 Edema facial, petéquias, cianose, hemorragia subconjuntival,
 É quase sempre necessário tratamento cirúrgico
etc.…
(!)Perda de consciência, convulsões e confusão mental (ocasionalmente)

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 Acumulação de ar entre as pleuras
 Deslocamento e consequente atelectasia dos lóbulos
 PNEUMOTORAX
pulmonares

 HEMOTORAX  Perda ou diminuição da Pressão negativa intratorácica


 Dificuldade de expansão pulmonar
 LESÕES TRAQUEO-BRONQUIAIS Hipoxia e Hipercapnia

 ≠Tipos:
 LESÃO ESOFÁFICA
 Simples
 LESÕES CARDÍACAS
 Aberto

 HÉRNIA DIAFRAGMÁTICA  Hipertensivo

 Lesão do parênquima pulmonar  Tratamento


 Ar desloca-se para o espaço pleural  Oxigenoterapia

 Colapsamento pulmonar secundário (PDT)  Fluidoterapia

 Sinais clínicos:  Analgesia

 Taquipneia/Dispneia  Toracocentese

 Cianose  Monitorização
 ↑Amplitude respiratória  Fundamental, dada a possibilidade de progressão para

 Exames complementares: Pneumotorax hipertensivo

 Raio-X
 Zona radiolucente por acumulo de ar

Pneumotorax causa? Traumatico

TRAQUEIA Espontaneo: Bullas


Pneumomediastino

Geralmente cirurgico

VEIA CAVA POST.


Pneumotorax por
pneumomediastino
DIAFRAGMA

NÃO INDICA A GRAVIDADE


DO PNEUMOTORAX

LOBULO PULMONAR CORAÇÃO LIGAMENTO FRENICO


Bullas pulmonares

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 “Ferida torácica aspirativa”
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 Caracteriza-se por lesão aberta da parede torácica
 Exposição do torax

 Entrada de ar para o espaço pleural com aumento de


pressão intratorácica e consequente colapsamento

 Sinais Clínicos:

 Dispneia

 Movimento abdominal paradoxal

 Ferida Torácica

 Surge como resultado de PS ou PA (86-90%)


 Exame Físico:
 Acumulação do ar no espaço pleural sem que este seja
 Enfisema cutânea
expelido aquando da expiração
 Ferida aberta

 Tratamento: Compressão pulmonar(+++)


 Correcção da ferida
 Drenagem Diminuição do retorno venoso
 Analgesia +
 Fluidoterapia
Perda da pressão negativa intratorácica
 Toracocentese

 Monitorização
 Fundamental dada a possibilidade de progressão para Pneumotorax
hipertensivo Hipoventilação progressiva,
Hipertensão + Colapso Circulatório

 Sinais Clínicos:

 Dispneia inspiratória grave

 Movimento abdominal paradoxal

 Posição ortopneica

 ↓Tempo de expiração

 Exame Físico:

 Tórax com som timpânico acentuado

 Tratamento
 X´s Toracocenteses repetidas (Remoção da maior quantidade de ar)

 Toracotomia do lobo afectado

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 Sinais clínicos:
 Acumulação de sangue entre as pleuras  Dispneia inspiratória (Movimento abdominal paradoxal)
 Espaço pleural ocupado por conteúdo liquido
 Exame Físico
sanguinolento
 Som maciço á percussão
Compressão pulmonar ↓ Função pulmonar
 Mucosas pálidas ou cianóticas
(!)Possíveis alterações hemodinâmicas, comprometimento da volemia
 Pulso fraco e rápido
 Surge como resultado:
 Taquicardia (Hipovolémica)
 Ruptura do parênquima

 Ruptura da vasculatura (Vasos de calibre médio ou grande)  Exames complementares:


p.e.: Vasos intercostais

 Raio-X (Liquido no espaço pleural)

 Tratamento:  Comum em situações de trauma cervical


 Abordagem de paciente dispneico
 Causa + frequente:
 Oxigenoterapia
 Entubação endotraqueal  Estiramento cervical Separação dos anéis traqueais

 Transfusão sanguínea  Sinais clínicos:


 Fluidoterapia  Hemoptise, Hematemese e/ou Epistaxis
 Analgesia
 Dispneia (Insuficiência respiratória aguda)
 Toracocentese
 Pescoço distendido (Posição Ortopneica)
 Outros:
(!)Evitar situações de hipoperfusão e hipoxigenação
 Enfisema subcutâneo
 Pneumotorax
CHOQUE  Atelectasia

 Diagnóstico:  Associadas a lesões de grandes vasos, base cardíaca, pulmão e


traqueia
 Anamnese (Hx e Mecanismo do Trauma)
 Resultado de traumatismo ou perfuração
 Exame físico
 Requerem diagnóstico rápido
 Raio-X
 Risco de alterações intratorácicas graves

 Tratamento  p.e.:Pleurite, Mediastinite, Empiema (Possível sepsis)

 Tratamento cirúrgico
 Exclusivamente Cirúrgico
 Dissecação local
 Excepção se lesões mínimas
 Limpeza
 Controle da dor
 Remoção de aderências
 Drenagem
 Sutura
(!)Cuidados com o suporte alimentar

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 Contusão do miocárdio  Tratamento
 Lesão cardíaca + comum  Lidocaína
 Situações de Arritmias são frequente  Bolus (2-6 mg/kg)
 CVP´s ou taquicardia ventricular  Infusão continua (25-80 µg/kg/min)
 Sinais clínicos
 Imediatamente após trauma
(!)As arritmias podem aparecer 12-48H após trauma
 Só após 12-48H
Requerem observação cuidadosa do MV
 Monitorização é fundamental
 Auscultação cardíaca
 ECG

 Responsável por 85% dos óbito em animais que nos chegam como
 Importante sítio de lesão traumática do tórax
Urgência/Emergência
 Gravidade potencial.
 Paciente portador de lesão de grandes vasos e/ou câmaras
 Situação sub-diagnosticado (50-60%) cardíacas

 Rupturas atriais(+ freq.) ou ventriculares


 As principais lesões:
 Sinais/Apresentação Clínica
 Pneumomediastino
 Sinais clássicos e graves de hipovolemia
 Hematoma mediastinal
 Normalmente concomitante com alterações respiratórias

 Hemopericárdio

 Lesão da aorta.

 Lesões do diafragma
 Tratamento
 Ruptura com solução de continuidade do músculo
 Abordagem rápida

 Cirúrgico (Urgente)
 Pode ser necessário “clampar” o vaso, podendo mesmo Hérnia
comprometer algum dos membros
 p.e.: Ruptura do plexo braquial

 Prioridade/Objectivo salvar o animal

 Transfusão

 Fluidoterapia

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 Situação geralmente unilateral
ANSAS INTESTINAIS NA
 Compressão dos lóbulos pulmonares CAVIDADE TORACICA 11 12 13
10
78 9
5 6
Atelectasia ¿ESTOMAGO?

Hipoperfusão, hipoventilação, hipoxigenação,


hipoxia e hipercapnia

TRAQUEIA

FIGADO? PILORO DESLOCADO


¿CORAÇÃO?
PERDA DIAFRAGMA

Estomago
plieges mucosa

coração
pulmão ES SIEMPRE
figado UNA
URGENCIA higado
diafragma
QUIRURGICA estomago

 Sinais clínicos
 Dispneia inspiratória
 Diagnóstico
 Raio X
 Tratamento
 Suporte
 Oxigenoterapia
 Analgesia
 Fluidoterapia
 Cirúrgico +++
(!)Cuidados redobrados aquando da correcção e consequente
descompressão
 Síndrome de Reperfusão - Danos nos tecidos após re-oxigenação em situações de
isquemia

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 TT é uma das emergências mais complexas em MV
 “Trauma torácico en animales pequeños” - Dr. Patricio Torres G., MV.
 Todos os elementos ABC podem estar afectados
M.Sc. Profesor Asociado, Depto. Cirugía, Fac. Medicina, Universidad de Concepción,

 Reversão dos sinais difícil e complicada Director Hospital Veterinario San Francisco – Chile

 Avaliação do animal como um todo  “Clinical Management in Thoracic Trauma” - Luis H. Tello, DVM, MS,

Small Animal Teaching Hospital College of Veterinary Medicine University of Chile


 Requer tratamento rápido

 Monitorização do animal essencial e intensa(48H)  “Trauma Torácico En El Perro - M.V.Z. ESP. Horacio José Reyes Alva, Jefe

del área de cirugía HMVPE, FMVZ, UAEM.

(!)Quanto mais facilmente for diagnosticado um


 “Urgências respiratórias “- Dr. Nuno Paixão, DVM, LMV, Cert. FCCS, Hospital

problema mais facilmente será corrigido Veterinário Central, Serviço de Urgência, Cuidados Intensivos e Anestesia

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