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Situação Clínica Patológica: Sistema Arterial Coronário s/ capacidade fisiológica de suprir adequadamente, aguda ou cronicamente, as necessidades
miocardias de solicitação de O2 e metabólitos (glicose) = desequilíbrio entre oferta e consumo de O2 e metabólitos
Etiologia: ATEROSCLEROSE CORONÁRIA – DAC > Obstrução mecânica das coronárias + Espasmo Coronário > Obstrução funcional coronária +
Aumento exagerado do consumo de O2 em pacientes com obstruções coronárias limítrofes + Anemias/Hipoxias graves > Conteúdo arterial de O2
insuficiente
Fatores de Risco
Aterosclerose à processo crónico e continuo (resposta inflamatória e fibroproliferativa da parede arterial mediada por lesões na superfície arterial
(endotélio)) à Acumulação de lípidos e elementos fibróticos
Combinação variável = substrato genético ( expressão de recetores hepáticos de LDL) predisposto + condições ambientais (alimentação) precipitantes
Lesão arterial inicial na superfície endotelial à disfunção endotelial à interações c/ monócitos, plaquetas, células musculares lisas, linfócitos à
formação da placa de ateroma
Monócitos à superfície endotelial à camada íntima à fagocitose partículas LDL colesterol à células espumosas e estrias gordurosas à substrato
anatómico inicial da doença aterosclerótica
Margem da Placa (local de crescimento) = macrófagos + células espumosas à Neovascularização c/ pequenos capilares de paredes finas (à
hemorragia Transmural e rutura da placa)
Placa Aterosclerótica à núcleo: porção central = rica em lípidos + capa fibrótica = tecido conjuntivo
Mecanismos de Oclusão: Trombo não oclusivo sobre placa pré-existente, obstrução dinâmica (espasmos coronários ou vasoconstrição), obstrução
mecânica progressiva, inflamação ou infeção, angina secundária, rutura da placa aterosclerótica
Apresentações Clínicas:
SCA Angina Estável (AE) Sensação dor/ desconforto precordial ou torácico ou mandíbula ou m.sup.esq.
Pacientes c/ doença aterosclerótica obstrutiva ( esforço físico e emoções // repouso e nitrato sub
lingual)
Angina Típica definitiva: desconforto torácica subesternal, esforço ou emoção, repouso e nitrato
Angina típica provável: reúne 2 ou 3 das características descritas
Dor torácica não cardíaca: reúne 1 ou nenhuma das características da típica
Inicio (súbito/ desencadeado esforço ou emoções intensas) à Localização (habitual =
retroesternal/precordial) à intensidade (variável) à irradiação (mandibula, pescoço e face interna
MSE) à aparecimento à duração (2 a 10 min) à alívio (repouso/ uso de nitratos)
Acompanhada de sintomas decorrentes do estímulo do SNA (indicador de maior gravidade) –
respiração ofegante, dispneia, arritmia
EXAME FISICO à na hora da dor = ritmo galopante, sopro por insuficiência mitral e congestão pulmonar
Classe I: atividade física ordinária s/ desconforto
Classe II: discreta limitação da atividade ordinária
Classe III: acentuada limitação da atividade ordinária
Classe IV: incapacidade para qualquer atividade física s/ desconforto
Angina Instável (AI) Por diminuição da luz do vaso decorrente: fissura da placa, trombo ou alterações da vasomotricidade
Classificação de Braunwald:
Gravidade dos Classe inicio recente – menos 2 meses
sintomas I Frequente/acentuada intensidade – 3/+ ao dia
Acelerada – frequência e progressão
Enfarte Agudo do Miocárdio (EAM) - Sem Supra ST à Não Necrose Transmural + Não há benefícios c/ terapia trombolítica ; ECG frequente;
diagnostico = alterações enzimáticas; risco arritmia aumentado
Passagem Limite Autorregulação do fluxo coronário + ajuda de possível circulação colateral à
Condições de Isquemia prolongada em que há dano irreversível dos miócitos
Necrose Celular = alteração estrutural + precoce à aumento permeabilidade MP > Poros à Libertação
enzimas cardíacas marcadoras necrose Cardíaca.
EAM = limitação fluxo sanguíneo à Necrose do musculo cardíaco (oferta inadequada de oxigénio ao
musculo cardíaco)
Dor intensa + sudorese profunda + palidez + sensação de angústia > mais de 30 min
Primeira manifestação à pode ser AVC/ICE
Manifestações clínicas + preocupantes: ICE, arritmias, choque
Reperfusão Miocárdica: Reperfusão à diminuição da necrose + remodelamento ventricular
Mecanismos de agressão: stress oxidativo (radicais livres derivados O2) + sobrecarga de CA2+
citoplasma
Viabilidade Miocárdica
Miocárdio “stunned” (atordoado) Miocárdio Hibernante
Anormalidade que persiste por algum tempo Fluxo coronário reduzido à Disfunção contrátil
após ep. Coronário isquémico agudo (há persistente em repouso
restauração do fluxo coronário): Fluxo coronário restabelecido à disfunção
- distúrbios das funções sistólica e diastólica reversível
- grau de atordoamente // duração da isquemia
- atordoamento precoce à algumas horas
- atordoamento tardio à dias ou semanas para a
função ventricular voltar ao normal
Exame Físico à alterações PA, FC, sons cardíacos, SNC / sopros /atrito pericárdico
Diagnóstico Complementar:
è Análises Sanguíneas:
Marcador Elevação
Mioglobina 2/3h
Troponina I 3/12h
Troponina II 3/12h
CK – MB 3/6h
CK – total 4/6h
è ECG:
Relação entre sintoma clínico e diagnóstico dos SCA, como também prover informações relevantes
para melhorar opção terapêutica e estratificação prognóstica
Análise do ECG 12 derivações à alterações de ST/ T/ onda Q
Onda T Anormalidade à alterações
Registo frequente msm ausência doença
Correlacionar com variáveis clinicas e laboratoriais
Isquemia Sub Onda T contrária ao sentido do vetor de ativação
Epicárdica ventricular na região que sofreu isquemia
Isquemia Sub Onda T vetor c/ mesma direção e sentido do complexo
Endocárdica QRS
Segmente ST na Análise depressão do segmento ST à grau
isquemia infradesnivelamento = 80mseg do ponto J
Infradesnivelamento anormal >0,5mm
Corrente de Lesão Vetor à zona lesada
è Subendocárdica = infradesnivelamento ST
è Subepicárdica = supradesnivelamento ST
Fases EAM:
Superaguda à Ondas T aumentadas (hipercaliemia)
Aguda à elevação ST + diminuição T + aparecimento Q
Subaguda à T invertida + ST retorna linha de base
Crónica à Ondas Q + elevação ST
Isquemia Silenciosa Peter Cohn – Alterações perfusão, função/atividade elétrica do miocárdio na ausência de dor
precordial/equivalentes isquémicos
Aumento FC à Isquemia
Tipo 1: assintomáticos, saudáveis s/ história previa de angina ou EAM.
Tipo 2: assintomático após enfarte
Tipo 3: angina clássica
Abordagem Terapêutica: Promover vasodilatação, Reperfusão (oclusão total), Remodelamento, reduzir hipóteses de recorrência, prevenir trombose,
tratar e prevenir complicações da isquemia/ necrose
Antiplaquetários Aspirina
Derivados tienopiridinicos Ticlipidina e clopidogrel
Antagonistas dos recetores glicoproteínas IIb-IIIa Abciximab, tirofibam
Antitombolíticos Heparinas
Antisquémicos Nitratos DNI, MNI
Betabloqueadores Propanolol, carvedilol
Antagonistas dos canais de cálcio Diltiazem
Inibidores da ECA Captopril, enalapril
Incapacidade do coração em manter o DC compatível com as necessidades metabólicas tecidulares à coração não consegue manter as
necessidades circulatórias do organismo à é uma fase, em geral a final, de várias doenças cardíacas
Etiologia:
Doenças (cardiopatia isquémica, miocardiopatia dilatada idiopática, cardiopatia hipertensiva, cardiomiopatia da doença de chagas) que diminuem a
força de contração do miocárdio à Qualquer situação biológica, física ou química que diminua a força do miocárdio
Coração c/ força normal + sobrecarga de trabalho excessiva à estenose aórtica, insuficiência aórtica
Origem Problemas primários – miocardiopatia, aterosclerose, cardiopatia valvular, HAS, eventos agudos
Causas Precipitantes Infeções, anemia, tirotoxicose, gestação, arritmias, miocardites, endocardite infeciosa, excessos
físicos/dietéticos/líquidos, ambientais e emocionais, HAS, EAM, Embolia Pulmonar
Fisiopatologia:
Alterações sistémicas à diminuição da capacidade de perfusão tecidular >> Sistemas envolvidos: SNS, SRAA + Substâncias constritoras de vasos,
dilatadoras de vasos e inflamatórias à Progressiva diminuição da capacidade do coração funcionar como efetiva bomba propulsora do sangue
Agressão Miocárdica à Queda Débito Cardíaco à ativação mecanismos neuro-hormonais => Preservar homeostase circulatória
Mecanismos Compensatórios:
Princípio de Frank-Starling Capacidade do coração se adaptar a variaçõesde volume sanguíneo modificando a sua contratilidade = Maior pré-
carga à aumento contratilidade / menor pré-carga à saída de menos sangue
Incapacidade de esvaziamento dos ventrículos durante a sístole à aumento das pressões de enchimento dos vd
e ve à aumento distensão diastólica células miocardicas não lesadas à aumento contração
Aumento tensão diastólica pv à alteração configuração geométrica (=remodelação) à aumento consumo
energético
Dilatação exagerada à fibras musculo cardíaco alargam-se tanto à contração ineficaz à agravamento da doença
Neuro-Hormonas Alterações cardíacas risco fluxo sanguíneo à Recetores sensoriais coração e grandes vasos à impulsos SNC à
inibição dois mecanismos vasoconstritores (estimulação SNS e libertação vasopressina pela pituitária)
Barorreceptores à diluição nr impulsos inibitórios à facilitação mecanismos vasoconstritores (ativação SNS e
libertação vasopressina pela pituitária)
SNS + Vasopressina = aumento pressão arterial sistémica (PAS) e volume intravascular à Manter perfusão
cerebral
Equilíbrio = aumento PAS à estimulação barorreceptores à restauração da inibição tónica atividade neuro-
hormonal à diminuição libertação vasopressina e noradrenalina
Barorreceptores c/ disfunção = SNS permanece ativado + aumento libertação vasopressina à excessiva
vasoconstrição sistémica + expansão volumétrica intravascular
Mecanismos Neuro-hormonais:
à Resposta compensatória benéfica à aumento da sobrecarga de volume e da pós-carga do ventrículo c/
contratilidade já diminuída à progressão IC já existente
à exacerba anormalidades metabólicas já existente à aparecimento de arritmias cardíacas
Resumo fisiopatologia: Mecanismos para compensar diminuição do DC + manutenção perfusão órgão vitais
Aumento volumes sistólicos e diastólicos finais + aumento tensão parede ventricular durante a diástole
Características:
Tipos:
Princípios tratamento: alterações hemodinâmicas e neuro-hormonais; identificação da doença de base + correção; eliminação de fatores precipitantes
de descompensação; tentativa melhoria qualidade vida e aumento da sobrevida
Não digitálicos
De ança
Poupadores de K+
Outros Betabloqueadores
Antagonistas de angiotensina II
Cirúrgico
ECG; RX- Tórax: área cardíaca, circulação pulmonar; Ecocardiograma: função ventricular; Dosagem de Peptídeos Natriuréticos: (BNP) à Produzido
pelos ventrículos
Patologias Sistema Cardiovascular - EAP
Emergência Médica (sensação de morte iminente à atendimento médico urgente) à Síndrome Clínico = acumulação anormal de fluídos no
compartimento extravascular pulmonar
Hipoxemia, aumento trabalho respiratório, diminuição da função pulmonar e alteração relação ventilação-perfusão
Apresentação clínica inicial à Edema Agudo de Pulmão à IC Aguda (pior prognóstico intra-hospitalar )
Fisiopatologia:
Microcirculação Pulmonar à trocas de fluidos e proteínas entre sistema circulatório e os tecidos à Pressões Hidrostáticas capilar e intersticial +
Pressões osmótica = proteínas (albumina do plasma + fluido intersticial)
Aumento pressão dentro vasos sanguíneos Pressão mto elevada vasos pulmões à H2O do sangue tende a sorar através dos poros à
Acumulação dentro tecido pulmonar
Aumento da permeabilidade Facilitam a saída de H2O
Etiologia:
Doença Isquémica à disfunção do músculo papilar à crise hipertensiva/ insuficiência mitral aguda
Rutura Espontânea
EAM
Pacientes à sobrecarga em massas de líquidos, cristaloides, função renal alterada à sobrecarga líquida (síndrome de cogestão venosa)
Outras formas de edema à Obstrução grave e brusca da via respiratória principal / drenagem súbita e em massa de um pneumotórax
EAP Desequilíbrio entre Falência das camaras esquerdas à aumento pressão diastólica final VE à Aumento pressão
Cardiogénico pressão hidrostática hidrostática vascular à transmissão pressão hidrostática capilar pulmonar (superior que a
(Etiologia capilar elevada e pressão pressão intersticial normal) à extravasamento de líquido em proporções maiores do que a
Cardiogénica) intersticial normal , nas capacidade do sistema linfático pulmonar à EAP
porções em que o líquido
extravasado já não pode ser
removido adequadamente
Sinais e Sintomas:
Pacientes IC à pioria gradual da função do coração e progressiva congestão pulmonar à apresentação de um fator de descompensação da IC à
quadro agudo de retenção de líquidos à Sintomas de EAP: intensa falta de ar, sensação de afogamento, agitação, tosse com secreção espumosa,
incapacidade em se deitar e taquicardia
Diagnóstico:
Exame Físico Palidez cutânea e sudorese fria e profusa, cianose das extremidades, uso da musculatura respiratória acessória,
taquipneia, sibilos difusos (c/ ruido ao respirar), auscultação cardíaca prejudicada pela respiração ruidosa, elevação
TA
Exames Complementares ECG, Gasimetria Arterial, RX-Tórax e TAC (exclusão TEP), Ecocardiograma, Hemograma (eletrólitos, enzimas
cardíacas, ureia, creatinina), função hepática
Diagnóstico Diferencial Crise Asmática, TEP, exacerbação da DPOC
Medidas Primárias: Paciente sentado à redução pré-carga/retorno venosa + favorecimento musculatura respiratória
Quando:
è Paciente Urina àdiuréticos via venosa (ação rápida)
è Paciente não urina/ não responde aos diuréticos à Hemodiálise de urgência
è EAP muito grave + Oxigenação baixa à ET e ventilação mecânica
Melhoria ventilação (redução ansiedade dispneia, reflexos pulmonares e pré-carga) à administração de opiáceos
Patologias do Sistema Cardiovascular – HTA
Hipertensão Essencial Elevação crónica da PA = (PA) > 140/90 mmHg s/ causa definível
Forte fonte hereditária
HT Essencial grave à aumento pressão média de 40 a 60%; DC quase normal, redução fluxo sanguíneo renal para
cerca de metade do normal; rins não excretam quantidades adequadas de sal e de água, a não ser que a PA esteja
elevada
Etiologia:
è Sensibilidade ao sal – TA aumenta ao nível de ingestão de sódio
è Cálcio – TA aumenta c/ baixa ingestão de teor de cálcio (bloqueadores canais cálcio = agentes-
hipertensores eficazes)
è Renina-angiotensina-aldosterona
HTE c/ baixa renina Supressão atividade renina plasmática
Aumento sensibilidade ao sal da TA e resposta + a diuréticos
HTE c/ renina elevada Níveis de atividade de renina plasmática acima da faixa normal
Elevação do nível de renina à efeito primário na elevação PA ou
efeito secundário à aumento da atividade sistema adrenérgico
HTE não moduladora Sensível ao sal à defeito na capacidade do rim em excretar sódio de
maneira apropriada
Ingestão de sódio não modula respostas vasculares supra-renais ou
renais à angiotensina II
Correção C. Fisiopatológicas à administração inibidor de enzima de
conversão da angiotensina (iECA)
PAS PAD
PA normal <120 mmHg <80 mmHg
Pré-hipertensão 120 a 139 mmHg 80 a 89 mmHg
Hipertensão
Estágio I 140 a 159 90 a 99 mmHg
mmHg
Estágio II >160 mmHg >100 mmHg
Fatores de Risco: Histórico familiar, idade avançada, raça afro-americana, obesidade, inatividade, tabagismo, ingestão excessiva de sal/álcool
Aterosclerose
Efeitos Cardiológicos HVE, Cardiomegalia, ICC, AI, EAM
Efeitos Neurológicos AVC, Hemorragia cerebral, encefalopatia
hipertensiva
Efeitos Renais Lesões arterioscleróticas, disfunção tubular,
alterações renais da hipertensão (disfunção e
insuficiência renal)
Alterações Retinianas Exsudados retinais e hemorragias, Papiledema
Diagnóstico:
Diferencial Hipertensão Secundária à Doença renal crónica, hipertensão renovascular, aldosteronismo primário e outros estados de
excesso de mineralocorticoides, síndrome de Cushing e outros estados de excesso de glicocorticoides, indução por fármacos,
feocromocitoma, coartação da aorta, apneia do sono, hiperparatireodismo, hipertiroidismo
Abordagem História inicial + exames físico e laboratorial à formas corrigíveis de HTA secundária, estabelecer linha de base de pré-
tratamento, determinar presença de lesão de órgão-alvo, avaliar fatores que possam influenciar tipo de terapia, determinar
presença de outros fatores de risco para doença cardiovascular arteriosclerótica
Tratamento:
Prevenção: manter peso corporal saudável, evitar obesidade, fazer exercício regularmente, limitar a ingestão de sal, álcool e cafeina