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Júlia Azzolini
MEDCURSO
Nefrologia
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MEDCURSO – Nefrologia Júlia Azzolini
NEFRO 1
Vascularização renal:
- Aorta → artéria renal (hilo) → ramificações até o córtex. A vascularização entra, se ramifica e passa entre
as pirâmides (colunas de bertim), e margeia a pirâmide. Dentro dos lobos, esses prolongamentos são
chamados de interlobulares, saindo a arteríola aferente, que se enovela e forma o glomérulo. Depois que
passa o glomérulo, começa a nutrir o parênquima (eferente e vasa reta). Ou seja, a irrigação é do córtex
para a medula. Em lesão isquêmica renal, a papila é a que mais sofre.
- Artéria interlobar → interlobulares → arteríola aferente → glomérulo (forma o filtrado) → eferente
(nutrição do parênquima) → vasa reta (do córtex até a medula renal) nutrição da medula
O néfron:
- É a unidade morfofuncional do rim
- TCP → AH → AD → AE → TCD → TC → papila
- Glomérulo:
- Dentro da cápsula de bowman (+ glomérulo = corpúsculo de Malpighi)
- Composta por 2 folhetos (epitélio de revestimento simples):
- Externo ou parietal: recebe a urina
- Interno ou visceral: célula podocitária (=polvo). Os prolongamentos abraçam o capilar
glomerular, formando uma barreira mecânica de filtração (o capilar é muito fenestrado,
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essa barreira impede a passagem). Forma a fenda de filtração, que permite a passagem
de algumas substâncias.
* Sangue atravessa o glomérulo → cai no espaço de bowman
* Para segurar o filtrado temos 3 coisas: endotélio fenestrado, membrana basal e tentáculos da célula
podocitária.
* Rim filtra 20 a 25% do débito cardíaco por dia. Qualquer doença sistêmica é capaz de deixar um IC ou
anticorpo no glomérulo, mas só tem 3 lugares para essas substâncias atacarem o glomérulo (na mem-
brana basal, depois do endotélio/subendotelial ou entre a membrana e os tentáculos, que é subepitelial)
* Glomerulopatia: biópsia
* Unica estrutura contínua = membrana basal.
* Entretanto, o endotélio tem partes que não tem membrana basal (é como se fosse uma fita passando ao
redor dos capilares). A membrana não abraça endotélio por endotélio, e sim vários endotélios ao mesmo
tempo. Essa estrutura anatômica no meio dos vasos que não é coberto por membrana basal é chamado
de mesângio renal. O mesângio serve para ajudar na estrutura anatômica glomerular (sustentação
mecânica e organização), além de ter células mesangiais, que auxiliam na filtração (quando uma ptn fica
presa, a célula fagocita). A célula mesangial serve como lixeiro.
* Mas como a célula mesangial está no meio do vaso, é facilmente lesionado, deixando passar hemácias.
LESÃO MESANGIAL = HEMATÚRIA
* Imunofluorescência: exame capaz de mostrar anticorpos e imunocomplexos se estiverem no local. Temos
2 padrões clássicos=
* padrão granular: subepitelial ou subendotelial
* linear: pega a membrana basal (é a única estrutura contínua do glomérulo)
GLOMERULOPATIAS
- Síndrome nefrítica
- Alterações urinárias assintomáticas
- Síndrome nefrótica
- GNRP (rapidamente progressiva): evolui para rim terminal rapidamente; formação de crescentes
- Trombose glomerular (SHU – síndrome hemolítica urêmica, PTT)
* Proteína de Tamm-Horsfall: é a glicoproteína que faz a adesão das células, formando cilindros.
* Cilindro hialino (acelular): pode ser fisiológico
* Cilindro granuloso: cheio de células epiteliais mortas (dos túbulos). Geralmente por necrose tubular aguda.
* TRIADE clínica classica: edema, oligúria, HAS
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- Causas (tudo):
- Glomerulonefrite pós estreptocócica **
- Glomerulonefrite não pós estreptocócica: infecciosa (bacteriana, viral, parasitária), sistêmica (good-
pasture) ou primária dos glomérulos (Doença de Berger, nefrite por imunocomplexos idiopática,
proliferativca mesangial pura, glomerulopatia membranoproliferativa)
* Glomerulonefrite pós estreptocócica (GNPE): infecção por estrepto pyogenes (βhemolítico do grupo A)
começa a produzir antígenos → anticorpos. Infecção → período de incubação → síndrome nefrítica. NÃO
TA JUNTO da infecção estreptocócica (tem um tempo).
* Se for faringite (febre alta, petéquias no palato, placas de pus) tem uma incubação de 10 dias. Entre-
tanto, vai melhorar a faringite mesmo sem tratamento. Nos fazemos antibiótico porque pode fazer
FEBRE REUMÁTICA (tratamento = profilaxia até 10 dias) – é complicação tardia só de garganta, a
GNPE é de todas.
* Principal agente de infecção orofaringe é vírus (com ou sem placas de pus).
* Piodermite estreptocócica (impetigo) também pode fazer com incubação de 3 semanas (não é re-
speitado na prova, geralmente falam "lesão de pele que já curou")
* Todo mundo pode fazer GNPE, só precisa de uma infecção por pyogenes antes. A população mais
acometida é crianças (escolar)
* Clínica: maioria assintomático.
* Diagnóstico: história (houve faringite ou piodermite recente? quando? o período de incubação é com-
patível?), cultura (swab de orofaringe ou de lesão cutânea – é questionável porque o paciente já
curou), anticorpos (anti-estreptolisina O (ASO), anti-DNAse B, anti-hialuronidase), queda transitória
do complemento C3 (OBRIGATÓRIO GNPE consumir C3 por no máximo 8 semanas); C4 pode
estar normal ou pouco diminuído, Ch50 pode diminuir
* ASO melhor para via faríngea
* DNAse B melhor para via cutânea
* ASO pode ser normal na vigência de GNPE e pode permanecer alta por meses (10 a 12)→ Ou
seja, negativa não exclui e positiva não confirma
* C3 normal EXCLUI o diagnóstico, assim como diminuído por mais de 8 semanas. → C3 É MEL-
HOR PARA EXCLUIR A DOENÇA
* Diagnóstico diferencial:
* C3 normal: nefropatia por IgA (berger), goodpasture, vasculites em geral
* C3 diminuído > 8 semanas: GN mesangiocapilar (membranoproliferativa)
* Bom prognóstico: 95% recuperam a função renal em 1 semana sem sequela. 1 a 5% evolui com lesão
grave (adulto). NÃO FAZ BIÓPSIA, porque o prognóstico é bom.
* História natural: oligúria até 7 dias → queda de C3 até 8 semanas → hematúria micro até 1 a 2 anos
→ proteinúria < 3,5g até 5 - 10 anos. Se fugir da história, fazer biópsia renal
* No ME consegue ver giba ou humps, ou seja, o imunocomplexo subepitelial.
* Tratamento: suportivo = restrição hidrossalina, diurético (furosemida), vasodilatador (hidralazina),
diálise (não altera o prognóstico) e antibiótico (NÃO PREVINE e NÃO MELHORA o quadro, mas faz
porque erradica cepa nefritogênica). Mas NÃO faz antibiótico profilatico para paciente que já desen-
volveram GNPE (a chance de recorrência é mínima e não tem sequela) – diferente da febre reumáti-
ca, que faz antibiótico profilatico.
* Prognóstico é bom. Só 20% em 20 anos de doença apresenta algum grau de comprometimento renal.
Não faz biópsia.
* Hematúria macro/micro ou nefrítica + complemento normal e IgA elevado + IgA e biópsia cutânea positivo
= berger. Biópsia renal é o padrão ouro de diagnóstico.
* É uma forma monossintomática de uma vasculite (púrpura de Henoch-shönlein)
* Tratamento: acompanhamento ambulatorial. Mas se surgir HAS, ptn > 1g dia, criatinina > 1,5mg, fazer
biópsia e corticóide (com ou sem imunossupressão). Se for muito ruim, fazer plasmaferese.
* IECA é nefroprotetor (melhora a HAS e a proteinúria desses pacientes)
Síndrome nefrótica:
- Definição:
- É uma alteração da permeabilidade glomerular, devido a perda da barreira dos processos podoc-
itários → perda de macromoléculas / ptns de alto peso (insidioso)
- Proteinúria > 3,5g/24hs, > 50mg/kg em 24 horas (criança) ou 40mg/m2/h
- Hipoalbuminemia e hipoproteinemia: SABER !!!!
- Perde antitrombina III: hipercoagulabilidade e trombose
- Perde imunoglobulinas: imunodepressão (por encapsulados – PNEUMOCOCO)
- Perde transferrina: anemia refratária a reposição de ferro VO
- Cuidado: alfa 2 globulina AUMENTA
- Edema com hipovolemia por queda da pressão oncótica – não pode dar diurético pelo risco de
choque
- Hiperlipidemia / lipidúria (corpos e cilindros graxos na urina): por produção hepática.
* Tipos de proteinúria:
* Intermitente: ficar muito tempo em pé, gravida, febre. Por isso faz o exame logo quando acorda (não
passou o dia todo em pé)
* Tubular: ptna que passa e não é reabsorvida nos túbulos, por necrose tubular aguda, nefrite tubular. É
uma proteinúria discreta
* Por hiperprodução proteica: o rim ta bom, mas produz muita ptna, como no mieloma múltiplo. A pro-
teinúria nesse caso é muito intensa (cerca de 20 a 40g de ptna)
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* A barreira podocitária é uma barreira mecânica e estrutural que impede a passagem de ptns de alto peso
molecular, como as imunoglobulinas – se intacta é uma barreira não seletiva. A albumina (médio peso)
consegue passar essa barreira, fisiologicamente, assim como as ptnas de baixo peso molecular. O sis-
tema tubular reabsorve essas de baixo peso (a albumina não). A membrana basal glomerular é dotada de
carga elétrica negativa (aniônica), assim como a albumina. Com isso, a albumina, apesar de passar a bar-
reira podocitária, não passa a barreira elétrica (barreira seletiva – segura carga negativa).
- Clínica: edema, hipoalbuminemia + complicações
- Trombose venosa profunda (antitrombina III), principalmente da V.RENAL → sangue entra no rim
mas não sai → aumento do rim acometido → distensão da capsula e dor lombar → hematúria →
insuficiência renal (aumenta uréia e creatinina, piora da proteinúria). LEMBRAR: veia testicular es-
querda drena para a v.renal esquerda (VARICOCELE SÚBITA A ESQUERDA)
- Infecções (imunodeprimido): PBE por pneumococo (dor abdominal e ascite)
- Aterogênese acelerada (é um paciente dislipidêmico) → risco cardiovascular aumentado
* Principais condições que levam a trombose da veia renal: nefropatia membranosa, GN mesangiocapilar e
amiloidose.
* PBE: peritonite bacteriana espontânea
- Causas (biópsia):
- Primário: → não consome complemento (secundária depende)
- Lesão mínima:
- Principal causa na infância
- Achado histológico: retração e fusão dos podócitos (lesão glomerular) – só vê com mi-
croscópio óptico. Era chamada de nefropatia lipóide antes do MO
- Perde carga negativa na MB (perde albumina também) → altamente seletiva
- Associado com Linfoma de Hodking e pode ser precipitado por antiinflamatório
- Períodos de ataque e calmaria
- Responde muito bem a corticóide – Se for criança, não faz biópsia, faz corticóide
- Pode fazer peritonite primária por pneumococo
- Glomeruloesclerose focal e segmentar (GEFS):
- Diferenciar focal x difuso (vários glomérulos) e segmentar x global (um glomérulo) – é um
pedaço do glomérulo que está esclerosado em um pedaço do rim – pode ter biópsia
NORMAL (se pegar região não acometida)
- Principal causa em adultos
- Idiopático (cicatriz da lesão mínima) x secundário (sequela, hiperfluxo, sobrecarga → to-
das as outras causas)
- GN proliferativa mesangial (não cai)
- Nefropatia membranosa:
- 2ª mais comum em adultos
- Tendencia: proteinúria franca
- Pode ser sinal inicial de neoplasia, lúpus ou hepatite B → deve ser rigorosamente ras-
treado
- É a que mais causa trombose da v.renal
- GN mesangiocapilar (membranoproliferativa):
- Diagnóstico diferencial de GNPE (C3 baixo após 8 semanas) → biópsia
- Pode fazer trombose da v.renal
- Precipitada por hepatite C
- Consome COMPLEMENTO !!!
- Secundário: SABER !!!!!
- Lesão mínima: Hodking ou AINE
- Glomeruloesclerose focal e segmentar (GEFS): resto !!!
- Nefropatia membranosa: neoplasia, LES, hepatite B e 3 drogas (captopril, sal de ouro/ au-
rotimalato e D-penicilamina)
- GN mesangiocapilar (membranoproliferativa): hepatite C
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NEFRO 2
DOENÇAS TUBULOINTERSTICIAIS
- Função mais importante do sistema tubular: REABSORÇÃO
- TFG normal: 100ml/min → ~140L de ultrafiltrado/dia → excretamos cerca de 3L → reabsorve 98%
- As doenças pode ser:
- Necrose tubular aguda (NTA) ** cai mais
- Nefrite intersticial aguda
- Nefrite intersticial crônica
- Necrose da papila
- Distúrbios específicos
* Como cai em prova: paciente com PA normal (perfusão normal), ficando cada vez mais gravemente
hipotenso (má perfusão → NTA isquêmica). As questões cobram esse meio tempo, em que o paciente ta
ficando hipotenso, o suficiente para prejudicar a TFG (aumento de uréia e creatinina) = insuficiência PRE-
RENAL. Saber diferenciar IR em paciente hipotenso (é apenas pre-renal ou já fez NTA?) → Laboratorial!!!!
Distúrbios específicos:
- A filtração renal normal:
- TCP: é o que mais reabsorve - > 60%: glicose, aminoácido, fosfato e HC3 ***
- Alça de Henle (na medula):
- Delgada: água
- Grossa: soluto
- Concentração da medula (osmolaridade)
- TCD: reabsorve sódio OU cálcio
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- Coletor: mediado por hormônios;
- Região cortical: aldosterona – reabsorve sódio por bomba K ou H
- Região medular: ADH – reabsorve água (lembrar que a alça de Henle deixa a região mais
concentrada, o que facilita essa absorção no coletor – a água sempre vai pra onde ta mais [])
Néfron distal:
- TCD:
- Reabsorve Na ou K
- Doença genética (Síndrome de Gitelman) ou medicamento (tiazídico) impede reabsorção de SO-
DIO
- Marcas: hipocalciúria (se não reabsorve sódio, só reabsorve calcio) + hipoK (sódio → aldosterona
→ bomba K) + alcalose (sódio → aldosterona → bomba H)
* Intoxicação por tiazídico mimetiza a síndrome de Gitelman
- Coletor cortical:
- Aldosterona troca Na por K ou H
- Se troca Na/H dificultada: retém ácido no sangue (acidose tubular I)
- Hipoaldosteronismo: acidose tubular IV
- Coletor medular:
- Abre portões de água – geralmente a água é reabsorvida porque a medula é [] pela alça de Henle
- Coletor resistente ao ADH (Diabetes Insipidus Nefrogênico): hipostenúria (incapacidade de []
urina) + poliúria + polidipsia (porque urina demais)
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Estenose da a.renal:
- Causas: aterosclerose ou displasia fibromuscular
Aterosclerose Displasia
Frequência > 70 a 90% menos comum
Idade homem > 50 anos mulher jovem
Comorbidades DAC, AVE, tabagismo sem (congênito?)
Localização proximal a aorta distal a aorta
- Consequências:
- Hipertensão renovascular: uni ou bilateral. Faz hipofluxo pela a.renal → ativação SRAA → liber-
ação de angiotensina (vasoconstrição eferente) e aldosterona (retenção de Na e H20 – hipoK e
alcalose). Sinais:
- Pessoa começa a ficar hipertensa mais cedo ou mais tarde que o normal (< 30 ou > 50).
- Hipertensão resistente (3 anti-hipertensivos, sendo 1 deles obrigatoriamente diurético) de difícil
controle
- Estenose da artéria renal (sopro abdominal) e evidências de aterosclerose
- US: assimetria renal (estenose unilateral de ≥60% do vaso - rim tende a atrofiar; quando há
lesão bilateral também faz assimetria)
- HipoK e alcalose (20% dos casos na prática)
- Nefropatia isquêmica: bilateral (sempre). Rim começa a perder função pela estenose. Sinais:
- Paciente idoso e hipertenso que começa a perder função renal ou paciente com HAS + IRA
oligúrica inexplicáveis
- Investigação:
- Não invasivo:
- Cintilografia renal (se paciente com função renal normal)
- US renal + doppler de a.renais: mostra assimetria e redução do fluxo
- AngioTC ou angioRM (melhor, mas gadolíneo em pacientes com doença renal pode fazer fi-
brose sistêmica nefrogênica – não fazer se TFG < 30, diálise ou IRA)
- Invasivo (padrão ouro):
- Arteriografia renal: feita quando vai fazer angioplastia
- Tratamento:
- IECA ou BRA (antagonista angiotensina II)
- Acrescentar diurético se não melhorar (é um paciente hipervolêmico)
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- Quando revascularizar? HAS em jovens com displasia, HAA recente, IC recente, EAP de repetição,
falência ou intolerância à medicação, piora da função renal, nefropatia isquêmica
- Como revascularizar? angioplastia (+ usada) ou cirurgia (quando tem oclusão total, aneurisma de
aorta abdominal concomitante, falha da angioplastia)
* Displasia fibromuscular: aspecto em "colar de contas". A angioplastia é tão eficaz que não precisa colo-
car stent
* Aterosclerose sempre tem indicação de stent
NEFRO 3
GLOMERULOPATIAS SECUNDÁRIAS
Nefropatia diabética:
- Principal causa de IRC nos EUA e europa
- 20 a 40% dos pacientes diabéticos podem desenvolver um grau de lesão glomerular
- Tempo: 10 anos
- Fisiopato:
- hiperglicemia (substância tônica = segura água no vaso) → HIPERFLUXO renal → espessamento
da membrana basal → sobrecarga e aumento do tamanho renal → 10 anos → microalbuminúria
(30 a 300mg/dia) → início da lesão renal (expansão mesangial para compensar a sobrecarga) →
proteinúria >150mg/dia de ptn ou > 300mg/dia de albumina → glomeruloesclerose (lesão renal
diabética declarada = clínica de HAS, RETINOPATIA e EDEMA) → aumenta a perda proteica = sín-
drome nefrótica → retenção de escórias (aumento de creatinina) → 2 anos → transplante
- Tratamento:
- Controle da glicemia: HbA1 < 7%
- IECA ou antagonista da angio II
- Controle da PA < 140x90mmHg
- Terapia antilipídica LDL < 100
Rim x DM:
- IRC com rim aumentado
- ITU complicada
- Importante causa de necrose de papila
- Principal causa de acidose tubular renal tipo IV (hipoaldosteronismo hiporreninêmico)
Amiloidose renal:
- Faz síndrome nefrótica com proteinúria intensa (~40g) e trombose da veia renal
- Acúmulo de proteina amilóide → aumento do rim (IR com rim aumentado)
- Biópsia: marcador vermelho do congo
- Síndrome nefrótica + distrofia ungueal + equimose periorbitária + macroglossia
Nefrite lúpica:
- Depósito de IC → ativa complemento e céls inflamatórias → glomerulonefrite
- Proteinúria, cilindros celulares, hematúria dismórfica, síndrome nefrótica e IRA
- COMPLEMENTO e imunocomplexo (DNA dupla-hélice e anti-DNA dupla-hélice)
- Biópsia não ta indicada pra todos os casos (tenta tratamento empírico antes)
Classe clínica prognóstico tratamento
I - Mesangial assintomático ótimo —
mínima
II - Mesangial branda (proteinúria <1g; creatinina e se sintomático
proliferativa TFG normais)
III - Focal entre II e IV leve: bom leve: corticóide ↓dose
grave: ruim grave: igual IV
IV - Difusa *** - necrose fibrinóide pior imunossupressão agressiva
- crescentes + comum (corticóide ↑dose +
- depósitos subendoteliais + grave ciclofosfamida ou
- HAS, ptnúria nefrótica, hematúria e IR (evolui para GNRP) micofenolato)
V - Membranosa *** - Consome complemento! corticóide
- 2º causa mais comum em adultos
- Sinal inicial: neoplasia oculta
- Sinal inicial do LES
- Complica com: trombose v.renal
- Pode ser causada: hepatite B
VI - esclerosante estágio final de lesão renal
Esclerodermia:
- Doença do tecido conjuntivo → causa endarterite proliferativa nas artérias arqueadas, interlobulares e
aferentes (~ nefrite hipertensiva)
- Forma crônica: curso indolente, proteinúria subnefrótica, com ou sem HAS
- Forma aguda (crise renal): vasoespasmo renal severo → isquemia cortical difusa e ativação do sistema
RAA → hipertensão renovascular = hipertensão acelerada, IR rapidamente progressiva, aumento de renina
plasmática, anemila hemolítica microangiopática, ICC
* Fator de risco: uso de corticóide, negro, masculino, anticorpo anti RNA polimerase.
* Fator protetor: anticorpos anticentrômero
* Tratamento: controle pressórico (IECA). NÃO usar corticóide.
Síndrome de Sjögren:
- Doença inflamatória autoimune crônica → destruição de glândulas exócrinas (salivares e lacrimais)
- Rim: nefrite intersticial crônica, glomerulopatia por imunocomplexo → isostenúria e acidose tubular renal
- Tratamento: corticóide e imunossupressão
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Artrite reumatóide:
- Direto: GNmembranosa, mesangioproliferativa, crescêntica ou necrotizante
- Pela inflamação crônica (+ comum): amiloidose renal (tipo AA)
- Pelos medicamentos
Mieloma múltiplo:
- Neoplasia maligna dos plasmócitos → múltiplas lesões líticas nos ossos → HIPERCALCEMIA
- É a doença hematológica mais associada à insuficiência renal
- Proteína de cadeia leve (Bence Jones) se deposita nos rins → injúria tubular direta ou formação de cilin-
dros intratubulares promovendo obstrução
- Túbulos proximais = mais acometidos (reabsorvem a proteína de cadeia leve)
- Associações:
- Síndrome de Fanconi: disfunção generalizada dos túbulos proximais
- Nefrocalcinose: vasoconstrição renal e toxicidade tubular
- Amiloidose: deposição de cadeias leves em forma de fibrilas vermelho-congo positivas → síndrome
nefrótica e disfunção renal
- Crioglobulinemia: glicoglobulina é uma imunoglobulina de cadeia leve. No rins os depósitos de
crioglobulinas leva a lesão membranoproliferativa com trombos intraluminais.
NEFRO 4
DISTÚRBIO ÁCIDO-BÁSICO
- Metabolismo gera H+: corpo tem que desenvolver sistema para evitar oscilações no pH (normal 7,35- 7,45)
- Extracelular: H+ + HCO3- (base)→ H2CO3 → CO2 (ácido) + H2O
(principal sistema tampão do organismo)
* Tudo o que recebe hidrogênio é base (HCO3), e tudo que doa hidrogênio é ácido (CO2) pH = HCO3-
* HCO3- baixo → acidose metabólica (é o que mais cai) CO2
* HCO3- alto → alcalose metabólica
* PCO2 alto → acidose respiratória = hipoventilação
* PCO2 baixo → alcalose respiratória = hiperventilação
Exemplo:
- pH: 7,20
- PCO2: 26
- HCO3: 12
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Acidose metabólica:
- Causas: hipoxemia celular (acidose lática), cetoacidose, uremia, intoxicação (AAS), perdas digestivas
baixas (diarréia, fístula – são secreções ricas em BIC), acidose tubular renal, SF 0,9%
Anion GAP?
- É o total de ânions não medidos
- Na: cátion principal
- Cl e HCO3: ânions principais
Na = HCO3 + Cl + GAP
* Anion GAP na acidose metabólica: como cai BIC, ou sobe o valor de cloro (causas hiperclorêmicas), ou
sobe o anion GAP
* Acidose metabólica com AG alto: acidose lática, cetoacidose, uremia, intoxicação → surgiu novo ácido
* Acidose metabólica hiperclorêmica: perda digestiva baixa, acidose tubular renal, soro fisiológico 0,9%
(infusão rápida >2L – é uma grande carga de cloro sendo fornecida)
* SF é um soro acidificante, enquanto o RL é alcalinizante
* A intoxicação por AAS, além de fazer acidose metabólica de AG alto, atua em mecanismo central fazen-
do hiperventilação → surge também alcalose respiratória (distúrbio misto contrário, fazendo pH normal)
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- Insuficiência renal:
- Aguda: fazer NaHCO3 quando BIC < 17
- Crônica: fazer NaHCO3 quando BIC < 20
- Grave e refratário: diálise
- Citrato de potássio é contra-indicado!
* Sempre dar NaHCO3 quando ph<7,20.
* Riscos da reposição de bases: edema agudo de pulmão, redução do cálcio ionizado, redução do pH in-
tracelular e acidose liquórica paradoxal
Alcalose metabólica:
- Causas:
- Perdas digestivas altas (vômitos, SNG, estenose hipertrófica do piloro) – tem tendência a hipov-
olemia, hipocloremia e hipercalemia
* O túbulo contorcido proximal é responsável por maior parte da reabsorção – mas quando tem hipo-
volemia, o Na é reabsorvido e absorve BIC e CL junto = acidúria paradoxal → no sangue tem
alcalose mas na urina tem acidez. O tratamento é feito com SF (NaCL) + KCL. Ou seja, repõe vol-
ume, H, CL e K
* O eletrólito urinário de maior utilidade para estimar as condições do volume de líquido extracelular em pa-
ciente com alcalose metabólica é o o cloro. Cloro elevado = hipervolemia. Cloro baixo = hipovolemia.
* A alcalose pode precipitar sintomas de hipocalcemia: tetania, convulsões, torpor, coma.
* Alcalose deve ser tratada para evitar: vasoconstrição cerebral, excitabilidade neuromuscular, excitabili-
dade cardíaca, hipoventilação pulmonar, aumento de lactato, encefalopatia hepática
Tratamento:
- Permitir a eliminação renal de BIC:
- Alcalose + hipovolemia + hipoCl: SF 0,9% + KCl
- Alcalose + hipervolemia: acetazolamida ou infusão de HCl (casos mais graves)
- Hiperaldosteronismo ou hipercortisolismo: reposição de K + espironolactona
DISTÚRBIOS DO SÓDIO
Revisão rápida:
- Hipovolemia:
- Ativa SRAA → libera aldosterona → retenção de Na e H2O, eliminação de K e H
- Hipotálamo → ADH → retenção de H20
* Mas a reabsorção não é igual, reabsorve mais água do que sódio.
- Perda de sódio = hipovolemia
- Acúmulo de sódio = hipervolemia
- Percentual de água corpórea:
- 75% do peso lactente Intracelular 2/3 da água corporal total
- 60% do peso homem Extracelular 1/3 da água corporal total
- 50% do peso mulher
Distúrbios do sódio:
- Quem controla a osmolaridade: ADH
- Célula que mais sofre com variação de sódio: neurônio
- Hiponatremia ou hipernatremia: sonolência, cefaléia, sonolência, torpor, coma.
* O neurônio consegue segurar a entrada de água quando é um processo crônico > 48hs (mecanismo de
defesa = joga solutos fora). Se a hiponatremia for súbita (<48hs), faz edema e sintomas. Hiponatremia
crônica geralmente é assintomática.
* SIAD: grande liberação de ADH → reabsorção de água no coletor → hiponatremia dilucional. Nas fases
iniciais da síndrome, gera uma tendência hipervolêmica inicial. Como mecanismo protetor, ocorre liber-
ação de pepitídio natriurético atrial → faz com que os rins liberem sódio na urina (vai junto água) → volta a
ser euvolêmico. Mas além de liberar sódio, libera ácido úrico (pode fazer hipouricemia)
* Hiponatremia com hipouricemia e euvolemia. ↑sódio urinário > 40mEq/L + ↑osmolaridade
* Causas: câncer de pulmão, pós operatório, drogas, TCE, AVE, clorpropamida, carbamazepina e ec-
stasy
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DISTÚRBIOS DO POTÁSSIO
- Predominantemente intracelular – grande reservatório é a célula muscular
- Hipocalemia ou hipercalemia: fraqueza muscular, hipoventilação (fraqueza diafragma), arritmia
* Alterações ECG:
* HiperK: onda T alta e apiculada → achatamento onda P → alargamento QRS (grave) → óbito
* HipoK: onda T achatada → onda U proeminente → onda P apiculada
Hipocalemia:
- Causas: alcalose, HAS renovascular, furosemida, tiazídico
- ECG: onda T achatada → onda U proeminente → onda P apiculada
- Tratamento:
- K > 3: via ORAL (xarope de KCL a 6%)
- K < 3: via EV (1 ampola de KCL 10%: 10 ml = 1g = 13mEq de K). Vel infusão = 10 a 40 mEq/h
Hipercalemia:
- Causas: acidose, IECA, espironolactona
- ECG: onda T alta e apiculada → achatamento onda P → alargamento QRS (grave) → óbito
- Tratamento:
- 1ª medida: gluconato de cálcio EV (1 ampola infusão rápida)
- 2ª medida: glicoinsulinoterapia (a insulina leva glicose e K para dentro da célula). Pode fazer nebu-
lização de salbutamol (faz influxo de K também)
- 3ª medida: retirar potássio corporal (poliestirenosulfonato de calcio – quela potássio no intestino; ou
diurético de alça – perde K pela urina)
NEFRO 5
INSUFICIÊNCIA RENAL
Fisiopatologia:
- ↓TFG – quantificação:
- Dosagem de uréia e creatinina → Só altera quando TFG≤50% !!
- ↑Uréia sem disfunção renal: HDA, sepse, corticóide
- ↑Creatinina sem disfunção renal: rabdomiólise (mioglobinúria faz lesão renal) e musculatura
(bombado)
* VR: uréia (20 a 40), creatinina (<1,5 homem e <1,3 mulher)
- Clearance de creatinina (80-100ml/min): só altera quando TFG<70%
- Cockcroft-Gault: (140-idade) x peso / 72 x creatinina (x0,85 se mulher)
- MDRD: corrige pela cor e não usa peso
- CKD-EPI (melhor de todas): corrige pela cor e não usa peso
- * Essas fórmulas podem superestimar a TFG em 10 a 20%
- * As duas segundas não usam peso e são expressas em mi/min/1,73 (superfície corporal)
- * O melhor seria utilizar uma substância exclusivamente clareada pelo glomérulo (mais fidedig-
no): clearance de inulina ou iotalamato
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MEDCURSO – Nefrologia Júlia Azzolini
- Tratamento:
- Inicial: restrição de fósforo na dieta (800mg) + quelante de fósforo (carbonato de
cálcio –problema: aumenta risco coronariano – faz cardiopatia restritiva pelo de-
pósito de fosfato de fósforo; faz também restrição pulmonar e necrose da pele por
depósito). Há outros quelantes (não ↑risco CV): sevelamer ou lanthanum.
CINACALCET: calciomimético que engana a paratireóide e ↓PTH (é muito bom mas
é caro)
- Indicação de cirurgia: dor óssea e pruridos intratáveis, fratura, disfunção orgânica
por calcificação
- Doença óssea adinâmica (PTH <150) – baixo turn-over
- Osteomalácia por intoxicação de alumínio – baixo turn-over
Tratamento da DRC:
- Estágio 1 e 2: cessar tabagismo, MEV. Tratar HAS, DM e dislipidemia
- Estágio 3: restrição de sal, fosfato e proteína + eritropoietina (se anemia)
- Estágio 4: tratar oteodistrofia (quelante de cálcio) + restrição de K. ***30% evolui para estágio 5 (falência
renal) em 1 a 3 anos → preparar o paciente para terapia de susbtituição renal (fístula)
- Estágio 5: terapia de substituição renal (diálise ou transplante)
Transplante:
- Indicações para transplante:
- Em terapia de substituição renal
- TFG < 10* (se forem se beneficiar com isso - jovens)
- Se < 18 anos e TFG < 15
- DM em tratamento conservador (não está em diálise)
- CI de transplante: expectativa de vida <5 anos, câncer, infecção ativa, psicose grave, usuário de drogas,
alcoolismo.
- O rim transplantado é colocado na fossa ilíaca direita (fácil anastomose)
- Complicações pós transplante:
- Imediata (minutos a horas): incompatibilidade ABO-HLA, trombose, ateroembolismo, NTA
isquêmica
- Precoce (1 a 12 semanas): rejeição celular ou humoral aguda (por falha imunossupressor), in-
fecção, obstrução, nefrotoxicidade pela ciclosporina
- Tardia (> 3 meses): falha do imunossupressor, infecção, obstrução, HAS
* Os pacientes transplantados tem chance maior de evoluir com neoplasia
* Quando tem lesão pré-renal, ativa aldosterona, que segura sódio para reter líquido. Mas CUIDADO!! Há
situações de insuficiência pré-renal em que se perde sódio (↑taxa de excreção) → diurético, insuficiên-
cia adrenal, nefropatia perdedora de sal.
* Quando faz ↓taxa de excreção de Na mas NÃO é pré-renal/ contraste, pós renal, rabdomiólise. Se isso
acontecer, usar FE uréia (se <30 a 35% = pré-renal)
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MEDCURSO – Nefrologia Júlia Azzolini
NEFRO 6
NEFROLITÍASE
- 10% da população vai ter ao longo da vida
Fisiopatologia:
- Supersaturação urinária (com o componente que vai gerar o cálculo) → nucleação (formação de cristais)
→ crescimento + agregação → cálculo renal
* Cristal não é sinônimo de cálculo, é um fator de risco/meio do caminho
Tipos de cálculos:
detalhes fator predisponente
Sais de cálcio - ↑frequente: oxalato de calcio - alterações metabólicas
Estruvita - capacidade de atingir maiores dimensões (pode - ITU (proteus → urease → urina al-
(fosfato triplo) ocupar toda a pelve renal): "coraliforme" calina → cálculo de estruvita)
Ácido úrico - radiotransparente (se puro) - hiperuricosúria
- urina ácida
Cistina - hipercistinúria
- urina ácida
* Em ordem de maior frequência
* Estruvita: tem que usar antibiótico (é um cálculo infeccioso)
Clínica:
- Pode ser assintomático
- Hematúria (com frequência macroscópica)
- Cólica nefrética → cálculo impacta na JUP, no 1/3 médio do ureter ou na JUV (locais de natural ↓lúmen)
- JUP: dor lombar + náusea + vômito
- 1/3 médio: dor lombar com irradiação (testículo ou grandes lábios)
- JUV: disúria + polaciúria
- Complicações: infecção (risco de sepse) ou dilatação do trato urinário (risco de IRA pós-renal)
Diagnóstico:
- TC sem contraste: padrão ouro (lesão hiperdensa/branca)
- Rx simples: não acha cálculo de ácido úrico
- US: pela ecogenicidade (hiperecogênico/branco) e sombra acústica posterior
- Urografia excretora (pielografia): injeta contraste, mostrando uma falha de enchimento
Tratamento:
- Agudo: analgesia (anti-inflamatório), hidratação (apenas para reposição de perdas), intervenção urológica
- Terapia médica expulsiva: 1º AINE, 2º alfa bloqueador (tamsulosin), 3º bloq canal calcio (nifedipina)
– relaxa o trato urinário, facilitando a progressão (mas os alfa bloqueadores são comprovadamente
melhores que os bloqueadores do canal de cálcio).
- Se for cálculo grande (> 10 mm) não adianta dar remédio
Intervenção Indicações Contra-indicações
LECO (lipotripsia - proximal (pelve ou ureter proximal) e - Gestantes (pode fragmentar as cartilagens
extracorpórea) < 2cm do nene)
- Pacientes com aneurisma de aorta próxi-
mo a topografia renal
- Se densidade > 1000 na TC: é muito duro
(fazer ureteroscopia flexível)
Nefrolitotripsia - proximal e > 2cm
percutânea - cálculo no polo inferior do rim (LECO
não chega)
Ureteroscopia - Ureter médio e distal
- Nefrolitíase complicada (infecção ou hidronefrose): a prioridade é reestabelecer o fluxo de urina
- 1ª conduta: desobstrução (duplo J ou nefrostomia percutânea)
- Abordagem crônica: prevenção de novos episódios: > 2,5L água por dia
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MEDCURSO – Nefrologia Júlia Azzolini
Cálculo de estruvita:
- Diagnóstico: urinocultura (proteus ou klebsiella), dosar pH urinário (alcalino > 7,5)
- Tratamento: antibiótico e ácido acetohidroxâmico
Cálculo de cistina:
- Diagnóstico: >250mg/24hs de cistina na urina, pH urinário < 5,5
- Tratamento: alcalinização urinária (citrato de potássio), tiopronina e d-penicilamina (reduzem a agre-
gação dos cristais),
CÂNCER DE PRÓSTATA
- Divisão anatômica:
- Anterior
- Central
- Periférica: CaP → mais posteriorizada (da pra sentir pelo toque retal)
- Transição: HPB
- Fatores de risco:
- Idade
- Raça negra
- História familiar
- Dieta rica em gordura animal
- Patologia: adenocarcinoma (99%)
- Disseminação:
- Local: reto, bexiga, vesícula seminal
- Linfática:
- Hematogênica: osso (crista ilíaca, coluna lombar – lesão osteoblástica)
- Clínica:
- Assintomático
- Invasão local: obstrutivos, hematoespermia (invasão de vesícula seminal)
- Metástase: dor lombar, compressão medular
- Rastreamento ****: toque retal + PSA anual → alterados: biópsia guiada por US
- ≥ 50 anos
- ≥ 45 anos + FR
- > 75 anos: apenas se expectativa e vida > 10 anos
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MEDCURSO – Nefrologia Júlia Azzolini
Estadiamento TNM:
- T: toque retal + PSA + gleason
- T1: confinado a próstata e não palpável
- T2: confinado a próstata e palpável
- T3: extensão extracapsular
- T4: invasão de estruturas vizinhas
- N: linfonodo
- M: metástase
Tratamento:
Doença Estratégia
Localizada (T1 ou T2) - Prostatectomia radical + linfadenecetomia ou
Localmente avançada (T3 ou T4) - Radioterapia + terapia anti-androgênica
Agonista de GnRh: mantém a quantidade de GnRH máxima, sem caráter pulsátil – impede a médio prazo
a estimulação
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