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Medicina
M1
RIM
08/02/2024
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
1. Entender a morfologia do rim:
– aspectos micro e macroscópicos
Cápsula Renal
Zona Cortical
Zona Medular
Zona Cortical
túbulo contorcido distal
• encosta-se no corpúsculo renal do mesmo
néfron, e, nesse local, sua parede se
modifica
• suas células tornam-se cilíndricas,
altas, com núcleos alongados e
próximos uns dos outros
3. outras funções:
• garantem suporte estrutural ao glomérulo
• sintetizam a matriz extracelular
• fagocitam e digerem substâncias normais e patológicas (complexos de
antígenos com anticorpos, por exemplo) retidas pela barreira de filtração
• produzem moléculas biologicamente ativas
• endotelinas causam contração da musculatura lisa das arteríolas aferentes
e eferentes do glomérulo
Mácula Densa
segmento modificado da parede do túbulo distal, que é sensível ao conteúdo iônico e ao volume de água no fluido
aparece escuro nos cortes corados (devido à proximidade tubular, produzindo moléculas sinalizadoras que promovem
dos núcleos de suas células), chama-se mácula densa a liberação da enzima renina na circulação
• A mácula densa do túbulo distal geralmente se localiza próximo às células justaglomerulares, formando com elas um
conjunto conhecido como aparelho justaglomerular
• Próximo ao corpúsculo renal, a arteríola aferente (às vezes também a eferente) não tem membrana elástica interna e
suas células musculares apresentam-se modificadas. Essas células são chamadas justaglomerulares ou células JG
• células justaglomerulares, ou células JG ou células granulares, têm como principal função formar renina, e assim
ajudar no aumento da pressão arterial, já que ela é fundamental na conversão de angiotensinogênio a
angiotensina I
• estão na parede das arteríolas aferentes e são células musculares lisas especializadas que produzem,
armazenam e libertam renina
DOENÇAS GLOMERULARES
Doenças
Edema
Glomerulares
~ 60% do peso corpóreo = água:
– 40% em espaço intracelular
– 20% em interstício – 5% no plasma
EDEMA
Desordens 1árias do
rim OU que
diminuem a perfusão
renal - ICC
Neoplasias
Neoplasias malignas e
pulmonares
doenças e da
pulmonares
hipófise
e da hipófise
SÍNDROME NEFRÓTICA
à Diferentes causas:
Em todas, há um desarranjo nas paredes dos capilares do glomérulo
que resulta em aumento da permeabilidade a proteínas plasmáticas
• Hiperlipidemia e lipidúria
– a origem da hiperlipidemia é mais obscura
• hipoalbuminemia desencadeia um aumento na síntese de lipoproteínas no
fígado ou a proteinúria maciça provoca a perda de um inibidor da sua
síntese
• há também transporte anormal de partículas lipídicas circulantes e
diminuição no seu catabolismo
• lipidúria reflete o aumento na permeabilidade da MBG para lipoproteínas
Ø As causas relacionadas com lesões glomerulares primárias são:
- íons de carga negativa apresentam maior dificuldade de filtração quando comparados aos íons
de cargas neutras e positivas
- esta característica se deve, pois há glicoproteínas com cargas negativas na superfície de
todos os componentes da barreira de filtração glomerular
- essas glicoproteínas irão repelir moléculas de carga semelhante
- uma vez que a maioria das proteínas plasmáticas tem cargas negativas, isso
explica a sua menor filtração glomerular
- íons positivos, então, apresentam maior facilidade para permear a barreira
② Não seletiva
Redução da TFG:
Proliferação das
células dentro do - oligúria
PI lesa as paredes Sangue passe para
glomérulo + - retenção de
dos capilares a urina
Infiltrado fluidos
inflamatório
- azotemia
• é a forma mais comum de glomerulonefrite agressiva em adultos, em especial em adultos mais velhos
• muitos pacientes se apresentam com glomerulonefrite grave, frequentemente de progressão rápida
• cerca de ¾ dos pacientes também apresentam vasculite sistêmica de pequenos vasos
• pauci-imune: pouco ou sem depósito Ig e C; ANCA+
• manifestações comuns incluem:
• púrpura provocada pela inflamação de pequenos vasos dérmicos
• neuropatia periférica assimétrica causada por inflamação das artérias epineurais
• hemorragia pulmonar provocada por capilarite hemorrágica ou inflamação granulomatosa necrosante
• inflamação do trato respiratório superior incluindo lesões ulcerativas necrosantes das mucosas no nariz e nos
seios da face
• manifestações oculares de vasculite
• é tratada com imunossupressão agressiva
• Há quatro variantes clínico-patológicas principais da doença por ANCA:
OU
LINEAR GRANULAR
Dois padrões de deposição de complexos imunológicos como visto por microscopia de
imunofluorescência:
• granular, característico da nefrite de complexos imunológicos circulantes e in situ
• linear, característico da doença anti-MBG clássica
Outros Mecanismos de Lesão Glomerular
Lesão de Podócitos
Lesão Histológica Mínima
(Doença Da Lesão Mínima)
• Causa mais comum de síndrome nefrótica na infância
– é mais comum em crianças de 1-7 anos
• Proteinúria seletiva
– perda de proteínas de baixo peso molecular, como albumina
• Prognóstico à bom
– + 90% das crianças respondem rapidamente à corticoterapia
• essa doença deve ser diferenciada de outras causas de síndrome nefrótica em
pacientes que não respondem ao tratamento
• Aspecto normal dos glomérulos à ML e apagamento dos
pedicelos podocitários à ME
Alterações:
à fusão podocitária
à redução ou perda de poliânions
à supressão da barreira imposta pela carga elétrica neg.
À microscopia óptica, o glomérulo
tem aparência normal, mas
evidente obliteração difusa de
pedicelos quando visto ao
microscópio eletrônico
CARACTERÍSTICAS GERAIS DAS
DOENÇAS GLOMERULARES
• Doenças renais mais frequentemente diagnosticáveis por meio de
biópsia*
Reações teciduais
Espessamento da Esclerose
Hipercelularidade Hialinose
Membrana Basal (cicatrização)
Resposta Glomerular
Aguda
Resposta Glomerular
Crônica
HIPERCELULARIDADE
C3 está depositado em
um padrão granular, e
a IGG e os
componentes iniciais
do complemento (C1q
e C4) também estão
frequentemente
presentes depósito de material
denso de composição
desconhecida na
própria MBG
A maioria dos pacientes com a doença do depósito denso (GNMP tipo
II) tem anormalidades que sugerem a ativação da via alternativa do
complemento
Um achado laboratorial que aumenta a probabilidade
de GNMP em um paciente com doença glomerular é a
presença de hipocomplementemia, em especial uma
redução em C3
Tratamento da GNMP é muito diferente se a causa for
doença infecciosa crônica (p. ex., terapia
antimicrobiana) versus processo autoimune (p. ex.,
imunossupressão) versus uma anomalia genética (p.
ex., terapia de substituição de plasma)
Por microscopia óptica,
ambos os tipos de GNMP são similares
NORMALIDADE
Glomerulonefrite membranoproliferativa
Lâm. A. 28
Glomerulonefrite membranoproliferativa
Lâm. A. 28
• Proliferação de células mesangiais
• Espessamento da membrana basal
• Acentuação da arquitetura lobular
Glomerulonefrite proliferativa
• Trata-se de GN primária por imunocomplexos
– mais frequentemente associada a infecção pelo
Streptococcus beta-hemolítico do grupo A
• Etiologia variada:
– acredita-se que a maioria das lesões glomerulares seja
imunomediada
– pode ser idiopática
– causada por número variável de doenças, algumas
restritas ao rim e outras sistêmicas
– pode estar associada a desordem conhecida
• Prognóstico:
– desfavorável
– varia de acordo com a etiologia
– se não tratada, leva à morte por insuficiência renal dentro de
um período de semanas a meses
Rim Normal
Glomerulonefrite crescêntica ou
rapidamente progressiva
Lâm. A. 41
CRESCENTES – Formação:
à Lesão imunológica/inflamatória envolvendo a parede dos capilares à proteínas plasmáticas
vazam para o espaço urinário à fatores teciduais pró-coagulantes + citocinas pró-inflamatórias
à deposição de fibrina à proliferação de células epiteiais parietais + recrutamento de
leucócitos
Glomerulonefrite crescêntica ou
rapidamente progressiva
Lâm. A. 41
Glomerulonefrite Induzida por
Anticorpos Anti-MBG
• É responsável por menos de 5% dos casos de
glomerulonefrite humana
• Classificação:
1. primária
– em torno de 85% são causados por autoanticorpos que reagem
(reação cruzada) com antígenos expressos pelos podócitos
2. secundária
– LES
– exposição a sais inorgânicos (ouro e mercúrio)
– infecções (hepatite B crônica, sífilis, esquistossomose e malária)
– tumores malignos (carcinomas de pulmão e cólon + melanoma)
– drogas (penicilina, captopril, agentes anti-inflamatórios não
esteroidais)
• É uma forma crônica de glomerulonefrite mediada por
imunocomplexos
– induzida por anticorpos que reagem in situ com antígenos
endógenos ou que se implantam no glomérulo
• antígenos endogénos = podócitos à receptor fosforilase A2
– é o antígeno mais frequentemente envolvido na produção de autoanticorpos
Glomerulonefrite membranoproliferativa
Lâm. A. 28
ESCLEROSE
• Classificação:
1. primária
– idiopática
2. secundária
– infecções por HIV (nefropatia por HIV) ou uso de heroína (nefropatia por heroína)
– secundária a outras formas de GN (p. ex., nefropatia por IgA)
– má adaptação à perda de néfrons
– nas formas hereditárias e congênitas
• dominante autossômica
– mutações nas proteínas do citoesqueleto e podocina à necessárias para a
integridade dos podócitos
– variante de sequência no gene da apolipoproteína L1 (APOL1) no cromossomo
22à aumento do risco de GSF
• Patogenia – teorias:
– GSF seja uma fase na evolução da LHM
– entidades clinicopatológicas distintas desde o início
Esclerose + Hialinose:
• afetando alguns, mas não todos os glomérulos à distribuição focal
• somente um segmento do glomérulo afetado à envolvimento segmentar
• Microscopia de imunofluorescência fre-
quentemente revela a retenção não
específica de imunoglobulinas, usualmente
IgM, e proteínas do complemento nas áreas
de hialinose
• Microscopia eletrônica, os podócitos
exibem obliteração dos pedicelos, como na
doença de lesão mínima
DOENÇAS QUE AFETAM TÚBULOS E
INTERSTÍCIO
NEFRITE TUBULOINTERSTICIAL
• Doenças renais inflamatórias que primariamente
envolvem o interstício e os túbulos
– glomérulos podem ser poupados por completo ou afetados
somente no final do curso
1. Infecção hematogênica
• pela corrente sanguínea
• resulta da disseminação bacteriana
• septicemia
• endocardite infecciosa
2. Infecção ascendente
• pelo trato urinário inferior
• mais comum
• resulta de uma combinação de:
• cistite
• refluxo vesiculoureteral
• refluxo intrarrenal
• Infecção ascendente pelo trato urinário inferior à
causas:
• manipulações no trato urinário
– cateterização uretral
– cistoscopia
• na ausência de instrumentação = mais comumente as
mulheres
– pela proximidade da uretra feminina com o reto, a
colonização por bactérias entéricas é favorecida
– uretra curta e traumas na mesma durante relações sexuais
facilitam a entrada de bactérias na bexiga urinária
• Fases da ITU vias ascendente à Pielonefrite:
① Colonização bacteriana da uretra
② Bactérias adentram a bexiga
③ Junção vesiculouretral incompetente
④ Refluxo vesiculouretral
⑤ Refluxo intrarrenal
① Colonização da uretra distal
presença de estase
bactérias introduzidas na bexiga podem se multiplicar intactas, sem ser
lavadas ou destruídas pela parede da bexiga
• Frequentemente no diabetes
– há aumento na suscetibilidade para infecção e disfunção
neurogênica da bexiga
• predispõe à estase
③ Junção vesiculouretral incompetente
④ Refluxo vesiculouretral
xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
Pionefrose
hidronefrose infectada