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Carolina Cavalcante

 Oligúria: sinal
Lesões Renais clínico, nesse
sentido, o paciente
continua ingerindo
O rim pode ser acometido por diversas líquidos, pois não
condições e em diversas partes. Uma vez sente que
que o rim sofre uma agressão, a lesão pode apresenta oligúria. Então, há uma entrada
evoluir “atacando” algumas regiões, levando maior de líquido do que a saída,
à algumas síndromes e distúrbios culminando em congestão volêmica

1. Síndromes Glomerulares: existem 5


formas de lesões glomerulares
a. Síndrome Nefrítica
b. Alterações assintomáticas  Edema
c. Glomerulonefrite Rapidamente
Progressiva (GNRP)  HAS
d. Síndrome Nefrótica
e. Trombose Glomerular (SHU)  Cilindros Hemáticos: a alça de Henle
secreta a proteína de Tamm-Horsfall que
2. Síndromes Tubulares gruda nos túbulos renais (forma cilíndrica),
onde em algum momento se descamam e
3. Síndromes vasculares aparecem na urina como a forma de
cilindros celulares (hemático  proteína
4. Distúrbios Hidroeletrolíticos de Tamm-Horsfall + células. São
compostos por hemácias que aderem à
5. Síndrome Urêmica: falência renal matriz proteica. São indicadores
confiáveis de lesão glomerular e são
clássicos das glomerulonefrites.)
Síndrome Nefrítica
Sinônimo: glomerulonefrite difusa aguda

Características

Aumento do número de células inflamatórias


nos glomérulos renais, unidades funcionais
dos rins que realizam a filtração, levando a
obstrução dessas estruturas

Essa inflamação geralmente resulta em


danos à função de filtração dos glomérulos,
levando a manifestações clínicas como:
 Proteinúria na faixa nefrítica: 150 mg a
 Hematúria dismórfica: a hemácia passa 3,5 g/24 horas
pelas fendas de filtração o que resulta em
modificação da sua forma. Pode aparecer  Piúria
no formato de acantócitos
Causas

1. Glomerulonefrite Pós-Estreptocócica
(GNPE): principal causa

Dismórfica
Normal
Carolina Cavalcante
2. Glomérulo nefrite Não Pós-  Hematúria macroscópica > 4
Estreptocócica: endocardite, hepatites, semanas
LES, doença de Berger, tumores  HAS > 4 semanas
 Hipocomplementemia > 8 semanas

 Microscopia óptica: GN proliferativa


Glomerulonefrite Pós- difusa
Estreptocócica (GNPE)
 Microscopia eletrônica: GIBAS (corcovas
Definição: é a sequela renal tardia de ou humps)
infecção por cepas específicas do S.
pyogenes (estreptococo beta-hemolítico do
grupo A)

Etiologia

 Piodermite: 15 a 28 dias (média: 21 dias)

 Faringoamigdalite: 7 a 21 dias (média: 10


dias)

 Faixa etária: 2-15 anos

Clínica

 Síndrome nefrítica clássica

 Prognóstico: bom prognóstico Macete:


Amígdala  ASLO e Derme  DNAse
Diagnóstico

Realizar o seguinte questionário: História Natural

1º. Teve histórico de infecção recente  Oligúria: até 7 dias


(piodermite ou faringoamigdalite prévia?)?
 Hipocomplementemia: até 8 semanas
2º. O período de incubação da infecção é
compatível?  Hematúria microscópica: até 1-2 anos
(não é parâmetro de acompanhamento)
3º. A infecção foi estreptocócica? Cultura
ou anticorpos  Proteinúria < 1g/dia: até 2-5 anos (não é
 Faringe: anti-DNAse (75%); ASLO (80- parâmetro de acompanhamento)
90%)
 Pele: anti-DNAse (60-70%); ASLO (50%) Tratamento

4º. Queda transitória do complemento (C3  Suporte: restrição hidrossalina


e CH50 – via alternativa)? Até 8 semanas
(se permanecer baixo após 8 semanas   Diurético de alça: furosemida
pensar em outra causa)
 Vasodilatador: hidralazina
 Biópsia? Indicações, pois o prognóstico  Se encefalopatia hipertensiva:
é muito bom (1-5% grave) nitroprussiato
 IR acelerada: rápida e progressiva
 Proteinúria nefrótica > 4 semanas  Hemodiálise se necessário
Carolina Cavalcante

 ATB: como medida epidemiológica, para o


portador não transmita as cepas
 Penicilina Benzatina
⚠ Não previne GNPE
⚠ Não tem benefício na GNPE já
instalada

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