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101
Catarina Peixoto
Nefrologia 101
Há 5 tipos de patologia nefrológica básica, que são:
Lesão Renal Aguda
Doença Renal Crónica
Síndrome Nefrótico
Síndrome Nefrítico
Anomalias Urinárias Assintomáticas
Fun Fact: Nascemos com 1 milhão de nefrónios em cada rim, que se mantêm ao longo da vida. Os bebés
prematuros têm menos, daí a maior probabilidade de terem doença renal crónica ao longo da vida.
A filtração é efetuada por duas grandes pressões, que se balançam uma à outra:
pressão hidrostática e pressão oncótica.
o Recuperação
o Doença Renal Crónica (após 3 meses)
A acumulação de Lesões Renais Agudas não totalmente recuperadas leva a diminuição
progressiva da capacidade funcional do rim, que eventualmente desenvolve doença
crónica.
2. Doença Renal Crónica
Perda da capacidade de filtração, por perda de Nefrónios. Consideramos que há DRC após 3
meses.
3. Síndrome Nefrótico
A parede da rede capilar do glomérulo é constituída por
um epitélio fenestrado, podócitos e uma membrana
basal.
Manifestações Clínicas:
4. Síndrome Nefrítico
Há algum tipo de inflamação, que leva a acumulação de células inflamatórias que ocluem a
parede da rede capilar do glomérulo. Tudo isto resulta na diminuição/paragem da filtração
eficaz.
Para calcular, é necessário saber o valor de creatinina. A creatinina é uma substância usada
para medir a função renal, visto que quase não é secretada nem absorvida (é um pouco
secretada, daí não ser ideal).
Uma forma mais exata de medir a TFG é através da colheita de urina de 24h. Assim são usados
os valores de creatinina urinária, creatinina sérica e volume de urina. Desta forma não é
preciso ajustar à superfície corporal, visto que já é específico para o indivíduo.
Avaliação Macroscópica
• Cor: pode estar alterada em situações tanto fisiológicas como patológicas (ex: com
rifampicina fica laranja, com beterraba fica mais escura, com hiperbilirrubinémia fica
tipo vinho do Porto – colúria)
• Odor: hoje em dia pouco usado. Na cetoacidose há um odor frutado.
• pH urinário: isoladamente não tem grande significado, mas pode apontar para
patologia quando observado no contexto do doente (ex: Acidose Tubular dá um pH
urinário alto por perda de bicarbonato na urina).
• Grupo Heme: NÃO É EQUIVALENTE DE HEMATÚRIA!!!! Pode estar presente na
mioglobina, nos eritrócitos etc.
Pode significar rabdomiólise, hemólise vascular ou hematúria.
• Glicose Urinária: não é suposto haver glicose na urina.
há tanta glicose de forma a que os transportadores não conseguem reabsorver
tudo
inibidores da SGLT2 inibem os transportadores e há menor reabsorção de
glicose
• Albumina: o Combur deteta albumina! e não as proteínas urinárias!!!
Excretamos fisiologicamente proteínas na urina (150mg/24h). Destas, apenas 30g/24h
são de albumina!
Há doenças que podem levar a aumento da excreção de proteínas na urina (Mieloma
Múltiplo, proteínas de Bence Jones) e que não são detetadas em Combur!
• Esterase Leucocitária: leucocitúria aumenta este parâmetro
• Nitritos: quando positivos apontam para ITU, mas se negativos também não a excluem
• Corpos Cetónicos: apontam para acidez na urina.
Cetoacidose diabética pode aumentar este parâmetro, bem como os inibidores da
SGLT2.
Medem-se leucócitos por campo (N <2), eritrócitos por campo (>2 é hematúria) e outras
células por campo. Procuram-se também cilindros.
Pesquisa de eritrócitos:
Cilindros: conjuntos de células que se juntam por uromedulina. Podem ser de vários tipos,
incluindo eritrócitos, etc...
Cilindos de células tubulares renais: ocorrem por descolamento do epitélio do tubo (na
Necrose Tubular Aguda). A presença destes cilindros não faz o diagnóstico isoladamente.
Quando nenhum dos dois rins consegue drenar urina, temos uma LRA (ex: diabéticos, podem
ter retenção urinária por bexiga neurogénica, HBP).
2. TC Abdomino-Pélvica
Gold-standard para diagnóstico de litíase urinária (cálculos de cálcio são bem detetados, ao
contrário dos de ácido úrico). Permite ver também lesões do trato urinário.
3. Cintigrafia Renal
Mais usado em casos de avaliação da função renal dos dadores de rim (para perceber qual o
melhor/pior rim – o pior é o que será transplantado).
4. Biópsia Renal
Auxilia no Prognóstico e no grau de cronicidade da doença.
Notas sobre o Serviço de Urgência:
1º Passo: sempre avaliar os sinais vitais!! (TA, FC, Febre, FR e SatO2).
Se o doente estiver desidratado – LRA podes ser por hipovolémia dar fluidos.
Fluidos
Cristalóides
Soro Fisiológico a 0,9%
500ml/30minutos – Fluid Challenge (dar rápido e ver se doente responde)
Colóides
Lactato de Ringer (contém substâncias com poder osmótico)
Nota: a Síndrome de Secreção Inadequada de ADH (SIADH), causado por vezes por tumores
pulmonares produtores de ADH, pode dar hiponatrémias gravíssimas! (por aumento da
reabsorção de água que dilui a concentração de Na+ no sangue).
Hiponatrémia
Um dos aspetos mais importantes e urgentes na classificação da hiponatrémia é a avaliação do
estado de volémia.
Hipervolémica: doentes com sódio baixo mas edema e possível insuficiência respiratória.
Há mais água que sódio por retenção excessiva de água. Pode acontecer em situações de
hiperaldosteronismo secundário, como a Insuficiência Cardíaca e a Insuficiência Hepática.
Nestas doenças, há perda de líquido para o 3º espaço, o que leva a diminuição do volume
intravascular.
Como o volume intravascular está diminuído, o rim vai reter água levando a hipervolémia.
ou
Pós-Renal: doente com obstrução na bexiga ou abaixo que incapacite ambos os rins (ex: HBP,
retenção urinária aguda, tumores do urotélio, etc). Excluímos com ecografia (hidronefrose
bilateral). Ao algaliarmos sai bastante urina (que consegue assim ultrapassar o obstáculo).
Renal: podem ser de dois tipos
Glomerulares (Glomerulonefrites)
Tubulares/Intersticiais
Não interferem com a barreira, e por isso não dão eritrocitúria nem proteinúria como as
glomerulonefrites. Têm um exame de urina normal.
Complicações do Transplante:
Infecciosas
Neoplásicas
Cardiovasculares
Nota: Um doente que não chegou ao SU altamente sintomático e com história de permanência
dos sintomas há semanas/meses sugere adaptação do organismo às alterações renais
nestes doentes não devemos biopsar, tanto pelo risco do procedimento em si como pela
provável falta de informação que este nos vai fornecer devido à cronicidade da lesão renal.
Fístula Arteriovenosa
Preferimos esta opção porque não há a inserção de um corpo estranho e assim há
menor probabilidade de infetar.
Tenta-se sempre colocar uma fístula como primeira opção de acesso no 1º ano de
diálise.
Podemos detetar a presença de uma fístula através do frémito característico (é uma
zona de alta turbulência).
Catéter Central
Infeta com mais facilidade, e as infeções são por norma graves.
Apenas se coloca catéter se não houver possibilidade de fazer fístula ou se doente não
quiser.
Quando há sintomas de infeção, devemos tratar como infeção do catéter central até prova em
contrário, porque estas costumam ser graves (por organismos tipo S. Aureus).
Hipercalcémia
Causas de Hipercalcémia:
1. PTH aumentada
Hiperparatiroidismo Primário: em casos normais, perante um aumento de cálcio
vamos ter diminuição da PTH por feedback. Nestas situações, este mecanismo
falha por haver produção aumentada anómala de PTH.
Diagnóstico: nunca esquecer de pedir cálcio e fósforo, bem como PTH e vitamina D em
situações de hiper ou hipocalcémia.
Hipercalcémia
Rabdomiólise (mioglobina)
Síndrome de Lise Tumoral (fosfato de cálcio e ácido úrico)
Este tratamento evita a precipitação de substâncias que se poderiam acumular nos túbulos. Ao
darmos diurético estamos a promover o aumento do débito urinário, sendo necessário os
fluidos para manter a volémia.
Hipercaliémia
Tratamento Imediato:
Gluconato de Cálcio: estabiliza a membrana cardíaca e evita repercurssões cardíacas
Salbutamol: agonista beta, que promove a entrada de potássio nas células
Insulina (e glicose se glicémia < 250): promove a entrada de potássio nas células
Afeta 10% da população mundial. A prevalência tem vindo a aumentar devido à melhoria dos
cuidados de saúde (doentes sobrevivem + tempo).
Albuminúria: principal método para colheita é a urina de 24h, mas pode ser colhido na urina
ocasional o ratio proteínas/creatinina ou albumina/creatinina (N(albuminúria) < 30/dia;
N(proteinúria) < 150/dia).
Por vezes valores “normais” na escala KDIGO podem significar DRC na mesma p.ex na
doença renal poliquística.
Os doentes que caem na categoria vermelha devem ser seguidos em Consulta de Nefrologia
(TFG < 30 e Albuminúria > 300).
Etiologia
• Normocítica Normocrómica
• Associada a menor produção de eritropoetina (EPO)
• Doentes em hemodiálise têm frequentemente ferropenia, devido a perdas hemáticas
no circuito
• Tratamento: eritropoetina e ferro
Alterações Fosfocálcicas
Há perda de cálcio que leva a aumento da PTH. Este aumento da PTH vai levar a aumento do
fósforo (e vice-versa). Simultaneamente, há diminuição da forma ativa da vitamina D (1,25-
hidroxi-vitamina D3, diferente da forma 25-OH que é a doseada).
Este aumento da PTH leva a remodelação óssea aumentada, com maior incidência de fraturas
(doença dinâmica do osso, osteomalácia, etc). O diagnóstico definitivo é através de biópsia
óssea, mas esta raramente é realizada.
Calcificações Vasculares
Tratamento: Captadores de Fósforo (quelantes), que devem ser tomados a meio da refeição.
Também aumentam os níveis de cálcio, ajudando a corrigir a hipocalcémia. Para além disso,
damos análogos da vit.D.
Há uma nova classe de fármacos (calcimiméticos) que “enganam” os recetores de cálcio nas
Paratiróides, de maneira a reduzir a produção de PTH.
Nos casos refratários a tratamento médico, com hiperplasia das Paratiróides, recorremos a
uma paratiroidectomia (removemos 3 das glândulas).
Alterações Cutâneas
Doentes com estes sintomas têm indicação para diálise, tendo em conta que uma fístula
demora cerca de 6 semanas a maturar (antes de poder iniciar a diálise).
Síndrome Cardiorrenal
Prevenção/Tratamento
Perda de peso para ter IMC normal
Controlar pressão arterial (alvo é ter sistólica de 140//130 nos diabéticos)
Para isso podemos dar IECAs ou ARAs (levam a menor perda de proteínas na
urina)
Controlo do risco cardiovascular: principalmente nas dislipidémias (o objetivo é ter LDL
< 70)
Restrição hidrossalina: para controlo de TA e volume. Se for preciso prescrevemos
diuréticos (de ansa, que têm maior efeito na volémia)
Tratamento de complicações
Hipertensão
Hipertensão Primária (Essencial): corresponde à maioria dos casos, relacionada com estilo de
vida.
Hipertensão Secundária: ocorre em jovens (< 45 anos), que têm hipertensão “desde
sempre”, e que a hipertensão precisa de 4+ fármacos para ser controlada, pelo menos um dos
quais é um diurético. Estes indivíduos têm maior tendência para Emergências Hipertensivas.
Causas de Hipertensão Secundária:
A Tensão Arterial é preocupante quando temos sistólica > 180 e diastólica > 110. Nestas
situações, podemos estar perante uma:
Abordagem:
Não devemos baixar a tensão arterial demasiado rápido, para evitar isquémia (órgãos que
estavam com perfusão abundante de repente ficam com muito menos fluxo sanguíneo). A TA
não deve baixar mais de 10mmHg por hora, e nas primeiras horas deve rondas os 180mmHg
usamos Labetalol!
Procurar causa:
Após a colocação do catéter, demora cerca de 1 mês até se poder iniciar a diálise peritoneal,
porque o peritoneu tem de “cicatrizar”.
• Aderências
• Cirurgia Abdominal Major prévia
Depois de 1 mês de espera, o doente inicia a diálise e fica em período de ensino, de maneira a
ser capaz de realizar o procedimento independentemente.
Diálise Peritoneal Automática: Em doentes ativos (com atividade profissional que assim o
exige). As trocas são feitas automaticamente durante a noite com a máquina. Como são feitas
várias trocas de seguida, vai haver maior concentração de glicose, pelo que o dano ao
peritoneu é maior também.
A partir dos 5 anos de diálise, o peritoneu fica cada vez menos funcional! Neste caso terá
de ser adotada a hemodiálise, enquanto ocorre a espera pelo transplante (o transplante
também só dura 15 anos, no máximo...).
Glomerulonefrites
Síndrome de Alport
Doença glomerular genética mais comum.
Com a perda de proteínas há também maior perda de Imunoglobulinas (Igs), o que leva a
maior incidência de infeções nestes doentes.
O edema que estes doentes têm é frequentemente periorbitário, porque o doente suporta
estar deitado (ao contrário da ICC, em que há ortopneia e por isso não existe este tipo de
edema).
Tratamento geral: diuréticos em altas doses (há resistência aos diuréticos porque a furosemida
necessita da albumina para atuar é frequente associar várias classes).
Sintomas:
Pode estar associada a outras doenças como Colangite Esclerosante, Psoaríase, etc...
Fisiopatologia: desregulação da carga elétrica da membrana, o que faz com que a albumina
devido ao seu tamanho pequeno possa passar (se a carga se tornar positiva, já não repele a
carga negativa da albumina). Só há perda de albumina!!
MO: NORMAL!
• Primária
• Secundária
• Genética
Primária:
Tal como a DLM, apresenta boa resposta à corticoterapia em esquema semelhante. Tem
tendência a recidivar no pós-transplante.
Clínica: proteinúria nefrótica mas sem síndrome nefrótico!! (este ocorre mais na forma
primária de GESF).
Na forma genética não fazer imunossupressão, mas sim marcar consulta de genética e adotar
medidas conservadoras: IECA/ARA, restrição hidrossalina, etc...
Genética: indivíduo jovem com GESF em biópsia, mas sem apresentação clássica de Síndrome
Nefrótico (pode não ter todas as características).
É a causa de S. Nefrótico mais comum acima dos 50 anos, ocorre mais no sexo masculino.
Clínica: proteinúria progressiva (ao longo de anos), S. Nefrótico que demora mais a
desenvolver.
Etiologia:
• Primária
Tratamento:
rituximab + prednisolona
ciclofosfamida + prednisolona (esquema de Ponticelli) em casos + graves
Síndrome Nefrítico
1. Nefropatia por IgA
A glomerulonefrite mais comum em todo o mundo. Mais frequente em homens na 3ª década
de vida (20s). Há duas grandes formas:
• Primária
• Secundária
Primária
Ao longo do tempo estes episódios podem passar a incluir proteinúria e finalmente progredir
para Síndrome Nefrítico. Estes doentes também desenvolvem hipertensão desde idade jovem.
A IgA é mais comum nas mucosas infeções respiratórias produzem mais IgA anómala, que
se deposita no glomérulo. No entanto, o maior local de concentração de IgA no corpo são as
placas de Peyer, no intestino.
Tratamos se TFG < 50, proteinúria > 1g, quando ainda não há esclerose em biópsia.
Secundária
Doença Hepática Crónica (que leva a défice na clearance de IgA, que se deposita no
glomérulo)
Doença Celíaca (possivelmente associada às placas de Peyer??)
Doença Inflamatória Intestinal
Colangite Esclerosante
Psoaríase
Estas formas já não são associadas a sintomas respiratórios nem a produção de IgA anómala.
2. Glomerulonefrite Membrano-Proliferativa
É um padrão histológico (“saco” de doenças!).
É difícil de diagnosticar pela clínica, o diagnóstico é feito pela biópsia (depois de a termos
podemos investigar causas).
Quando temos um doente com S. Nefrótico e hematúria devemos suspeitar desta forma!!
2 grandes picos:
Clínica:
hematúria
hematoproteinúria
S. Nefrítico
Diagnóstico: doseamento de
TASO (antistreptolisina O)
C3 (diminuído em 90% dos casos)
Sobretudo em homens acima dos 50, diabéticos e imunodeprimidos, que têm uma infeção
crónica por Staphylococcus. Esta infeção crónica leva à deposição de Imunocomplexos.
Tem um aparecimento súbito, sem sintomas prévios e início da sintomatologia no máximo 1-2
semanas antes. 2/3 dos doentes podem ter hemorragia alveolar (há maior risco nos doentes
com história de tabagismo).
Tratamento:
5. Vasculites ANCA
Dois tipos: PR3 (com sintomas ORL) e MPO (com atingimento renal apenas)
NOTA: Glomerulonefrites Nefríticas em idades jovens – IgA, Glomerulopatia por C3, Pós-
Estreptocócica
Amiloidose
Dá essencialmente Síndrome Nefrótico, mas sem apresentação clássica (sem sinais de
amilóide).
3 formas:
• AL gamopatias monoclonais
• AA infeções crónicas
• Causas Genéticas PAF (Polineuropatia Amiloidótica Familiar)
Clínica:
• S. Nefrótico
• Disautonomia (hipotensão, hipotensão ortostática, diarreia, etc), por desregulação do
SN Autonómico
• Doença Infiltrativa do Miocárdio
Tratamento: depende.
Síndrome Pulmão-Rim
Geralmente doentes com Lesão Renal Aguda + Hemoptises.
Etiologias:
• ICC
• Vasculites ANCA
• Doença Anti-MBG (Síndrome de Goodpasture)
• Pneumonia (sépsis que leva a LRA)
Lúpus
Mais comum em mulheres em idade fértil (15-45 anos).
Atingimento glomerular é vasto (ex: podemos ter doente com hematoproteinúria, função
renal normal e a biópsia mostrar características de Lupus classe 5).
3 e 4 - Glomerulonefrite Proliferativa
5 – Glomerulonefrite Membranosa
6 – Esclerose
Diminuir ingestão proteica: em estadios mais avançados (> 3b), mas com cuidado para não
causar desnutrição (especialmente em doentes de diálise, que têm mais tendência). Deve ser
entre 0,6-0,8 g/kg/dia.
2. Farmacologia Base
DRC Albuminúrica:
TODOS!!! fazem IECA e ARA impede a proteinúria. Só não fazem se não tolerarem
(devido a hipercaliémia)
Inibidores da SGLT2: atuam nos transportadores Na+/Glicose
Diminuem albuminúria, e este efeito mantém-se para outras causas de DRC que não
diabetes.
Atuam como diuréticos e eliminam potássio podemos usar com IECA/ARA
Antagonistas da Endotelina
4. Tratar as Complicações
Anemia
Alvos:
Ferritina 200-500
Transferrina 20-30%
Se a Hb < 9 e os valores acima forem baixos, dar ferro, e se não resolver aí sim dar
eritropoetina (cuidado com os efeitos secundários: HTA, eventos trombóticos, etc).
Metabolismo Fosfocálcico
Volémia: deve ser bem avaliada e gerida em consulta! Se estiver hipervolémico dar diurético
(furosemida).
5. Prognóstico
No geral, doentes controlados têm melhor prognóstico (normotensos e proteinúria < 1g), no
entanto, depende também da doença de base.
Doentes com DRC podem fazer exames com contraste desde que seja feita uma profilaxia
antes: fluidoterapia pré-exame e suspender IECA e metformina (exceção: doentes
hipervolémicos que obviamente não podem fazer fluidoterapia).
A única “contraindicação” seria no caso de contrastes com gadolíneo, que não são
recomendados com TFG < 15.