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Revestindo o rim externamente observa-se uma cápsula de tecido conjuntivo denso rico em fibras
elásticas.
Abaixo dessa cápsula distingue-se uma região externa denominada região cortical, onde estão
os corpúsculos renais, os túbulos contorcidos proximais e distais, e outra localizada internamente, a
região medular, onde está a Alça de Henle.
Ducto Coletor > Papila > Cálices Menores > Cálices Maiores > Pelve Renal
• Mesângio - Células Mesangiais: A função dessas células é fornecer suporte estrutural aos
glomérulos(aos capilares glomerulares). Também sintetizam a matriz extracelular, fagocitam e
digerem substâncias normais e patológicas retiradas pela barreira de filtração e produzem
moléculas biologicamente ativas, como prostaglandinas e endotelinas.
○ Possuem receptores de angiotensina e de pna: se contraem
Função Renal
Os rins são órgãos excretores e reguladores que eliminam o excesso de água e metabólitos do
organismo, controlam o volume de líquidos corporais, contribuindo para a manutenção da
homeostase.
Os rins regulam a excreção de íons inorgânicos, tais como Na+, K+, Cl- , HCO3-, H+,Ca2+ e PO4 3-,
fazendo com que as quantidades ingeridas sejam iguais às excretadas e, assim, não haja balanço
negativo ou positivo de nenhuma delas
O pH sanguíneo ideal é em torno de 7,4 e os rins, juntamente com o fígado e com os pulmões, agem
através de sistemas de tamponamento temporários ou definitivos para mantê-lo constante.
PA = Débito Cardiáco + Resistencia Periférica Total - Duas variaveis responsaveis por alterações na
pressão
Essas alterações podem ser controladas até certo ponto pelo rim, através do débito de água e sal
• Diurese e Natriurese Pressóricas
Sistema Renina Angiotensina Aldosterna
• Pa Diminui > Renina Liberada > Converte Angiotensinogênio em Angiotensina I
• Angiotensina I é convertida em Angiotensina II nos Pulmões
• Angiotensina II: Potente vasoconstritor: + Retorno venoso e bombeamento cardíaco
○ Vasoconstrição da Arteriola Eferente - Aumentando a Pressão Glomerular
○ Aumenta a Resistência Vascular Periférica - Aumento de PA
○ Também promove a reabsorção de sódio nos túbulos proximais e produção de
aldosterona
Aldosterona
Reabsorção de Sódio : Aumento do volume extracelular > Aumento da P.A
Bomba de Prótons
• Reabsorve Sódio do Túbulo Coletor Cortical em Troca de H+ ou Potássio - Manter a
neutralidade elétrica do plasma
Filtração Glomerular
Durante seu trajeto ao longo dos capilares glomerulares, o plasma é, portanto, forçado a atravessar
Durante seu trajeto ao longo dos capilares glomerulares, o plasma é, portanto, forçado a atravessar
a parede do vaso, o que resulta na formação de um ultrafiltrado que, a partir de então, será
processado ao longo do néfron.
• A taxa de filtração glomerular (TFG), clearence ou ritmo de filtração glomerular (RFG)
corresponde à soma dos TFGs individuais de cerca de 2 milhões de glomérulos.
Define-se a taxa de depuração plasmática, ou clearance, de uma substância “x” como o fluxo de
plasma depurado dessa substância na unidade de tempo.
• Este fluxo, habitualmente expresso em mL/min, é calculado dividindo-se a massa de “x”
excretada na urina (igual ao produto da concentração urinária de “x”, U, pelo fluxo urinário, V)
pela concentração plasmá ca de “x”, representa da por P. O clearance de x, C, é, por tanto,
calculado por:
Legenda:
• C: clearence de uma substância
• U: concentração urinária da substância
• V: fluxo urinário
• P: concentração plasmática da substância
A estimativa do TFG é parte essencial da avaliação clínica, uma vez que muitas nefropatias evoluem
de modo assintomático, tendo como único sinal de alerta a queda do RFG.
• Nesses casos, o RFG funciona como um indicador indispensável da função renal,
• Embasando o diagnóstico de insuficiência renal, quando apresenta valores reduzidos;
• Indicando a evolução ou recuperação da função renal à medida que retorna aos valores de
referência.
• Doença Renal Crônica (DRC): Seja qual for a causa primária da DRC, sua progressão leva
invariavelmente à redução gradativa do número de néfrons. Em consequência, a taxa de
filtração por néfron remanescente aumenta muito, podendo atingir o dobro ou até o triplo do
normal, atenuando assim a queda do RFG, que é inevitável
• Hipovolemia
• Obstrução Urinária: a pressão hidráulica no interior das vias urinárias obstruídas se eleva,
transmitindo-se aos túbulos renais e ao espaço de Bowman - Pode evoluir para Hidronefrose
Creatinina
Creatinina
Subproduto do metabolismo muscular, que é formado através da creatina produzida pelo fígado,
pâncreas e rim, e é transformado em fosfocreatina nos músculos e cérebro.
O aumento da creatinina sérica (VN: 06 – 1,3 mg/dL) está sempre associado a uma disfunção renal,
isso porque este aumento pode ter dois significados clínicos:
• ou o rim não está conseguindo excretar este composto,
• ou a quantidade elevada dessa creatinina irá lesar o rim, pois ela é tóxica para este órgão em
concentrações elevadas.
Ou seja, ou tá lesado ou vai ser
Ureia
A parede glomerular funciona como um filtro extremamente eficiente, através do qual passa apenas
uma quantidade insignificante de proteínas, embora sua permeabilidade à água e a pequenos
solutos seja muito maior do que a da maioria dos demais capilares do organismo.
• A perda, ainda que parcial, dessa função de barreira pode trazer consequências sérias.
• Apesar da alta eficiência da função de barreira do glomérulo, cerca de 1 g de proteína alcança
todos os dias o espaço urinário. Mais de 90% dessas proteínas que chegam ao espaço de
Bowman são reabsorvidas no túbulo proximal
○ O processo de reabsorção de proteínas no túbulo proximal é saturável, uma vez que a
endocitose no túbulo proximal é um processo limitado pela disponibilidade de sítios de
ligação a proteínas.
○ Assim, o comprometimento da função de barreira glomerular leva, em um primeiro
momento, a um aumento da taxa de reabsorção de proteínas no túbulo proximal e,
quando esta atinge uma taxa máxima, há perda de proteínas na urina.
Sistema Tampão
Sabe-se que o rim atua com a produção e a reabsorção de bicarbonato, além de regular o sistema
tampão.
O ácido carbônico, pela a ação da anidrase carbônica, pode se transformar tanto no H+ livre + íon
bicarbonato (HCO3-), quanto no H2O + CO2. Os dois sistemas tampões existentes no organismo são
o pulmonar e o renal, podendo ser avaliados através da gasometria venosa. Aqui o foco será no
sistema tampão renal
Lesão Renal
Condições Primárias ou Secundárias
• Síndrome Glomerular
• Síndromes Tubulares
• Síndromes Vasculares
• Distúrbios eletrolítico e acido básico
• Síndrome Urêmica
Glomérulopatias
segunda-feira, 8 de maio de 2023 16:25
• Síndrome Nefrítica
• Alterações Assintomáticas
• Glomerulonefrite Rapidamente Progressiva
• Síndrome Nefrótica
• Trombose Glomerular (Síndrome2 Hemolítica Urêmica)
Classificações
Origem:
• Imunológica( Ic, Ac Anti-MBG, Pauci-Imune ou Mediada por células
• ou Não (Citocinas, Hemodinâmica ou Hipertrofia Glomerular)
Imunofluorescência
Etiologias
Infecciosas
• Bacterianas: Endocardite, sepse e abscessos
• Virais: Hepatites, Caxumba, Sarampo
• Parasitárias: Malária e Toxoplasmose
Sistêmicas
LES, Henoch-Schonlein, Vasculites, Goodpasture, Tumores, Crioglobulinemia
Primárias
Berger
GN Mesangiocapilar
"Imunocomplexas" idiopatica
Biópsia: Na estranheza
• Inespecífica: Padrão Proliferativo
Clínica
Hematúria macroscópica recorrente (50%) isolada após infecção do trato respiratório ou digestivo
(Secreção de IgA nas mucosas, circulam e depois se depositam na região mesangial)
• Hematúria Microscópica Persistente(40%)
• Fatores precipitantes: pós infecção, atividade fisica extenuante
• "Doenças assintomáticas"
Diagnóstico
• Clínica
• Ta na dúvida ainda?
○ Complemento Normal
○ Aumento de IgA sorológico e na pele (50% dos pacientes tem maior produção de IgA)
○ Certeza mesmo? Biópsia!
Morfologia - Biópsia
Morfologia - Biópsia
• Alargamento e proliferação do mesângio
• Hipercelularidade no Capilar
• Deposição Mesangial de IgA (IMF) - Eixo Mesangial
• Depósitos eletrondensos no Mesângio (ME)
Tratamento
• Acompanhamento - Avaliar recorrências etc. Idade, sexo etc. Proteinúria? HAS? Cr> 1,5
• IECA: Enalapril
• Mais grave? Corticóide e Imunossupressor
Etiologia
• Doença de Goodpasture (10%) - ANTI-MBG - Anticorpo contra a membrana basal glomerular (e
alveolar)
• Rara, de 20 a 40 anos, 6:1 Homens, Ligada ao tabagismo
• Glomerulonefrite + Hemorragia Pulmonar
• Biópsia Renal (Imunofluorescência Linear)
• Tratamento: Plasmaferese + Corticoide e Imunossupressor
• Imunocomplexos(45%) - Evolução de GNPE, Berger, LES..
• Pauci-Imune(45): Wegener, Poliangeíte ...
Aspectos Clínicos
Sintomas da Síndrome Nefrítica Só que graves e progressivo!
• Hematúria com cilindros hemáticos
• Proteinúria (por vezes atingindo faixa nefrótica)
• Hipertensão e edema variáveis
Morfologia
Formação de crescentes: PROLIFERAÇÃO DE CÉLULAS EPITELIAIS PARIETAIS + MACRÓFAGOS
(neutrófilos e linfócitos podem estar presentes)
Crescente = Glomérulo Grave
• GNRP : +50% dos glomérulos com crescente
3.0 Síndrome Nefrótica
A síndrome nefrótica deve ser entendida como o conjunto de sinais, sintomas e achados
laboratoriais que se desenvolvem quando, por alguma razão, ocorre aumento patologicamente
exagerado da permeabilidade dos glomérulos às proteínas, levando à proteinúria maciça
Embora não façam parte da definição da síndrome, as alterações do sedimento urinário do tipo
hematúria microscópica, dismórfica e cilindros hemáticos podem ser detectadas em algumas
glomerulopatias nefróticas.
• A função renal costuma estar relativamente preservada no momento da apresentação e
geralmente não há oligúria.
• A hipertensão arterial é um achado variável, dependendo do tipo de glomerulopatia, não
fazendo também parte da síndrome.
• O edema é comum, mas tem origem em mecanismos patogênicos completamente distintos
dos da GNDA .
A maioria dos distúrbios que afetam os glomérulos pode resultar em síndrome nefrótica, incluindo
aqueles descritos para a síndrome nefrítica. Ao contrário desta última, que geralmente se inicia de
modo abrupto, a síndrome nefrótica em muitos casos é bastante insidiosa.
1. Resposta Crônica á agressão
2. Aumento da permeabilidade da membrana
3. Perda da permeabilidade seletiva
4. Proteinúria - Hipoalbunemia
4. Proteinúria - Hipoalbunemia
5. Diminuição da Pressão Oncótica
6. Edema Importante
7. Hipovolemia - Queda da PA
A Proteinúria Nefrótica
A anormalidade básica da síndrome nefrótica, que origina a maior parte de seus sinais e sintomas, é
a proteinúria.
• De modo arbitrário, considera-se como "faixa nefrótica" a taxa de excreção renal de proteínas
superior a 3,5 g/1,73 m2/dia em adultos e 50 mg/kg/dia ou 40 mg/m2/h em crianças.
• É importante frisar que uma proteinúria superior a 2 g/dia fortalece o diagnóstico de
glomerulopatia, já que nas doenças tubulointersticiais a proteinúria não costuma ultrapassar
esta cifra.
A proteinúria da síndrome nefrótica pode ser do tipo seletiva ou não seletiva, na dependência da
doença de base.
Para melhor entendimento dos processos que determinam perda urinária de proteínas, vamos
lembrar os mecanismos de permeabilidade glomerular. A parede dos glomérulos apresenta dois
mecanismos básicos que determinam a seletividade:
• (1) as fendas de filtração; são responsáveis pela "barreira de tamanho", que impede a filtração
das macromoléculas
• (2) a carga negativa da membrana basal: que dificulta a filtração de qualquer partícula com
carga negativa, independentemente do tamanho.
A albumina (principal proteína plasmática) tem peso molecular em torno de 65.000 dáltons,
transpondo a "barreira de tamanho" com alguma dificuldade.
• Entretanto, o maior obstáculo à passagem da albumina é a "barreira de carga", já que esta
molécula se revela um poliânion (carga negativa).
• Por outro lado, o que impede a passagem das globulinas é exclusivamente a "barreira de
tamanho": Infecções recorrentes por ex. Streptococcus pneumoniae
Quando o processo lesivo renal acarreta perda predominante da "barreira de carga" (como no
caso da nefropatia por lesão mínima), ocorre o que se entende por proteinúria seletiva, ou seja,
uma proteinúria basicamente à custa de albumina;
Quando a lesão glomerular determina perda da "barreira de tamanho" ocorre proteinúria não
seletiva, com perda proporcional de todas as macromoléculas do plasma (albumina, globulinas,
etc.).
Resumo:
Proteinúria Seletiva: Membrana Basal Lesada (Barreira de Carga) - Passa principalmente móleculas
com carga, ALBUMINA.
Clínica
• Proteinúria: Urina Espumosa
• Edema matinal palpebral
• Edema MMII
• Ascite
• Derrame Pleural
• Complicações - Depleção de Proteínas
• TVP - Antitrombina III - Veia Renal -Vasos Túrgidos - Distensão da Cápsula- Dor Lombar
○ No Homem pode desenvolver varicocele súbita a esquerda
○ Nefropatia Membranosa, GN Mesangiocapilar, Amiloidose
• Infecções- Imunoglobulinas - Pneumococo
• Dislipidemia - Aterogênese Acelerada
Etiologia
Secundárias agridem igual ás primárias
Formas Primárias
• Lesão mínima
• Glomérulo Esclerose Focal e Segmentar
• Glomerulonefrite Proliferativa Mesangial
• Nefropatia Membranosa
• Nefropatia Membranosa
• Glomerulonefrite Mesangiocapilar - Membranoproliferativa
Lesão Mínima
A nefropatia por lesão mínima resulta, em última análise, da perda da carga negativa da barreira
glomerular (perda da "barreira de carga"), originando um tipo seletivo de proteinúria. A
reincidência da síndrome em transplantes renais sugere a presença de um fator circulante que
"neutraliza" a carga negativa glomerular.
• Parece que a DLM é uma doença de linfócitos T (sensíveis a corticoide), os quais secretam uma
citocina (ainda desconhecida) que age sobre os podócitos, inibindo a síntese dos poliânions
(sulfato de heparan) responsáveis pela "barreira de carga". A perda de interação entre o
podócito e as proteínas da matriz extracelular provocaria a fusão podocitária
Nefropatia Membranosa
• Primária ou secundária
○ Neoplasia, LES, Hepatite B, Captopril, Ouro, D-penicilamina
○ Neoplasia tem que ser investigada ao diagnóstico de nefropatia membranosa
• Pico de incidência (40 – 60 anos), Predomínio no sexo masculino
• 2ª causa mais comum em adulto
• Espessamento da Membrana Basal
• Hematúria microscópica em até 85%
• Anticorpos
○ PLA2R glicoproteína transmembrana expressa na superfície de podócitos
○ Anti-PLA2R + IgG4 -> favorece primária
○ Dosar anti-PlA2R sérico
• Pode evoluir com Trombose da Veia Renal !!! Iniciar profilaxia
• Pril-Sartan e profilaxia antitrombótica
Glomerulonefrite Mesangiocapilar/Membranoproliferativa
• Tradicionalmente em lactente
• Agregação plaquetária: Trombo no glomérulo
• Anemia Hemolítica - Destruição mecânica das hemácias
• Plaquetopenia - Depleção plaquetária - Trombocitopenia
• Insuficiência Renal Aguda Oligúrica - Uremia
Acometimento Renal em Doenças Sistêmicas
segunda-feira, 29 de maio de 2023 14:07
Hipertensiva
Nefroesclerose hipertensiva (ou nefroangiosclerose) é o termo aplicado à lesão decorrente do efeito
da hipertensão arterial sistêmica sobre os rins, afetando particularmente as pequenas artérias
(arqueadas, interlobulares), as arteríolas aferentes e os glomérulos. Dois tipos de nefroesclerose
hipertensiva são descritos: (1) nefroesclerose hipertensiva benigna; (2) nefroesclerose hipertensiva
maligna.
Alterações degenerativas nas paredes das arterias de grande e medio calibre > comprometimento
do glomerulo
Patogênese
O marco histopatológico da nefropatia hipertensiva é o acometimento das pequenas artérias
interlobulares e das arteríolas aferentes (arteriolosclerose), que são as principais estruturas renais
a sofrer com o aumento da pressão hidrostática intraluminal.
• A redução do lúmen desses vasos provoca graus variados de isquemia glomerular e
tubulointersticial.
• Um conceito fundamental: a lesão glomerular da nefroesclerose NÃO é o evento inicial, mas
sim secundário ao acometimento arteriolar.
Hipertrofia da Camada Média + Espessamento da Íntima: Estreitamento da Lúmen - Isquemia > GEFS
• Predomínio em Mulheres
• Lesão principal é o espessamento hialino da parede das arteríolas, contribuindo para a
manutenção do estado hipertensivo
• Disfunção endotelial - Permeabilidade- - Acumulo proteico endotelial - Estreita a luz - Aumenta
a Resistencia
Clínica
• Proteinúria <1,5 g/dia
• IRC Lentamente Progressiva
• Outras complicações sistêmicas: Retinopatia
A isquemia glomerular leva à glomeruloesclerose focal global (focal: alguns glomérulos; global: o
glomérulo inteiro) que, por sua vez, provoca a perda do néfron.
Como inicialmente apenas alguns glomérulos são acometidos pela esclerose global, os
remanescentes começam a hiperfiltrar, o que provoca uma nova lesão: a glomeruloesclerose
segmentar.
• Os glomérulos com esclerose segmentar encontram-se hipertrofiados pelo hiperfluxo,
enquanto aqueles com esclerose global estão atrofiados.
• A Glomeruloesclerose Focal e Segmentar (GEFS), na verdade, é uma lesão secundária ao
processo de nefroesclerose hipertensiva, mas não deixa de contribuir significativamente para
processo de nefroesclerose hipertensiva, mas não deixa de contribuir significativamente para
a progressão da proteinúria e da insuficiência renal nesses pacientes
Morfologia
• Rins de tamanho reduzido, com granulação fina na superfície
• Hialinização e espessamento da parede das pequenas artérias > Camada íntima > Arterias
Aferentes
• Hipertrofia da camada média e espessamento da íntima das pequenas artérias renais
(arqueadas e interlobulares) – uma resposta inicialmente adaptativa, ao "poupar" os
glomérulos do aumento pressórico. Quando exagerada, a redução do lúmen das pequenas
artérias renais contribui para o processo de isquemia glomerular;
• Arteriolosclerose hialina deposição de material hialino (derivado de proteínas plasmáticas e
lipídios) na parede das arteríolas aferentes, com redução progressiva do lúmen e isquemia
glomerular satélite.
Tratamento
• Controle Pressórico
○ Com proteinúria: IECA(Efeito antiproteinurico e diminuição da hialinização) e ARAs-II
○ Sem proteinúria: sem consenso
• Rastreamento
• Esta síndrome é definida pelo aumento abrupto dos níveis tensionais, atingindo valores > 120
mmHg para a PA diastólica e > 180 mmHg para a PA sistólica,
• Provocando graves lesões de órgãos-alvo, particularmente retinopatia hipertensiva grau III
(hemorragias em "chama de vela" e exsudatos moles esparsos) ou grau IV (papiledema).
• O edema agudo de pulmão hipertensivo, a encefalopatia hipertensiva e a nefroesclerose
maligna são apenas componentes da síndrome (que podem ou não estar presentes).
Glomerulonefrite Necrosante
Aguda
• IRA, Proteinúria, Hematúria
• Retinopatia (Graus III-IV)
• HAS Grave (>180x120mmHg)
• Necrose fibrinoide – depósito de material eosinofílico composto por fibrina, muitas vezes
contendo infiltrado inflamatório (leucócitos), surgindo a nomenclatura arteriolite necrosante;
• Arteriolosclerose hiperplásica – espessamento da média devido à proliferação concêntrica de
células musculares lisas entremeadas a um depósito laminar de colágeno (lesão em "bulbo de
cebola").
A insuficiência renal rapidamente progressiva se instala pela acentuada isquemia glomerular difusa,
provocando síndrome urêmica grave e necessidade de diálise.
• Os glomérulos apresentam necrose isquêmica, trombose intracapilar e infiltração neutrofílica
(glomerulonefrite necrosante).
• Esta glomerulite explica a hematúria (que inclusive pode ser macroscópica), a proteinúria
significativa (por vezes na faixa nefrótica) e o eventual aparecimento de cilindros hemáticos e
leucocitários.
• A trombose capilar contribui para a degradação mecânica de hemácias, o que leva a uma
anemia microangiopática, com presença de esquizócitos (fragmentos de hemácia) na periferia.
• A isquemia glomerular estimula a liberação de renina, fazendo aumentar a angiotensina II e,
consequentemente, a aldosterona. Este fenômeno contribui para o aumento progressivo da
pressão arterial nesses pacientes (um ciclo vicioso).
Nefropatia Diabética
• Rastreamento na atenção básica
• Acomete 20-40% dos DM1 e 1/3 dos DM2
• Principal causa de IRC no Mundo (20-40% de desenvolver em IRC em 10 anos)
• 60% dos portadores de IRC tem DM2
• Risco aumentado de HAS e Complicações Cardiovasculares
Fatores de Risco
• Duração da diabetes
• Fatores genéticos
• Microalbuminúria
• Descontrole Glicêmico
• Descontrole Glicêmico
• Obesidade
• HAS
• Tabagismo
• Hipercolesterolemia
Aspectos Morfológicos
Tipo de Lesão: Glomeruloesclerose Diabética: Trata-se de um tipo especial de esclerose glomerular,
caracterizada por áreas de expansão acelular da matriz mesangial, formando um material amorfo
PAS + entre as alças capilares.
• Achado mais comum: Glomeruloesclerose Difusa
Diagnóstico
Urina de 24 horas ou relação albumina/creatinina na amostra
• Biópsia na dúvida!!
Importância
• Maior mortalidade
• IRC - Diálise
• Diagnostico e Rastreio
○ Função Renal e TFG
○ Albumina
○ Proteinúria de 24 h
Tratamento
• Controle Glicêmico:
○ Alvo: HbAc <7%
○ Inibidor da SGLT-2 (TFG > 45ml/min)
• Controle da PA
○ Alvo: 130 x 80 mmHg
○ IECA ou BRA (Mesmo sem HAS) - Nefroproteção
• Mudança no estilo de vida
Diagnóstico
• Anti-DNA
• Hipocomplementenemia
• Sedimento ativo: Piúria
• Biópsia
Lúpus Eritematoso Sistêmico: Doença autoimune sistêmica capaz de afetar qualquer órgão
• O acometimento renal é típico e frequente, fazendo parte dos critérios diagnósticos da
doença.
• O “critério renal” é definido pela presença de pelo menos um dos seguintes achados:
○ 1) proteinúria > 500 mg/24h;
○ (2) sedimento urinário contendo cilindros hemáticos.
• O acometimento renal constitui evolução natural da doenças, sendo presente em até 50% dos
pacientes no primeiro ano do diagnóstico
• Diagnóstico clinico: 4 anos do 11 critérios do ARA
Quadro Clínico
• Proteinúria, em 45% dos casos na faixa nefrótica
• Hematúria, 80% dos casos é Micro
• Diminuição da TFG - Disfunção Renal
• HAS
Tratamento
Todos
• Hidroxicloroquina
• IECA
• Comornidades
I/II
• Se proteinúria >1g/dia: AZA ou MMF
III/IV/V
• Indução: metilprednisolona + MMF ou CFM
• Manutenção: Corticoide Oral + MMF ou AZA
Distúrbios do Sódio
segunda-feira, 5 de junho de 2023 10:32
Isso se deve ao fato de que a concentração de sódio é responsável pela maior parcela da
osmolaridade plasmática efetiva e da tonicidade ou seja, o Sódio é responsável por modular a
osmolaridade plasmática
• Nota-se que dos 290 mOsm/L do plasma, 280 são oriundos da concentração de Na+,
resultando uma parcela superior a 95% da osmolaridade efetiva total do plasma
• Osmolaridade plasmática = 2 x [Na+ ] +Glicose/18 + Ureia/6 = 285 a 295 mOsm/L
• GAP Osmótico (Osmômetro - Cálculo) - Se >10 - Intoxicação Exógena
Diversos distúrbios podem elevar ou diminuir sua concentração, levando a sérias consequências
Hiponatremia
Distúrbio hidroeletrolítico mais comum em pacientes hospitalizados
• Na maioria dos casos, ocorre em função do aumento do volume de água do plasma, seja por
retenção ou por aumento da oferta hídrica.
• Nessas situações, os rins são protagonistas da remoção do excesso de água livre pela
supressão da liberação do hormônio antidiurético(ADH) - Objetivando o aumento da
concentração sérica de Na+
• O sistema renal começa a falhar nessa função quando excede a excreção de um volume de
água superior a 10 litros em 24 horas.
Como o sódio e seus ânions acompanhantes são os principais solutos plasmáticos efetivos no FEC,
a hiponatremia e a hipo-osmolaridade quase sempre coexistem.
• "Hiponatremia verdadeira" é considerada como um baixo nível de sódio na presença de
hipo-osmolaridade.
• Duas Exceções: Hiperosmolar (Glicemia) e Isosmolar (Pseudo - Aumento de Lipidio e Protéina
no Sangue)
Etiologia
A maioria dos estados hiponatrêmicos envolve níveis inapropriadamente elevados de hormônio
A maioria dos estados hiponatrêmicos envolve níveis inapropriadamente elevados de hormônio
antidiurético
• Isto ocasiona uma retenção desproporcional de água em relação ao sódio.
• A secreção de ADH é influenciada por vários fatores como a osmolaridade plasmática e o
volume circulante.
Hiponatremia Hipovolêmica
Na hiponatremia hipovolêmica, tanto a água corporal total, quanto o sódio corporal total estão
baixos, mas há uma perda desproporcional de sódio em relação à água.
• Isto é resultado da secreção aumentada de ADH, que ocorre em estados hipovolêmicos,
causando aumento da reabsorção de água.
• SRAA - Aumenta o volume sanguineo mas não altera a osmolaridade, já que reabsorve a
"mesma coisa" de agua e sódio
• Mais comum
A perda de sódio pode ser renal ou extra-renal, e a determinação do nível de sódio urinário é
importante para fazer essa distinção.
Causas renais incluem excesso de diurético, insuficiência renal, nefropatia perdedora de sal,
deficiência de aldosterona, pielonefrite crônica, nefrocalcinose, acidose tubular renal proximal e
cetonúria.
Hiponatremia Euvolêmica
• SIADH é a causa mais comum de hiponatremia euvolêmica e está associada com muitos
distúrbios diferentes
• Se houver suspeita de SIADH, pode ser útil medir a osmolaridade urinária, uma vez que
osmolaridade urinária>100 mOsm/kg, na presença de hiponatremia, reflete antidiurese
inapropriada.
• Como SIADH continua a ser um diagnóstico de exclusão, outras causas potenciais devem ser
investigadas e excluídas primeiro.
Hiponatremia Hipervolêmica
Esta é uma situação caracterizada por um aumento paradoxal no sódio total do corpo, mas com um
aumento simultâneo e proporcionalmente maior da água corporal total, o que leva a uma
hiponatremia diluicional.
Esta redução da excreção de água é secundária a um excesso de secreção de ADH ou a algum grau
de insuficiência renal que limita a máxima excreção de água livre. Patologias subjacentes incluem
síndrome nefrótica, insuficiência cardíaca congestiva (ICC) e cirrose (embora raramente na ausência
de ascite).
• Em todas essas situações, há edema secundário no rim, comprometendo sua capacidade
máxima de excretar água. Isto resulta de qualquer secreção inapropriada de ADH levando a
retenção de água ou de uma distribuição inadequada de fluido no interior do corpo,
impedindo a eliminação do fluido intravascular. - Edemas Generalizados, Congestão -
Diminuição do Volume Intravascular Efeitvo
Outras causas
• Adipsia primária ou secundária
• Hiperglicemia extrema
• Mieloma múltiplo
• Hipodipsia
• Hipertrigliceridemia
• Hiperlipidemia
• Aumento da ureia
• Insuficiência adrenal
• Manitol: promoção da diurese, na prevenção da falência renal aguda durante cirurgias
cardiovasculares e/ou após trauma;
PseudoHiponatremia (Isoismolar)
Isto ocorre quando o sódio e os seus anions associados não são mais os principais solutos efetivos
presentes no plasma. Esta "Hiponatremia de translocação" é devida aos solutos osmoticamente
ativos no plasma serem incapazes de atravessar a membrana celular. Enquanto muitos solutos tais
como ureia e etanol podem entrar nas células e assim causar hipertonicidade sem celular
desidratação, outras moléculas tais como a glicina não podem. A glicose normalmente difunde-se
livremente nas células, mas quando há deficiência de insulina, tal como na cetoacidose diabética
(CAD), a glicose é efetivamente confinado para o FEC.
Quadro Clínico
Na maioria das vezes, os pacientes hiponatrêmicos se apresentam assintomáticos.
• Na+ sérico estiver na faixa de 130 a 125 mEq/L: Náuseas e Vômitos sinais mais precoces -
Hiponatremia moderada
• Quando inferior a 125 mEq/L, hiponatremia severa, podem haver cefaleia, cãibras, letargia e
hiporreflexia
• Abaixo de 115-120 mEq/L, o paciente pode ter convulsões, respiração de Cheyne Stokes,
hipotermia, coma, parada respiratória, herniação cerebral, lesão cerebral permanente e até ir
ao óbito.
A respiração de Cheyne-Stokes é uma forma de respiração periódica na qual apnéias e hipopnéias se
alternam com períodos de hiperpnéias que apresentam um padrão crescendo e decrescendo de
volume corrente.
• Uma lesão cerebral pode impedir que o centro respiratório faça o controle da respiração por
alguns segundos, causando apneia.
• A apneia por sua vez promove um aumento significativo de dióxido de carbono no sangue, que
faz com que o centro respiratório tenha um aumento gradativo das incursões respiratórias.
• Aumentando as incursões respiratórias, ocorre a hipocapnia e isso faz com que o centro
respiratório deixe de ativar, gerando apneia e uma nova hipercapnia.
A angiotensina II causa a contração do MÚSCULO LISO VASCULAR renal e das arteríolas, levando à
retenção de sal e água no RIM e aumento da pressão arterial. Além disso, a angiotensina II estimula
a liberação de ALDOSTERONA do CÓRTEX SUPRARRENAL, que por sua vez também aumenta a
retenção de sal e água no rim.
Tratamento
Hipovolemia
• Reposição de Soro Fisiológico
• Reposição de Sódio sérico de maneira lenta
• 3-6 mEq/L (3h)
• Risco de desmielinização osmótica se correção rápida
• a Síndrome de Desmielinização Osmótica (SDO) - MIELINÓLISE PONTINA
Hipervolemia
• Restrição Hidrica+ Furosemida ou VAPTAN (Antagonista do ADH)
Euvolêmica
Se SIADH
• Restrição Hidrica+ Furosemida ou VAPTAN (Antagonista do ADH)
Hipernatremia
A hipernatremia (Na+ > 145 mEq/L) é o parâmetro laboratorial que expressa e quantifica o estado
hiperosmolar, já que o sódio é o principal elemento da osmolaridade extracelular.
• Toda hipernatremia é hipertônica, ou seja, sempre cursa com aumento da osmolaridade
plasmática efetiva.
Aprenda o seguinte conceito: na imensa maioria das vezes, a hipernatremia ocorre pela perda de
água livre corporal; ao perder água, o sódio plasmático se concentra.
• Por isso, é correto dizer que a hipernatremia é a definição mais precisa do estado de
desidratação (perda de água).
Etiologia
Incapacidade de Pedir Líquidos
Clínica
• Desidratação Neuronal
• Desidratação Neuronal
Tratamento
• Hidratação (Agua ou Soro)
• Se correção Rápida - Edema Cerebral, Coma
• Reduzir o NA em 10 por dia
Distúrbios do Potássio
segunda-feira, 17 de julho de 2023 14:23
Apesar de ser mínima a quantidade de potássio no plasma, a calemia deve ser finamente regulada
para que se mantenha numa estreita faixa normal, entre 3,5-5,5 mEq/L.
• Níveis discretamente inferiores ou superiores já podem ter implicações deletérias para a
fisiologia do organismo!
A membrana plasmática das células dos tecidos "excitáveis" – neurônios e células musculares,
incluindo miócitos cardíacos, células musculoesqueléticas e lisas – possui canais iônicos, como os
canais de sódio, cálcio e potássio, que funcionam de acordo com a polaridade da membrana, isto é,
uma diferença de potencial ou de carga elétrica entre os meios intra e extracelular.
• O gradiente de concentração de potássio transmembrana é o principal determinante desta
polaridade, tendo, portanto, total influência nas propriedades eletrofisiológicas de tais
células.
• Excitabilidade Neuromuscular
A membrana celular é altamente permeável ao potássio, por conter em sua estrutura canais de
potássio continuamente abertos (leak channels, ou canais de "vazamento", em português).
• A saída constante de potássio da célula mantém o potencial de repouso negativo (em torno
de -70 mV), isto é, a fase conhecida como Polarização
• A Na-K-ATPase retorna o potássio para o interior da célula, mantendo o gradiente de potássio
transmembrana (5 mEq/L no lado de fora → 155 mEq/L no compar mento intracelular)
Regulação do Potássio
Um indivíduo hígido possui mecanismos fisiológicos altamente eficazes em manter a calemia dentro
da faixa adequada, apesar da grande variação na quantidade de potássio ingerida ou perdida.
• Numa alimentação normal, consome-se entre 40-150 mEq (0,5-2 mEq/kg) de potássio por dia.
Equivale à ingestão diária de 3-10 g de KCl. Existem quantidades expressivas de potássio em
vários tipos de alimento, como frutas, vegetais e carnes
• A ingestão de uma carga aguda de potássio produz um discreto aumento transitório da
calemia.
• O potássio é quase totalmente absorvido pelo intestino, ganha o plasma e logo é "tamponado"
pelas células – o seu principal reservatório.
○ O potássio "entra" nas células pela bomba Na-K-ATPase.
Alguns hormônios concorrem para que essa distribuição ocorra de forma rápida e eficaz,
promovendo um acelerado influxo celular de potássio.
• São eles basicamente a insulina e a adrenalina(receptores beta-2).
• Só após 6-8h, o potássio que sobrou começa a ser eliminado pelos rins, por ação do principal
hormônio regulador de potássio – a aldosterona.
• Embora a regulação fina da excreção de potássio ocorra no túbulo coletor, 90% de todo o
• Embora a regulação fina da excreção de potássio ocorra no túbulo coletor, 90% de todo o
potássio filtrado é reabsorvido no túbulo contorcido proximal
Hipocalemia
Definida como K < 3,5 mEq/L
Clínica
• Fraqueza Muscular
• Íleo Paralítico
• Cardíaca (ECG) - Arritimias - Repolarização - Onda T, Onda U, Aumento do Intervalo QT, + Onda
P
Tratamento
Reposição de Potássio
• VO: Xarope de KCl - Absorção ok pelo TGI
Se intolerancia oral/ K<3/Alterações no ECG - Infundir 10-20 mEq/H
• Evitar soro glicosado - INSULINA
• Refratários - Corrigir Hipomagnesemia
Hipercalemia
Definida como K > 5 mEq/L
Clínica
• Fraqueza Muscular
• Cardíaca (ECG): Aumento da T, Diminuição do QT, Diminuição do P, QRS Alargado
Tratamento
• 1 Medida (Se ECG Alterado): Gluconato de Cálcio - SINTOMÁTICO - Estabilização da Via de
Transmissão Cardíaca - Proteção da Membrana
• 2 Medida: Reduzir K+: Glicoinsulinoterapia, Beta2Agonista, Bicarbonato caso acidose
• Eliminar o Potássio: Furosemida > Estimulo da Aldosterona > Eliminação de Potássio
• Eliminar o Potássio: Furosemida > Estimulo da Aldosterona > Eliminação de Potássio
• Caso paciente nefropata: Resina de Troca (Sorcal) - Troca pelo TGI
• Se refratário: Diálise
Distúrbios Acidobásico
segunda-feira, 17 de julho de 2023 14:24
O perfeito equilíbrio entre ácidos e bases depende de uma série de reações que procuram corrigir os
desvios da homeostase.
Valores de referência:
pH: 7,35 – 7,45
PCO2: 35 – 45 mmHg
HCO3: 22-26 mEq/L
BE: -3 a +3 mEq/L - Variação BB (Base Total) =48
• Agudo x Crônico (Compensação)
Acidose
Usado para definir o aumento da concentração do íon H+ no sangue
• Acidose Respiratória - Alteração Respiratória Primária (Excesso de Ácido Carbônico)
○ paCO² elevado - Acumulo de CO² - Acumulo de Ac. Carbonico
○ Hipoventilação
○ Perturbação do equilíbrio bicarbonato/ac.carbonico
○ Diminuição do pH
Quadro clínico: o sinal mais comumente observado pela tentativa de compensação de um dos
grandes sistemas tampões é a hiperpneia (padrão kussmaul – inspiração profunda com períodos de
grandes sistemas tampões é a hiperpneia (padrão kussmaul – inspiração profunda com períodos de
apneia)
Alcalose
Usado para definir a queda da concentração do íon H+ no sangue
Reposta Compensatória
O organismo lança mão de mecanismos compensatórios para evitar uma variação expressiva da
relação HCO3 /CO2, ajudando a manter o pH plasmático pelo menos mais próximo ao normal nos
distúrbios acidobásicos.
• Para manter a relação, a resposta compensatória faz os níveis plasmáticos de base (HCO3 -)
acompanharem os níveis plasmáticos de ácido (CO2), ou vice-versa.
Apesar de bastante eficaz, este tipo de resposta compensatória não é perfeito, não evitando que o
pH varie de forma perigosa nos distúrbios metabólicos graves
Essa conta serve para analisarmos se os sistemas tampões estão sendo eficazes e, de fato,
compensando essas alterações, ou se há um distúrbio misto por falha nesses mecanismos
• Avaliação da Sobrecarga da Reposta Pulmonar
• Mais ou Menos 2
Na acidose respiratória crônica, o pH das células encontra-se baixo, estimulando a excreção renal de
H+ e a retenção de HCO3 -.
• O exemplo clássico de acidose respiratória crônica é o paciente com DPOC avançado –
retentor crônico de CO2.
• A gasometria destes pacientes apresenta um pH baixo, mas uma pCO2 muito alta
acompanhada de um HCO3 - bastante elevado.(Exemplo: pH = 7,34; pCO2 = 80 mmHg; HCO3 -
= 38 mEq/L.)
• Na alcalose respiratória crônica, o pH das células está alto, reduzindo a excreção renal de H+
e promovendo a perda de HCO3 -.
Para cada H+ secretado no lúmen tubular e eliminado na urina, 1 HCO3 - é regenerado ao plasma.
• Por isso, este processo pode ser chamado de regeneração renal do bicarbonato.
• A célula do túbulo coletor possui em sua membrana luminal uma H+-ATPase, responsável pela
secreção tubular deste íon, o que mantém o pH urinário mais ácido que o plasmático.
• A acidez máxima da urina é um pH = 4,50.
Além de excretar o excesso de H+, os rins também precisam reabsorver todo o bicarbonato
filtrado pelo glomérulo (cerca de 3.300 mEq/dia).
• Este processo ocorre no túbulo proximal.
1. A célula tubular secreta H+ em troca da reabsorção de sódio.
2. Este H+ se combina com o HCO3 - filtrado e, seguindo a reação, forma CO2 + H2O.
3. O CO2 passa livremente pela membrana da célula tubular e, no citoplasma, segue a reação
inversa, convertendo-se em HCO3 - + H+.
4. O H+ é novamente secretado, enquanto que o HCO3 - é reabsorvido.
Na alcalose metabólica, quando o HCO3 - plasmático está acima de 28 mEq/L, uma parte do
bicarbonato é eliminada na urina (bicarbonatúria).
• Podemos dizer que o limiar de reabsorção de bicarbonato foi ultrapassado.
Acidose Metabólica
A acidose metabólica "pura" é definida por um HCO3 - < 22 mEq/L e um pH < 7,35.
Suas consequências clínicas não são tão graves quanto as da acidose respiratória aguda, mas, a
acidose metabólica grave (HCO3 - < 10 mEq/L e BE < -10 mEq/L) pode baixar o pH para níveis
inferiores a 7,10, pondo a vida do paciente em risco.
A acidose metabólica surge quando existe um excesso de H+ não derivado do CO2, ou quando há
perda de HCO3 - para o meio externo (perda urinária ou gastrointestinal).
• Acidose Lática
• Cetoacidose Diabética
• Uremia - Falência Renal
• Perdas Digestivas Baixas - Suco Pancreático - Perda do Bicarbonato
• Acidoses Tubulares Renais - Retenção de H+(I e IV) ou Depleção de HCO3(II)
Ânion Gap
Para que o equilíbrio eletroquímico do plasma seja mantido, o total de cátions tem que ser igual
ao total de ânions.
• O principal cátion do plasma é o sódio (Na+), enquanto os principais ânions são o cloreto (Cl -)
e o bicarbonato (HCO3 -).
• Acontece que a concentração plasmática de sódio é maior do que o somatório das
concentrações de cloreto e bicarbonato.
• O equilíbrio eletroquímico é mantido pela existência de outros ânions plasmáticos. O
somatório de todos estes ânions corresponde ao ânion-gap
São decorrentes da perda de HCO3 - para o meio externo ou da retenção direta de H+.
A diarreia é um exemplo comum. Os fluidos gastrointestinais produzidos abaixo do piloro (bile, suco
entérico e suco pancreático) são ricos em bicarbonato.
• A acidose, portanto, se instala pela perda fecal de bicarbonato.
Neste tipo de acidose metabólica, para que o equilíbrio eletroquímico do plasma seja mantido, a
redução do HCO3 - deve ser compensada pelo aumento do cloreto plasmático, já que nenhum
outro ânion foi retido.
• Essas acidoses são, portanto, hiperclorêmicas.
Ex: Acidose Lática, Cetoacidose, Uremia, Intoxicações Exógenas (Salicilatos, Metanol, Etilenoglicol)
Tratamento
Alcalose Metabólica
A alcalose metabólica "pura" é definida por um HCO3 - > 26 mEq/L e um pH > 7,45.
• Surge quando existe perda de H+ para as células ou para o meio externo.
Tratamento
Vômitos/ Diuréticos
• SF 0,9% + KCl
Insuficiência Renal
Para definir e compreender a injúria renal, é fundamental um entendimento preciso das funções do
rim. Das três principais, duas podem ameaçar a vida de maneira imediata se forem perdidas. São
elas: (1) função de filtro ou função excretória; e (2) regulação do equilíbrio hidroeletrolítico e
acidobásico. A terceira função renal é a função endócrina, mediada basicamente através da
produção de dois hormônios principais: a eritropoetina e o calcitriol (forma ativa da vitamina D)
Na maioria das vezes, este é um diagnóstico puramente laboratorial, feito pelo reconhecimento da
elevação da ureia e creatinina plasmáticas (azotemia), na ausência de sintomas.
• Contudo, quando a disfunção renal for grave (Crpl > 4,0 mg/dl, geralmente com TFG < 15-30
ml/min), os sinais e sintomas da síndrome urêmica já podem aparecer.
• Estima-se que cerca de 5-7% das admissões hospitalares, e 30-70% das internações em UTI,
cursem com algum grau de insuficiência renal aguda!
Por definição, insuficiência renal é a queda na Taxa de Filtração Glomerular (TFG). Entretanto, a
azotemia (Crpl ≥ 1,5 mg/dl em homens e ≥ 1,3 mg/dl em mulheres) costuma aparecer somente
quando a TFG está pelo menos 50% abaixo do valor normal.
• Logo, podemos deduzir que mesmo um paciente SEM AZOTEMIA já pode apresentar perda
significativa da função renal
Nos dias de hoje, o termo "injúria renal aguda" tem sido preferido por representar melhor o amplo
espectro de apresentação da doença, uma vez que a terminologia antiga descreve bem somente um
subgrupo desses pacientes, que são aqueles que necessitam de suporte dialítico de emergência.
Pode ocorrer em pacientes com função renal normal prévia (IRA Clássica) ou com doença renal
prévia agudizada (IRC Agudizada)
• Importante identificar a lesão renal aguda de forma precoce para evitar a irreversibilidade da
condição
Diagnóstico
• Aumento da creatinina sérica ≥ 0,3 mg/dl dentro de 48h;
OU
• Aumento da creatinina sérica ≥ 1,5x o valor de base, ocorrendo nos últimos sete dias;
OU
• Débito urinário < 0,5 ml/kg/h por mais do que 6h.
KDIGO
Aumento da creatinina sérica acima de 0,3 mg/dL em até 48 h
Aumento da creatinina sérica maior que 1,5x da creatina basal em até 7 dias
Débito urinário menor que 0,5 ml/kg/h por 6 horas
Note que, apesar do destaque dado à OLIGÚRIA na definição da IRA , na verdade a IRA pode ser
Note que, apesar do destaque dado à OLIGÚRIA na definição da IRA , na verdade a IRA pode ser
dividida em três subtipos, de acordo com o débito urinário:
• IRA oligúrica, quando o débito urinário for inferior a 500 ml/24h, ou 400 ml/24h, dependendo
da referência;
• IRA não oligúrica, quando a diurese for maior que 400-500 ml/24h;
• IRA anúrica, para débitos urinários inferiores a 50 ml/24h ou 100 ml/24h
O fato é que mais de 50% das IRA cursa com a forma não oligúrica, com volume urinário normal em
torno de 1 a 2 L/dia!
• Eventualmente, um débito urinário acima do normal (poliúria = mais de 3 L/dia), pode ser
observado em pacientes com injúria renal aguda...
A ocorrência de injúria renal aguda (em qualquer grau) está associada a um importante aumento da
morbimortalidade intra-hospitalar. Dependendo do contexto clínico (ex.: idade avançada, presença
de outras disfunções orgânicas) a mortalidade da IRA pode variar entre 30-86%.
Classificação - Etiologia
A injúria renal aguda pode ser causada por três mecanismos básicos:
• Hipofluxo renal (azotemia pré-renal);
• Lesão no próprio parênquima renal (azotemia renal intrínseca);
• Obstrução do sistema uroexcretor (azotemia pós-renal).
A causa de azotemia renal intrínseca mais comum é a NTA (Necrose Tubular Aguda), responsável por
cerca de 90% dos casos neste grupo etiopatogênico.
Ira Renal
A azotemia renal intrínseca, ou IRA por lesão intrínseca, é a disfunção renal aguda causada por lesão
no próprio parênquima renal.
• É responsável por 35-40% dos casos de injúria renal aguda.
• Pode cursar com oligúria (necrose tubular aguda isquêmica, rabdomiólise, glomerulonefrites
ou nefropatias microvasculares),
• anúria (necrose cortical aguda, algumas glomerulonefrites)
• ou não oligúria/poliúria (necrose tubular aguda por aminoglicosídeos).
A injúria renal aguda por lesão renal intrínseca é uma entidade comum entre os pacientes com
patologias graves internados em CTI.
• Nessas circunstâncias, está associada a uma alta letalidade (até 80%), mas não por causa da
insuficiência renal propriamente dita, e sim devido à gravidade da doença de base (ex.:
sepse com falência orgânica múltipla).
Após um quadro de obstrução urinária aguda, a pressão no interior dos túbulos renais aumenta de
maneira súbita.
• Curiosamente, a filtração glomerular não se reduz nas primeiras horas e, muito pelo contrário,
aumenta. Este fato deve-se à produção inicial excessiva de prostaglandinas pelo parênquima
renal.
○ Tais substâncias promovem vasodilatação da arteríola aferente, o que aumenta de
forma importante a pressão hidrostática no tufo glomerular, aumentando, por
conseguinte, a filtração.
○ Chamamos esta fase de "hiperêmica".
• Após as primeiras horas do início da obstrução (12-24h), observamos a síntese progressiva de
substâncias vasoconstritoras, como angiotensina II e tromboxane A2, que levam a uma
diminuição da filtração glomerular.
○ Se a obstrução (mesmo que parcial) for persistente, o epitélio tubular, sob efeito da
maior pressão luminal, libera substâncias quimiotáxicas que atraem células
inflamatórias.
○ O resultado em médio e longo prazo será uma nefrite tubulointersticial crônica
(nefropatia obstrutiva).
○ Os monócitos e macrófagos infiltrantes secretam citocinas que promovem fibrose
tecidual. Parece que um dos fatores mais importantes neste processo é o TGF-beta
(Transforming Growth Factor-beta).
Investigação
• História clínica
• Uréia, creatinina, bicarbonato, potássio, sedimento urinário, sódio
• Exame de Urina:
Este exame é muito importante para o diagnóstico diferencial da lesão renal intrínseca.
Devemos analisar os seguintes parâmetros: (1) proteína; (2) hemácias; (3) piócitos; (4)
cilindros; e (5) cristais.
• Uma proteinúria maciça (3+ ou 4+) correspondente a mais de 3 g/24h, bem como a presença
de hematúria dismórfica e cilindros hemáticos, leva ao diagnóstico de glomerulopatia primária
ou secundária.
• Piúria, eosinofilúria e cilindros piocitários sugerem o diagnóstico de nefrite intersticial alérgica.
• O encontro dos cilindros granulosos pigmentares ("cilindros marrons") é muito sugestivo de
NTA
• Hemograma
• Exames de imagem
• Biópsia Renal
Tratamento
• Doença de Base
○ IRA Isquêmica : Restaurar hemodinâmica e pressão de perfusão renal
○ IRA Tóxica: Eliminar nefrotoxinas e considerar medidas especificas como alcalinização e
manitol
○ IRA Pós Renal: Desobstrução
○ Evitar aminoglicosídeos, AINES, IECAS, Contrastes iodados e nefrotoxinas
• Complicações
○ Hipervolemia: Restrição de sódio e agua, diuréticos e diálise
○ Hipercalemia
○ Acidose Metabólica
○ Hiperfosfatemia
○ Hiperuricemia
○ Hipermagnsemia
○ Nutrição
• Diálise de Urgência
Diálise
IRA - doença aguda - diálise de emergência - Artéria Subclávia
A DRC é definida como sendo alterações na estrutura ou nas funções renais presentes por um tempo
superior a três meses e que tenham repercussões para a saúde.
• Caráter quase sempre progressivo e irreversível.
• TFG < 60mL/min
• Lesão Renal: Albuminúria > 30mg
• Biópsia
Sinais e Sintomas
• Alteração na cor da urina (fica parecida com coca-cola ou sanguinolenta)
• Dor ou ardor quando estiver urinando
• Passar a urinar toda hora
• Levantar mais de uma vez à noite para urinar
• Inchaço dos tornozelos ou ao redor dos olhos
• Dor lombar
• Pressão sangüínea elevada
• Anemia (palidez anormal)
• Fraqueza e desânimo constante
• Náuseas e vômitos freqüentes pela manhã
• Náuseas e vômitos freqüentes pela manhã
Classificação KDIGO
Na crônica
• Diminuição da TFG - Mas o principal é a clínica!
• Distúrbios metabólicos persistentes e refratários
• Hipertensão Refratária
• Náuseas e Vômitos persistentes
• Anemia Refrataria
• Perda de Peso e Desnutrição
Diálise
• Remoção de solutos urêmicos acumulados e do excesso de água
• Restabelecimento do equilíbrio eletrolítico e ácido básico
Complicações
• Infecções
• Hipoalbuminemia
• Hiperglicemia
Hemodiálise
Função de excreção e homeostase parcialmente substituídas pela HD
• Endócrina: Medicações
Processo fisicoquímico pelo qual duas soluções separadas por uma membrana semipermeável
influenciam na composição uma da outra
Equipamentos
• Bomba de sangue
• Sistema de fornecimento de solução dialítica
• Monitores de segurança:: pressão temperatura condutividade do dialisato volume de
ultrafiltração detector de ar, et
Nefrolitiíase
sábado, 15 de julho de 2023 17:39
O encontro de um cálculo renal deve ser interpretado como um distúrbio permanente, no qual o
paciente estará sempre suscetível à formação de novos cálculos...
• A taxa de recorrência é de 10% no primeiro ano, 35% nos cinco anos subsequentes e 50-60%
em dez anos.
• Ou seja, a nefrolitíase é uma doença crônica que, portanto, deve ser devidamente
controlada.
A doença litiásica é mais comuns em homens e tem seu pico de incidência entre 30-50 anos,
manifestando-se, principalmente, através da síndrome de "cólica nefrética".
Os principais fatores de risco são:
• história pessoal de nefrolitíase;
• história familiar de nefrolitíase;
• baixa ingesta hídrica;
• urina ácida (como acontece na vigência de resistência à insulina, obesidade, diabetes mellitus
tipo 2, diarreia crônica);
• história de gota;
• hipertensão arterial sistêmica;
• cirurgia bariátrica;
• uso prolongado de certos medicamentos (ex.: indinavir em adultos e ceftriaxona em crianças);
• infecção urinária crônica ou recorrente.
Os Cálculos
Originam-se na pelve renal, cálices renais e bexiga (em ordem de freqüência)
Na urina, existem vários elementos químicos que, ao se combinarem, podem produzir sais
insolúveis, levando à formação de cristais (micrólitos).
Alterações anatômicas facilitam a formação de cálculos ao produzirem estase urinária, por exemplo:
duplicidade pielocalicial, rim esponjoso medular, rim em ferradura, ureterocele, etc.
O processo de formação dos cristais chama-se nucleação, e pode ser de dois tipos:
• Nucleação homogênea (ou primária): quando o cristal é "puro" (por exemplo: apenas cálcio e
oxalato). Este tipo de nucleação exige concentrações urinárias muito elevadas dos elementos
envolvidos, bem acima de seu "produto de solubilidade"... Na realidade, para que ocorra
nucleação homogênea é preciso que as concentrações iônicas estejam acima de outro valor –
o "produto de formação de cristais".
Fatores Predisponentes
• Aumento da concentração dos elementos constituintes (fosfato, ácido úrico, cálcio):
Hipercalciúria, Hiperoxalúria, Hiperuricosúria
• Diiminuição dos Inibidores: Menos "Cilindros", Hipocitratúria,
• estase urinária
• estase urinária
• infecções urinárias
• alterações do pH da urina
• volume urinário baixo
Para formar
• cristais de ácido úrico deve haver hiperuricosúria e pH urinário ácido (< 5,0).
• Os cristais de cistina exigem cistinúria (uma doença genética rara).
• Os cristais de estruvita só se formam por ação das bactérias produtoras de urease, que
tornam o pH urinário alcalino (> 7,0). - Cálculo nos cálices renais: Coraliforme
• O cálculo de fosfato de cálcio e a nefrocalcinose também exigem um pH urinário alcalino.
Manifestações Clínicas
Migração do Cálice
Obstrução: Hidronefrose
• Junção Ureteropélvica
• 1/3 médio do ureter
• Junção Vesicoureteral
Cólica Nefrética
• Nem sempre, geralmente os cálculos precisam ter >10mm e localizar-se na pelve renal
• Dor Excruciante em Flanco e Região Anterior do Abdome
• Irradiação para Região Inguinal, Bolsa Escrotal ou Grandes Lábios (1/3 Médio do Ureter)
• Polaciúria e Disúria (Junção Vesicoureteral)
• Náuseas, Vômitos e Picos Hipertensivas
Hematúria
• Macro ou microscópica
• Pode ser isolada como único sinal de litíase: agressão da mucosa pelos cristais
• Depois de ITU, a nefrolitíase é a causa mais comum
Associada à Infecção
• Estase da Urina, Translocação Bacteriana
• Pielonefrite Aguda
• Sepse grave ou choque séptico
Diagnóstico
• Anamnese (Passado de cálculos, história familiar)
• Sinais e sintomas compátiveis
• Diagnóstico de Imagem
○ RX Simples: Cálculos Radiopacos
Aspecto Coraliforme - Obstrução na Pelve Renal
○ Ultrassonografia
Avaliação Do Cálculo e do Próprio Rim
• Hiperecogênica com Sombra Acústica
• Difícil de idenficar em ureterolitíase
○ Urografia Excretora
○ TC - Padrão Ouro
Tratamento
• Inicial:
○ Analgesia: AINE VO ou IV/ Opioides
○ Terapia Medicamentosa Expulsiva -
Cálculos < 10mm
Não-Complicado
Bloqueadores Alfa-1 Adrenérgicos (Tansulosina)
4-6 Semanas
○ Hidratação Mínima
○ Cálculo >10mm > URL, LECO
○ Nefrolitotripsia Percutânea (NLP)
○ Ureterorrenolitotripisia Flexivel (FLEX)
• Tratamento da Complicação
• Ai sim, resolução do cálculo
Infecção do Trato Urinário
domingo, 16 de julho de 2023 20:08
É a presença de bactérias na urina, com limite mínimo de 100.000U formadoras de colônias por ml
de urina e sintomas clínicos
• ITU é a segunda infecção bacteriana mais comum na prática clínica.
• Cerca de 20% das mulheres apresentam um episódio de ITU durante a vida,
predominantemente de cistite.
• A incidência em mulheres é o dobro da de homens, mas acima de 50 anos, a incidência passa a
ser igual
Patogênese
Os microorganismos atingem os rins por duas vias principais:
• Ascendente ou urinária: mais comum, iniciando-se pela colonização da uretra e bexiga por
bactérias da flora intestinal que se proliferam
• Descendente ou hematogênica
Fatores de Risco
• Sexo: mulheres uretra curta e mais próxima ao ânus, traumatismo em relações sexuais
• Gravidez: estase urinária
• Obstrução urinária
• Refluxo vésico-ureteral e intra-renal
○ Diabetes
○ Imunossupressão
○ Procedimentos invasivos no trato urinário
ITU Complicada
Alterações Anatômicas, Estruturais ou Funcionais do Trato Urinário
Alterações Anatômicas, Estruturais ou Funcionais do Trato Urinário
• Catéteres
• Distúrbios Miccionais
• Litíase
• Neoplasias
• Desordens Neurológicas
• Pacientes Acamados
Etiologia
• ITUs de comunidade: - E. coli (70 a 85%) -
• Staphylococcus saprophyticus - Proteus - Klebsiella - Enterococcus faecalis
Manifestações Clínicas
• Polaciúria
• Urgência miccional
• Disúria
• Alteração da coloração e do aspecto da urina, com urina turva associada a alterações no
sedimento urinário, hematúria e piúria
• Dor lombar ou em hipogástrio
• Febre
Diagnóstico
• Urina I associada a clínica com seguintes achados:
Leucocitúria
Hematúria
Bacteriúria
Nitrito positivo
• Urocultura – permite identificação do agente causal e seu perfil de sensibilidade.
• Hemocultura – positiva em 25 a 60% dos casos de ITU alta. Tem relação com a gravidade da
doença e risco de sepse.
Tratamento
ITU BAIXA COMUNITÁRIA E SEM COMPLICAÇÕES
ITU BAIXA COMUNITÁRIA E SEM COMPLICAÇÕES
• Norfloxacino
• Nitrofurantoína
• Cotrimazol