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Fisiologia animal I - Sistema urinário

Componentes
1. Rins (2)
2. Ureteres
3. Vesícula urinaria - bexiga
4. Uretra

Morfofisiologia renal
 Localização retroperitoneal
 Lado medial – hilo renal
o Artéria e veia renal, vasos linfáticos, nervos e ureter
 Capsula fibrosa
 Suprimento renal – partem direto dos vasos principais
o Artéria renal – aorta
o Veia renal – desemboca na cava caudal

 Córtex
 Medula
o Pirâmides renais
o Papila renal – pequena membrana, divisão entre o que está sendo
produzido e será entregue ao cálice renal
o Cálice – menor e maior
o Pelve renal

Componentes
1. Rins – formato de feijão geralmente, porém cada espécie segue um padrão –
multilobar, unilobar, multipiramidal (ruminantes, gatos da raça persa tem uma
característica muito parecida)
O formato não influencia necessariamente na função do rim, os nefrons que
influenciam.
 Córtex
 Medula
o Pirâmides renais
o Papila renal – divisão entre o que está sendo produzido e será entregue
ao cálice renal
o Cálice – menor e maior
o Pelve renal

2. O néfron

Unidade morfofuncional do rim


 Glomérulo – único local que faz filtração, dentro da capsula de bowman
o Arteríolas aferentes e eferentes
o Capilares glomerulares
 Alta pressão hidrostática
 Capsula de bowman
 Túbulos
 Ductos
 Capilares peritubulares – partem da arteríola eferente e seguem paralelo ao
túbulo
o Mudam de acordo com o tipo de néfron
 Alça de henle
o Aparelho justaglomerular: retroalimentação
 Macula densa – composta de celulas especializadas para perceber
pressão
 Células granulares JG - Liberação da renina
Tipos de néfrons

 Nefrons corticais
o Alças de henle curta
 Nefrons justamedulares
o Alças de henle longas
o Manutenção do gradiente osmótico
o 100% dos nefrons de felinos
 Urina mais concentrada
 Estruturas vasculares
o Para os nefrons corticais, todo o sistema tubular é circundado por uma
rede de capilares peritubulares
o Para os nefrons justamedulares, as arteríolas eferentes se estendem dos
glomérulos para a medula e, dividem-se em capilares peritubulares
especializados chamados vasa reta que seguem paralelamente às alças de
Henle

Quantidade de néfrons muda de uma espécie para outra, assim como o tamanho

Morfofisiologia da bexiga urinária


 Corpo
 Colo/ fundo
o Trígono
 Final dos ureteres e abertura da uretra
 Musculo detrusor – fibras dispersas e desorganizadas, fazendo que o movimento
seja harmônico e uniforme
o Esfíncter interno – inicio da uretra
 Involuntário – musculo liso
 Diafragma urogenital
o Esfíncter externo – músculo esquelético

Inervação
 Parassimpática
 Contração uniforme
 Simpática
 Relaxamento – para poder receber mais urina
 Fechamento do colo vesical
Formação da urina
 Filtração glomerular – pressão hidrostática é a favor da F.G
 Reabsorção tubular – dos túbulos para os capilares
 Secreção tubular – dos capilares para os túbulos
Excreção = filtração – reabsorção + secreção

4 situações
A. Apenas filtração. Ex: creatinina, que possibilita medir filtração glomerular
B. Filtração, reabsorção parcial.
C. Filtração, completa reabsorção. Taxa de excreção zero, a não ser que haja
lesão renal. Ex: glicose, alguns aminoácidos
D. Filtrada, secreção. Taxa de excreção maior que a taxa de filtração. Ex: alguns
fármacos

Secreção e reabsorção é controlada pela própria necessidade do organismo


Por que grandes quantidades de solutos são filtradas e, em seguida, reabsorvidas?
 Há uma necessidade de manter uma TFG alta
o Manutenção de uma alta TFG
o Remoção de produtos residuais
o Processamento dos fluidos corporais varias vezes por dias
o Controle rápido e preciso de volume e composição dos fluidos corporais
Pode-se questionar a eficiência da filtração de grande quantidade de água e de solutos e
depois da reabsorção da maior parte dessas substâncias. Vantagem da alta FG é que ela
permite que os rins rapidamente removam os produtos indesejáveis do corpo, que dependem
principalmente da filtração glomerular para sua excreção. A maioria dos produtos indesejáveis
é pouco reabsorvida pelos túbulos e, assim, depende da elevada FG para sua remoção efetiva
do corpo. Segunda vantagem da alta FG é que permite que todos os líquidos corporais sejam
filtrados e processados pelo rim, muitas vezes, a cada dia. Como todo o volume plasmático é
de apenas 3 litros, enquanto a FG é de cerca de 180 L/dia, todo o plasma pode ser filtrado e
processado por cerca de 60 vezes a cada dia. Essa alta FG permite aos rins o controle rápido e
preciso do volume e da composição dos líquidos corporais.

Controle da filtração glomerular e do FSR


 A TFG é dependente:
o FSR
o Membranas dos capilares glomerulares
 Impermeáveis a proteínas
 O filtrado glomerular é livre de proteínas e desprovido de
elementos celulares
 Forças físicas contribuem com a filtração: pressão arterial sistêmica,
 Mecanismos fisiológicos regulam o FSR e a TFG
TFG:
 Cerca de 20% do fluxo de plasma
 Determinada pelo equilíbrio entre as forças hidrostática e coloidosmótica na
membrana capilar
 Coeficiente de filtração capilar (Kf)
o Produto da permeabilidade pela área de superfície
 Fração de filtração = TFG/FSR

Membrana do capilar glomerular


 Barreira de filtração – composta por:
o Endotélio capilar
 Fenestrado
o Membrana basal – rede de pequenas fibras
 Colágeno e proteoglicanos – evitam que proteínas passem
o Células epiteliais
 Podócitos
 Poros em fenda
 3 camadas
Filtração de solutos
 Filtração rápida, mas seletiva. Baseada no tamanho e carga elétrica do soluto
o Peso molecular
o Carga

Determinantes da TFG
 Forças que favorecem a filtração
o Pressão hidrostática no capilar glomerular (60mmHg)
o Pressão coloidosmótica na cápsula de Bowman
 Forças opostas à filtração
o Pressão coloidosmótica no capilar glomerular (32mmHg)
o Pressão hidrostática na cápsula de Bowman (18mmHg)

FSR e TFG
 Alterações na pressão hidrostática no capilar glomerular e sua influência na TFG
Variáveis que determinam a pressão hidrostática:
o Pressão arterial
o Resistencia na arteríola aferente
o Resistência na arteríola eferente

Alterações na pressão hidrostática no capilar glomerular e sua influência na TFG


Variáveis que determinam a pressão hidrostática
Vasoconstrição da arteríola aferente – diminui pressão que o sangue chega na capsula
glomerular => reduz pressão hidrostática (60 mmHg) => diminui filtração glomerular
Diminuição do fluxo => diminuição da taxa de filtração

Aumentos da pressão hidrostática glomerular elevam a FG, enquanto diminuições da


pressão hidrostática glomerular reduzem a FG
A constrição das arteríolas eferentes aumenta a resistência ao fluxo de saída dos
capilares glomerulares. Esse mecanismo eleva a pressão hidrostática glomerular, e
enquanto o aumento da resistência eferente não reduzir demasiadamente o fluxo
sanguíneo renal, a FG se elevará discretamente. No entanto, como a constrição arteriolar
eferente também reduz o fluxo sanguíneo renal, a fração de filtração e a pressão
coloidosmótica glomerular aumentam, à medida que a resistência arteriolar eferente se
eleva. Portanto, se a constrição das arteríolas eferentes é grave (mais que três vezes o
normal), a elevação da pressão coloidosmótica excede o aumento na pressão
hidrostática capilar glomerular, causada pela constrição arteriolar eferente. Quando essa
situação ocorre, a força efetiva de filtração na realidade diminui, provocando redução na
FG. Efeito bifásico na filtração glomerular. Em níveis moderados de constrição ocorre
leve aumento da FG, mas com maior constrição há queda da FG.
A causa primária para eventual diminuição da FG é a seguinte: conforme a constrição
eferente se agrava, e a concentração de proteínas plasmáticas aumenta, ocorre elevação
rápido não linear da pressão coloidosmótica causado pelo efeito Donnan; quanto maior
a concentração proteica, mais rapidamente a pressão coloidosmótica se elevará por
causa da interação dos íons ligados às proteínas plasmáticas, que também exercem
efeito osmótico com as cargas negativas das proteínas plasmáticas.
Vasoconstrição de arteríola eferente => aumento de pressão nos capilares glomerulares
(colodoismótica) => força efetiva de filtração diminui, provocando redução na FG
Aumento de fluxo => aumento de pressão => aumento na taxa de filtração
Interrupção no filtro de saída
Fluxo sanguíneo renal
 O FRS é determinado pelo gradiente de pressão renal ao longo da vasculatura
renal:
o Pressão na artéria renal (-) pressão na veia renal (/) resistência vascular
renal total
Autoregulação renal - Embora as alterações da pressão arterial tenham alguma
influência sobre o fluxo sanguíneo renal, os rins têm mecanismos efetivos para manter o
fluxo sanguíneo renal e a FG relativamente constantes em faixa de pressão arterial entre
80 e 170 mmHg (humanos)
 20% do DC
 Manutenção da TFG
 Regulação de volume e concentração de solutos
Controle fisiológico da filtração glomerular e do FSR
 Sistema nervoso simpático
o Constrição de arteríolas
o Redução do FSR e TFG
 Hormônios
 Autacoides
 Feedbacks intrínsecos
o Redução da pressão arterial e redução do NaCl na mácula densa

Os determinantes da TFG mais variáveis e sujeitos a controle fisiológico são a pressão


hidrostática glomerular e a pressão oncótica glomerular. E essas variáveis, são
influenciadas pelo sistema nervoso simpático, por hormônios e por autacoides
(substâncias vasoativas são liberadas nos rins, agindo localmente) e outros controles por
feedback intrínsecos aos rins.
Reabsorção e secreção tubular
Transcelular ou paracelular
Reabsorção ativa
Primaria – Na/K; H+ / H/P; Ca
Secundária
Reabsorção passiva – principalmente potássio
Gradiente de concentração
Absorção transcelular - soluto passa pela membrana abical, entra na célula e passa por
membrana basolateral
Na membrana basolateral – bomba de sódio e potássio => começar sempre por ela
Sódio pode ser transportado com diversas outras moléculas – glicose, aminoácidos etc.
Água segue o sódio, livremente
1. Reabsorção ativa primaria
Reabsorção de Na+
O gradiente de Na+ favorece sua difusão por que o NA+ intracelular é baixa (12
mEq/L) e a NA+ no fluido tubular é alta (140 mEq/L)
O potencial elétrico negativo de -70mV no meio intracelular atrai os íons de NA+ do
lúmen tubular para dentro da célula
2. Reabsorção ativa secundaria
Glicose
Aminoácidos

- Secreção ativa secundaria


H+
Contra-transporte de sódio e hidrogênio

Transporte máximo
Saturação dos transportadores

Transporte gradiente – tempo


A taxa de reabsorção depende do gradiente eletroquímico e do tempo no túbulo, que por
sua vez depende da taxa de fluxo tubular
O que precisa de reabsorção ativa secundaria - ...

Reabsorção passiva
 H2O – osmose
o Túbulo proximal (permeável à agua e ela é rapidamente reabsorvida)
o Alça ascendente de Henle (permeabilidade sempre baixa, praticamente
não ocorre reabsorção)
o Túbulo distal e ductos coletores – ADH (permeabilidade pode ser alta ou
baixa)
 Quanto mais entra na medula, maior a osmolaridade
 Porção ascendente da alça de Henle não é permeável a água
 Cl –
Obs: o CL- também pode ser transportado ativamente por co-transporte com o Na+ (via
transcelular)
 Ureia
o Reabsorção de ½ da filtração
 Outros solutos
o Creatinina – não absorvida
Regulação
Anatomia da vesícula urinária
Musculo detrusor
Determinantes
Reabsorção e secreção ao longo do néfron
Cerca de 65% da carga filtrada de sódio e água, e um grande porcentagem de cloreto
são reabsorvidos pelo túbulo proximal antes que o filtrado alcance as alças de Henle
Túbulo proximal
Contra-transporte Na+/H+
H+ no lúmen combina-se com o bicarbonato
Co-transporte Na+/Glicose e Na+/aa
Transporte passivo secundário de Cl- e Co-transporte Na+/Cl
Como é absorvido muito sódio, vai ser excretado muito H+ também, porém essas
células ainda não são especializadas especificamente para a excreção de H+
Diferença de potencial pela entrada do sódio faz com que ocorra entrada de Cl- para
equilíbrio
Borda em escova em direção ao lúmen, para aumentar superfície de absorção
Grande parte do que foi filtrado já vai ser absorvido no túbulo proximal

A Figura 28-7 resume as alterações das concentrações de vários solutos, ao longo do túbulo
proximal. Embora a quantidade de sódio no líquido tubular diminua acentuadamente ao longo
do túbulo proximal, a concentração de sódio (e a osmolaridade total) permanece
relativamente constante, uma vez que a permeabilidade à água dos túbulos proximais é tão
alta que a reabsorção de água acompanha a reabsorção de sódio. Certos solutos orgânicos,
como glicose, aminoácidos e bicarbonato, são absorvidos bem mais avidamente do que a água,
e, portanto, suas concentrações diminuem, acentuadamente, ao longo do comprimento do
túbulo proximal. Outros solutos orgânicos, menos permeantes e não reabsorvidos ativamente,
como a creatinina, aumentam sua concentração ao longo do túbulo proximal. A concentração
total de soluto, refletida pela osmolaridade, permanece quase a mesma ao longo de todo o
túbulo proximal, em função da permeabilidade muito alta dessa parte do néfron à água.
2. Alça de Henle
Cerca de 20% da água filtrada é reabsorvida na alça de Henle, no ramo descendente
delgado. O ramo ascendente é impermeável à água!!

Principal mecanismo de transporte dos solutos no ramo ascendente espesso da alça de


Henle => trocador sódio potássio
Porque o ramo ascendente espesso da alça de Henle é chamado de ramo diluidor –
intensa reabsorção de soluto, impermeável a água, 25% da taxa de reabsorção dos
solutos
3. Túbulo distal
Cerca de 5% da carga filtrada de Na+ são reabsorvidos no túbulo distal. A porção inicial
é impermeável à água (segmento diluidor) e a segunda metade reabsorve a água sobre
ação do ADH
ADH retém água em um animal em condição de desidratação
Células principais – reabsorvem sódio e secretam potássio(K+)
Bomba de sódio potássio – manda potássio para dentro da célula
Local de ação da Aldosterona – aumenta atividade da bomba
Intercaladas – reabsorvem potássio e secretam hidrogênio ou reabsorvem b
Tipo A – secretam H+ e reabsorvem bicarbonato, bomba de hidrogênio que secreta e
excreta hidrogênio para o túbulo contra o gradiente de concentração. Trocador
hidrogênio potássio. Capacidade de excreção de hidrogênio muito maior que no túbulo
proximal.
Trocador cloreto bicarbonato
Tipo B – secretam bicarbonato e reabsorvem H+ - joga bicarbonato pro lúmen ao invés
de para o interstício
Dióxido de carbono reage com água por meio de anidrase carbônica, formando ácido
carbônico, que desassocia

4. Ductos coletores
A permeabilidade a água é controlada pelo nível de ADH. Importante mecanismo de
controle do grau de diluição ou concentração da urina
Absorção de ureia: transportadores de ureia facilitam a difusão da ureia facilitam a
difusão da ureia através das membranas
Secreção de H+ contra um gradiente de concentração. Papel fundamental na regulação
do equilíbrio ácido-base.
Acúmulo de ureia no organismo é RUIM, o corpo não necessita dela
Tanto o segmento final do túbulo distal quanto os ductos coletores corticais reabsorvem
Na+ e secretam K+. E, a taxa de reabsorção é controlada por hormônios, especialmente
aldosterona
As células intercaladas fazem a secreção/reabsorção de H+ e bicarbonato contra um alto
grande gradiente de concentração. Papel fundamental na regulação do equilíbrio
ácidobase.
= 1.0 concentração da substância no fluido tubular é igual sua concentração no plasma
< 1,0 A substancia é reabsorvida com mais avidez que a água
> 1,0 a substância é reabsorvida em menor grau que a água
Controle hormonal da reabsorção tubular
Aldosterona
Angiotensina II

ADH – hormônio antidiurético


Foto – mecanismo de ação
Aquaporinas – em vesículas que seguem para membrana luminal, que permite entrada
de água

Fisiologia animal I – aula dia 27/03/2023


Fisiologia do equilíbrio ácido base
Qual a importância da regulação do pH?
Atividade celular
Enzimas e proteínas (ponto ou pH isoelétrico – não há carga positiva e nem
negativa sobrando, carga elétrica neutra, cada proteína tem a sua)
Modulação alostérica – estrutura física da proteína e da enzima se alteram
conforme mudança do ambiente elétrico do meio
Quantidade de hidrogênio livre no organismo é pequeno, porém hidrogênio é altamente
modulativo => H+ é produzido durante a oxidação de moléculas
pH fisiológico – de 7,3 até 7,5 (ideal 7,4 – em clinica o limite é de 7,35 até 7,45) =>
valor no meio extracelular
Para alterar pH é necessário estar em próton, na forma livre
Obs: lisina e histidina
O que são ácidos e bases?
Ácidos – são substancias doadoras de prótons ou H+
Bases ou álcalis – são substâncias aceptoras de prótons ou H+
Sistema tampão bicarbonato (HCO3-/H2CO3)
H+ + HCO3- H2CO3 = > CO2+H2O
Excreção renal de H+
Excreção de CO2 nos pulmões
Obs: essa reação é um SISTEMA ABERTO

Maior pKa – maior potencial de alteração de pH do meio


Equilíbrio químico – concentrações de produtos e reagentes são constantes, a velocidade
de reação é igual
Quanto maior a concentração de ácido não dissociado, menor a Pka

Alcalinemia e acidemia
Alcalinemia – elevação do pH acima de 7,45
Acidemia – Redução do pH abaixo de 7,35
ASSOCIADO AO pH
Alcalose – excesso de base ou falta de acido
Acidose – excesso de ácido ou falta de base
ASSOCIADO AO PROCESSO
1. Acidemia ou alcalinemia
Associado ao pH do lec

2. Alcalose ou acidose
Processo patofisiológico envolvido
Metabólica ou respiratória
Quando o organismo entra em algum processo, o corpo tende a entrar em um processo
oposto em outra via
Ex: ao entrar em acidose respiratória, o corpo tende a entrar em alcalose
respiratória, para compensar
Identificando o distúrbio primário
Acidose metabólica
Redução da hCO3 e do pH
Alcalose metabólica
Aumento do HCO3 e do pH
Acidose respiratória
Aumento da PCO2
Alcalose respiratória
Diminuição da Pco2
Classificando distúrbios
1. simples
Um distúrbio com resposta compensatória controlada
2. Misto
A resposta compensatória excede ou falha em controlar o distúrbio primário
Resposta compensatória
Do componente metabólico
Efeito sobre a pco2
Do componente respiratório
Resposta do tampão bicarbonato
Resposta renal
Conhecendo a hemogasometria
Exame clinico laboratorial que permite avaliação da condição acido base do organismo.
É composto por:
pH; pO2; Pco2; [HCO3]; BE; ânion GAP; DIF; Tco2 ; TO2; So2; Atot...
pO2 – não é valido caso a amostra seja de sangue venoso
Pco2 – costuma ser o mais usado para componente respiratório
BE (concentração de base necessária para tamponar um litro – parâmetro que aceita
valores negativos, em pequenos animais de -4 a 4
ANION GAP –
TcO2 – concentração total de ácido carbônico
Atot – quantidade de ácidos voláteis não mensuráveis, quantitação de ácidos, se der
ácido significa acidose
CO2 = em excesso significa que o meio está ácido!!!!

Processo patológicos – organismo produz mais ácido do que ele é capaz de regular
Gás carbônico é sinônimo de ácido
Lei de atração das massas
- The Law of mass action states that the velocity of a reaction is proportional to the
product of the concentrations of the reactants
Princípio da eletroneutralidade
Quanto maior a concentração de um reagente, maior velocidade de uma reação para
reação contrária
Só aumenta até o ponto de equilíbrio
Hipercapenia – aumento do gás carbônico no ar expirado
Sinal clinico de alcalose metabólica – tende a compensar com acidose respiratória,
reduzindo frequência respiratória,
Necessário identificar distúrbio primário – alcalose metabólica tende a ser compensada
com acidose respiratória e vice-versa
Brônquiopneumonia => leva a acidose respiratória

Princípio isohídrico
A buffer is a compound that accept or donate prótons (hydrogen ions) and minimize a
change in pH. A buffer solution consists of a weak acid and its conjugate salt
Reserva de acidez e reserva de basicidade
O que altera pH = próton ou H+ LIVRES

Quatro compartimentos => LEC, LIC, TGI, líquido intersticial


Cargas neutras, o que há de carga fora é necessário ter dentro da célula também

Quais os mecanismos de controle?


3 mecanismos tamponantes – regulam produção e excreção de íons hidrogênio
1. Tampões intra e extracelulares
HCO3/H2CO3
Proteínas – lisina e histidina: alguns aminoácidos se ligam a íons hidrogênio
Albumina e hemoglobina
Possuem até 50% do potencial tamponante do organismo
Fosfatos
Tampões intracelulares possuem grande potencial, porém necessitam do bom
funcionamento de extracelulares
2. Eliminação de CO2 alveolar – começa a responder com cerca de 10 minutos
- Foto da reação no celular-
- Quem estimula respiração é o gás carbônico
- Acidose respiratória estimula centro respiratório
3. Eliminação de H+ pelos rins – cerca de 5 horas depois, dos 3 mecanismos é o
mais eficiente. Ativado em maior potência quando os outros dois mecanismos não
conseguem lidar com algum distúrbio
Um dos sinais clínicos de acidose metabólica é a taquipneia
O tampão bicarbonato
Principal tampão extracelular

Rim sintetiza bicarbonato e recicla bicarbonato


Reabsorve sódio e solta hidrogênio, mecanismo de reciclagem de bicarbonato

Nas células do Tipo A


Sistema de contratransporte – HCO3- sai da célula e Cloreto entra na célula, saindo do
fluido intersticial
No túbulo distal – produção de um bicarbonato novo que retornara para o organismo
Figura. Secreção ativa primária de H+ através da membrana luminal (apical) das células
epiteliais intercaladas tipo A dos túbulos distais e coletores finais. As células tipo A
contêm hidrogênio-adenosina trifosfatase (ATPase) e hidrogênio-potássio-ATPase na
membrana luminal e secretam íons hidrogênio enquanto reabsorvem íons bicarbonato e
potássio em caso de acidose. Observe que um HCO3 − é absorvido para cada H+
secretado, e um íon cloreto é passivamente secretado com o H+.
No túbulo proximal
As células epiteliais do túbulo proximal, do segmento espesso ascendente da alça Henle
e do início do túbulo distal secretam H+ para o líquido tubular pelo contratransporte de
sódio-hidrogênio:

Figura. Mecanismos celulares da (1) secreção ativa de íons hidrogênio pelos túbulos
renais; (2) reabsorção tubular de íons e o HCO3 −, por combinação com íons hidrogênio
para formar ácido carbônico, que se dissocia formando dióxido de carbono e água; e (3)
reabsorção do íon sódio em troca dos íons hidrogênio secretados. Esse padrão de
secreção de H+ ocorre no túbulo proximal, no segmento ascendente espesso da alça de
Henle, e no início do túbulo distal.

Glutamina
Glutamina – dois grupamentos aminas, pois é o glutamato + outro grupamento amina
Amônia é tóxica, portanto, é necessário que o glutamato na forma de glutamina
transporte-a para fora do organismo
Figura. Produção e secreção do íon amônio (NH4 +) pelas células tubulares proximais.
A glutamina é metabolizada na célula, gerando NH4 + e bicarbonato. O NH4 + é
secretado para o lúmen pela bomba de sódio-NH4 +. Para cada molécula de glutamina
metabolizada, dois NH4 + são produzidos e secretados e dois HCO3 − retornam para o
sangue.

Figura. Tamponamento da secreção do íon hidrogênio pela amônia (NH3) nos túbulos
coletores. A amônia se difunde do lúmen tubular, onde reage com os íons hidrogênio
secretados, formando NH4 + que é, então, excretado. Para cada NH4+ excretado, novo
HCO3- é formado nas células tubulares. O novo bicarbonato vai para o sangue.
O sistema tampão fosfato transporta o excesso de h+ para a urina e gera novo
HCO3
Figura. Tamponamento dos H+ secretados pelo fosfato (NaHPO4) filtrado. Observe que
novo íon bicarbonato vai para o sangue para cada NaHPO4 que reage com um H+
secretado
2 cátions bivalentes – magnésio e cálcio => passivo, sem gasto de energia
Reabsorção passiva de cloreto junto com a entrada do sódio

Figura. Análise de distúrbios ácido-base simples. Se as respostas compensatórias forem


muito diferentes das mostradas na parte inferior da figura, deve-se suspeitar de distúrbio
ácido-base misto
Observação sobre a mácula densa
Quando o segmento espesso do ramo ascendente da alça de Henle retorna a seu
glomérulo de origem no córtex, foi constatado que ele passa no ângulo entre as
arteríolas aferente e eferente e continua como túbulo distal. O lado do túbulo voltado
para o glomérulo entra em contato com as arteríolas; as células epiteliais de contato dos
túbulos são mais densas do que as outras células epiteliais e são coletivamente
designadas como mácula densa. A mácula densa marca o início do túbulo distal. As
células musculares lisas da arteríola aferente que faz contato com a mácula densa
consistem em células musculares lisas especializadas, denominadas células granulares
justaglomerulares (JG). As células granulares JG possuem grânulos secretores que
contêm renina, uma enzima proteolítica

Animal desidratado tende a acidose metabólica – reter sódio para produzir urina,
entra junto cloreto e o bicarbonato sai

Tipos de distúrbios –
 Acidemia
 Alcalinemia
Alteração do pH
 Acidose: excesso de ácido ou falta de base
o Metabólica: redução do pH + redução [HCO3]
o Respiratória: aumento pco2
 Alcalose: excesso de base ou falta de ácido
o Metabólica:
o Respiratória:

Termos utilizados para identificar o processo no qual o componente está passando


pH: 6,1 + log HCO3- / 0,8 . ctCO2

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