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Pequenos Animais
O presente resumo foi montado com base nas aulas dos professores Daniel Calvo, Fabrício Lorenzini e Bruno Pietroluongo. O material
complementar utilizado foram os livros Tratado De Medicina Interna De Caes E Gatos 2vol, Dermatologia em Pequenos Animais 2°
Edição e Dermatologia de Pequenos Animais- Atlas Colorido e Guia Terapêutico.
Fisiologia do sistema renal
de
Equilíbrio de água e eletrólitos do corpo Recebem 25% do débito cardíaco
Secreção de hormônios e vitaminas Unidade funcional= néfron
Excreção de produtos metabólicos e Néfrons não apresentam regeneração
produtos químicos
Manutenção da homeostase
A artéria renal se bifurca até chegar na menor
Regulação da pressão arterial
estrutura (arteríola aferente) essa arteríola
Regulação do equilíbrio ácido-base
aferente leva o fluxo sanguíneo para o interior
A coloração e a quantidade de urina nos ajudam
do glomérulo. Esse sangue circula em capilares
a observar a função renal
glomerulares, e então há a saída desse fluxo
Densidade urinaria= quantidade de água X
sanguíneo para a arteríola eferente
produtos filtrados
Glomérulos: menores vasos do parênquima renal
Fenestrações
Ricas em cargas elétricas (negativas) que
impedem a
A Taxa de filtração glomerular é determinada passagem de
pela pressão média de filtração líquida, a proteínas.
permeabilidade da barreira de filtração e a área Moléculas grandes
disponível para filtração não passam pelo
A parede dos capilares glomerulares cria uma processo de filtração
barreira às forças que favorecem e se opõem à (ex: proteína)
A barreira de filtração é seletivamente
permeável. Além de determinarem a
Trama de colágeno e fibrílas proteoglicanas
permeabilidade hidráulica da barreira de filtração,
(filtra água e pequenos solutos,
as características estruturais e químicas da
“teoricamente” evita a passagem de
parede dos capilares glomerulares estabelecem
proteínas)
a permeabilidade seletiva (permosseletividade) da
barreira de filtração.
Recobre a superfície externa do glomérulo A permosseletividade da barreira de filtração é
Fendas de filtração → filtrado glomerular responsável pelas diferenças na taxa de filtração
dos componentes séricos. Normalmente,
essencialmente todos os componentes celulares
e proteínas plasmáticas do tamanho das
moléculas de albumina ou maiores são retidos na
corrente sanguínea, enquanto a água e os
solutos são espontaneamente filtrados.
Em geral, as substâncias com raio molecular
maior ou igual a 4 nm não são filtradas, enquanto
as moléculas com raio menor ou igual a 2 nm
são filtradas sem restrição.
No entanto, outras características além do
tamanho interferem na capacidade dos
componentes sanguíneos de cruzar a barreira
de filtração. A carga elétrica líquida de uma
molécula possui um efeito expressivo em sua
taxa de filtração.
O formato e a deformabilidade da molécula
também interferem em sua capacidade de
cruzar a barreira de filtração
Volume
Espécie Poliuria, oliguria, anuria
Número de nefrons Frequência
Estruturas de vias urinarias Normal, polaquiuria (polaciuria)
Raça Dificuldades
Doberman, Samoyeda, Rotttweiler: Disuria, estranguria
glomerulopatias Esvaziamento
Beagle e Collie: amiloidose Incontinência urinaria, iscuria (animal não
Dálmatas e felinos: urolitiases consegue eliminar urina)
Sexo
Machos: Estrutura de vias urinarias inferiores Abordagem inicial:
Fêmeas: Predisposições e quadros de cistite Estado geral
Idade Bom, regular, ruim
Faixa etária: Facilitador do diagnostico (ECC, nível de consciência, locomoção,
Jovens: doenças infecciosas, doenças tegumento)
parasitarias, malformações Funções vitais
Adultos e idosos: doença renal crônica, T°C, linfonodos, mucosas, FC e FR
neoplasias, urolitiases. Hidratação
Palpação abdominal
Sensibilidade
Volume
Superfície
Modificação da posição
Consistência
Rins policísticos- fácil palpação
Avaliação indireta
RX (simples e contrastado)
Ultrassonografia
Laparoscopia
Biopsia renal (pouco utilizada)
Exames laboratoriais
Exame dos ureteres e uretra
Pequenos animais: avaliação indireta
Exame da bexiga
Avaliação: indireta (exames de imagem- US)
Palpação: aumentos de volume, concreções.
Alterações de parede, sensibilidade, ausência
Função glomerular
Ureia e creatinina serica
Avaliação de proteína urinaria (preferência a
urina matinal)
PU/CU
Função tubular
Densidade urinaria
Agudo ou crônico- densidade urinaria
SDMA
Prova laboratorial que define o estágio da
doença renal crônica
Etiologia
Manutenção do volume
Fluidoterapia (SF): intensa/agressiva nos
casos de hipotensão.
Manutenção do débito urinário
Sondagem uretral
Diuréticos: Furosemida 2 mg/kg/iv a cada
30 min./3 aplicações.
Adquirida (POLZIN et al., 2000) ≈ > 4 anos de
Manitol 0,5– 1g/cão/IV (CUIDADO HIPOTENSÃO!)
idade
Correção da Acidose Metabólica
Administração de HCO3
Controle da Gastroenterite
Cães
Espécie
58,3 % nefrite intersticial
27,8 % glomerulonefrite Felina (Maior incidência) / Canina
Raça
5,6 % amiloidose e displasia renal
Qualquer
Gatos Sexo
Qualquer
70,5 % nefrite intersticial Idade
14,8 % glomerunefrite Maior frequência: > 7 anos
10,6 % linfoma
2,1 % amiloidose
–
Desidratação (Percentuais variados)
Taquipnéia
Mucosas: Hipocoradas / Perláceas
Caquexia (Escore corporal: Entre 1 – 2)
Osteodistrofias (Alteracões morfológicas de
crânio)
Palpação Abdominal - Retroperitoneal
Tamanho: Normal (Estágios iniciais) / Reduzido
Consistência: Macia (Inicial) / Firme (Estágios
avançados - Fibrose)
Sensibilidade: Ausência / Presente (Cistos renais
– Persa) Rim normal
Superfície: Irregular
• Diagnóstico emético.
• Aspecto: Vômito com aparência de clara de ovo • Sua requisição depende da suspeita clínica, nem
(gosmento) é composto por saliva. Vômito todos são necessários, devemos diagnosticar
bileoso é um indicativo de afecções duodenais (a através do mínimo possível.
bile age no duodeno absorvendo gordura e por • Hemograma: Para analisar anemia em casos de
conta de movimentos antiperistálticos pode hematêmese.
ocorrer seu refluxo para o estômago), a • Urinálise: Para conferir ureia e creatinina
síndrome do vômito bileoso normalmente é (Suspeita de alterações renais).
causada por jejum prolongado e ocorre pela • ALT, fosfatase alcalina, proteínas totais e
manhã, podendo ser evitada ao alimentar os albumina.
animais logo antes de dormirem. Hematoêmese • Ultrassonografia para avaliar a morfologia renal:
é um indicativo de lesão na mucosa gástrica por Não avalia a funcionalidade renal, portanto
gastrite ou úlcera (Necessário internação). alterações córtico-medulares não são indicativas
• A êmese é um processo ativo, com contração de alterações funcionais, além disso, o ultrassom
abdominal e mímica, que resulta na expulsão do não diferencia azotemia pré-renal (causada por
conteúdo estomacal (alimento parcialmente desidratação ou hipotensão, com aumento da
digerido) com pH ácido. ureia, creatinina e da densidade urinária) e pós-
renal (causada por ruptura de bexiga e
Abordagem inicial
obstrução, podendo apresentar disúria, iscúria,
• Resenha: Idade (filhote, adulto ou senil), espécie e hematúria e anúria).
raça. • Radiografia (suspeita de corpo estranho).
• Histórico clínico/Anamnese: Apetite normal (caso • Endoscopia: Apenas em casos crônicos, para
o animal vomite e se alimente do vômito ele realização de biópsia, ou em suspeita de
demonstra apetite), seletivo ou anorexia (a neoplasia.
situação é mais grave quando o animal não se • Pesquisa de doenças infecciosas.
alimenta e apresenta êmese). Quadro agudo
Gastrite
(isolado/pontual), crônico (recorrente) ou
intermitente (esporádico). Associado a outros
sintomas ou doenças.
• Inflamação da mucosa gástrica, decorrente da
• Exame físico: Estado corpóreo, temperatura,
quebra da protetora da mucosa gástrica ou do
hidratação, palpação abdominal, mucosas,
aumento da produção de HCL
linfonodos, frequência cardíaca e respiratória
• É uma situação clínica, não um diagnóstico.
Etiologia Tratamento
• SNAP / PCR (valor preditivo baixo) absorção intestinal, que já não está adequada.
Histórico:
• Qualquer idade.
• Diarreia pastosa, geralmente branda e
intermitente.
Dipylidium sp.
• Apetite seletivo, mas raramente com anorexia fembendazol durante 5 dias e, após 15 dias,
importante. administrar durante mais 3 dias
independentemente do resultado do
Exame físico:
coproparasitológico.
• Não há hipertemia e raramente causa
Ponto chave:
desidratação clínica ou caquexia.
• A vacina contra a giárdia não é essencial, pois ela
Diagnóstico:
não faz multiplicação no sangue e não é
• De giárdia: Através de ELISA (SNAP) ou vantajoso ou necessário ter anticorpos na
coproparasitológico por flutuação com sulfato de circulação.
zinco. O ideal seria a coleta de três amostras • Todos os contactantes devem ser tratados
seguidas em um período de 24-48h, porém é simultaneamente, sintomáticos ou não.
pouco viável na prática. Não devemos descartar • É necessário higienização do ambiente e fômites
a suspeita no caso de resultado negativo, pois a com amônia quartenária.
eliminação da giárdia é intermitente e pode • Embora seja considerada uma zoonose, ainda
apenas não estar presente naquela amostra. não está comprovado que a giárdia do cão é a
• De coccidia/isospora: 1 exame mesma que a do humano.
coproparasitológico. • Todos os animais devem ser lavados durante o
• Tritrichomonas: PCR das fezes ou exame período de tratamento (limpeza por remoção
coproparasitológico. mecânica)
• Tratar todos os contactantes! Vermifugação dos
Tratamento:
contactantes
• De giárdia: Fembendazol ou albemdazol ou •
metronidazol durante 5 dias (sem necessidade
• Sensibilidade alimentar
de repetição).
Enterite linfocítica-plasmocítica /
• Coccidias e isospora: Sulfas durante 5 dias (única
eosinofílica (doença inflamatória intestinal)
vez que serão utilizadas no sistema digestório,
comum em gatos.
pois geram reação adversa, já que também
• Síndrome de má digestão (IPE)
agem na glândula lacrimal e ocasionam
• Síndrome do intestino curto
ceratoconjuntivite seca [olho seco]).
• Neoplasias intestinais- Mais comum-linfoma
• Tritrichomonas: Metronidazol ou ronidazol.
• Responsivas a antibiótico / colite histiocítica
• Caso o animal apresente diarreia e a suspeita
seja de giárdia ou verminose tratamos com
Enterite ou colite linfocítica-
plasmocítica ou eosinofílica
Diagnóstico
Tratamento
Em resumo
• Aminas
• Esteroides
• Proteínas e Peptídeos
• Autócrino- atua na mesma célula que o secreta
• (Derivados do aminoácido tirosina) Incluem as
catecolaminas (epinefrina e norepinefrina) e
hormônios da tireoide
Útero / mama
• Hipófise anterior (Adenohipófise)
GH
ACTH –
TSH
FSH
LH
Prolactina
• Hipófise posterior (Neurohipófise)
ADH ou vasopressina
Ocitocina
Tireoide
Adrenal
Vários tecidos
Ovário/testículo
Manifestações clínicas
• Metabólicas
• Dermatológicas (principalmente em rabo)
• Reprodutivas Hipotireoidismo X ECG
• Neuromusculares
• Cardiovasculares (coração bate menos e mais • Bradicardia sinusal
fraco) • Bloqueio atrioventricular 1º ou 2º grau
• Oculares
Manifestações metabólicas
• Letargia
• Fraqueza
• Intolerância ao exercício
• Termofilia
• Mixedema facial e “facis trágica” • Função de produzir o paratormônio, esse que,
• Diminuição do “status” mental age para aumentar a concentração de cálcio
• Ganho de peso sem polifagia circulante (hormônio hipercalcemiante), aumenta
(44% estão obesos) o cálcio na circulação sanguínea
• Receptor sensor de cálcio detectam valores de
Manifestações Dermatológicas
Ca ionizado na circulação.
• Pelame seco Abaixo de 5 mg/dL há estímulo para
• Desqueratinização liberação de PTH (paratormônio)
• Hiperpigmentação • O nível de cálcio na circulação sanguínea deve
• Alopecia ser mantido em um linear muito específico (nem
• “Cauda de rato” pra mais e nem pra menos)
• Comedos • Para manter essa concentração no ideal, ou o
organismo pega o excesso de cálcio que foi
• Piodermite recidivante
absorvido e estoca (principalmente osso), ou
Manifestações Neuromusculares pega o excesso de cálcio e excreta via rim
(urina), ou por fim, o organismo deixa de
• Vestibulopatia Central absorver
Convulsões
AVC Funções
• Vestibulopatia Periférica
• Reabsorção Ca do filtrado glomerular e maior
“Head Tilt”
excreção de K
• Neuropatias Periféricas
• Osteólise osteocítica para liberação de Ca na
Paralisia Facial
circulação
Paralisia de Laringe
Estimula a atividade dos Osteoclastos
Fraqueza
(degradação de matriz óssea)
• Ativação tubular renal da enzima que converte
25- hidroxivitamina D (inativa) em 1,25-
dihidroxivitamina D (ativa)
• Deficiência
Hipoglicemia
• Excesso
Piora da hiperglicemia diabética
• Peptídeo de 14 aminoácidos
Pré-pró- hormônio
• Sintetizado pâncreas (céls D), TGI e cérebro
Todos os tecidos de síntese clivam a
somatostatina
• Pró-somatostatina é mais potente
• Meia vida menor que 3 minutos
• Modula a produção de insulina e glucagon
inibindo a liberação de ambos
No hipotálamo
• Inibe o hormônio de crescimento (GH) e do TSH
• Age como neurotransmissor em medula espinhal
Diabetes Mellitus
• Em todo tipo de diabetes os sintomas clássicos • A Glicose no diabético possui poder osmótico-
são os mesmos (beber pouca água e urinar ela irá reabsorver água, por isso poliuria e
demais) polidipsia
• É a deficiência relativa ou absoluta de insulina •
pelas células Beta pancreáticas e subsequente
• Doença metabólica secundaria a deficiência
hiperglicemia e glicosuria persistentes
relativa ou absoluta de insulina, que se caracteriza
• A porção endócrina do pâncreas é organizada
por hiperglicemia pós jejunal e pela tendencia a
em discretas ilhotas (ilhotas de Langerhans), que
desenvolver catabolismo proteico e lipídico
contêm quatro tipos celulares, cada um dos quais
Catabolismo de proteínas e gorduras
produz um hormônio diferente
Quebra de proteínas dos músculos e de
Célula Beta- mais numerosa
proteínas estocadas nos adipócitos
• Teste laboratorial- Sangue e urina
• 3 principais sintomas do diabético:
• Gliose alta no sangue, glicose alta na urina-
Poliuria, Polidipsia e perda de peso
diabetes
• Fígado X Musculo X Tecido Adiposo
•
Ao privar insulina deles (pâncreas parou de
• Hiperglicemia X Glicosuria produzir) ocorre a glicogenólise, proteólise e
Caninos lipólise
Aplicação de insulina para parar com a
• Glicemia “normal”: 70-120mg/ dL
degradação deles (interrompe a perda de
• Glicosúria: a partir de 180mg/ dL de glicose no
peso)
sangue
• “ ”
Limiar de reabsorção de glicose no TCP
(nefron)
Insulino-deficiência
• Pre-diabetico (120-180)
• Perda da secreção de insulina pelas células beta
Felinos do pâncreas endócrino
• Glicosuria: a partir de 230-270Mg/ dL de glicose beta- 50% dos pacientes + fatores genéticos)
•
• Genética + insulinite imunomediada
• Idade: 4-14 anos
• Predisposição- fêmeas 2: 1 macho
• Poodles e Schnauzer- mais comum
•
• Peso > 6,8kg
• Idade > 7 anos
• Machos castrados > fêmeas castradas
Indoor (gato domiciliado)
• Uso prolongado de glicocorticoides
• Doenças associadas (resistência insulínica)
Obesidade, pancreatites, acromegalia,
hiperadrenocorticismo, neoplasias..
Sendo a obesidade o mais importante
•
• Identificação do paciente
• Anamnese
Poliuria, polidipsia, polifagia, perda de peso (4
P’s)
• Exame físico (alterações comumente
encontradas)
Desidratação/ catarata/ taquipneia pode
ocorrer/ diminuição do escore corporal
• A catarata em gatos é mais rara
• Orientar o tutor do cão, avisá-lo que esse animal
cedo ou tarde, terá catarata
• No exame bioquímico- solicitar dosagem de
Colesterol e triglicérides
• Na urinalise- é comum que diabéticos
desenvolvam cistite bacteriana
Glicosuria e bacteriúria
• Insulinas de ação intermediaria
Gordura: <10% M.S • As vezes teremos que trabalhar com dose maior
Fibras: >10% M.S (cães). Nos gatos pode • O armazenamento e feito na geladeira (antes de
haver constipação, por isso não devemos abrir)
aumentá-la
Manejo alimentar: menor impacto na
glicemia pós- prandial
• Rotina
Passeios diários, atividade física regular
• A atividade física diminui resistência insulínica e
aumenta a expressão das proteínas
transportadoras de glicose (GLUT4)
caneta, mas sua funcionalidade é igual de tratamento, não é usado todos os dias
• •
• Análogos da insulina basal – gatos • Valor normal: 225 a 365 µmol/l = cão
1- Sintomas
•
• Curto prazo (agudas)
Cetoacidose diabética (diabetes agravado em
decorrência da acidose metabólica)
Vômitos, diarreias..
Hipotireoidismo em cães
• Anormalidades estruturais e funcionais da •
glândula tireóide, resultando em produção
• Aminoácidos + Iodo
diminuída dos hormônios tireoideanos
• T4 (grande quantidade deste hormônio
• Doença considerada autoimune
circulante)
• As tireoides podem ser palpáveis somente
• T3 (pequena quantidade circulante)
quando estão aumentadas, diminuídas ou em
Biologicamente ativo
tamanho normal, não são possíveis
• Regulados pelo eixo
Hipotálamo/Hipófise/Tireóide
• Na circulação sanguínea: Carreados por
proteínas transportadoras
•
•
• Primário (≈95% dos pacientes)
Tireoidite linfocítica • T4 livre das proteínas carreadoras
• Secundário • T4 total = reservatório
Deficiência de TSH (hipófise)
• T4 livre = hormônio disponível nos tecidos
• Terciário
• No sangue o T4 é chamado de T4 Total, ele irá
Deficiência. de TRH (hipotálamo)
se desacoplar da proteína carreadora (TGB), rá
• Congênito ou adquirido entrar na célula e passará a ser chamado de T4
Congênito: Paciente jovem (até 3 livre.
anos), desde a fase transplacentária já • Dentro das células o T4 Livre sofre a ação de
existem anticorpos da mãe destruindo a enzimas deiodases que removem um iodo assim
tireoide do filhote o T4 é convertido em T3, cerca de 90%.
Adquirido: Acomete em cães velhos
• •
• Ganho de peso sem polifagia
• Letargia
• Regulação da taxa Metabólica Basal
• Fraqueza
Gasto energético diário
• Intolerância ao exercício
• Regulação dos Receptores β-adrenérgicos
• Bradicardia
Inotropismo e Cronotropismo (+) sobre o
coração • Descamação cutânea
• Aumento da Eritropoiese
Oxigenação tecidual
• Atua na degradação do colesterol
• Maturação do sistema nervoso e esquelético
•
• 3ª endocrinopatia mais comum na clínica de
pequenos animais
Campeões: D.M. e H.A.C.
• 0,2-0,8% da população canina
• Predisposição Racial:
• •
•
• T4 livre por diálise
• TSH canino
• No hipotireoidismo:
•
• Levotiroxina sódica
Dose: 20-22mcg/kg
TYROX® (nome comercial)
• (Levotiroxina veterinária disponível no Brasil)
• Deve ser administrado em JEJUM alimentar
• Aumento de dose gradual em cardiopatas
• Ajuste de dose individual!!!
Hipertireoidismo Felino
• Carcinomas de Tireoide (menos de 2%)
Carcinoma folicular
• Doença multissistêmica resultante da excessiva Carcinoma papilar
concentração de hormônio tireoidiano ativo (T3
e/ou T4)
• Não é uma doença de gato jovem, é prevalente
• Aumenta a taxa de filtração do glomérulo,
em gatos idosos
gerando perdas urinarias (poliuria, polidipsia),
1,5-11,4%
acarretando um emagrecimento do gato idoso
• Incidência crescente
Gatos com hipertireoidismo podem ter
aumento de ALT
Início
• Animais ativos/ hiperativos
• Aumento do trânsito gastrointestinal (menos
absorção, animal insaciado)- emagrecimento
progressivo
Análise bioquímica
Trombocitose
• Leucocitose estresse
• +/- Proteínas totais
Exames de imagem
Polifagia
• Inibidor de ESTEROIDOGÊNESE
• Inibidor competitivo da 3β-hidroxiesteróide
desidrogenase
• Metabólito Ativo: Ketotrilostano
• Dose:
•
1 a 6mg/kg – SID ou BID
• Hiperlipidemias (aumento do colesterol e
• Aguardar tempo e resposta adequada do
triglicérides)
paciente
• Hipertensão Arterial Sistêmica
• AVCs e hipertrofia ventricular
• Glomerulopatias
• Pancreatites
• Diabetes Mellitus
• Tumores adrenocorticais
• Metástases em órgãos adjacentes
• Tromboembolismo pulmonar
• Óbito
•
• Suplementação com Ômega–3 (1,5 EPA: 1 DHA)
EPA (25mg a 40mg/kg)
•
DHA (18 a 25mg/kg)
• Sintomas • Bezafibrato
• Exames laboratoriais de rotina 2,5mg/kg/BID a 5mg/kg/SID ou BID
Plaquetas
•
ALT e FA
• Inibidores da ECA
Colesterol e triglicérides
Maleato de Enalapril (0,25 a 0,5mg/kg/BID)
PAS
Cloridrato de Benazepril (0,25 a 0,5mg/kg/SID
• Teste de estimulação com ACTH
ou BID)
Avaliação da reserva adrenal
• Bloqueadores de Canal de Ca+
Besilato de Anlodipino (0,1 a 0,3mg/kg/SID
ou BID
Dermatologia
•
• Aumento de pigmento de qualquer natureza na
pele (hemosiderina, pigmentos biliares, caroteno • Area elevada da pele com mais de 2
Coleções liquidas
Incidência e prevalência
• Infecção fúngica cutânea que afeta regiões
cornificadas de pelos e unhas, bem como as • As lesões podem simular muitas condições
camadas superficiais da pele dermatológicas; diagnóstico incorreto excessivo
• Organismos isolados mais comumente: pode ser comum
Microsporum canis, Trichophyton • As taxas de infecção variam bastante,
mentagrophytes e Microsporum gypseum dependendo da população estudada. Gatis e
• A fonte do M. canis em geral é um gato abrigos de animais estão em risco
infectado • Embora onipresente, a incidência é maior em
• A fonte do T. mentagrophytes em geral é o regiões quentes e úmidas
contato direto ou indireto com roedores • A incidência dos dermatófitos geofílicos pode
• A fonte do M. gypseum é a escavação do solo variar geograficamente
em áreas contaminadas • Os dermatófitos disseminam-se entre animais e
• Os proprietários devem ter cuidado porque a pessoas via contato direto com pelos e/ou
dermatofitose é uma zoonose. escamas infectados.
• A exposição a ou o contato com um dermatófito • Gatos: mais comum em raças de pelos longos e
não resultam necessariamente em infecção pode causar infecção subclínica persistente
• A infecção pode não resultar em sinais clínicos • Os sinais clínicos são mais comuns em animais
• Os dermatófitos crescem nas camadas jovens e idosos
queratinizadas dos pelos, das unhas e da pele; • As lesões podem ser benignas, como a alopecia
não se desenvolvem em tecido vivo nem ou a pelagem deficiente
• A história de infecção ou exposição prévia • Dermatite miliar em gatos
confirmada a um animal ou ambiente infectado • Inflamação do leito ungueal e deformidade da
(p. ex., um gatil) é um achado útil, mas não unha
consistente. • Foliculite facial e furunculose podem simular uma
Diagnostico diferencial
• Gatos: M. canis é o agente mais comum
• Cães: M. canis, M. gypseum e T. • Gatos: dermatite alérgica, foliculite mural
mentagrophytes; a incidência de cada agente linfocítica e a maioria das demais dermatoses
varia de acordo com a região geográfica. • Cães: foliculite bacteriana (colaretes epidérmicos)
e a maioria das causas de alopecia
Fatores de risco
• Demodicose: óstios foliculares visivelmente
• Condição imunocomprometida causada por aumentados com furunculose
doença (FeLV e FIV) ou por medicações
Diagnostico
(corticosteroides)
• Infecção pelo FIV (prevalência 3 vezes maior)
• Alta densidade populacional
• Recurso de triagem variável
• Desnutrição
• Muitos dermatófitos patogênicos não fluorescem
• Práticas de manejo inadequadas
• Fluorescência falsa é comum; medicações,
• Falta do período adequado de quarentena
queratina associada a descamação epidérmica e
• Banhos e toaletes em excesso
sebo podem ocasionar fluorescência positiva
Características clínicas falsa
• Deve-se deixar a lâmpada aquecer até no
• Variam do estado de portador inaparente ao de
mínimo 5 min e, em seguida, expor as lesões
alopecia em manchas ou circular, que pode
suspeitas à lâmpada por até 5 min
progredir rapidamente para lesões generalizadas
• A reação positiva verdadeira associada ao M.
• Alopecia circular clássica: comum em gatos; em
canis consiste em fluorescência verde-maçã da
geral mal interpretada em cães
haste pilosa.
• Descamação, eritema, hiperpigmentação e
prurido: variáveis
• Podem ocorrer lesões granulomatosas
• O exame de pelos arrancados após o uso de
(pseudomicetoma) ou quérions (em geral no
uma solução alvejante pode ajudar a estabelecer
caso de infecção por M. gypseum)
o diagnóstico rápido
• Foliculite
• É demorado e em geral dá resultados negativos patogênico e identificar o gênero e a espécie,
falsos além de ajudar a identificar a fonte de infecção.
• Usar pelos que fluoresçam sob a iluminação com Uma colônia suspeita que não produza esporos
lâmpada de Wood para aumentar a probabilidade ou seja de difícil identificação provavelmente é
de identificar as hifas de fungos associadas à de Trichophyton spp.
haste dos pelos • As colônias de dermatófitos são de cor branca a
• Lembrar que os dermatófitos nunca formam esmaecida e os contaminantes em geral são
macroconídios no tecido (esporos de fungos azuis, verdes ou castanho-escuros
saprófitas podem ser visualizados). • Uma cultura positiva indica a presença de
dermatófito; os organismos podem ser
transitórios (idermatófitos geofílicos dos pés).
• É o padrão para o diagnóstico
• Pelos que exibam fluorescência positiva
verde-maçã ao exame com lâmpada de Wood • Em geral, não é necessária para o diagnóstico
são considerados candidatos ideais para cultura • Pode ser útil para confirmar invasão verdadeira
• Os pelos devem ser arrancados da periferia de e infecção, ou diagnosticar casos suspeitos com
uma área de alopecia; não usar padrão aleatório cultura negativa para fungo
• Usar escova de dentes estéril para escovar a • Mais útil nos casos de dermatofitose
pelagem de um animal assintomático para obter granulomatosa (quérion, pseudomicetoma)
os melhores resultados • Resultados da histopatologia: foliculite, perifoliculite
• Meios para teste para dermatófitos (Sabouraud ou furunculose são comuns; podem ocorrer
em ágar com dextrose e indicador vermelho hiperqueratose, pústulas intraepidérmicas e
fenol): o crescimento de dermatófito modifica a padrões de reação piogranulomatosa
cor do meio para vermelho à medida que ele se • Hifas de fungos podem ser observadas em
torna alcalino; os dermatófitos induzem alteração cortes corados por HE; colorações especiais
na cor simultaneamente com a fase inicial de possibilitam a visualização mais fácil do organismo.
crescimento da cultura; os saprófitas causam
Tratamento sistêmico
alteração de cor após o crescimento significativo
da colônia, daí a importância de examinar os • não é mais o fármaco de escolha
meios diariamente • 50 mg/kg/dia
• O exame microscópico do crescimento de • Doses maiores estão associadas a maior
microconídios e macroconídios é necessário probabilidade de toxicidade e devem ser usadas
para confirmar a presença de um dermatófito com extrema cautela
• eficácia verdadeira desconhecida;
são mais eficazes; o xampu de sulfeto de selênio ferimentos causados por objetos pontiagudos
antibacteriano podem ter valor se administrados outros machos nas mesmas condições
• Generalizada: tanto animais jovens quanto idosos, • Demodex corneum e Demodex gatoi podem
em geral acometendo os pés, uma região estar associados a prurido
corporal inteira ou vários locais remotos, de • Otite ceruminosa externa foi associada a ácaros
modo persistente ou em progressão. do gênero Demodex em cães e gatos.
• •
predisposto. • Generalizada
• Diagnóstico diferencial
•
• Foliculite ou furunculose bacterianas
• Dermatofitose
• Dermatite por contato
• Pênfigo complexo
• Dermatomiosite
• Lúpus eritematoso sistêmico.
•
• Dermatite alérgica
• Dermatoses psicogênicas.
• Diagnóstico
• Pode ser útil para identificar doenças metabólicas
subjacentes em cães e gatos
• Sorologia para FIV e FeLV: identificar doenças
metabólicas subjacentes em gatos
• Raspados de pele e/ou tricogramas (com tufos
de pelos): diagnósticos ante o achado de grande
número de ácaros na maioria dos casos; a região
intraescapular pode ser o local mais produtivo
em gatos, porque o animal tem dificuldade para • Lembrar de tratar por 1 mês após a cura clínica
limpar essa área e um raspado de pele negativo.
• Raspados superficiais são melhores para a • Fármacos de escolha em Cães
detecção de D. corneum (em cães) e D. gatoi
• Amitraz
(em gatos); raspados de pele ou tricogramas são
4 ml / litro de água
melhores para detectar D. canis (em cães), D. injai
1 X/ semana
(em cães) eD. cati (em gatos)
Diluir imediatamente antes
• Preparações com fita adesiva podem ser
Com seringa e luvas
empregadas para identificar Demodex corneum
Aplicar no animal seco
e Demodex gatoi
Aplicar com esponja
• Swabs das orelhas identificam Demodex como a
Deixar secar no animal
causa de otite externa
Não deixar lamber
• Exames fecais podem ser úteis em gatos por
Secar à sombra
causa do comportamento de autolimpeza desses
Desprezar as sobras
animais
Não fumar
• Biopsia cutânea: pode ser necessária quando as
Cuidado com olhos e boca
lesões são crônicas, granulomatosas e fibróticas
• Ivermectina
(especialmente nas patas).
Considerada a melhor opção terapêutica
• Tratamento atual, exceto para certas raças
• Localizada: conservador; a maioria dos casos Dose – 300-600 g/Kg/dia
• Avaliar as condições gerais de saúde de cães e Não deve ser utilizado em Collie e seus
costuma ser recomendada para controlar Pode ser utilizado em Collie e “parentes”
infecções secundárias
• Fármacos de escolha em gatos • Identificação e histórico
• Banhos com enxofre • Animais de todas as idades e raças
• Amitraz • Exposição a um portador em geral 2 a 6
• Doramectina semanas antes do desenvolvimento de sintomas
• Cuidado sempre com a toxicidade, o uso • Gatis e ambientes domésticos com vários gatos
combinado de medicações (amitraz e • Animal em ambiente externo
ivermectina) é fortemente desestimulado e deve • Canis
ser evitado por causa da toxicidade potencial! • Idas ao consultório veterinário
• Prognóstico • Idas a estabelecimentos de tosa
• Residência em abrigos de animais
• Prognóstico (cães): depende muito da genética,
do estado imunológico do animal e da presença • Prurido não sazonal extremamente intenso
• Diagnóstico
• Técnica ELISA: identifica cães infestados com
Sarcoptes; a detecção de IgG circulante contra
antígenos desse ácaro está disponível, embora
seja alto o índice de resultados positivos falsos
em cães tratados com êxito para sarna e de
resultados negativos falsos em cães jovens e
naqueles que tenham recebido corticosteroides;
não tem uso amplo
• Reflexo oto pedal positivo: o examinador esfrega
a margem da orelha do animal entre o polegar
e o indicador para induzir o animal a coçar o
membro posterior ipsilateral; isso ocorre em 75
a 90% dos casos de sarna sarcóptica, notoédrica
e otodécica, mas não é diagnóstico
• Raspados de pele superficiais
• Parasitológico de raspado cutâneo nem sempre
é positivo (40-60%)
• Diagnóstico diferencial • Tratamento
• Alergia alimentar • Banhos escabicidas: é preciso tratar o cão por
• Atopia inteiro; em geral, o tratamento falha devido à
• Dermatite por Malassezia relutância do proprietário em banhar o paciente
• Dermatite alérgica a pulgas na face e nas orelhas; não deixar o paciente
• Dermatofitose úmido entre os tratamentos
• Piodermite • Todos os cães, gatos e coelhos em contato
• Demodicose devem ser tratados, mesmo aqueles sem sinais
• Alergia por contato
clínicos, pois podem ser portadores • As áreas mais acometidas incluem os pavilhões
assintomáticos auriculares, a cabeça, a face e o pescoço,
• Limpar bem e tratar o ambiente; os ácaros embora possa tornar-se generalizada
podem sobreviver por até 3 semanas fora de • Linfadenopatia periférica é comum. Gatos
um hospedeiro animal podem exibir anorexia e emaciação se não
• Podem ser usados corticosteroides forem tratados
simultaneamente ao tratamento acaricida. • Lesões
• Ivermectina: altamente eficaz; 0,2 a 0,4 mg/kg Rarefação pilosa
SC a cada 1 a 2 semanas durante 4 tratamentos; Hiperqueratose
não usar em raças sensíveis a esse fármaco Crostas aderidas
(Collie, Shetland Sheepdog, Pastor-Alemão Pápulo-crostosas
branco, Pastor-Australiano, Old English Escoriações
Sheepdog); • Distribuição
• Banho com amitraz: 250 ppm; pode ser eficaz Cefálica
a cada 1 a 2 semanas durante 3 tratamentos; Borda de P.A
garantir a cobertura de todo o corpo do animal, Perineal
incluindo a face e as orelhas
• Selamectina: único tratamento sistêmico liberado
para a sarna canina; são obtidos melhores
resultados quando o produto é aplicado por via
tópica na dose de 6 a 12 mg/kg a cada 2
semanas durante 3 a 4 tratamentos (cães e
gatos)
• Tratar contactantes
• Notoedres cati
• Acomete os gatos
• Manifestações clínicas
• Infestação por Notoedres cati
• Prurido intenso com dermatite crostosa
aderente espessa • Exame complementar
• Parasitológico de raspado cutâneo
• Tratamento
• Tópico: Sabonetes
Exceto Benzoato de Benzíla
• Sistêmico
Ivermectina → Dose – 200-400 g/Kg
Doses quinzenais
2-3 doses
Selamectina → efetivo
Dermatites alérgicas
• • Identificação e histórico
• Condição em que o sistema imunológico reage • Em cães: verdadeira incidência desconhecida;
anormalmente a uma substância externa. • Em felinos: desconhecida;
Dermatite Atópica Canina (DAC) • Em cães: ocorre em qualquer raça, inclusive
mestiços;
• A dermatite atópica é uma predisposição à
• Yorkshire, Shar-pei, Westy, Lhasa Apso, Shih
alergia a substâncias normalmente inócuas, como
Tzu, Pug, Golden Retriever, Labrador, Cocker,
pólen (de gramíneas, sementes e árvores),
Bulldog y Akita.. ¿Poodle?
mofo, ácaros da poeira doméstica, alérgenos
epiteliais e outros alérgenos do ambiente. • Em cães: média etária de início de 1 a 3 anos;
variação de 3 meses a 6 anos; os sinais podem
• Etiologia e Fisiopatologia
ser tão brandos no primeiro ano que não são
• Animais suscetíveis ficam sensibilizados aos
percebidos, mas em geral são progressivos e
alérgenos ambientais, produzindo IgE específica
clinicamente aparentes antes dos 3 anos de
de cada alérgeno, que se liga aos locais idade
receptores nos mastócitos cutâneos; a
• É provável que ambos os sexos sejam
exposição adicional ao alérgeno (inalação e,
acometidos igualmente.
mais importante, absorção cutânea) causa
• Achados à anamnese
desgranulação de basófilos circulantes e
mastócitos teciduais, um tipo dereação de • Prurido facial, podálico, perineal ou axilar
• Banhos frequentes em água fria com xampus Não há predisposição etária, sexual ou racial
• Características clínicas
• FBD: cães e gatos
As pulgas podem ou não ser evidentes, com
base na gravidade da infestação e no
comportamento de autolimpeza
Dermatite papular discreta e desfiamento
também discreto dos pelos
Os dentes incisivos podem ficar desgastados
devido à mastigação constante da pelagem
Anemia em animais jovens ou debilitados
Infestação por cestódeo (tênia)
Fezes das pulgas
• FBH: cães
• Diagnóstico
Prurido significativo na região lombossacra
caudal (mancha triangular), nas pregas da • Biopsia: inflamação superficial, perivascular a
cauda, na parte caudal das coxas e na região difusa com eosinófilos e mastócitos
• Etiologia e Fisiopatologia
• A patogenia não está completamente entendida:
imunológica vs. idiossincrásica
• Reações imunológicas: imediatas e tardias a
ingredientes específicos; presume-se que as
imediatas sejam reações de hipersensibilidade do
tipo I; as tardias devem-se a reações dos tipos III
ou IV
• Não imunológica: intolerância alimentar, reação
idiossincrásica; envolve efeitos metabólicos,
tóxicos ou farmacológicos de ingredientes
agressores, resulta da ingestão de alimentos com
altos níveis de histamina ou substâncias que
induzam a histamina diretamente ou por meio de • Prurido facial em geral é uma característica
seus fatores liberadores comum em gatos.
• Reações imunomediadas: resultam da ingestão e
da apresentação subsequente de uma ou mais
glicoproteínas (alérgenos) antes ou após a
digestão; pode ocorrer sensibilização na mucosa
gastrintestinal ou após a absorção da substância
ou ambas
• Existe a hipótese de que, em animais jovens,
parasitas intestinais ou infecções intestinais • Características clínicas
possam causar dano à mucosa intestinal,
• Dermatite causada por Malassezia, pioderma e
resultando na absorção anormal dos alérgenos e
otite externa
em sensibilização subsequente.
• Placas
• Identificação e histórico
• Pústulas
• Qualquer idade • Eritema
• 30 a 50% com menos de 1 ano de idade • Crostas
• Uma ampla gama de sinais clínicos que simulam • Descamação
qualquer das demais reações de • Alopecia autoinduzida
hipersensibilidade (o adágio de “orelhas e cauda”
• Escoriação
não é acurado)
• Liquenificação
• Pele/sistema exócrino: prurido em qualquer parte
• Hiperpigmentação
do corpo; otite externa
• Urticária
• Sistema gastrintestinal: vômitos; diarreia;
• Angioedema
movimentos intestinais mais frequentes;
• Dermatite piotraumática.
flatulência
• Sistema nervoso: acometimento muito raro;
foram documentadas convulsões com
hipersensibilidade/intolerância alimentar
• Prurido não sazonal em qualquer parte do corpo
• Resposta insuficiente a doses anti-inflamatórias de
glicocorticoides sugere hipersensibilidade
alimentar
• Diagnóstico surgirem antes (cães, em geral, apresentam-nos
em 1 a 2 dias); os resultados orientam a escolha
dos alimentos comerciais que não contêm a(s)
substância(s) agressora(s).
• Teste mais definitivo para hipersensibilidade
alimentar • Tratamento
• Adaptado ao paciente • Evitar quaisquer substâncias alimentares que
• A dieta precisa ser restrita a uma proteína e um tenham causado o retorno dos sinais clínicos
carboidrato aos quais o animal tenha sido exposto durante a fase de provocação do diagnóstico
de maneira limitada ou nunca antes • Animais que vivem soltos em ambiente externo
• A melhora máxima dos sinais clínicos pode levar precisam ser confinados para que não fujam
até 12 semanas (8 semanas correspondem à nem cacem, o que poderia alterar o teste
duração comum do teste) dietético
• Se o paciente for sensível a um ou mais • Fármacos antipruriginosos sistêmicos podem ser
alimentos, observa-se melhora notável por volta úteis durante as primeiras 2 a 3 semanas do
da quarta semana de uso da dieta. teste dietético para controlar a automutilação
• Antibióticos ou antifúngicos são úteis para
piodermites secundárias ou infecções causadas
• Usados se o paciente melhorar com a dieta de por Malassezia; evitar aqueles com efeitos
eliminação anti-inflamatórios reconhecidos (p. ex., tetraciclina,
• Desafio: alimentar o paciente com a dieta original; eitromicina e sulfas potencializadas por
um retorno dos sinais confirma que algo na dieta trimetoprima)
está causando os sinais; o período de desafio • O uso de glicocorticoides e anti-histamínicos
deve durar até que os sinais retornem, mas sem precisa ser interrompido no decorrer do último
ultrapassar 10 dias mês (da 4ª à 8ª semana) do teste dietético, para
• Provocação (teste de provocação alimentar): se que seja possível avaliar corretamente a
o desafio tiver confirmado hipersensibilidade resposta do animal
alimentar, acrescentar ingredientes isolados à
dieta de eliminação; ingredientes para teste
incluem uma variedade completa de carnes
(bovina, de frango, peixe, porco, cordeiro), grãos
(milho, trigo, soja, arroz), ovos e laticínios; o
período de provocação com cada ingrediente
deve durar até 10 dias ou menos se os sinais
Sistema Cardiocirculatório e Valvopatias
Predisposição Anatomia Valvar
• Valvas atrioventriculares: mitral e tricúspide
Cães
Valva mitral
• Doenças valvulares- Endocardiose de mitral
• Doenças miocárdicas- CMP Dilatada • Folhetos: parietal e septal
• Cordoalhas tendíneas
Gatos
• Anulo mitral
• Doenças Miocardicas- CMO Hipertrofica • Parede do átrio esquerdo
• Parede do ventrículo esquerdo
Quanto à idade • Músculos papilares
• Jovens- Doença congênita Valva “tricúspide”
• Idosos- Doenças degenerativas (Endocardiose);
Neoplasias (tumores de base de coração) • Apenas dois folhetos: mural ou parietal e septal
• Animais jovens ou de meia idade (cardimiopatias) e vários folhetos secundários.
Doenças e suas raças mais • Anulo maior que o da mitral
• Cordoalhas tendíneas do folheto parietal se adere
acometidas aos músculos papilares e do folheto septal de
• Endocardiose de Mitral- Pug, Cavalier King e Shit- adere diretamente na região septal
Zu Endocardiose- Sinonímias
• CMO Dilatada- São Bernardo, Terra nova, • Endocardiose, doença degenerativa valvar
pastores.. crônica, fibrose valvar crônica, doença valvar
Geralmente animais de porte médio a grande crônica
• Arritmias Ventriculares- Dobberman e Boxer • Degeneração mixomatosa
Quando a eletricidade está realizando um
caminho que não é fisiológico
Sopro
• Doenças cardiocirculatórias nos animais geram • No sopro, as atrioventriculares deveriam se
queda de débito cardíaco fechar enquanto os ventrículos estão contraindo,
• Estenose Subaortica- Terra-Nova e Boxer mas elas estão meio flácidas, na hora que o
• Estenose da pulmonar- Bulldog e Beagle ventrículo faz força para o sangue ir para as
Em estenose conseguimos realizar um aortas ou pulmonares, o fluxo de sangue volta
procedimento cirúrgico denominado “balão” do ventrículo e força a atrioventricular abrir na
• Bradiarritmias- Schnauzer e Shi-Tzu direção dos átrios, então o sangue passa por
Doença do nó- Schnauzer uma valva que não deveria, fazendo com que
haja o sopro
Doença valvar crônica
Não necessariamente todos serão medicados
• Insuficiência costuma ser um problema adquirido por uma cardiomiopatia
• Estenose de valva= valvas que não se abrem Endocardiose de mitral
adequadamente
• Insuficiência de valva= valvas que não se fecham • As cordas tendíneas são tendões que ligam cada
adequadamente cúspide das válvulas cardíacas aos músculos
papilares nos ventrículos do coração, o que
impede que as válvulas se invertam durante a • A maior causa da insuficiência é a idade, quanto
contração ventricular mais velho, mais propenso
• Insuficiência valvar presente • Com a mitral (ICCE) SEMPRE será a mais grave
Estágios iniciais → Pouca mudança nos • O medicamento que diminui a hidrostática são os
índices de tamanho ou função cardíaca diuréticos.
Progressão → Ativação de sistemas
compensatórios cardíacos e não- cardíacos
(renal, neuro-humoral e vascular)
Insuficiência Valvar Mitral
• É quando a Mitral deveria se fechar, mas não se
• fecha por completo
• Um dos problemas disso é que quando o
ventrículo for fazer a sístole, uma parcela do
sangue volta para o átrio, a cada contração dos
ventrículos sempre existe um retorno de sangue Insuficiência valvar
para os átrios. O átrio esquerdo começa a dilatar/
ficar com muito sangue dentro dele, ele então Tricúspide
fica muito grande, empurrando uma estrutura
• ICCD
bronquial (brônquio principal esquerdo), dando a
• O raciocínio é o mesmo, mas a sintomatologia é
sensação de um engasgo
diferente. O congestionamento do AD
• Outro problema que esse excesso de sangue
congestiona as veias cavas, assim o retorno
pode acarretar é que como o átrio já está
venoso é comprometido e isso aumenta a
congestionado de sangue, fica cada vez mais
hidrostática retrograda dos vasos, todos os
difícil de mandar sangue para ele, então a
capilares congestionados das vísceras abdominais
chegada de sangue pelo retorno venoso fica
vão extravasar fluido para o abdômen, com o
cada vez mais difícil, o congestionamento de
aumento da pressão hidrostática no abdômen há
sangue começa a ficar retrógrado e congestiona
o extravasamento do líquido causando uma
os vasos do pulmão, congestionando os vasos
ascite no paciente. (ICCD)
pulmonares faz com que haja aumento da
• Com isso, o paciente começa a ter uma
pressão hidrostática, os capilares do pulmão
dificuldade respiratória porque o musculo que faz
extravasam água (por causa do
os movimentos respiratórios fica comprido por
congestionamento) essa água cai nos interstício
causa da quantidade de líquido dentro do
do pulmão (onde estão os alvéolos) e a água por
abdômen.
fim, vai para os alvéolos pulmonares, causando
• Portanto, os quadros congestivos sejam do lado
um edema pulmonar
esquerdo ou do lado direito trazer perda da
• O congestionamento retrógrado que leva a um
qualidade de vida para o paciente
edema pulmonar recebe o nome ICCE
(insuficiência cardíaca congestiva esquerda)
• Insuficiência valvar mitral: Sintomatologia: Tosse
seca “engasgo” (compressão do brônquio
esquerdo), síncope, dispneia, intolerância ao
exercício
• ICCE: lado esquerdo do coração é a origem do
problema, valva que mais comumente é
acometida é a mitral
Mecanismos compensatórios
• Sistema Nervoso Simpático
• Sistema Renina Angiotensina Aldosterona
Sistema Renina-Angiotensina-
Aldosterona
• O sistema Renina-Angiotensina-Aldosterona é o
principal mecanismo para controle de hipotensão
(resposta lenta)
Reflexo Barorreceptor
• A Renina é um hormônio localizado na arteríola
aferente do néfron: depois de ser liberada da • Reflexo Barorreceptor: mecanismo que o
arteríola, ela irá fazer uma conversão, coração “pede ajuda” ao SN
transformará no fígado angiotensinogênio à • É o “pedido de ajuda” são as pressões nos vasos
angiotensina 1, essa angiotensina 1 será muito altas ou muito baixas, vasos esses que
transformada, ela vai até os pulmões e encontra possuem receptores de pressão, eles liberam
a enzima ECA, a ECA transforma a angiotensina substâncias químicas que avisam o SN na
1 em angiotensina 2. A angiotensina 2 contrai as necessidade de ativar o sistema nervoso central.
arteríolas periféricas, ela também libera o ADH Ex dos principais vasos com barorreceptores:
guardado na hipófise, e por fim vai até as artéria aorta e seio carotídeo
glândulas suprarrenais para liberar aldosterona, • Reflexo Barorreceptor
essa aldosterona chega no túbulo distal do néfron Simpático: libera noradrenalina
e reabsorve sódio e consequentemente água Parassimpático: libera acetilcolina
Endocardiose/ Insuficiência
Valvar
• Diagnostico
• História e sinais clínicos + exame físico
• Assintomáticos - sopro à auscultação
• Sintomáticos:
Dispnéia
Tosse noturna – diferencial
Intolerância ao exercício
Síncope
Aumento de volume abdominal – ascite ACP
Morte súbita • Arritmias
Necessário eletro para confirmação
• Edema pulmonar: estertores crepitantes
Radiografia torácica
• Aumento do átrio esquerdo
• Verticalização da silhueta cardíaca- Aumento do
VE
• Deslocamento da traquéia e brônquio E
• IT: abaulamento da borda cranial cardíaca-
aumento do AD e VD, dilatação v. cavas,
hepatomegalia
Exame físico • Aumento global da silhueta cardíaca
• Campos pulmonares: congestão, edema, efusão
• ACP: sopro sístolico de intensidade 1 a 6.
pleural
• IM: quinto EIC, hemitórax esquerdo
• IT: quarto EIC, hemitórax direito
• Irradiação para outros focos quando o sopro é
de alta intensidade
Focos de auscultação
Dimensão maior de AE
Refluindo uma parte do sangue do AD para
o AE, ficando congesto
Espessamento de folheto
• Diversidade antigênica- Não conseguimos vacinas surgem leucose e infecções das mucosas
•
• As infecções causadas pelo FIV raramente são
identificadas pelos veterinários, pois os animais
infectados não costumam adoecer e, quando
mostram sintomas, estes são leves e transitórios.
• Em geral, os casos de FIV confirmada são de
animais com imunossupressão acentuada e
infecções causadas por agentes oportunistas. Os
• animais infectados apresentam viremia no início
da infecção e o vírus pode ser encontrado
• FELV– A = forma transmissível, transmitido
especialmente na saliva; depois, poucas partículas
naturalmente entre gatos, viremia transitória, ou
virais são detectadas na circulação.
anemia hemolítica e linfoma, associado a
• Os animais expostos ao FIV apresentam
imunossupressão
anticorpos 60 dias após o primeiro contato e o
• FELV– B = Mutações ou recombinações do
provírus pode ser detectado por toda a vida.
DNA viral do subgrupo A. Maior patogenicidade
→ Neoplasias – Linfoma e Leucemia
• A transmissão é eminentemente pela saliva, e
mordeduras e arranhões são as principais formas
de transmissão do vírus.
• Assim, machos jovens em idade reprodutiva são
o principal grupo de risco para infecções pelo
FIV.
• A transmissão horizontal entre mãe e crias pode
ser observada em laboratório, porém na
natureza essa via ainda não foi encontrada. • Imunocromatografia (Alere®)
• O diagnóstico clínico é impreciso, pois os
sintomas (tosse, infecções pulmonares, erupções
nas mucosas, emagrecimento etc.) não são
específicos para a doença e nem todos os
animais adoecem.
• Dessa maneira, a presença de anticorpos
específicos é a forma mais segura de diagnóstico. • Western Blot (FIV)
testes em intervalos de, no mínimo, 3 meses. substâncias antirretrovirais (C4), só poderá ser
• Zidovidina e Lamivudina
• Aumento da relação CD4/CD8
• Diminuição de carga viral
• Anemia (quedas de até 20% do valor do
hemátocrito
Inibidores de Integrase
• Raltegravir
• Utilizado com frequência em pacientes humanos
• Inibem a integração viral no cromossomo da
célula hospedeira
• Tem sido utilizado em FeLV
• 1 único estudo em gatos assintomáticos
Epitálamo
• Compreende a glândula pineal.
• Regula os ritmos circadianos, nosso sono noturno
e inclusive a economia de energia. Além disso,
graças a sua conexão com o sistema límbico,
Tronco encefálico ainda, como passagem para as fibras nervosas que
ligam o cérebro à medula.
Passagem dos tratos motores e sensitivos Núcleo dos pares de nervos cranianos: 5
Núcleos dos 3 aos 12 pares de nervos cranianos trigêmio, 6 abducente, 7 facial, 8
Estado de vigília (SARA) vestibulococlear.