Você está na página 1de 115

Resumos de APE III – Tudo Junto

ÍNDICE
Avaliação e Prescrição do Exercício nas Populações Especiais Exercício e Diabetes .................... 7
O que é a Diabetes? .................................................................................................................. 7
Classificação da diabetes............................................................................................................... 7
Complicações da diabetes ......................................................................................................... 8
Sinais e sintomas de Diabetes ................................................................................................... 9
Cuidados específicos ................................................................................................................. 9
Benefícios gerais do exercício ................................................................................................... 9
Carga metabólica..................................................................................................................... 10
Carga biomecânica .................................................................................................................. 10
Carga biomecânica - marcha ................................................................................................... 11
Carga biomecânica (FRA/PP) ................................................................................................... 11
Análise da marcha (carga biomecânica) – pé diabético .......................................................... 11
Prescrição do Exercício ............................................................................................................ 12
Primeira abordagem: .............................................................................................................. 12
Avaliação da Condição Física ................................................................................................... 12
Diabetes tipo I ............................................................................................................................. 13
Características da diabetes tipo I ............................................................................................ 13
Exercício e Diabetes Tipo I Recomendações para o exercício aeróbio ................................... 13
Exercício e Diabetes Tipo I ...................................................................................................... 13
Prescrição de exercício aeróbio: ............................................................................................. 13
Benefícios: ............................................................................................................................... 14
Recomendações para o treino de força: ................................................................................. 14
Controlo da glicose:................................................................................................................. 14
Controlo da glicose: (monitorizar a glicémia) ......................................................................... 14
Administração da insulina: ...................................................................................................... 14
Prescrição de treino de força: ................................................................................................. 14
Diabetes tipo II ............................................................................................................................ 15
Características da Diabetes Tipo II .......................................................................................... 15
Exercício e Diabetes Tipo II ..................................................................................................... 15
Benefícios: ............................................................................................................................... 15
Recomendações para o exercício aeróbio: ............................................................................. 16
Prescrição de treino de força: ................................................................................................. 16
Cuidados a ter: ........................................................................................................................ 16
Recomendações para o treino de força: ................................................................................. 16

1
Tiago Azinheirinha, Eduardo Dominguinhos & Gonçalo Mendonça | DCFST2 | 2020/2021
Resumos de APE III – Tudo Junto
Diabetes gestacional ................................................................................................................... 16
Características da diabetes gestacional .................................................................................. 16
Exercício e Diabetes gestacional ............................................................................................. 17
Benefícios: ............................................................................................................................... 17
Prescrição do exercício aeróbio: ............................................................................................. 17
Cuidados gerais com diabéticos .............................................................................................. 17
HIPERTENSÃO ARTERIAL ............................................................................................................. 19
O que é a Hipertensão Arterial?.................................................................................................. 19
Prevalência da Hipertensão Arterial ........................................................................................... 19
Tratamentos ................................................................................................................................ 19
Evidências do exercício/ Benefícios ............................................................................................ 20
EXERCÍCIO E HIPERTENSÃO ......................................................................................................... 20
Adaptações tensionais ao exercício: (ACSM, 2005) .................................................................... 20
Orientações – Av. Condição Física (ACSM, 2013/2017) .............................................................. 21
Obesidade ................................................................................................................................... 23
Conceitos Gerais...................................................................................................................... 23
O paradoxo da obesidade ........................................................................................................... 24
Take home message ................................................................................................................ 25
Avaliação e prescrição de exercício ............................................................................................ 25
Cuidados a ter: ........................................................................................................................ 27
Recomençaões FITT................................................................................................................. 29
Obesidade Infantil ....................................................................................................................... 30
Balanço Calórico ...................................................................................................................... 30
Sobrepeso e Obesidade........................................................................................................... 30
Obesidade em crianças ........................................................................................................... 30
Atividade Física para crianças ................................................................................................. 30
Obesidade em Portugal ........................................................................................................... 32
Prevenção da obesidade Infantil ............................................................................................. 32
Exercício e obesidade infantil (6-8 anos) em Portugal ............................................................ 32
Fitescola .................................................................................................................................. 33
AVALIAÇÃO E PRESCRIÇÃO DE EXERCÍCIO .............................................................................. 33
Exercise Testing ....................................................................................................................... 34
Considerações Especiais .......................................................................................................... 35
Porque nos devemos preocupar? ........................................................................................... 35
Motivação................................................................................................................................ 35
Estudos Relacionados.............................................................................................................. 36

2
Tiago Azinheirinha, Eduardo Dominguinhos & Gonçalo Mendonça | DCFST2 | 2020/2021
Resumos de APE III – Tudo Junto
Benefícios da AF em crianças/adolescentes ........................................................................... 39
Atividade Física e Exercício Durante a Gravidez e no Período Pós-parto ................................... 41
Recomendações ...................................................................................................................... 41
Aspetos anatómicos e fisiológicos do Exercício na gravidez ................................................... 44
Resposta Fetal ao Exercício Materno ...................................................................................... 44
Benefícios do Exercício durante a Gravidez ............................................................................ 45
Prescrever um programa individualizado de exercício ........................................................... 45
Exercício no período pós-parto ............................................................................................... 46
PPT das aulas ............................................................................................................................... 47
Exercício Físico na Gravidez e Pós-Parto ................................................................................. 47
População Alvo ........................................................................................................................ 47
Principais adaptações fisiológicas e biomecânicas durante a gravidez e pós-parto............... 48
RECOMENDAÇÕES para a atividade física na gravidez e pós-parto ........................................ 49
AVALIAÇÃO CLÍNICA ................................................................................................................ 54
AVALIAÇÃO PRÉ-EXERCÍCIO NA GRAVIDEZ ............................................................................. 57
AVALIAÇÃO DA CONDIÇÃO FÍSICA na gravidez e pós-parto ................................................... 58
AVALIAÇÃO DA CONDIÇÃO FÍSICA NA GRAVIDEZ ................................................................... 58
Prescrição do exercício na gravidez e pós-parto ..................................................................... 61
Prescrição do Exercício na Gravidez – monitorização da intensidade .................................... 61
Adaptação dos modos de exercício durante a gravidez e pós-parto ...................................... 64
Dificuldades Intelectuais ............................................................................................................. 70
DEFINIÇÃO DE ID ..................................................................................................................... 70
DIFICULDADE INTELECTUAL EM PORTUGAL? ......................................................................... 70
LIMITAÇÕES DAS PESSOAS COM ID......................................................................................... 70
ETIOLOGIA DA ID ..................................................................................................................... 70
ESPERANÇA MÉDIA DE VIDA (SÍNDROME DE DOWN) ............................................................ 71
EXERCISE TESTING IN PERSONS WITH ID ................................................................................ 71
Prescrição de exercício (considerações) ................................................................................. 72
Asma ............................................................................................................................................ 74
Triggers da asma ..................................................................................................................... 74
Manifestações da Asma .......................................................................................................... 74
Efeitos na Resposta ao Exercício ............................................................................................. 74
Benefícios do Exercício Físico .................................................................................................. 75
Diagnostico .............................................................................................................................. 75
EIB – Sintomas e Triggers ........................................................................................................ 75
Controlo dos sintomas da Asma.............................................................................................. 76

3
Tiago Azinheirinha, Eduardo Dominguinhos & Gonçalo Mendonça | DCFST2 | 2020/2021
Resumos de APE III – Tudo Junto
EXERCISE TESTING ................................................................................................................... 76
EXERCISE PRESCRIPTION ......................................................................................................... 76
Treino Aeróbio ........................................................................................................................ 76
Treino Força ............................................................................................................................ 77
Treino Flexibilidade ................................................................................................................. 77
CONSIDERAÇÕES ESPECIAIS .................................................................................................... 77
TAKE-HOME MESSAGE ............................................................................................................ 77
Doenças cardiacas ....................................................................................................................... 79
Manifestações de doenças cardiovasculares .......................................................................... 79
Objetivos para o paciente da reabilitação cardíaca ................................................................ 79
Indicações para pacientes ou ex-pacientes da reabilitação cardíaca ..................................... 79
Contraindicações ..................................................................................................................... 79
Respostas adversas ao exercício fazendo com que o exercício tenha de ser descontinuo .... 80
Considerações para a prescrição............................................................................................. 80
Frequência ............................................................................................................................... 80
Intensidade.............................................................................................................................. 81
Tempo ..................................................................................................................................... 81
Tipo.......................................................................................................................................... 81
Razões para treino de força com pacientes com doenças cardíacas ...................................... 82
Frequência para treino de força.............................................................................................. 82
Intensidade para treino de força............................................................................................. 82
Tempo para treino de força .................................................................................................... 82
Tipo de treino de força ............................................................................................................ 83
Dislipidémia ................................................................................................................................. 84
FITT Recommendations for Individuals with Dyslipidemia ..................................................... 84
Aerobic Exercise ...................................................................................................................... 84
Resistance Exercise ................................................................................................................. 84
Cancro ......................................................................................................................................... 85
Tipos de cancro: ...................................................................................................................... 85
Estádios de desenvolvimento: ................................................................................................ 85
Epidemiologia do cancro ......................................................................................................... 86
Causas de mortalidade (2014) ................................................................................................ 87
Exercício e Cancro ................................................................................................................... 87
Evidências do exercício / Benefícios ....................................................................................... 87
Consequência do cancro ......................................................................................................... 89
Tratamentos ............................................................................................................................ 89

4
Tiago Azinheirinha, Eduardo Dominguinhos & Gonçalo Mendonça | DCFST2 | 2020/2021
Resumos de APE III – Tudo Junto
Aspetos a considerar ............................................................................................................... 90
Comorbilidades e consequências dos tratamentos com implicações para o exercício .......... 90
Orientações – Avaliação da condição física ............................................................................ 91
Avaliação da condição cardiorrespiratória.............................................................................. 91
Avaliação da força ................................................................................................................... 91
Flexibilidade e Composição Corporal ...................................................................................... 92
Orientações - Prescrição do exercício ......................................................................................... 92
Condição cardiorrespiratório (ACSM) ..................................................................................... 92
Força Muscular (ACSM) ........................................................................................................... 92
Flexibilidade (ACSM) ............................................................................................................... 93
Considerações especiais .......................................................................................................... 93
Musculo-esqueléticos ................................................................................................................. 94
Definições de artrite e prevalência ......................................................................................... 94
TRATAMENTO.......................................................................................................................... 94
EXERCÍCIO COMO TRATAMENTO ............................................................................................ 95
Teste de exercício.................................................................................................................... 95
PRESCRIÇÃO DE EXERCÍCIO PARA INDIVÍDUOS COM ARTRITE ............................................... 96
DEFINIÇÃO E PREVALÊNCIA DE FIBROMIALGIA ...................................................................... 99
SINAIS E SINTOMAS DE FIBROMIALGIA................................................................................. 100
TESTE DE EXERCÍCIO (1)......................................................................................................... 101
TESTE DE EXERCÍCIO (2)......................................................................................................... 101
EXERCISE TESTING (3)............................................................................................................ 102
EXERCISE PRESCRIPTION (1) .................................................................................................. 102
EXERCISE PRESCRIPTION (2) .................................................................................................. 103
FITT RECOMMENDATIONS FOR INDIVIDUALS WITH FIBROMYALGIA AEROBIC EXERCISE.... 103
FITT RECOMMENDATIONS FOR INDIVIDUALS WITH FIBROMYALGIA ................................... 103
RESISTANCE EXERCISE ........................................................................................................... 103
FITT RECOMMENDATIONS FOR INDIVIDUALS WITH FIBROMYALGIA ................................... 104
FLEXIBILITY EXERCISE ............................................................................................................ 104
FITT RECOMMENDATIONS FOR INDIVIDUALS WITH FIBROMYALGIA ................................... 104
FITT RECOMMENDATIONS FOR INDIVIDUALS WITH FIBROMYALGIA ................................... 105
MULTIPLE SCLEROSIS ............................................................................................................ 105
MULTIPLE SCLEROSIS IMPAIRMENTS (1)............................................................................... 106
MULTIPLE SCLEROSIS IMPAIRMENTS (2)............................................................................... 106
EXERCISE PRESCRIPTION FOR INDIVIDUALS WITH MULTIPLE SCLEROSIS ............................. 107
FITT RECOMMENDATIONS FOR INDIVIDUALS WITH MULTIPLE SCLEROSIS.......................... 107

5
Tiago Azinheirinha, Eduardo Dominguinhos & Gonçalo Mendonça | DCFST2 | 2020/2021
Resumos de APE III – Tudo Junto
SPECIAL CONSIDERATIONS .................................................................................................... 108
OSTEOPOROSIS DEFINITION .................................................................................................. 108
OSTEOPOROSIS AND EXERCISE ............................................................................................. 109
EXERCISE TESTING ................................................................................................................. 109
EXERCISE PRESCRIPTION ....................................................................................................... 109
FITT RECOMMENDATIONS FOR INDIVIDUALS AT RISK FOR AND WITH OSTEOPOROSIS ...... 110
SPECIAL CONSIDERATIONS .................................................................................................... 110
Osteoarticulares ........................................................................................................................ 111

6
Tiago Azinheirinha, Eduardo Dominguinhos & Gonçalo Mendonça | DCFST2 | 2020/2021
Resumos de APE III – Tudo Junto

AVALIAÇÃO E PRESCRIÇÃO DO EXERCÍCIO NAS POPULAÇÕES


ESPECIAIS EXERCÍCIO E DIABETES

Objetivos gerais

• Conhecer as caraterísticas das populações com diagnóstico de diabetes.

• Conhecer os princípios, os pressupostos e os conceitos associados à Avaliação e Prescrição


do Exercício aplicados às populações clínicas (diabetes) no contexto do Exercício e Saúde.

• Desenvolver as bases da implementação de programas de exercício físico e sua avaliação.

Exercício Físico e Diabetes

• Conceito de diabetes

• Posição conjunta do ACSM e da ADA

• Efeitos agudos do exercício

• Efeitos crónicos do exercício

• Prescrição do exercício

O QUE É A DIABETES?
 É uma doença metabólica que resulta de uma deficiente capacidade de utilização pelo
organismo da nossa principal fonte de energia – a glicose (APDP, 2001)
 A diabetes pode ser entendida como um estado de glicémia anormalmente elevada
(hiperglicémia);
 Deriva de um estado anormal de produção ou sensibilidade à insulina (hormona);
 Afeta cerca de 5% da população portuguesa (+500 mil pessoas) (7% nos EUA).

• Diabetes mellitus (ou simplesmente diabetes) é uma condição quando:

• Existe uma desordem metabólica.

• Níveis de insulina no sangue são insuficientes.

• As células corporais tornam-se insensíveis à insulina.

• Hiperglicemia.

CLASSIFICAÇÃO DA DIABETES
• Diabetes tipo I – insulinodependentes (cerca de 5-10% dos diabéticos);

7
Tiago Azinheirinha, Eduardo Dominguinhos & Gonçalo Mendonça | DCFST2 | 2020/2021
Resumos de APE III – Tudo Junto
• Diabetes tipo II – não insulinodependentes (cerca de 90% dos diabéticos);

• Diabetes gestacional (associada à gravidez);

• Outras origens específicas (i.e., defeitos genéticos e induzido por drogas);

• Pré-diabetes (obesidade e resistência à insulina):

▫ Glicémia elevada como resposta a dieta de HC – impaired glucose tolerance - IGT).

▫ Glicémia elevada em jejum - impaired fasting glucose (IFG)

Tríade terapêutica da diabetes

O objetivo fundamental da gestão da DM: controlo da glicémia, através de:

▫ Dieta;

▫ Atividade física;

▫ Insulina ou agentes hipoglicémicos orais (quando necessário).

COMPLICAÇÕES DA DIABETES
• Muitas vezes o exercício físico é negligenciado em caso de complicações associadas a
diabetes;

• As complicações da diabetes, quando associadas à inatividade física pode levar à


incapacidade tais como:

 Retinopatia (cegueira)
 Hipertensão
 Neuropatia (vegetativa e periférica) (amputação)
 Nefropatia
 Doenças cardiovasculares
 Outras (infeções, cancro, Alzheimer,…)

8
Tiago Azinheirinha, Eduardo Dominguinhos & Gonçalo Mendonça | DCFST2 | 2020/2021
Resumos de APE III – Tudo Junto

SINAIS E SINTOMAS DE DIABETES

CUIDADOS ESPECÍFICOS
 Retinopatia – seguir conselhos específicos do oftalmologista; evitar exercício intenso
que leve à exaustão; evitar exercício em apneia ou isométrico; evitar exercício que
façam baixar a cabeça; Devem ser escolhidas atividades que: sejam de baixo impacto;
não elevem muito a PA (>180mmHg); não envolva muita força dos membros
superiores; utilizem monitorização da FC; evitem manobra de Valsalva; evitem a
utilização de pesos elevados.
 Hipertensão – evitar levantamento de pesos e apneia; realizar exercícios dinâmicos
com principais grupos musculares (marcha, bicicleta); intensidade moderada; Devem
ser adicionados os cuidados a ter com hipertensos aos cuidados já descritos para os
diabéticos.
 Neuropatia vegetativa – cuidados específicos com desidratação e hipotermia;
predisposição para hipoglicémia e hipertensão; A neuropatia vegetativa é suscetível de
provocar: hipoglicémia, hipertensão; FC de repouso elevada; FCmáx reduzida;
desidratação; hipotermia. Recomenda-se a utilização da escala de perceção de
esforço.
 Neuropatia periférica – cuidados com pé diabético e tipo de sapatos (evitar exercício
que causem traumas nos pés); atividades com peso do corpo suportado mais
aconselhadas (bicicleta, hidroginástica); evitar atividades que exijam muito equilíbrio;
evitar exercícios com muito impacto para os pés (jogging, caminhadas muito longas ou
em superfícies irregulares). Cuidados a ter com os pés: os pés devem ser analisados
regularmente; manter os pés limpos e secos; escolher calçado próprio e confortável.
 Nefropatia - evitar exercício que provoque aumento da pressão arterial e apneia
(levantamento de pesos, exercício aeróbio de alta intensidade).
 Outras – infeções.
 Outras – hipoglicémia, i.e., <70 mg/dL (praticantes de exercício físico).

BENEFÍCIOS GERAIS DO EXERCÍCIO


 Melhoria da sensibilidade à insulina

9
Tiago Azinheirinha, Eduardo Dominguinhos & Gonçalo Mendonça | DCFST2 | 2020/2021
Resumos de APE III – Tudo Junto
 Diminui a glicemia durante e após o exercício
 Aumenta a massa muscular
 Diminui a massa gorda
 Melhoria dos fatores de risco para doenças cardiovasculares:
• Diminuição do colesterol total
• Diminuição das LDL
• Aumento das HDL
• Diminuição dos valores da PA

CARGA METABÓLICA
• Equivalente metabólico (MET)

• Atividade física moderada >3 MET

• Atividade física vigorosa 3-6 MET

• Controlo da intensidade: escala de esforço 10 pontos (0=sentado; 5-6 moderada; 7-8


vigorosa)

CARGA BIOMECÂNICA
• Durante o exercício físico que implica forças de impacto ou de contacto com a superfície de
suporte sobre a qual o movimento é executado (normalmente o solo), existe sempre uma
força de reação provocada pelo mesmo.

• Essa reação tem a mesma direção e sentido oposto à força gerada pelo peso do corpo e
chama-se Força de Reação do Apoio (GRF - Ground Reaction Forces).

• É possível quantificar esta força em “unidades de peso do corpo” ou Body Weight (BW).

• Esta força é derivada da Lei de Newton do par Ação-Reação na qual representa a reação do
chão para as acelerações de todos os segmentos de um corpo.

• O exercício físico pode proporcionar um estímulo mecânico saudável, se for corretamente


executado;

• A carga mecânica que origina (FRA) situa-se entre os valores encontrados para a marcha e
para a corrida;

• Este valor (FRA) aproxima-se do que é considerado osteogénico.

10
Tiago Azinheirinha, Eduardo Dominguinhos & Gonçalo Mendonça | DCFST2 | 2020/2021
Resumos de APE III – Tudo Junto

CARGA BIOMECÂNICA - MARCHA

CARGA BIOMECÂNICA (FRA/PP)


• A pressão plantar e as forças de reação do apoio que acontecem durante a execução dos
exercícios são duas variáveis biomecânicas que
contribuem para a avaliação da carga
mecânica, além de permitirem a análise da
função do pé, do controlo do movimento, e do
equilíbrio entre os dois pés.

• As palmilhas barométricas permitem a


execução de inúmeras tarefas desportivas, com
bastante liberdade de movimento. O tapete
está mais associado à análise da marcha.

ANÁLISE DA MARCHA (CARGA BIOMECÂNICA) – PÉ DIABÉTICO

(arranjar esta informação)

11
Tiago Azinheirinha, Eduardo Dominguinhos & Gonçalo Mendonça | DCFST2 | 2020/2021
Resumos de APE III – Tudo Junto

PRESCRIÇÃO DO EXERCÍCIO
• Condição
cardiorrespiratória

• Força

• Resistência muscular

• Flexibilidade

• Composição Corporal

• Tipo

• Intensidade

• Duração

• Frequência

• Progressão

PRIMEIRA ABORDAGEM:
• Avaliação preliminar:

 PAR-Q & You (2017);


 Historial médico do sujeito (medicamentos);
 Medição da PA e FC em repouso.

• Avaliação Condição cardiorrespiratória (teste submáximo + ecg) – atividade vigorosa.

• Possíveis complicações ou riscos – avaliação clínica.

AVALIAÇÃO DA CONDIÇÃO FÍSICA


 Poderá requerer modificação dos protocolos ou ergometria de braços;
 Neuropatia periférica pode estar associada a isquémia, hipotensão postural, e resposta
da FC alterada.
 A Avaliação da CF depende da idade, da duração da diabetes e da presença de
complicações resultantes da doença;
 Os principais objetivos dos testes de esforço aplicados a diabéticos são:
o Identificar a presença ou extensão de doença coronária;
o Determinar a intensidade de treino cardiovascular apropriada.
 Geralmente utilizam-se os mesmos protocolos aplicados a pessoas com risco de DCV,
no caso em que se observa:
o Diabetes tipo 1 e mais de 30 anos;
o Diabetes tipo 1 há mais de 15 anos;
o Diabetes tipo 2 e mais de 35 anos;
o Diabetes tipo 1 ou 2 e um ou mais factores de risco de DCV;

12
Tiago Azinheirinha, Eduardo Dominguinhos & Gonçalo Mendonça | DCFST2 | 2020/2021
Resumos de APE III – Tudo Junto
o Doença coronária ou suspeita, e/ou qualquer problema microvascular ou
neurológico;
 Pessoas com diabetes em que não se observam estes critérios podem realizar
protocolos aplicados a sujeitos saudáveis.
(ACSM)

DIABETES TIPO I
• Diabetes mellitus insulinodependente;

• A hormona (insulina) está ausente, ou quase, do plasma.

• Terapia intravenosa (insulina) é essencial.

CARACTERÍSTICAS DA DIABETES TIPO I


• Idade em que ocorre: normalmente cedo, mas pode ocorrer em qualquer idade;

• Causas: vírus; doença autoimune; toxinas;

• Insulina endógena: inexistente, ou mínima;

• Insulina exógena: administração intravenosa sempre necessária;

• Sintomas: polidipsia; fadiga;↑urina;↑glicosúria

• Aparência: magros.

EXERCÍCIO E DIABETES TIPO I RECOMENDAÇÕES PARA O EXERCÍCIO


AERÓBIO:

 Deve ser realizado sem muito impacto;


 Deve ser privilegiado o treino em circuito;
 O sujeito deve ter sempre consigo a sua identificação e informação sobre a sua
diabetes.

EXERCÍCIO E DIABETES TIPO I


PRESCRIÇÃO DE EXERCÍCIO AERÓBIO:
 Tipo: marcha, corrida, bicicleta, etc.;
 Intensidade: 40-60% VO2R; 60-90% FCmáx ; 50-85% VO2máx; (>60% VO2R = melhor
controlo da glicémia);
 Duração: 150 min/sem; sessões de 20 a 60 min ou intervalos de 10 min (300 min/sem
= melhores resultados);
 Frequência: diariamente (3-7 d/sem);
 Progressão: duração do exercício;
 Timing: evitar pico da insulina; devem ser considerados os níveis de insulina e glicose;

13
Tiago Azinheirinha, Eduardo Dominguinhos & Gonçalo Mendonça | DCFST2 | 2020/2021
Resumos de APE III – Tudo Junto

BENEFÍCIOS:
 Aumento da sensibilidade à insulina;
 Redução da necessidade de insulina (10%);
 Diminuição dos fatores de risco de doenças cardiovasculares:
o Melhoria do perfil sanguíneo de lípidos e lipoproteínas;
o Diminuição da % massa gorda;
o Diminuição da PA em hipertensos;
o Melhoria da capacidade funcional;
 Melhoria do bem-estar e da qualidade de vida.

RECOMENDAÇÕES PARA O TREINO DE FORÇA:


 Deve ser privilegiado o treino em circuito;
 Deve ser realizado numa perspetiva de saúde (baixa intensidade) e não de
performance;
 O sujeito deve ter sempre consigo a sua identificação e informação sobre a sua
diabetes.

CONTROLO DA GLICOSE:
 Deve-se ter o cuidado de evitar situações de:
o Hiperglicémia;
o Hipoglicémia.
 Indicação médica (determinação da resposta ao esforço);
 Diabético deve aprender qual a reação da sua glicémia a diferentes tipos de exercício;

CONTROLO DA GLICOSE: (MONITORIZAR A GLICÉMIA)


 Antes do exercício (adiar exercício se glicémia > 250 mg/dl) (consumir hidratos de
carbono se glicémia> 250 mg/dl) ((consumir hidratos de carbono se glicémia<100
mg/dl)
 Durante o exercício (se possível de 30 em 30 min);
 Depois do exercício (15 min);

ADMINISTRAÇÃO DA INSULINA:
 Diminuir dose de insulina no dia do treino (20 a 40%);
 Não exercitar-se durante o pico da insulina;
 Auto-aprendizagem do diabético no controlo das doses de insulina.

PRESCRIÇÃO DE TREINO DE FORÇA:


 Intensidade: pesos leves;
 Repetições: 10 a 15 /série;
 Séries: 1 a 3 /exercício;
 Frequência: diariamente;

14
Tiago Azinheirinha, Eduardo Dominguinhos & Gonçalo Mendonça | DCFST2 | 2020/2021
Resumos de APE III – Tudo Junto
 Timing: evitar pico da insulina; devem ser considerados os níveis de insulina e glicose.

DIABETES TIPO II
• Diabetes mellitus não insulino-dependente;

• A hormona (insulina) está presente em níveis normais no plasma.

• Doença civilizacional derivada do estilo de vida das pessoas.

CARACTERÍSTICAS DA DIABETES TIPO II


• Idade em que ocorre: normalmente depois dos 30 anos, mas pode ocorrer em qualquer
idade;

• Causas: obesidade; genética; nutrição; outras;

• Insulina endógena: normal, ou quase; verifica-se resistência à insulina;

• Insulina exógena: necessária p/ 20 ou 30% dos diabéticos;

• Sintomas: poucos ou nenhuns;

• Aparência: obesos ou normais.

EXERCÍCIO E DIABETES TIPO II


BENEFÍCIOS:
 Diminuição da glicémia (melhor tolerância à glicose);
 Aumento da sensibilidade à insulina;
 Diminuição da hemoglobina glicosilada (HbA1C)
 Diminuição dos fatores de risco de doenças cardiovasculares:
 Melhoria do perfil sanguíneo de lípidos e lipoproteínas;
 Diminuição da % massa gorda;
 Diminuição da PA em hipertensos;
 Melhoria da capacidade funcional;
 Melhoria do bem-estar e da qualidade de vida.

Prescrição de exercício aeróbio:

 Tipo: marcha, corrida, bicicleta, etc.;


 Intensidade: 40-60% VO2R; 60-90% FCmáx ; 50-85% VO2máx; (>60% VO2R = melhor
controlo da glicémia);
 Duração: 150 min/sem; sessões de 20 a 60 min ou intervalos de 10 min (300 min/sem
= melhores resultados);
 Frequência: diariamente (3-7 d/sem);
 Progressão: duração do exercício;
 Timing: evitar pico da insulina; devem ser considerados os níveis de insulina e glicose;

15
Tiago Azinheirinha, Eduardo Dominguinhos & Gonçalo Mendonça | DCFST2 | 2020/2021
Resumos de APE III – Tudo Junto

RECOMENDAÇÕES PARA O EXERCÍCIO AERÓBIO:


 Deve ser realizado sem muito impacto (pé diabético);
 Se obeso, o diabético deve privilegiar o dispêndio calórico;
 Deve ser privilegiado o treino em circuito;
 O sujeito deve ter sempre consigo a sua identificação e informação sobre a sua
diabetes.

PRESCRIÇÃO DE TREINO DE FORÇA:


• Tipo: treino de resistência de nível moderado (treino em circuito);

• Intensidade: pesos leves (60%);

• Repetições: 10 a 15 /série;

• Séries: 1 a 3 /exercício;

• Duração: 20 a 60 min (não contando com aquecimento e cooldown);

• Frequência: 3 a 5 /semana.

CUIDADOS A TER:
 O técnico de exercício físico deve ter conhecimento sobre os fármacos que o
praticante está a tomar:
o Indicação terapêutica;
o Contraindicações;
o Relação com a atividade física.

RECOMENDAÇÕES PARA O TREINO DE FORÇA:


 Deve ser privilegiado o treino em circuito;
 Deve ser realizado numa perspetiva de saúde e não de performance;
 O sujeito deve ter sempre consigo a sua identificação e informação sobre a sua
diabetes.

DIABETES GESTACIONAL
• Insulino-resistente;

• Depende de três fatores:

o Predisposição genética;
o Ação da insulina diminuída (resistência à insulina);
o Funcionamento débil das células beta do pâncreas.

CARACTERÍSTICAS DA DIABETES GESTACIONAL


• Quando ocorre: durante a gravidez;

16
Tiago Azinheirinha, Eduardo Dominguinhos & Gonçalo Mendonça | DCFST2 | 2020/2021
Resumos de APE III – Tudo Junto
• Causas: ambiente hormonal, predisposição genética, idade, peso corporal excessivo, nível de
condição física;

• Insulina endógena: existente;

• Insulina exógena: pode ser evitada.

EXERCÍCIO E DIABETES GESTACIONAL


BENEFÍCIOS:
 Aumento da sensibilidade à insulina;
 Diminuição dos fatores de risco de doenças cardiovasculares:
o Melhoria do perfil sanguíneo de lípidos e lipoproteínas;
o Diminuição da % massa gorda;
o Diminuição da PA em hipertensas;
 Pode ser suficiente para evitar outro tipo de terapia (insulina exógena e dieta cuidada).

PRESCRIÇÃO DO EXERCÍCIO AERÓBIO:


 Verificar a informação sobre o tipo de exercício mais adequado;
 É aceitável que se adotem as linhas orientadoras do exercício para grávidas
aparentemente saudáveis (ex.: ACOG, 2015).

CUIDADOS GERAIS COM DIABÉTICOS


 Glicemia idealmente entre 100 e 160 mg/dL (APDP, 2001);
 Ausência de cetonúria;
 Não fazer exercício se a glucose no sangue for 250 mg/dL (ACSM);
 Não injetar a insulina na zona que vai ser exercitada;
 Evitar exercício no calor e com exposição direta ao sol;
 As crianças e jovens têm maior propensão para hipoglicemias;
 Devem ser evitadas atividades de risco;
 A insulina de absorção rápida não deve ser administrada antes do exercício;
 O diabético deve trazer sempre consigo informações sobre a sua doença;
 Exercício acompanhado;
 Hidratação constante (antes, durante e depois do exercício)

17
Tiago Azinheirinha, Eduardo Dominguinhos & Gonçalo Mendonça | DCFST2 | 2020/2021
Resumos de APE III – Tudo Junto

18
Tiago Azinheirinha, Eduardo Dominguinhos & Gonçalo Mendonça | DCFST2 | 2020/2021
Resumos de APE III – Tudo Junto

HIPERTENSÃO ARTERIAL

O QUE É A HIPERTENSÃO ARTERIAL?


Estado crónico de Pressão Arterial sistémica aumentada

PAS ≥140 mmHg e/ou PAD ≥90 mmHg

(se >60 anos: PAS ≥150 mmHg e/ou PAD ≥90 mmHg)

PREVALÊNCIA DA HIPERTENSÃO ARTERIAL

ASPECTOS A CONSIDERAR

TRATAMENTOS
• Diuréticos.

• Bloqueadores dos canais de cálcio;

• Inibidores da Enzima de Conversão da Angiotensina;

• Bloqueadores dos Receptores da Angiotensina.

19
Tiago Azinheirinha, Eduardo Dominguinhos & Gonçalo Mendonça | DCFST2 | 2020/2021
Resumos de APE III – Tudo Junto
Consequências dos tratamentos com implicações para o exercício:

- Hipotensão;

- Poliúria;

- Tonturas;

- Arritmias;

- Hipocalémia.

EVIDÊNCIAS DO EXERCÍCIO/ BENEFÍCIOS


Resultados esperados com exercício: (Chobanian, 2003)

• menos 4 – 9mmHg;

• Prevenção primária e secundária de outros fatores de risco cardio metabólicos.

Resultados esperados com perda de peso:

• menos 5 – 20mmHg /10kg peso perdido.

EXERCÍCIO E HIPERTENSÃO
EXERCÍCIO AERÓBIO LIGEIROS:

•PAS aumenta com o aumento da intensidade de esforço

•PAD mantém-se ou muda ligeiramente, subindo ou descendo

•Pode atingir valores de 220/100mmHg em esforços máximos

•No exercício em cicloergómetro:

• 300 kgm/min (50Watts) na carga - PAS de 15mmHg.

• 1 MET no exercício - PAS de 8 – 12mmHg.

ADAPTAÇÕES TENSIONAIS AO EXERCÍCIO: (ACSM, 2005)


EXERCÍCIO DE FORÇA

•PAS e PAD aumentam com o aumento da carga aplicada e com o aumento da quantidade de
massa muscular envolvida

20
Tiago Azinheirinha, Eduardo Dominguinhos & Gonçalo Mendonça | DCFST2 | 2020/2021
Resumos de APE III – Tudo Junto

PÓS EXERCÍCIO SUBMÁXIMO

•PAS e PAD podem diminuir abaixo dos valores de repouso, cerca de 1 a 3 horas

EXERCÍCIO DE MEMBROS SUPERIORES

•PAS e PAD, para uma igual %VO2max, são mais altas em exercício dos membros superiores
do que em exercício de membros inferiores

EXERCÍCIO EM INVERSÃO

•PAS e PAD aumentam em inversão corporal (cabeça abaixo do coração).

EXERCÍCIOS ESTÁTICOS

•PAS e PAD aumentam MAIS em contrações estáticas (isométrica)

ORIENTAÇÕES – AV. CONDIÇÃO FÍSICA (ACSM, 2013/2017)


• Deve-se realizar uma avaliação subjetiva abrangente;

• Avaliar a existência de co-morbilidades cardiometabólicas.

• Hipertensão arterial = risco baixo (na ausência de outras complicações).

• A avaliação da condição cardiorespiratória sem objectivo diagnóstico deve ser feita com
medicação habitual;

• PAS ≥ 250 mmHg e/ou PAD ≥ 115 mmHg é critério de interrupção da avaliação
cardiorrespiratória

• A avaliação da Força, da Flexibilidade e da Composição Corporal, deve seguir as


recomendações para adultos saudáveis com cuidados resultantes das adaptações tensionais
ao esforço.

• Condição cardiorrespiratória: (ACSM, 2017)

Frequência: 5 – 7x / semana;

Intensidade: 40 - 60% VO2res ou Fcres; 12 – 13 RPE (6-20);

Tempo: ≥30’ contínuo ou acumulado / dia (min. 10’);

Tipo: exercício aeróbio, prolongado, ritmado (ex. marcha).

21
Tiago Azinheirinha, Eduardo Dominguinhos & Gonçalo Mendonça | DCFST2 | 2020/2021
Resumos de APE III – Tudo Junto
• Força Muscular: (ACSM, 2017)

Frequência: 2 – 3x / semana;

Intensidade: 60 – 70% 1-RM (pode progredir para 80%); 40 – 50% 1-RM para idoso ou
iniciantes.

Tempo: 8-12 reps; 2-4 série; principais grupos musculares;

Tipo: Máquinas; pesos livres e peso corporal.

• Flexibilidade: (ACSM, 2017)

Frequência: ≥2-3x / sem;

Intensidade: alongamento até sentir tensão/ ligeiro desconforto

Tempo: 10-30’’/exercício; 2 – 4 reps cada exercício.

Tipo: Alongamentos estático, dinâmico e/ou PNF.

• Considerações especiais: (ACSM, 2017)

- Durante o treino: PAS ≤ 220 mmHg e/ou PAD ≤ 105 mmHg ;

- A PA deve ser monitorizada pós exercício (risco de hipotensão);

- Retorno À calma deve ser prolongado (ex. 10’).

- Devem ser considerados os fatores de risco coexistentes.

- Deve ser dada atenção aos efeitos adversos da medicação;

- Usar RPE em pacientes Beta-bloqueados;

- Exercício vigoroso não é contra-indicado;

- Deve ser evitada a manobra de valsalva durante o treino.

22
Tiago Azinheirinha, Eduardo Dominguinhos & Gonçalo Mendonça | DCFST2 | 2020/2021
Resumos de APE III – Tudo Junto

OBESIDADE
CONCEITOS GERAIS
Composição corporal é diferente de obesidade

Obesidade segundo o IMC são todos os valores maiores ou iguais a 30.

Obesidade está diretamente relacionado com o excesso calórico

O período menstrual da mulher pode influenciar os resultados da bio impedância.

As avaliações devem ser realizadas nas mesmas condições. (se bebeu café antes tem de beber
na próxima avaliação, etc)

A importância do estudo da obesidade

1. Elevada prevalência
2. Aumento do risco associado

As pessoas vão privilegiar o alimento rápido, e o barato que


é rico em açúcar e gordura.

23
Tiago Azinheirinha, Eduardo Dominguinhos & Gonçalo Mendonça | DCFST2 | 2020/2021
Resumos de APE III – Tudo Junto

O PARADOXO DA OBESIDADE
O paradoxo da obesidade parece ser mais forte em pessoas com sobrepeso ou levemente
obesos (grau I)

O paradoxo da obesidade tem sido observado para a maioria das DCV (Insuficiência cardíaca e
Deficiências da artéria coronária)

Indivíduos classificados como normais ou abaixo do peso podem ter um pior prognosticam em
relação as DCV, em decorrência de um estado catabólico progressivo e perda de massa magra.

Excesso de peso e obesidade parecem ter um efeito protetor em doentes das artérias
coronárias (DAC)

A massa muscular é importante na condição de doença das artérias coronárias.

24
Tiago Azinheirinha, Eduardo Dominguinhos & Gonçalo Mendonça | DCFST2 | 2020/2021
Resumos de APE III – Tudo Junto

TAKE HOME MESSAGE


Há evidencia cientifica que sugere que o aumento de AF e CRF podem ser métodos de
tratamento mais importantes e eficazes do que apenas a perda de peso para DCV,
considerando a fiabilidade do IMC

A obesidade está associada a varias alterações fisiológicas e hemodinâmicas desfavoráveis,


muitas das quais são reversíveis com perda de peso

Descrever o paradoxo da obesidade não e uma promoção do sobrepeso, da obesidade ou uma


sugestão de que o ganho de peso é benéfico

Um dos principais objetivos para relatar o paradoxo da obesidade é enfatizar que os médicos
provavelmente deveriam estar mais preocupados com o mau prognostico em seus pacientes
mais magros ou abaixo do peso com DCV, particularmente aqueles com baixa condição
cardiorrespiratória e/ou pouca massa muscular

A perda de peso em obesos parece exercer vários efeitos benéficos e no sistema CV, bem
como a melhoria das anormalidades do metabolismo da glicose

A aptidão cardiorrespiratória é um melhor preditor de desfechos de DCV

AVALIAÇÃO E PRESCRIÇÃO DE EXERCÍCIO


 Dispêndio energético
 Equilíbrio (apoio unipedal, alterar Centro de Gravidade)
 Treino propriocetivo (utilizar mais exercício que envolve a estabilidade do corpo)
 CORE (mais a nível de prancha ou rotações da bola)

Quantas calorias devemos perder por sessão de treino para ter uma perda de peso eficiente?

200 a 300 kcal por sessão = 1250 kcal/semana (atividade física + exercício físico) aumentando
progressivamente até cerca de 2000 kcal/semana.

Que tipo de exercício físico deveremos promover?

25
Tiago Azinheirinha, Eduardo Dominguinhos & Gonçalo Mendonça | DCFST2 | 2020/2021
Resumos de APE III – Tudo Junto
A evidência científica sugere que o treino de força em formato circuito, quando comprado com
caminhada a ritmo rápido, produz gastos calóricos quase idênticas no mesmo intervalo de
tempo

Não esquecer o treino de força!

Avaliação dos obesos

PAR-Q+

Uma pessoa com PA de 160/100 não pode iniciar um plano de treino. Ao iniciar o exercício a
PA vai aumentar e pode haver consequências.

26
Tiago Azinheirinha, Eduardo Dominguinhos & Gonçalo Mendonça | DCFST2 | 2020/2021
Resumos de APE III – Tudo Junto

CUIDADOS A TER:
 Os PT’s devem garantir que o cliente esteja respirando corretamente durante a
execução dos exercícios (principalmente no treino de força) e evitar apertar as
barras/pegas do exercício com muita força, levando a um aumento na pressão arterial
(Falta de ar, tonturas, dores no peito, AVC)
 Presença de outras comorbilidades
 Medicação

27
Tiago Azinheirinha, Eduardo Dominguinhos & Gonçalo Mendonça | DCFST2 | 2020/2021
Resumos de APE III – Tudo Junto

Por vezes os treinos personalizados a obesos devem ser realizados onde não há muita gente,
para que eles não se sintam observados.

Considerações fisiológicas Considerações relacionadas ao exercicio


Pode ter outras comorbidades Triagem inicial deve esclarecer a presença de
(diagnosticadas ou não diagnosticadas), potenciais comorbilidades não diagnosticas
incluindo hipertensão, doença
cardiovascular ou diabetes
Consumo máximo de oxigênio e limiar Devem considerar modalidades desportivas
ventilatório (anaeróbio) são normalmente com suporte de peso (como o
reduzidos cicloergômetro, a natação). Se um cliente
não tiver essas limitações, considere um
programa de caminhada para melhorar a sua
adesão
Dietas coexistentes podem dificultar a Numa fase inicial deveremos considerar o
capacidade de exercício e resultar numa treino de baixa intensidade, com uma
perda significativa de massa corporal magra progressão na duração do exercício (até 60
minutos conforme tolerável) e uma
frequência (5-7 dias por semana), antes que
os aumentos sejam feitos na intensidade do
exercício. A intensidade do exercício não
deve ser superior a 60-80 % da capacidade
de trabalho, com um volume calórico
semanal mínimo de 1.250 kcal por semana e
progressão para 2.000kcal, conforme
tolerável
Para promover a manutenção da perda de
peso em longo prazo, os indivíduos devem
progredir para pelo menos 250 min · semana
− 1 (≥ 2.000 kcal/semana) de exercício
moderado a vigoroso. Para atingir a meta de
atividade de manutenção semanal de ≥250
min/semana, exercícios e AF devem ser
realizados em 5–7 d/semana
O acúmulo de exercícios intermitentes
(bouts de 10 minutos) pode aumentar o

28
Tiago Azinheirinha, Eduardo Dominguinhos & Gonçalo Mendonça | DCFST2 | 2020/2021
Resumos de APE III – Tudo Junto
volume de AF alcançado por indivíduos
previamente sedentários, como também
aumentar a probabilidade de adoção e
manutenção de AF
Outras considerações:

 3-10% redução do peso corporal ao longo dos 3-6 meses (curto e longo prazo)
 Redução de consumo calórico (500 – 1000 kcal/dia ) » perda de peso cerca 1kg
 Perdas de peso além dos 5-10% pode exigir uma nutrição + agressiva, exercício e
intervenções comportamentais (caso não façam nenhuma mudança, intervenções
cirúrgicas ou através da medicação podem ser apropriadas)
 Dietas com indicação médica e restrições de energia de até 1.500 kcal/dia podem
resultar em maiores quantidades de perda de peso inicial em comparação com
reduções de consumo energético mais conservadoras. Esses planos de refeições
administrados por médicos são normalmente usados apenas para indivíduos
selecionados e por curtos períodos de tempo.
 Trabalho multidisciplinar (fisioterapeuta, nutricionista, etc)
 Mudança de hábitos alimentares e de exercício » Perda de Peso e manutenção do
peso perdido » EVIDÊNCIA CIENTIFÍCA

RECOMENÇAÕES FITT
Fase 1: - Fase 2:

 Melhorar a resistência  Melhorar a estabilidade


muscular nos “movimentos
 Aumentar a estabilidade primários”
das articulações  Melhorar a capacidade de
 Aumentar a flexibilidade trabalho;
 Aumentar o controlo  Melhorar a estabilidade
postural articular - Aumentar a
 Melhorar a eficiência massa corporal magra
neuromuscular
(equilíbrio, estabilização,
coordenação muscular)

29
Tiago Azinheirinha, Eduardo Dominguinhos & Gonçalo Mendonça | DCFST2 | 2020/2021
Resumos de APE III – Tudo Junto

OBESIDADE INFANTIL
BALANÇO CALÓRICO

SOBREPESO E OBESIDADE
Sobrepeso pode ser definido como uma acumulação excessiva de massa gorda superior ao
considerado saudável e/ou tendo uma quantidade elevada que pode aumentar o risco de
doença

Obesidade é definido como tendo um peso corporal não saudável podendo levar a um
conjunto variado de doenças como DCV, síndrome metabólico e diabetes 2

OBESIDADE EM CRIANÇAS
É prevista e calculada através de percentis

ATIVIDADE FÍSICA PARA CRIANÇAS


Um estilo de vida ativo em adultos = redução da incidência de várias doenças bem como
redução da mortalidade

É mais provável que uma criança ativa se torne um adulto ativo!

Logo

Em consequência do ponto de vista de saúde pública e medicina preventiva promover a


atividade física na infância e adolescência significa estabelecer uma base sólida para a redução
da prevalência do sedentarismo na idade adulta, contribuindo desta forma para uma melhor
qualidade de vida

30
Tiago Azinheirinha, Eduardo Dominguinhos & Gonçalo Mendonça | DCFST2 | 2020/2021
Resumos de APE III – Tudo Junto

PRÁTICA DE ATIVIDADE FÍSICA COMO FATOR POTENCIADOR DE VARIÁVEIS PSICOLÓGICAS E


RENDIMENTO ESCOLAR DE ALUNOS DO ENSINO PRIMÁRIO

- 531 alunos (Torres Novas, Entroncamento, Tomar)

- 1º ensino básico (3º e 4º ano)

- Escalão etário entre os 8 e os 10 anos de idade.

- Crianças com mais AF refletem um aumento dos níveis e autoconceito e autoestima,


melhorando o rendimento escolar

- Crianças com escalões de IMC mais baixos (peso abaixo ou adequado) apresentaram
resultados mais favoráveis

RELAÇÃO ENTRE ATIVIDADE FÍSICA, PROCESSOS COGNITIVOS E DESEMPENHO ACADÊMICO


ESCOLAR: REVISÃO DA LITERATURA ATUAL

Reloba, Chirosa & Reigal (2016) realizaram uma revisão de literatura sistemática sobre os
efeitos da AF nos processos cognitivos da criança (6 aos 12 anos). A prática de AF em crianças,
tem uma influência positiva sobre os efeitos cognitivos destas, nomeadamente ao nível da
aprendizagem. Verificaram também que parece existir uma forte relação entre bons níveis de
condição física e os níveis de atenção e concentração.

31
Tiago Azinheirinha, Eduardo Dominguinhos & Gonçalo Mendonça | DCFST2 | 2020/2021
Resumos de APE III – Tudo Junto

OBESIDADE EM PORTUGAL

PREVENÇÃO DA OBESIDADE INFANTIL


Prevenção primordial: Manter um peso saudável e um IMC normal durante toda a infância
Prevenção primária: Impedir que as crianças com excesso de peso se tornem obesas
Prevenção Secundária: Direcionada ao tratamento da Obesidade de modo a reduzir
comorbidades e, se possível, reverter. Incutir práticas saudáveis, como alimentação à base de
plantas e frutas. Incluir atividade física e estilo de vida ativo formam os pilares de programas
de prevenção.

EXERCÍCIO E OBESIDADE INFANTIL (6-8 ANOS) EM PORTUGAL

32
Tiago Azinheirinha, Eduardo Dominguinhos & Gonçalo Mendonça | DCFST2 | 2020/2021
Resumos de APE III – Tudo Junto

FITESCOLA
“O FITescola foi concebido para avaliar e educar crianças e adolescentes acerca da aptidão
física relacionada com a saúde, avaliando três componentes de aptidão física considerados
importantes pela sua estreita relação com a saúde em geral e com o bom funcionamento do
organismo”

Avaliação

Aptidão Aeróbia (Vaivém e Milha)

Composição Corporal (IMC, Perímetro de Cintura e Massa Gorda) –

Aptidão Neuromuscular (Abdominais, Flexões de Braços, Impulsão Horizontal e Vertical,


Velocidade 20m/40m, Flexibilidade Ombros e Flexibilidade dos Membros Inferiores)

AVALIAÇÃO E PRESCRIÇÃO DE EXERCÍCIO


ACSM
NASM

When it comes to program design for kids, physical activity can begin as early as preschool
(ages 3-5) and includes a variety of activities such as active play time at the park or in the
backyard. As a child develops (ages 6-17 years old), enjoyable, moderate-to-vigorous activities
for 60- minutes a day should be encouraged

 Running
 Jumping
 Biking

33
Tiago Azinheirinha, Eduardo Dominguinhos & Gonçalo Mendonça | DCFST2 | 2020/2021
Resumos de APE III – Tudo Junto
 Dancing
 Playing games
 Sports

It is important to note that while it is recommended for children to begin strength training,
kids between the ages of 6 to puberty should focus on body weight exercises which increase
their balance and stability and less on lifting heavy weights or power type movements.

 Pull-ups
 Push-ups
 Planks
 Single Leg Balance in front of a mirror
 Learning how to jump and land on 2 legs
 Learning how to jump and land on 1 leg

“Children with low technical competency should also be exposed to a range of activities that
enable the simultaneous development of other fitness qualities, such as coordination, speed,
power, agility, and flexibility”

EXERCISE TESTING
 - Exercise testing for clinical purposes is generally not indicated for children or
adolescents unless there is a health concern.
 - The exercise testing protocol should be based on the reason the test is being
performed and the functional capability of the child or adolescent.
 - Children and adolescents should be familiarized with the test protocol before testing
to minimize stress and maximize the potential for a successful test.
 - Treadmill and cycle ergometers should be available for testing. Treadmills tend to
elicit a higher peak oxygen uptake ( VO2peak) and maximal heart rate (HRmax). Cycle
ergometers provide less risk for injury but need to be correctly sized for the child or
adolescent.
 - Cardiorespiratory fitness (1-mi walk/run, progressive aerobic cv endurance run -
PACER)
 - Muscular fitness (curl-up, trunk lift, pull-ups, push-up)
 - Flexibility (Back-saver seat-and-reach, shoulder stretch)
 - Children and adolescents may require extra motivation and support during the test
compared to adults.

34
Tiago Azinheirinha, Eduardo Dominguinhos & Gonçalo Mendonça | DCFST2 | 2020/2021
Resumos de APE III – Tudo Junto

CONSIDERAÇÕES ESPECIAIS
• Children and adolescents who are overweight or physically inactive may not be able to
achieve 60 min · d−1 of moderate-to-vigorous intensity PA. These individuals should start out
with moderate intensity PA as tolerated and gradually increase the frequency and time of PA
to achieve the 60-min · d−1 goal. Vigorous intensity PA can then be gradually added at least 3 d
· wk−1

• Efforts should be made to decrease sedentary activities (i.e., television watching, Web
surfing, and playing video games) and increase activities that promote lifelong activity and
fitness (i.e., walking and cycling).

• Children and adolescents with diseases or disabilities such as asthma, diabetes mellitus,
obesity, cystic fibrosis, and cerebral palsy should have their Ex Rx tailored to their condition,
symptoms, and physical fitness level

PORQUE NOS DEVEMOS PREOCUPAR?


1º- Crianças com sobrepeso e obesas estarão mais propícias
a se tornarem obesas em idade adulta

2º- Tornar-se-á mais difícil para os novos adultos perderam o


“excesso” de peso quando já são obesas

Os seguintes pontos de intervenção são apoiados por um


conjunto de evidências com pelo menos um nível moderado
de força para ser eficaz na prevenção da obesidade infantil:

(i) As escolas são um cenário importante para


implementar programas de intervenção eficazes
e envolvimento do lar/família e comunidade;
(ii) (Melhorar o acesso às instalações de AF e escolhas saudáveis de alimentos, como
frutas e legumes, tanto na escola quanto em casa
(iii) O envolvimento do lar, dos pais e da família é importante.

MOTIVAÇÃO

A regulação integrada (ou seja, onde a AF reflete os valores de um indivíduo e objetivos mais
amplos) e identificada (ou seja, valorizar pessoalmente os benefícios de ser ativo) são
consideradas formas autônomas de motivação extrínseca. Por outro lado, a regulação
introjetada (ou seja, a participação da AF é impulsionada por pressões internas para evitar
culpa ou vergonha e aprimorar ou proteger o ego) e a regulação externa (ou seja, estar ativa
para obter recompensas baseadas no desempenho, cumprir com demandas / expectativas
evitar punições) são consideradas formas controladoras de motivação extrínseca.

35
Tiago Azinheirinha, Eduardo Dominguinhos & Gonçalo Mendonça | DCFST2 | 2020/2021
Resumos de APE III – Tudo Junto
Os resultados sugerem que intervenções para crianças que se concentram em se divertir
enquanto estão ativas e na criação de oportunidades de AF inerentemente satisfatórias e
agradáveis têm mais probabilidade de levar ao comportamento de AF do que intervenções
baseadas em educar as crianças sobre os benefícios de serem ativas. A satisfação das
necessidades psicológicas (em particular a autonomia) na AF foi fortemente associada à
motivação intrínseca e à regulação identificada, sugerindo possíveis fatores maleáveis que
poderiam ser direcionados em intervenções destinadas a aumentar a AF das crianças.

Os pais das crianças que aceitam o exercício como importante ou valioso para eles, praticam
mais seis minutos de atividade física por dia. Crianças cujos pais se exercitam devido a
demandas externas ou possível recompensa praticam quase três minutos a menos de
atividade física por dia As futuras intervenções de atividade física baseadas na família devem
se concentrar no aumento da motivação autônoma dos pais para se exercitar e evitar o uso de
controles externos ou coerção para motivar o comportamento

ESTUDOS RELACIONADOS
SIMILAR HEALTH BENEFITS OF ENDURANCE AND HIGHINTENSITY INTERVAL TRAINING IN
OBESE CHILDREN

Both the absolute (ET: 26.0%; HIT: 19.0%) and the relative VO2 peak (ET: 13.1%; HIT: 14.6%)
were significantly increased in both groups after the intervention. Additionally,

- Total time of exercise (ET: 19.5%; HIT: 16.4%) and the

- peak velocity during the maximal graded cardiorespiratory test (ET: 16.9%; HIT: 13.4%) were
significantly improved across interventions.

- Insulinemia (ET: 29.4%; HIT: 30.5%)

- HOMA-index (ET: 42.8%; HIT: 37.0%) were significantly lower for both groups at POST when
compared to PRE.

- Body mass was significantly reduced in the HIT (2.6%), but not in the ET group (1.2%).

- A significant reduction in BMI was observed for both groups after the intervention (ET: 3.0%;
HIT: 5.0%).

- HIT and ET were equally effective in improving important health related parameters in obese
yout

36
Tiago Azinheirinha, Eduardo Dominguinhos & Gonçalo Mendonça | DCFST2 | 2020/2021
Resumos de APE III – Tudo Junto
EFEITOS DO TREINO ENDURANCE E HIIT NOS PARÂMETROS CARDIORRESPIRATÓRIOS
(VO2PICO, VO2, TEMPO TOTAL TREINO, VELOCIDADE)

Cardiorespiratory Fitness in Childhood and Adolescence Affects Future Cardiovascular Risk


Factors: A Systematic Review of Longitudinal Studies

Although cardiorespiratory fitness (CRF) in childhood and adolescence may be linked to future
cardiovascular health, there is currently limited evidence for a longitudinal association. To
provide a systematic review on the prospective association between CRF in childhood and
adolescence and cardiovascular disease (CVD) risk factors at least 2 years later. Using a
systematic search of Medline, Embase, and SPORTDiscus, relevant articles were identified by
the following criteria: generally healthy children and adolescents between 3 and 18 years of
age with CRF assessed at baseline, and a follow-up period of ≥ 2 years. The outcome measures
were CVD risk factors. We appraised quality of the included articles with STROBE and QUIPS
checklists. After screening 7524 titles and abstracts, we included 38 articles, assessing 44,169
children and adolescents followed up for a median of 6 years. Eleven articles were of high
quality. There was considerable heterogeneity in methodology, measurement of CRF, and
outcomes, which hampered meta-analysis. In approximately half of the included articles higher
CRF in childhood and adolescence was associated with lower body mass index (BMI), waist
circumference, body fatness and lower prevalence of metabolic syndrome in later life. No
associations between CRF in childhood and adolescence and future waistto-hip ratio, blood
pressure, lipid profile, and glucose homeostasis were observed. Although about half of the
included articles reported inverse associations between CRF in childhood and adolescence and
future BMI, body fatness, and metabolic syndrome, evidence for other CVD risk factors was
unconvincing

37
Tiago Azinheirinha, Eduardo Dominguinhos & Gonçalo Mendonça | DCFST2 | 2020/2021
Resumos de APE III – Tudo Junto
STRATEGIES FOR PHYSICAL ACTIVITY INTERVENTION IN YOUTH

TELEVISION VIEWING AND CHANGE IN BODY FAT FROM PRESCHOOL TO EARLY


ADOLESCENCE: THE FRAMINGHAM CHILDREN'S STUDY

To prospectively examine the relation between television watching and body fat change in
children from preschool to early adolescence.|In a longitudinal study, 106 children were
enrolled during preschool years (mean age 4.0 y) and followed into early adolescence (mean
age 11.1 y). Parents completed an annual questionnaire on the child's television and video
habits. Body mass index (BMI), triceps skinfolds, and sum of five skinfolds were recorded
yearly at annual clinic visits. Longitudinal statistical analyses were carried out using mixed
modeling procedures to control for potential confounding by a number of factors.|Television
watching was an independent predictor of the change in the child's BMI, triceps, and sum of
five skinfolds throughout childhood. Its effect was only slightly attenuated by controlling for
the baseline body fat, level of physical activity (as measured repeatedly by Caltrac
accelerometer), percent of calories from fat, total calorie intake, or the parents' BMI or
education. By age 11, children who watched 3.0 h or more of television per day had a mean
sum of skinfolds of 106.2 mm, compared with a mean sum of skinfolds of 76.5 mm for those
who watched less than 1.75 h per day (P=0.007). Furthermore, the adverse effect of television
viewing was worse for those children who were also sedentary or had a higher-fat
diet.|Children who watched the most television during childhood had the greatest increase in
body fat over time. Healthy lifestyle education designed to prevent obesity and its
consequences should target television-watching habits of children

38
Tiago Azinheirinha, Eduardo Dominguinhos & Gonçalo Mendonça | DCFST2 | 2020/2021
Resumos de APE III – Tudo Junto
Effect of a family-based intervention on electronic media use and body composition
among boys aged 8–11 years: a pilot study

This study measured the effect of a 20-week, family-centered electronic media intervention on
electronic media use, body composition (dualenergy X-ray absorptiometry; DXA), physical
activity and dietary behaviors in boys. Twenty-two boys were assigned and 21 were analyzed
in an experimental or control group. Boys in the experimental group set electronic media use
goals and used TV Allowance™ device and ENUFF® software to reduce electronic media use.
Data were collected at baseline, 10 weeks and 20 weeks. Interactions were found in daily
electronic media use and DXA. At 10 weeks, step counts increased by 543 steps per day in the
experimental group and decreased by 340 steps per day in the controls. Steps in both groups
were higher at 20 weeks. Meals or snacks eaten while using electronic media decreased in the
experimental group only. In conclusion, a family-centered electronic media intervention may
reduce electronic media use and contribute to desirable changes in body composition.

BENEFÍCIOS DA AF EM CRIANÇAS/ADOLESCENTES
Os benefícios gerais da prática de exercício físico/desporto nas crianças e jovens podem ser
traduzidos nos seguintes: (Sallis & Massimino, 1997; Nieman, 1997; Micheli & Purcell, 2007;
Bailey & Stafford, 2011; Sallis et al., 2012)

• Prevenção de doenças cardiovasculares; • Regulação e controlo da pressão arterial elevada;


• Melhoria da composição corporal; • Regulação e controlo do excesso de peso e da
obesidade; • Melhoria da capacidade de realizar tarefas motoras básicas (aumento da
disponibilidade motora); • Maior facilidade e eficiência em realizar determinadas tarefas
motoras e desportivas; • Melhoria dos resultados dos testes físicos aplicados nas escolas (ex.:
no Fitnessgram do Cooper Institute for Aerobics Research (2002)

• Possível prevenção de lesões; • Desenvolvimento de posturas corretas, desde cedo; •


Melhoria da força e flexibilidade; • Melhoria da cognição, concentração e memória; •
Promoção da convivência em grupo; • Melhoria da coordenação e equilíbrio, desde cedo
(agilidade, ritmicidade, orientação espacial…); • Melhoria da autoconfiança e da autoestima
(efeito psicológico); • Criação de um efeito psicológico positivo: diminuição do stress e
ansiedade, melhoria do humor, prevenção e regulação de estados depressivos, divertimento e
bem-estar; • Implementação da disciplina e do respeito pelos outros; • Estabelecimento de
objetivos pessoais; • Estabelecer o exercício físico como um interesse a manter ao longo da
vida, habituando a um estilo de vida saudável

39
Tiago Azinheirinha, Eduardo Dominguinhos & Gonçalo Mendonça | DCFST2 | 2020/2021
Resumos de APE III – Tudo Junto
Idade Pré escolar: Fornecer educação nutricional aos pais e crianças, a fim de desenvolver
práticas alimentares saudáveis, oferecer preferências alimentares saudáveis: degustação de
alimentos.

Infância: monitorizar o peso e a altura, prevenindo a adiposidade pré-púber excessiva,


fornecendo aconselhamento nutricional e dar ênfase na atividade física diária.

Adolescência: prevenir o aumento de peso após o “pulo” no crescimento, manter um


comportamento alimentar saudável e reforçar a necessidade de realizar exercício diário

40
Tiago Azinheirinha, Eduardo Dominguinhos & Gonçalo Mendonça | DCFST2 | 2020/2021
Resumos de APE III – Tudo Junto

ATIVIDADE FÍSICA E EXERCÍCIO DURANTE A GRAVIDEZ E NO


PERÍODO PÓS-PARTO
A atividade física na gravidez tem riscos mínimos e foi demonstrado que beneficia a maioria das
mulheres, embora possam ser necessárias algumas modificações nas rotinas de exercício devido
a alterações anatómicas e fisiológicas normais e exigências fetais. As mulheres com gravidezes
sem complicações devem ser encorajadas a realizar exercícios aeróbios e de treino de força,
antes, durante e após a gravidez.

Os ginecologistas / obstetras, e outros prestadores de cuidados de saúde devem avaliar


cuidadosamente as mulheres com complicações médicas ou obstétricas antes de fazerem
recomendações sobre a prática de atividade física durante a gravidez. Embora frequentemente
prescrito, o repouso na cama é raramente indicado e, na maioria dos casos, deve ser considerada
a possibilidade de se movimentarem.

A atividade física regular durante a gravidez melhora ou mantém a aptidão física, ajuda a
controlar o peso, reduz o risco de diabetes gestacional em mulheres obesas, e aumenta o bem-
estar psicológico.

Um programa de exercício que conduza a um eventual objetivo de exercício de intensidade


moderada de pelo menos 20-30 minutos por dia, na maioria ou em todos os dias da semana,
deve ser desenvolvido com a mulher e ajustado conforme indicação médica.

RECOMENDAÇÕES
A atividade física regular em todas as fases da vida, incluindo a gravidez, promove benefícios
para a saúde. A gravidez é um período ideal para manter ou adotar um estilo de vida saudável,
e o Colégio Americano de Obstetras e Ginecologistas faz as seguintes recomendações:

 A atividade física na gravidez tem riscos mínimos e foi demonstrado que beneficia a
maioria das mulheres, embora possam ser necessárias algumas modificações nos
programas de exercício, devido a alterações anatómicas e fisiológicas normais e
exigências fetais.
 Deve ser realizada uma avaliação clínica completa antes de se recomendar um programa
de exercício, de forma a garantir que a grávida não tem nenhuma razão médica para
evitar o exercício.
 As mulheres com gravidezes sem complicações devem ser encorajadas a realizar
exercícios aeróbios e de treino de força, antes, durante e após a gravidez.

41
Tiago Azinheirinha, Eduardo Dominguinhos & Gonçalo Mendonça | DCFST2 | 2020/2021
Resumos de APE III – Tudo Junto
 Os ginecologistas / obstetras e outros prestadores de cuidados de saúde devem avaliar
cuidadosamente as mulheres com complicações médicas ou obstétricas antes de
fazerem recomendações sobre a prática de atividade física durante a gravidez. Embora
frequentemente prescrito, o repouso na cama é raramente indicado e, na maioria dos
casos, deve ser considerada a possibilidade de mobilidade.
 A atividade física regular durante a gravidez melhora ou mantém a aptidão física, ajuda
a controlar o peso, reduz o risco de diabetes gestacional em mulheres obesas, e melhora
o bem-estar psicológico.
 É necessário realizar mais investigação para estudar os efeitos do exercício sobre os
resultados específicos da gravidez e para esclarecer os métodos de aconselhamento
comportamental mais eficazes, bem como a intensidade e frequência de exercício
ideais. É necessário um trabalho semelhante de forma a criar uma melhor base de
evidência sobre os efeitos da atividade física laboral na saúde materno-fetal.

42
Tiago Azinheirinha, Eduardo Dominguinhos & Gonçalo Mendonça | DCFST2 | 2020/2021
Resumos de APE III – Tudo Junto

43
Tiago Azinheirinha, Eduardo Dominguinhos & Gonçalo Mendonça | DCFST2 | 2020/2021
Resumos de APE III – Tudo Junto

ASPETOS ANATÓMICOS E FISIOLÓGICOS DO EXERCÍCIO NA GRAVIDEZ


A gravidez provoca alterações anatómicas e fisiológicas que devem ser consideradas na
prescrição de exercício.

As alterações que mais se destacam durante a gravidez são:

 Aumento de ganho de peso;


 Alteração no centro de gravidade que resulta numa lordose progressiva.

Essas alterações levam a um aumento das forças aplicadas nas articulações e na coluna vertebral
durante o exercício com suporte do peso do corpo. Como resultado, mais de 60% de todas as
mulheres grávidas sentem dor lombar. O fortalecimento dos músculos abdominais e das costas
poderá minimizar este risco.

Posturas sem movimento, tais como certas posições da ioga e em decúbito dorsal, podem
resultar numa diminuição do retorno venoso e hipotensão em 10-20% de todas as mulheres
grávidas, devendo ser evitadas tanto quanto possível.

Na gravidez, ocorrem também profundas alterações respiratórias. A ventilação por minuto


aumenta até 50%, principalmente como resultado do aumento do volume corrente. Por causa
de uma diminuição fisiológica da reserva pulmonar, a capacidade para realizar exercício
anaeróbio é prejudicada, e a disponibilidade de oxigénio para o exercício aeróbio intenso e para
o aumento da carga de esforço, atrasa-se consistentemente.

Foi demonstrado que o treino aeróbio durante a gravidez aumenta a capacidade aeróbia de
mulheres grávidas com peso normal e com excesso de peso.

RESPOSTA FETAL AO EXERCÍCIO MATERNO


A maioria dos estudos sobre a resposta fetal ao exercício materno focou-se nas alterações da
frequência cardíaca fetal e no peso ao nascer. Os estudos demonstraram aumentos mínimos a
moderados da frequência cardíaca fetal de 10-30 batimentos por minuto acima do nível basal,
durante ou após o exercício.

44
Tiago Azinheirinha, Eduardo Dominguinhos & Gonçalo Mendonça | DCFST2 | 2020/2021
Resumos de APE III – Tudo Junto

BENEFÍCIOS DO EXERCÍCIO DURANTE A GRAVIDEZ


Estudos observacionais com mulheres que praticaram exercício durante a gravidez
demonstraram benefícios, tais como:

A diminuição de DMG, de cesariana e de parto vaginal instrumental, e no tempo de recuperação


pós-parto, apesar da evidência decorrente de ensaios clínicos randomizados ser limitada.

Nas situações em que as mulheres apresentam dor lombar, o exercício na água é uma excelente
alternativa.

Os Estudos têm mostrado que o exercício durante a gravidez pode diminuir os níveis de glicose
em mulheres com DMG, ou ajudar a prevenir a pré-eclâmpsia. O exercício tem demonstrado
apenas uma diminuição modesta no total do ganho de peso (1-2 kg) de mulheres com peso
normal, excesso de peso e obesidade.

PRESCREVER UM PROGRAMA INDIVIDUALIZADO DE EXERCÍCIO


Os princípios da prescrição de exercício para mulheres grávidas não diferem daqueles para a
população em geral.

Deve ser realizada uma avaliação clínica completa antes de se recomendar um programa de
exercício, de forma a assegurar que a mulher não tem razões médicas para evitar o exercício.

Um programa de exercício que conduza a um eventual objetivo de exercício de intensidade


moderada de pelo menos 20-30 minutos por dia, na maioria ou em todos os dias da semana,
deve ser desenvolvido com a mulher e ajustado conforme indicação médica. As mulheres com
gestações sem complicações devem ser encorajadas a envolver-se em atividades físicas antes,
durante e após a gravidez.

Como foram registadas respostas normais e atenuadas de frequência cardíaca, em mulheres


grávidas, a utilização de escalas de perceção de esforço pode ser uma forma mais efetiva de
monitorização da intensidade do exercício durante a gravidez, do que os parâmetros de
frequência cardíaca. Para o exercício de intensidade moderada, o nível de perceção do esforço
deve ser 13-14 (um pouco difícil) entre 6-20 da escala de perceção de esforço de Borg. A
utilização do "teste da fala" é outra forma de medição do esforço. Se uma mulher conseguir
manter uma conversa enquanto pratica exercício, é mais provável que não ultrapasse o seu nível
de esforço. As mulheres devem ser aconselhadas a manterem-se bem hidratadas, a evitar longos

45
Tiago Azinheirinha, Eduardo Dominguinhos & Gonçalo Mendonça | DCFST2 | 2020/2021
Resumos de APE III – Tudo Junto
períodos na posição de decúbito dorsal, e a parar o exercício caso ocorra algum dos sinais de
aviso.

As mulheres grávidas que eram sedentárias antes da gravidez, devem seguir uma progressão
mais gradual de exercício. Apesar de não ter sido estabelecido um nível superior de
intensidade de exercício seguro, as mulheres que eram praticantes regulares antes da gravidez
e que têm gravidezes saudáveis e sem complicações, devem ser capazes de se envolver em
programas de exercício de alta intensidade, tais como, corrida e aeróbica, sem efeitos
adversos.

O exercício de alta intensidade ou o exercício prolongado que exceda 45 minutos, pode


conduzir a hipoglicemia; por conseguinte, um aporte calórico adequado antes do exercício, ou
a limitação da duração da sessão de exercício, é essencial para minimizar esse risco.

O exercício prolongado deve ser realizado em ambiente de termoneutralidade ou com


condições ambientais controladas (ar condicionado), com especial atenção dedicada a uma
hidratação e ingestão calórica adequadas.

EXERCÍCIO NO PERÍODO PÓS-PARTO


O período pós-parto é um momento oportuno para que os ginecologistas / obstetras e outros
profissionais de saúde possam iniciar, recomendar e reforçar um comportamento de estilo de
vida saudável.

Retomar as atividades de exercício ou incorporar novas rotinas de exercício após o parto, é


importante para adotar hábitos saudáveis ao longo da vida. Vários relatórios indicam que o
nível de participação das mulheres em programas de exercício, diminui após o parto,
frequentemente levando ao excesso de peso e obesidade. Os programas de exercício podem
ser retomados gradualmente após a gravidez, assim que for clinicamente seguro, dependendo
do tipo de parto, vaginal ou cesariana, e a presença ou ausência de complicações médicas ou
cirúrgicas.

46
Tiago Azinheirinha, Eduardo Dominguinhos & Gonçalo Mendonça | DCFST2 | 2020/2021
Resumos de APE III – Tudo Junto
Algumas mulheres são capazes de retomar as atividades físicas em poucos dias após o parto.

Na ausência de complicações médicas ou cirúrgicas, não foram encontrados efeitos adversos


relativamente à rápida retoma destas atividades. Os exercícios do pavimento pélvico podem
ser iniciados imediatamente após o parto. Foi demonstrado que o exercício aeróbio regular em
mulheres lactantes, melhorou a aptidão cardiovascular materna sem afetar a produção de
leite, a sua composição, ou o crescimento do bebé.

As mulheres que amamentam devem considerar a alimentação dos seus bebés antes do
exercício, de forma a evitar o desconforto da mama inchada durante o exercício. As mulheres a
amamentar também devem garantir uma hidratação adequada antes de começar a atividade
física.

PPT DAS AULAS


EXERCÍCIO FÍSICO NA GRAVIDEZ E PÓS-PARTO
Benefícios da atividade Física

População adulta aparentemente saudável e populações especiais:

• Participação regular em atividade física de intensidade moderada (3 a 6 METs) =


PRINCÍPIOS DO TREINO;
• Estão também estabelecidos limites de carga mecânica saudável ( 2 BW) = EFEITO
OSTEOGÉNICO;
• Evidências científicas da prescrição do exercício como prevenção e terapia de vários
problemas de saúde.

Benefícios do exercício na gravidez e no pós-parto

• Vários estudos suportam os benefícios da atividade física/exercício na gravidez e pós-


parto;
• Um programa de exercício específico durante a gravidez pode promover o controlo do
peso, prevenir a diabetes gestacional, promover uma boa postura, diminuir a
lombalgia e dor pélvica, assim como diminuir a incontinência urinaria e aumentar a
capacidade funcional, além da depressão e recuperação pós-parto.

Benefícios do exercício na gravidez e no pós-parto

• Redução da fadiga e aumento do vigor;


• Melhoria do estado de humor e acuidade mental;
• Melhoria da condição física (e funcionalidade);
• Promoção do retorno ao peso pré-gravidez;
• Diminuição do risco de desenvolvimento de futuras condições de saúde crónicas;
• Promoção de importantes interações sociais para a mãe.

POPULAÇÃO ALVO
Problema?

47
Tiago Azinheirinha, Eduardo Dominguinhos & Gonçalo Mendonça | DCFST2 | 2020/2021
Resumos de APE III – Tudo Junto
• Tempo passado em atividades sedentárias e inatividade física = problema de saúde
pública, para a grávida, a gravidez, o feto, ao longo da vida.
• Informação sobre o tema
- Grávida;
- Profissionais de saúde;
- Profissionais do exercício.

Estratégias de um estilo de vida ativo durante a gravidez:

• ATIVIDADE FÍSICA;
• EXERCÍCIO;
• DESPORTO.

População Alvo (4-1): Gravidez Saudável

Importante distinguir as fases da gravidez:

 1º trimestre (1-13 semanas);


 2º trimestre (14-27 semanas);
 3º trimestre (28-38/42 semanas); preparação para o parto;
 15 dias e 1 mês pós-parto;
 Fase de amamentação.

Importante distinguir os níveis e experiência de prática de exercício e estilo de vida:

• Grávida sedentária;
• Grávida ativa;
• Grávida atleta;
• Grávida com excesso de peso / obesidade ou outra condição clínica.

População-alvo: (4 x 4 em 1?)

PRINCIPAIS ADAPTAÇÕES FISIOLÓGICAS E BIOMECÂNICAS DURANTE A


GRAVIDEZ E PÓS-PARTO
Principais adaptações na grávida

Sistema Cardiovascular:

• Aumento da frequência cardíaca;


• Aumento da FC repouso (cerca de 15 bpm);
• Diminuição da PA

Sistema Respiratório:

• Aumento da frequência respiratória;


• Aumento do consumo de O2 para a realização de uma respiração.

Sistema Endócrino:

• Diminuição da sensibilidade à insulina e hiperinsulinémia.

Sistema Músculo-esquelético:

48
Tiago Azinheirinha, Eduardo Dominguinhos & Gonçalo Mendonça | DCFST2 | 2020/2021
Resumos de APE III – Tudo Junto
• Aumento da relaxina e progesterona = hipermobilidade articular;
- Implicações na flexibilidade, estabilidade e risco de lesões.
• Alterações na postura e equilíbrio (aumento do peso, aumento do útero, alongamento
excessivo da parede abdominal e aumento da mama);
• Alteração do CM, curvaturas da coluna, padrão de marcha.

Alterações psicológicas:

• Depressão;
• Ansiedade.

Sintomas relacionados com a gravidez:

RECOMENDAÇÕES PARA A ATIVIDADE FÍSICA NA GRAVIDEZ E PÓS-PARTO


 A atividade física na gravidez tem riscos mínimos e foi demonstrado que beneficia a
maioria das mulheres, embora possam ser necessárias algumas modificações nos

49
Tiago Azinheirinha, Eduardo Dominguinhos & Gonçalo Mendonça | DCFST2 | 2020/2021
Resumos de APE III – Tudo Junto
programas de exercício, devido a alterações anatómicas e fisiológicas normais e
exigências fetais.
 Deve ser realizada uma avaliação clínica completa antes de se recomendar um programa
de exercício, de forma a garantir que a grávida não tem nenhuma razão médica para
evitar o exercício.
 As mulheres com gravidezes sem complicações devem ser encorajadas a realizar
exercícios aeróbios e de treino de força, antes, durante e após a gravidez.
 Os ginecologistas / obstetras e outros prestadores de cuidados de saúde devem avaliar
cuidadosamente as mulheres com complicações médicas ou obstétricas antes de
fazerem recomendações sobre a prática de atividade física durante a gravidez. Embora
frequentemente prescrito, o repouso na cama é raramente indicado e, na maioria dos
casos, deve ser considerada a possibilidade de mobilidade.
 A atividade física regular durante a gravidez melhora ou mantém a aptidão física, ajuda
a controlar o peso, reduz o risco de diabetes gestacional em mulheres obesas, e melhora
o bem-estar psicológico.
 Mínimo de 150 minutos /semana atividade aeróbia de intensidade moderada.
 Mulheres ativas podem manter ou adaptar sua rotina de exercícios entre 4 e 5 vezes na
semana em sessões de 30 minutos ou mais de exercícios.
 Mulheres previamente sedentárias devem começar com 15 minutos de exercício
aeróbico 3 vezes por semana e aumentar gradativamente o tempo de exercícios. Por
exemplo, acrescentar 5 minutos por semana até o recomendado de 150 minutos de
exercício aeróbico por semana ou 30 minutos de exercício 5 vezes na semana.
 Devem ser evitados exercícios por períodos prolongados (além de 60 minutos
contínuos).

Atividades seguras

As seguintes atividades são seguras para iniciar ou continuar:

• Caminhar;
• Nadar;
• Bicicleta estacionária;
• Aeróbica de baixo impacto;
• Yoga (modificada);
• Pilates (modificado);
• Corrida ou jogging;

50
Tiago Azinheirinha, Eduardo Dominguinhos & Gonçalo Mendonça | DCFST2 | 2020/2021
Resumos de APE III – Tudo Junto
• Desportos com raquetes;
• Treino de força.

Atividades a evitar:

As seguintes atividades devem ser evitadas:

• Desportos com contacto (e.g., hóquei no gelo, boxe, futebol e basquetebol);


• Atividades com alto risco de queda (e.g., esqui na neve downhill, esqui aquático, surf,
bicicleta todo-o-terreno, ginástica e equitação);
• Mergulho;
• Sky diving;
• “Hot yoga” e “hot Pilates”

Mulheres grávidas devem evitar desportos de contacto e desportos/atividades que possam


causar perda de equilíbrio ou trauma na mãe ou no feto (ex.: futebol, basquetebol, hóquei,
patinagem, esqui, equitação, mergulho e desportos de raquete).

Principais recomendações para o exercício durante a gravidez (SOGC)

• Deverão ser esclarecidas que a prática de atividade física não aumenta os riscos que
decorrem da gravidez.
• Deverão ser avisadas que a realização de exercícios de fortalecimento dos músculos do
pavimento pélvico no período pós-parto pode reduzir o risco de incontinência urinária
futura.
• Deverão ser informadas que a atividade física de intensidade ligeira a moderada durante
a lactação não afeta negativamente o leite.

51
Tiago Azinheirinha, Eduardo Dominguinhos & Gonçalo Mendonça | DCFST2 | 2020/2021
Resumos de APE III – Tudo Junto
• Algumas das alterações fisiológicas e morfológicas persistem 4 a 6 semanas depois do
parto.

Considerações especiais para o exercício durante a gravidez (ACSM, 2018)

• Mulheres grávidas com obesidade severa e/ou diabetes gestacional ou hipertensão,


devem consultar o médico antes de iniciar um programa de Exercício, e ter a sua
prescrição de exercício ajustada à sua condição clínica, sintomas, e nível de condição
física;
• Evitar a realização da manobra de Valsalva durante o Exercício, bem como ações
musculares isométricas;
• São recomendados exercícios de Kegel / fortalecimento do pavimento pélvico, de forma
a diminuir o risco de incontinência.
• Normalmente, o Exercício gradual no período pós-parto pode começar cerca de 4-6
semanas após um parto vaginal ou cerca de 8-10 semanas após um parto por cesariana
(com consentimento médico).

2019 Linhas orientadoras Canadianas para a atividade física durante a gravidez

1. Todas as mulheres sem contraindicações devem ser fisicamente ativas ao longo da


gravidez
• previamente inativas;
• diagnosticadas com diabetes gestacional;
• excesso de peso ou obesidade.

2. As mulheres grávidas devem acumular pelo menos, 150 min semanais de atividade
física de intensidade moderada, de forma a atingir benefícios de saúde clinicamente
significativos e reduzir complicações da gravidez.
3. A atividade física deve ser acumulada, no mínimo, 3 dias por semana, no entanto, é
encorajado ser ativa diariamente.
4. Realizar uma variedade de exercício aeróbio, de resistência de força, além de yoga e
alongamento.
5. Realizar treino do pavimento pélvico de forma a prevenir incontinência urinária.
6. Em caso de desconforto (tontura, náusea, coluna) modificar a posição dos exercícios,
evitando a posição supino.

52
Tiago Azinheirinha, Eduardo Dominguinhos & Gonçalo Mendonça | DCFST2 | 2020/2021
Resumos de APE III – Tudo Junto

Recomendações práticas:

• Suporte mamário, roupa e calçado adequados;


• Posição e deslocamentos (variação);
• Intensidade e habilidade;
• Suporte do peso do corpo / peso do corpo suportado;
• WC e ambiente (poluição, água, etc.);
• Segurança (quedas);
• Repouso e sono;
• Estilo de vida (alimentação e stress);
• Acompanhamento médico / clínico;
• Supervisão por profissional de exercício físico;
• Nutrição = 1h antes do exercício (evitar cetose).

Avaliação e prescrição do exercício na gravidez e pós-parto

53
Tiago Azinheirinha, Eduardo Dominguinhos & Gonçalo Mendonça | DCFST2 | 2020/2021
Resumos de APE III – Tudo Junto

AVALIAÇÃO CLÍNICA
Contraindicações para o exercício na gravidez e pós-parto

Contraindicações para o exercício durante a gravidez (AGOC)

Absolutas

 Doença cardíaca hemodinamicamente significativa;


 Doença pulmonar restritiva;
 Cérvix incompetente / cerclage;
 Gestação múltipla com risco de parto pré-termo;
 Perdas de sangue persistentes nos 2.º e 3.º trimestres;
 Placenta prévia após 26 semanas de gestação;

54
Tiago Azinheirinha, Eduardo Dominguinhos & Gonçalo Mendonça | DCFST2 | 2020/2021
Resumos de APE III – Tudo Junto

 Trabalho de parto pré-termo na presente gravidez;


 Rutura de membranas;
 Hipertensão induzida pela gravidez.

Relativas

 Anemia severa;
 Arritmia cardíaca materna não diagnosticada;
 Bronquite crónica;
 Diabetes tipo II mal controlada;
 Obesidade mórbida extrema;
 Baixo peso extremo (IMC <12);
 História de estilo de vida extremamente sedentária;
 Atraso no crescimento intrauterino na gravidez corrente;
 Hipertensão / pré-eclâmpsia mal controlada;
 Limitações ortopédicas;
 Doença da tiróide mal controlada;
 Fumadora (muito).

Razões para parar o exercício durante a gravidez (ACSM)

 Sangramento vaginal;
 Dispneia antes da exaustão;
 Tonturas;
 Dores de cabeça;
 Dores no peito;
 Fraqueza muscular;
 Tromboflebite (inchaço, dor e vermelhidão nas pernas);
 Trabalho de parto pré-termo;
 Diminuição dos movimentos fetais;
 Perda de líquido amniótico.

Outros fatores que poderão restringir o exercício durante a gravidez (ACSM)

 Inchaço repentino de tornozelos, mãos e face;


 Perdas momentâneas ou perturbações da visão;

55
Tiago Azinheirinha, Eduardo Dominguinhos & Gonçalo Mendonça | DCFST2 | 2020/2021
Resumos de APE III – Tudo Junto

 Aumento da FC ou da PA, persistente após o exercício;


 Fadiga excessiva, palpitações ou dor de peito;
 Contrações persistentes;
 Insuficiente ganho de peso;
 Gestação múltipla;
 Dores abdominais sem causa aparente.
 Hipertensão crónica ou problemas da tiróide;
 Doença cardiovascular, arritmias cardíacas ou taquicardia;
 Doença pulmonar;
 Diabetes ou obesidade excessiva;
 Anemia;
 Náuseas e vómitos persistentes;
 Dificuldade em andar;
 Fortes dores lombares ou púbicas;
 Compressões nervosas ou dormência.

Precauções de segurança (CSEP 2019)

 Evitar atividade física em ambiente excessivamente quente, especialmente com elevada


humidade;
 Evitar atividades que envolvam contacto físico ou perigo de queda;
 Evitar atividades de mergulho;
 Mulheres que vivem ao nível do mar (i.e., abaixo dos 2500 m) devem evitar atividade
física em altitude elevada (acima de 2500 m). As grávidas que pretendem realizar
atividade física nessas altitudes devem procurar supervisão médica por um profissional
com conhecimento sobre o impacto da altitude elevada na saúde materna e fetal;
 As grávidas que pretendem participar em competições desportivas ou realizar atividade
física significativamente acima das recomendações devem procurar supervisão médica
por um profissional com conhecimento sobre o impacto da atividade física de elevada
intensidade na saúde materna e fetal;
 Manter uma nutrição e hidratação adequadas – beber água antes, durante e após a
atividade física;
 Conhecer as razões para parar a atividade física e em caso de ocorrência, consultar
imediatamente um profissional de saúde qualificado.

56
Tiago Azinheirinha, Eduardo Dominguinhos & Gonçalo Mendonça | DCFST2 | 2020/2021
Resumos de APE III – Tudo Junto

AVALIAÇÃO PRÉ-EXERCÍCIO NA GRAVIDEZ


 Conhecer a grávida e a gravidez (opinião médica e autoperceção de saúde);
 Idade;
 Número de gestações anteriores e se foram a termo;
 Se não foram a termo (abortos), saber quais as razões;
 Existência de restrições de ordem física;
 Consentimento médico (e se conhece as contraindicações para a AF);
 Atividade profissional e atividade física;
 Motivações e objetivos para o Exercício;
 Experiência com a atividade física em causa;
 Prescrição do Exercício (adaptação das atividades e intensidade);
 Utilização do PARmed-X for Pregnancy como meio de avaliação inicial e controlo;
 Plano de treino com variação e progressão de exercícios.

Padrão de atividade e volume

1. Pedómetros ou acelerómetros

Equipamentos básicos de baixo custo que permitem conhecer os padrões de atividade física
e/ou volume.

2. Questionários
 7- day PAR - 7-day Physical Activity Recall interview;
 PPAQ - Pregnancy Physical Activity Questionnaire.

Objetivos de treino

Para estabelecer objetivos realistas e promover a adesão ao exercício é necessário saber:

 Quais são as principais motivações para o exercício durante a gravidez?


 Quais são as preferências das mulheres em relação ao exercício?
 Quais podem ser as principais barreiras e facilitadores?
 Quais as estratégias para aumentar a aderência ao exercício?

Pós-parto

 • Alterações fisiológicas e morfológicas da gravidez persistem 4-6 semanas pósparto


(PP).
 Pós-parto inclui vários períodos:

57
Tiago Azinheirinha, Eduardo Dominguinhos & Gonçalo Mendonça | DCFST2 | 2020/2021
Resumos de APE III – Tudo Junto
 Período no hospital
 Pós-parto imediato (desde alta hospitalar até 6 semanas)
 Pós-parto tardio (6 semanas a 1 ano, correspondendo ao términus da amamentação);
 Linha Orientadora sobre Atividade Física da OMS (18-64 anos);
 Mulheres no pós-parto poderão necessitar de cuidados extra e de aconselhamento
médico, antes de corresponderem às recomendações sobre AF;
 Questões específicas: TIPO DE PARTO, RECUPERAÇÃO (adaptações), AMAMENTAÇÃO,
TRANSIÇÃO, RETOMAR AF.

AVALIAÇÃO DA CONDIÇÃO FÍSICA NA GRAVIDEZ E PÓS-PARTO


Embora não seja prejudicial, e caso a grávida (praticante ou atleta) o deseje e o solicite (por
questões de motivação ou educação) uma avaliação extensiva da condição física durante a
gravidez só deve ser realizada por razões médicas ou com propósitos de investigação (ACSM,
2017).

Equacionar custo-benefício em termos de tempo e significado, tendo em conta as adaptações


físicas ao longo da gravidez e objetivos.

Focar nas avaliações básicas:

 Efeito do programa de exercício;


 Avaliação do estado de CF;
 Ajustar o plano de prescrição do exercício.

Avaliação da Condição Física (seleção de testes)

Objetivos da cliente:

 Objetivos da investigação em ciências do desporto / saúde;


 Alterações anatómicas e músculo-esqueléticas (Fitzgerald and Segal 2016).

Validação / Fiabilidade:

 Disponibilidade / Custo (ex. Lab. Biomecânia, bioimpedância);


 Competência, conhecimento e experiência (Médico / Enfermeiro / Fisioterapeuta /
Psicólogo / Fisiologista do Exercício).

AVALIAÇÃO DA CONDIÇÃO FÍSICA NA GRAVIDEZ


Estimação da Frequência Cardíaca Máxima:

58
Tiago Azinheirinha, Eduardo Dominguinhos & Gonçalo Mendonça | DCFST2 | 2020/2021
Resumos de APE III – Tudo Junto
 FCmax = 192 – (0.007 x idade2 )

Medição da Frequência Cardíaca em repouso e de treino:

 Através da pulsação ou monitor de frequência cardíaca •

Pressão Arterial

Testes de aptidão física

Teste Submáximo – avaliação VO2máx

Realizado na passadeira ou em cicloergómetro, onde o risco de lesão é baixo, a monitorização


é fácil e os exercícios requerem movimentos de base.

A equação determinada para gestantes foi desenvolvida utilizando-se um protocolo Balke


modificado na passadeira:

VO2peak = (0.055 x peak HR in bpm) + (0.381 x incline in percent) + (5.541 x speed in mph) +
(-0.090 x BMI in kg/m2) – 6.846

Walking Test

A grávida caminha 1,6 km (1 milha) o mais rápido possível numa superfície plana. A FC é obtida
no último minuto da caminhada.

O VO2máx é estimado usando a seguinte equação de regressão:

VO2max (mL/kg/min) = 132.853 – (0.1692 x body mass in kg) – (0.3877 x age in years) -
(3.2649 x time in min) – (0.1565 x HR)

Teste da caminhada de 6 min

Neste teste a mulher grávida é avaliada como a maior distância que pode andar num intervalo
de tempo de 6 minutos.

Para estimar o VO2max usamos a seguinte equação:

59
Tiago Azinheirinha, Eduardo Dominguinhos & Gonçalo Mendonça | DCFST2 | 2020/2021
Resumos de APE III – Tudo Junto
VO2max (mL/kg/min) = (0.02 x distance in m) – (0.191 x age in years) – (0.07 x body mass in
kg) + (0.09 x height in cm) + (0.26 x RPP x 10-3) + 2.45; where RPP = ratepressure product: HR
x SBP in mm Hg; SEE = 2.68 mL/kg/min.

Classificação da aptidão cardiorrespiratória (VO2 max)

Testes de Força e Flexibilidade

Não existem testes específicos para uma avaliação da aptidão muscular (força muscular e de
resistência, e flexibilidade) embora estas componentes da aptidão física relacionada com a
saúde são contempladas nas orientações para o exercício durante a gravidez.

A mesma situação ocorre nas componentes de aptidão relacionadas com as habilidades


motoras (agilidade, coordenação e equilíbrio).

No entanto, o objetivo principal de um programa de exercício pré-natal é promover a saúde


materno-fetal, em vez de maximizar o desempenho físico.

Testes de força

Teste de preensão manual estática

Depois de ajustar o aperto, a mulher detém o dinamómetro em linha com o antebraço no nível
da coxa, longe do corpo, sem tocar o corpo ou qualquer outro objeto. Em seguida, aperta o
aparelho o mais forte possível, duas vezes com cada mão.

60
Tiago Azinheirinha, Eduardo Dominguinhos & Gonçalo Mendonça | DCFST2 | 2020/2021
Resumos de APE III – Tudo Junto
A pontuação é a mais alta das duas leituras com cada mão (por exemplo, 58-62 seria uma boa
pontuação para as mulheres de 20-39 anos).

Análise postural e alinhamento corporal

São considerados extremamente seguros em populações saudáveis e clínicas.

Embora não exista uma bateria de testes específica para grávidas, são aplicadas as avaliações
de movimento funcional para populações saudáveis.

PRESCRIÇÃO DO EXERCÍCIO NA GRAVIDEZ E PÓS-PARTO


Prescrição do Exercício na Gravidez

A prescrição de exercício para a grávida deve ser modificada de acordo com os sintomas,
desconfortos e capacidades da mulher ao longo da gravidez.

PRESCRIÇÃO DO EXERCÍCIO NA GRAVIDEZ – MONITORIZAÇÃO DA INTENSIDADE


 CARDIOFREQUENCÍMETRO;
 ESCALA DE SENSAÇÃO SUBJETIVA DE ESFORÇO (BORG);
 TESTE DA FALA.

61
Tiago Azinheirinha, Eduardo Dominguinhos & Gonçalo Mendonça | DCFST2 | 2020/2021
Resumos de APE III – Tudo Junto

62
Tiago Azinheirinha, Eduardo Dominguinhos & Gonçalo Mendonça | DCFST2 | 2020/2021
Resumos de APE III – Tudo Junto

Volume do exercício

O volume do exercício é o produto da frequência, da intensidade e da duração do exercício.


Normalmente, o volume de exercício é utilizado para estimar o gasto energético bruto.

Um volume alvo de 500- 1.000 MET-min/semana é recomendado para a maioria dos adultos,
pois está associado a menores taxas de doença cardiovascular e mortalidade prematura.

Podemos calcular o volume de exercício das seguintes maneiras:

 Equivalentes metabólicos (METs): 1 MET = 3,5 mL/kg/min;


 MET-min: um índice de gasto energético;

63
Tiago Azinheirinha, Eduardo Dominguinhos & Gonçalo Mendonça | DCFST2 | 2020/2021
Resumos de APE III – Tudo Junto
 Kilocalorie (kcal) - Conversão de METs em kcal: kcal/min = [( METs x 3,5 mL/kg/min x
peso corporal em kg)/1.000)] x 5.

ADAPTAÇÃO DOS MODOS DE EXERCÍCIO DURANTE A GRAVIDEZ E PÓS-PARTO


Atividades recomendadas:

 Caminhar;
 Nadar;
 Cicloergómetro;
 Aeróbica de baixo impacto;
 Yoga (modificada);
 Pilates (modificado);
 Corrida ou jogging;
 Desportos com raquetes;
 Treino de força.

Que tipo de exercício escolher?

A grávida deve selecionar a atividade física ou o programa de exercício que ela está mais
motivada e capaz de fazer, tendo em mente que essas atividades ou sessões podem ser
adaptadas de acordo com sua saúde e aptidão, assim como segundo o trimestre de gestação.

É da responsabilidade dos profissionais de exercício elaborarem um programa de exercícios


seguro e efetivo. Deve respeitar as questões técnicas, as progressões, e em segurança. Deve
estar conforme as alterações morfológicas, fisiológicas e biomecânicas que ocorrem durante a
gravidez, bem como adequado ao trimestre de gestação.

O tipo de exercício deve ser selecionado segundo o princípio de especificidade do treino.

O programa de exercícios pode ser focado num ou mais tipos de exercício, mas por outro lado,
cada sessão do programa de exercícios pode ser planeado incluindo pelo menos 30 minutos se
for exercício aeróbio, e também treino de força e flexibilidade, exercício neuromotor, e treino
do pavimento pélvico.

Atletas de desportos de recreação e competição podem treinar com segurança com maiores
intensidades e volumes durante a gravidez uma vez que têm uma constante supervisão
obstétrica.

Progressões e adaptação do exercício

64
Tiago Azinheirinha, Eduardo Dominguinhos & Gonçalo Mendonça | DCFST2 | 2020/2021
Resumos de APE III – Tudo Junto
A progressão do exercício durante a gravidez pode consistir no aumento do volume de
exercício, ou na adaptação da rotina de exercício, de acordo com as adaptações fisiológicas e
biomecânicas que ocorrem durante esse período.

Volume de atividade física

Outra forma de aumentar o volume de AF é através de atividades diárias:

 Grupos de caminhada;
 Usar pedómetro;
 Realizar um mínimo de 10.000 passos/dia;
 Brincar com crianças;
 Deslocar-se a pé ou de bicicleta;
 Estacionar o carro mais longe do trabalho ou de casa;
 Não permanecer muito tempo na mesma posição;
 Limitar o tempo sentada;
 Diminuir o tempo em atividades sedentárias.

Adaptação dos modos de exercício durante a gravidez e pós-parto

Marcha

 Implica suporte do peso;


 Exercício mais recomendado;
 Intensidade ligeira ou moderada
- Velocidade, inclinação, movimento de m. superiores, uso de bastões;
 Baixo impacto;
 Passadeira rolante ou ar livre;
 Durante toda a gravidez;
 Grávidas inexperientes ou treinadas;
 Utilização de sapatos adequados
- Amortecimento, apoio articular
 Incluir exercício de alongamento para relaxação no final.

(Corrida – Grávidas experientes)

Aeróbica

65
Tiago Azinheirinha, Eduardo Dominguinhos & Gonçalo Mendonça | DCFST2 | 2020/2021
Resumos de APE III – Tudo Junto
 Efeito de ensaio no aquecimento / Alongamento dinâmico no aquecimento;
 Intensidade ligeira ou moderada / Baixo impacto (menor impacto no períneo);
 Evitar aulas de grupo com muitas pessoas e pouco espaço / Perto do espelho;
 Evitar cadências elevadas (bpm da música);
 Sem mudanças bruscas de direção;
 Sem excesso de voltas que possam provocar quedas;
 Sem excesso de deslocamentos que possam provocar choques;
 Evitar movimentos de desequilíbrio;
 Durante o 1.º trimestre e parte do 2.º trimestre (dependente das alterações
anatómicas);
 Grávidas treinadas (mas podem ser adaptadas aulas para iniciadas);
 Utilização de sapatos adequados;
 Incluir exercício de alongamento para relaxação no final.

STEP

 Efeito de ensaio no aquecimento / Alongamento dinâmico no aquecimento;


 Intensidade ligeira ou moderada / Baixo impacto (menor impacto no períneo);
 Espaço próprio determinado pela plataforma / Perto do espelho;
 Evitar cadências elevadas (bpm da música);
 Sem mudanças bruscas de direção;
 Sem excesso de voltas que possam provocar quedas;
 Sem excesso de deslocamentos que possam provocar choques;
 Evitar movimentos de desequilíbrio;
 Durante o 1.º trimestre e parte do 2.º trimestre (dependente das alterações
anatómicas);
 Grávidas treinadas (mas podem ser adaptadas aulas para iniciadas);
 Utilização de sapatos adequados;
 Incluir exercício de alongamento para relaxação no final.

Bicicleta Estacionária vs. Outdoor

66
Tiago Azinheirinha, Eduardo Dominguinhos & Gonçalo Mendonça | DCFST2 | 2020/2021
Resumos de APE III – Tudo Junto
 Peso suportado pela bicicleta;
 Sem risco de quedas;
 Espaço próprio determinado pela bicicleta;
 Controlo mais rigoroso da intensidade, no caso das aulas de grupo;
 Intensidade ligeira ou moderada (velocidade e carga);
 Durante o 1.º trimestre e parte do 2.º trimestre (dependente das alterações
anatómicas);
 Evitar no 3.º trimestre (dependente do tamanho da barriga);
 Grávidas inexperientes ou treinadas;
 Incluir exercício de alongamento para relaxação no final.

(outdoor – Grávidas experientes)

Hidroginástica

 Peso suportado pela água;


 Sem impacto;
 Sem risco de quedas;
 Intensidade ligeira ou moderada;
 Utilização de equipamentos, velocidade, amplitude de movimento, etc;
 Exercícios aeróbios combinados com força e flexibilidade (ou com exercícios de
adaptação ao meio aquático);
 Evitar piscinas com falta de limpeza da água (infeções);
 Evitar água demasiado aquecida (hipotensão);
 Durante toda a gravidez;
 Grávidas inexperientes ou treinadas;
 Incluir exercício de alongamento para relaxação no final.

Natação (costas e crawl)

 Peso suportado pela água;


 Sem impacto;
 Sem risco de quedas;
 Privilegiar estilos costas e crol, que podem ser combinados com exercícios de
adaptação ao meio aquático;
 Evitar outros estilos (mariposa e bruços) = sobrecarga mecânica da coluna;
 Evitar piscinas com falta de limpeza da água (infeções);

67
Tiago Azinheirinha, Eduardo Dominguinhos & Gonçalo Mendonça | DCFST2 | 2020/2021
Resumos de APE III – Tudo Junto
 Evitar água demasiado aquecida (hipotensão);
 Durante o 1.º trimestre e parte do 2.º trimestre (dependente das alterações
anatómicas);
 Grávidas treinadas;
 Incluir exercício de alongamento para relaxação no final.

Treino de Força / Localizada

 Máquinas = maior segurança;


 Pesos com carga ligeira a moderada;
 Promover estabilidade articular;
 Adaptar os exercícios às alterações anatómicas;
 Evitar bloqueio da respiração;
 Privilegiar trabalho localizado com máquinas e peso do corpo;
 Prevenção de problemas posturais;
 Evitar a posição de decúbito dorsal por longos períodos de tempo;
 Evitar hiperflexão e hiperextensão articular;
 Exercícios específicos nas fases pré e pós-parto;
 Grávidas inexperientes e treinadas;
 Incluir exercício de alongamento para relaxação no final.

Treino Funcional / Pilates


 Máquinas = maior segurança;
 Pesos com carga ligeira a moderada;
 Promover estabilidade articular;
 Exercícios de alongamento;
 Adaptar os exercícios às alterações anatómicas;
 Evitar bloqueio da respiração;
 Evitar plataformas instáveis (exceto praticantes experientes no 1.º trimestre);
 Privilegiar trabalho localizado com máquinas e peso do corpo;
 Exercícios específicos nas fases pré e pós-parto;
 Privilegiar treino funcional cerca de 1 mês após o parto;
 Grávidas inexperientes e treinadas;
 Incluir exercício de alongamento para relaxação no final.

Exercício de Preparação para o Parto

68
Tiago Azinheirinha, Eduardo Dominguinhos & Gonçalo Mendonça | DCFST2 | 2020/2021
Resumos de APE III – Tudo Junto
 ENFERMAGEM;
 Último trimestre, em paralelo com programa de exercício;
 Exercícios específicos de postura;
 Exercícios específicos de alongamento;
 Exercícios específicos de relaxação;
 Exercícios específicos de respiração;
 Exercícios específicos para pavimento pélvico (Kegel);
 Preparação para a maternidade, parto, pós-parto e amamentação;
 Ex.: Método Lamaze.

Exercício de Recuperação Pós-parto

 FISIOTERAPIA / ENFERMAGEM;
 Exercícios específicos logo após o parto que proporcionem uma involução rápida do
útero;
 Deverão ser iniciados ainda na maternidade (3 fases: fase imediata, 15 dias após o
parto, e cerca de 1-2 meses pós-parto dependendo do tipo de parto);
 Visam estimular os músculos que suportam o útero durante a gravidez e que
participam no parto;
 Centram-se nos músculos do pavimento pélvico (Kegel) e abdominais.

Exercício 15 dias a 2 meses pós-parto

 FISIOLOGISTA DO EXERCÍCIO;
 Exercícios de Kegel;
 Progressão para regresso à “normalidade”
- Ativa antes e durante a gravidez;
- Tipo de parto;
- Recuperação (peso, funcionalidade…);
- Amamentação;
- Ambiente social.
 Todas as atividades, tendo em conta a intensidade e o impacto, no caso da
amamentação;
 Fase de amamentação - considerada a última fase da gravidez;

69
Tiago Azinheirinha, Eduardo Dominguinhos & Gonçalo Mendonça | DCFST2 | 2020/2021
Resumos de APE III – Tudo Junto

DIFICULDADES INTELECTUAIS
DEFINIÇÃO DE ID
Dificuldade intelectual significa uma capacidade significativamente reduzida de
compreender informações novas ou complexas, isto é, a aprendizagem e aplicação de novas
habilidades (inteligência prejudicada), resultando numa capacidade reduzida de enfrentar de
forma independente (funcionamento social prejudicado).

DIFICULDADE INTELECTUAL EM PORTUGAL?

LIMITAÇÕES DAS PESSOAS COM ID


Pessoas com ID experimentam limitações significativas em duas áreas principais:

(a) Funcionamento intelectual (ou seja, dois desvios padrão abaixo da média ou um QI<70
para ID leve/moderado <35 pata ID grave/ severo
(b) Comportamento adaptativo (habilidades sociais e práticas cotidianas)

ETIOLOGIA DA ID
As principais causas da ID podem ser:

a) Distúrbios genéticos (ou seja, síndrome de Down [SD], síndrome do X frágil, fenilcetonúria
ou PKU),

b) Traumas de nascimento (ou seja, asfixia),

c) Doenças infeciosas (ou seja , toxoplasmose, rubéola, meningite)

d) Fatores maternos (ou seja, álcool, fumo e uso de cocaína),

e) Prematuridade / baixo peso ao nascer e pobreza/privação cultural (desnutrição, cuidados de


saúde insuficientes (materno/criança), suporte educacional inadequado)

70
Tiago Azinheirinha, Eduardo Dominguinhos & Gonçalo Mendonça | DCFST2 | 2020/2021
Resumos de APE III – Tudo Junto

ESPERANÇA MÉDIA DE VIDA (SÍNDROME DE DOWN)

EXERCISE TESTING IN PERSONS WITH ID


Preparticipation health screening should follow general ACSM Guidelines, with the exception
of individuals with DS.

• Because up to 50% of individuals with DS also have congenital heart disease and there is a
high incidence of atlantoaxial instability (i.e., excessive movement of the joint between C1 and
C2 usually caused by ligament laxity in DS),a careful history and physical evaluation of these
individuals is needed, including children.

Physician supervision of cardiorespiratory exercise tests is also recommended for these


individuals regardless of age.

• Familiarization with test procedures and personnel is required

The amount of familiarization will depend on the level of understanding and motivation of the
individual being tested. Demonstration and practice should be performed

• Provide an environment in which the participant feels valued and like a participating
member. (Give simple, one-step instructions and reinforce them verbally, visually, and
regularly. Provide safety features to ensure participants do not fall or be afraid of falling)

• Select appropriate tests and individualize test protocols as needed.

71
Tiago Azinheirinha, Eduardo Dominguinhos & Gonçalo Mendonça | DCFST2 | 2020/2021
Resumos de APE III – Tudo Junto
• CRF field tests are reliable but not valid for individual prediction of aerobic capacity in
individuals with DS.

• In general, cycle ergometry protocols (no arm involvement) should not be used due to poor
motor coordination in creating consistent forward pedal movement.

• Because HRmax is altered in those with DS , the standard formula of 220 −age to predict
HRmax should not be used. It is recommended that the following populationspecific formula
be used as a guide during exercise testing but should not be used for Ex Rx: HRmax = 210 −
0.56 (age) − 15.5(DS status); insert 1 for DS not present and 2 for DS present.

• Individuals with ID, but without DS, may not differ from their peers without disabilities in
aerobic capacity and overweight/obesity status. However, muscle strength is usually low in this
population. Individuals with DS exhibit low levels of aerobic capacity and muscle strength and
are often overweight and obese

• The use of balance testing is an important consideration for this population. There are
several techniques currently available to assess balance that range from functional measures
(e.g., timed up and go) and the functional reach test

PRESCRIÇÃO DE EXERCÍCIO (CONSIDERAÇÕES)

• Muscle strength and endurance is low in persons with ID and may limit the extent to which
they can perform aerobic activities; thus, a focus on muscle strength is desirable;

• Yoga should be considered in that it not only impacts flexibility and strengthens joints but
also facilitates social interaction when conducted in groups. However, caution is needed when
prescribing yoga to persons with DS because of their joint laxity, especially when instability in
the atlantoaxial and atlantooccipital areas is presente

• Persons with ID may require additional encouragement during both exercise testing and
training than persons without ID.

• Persons with ID may be on various medications including antidepressants, anticonvulsants,


hypnotics, neuroleptics, and thyroid replacement.

• Many persons with ID have problems with motor control, coordination, balance, and gait and
are at high risk for falls. Therefore, exercise professionals should consider incorporating
neuromotor exercise training.

72
Tiago Azinheirinha, Eduardo Dominguinhos & Gonçalo Mendonça | DCFST2 | 2020/2021
Resumos de APE III – Tudo Junto
• Because of attention difficulties in this population, simple one-step instructions and
demonstrations should always be used.

• Appropriate familiarization and practice time along with careful supervision is required for
aerobic and muscle fitness training programs.

• Diverse activities are recommended to maximize enjoyment and adherence. Consider using
music and simple games to promote exercise enjoyment and adherence. Also consider
encouraging participants in sports programs such as those offered by Special Olympics.

• Group activities should be designed in ways that accommodate individuals, offering


opportunities to reach appropriate exercise intensities.

• Individuals with DS typically have very low levels of aerobic capacity and muscle strength,
often at levels approximately 50% of the level of expected based age and sex. Individuals with
DS are often obese, and severe obesity is common;

• Almost all individuals with DS have low HRmax likely caused by a dampened catecholamine
response to exercise;

• Many persons with DS have atlantoaxial instability, and thus, activities involving hyperflexion
and hyperextension of the neck are contraindicated.

• Skeletal muscle hypotonia coupled with excessive joint laxity is commonly seen in this
population. Increasing muscle strength, especially around major joints (e.g., knee) is a priority.
Also, caution should be used regarding involvement in contact sports;

• Exercise performance may be negatively affected by some physical characteristics which


include short stature and limbs, malformation of feet and toes, and small mouth and nasal
cavities;

• Some evidence suggests that the ACSM formula for estimating EE during walking may
underestimate the oxygen uptake of a given speed in person with DS

• Ear pathologies are common among individuals with DS . Physician clearance may be needed
prior to participation in aquatic exercise.

73
Tiago Azinheirinha, Eduardo Dominguinhos & Gonçalo Mendonça | DCFST2 | 2020/2021
Resumos de APE III – Tudo Junto

ASMA
• Doença reativa das vias aéreas

• Doença pulmonar inflamatória crônica

• A inflamação causa vários estágios de obstrução nas vias aéreas

• A asma é reversível nos estágios iniciais

TRIGGERS DA ASMA
Exercicio:

- EIB (Exercise Induced bronchospasm)

- Perda de calor, água ou ambos das


vias aéreas (ao respirar um ar mais seco
do que está presente no corpo)

Ar frio:

- Nariz e a boca aquecem e


humidificam o ar antes de chegar aos
pulmões

- Ar seco e frio torna-se mais difícil o corpo aquecer

- A chegada do ar frio as vias aéreas, os pulmões reagem (broncoconstrição)

MANIFESTAÇÕES DA ASMA
 Imprevisível e variável
 Episódios recorrentes de respiração ofegante, falta de ar, tosse e aperto no peito
 Sensação de sufoco
 Expirações podem ser mais prolongadas, isto é, rácios I:E, 1:3 ..1:4…

EFEITOS NA RESPOSTA AO EXERCÍCIO


Nota: EIB- Exercise Induced Broncostrinction

• EIB durante o exercício faz com que o ar fique preso, reduzindo a PaO2 (Pressão
parcial de oxigénio, exprime a eficácia das trocas de oxigênio entre os alvéolos e os capilares
pulmonares) levando a redução do VO2 ;

Pós-exercício: broncoconstrição com diminuição do volume corrente

74
Tiago Azinheirinha, Eduardo Dominguinhos & Gonçalo Mendonça | DCFST2 | 2020/2021
Resumos de APE III – Tudo Junto
• O exercício submáx em estado estacionário causa um declínio na função das vias
aéreas após os primeiros 6 minutos;

• Atividade física de alta intensidade provoca EBI, especialmente em condições de frio


e/ou seco;

BENEFÍCIOS DO EXERCÍCIO FÍSICO


• O treino regular pode reduzir os episódios de EBI e aumentar a intensidade em que ocorre o
EIB;

Melhoria no limiar ventilatório

• Diminuição da necessidade de medicação;

• Melhoria da função pulmonar pós-exercício.

DIAGNOSTICO

EIB – SINTOMAS E TRIGGERS


 Dispneia
 Respiração ofegante
 Aperto no peito
 Tosse
 Dor de garganta
 Náusea

 Cloro ao nadar
 Poluição do ar
 Ar seco e frio
 Temperatura do ar (Hot Yoga)

75
Tiago Azinheirinha, Eduardo Dominguinhos & Gonçalo Mendonça | DCFST2 | 2020/2021
Resumos de APE III – Tudo Junto

CONTROLO DOS SINTOMAS DA ASMA


A terapia é baseada em duas classes de medicamentos:

 Medicamentos anti-inflamatórios
 Broncodilatadores

• Beta2-agonistas (β2 ) inalatórios de curta ação (broncodilatadores) param os sintomas


imediatamente. Eles podem ser tomados 15 a 30 minutos antes de exercícios vigorosos e
geralmente previnem os sintomas entre duas a quatro horas. Esses medicamentos são
extremamente eficazes no tratamento ou prevenção dos sintomas de EIB;

• Corticosteróides inalados. Estes são os medicamentos para asma de longo prazo mais
prescritos. Eles ajudam a aliviar o estreitamento e a inflamação dos brônquios. Pode demorar
entre duas a quatro semanas para que esses medicamentos atinjam seu efeito máximo;

• Beta2-agonistas (β2 ) inalatórios de longa ação (broncodilatadores). Tomados 30 a 60


minutos antes do exercício, esses medicamentos ajudam a prevenir os sintomas por 10 a 12
horas.

• O Montelucaste, um inibidor do receptor de Leucotrieno (constrição da musculatura


lisa), também é aprovado para o tratamento de sintomas de asma induzida por exercícios.
Tomado uma vez ao dia, este medicamento pode ajudar a prevenir os sintomas que
acompanham o exercício;

• Imunomoduladores (Asma alérgica grave) - Omalizumabe é um medicamento que é um


anticorpo dirigido contra um grupo de outros anticorpos chamados de imunoglobulina E (IgE);

• Entre outros.

EXERCISE TESTING
 A administração de um broncodilatador inalado (ou seja, β2-agonistas) antes do teste
pode ser indicada para prevenir EIB, proporcionando assim uma avaliação ideal da
capacidade cardiopulmonar.
 O grau da EIB deve ser avaliado por meio de exercícios de intensidade vigorosa 2-4 min
respirando ar relativamente seco 4-6 min (em contexto clinico). O teste é
acompanhado por uma avaliação espirométrica (FEV) a cada 5,10,15,20 após esforço .
 Supervisão médica tem de ser garantida ao testar indivíduos de alto risco devido ao
risco potencial de broncoconstrição grave após o teste

EXERCISE PRESCRIPTION

TREINO AERÓBIO

76
Tiago Azinheirinha, Eduardo Dominguinhos & Gonçalo Mendonça | DCFST2 | 2020/2021
Resumos de APE III – Tudo Junto

TREINO FORÇA

TREINO FLEXIBILIDADE

CONSIDERAÇÕES ESPECIAIS
1. Cuidado no uso de intensidades alvo com base na Fcmáx prevista devido à grande
variabilidade em relação a medicação utilizada no controle da asma e os seus potenciais
efeitos na FC e na capacidade pulmonar

2. Indivíduos com exacerbação da asma não devem se exercitar até que os sintomas e função
das vias aéreas tenham melhorado.

3. O uso de broncodilatadores de curta ação pode ser necessário antes ou depois do exercício
para prevenir ou tratar a broncoconstrição induzida por exercício~

4. Os indivíduos em tratamento prolongado com corticosteroides orais podem apresentar


perda muscular periférica e podem beneficiar de treinos de força

5. Os exercícios em ambientes frios, com alérgenos e/ou poluentes transportados pelo ar


devem ser limitados para evitar o desencadeamento de broncoconstrição em indivíduos
suscetíveis.

6. Não há evidências cientificas suficientes para apoiar um benefício clínico do treino muscular
inspiratório (IMT) em indivíduos com asma

TAKE-HOME MESSAGE
• Exercícios aeróbios regulares melhoram a tolerância e a gravidade das crises asmáticas,
reduzindo possivelmente a utilização de medicação;

• A realização de exercício fisico numa pessoa com asma controlada geralmente é considerada
segura, embora, em cerca de metade dessa população, um SABA (shortacting β2 adrenergic
receptor agonist) possa ser necessário antes da realização do mesmo;

77
Tiago Azinheirinha, Eduardo Dominguinhos & Gonçalo Mendonça | DCFST2 | 2020/2021
Resumos de APE III – Tudo Junto
• Muitas pessoas com asma treinam e competem ao mais alto nível;

• As exacerbações do EIB podem estar relacionadas a mudanças climáticas sazonais, estações


específicas de alérgenios ou poluição do ar;

• Indivíduos com asma ou EIB sem asma aparente devem estar cientes dos seus gatilhos
específicos.

78
Tiago Azinheirinha, Eduardo Dominguinhos & Gonçalo Mendonça | DCFST2 | 2020/2021
Resumos de APE III – Tudo Junto

DOENÇAS CARDIACAS
MANIFESTAÇÕES DE DOENÇAS CARDIOVASCULARES
 Acute coronary syndromes: the manifestation of coronary artery disease (CAD) as
increasing symptoms of angina pectoris, myocardial infarction, or sudden death
 Cardiovascular disease (CVD): diseases that involve the heart and/or blood vessels;
includes hypertension, CAD, peripheral arterial disease; includes but not limited to
atherosclerotic arterial disease
 Cerebrovascular disease (stroke): diseases of the blood vessels that supply the brain
 Coronary artery disease: disease of the arteries of the heart (usually atherosclerotic)
 Myocardial ischemia: temporary lack of adequate coronary blood flow relative to
myocardial oxygen demands; it is often manifested as angina pectoris
 Myocardial infarction: injury/death of the muscular tissue of the heart
 Peripheral arterial disease: diseases of arterial blood vessels outside the heart and
brain

OBJETIVOS PARA O PACIENTE DA REABILITAÇÃO CARDÍACA


 Develop and assist the patient to implement a safe and effective formal exercise and
lifestyle physical activity program.
 Provide appropriate supervision and monitoring to detect change in clinical status. ¡
Provide ongoing surveillance to the patient’s health care providers in order to enhance
medical management.
 Return the patient to vocational and recreational activities or modify these activities
based on the patient’s clinical status.
 Provide patient and spouse/partner/family education to optimize secondary
prevention (e.g., risk factor modification) through aggressive lifestyle management
and judicious use of cardioprotective medications.

INDICAÇÕES PARA PACIENTES OU EX-PACIENTES DA REABILITAÇÃO CARDÍACA


 Medically stable post–myocardial infarction
 Stable angina
 Coronary artery bypass graft surgery ¡ Percutaneous transluminal coronary angioplasty
 Stable heart failure caused by either systolic or diastolic dysfunction
 (cardiomyopathy)
 Heart transplantation ¡ Valvular heart surgery
 Peripheral arterial disease
 At risk for coronary artery disease with diagnoses of diabetes mellitus, dyslipidemia,
hypertension, or obesity
 Other patients who may benefit from structured exercise and/or patient education
based on physician referral and consensus of the rehabilitation team

CONTRAINDICAÇÕES
 Unstable angina
 Uncontrolled hypertension (SBP >180 mm Hg and/or resting DBP >110 mm Hg)
 Orthostatic BP drop of >20 mm Hg with symptoms
 Significant aortic stenosis (aortic valve area 120 beats · min−1)
 Uncompensated heart failure
 Third-degree atrioventricular (AV) block without pacemaker

79
Tiago Azinheirinha, Eduardo Dominguinhos & Gonçalo Mendonça | DCFST2 | 2020/2021
Resumos de APE III – Tudo Junto
 Active pericarditis or myocarditis
 Recent embolism
 Acute thrombophlebitis ¡ Acute systemic illness or fever
 Uncontrolled diabetes mellitus
 Severe orthopedic conditions that would prohibit exercise
 Other metabolic conditions, such as acute thyroiditis, hypokalemia, hyperkalemia, or
hypovolemia (until adequately treated)

RESPOSTAS ADVERSAS AO EXERCÍCIO FAZENDO COM QUE O EXERCÍCIO TENHA


DE SER DESCONTINUO
 Diastolic blood pressure (DBP) ≥110 mm Hg
 Decrease in systolic blood pressure (SBP) >10 mm Hg during exercise with increasing
workload
 Significant ventricular or atrial arrhythmias with or without associated signs/symptoms
 Second- or third-degree heart block
 Signs/symptoms of exercise intolerance including angina, marked dyspnea, and
electrocardiogram (ECG) changes suggestive of ischemia

CONSIDERAÇÕES PARA A PRESCRIÇÃO


• Rhythmic, large muscle group activities with an emphasis on increased caloric expenditure
for maintenance of a healthy body weight and its many other associated health benefits.

• Arm ergometer

• Combination of upper or lower (dual action) extremity cycle ergometer • Upright and
recumbent cycle ergometer

• Recumbent stepper

• Rower

• Elliptical

• Stair climber

• Treadmill for walking

FREQUÊNCIA

80
Tiago Azinheirinha, Eduardo Dominguinhos & Gonçalo Mendonça | DCFST2 | 2020/2021
Resumos de APE III – Tudo Junto

INTENSIDADE
Use >1 of the following methods:

• Results from the baseline exercise test, 40–80% HRR, VO2R, or VO2peak methods

• Seated or standing Hrrest + 20-30 bpm

• RPE of 12–16

• HR below the ischemic threshold;

• <10 beats

• Prescribed medications at their usual time

• β-blocker may have an attenuated HR response to exercise and an increased


or decreased maximal exercise capacity

• Patients on diuretic therapy may become volume depleted, have


hypokalemia, or demonstrate orthostatic hypotension particularly after bouts
of exercise.

TEMPO
 Warm-up and cool-down activities 5-10’
o static stretching, ROM, and light intensity (i.e., <40% VO2R, <64%peak heart
rate or <11 RPE)

 Aerobic activities 20–60’.


o After a cardiac-related event, patients may begin with as little as 5–10’ of
aerobic conditioning with a gradual increase in aerobic exercise time of 1–5’
per session or an increase in time per session of 10–20% per week.

TIPO
• Rhythmic, large muscle group activities with an emphasis on increased caloric expenditure
for maintenance of a healthy body weight and its many other associated health benefits.

• Arm ergometer

• Combination of upper or lower (dual action) extremity cycle ergometer

• Upright and recumbent cycle ergometer

• Recumbent stepper

• Rower

• Elliptical

• Stair climber

• Treadmill for walking

• Aerobic interval training (AIT)

81
Tiago Azinheirinha, Eduardo Dominguinhos & Gonçalo Mendonça | DCFST2 | 2020/2021
Resumos de APE III – Tudo Junto
• 3–4’ @ high intensity (90–95% HRpeak) + 3– 4’ @ at moderate intensity (60%–70% HRpeak).
• 40’ x 3 d.week

• May be both a safe and very effective method of enhancing peak aerobic fitness in those
with CVD

RAZÕES PARA TREINO DE FORÇA COM PACIENTES COM DOENÇAS CARDÍACAS


 Improve muscular strength and endurance
 Decrease cardiac demands of muscular work (i.e., reduced rate pressure product)
during daily activities
 Prevent and treat other diseases and conditions, such as osteoporosis, Type 2 diabetes
mellitus, and obesity
 Increase ability to perform activities of daily living
 Improve self-confidence
 Maintain independence
 Slow age and disease-related declines in muscle strength and mass

FREQUÊNCIA PARA TREINO DE FORÇA


 2–3 d · week with at least 48 h separating training sessions for the same muscle group.
 All muscle groups to be trained may be done in the same session.
 Resistance training should be performed after the aerobic component of the exercise
session to allow for adequate warm-up

INTENSIDADE PARA TREINO DE FORÇA


• 10–15 rep that can be lifted without straining (upper body: 30–40% 1-RM; lower body: 50–
60%).

• Can estimate 1RM through 1-10 rep test.

• Progression:

• Resistance, number of repetitions, or rest period between sets or exercises.

• Increase loads by 5% increments

• Low-risk patients may progress to 8–12 rep with a resistance of 60–80% 1-RM.

TEMPO PARA TREINO DE FORÇA


• Each major muscle group (i.e., chest, shoulders, arms, abdomen, back, hips, and legs) should
be trained with 1-3 sets

• Sets may be of the same exercise or from different exercises affecting the same muscle
group.

• Perform 8–10 exercises of the major muscle groups.

• Exercise large muscle groups before small muscle groups.

82
Tiago Azinheirinha, Eduardo Dominguinhos & Gonçalo Mendonça | DCFST2 | 2020/2021
Resumos de APE III – Tudo Junto
• Include multijoint exercises or “compound” exercises that affect more than one muscle
group.

TIPO DE TREINO DE FORÇA


Equipment (Type)

• Elastic bands

• Cuff and hand weights

• Free weights

• Wall pulleys

• Machines (dependent on weight of lever arms and range of motion)

Proper techniques

• Raise and lower weights with slow, controlled movements to full extension.

• Maintain regular breathing pattern and avoid breath holding.

• Avoid straining.

• Avoid sustained, tight gripping, which may evoke an excessive blood pressure (BP) response.

• A rating of perceived exertion (RPE) of 11–14 (“light” to “somewhat hard”) on a scale of 6–


20 may be used as a subjective guide to effort.

• Terminate exercise if warning signs or symptoms occur including

83
Tiago Azinheirinha, Eduardo Dominguinhos & Gonçalo Mendonça | DCFST2 | 2020/2021
Resumos de APE III – Tudo Junto

DISLIPIDÉMIA
FITT RECOMMENDATIONS FOR INDIVIDUALS WITH DYSLIPIDEMIA
AEROBIC EXERCISE
The FITT principle of Ex Rx recommended for individuals with dyslipidemia:

 Frequency: ≥5 d · wk−1 to maximize caloric expenditure.


 Intensity: 40%–75% VO2R or HRR.
 Time: 30–60 min · d−1. However, to promote or maintain weight loss, 50–60 min · d−1
or more of daily exercise is recommended. Performance of intermittent exercise of at
least 10 min in duration to accumulate these duration recommendations is an effective
alternative to continuous exercise.
 Type: The primary mode should be aerobic physical activities that involve the large
muscle groups. As part of a balanced exercise program, resistance training and
flexibility exercise should be incorporated. Individuals with dyslipidemia without
comorbidities may follow the resistance training and flexibility guidelines for healthy
adults.

Considerações

 The FITT principle of Ex Rx may need to be modified should the individuals with
dyslipidemia present with other chronic diseases and health conditions such as
metabolic syndrome, obesity, and hypertension.
 Individuals taking lipid-lowering medications that have the potential to cause muscle
damage (i.e., HMG-CoA reductase inhibitors or statins and fibric acid) may experience
muscle weakness and soreness termed myalgia. Physicians should be consulted if an
individual experiences unusual or persistent muscle soreness when exercising while
taking these medications.

RESISTANCE EXERCISE
The FITT principle of Ex Rx recommended for individuals with dyslipidemia:

 Frequency: 2-3 d · wk−1.


 Intensity: 50%–60% 1RM (Moderate) to 70%-85% 1RM (Vigorous).
 Time: 2-4 x 8-12 rep (strength); ≤2 x 12-20 rep (muscular endurance)
 Type: resistance machines, free weights and/or body weight.

84
Tiago Azinheirinha, Eduardo Dominguinhos & Gonçalo Mendonça | DCFST2 | 2020/2021
Resumos de APE III – Tudo Junto

CANCRO
 O cancro é uma patologia muito diversa e heterogénea (é um conjunto de + de 200
doenças).
 Tem que ver com o crescimento e espalhamento descontrolado de células anormais
resultantes de danos no DNA por fatores internos (mutações) e por exposições
ambientais (ex: fumo do tabaco).
 Os carcinomas desenvolvem-se em células em células epiteliais dos órgãos e
constituem 80% de todos os cancros. Outros cancros surgem nas células do sangue
(leucócitos) que levam à leucemia; nas células do sistema imunitário (linfomas) e nos
tecidos conjuntivos (sarcomas)
 Quando as células cancerígenas estão a ser destruídas (tratamentos), alguns tecidos
saudáveis também são destruídos. Para além disso, o paciente também sofre alguns
danos colaterais, que podem limitar a realização de exercício físico durante e após o
tratamento.

 O cancro e o tratamento dele afetam a componente cardiorrespiratória, força,


resistência muscular, composição corporal e flexibilidade.

TIPOS DE CANCRO:
- De acordo com a sua localização (ex: próstata, mama, pele, cólon, etc)

- De acordo com a sua origem (histologia): (carcinomas, sarcomas, mielomas, leucemias,


linfomas e mistos)

ESTÁDIOS DE DESENVOLVIMENTO:
de I a IV (fase 5: o cancro já está dissipado pelo corpo todo) (

- Em doentes com cancro é importante preservar e/ou ganhar massa muscular (prescrição) e
não é muito importante perder massa gorda.

- Um individuo que faça quimio tem que ter uma especial atenção na prescrição do que um
que não faça qualquer tratamento, porque a quimio afeta outros tecidos e há muita perda de
massa muscular.

- O exercício tem um impacto muito grande na longevidade.

- Próstata
- Pulmão  50% dos homens com cancro, tem um destes 3 tipos
- Colo-retal

- Mama
- Colo-retal  50% das mulheres com cancro, tem um destes 3 tipos

85
Tiago Azinheirinha, Eduardo Dominguinhos & Gonçalo Mendonça | DCFST2 | 2020/2021
Resumos de APE III – Tudo Junto
- Pulmão

 Diferenças de género não tem grande importância na forma como nós, profissionais de
exercício, intervimos. Eventualmente terá respostas diferentes.

Em sobreviventes de cancro:
- Indivíduos com excesso de peso tem menor risco de ter cancro;
- Excesso de peso e obesidade parecem ter um efeito protetor em sobreviventes de cancro
pois preservam melhor a massa isenta de gordura (massa muscular, etc).

--------,,---------------------,,--------------

Estima-se que daqui a uns anos o cancro seja a principal causa de morte nos países
desenvolvidos.

Considerações que devem existir quando se vai realizar um teste de esforço com um paciente
com esta condição clínica:

- Todos os pacientes com cancro devem receber uma avaliação completa de todas as
componentes condicionadas a nível físico relacionadas com a saúde. Normalmente não é
necessária uma avaliação se se for realizar uma caminhada de intensidade leve, um treino de
força progressivo ou um programa de flexibilidade.

- Devemos tomar atenção ao historial de saúde de saúde do sobrevivente, das doenças


crónicas de comorbilidade, aos problemas de saúde e contraindicações.

- As avaliações de condicionamento associados à saúde podem ser importantes para a


avaliação do grau com que a força e a resistência musculoesquelética ou a aptidão
cardiorrespiratória que possam ter sido afetadas pela fadiga relacionadas com o cancro.

- Não há evidência sobre o fato da supervisão médica necessária necessária para o teste de
esforço limitado aos sintomas.

- É importante saber as toxicidades mais comuns associadas ao tratamento do cancro,


incluindo aumento do risco de fraturas, eventos cardiovasculares, e neuropatias relacionadas
com o tipo de tratamento específicos e com as morbidades musculoesqueléticas secundárias
ao tratamento.

- A literatura baseada em evidências indica que o teste de 1RM é seguro para sobreviventes de
cancro da mama.

EPIDEMIOLOGIA DO CANCRO
Meter gráfico do masculino

86
Tiago Azinheirinha, Eduardo Dominguinhos & Gonçalo Mendonça | DCFST2 | 2020/2021
Resumos de APE III – Tudo Junto

CAUSAS DE MORTALIDADE (2014)

DCV – 30,6% tem vindo a diminuir

Cancro – 25,0%

Diabetes – 4,1%

Neste momento aquilo que se começa a perceber é que o cancro daqui a uns anos será a causa
de morte mais prevalente em países desenvolvidos. Isto pode ser explicado pela poluição, por
exemplo.

EXERCÍCIO E CANCRO
Evidencia forte: atividade física é importante na prevenção da incidência de cancro

Esta redução do risco pode variar,


dependendo do local e tipo de cancro:

 Cólon e colo rectal= 40-50%


 Próstata= 10-30%
 Mama = 30 – 40%

EVIDÊNCIAS DO EXERCÍCIO / BENEFÍCIOS


Sobreviventes de cancro que participam em atividade física de intensidade moderada a
vigorosa apresentam uma taxa de mortalidade 50% inferior aos sedentários com cancro.

87
Tiago Azinheirinha, Eduardo Dominguinhos & Gonçalo Mendonça | DCFST2 | 2020/2021
Resumos de APE III – Tudo Junto
Para os sobreviventes de cancro que se envolvam em exercício pode ser esperado:

 Melhoria da condição cardiorrespiratória


 Aumento da força muscular (muito importante nesta população. Mais do que perder
peso deve-se preservar e aumentar a massa muscular)
 Redução da fadiga
 Melhoria da qualidade de vida e da saúde em geral

Durante os tratamentos já se sabe que se vai perder condição física. A importância do exercício
antes do diagnóstico é importante na medida em que quanto mais alta estiver a condição física
melhor será. Outro ponto importante no exercício é reduzir o declive desta descida da
condição física.

88
Tiago Azinheirinha, Eduardo Dominguinhos & Gonçalo Mendonça | DCFST2 | 2020/2021
Resumos de APE III – Tudo Junto

CONSEQUÊNCIA DO CANCRO
 É difícil distinguir as consequências isoladas da doença das consequências do
tratamento da doença
 As consequências do cancro variam em função do tipo de cancro e das estruturas
biológicas afetadas
 Pode provocar falência renal, osteoporose, perda de fertilidade entre outra co-
morbolidades
 O cancro é uma neoplasia, ou seja, um aumento de células que não são saudáveis.
Hiperplasia é um aumento de células saudáveis.
 As consequências isoladas do cancro não estão bem descritas na literatura
 Para além das morbilidades associadas, o cancro promove encurtamento acentuado
da esperança da vida do paciente.
 Também tem consequências psicológicas (medo, depressão) e físicas (dores fadiga,
infeções, hemorragias)

O que acontece com o cancro é que uma célula transformasse num parasita, mas com
características idênticas as saudáveis, por isso o sistema imunitário não as consegue distinguir
e eliminar. Este parasita irá crescer e criar um tumor que mais tarde se pode vir a multiplicar.
Essas células em alguns pode afetar o funcionamento deles.

TRATAMENTOS
Cirurgia: remoção de tumores e transplantes (+ eficaz)

Radioterapia: raios de elevada potência (ex: raio-x)

Terapêutica Sistémica: medicação intravenosa ou oral (quimioterapia; imunoterapia; terapia


hormonal) (ex: utilizado na leucemia)

89
Tiago Azinheirinha, Eduardo Dominguinhos & Gonçalo Mendonça | DCFST2 | 2020/2021
Resumos de APE III – Tudo Junto

ASPETOS A CONSIDERAR
COMORBILIDADES E CONSEQUÊNCIAS DOS TRATAMENTOS COM IMPLICAÇÕES
PARA O EXERCÍCIO
 Neuropatia periférica
 Caquexia (perda de perda peso involuntária)
 Osteoporose e risco de fraturas
 Cardiotoxicidade – cardiopatias
 Metástases ósseas ou cancros secundários

Cancro da próstata (terapia de supressão hormonal)

 Osteoporose
 Diminuição da agilidade mental
 Perda de massa muscular
 Fadiga
 Anemia
 Sensação de calor
 Ganho de peso
 Depressão

Cancro da mama (terapia de supressão hormonal)

 Osteoporose
 Menopausa precoce
 Sonolência
 Depressão
 Dores nas articulações
 Sensação de calor
 Fadiga

Cancro do colon

 Ostomia (tem de usar um saco para acumular as fezes. Coloca-se o intestino em


contacto direto com a pele. Desta forma o colon fica isento de fezes ate cicatrizar) –
fistula – infeções

Cancro do ginecológico (ovário/colo do útero/endométrio)

 Edema dos membros inferiores


 Obesidade e respetivas co-morbilidades

Quando comparados com sujeitos sem cancro:

 Limitações na performance é 2 vezes superior.

É possível observar limitações em todas as componentes da CF:

 CCR – Força – Flexibilidade – Composição Corporal

O cancro é uma patologia muito diversa e heterogénea (é um conjunto de maus de 200 tipos
de cancro:

90
Tiago Azinheirinha, Eduardo Dominguinhos & Gonçalo Mendonça | DCFST2 | 2020/2021
Resumos de APE III – Tudo Junto
Tipo de cancro:

De acordo com a sua localização (faltam exemplos)

De acordo com a sua origem (histologia) (faltam exemplos)

Estádio de Desenvolvimento (I a IV)

ORIENTAÇÕES – AVALIAÇÃO DA CONDIÇÃO FÍSICA


Muito importante conhecer a experiencia individual de cada sobrevivente de cancro

…..

Devem ser avaliadas todas as componentes da condição física (barreira À adoção de exercício)

Não e necessária a avaliação da condição física para iniciar:

 Programa de caminhada
 Treino de força progressivo
 Treino de flexibilidade

Não encontramos recomendações especificas para a avaliação de:

Flexibilidade

Composição corporal (normalmente utilizada a prega bicipital e tricipital)

Deverão ser utilizadas as recomendações para adultos saudáveis.

AVALIAÇÃO DA CONDIÇÃO CARDIORRESPIRATÓRIA

- Avaliação testes respiratórios máximos não parecem ter grande risco comparado a adultos
saudáveis.

- O risco associado aos testes cardiorrespiratórios máximos em sobreviventes de cancro é


comprável ao risco em adultos saudáveis da mesma idade.

 Teste máximo em ambiente clinico (com um ECG)


Ou (em alternativa)
 Testes dos 6’ marcha

AVALIAÇÃO DA FORÇA

91
Tiago Azinheirinha, Eduardo Dominguinhos & Gonçalo Mendonça | DCFST2 | 2020/2021
Resumos de APE III – Tudo Junto
 Testes de predição de 1-RM (testes diretos não são aconselhados)

Ou (em alternativa)

 Series de RM’s, subjetivas

 Guidelines diferem no treino de força. O ACSM considera começar com <30% 1RM
enquanto os Australianos sugerem 80% (hipertrofia).

FLEXIBILIDADE E COMPOSIÇÃO CORPORAL


Não existem evidências científicas específicas sobre estes dois.

ORIENTAÇÕES - PRESCRIÇÃO DO
EXERCÍCIO
Existem recomendações para a generalidade das
componentes da condição física relacionada com a saúde.

CONDIÇÃO CARDIORRESPIRATÓRIO (ACSM)


Frequência:

 3- 5x / semana

Intensidade:

 Moderada (40-59% VO2res ou FCres( = 12-13 RPE [0-20]


 Vigorosa (60-90% VO2res ou FCres) = 14-17 RPE [0-20]

Tempo:

 150’ Moderados ou 75’ vigorosos por semana, ou combinação dos 2


 Varias sessões curtas são melhores do que uma long

FORÇA MUSCULAR (ACSM)


Frequência:

 2-3x / semana

Intensidade:

 A partir de <30% 1RM, progredir lentamente


 Os australianos consideram que a hipertrofia e importante nesta população por isso
consideram que devem ser realizadas 12 repetições máximas a 80% do RM

Tempo:

 >= 1 serie (8-12 reps

92
Tiago Azinheirinha, Eduardo Dominguinhos & Gonçalo Mendonça | DCFST2 | 2020/2021
Resumos de APE III – Tudo Junto
Tipo:

 Maquinas; pesos livres; exercícios funcionais com suporte do peso corporal

FLEXIBILIDADE (ACSM)
Frequência:

 >= 2-3x por semana, ou diariamente

Intensidade:

 Ate ao limnite do ROM, pode estar condicionado por cirurgias

Tempo:

 10-30” por posição de alongamento

Tipo:

 Alongamentos estáticos e mobilizadores

CONSIDERAÇÕES ESPECIAIS
Cuidado com o risco de fraturas (osteoporose, metástases ósseas)

Cuidado com o risco de infeções (tratamento imunossupressores)

Se houver neuropatia periférica, evitar exercício com suporte do peso corporal (ex: corrida)

Devem ser consideradas todas as co-morbilidades (cardiotoxicidade; obesidade – cancro


ginecológico; ostomia – precisa autorização medica)

93
Tiago Azinheirinha, Eduardo Dominguinhos & Gonçalo Mendonça | DCFST2 | 2020/2021
Resumos de APE III – Tudo Junto

MUSCULO-ESQUELÉTICOS
DEFINIÇÕES DE ARTRITE E PREVALÊNCIA
Artrite e doenças reumáticas são as principais causas de dor e incapacidade -
limitação de atividades relacionadas à artrite.
 Espera-se que a prevalência da artrite aumente substancialmente até
2030 devido ao envelhecimento da população e ao aumento da
prevalência da obesidade.
 Existem mais de 100 doenças reumáticas - as duas mais comuns são a
osteoartrite e a artrite reumatóide.
 A osteoartrite é uma doença articular degenerativa local que pode afetar
uma ou várias articulações (ou seja, mais comumente as mãos, quadris,
coluna e joelhos).
 A artrite reumatoide é uma doença inflamatória sistêmica crônica na qual
há atividade patológica do sistema imunológico contra os tecidos
articulares.
 Outras doenças reumáticas comuns incluem fibromialgia, lúpus
eritematoso sistêmico, gota e bursite.

TRATAMENTO
 Os medicamentos são componentes essenciais do tratamento da artrite
que inclui analgésicos, anti-inflamatórios não esteróides e medicamentos
anti-reumáticos modificadores da doença para a artrite reumatoide.
 No entanto, o tratamento ideal da artrite envolve uma abordagem
multidisciplinar, incluindo a educação do paciente em autocuidado,
fisioterapia e terapia ocupacional.
 Nos estágios finais da doença, quando a dor é refratária ao tratamento
conservador, a substituição total da articulação e outras cirurgias podem
fornecer alívio substancial.

94
Tiago Azinheirinha, Eduardo Dominguinhos & Gonçalo Mendonça | DCFST2 | 2020/2021
Resumos de APE III – Tudo Junto
EXERCÍCIO COMO TRATAMENTO
 Embora a dor e as limitações funcionais possam representar desafios à
atividade física entre os indivíduos com artrite, o exercício regular é
essencial para controlar essas condições.
 Especificamente, o exercício reduz a dor, mantém a força muscular ao
redor das articulações afetadas, reduz a rigidez articular, evita o declínio
funcional e melhora a saúde mental e a qualidade de vida.

TESTE DE EXERCÍCIO
A maioria dos indivíduos com artrite tolera testes de exercício limitados por
sintomas consistentes com recomendações para adultos aparentemente
saudáveis. Considerações especiais para indivíduos com artrite:
 O exercício de alta intensidade é contraindicado quando há inflamação
aguda (ou seja, calor, inchaço, e articulações doloridas). Se os indivíduos
estiverem experimentando inflamação aguda, o teste de exercício deve
ser adiado até que a chama diminua.
 Embora alguns indivíduos com artrite tolerem caminhada na esteira, use
cicloergometria sozinha ou combinada com ergometria de braço pode ser
menos dolorosa para alguns e permitir melhor avaliação da função
cardiorrespiratória. O modo de exercício escolhido deve ser o mínimo
doloroso para o indivíduo que está sendo testado.
 Dê tempo suficiente para os indivíduos se aquecerem em um nível de
intensidade de luz antes de iniciar o teste de exercício graduado.
 Monitore os níveis de dor durante o teste. Existem muitas escalas
validadas disponíveis, incluindo o Escala Borg CR10 e escala visual
numérica. O teste deve ser interrompido se o paciente indicar a dor é
muito forte para continuar.
 A força e a resistência musculares podem ser medidas usando protocolos
típicos.

95
Tiago Azinheirinha, Eduardo Dominguinhos & Gonçalo Mendonça | DCFST2 | 2020/2021
Resumos de APE III – Tudo Junto

PRESCRIÇÃO DE EXERCÍCIO PARA INDIVÍDUOS COM ARTRITE


A dor pode ser uma barreira importante para iniciar e manter um programa
regular de exercícios. Portanto, ao prescrever exercícios para indivíduos com
artrite, um princípio orientador chave deve ser a identificação de um programa
que minimize a dor enquanto progride gradualmente em direção a níveis que
proporcionam maiores benefícios à saúde.
 Em geral, as recomendações para a prescrição de exercícios são
consistentes com aquelas para adultos aparentemente saudáveis, mas
devem levar em consideração a dor, estabilidade e limitações funcionais
de um indivíduo.

TIPO DE EXERCÍCIO

96
Tiago Azinheirinha, Eduardo Dominguinhos & Gonçalo Mendonça | DCFST2 | 2020/2021
Resumos de APE III – Tudo Junto
EXERCÍCIO DE AERÓBIO, RESISTÊNCIA E FLEXIBILIDADE
 Atividades de exercícios aeróbicos com baixo estresse articular são
apropriadas, incluindo caminhada, ciclismo ou natação.
 Atividades de alto impacto, como correr, subir escadas e aquelas com
ações de parar e ir, não são recomendadas se limitadas por artrite na
parte inferior do corpo.
 Os exercícios de resistência devem incluir todos os principais grupos
musculares, conforme recomendado para adultos saudáveis.
 Incluir exercícios de flexibilidade com exercícios de ROM de todos os
principais grupos musculares.

FREQUÊNCIA E TEMPO
FREQUÊNCIA:
 Exercício aeróbico 3–5 dias / sem; Exercício de resistência 2-3 dias / sem;
exercícios de flexibilidade / amplitude de movimento (ROM) são
essenciais e devem ser realizados diariamente, se possível.
TEMPO:
 Uma meta de => 150 min / semana de exercícios aeróbicos é apropriada
para muitos indivíduos com artrite, mas longas sessões contínuas de
exercícios podem ser difíceis para alguns desses indivíduos.
 Portanto, é apropriado começar com episódios curtos de 10 minutos (ou
menos, se necessário), de acordo com os níveis de dor de um indivíduo.
O número ideal de séries e repetições de exercícios de resistência não é
conhecido. • Diretrizes para adultos saudáveis geralmente se aplicam
levando em consideração os níveis de dor.

INTENSIDADE
 Embora uma intensidade ideal de exercício aeróbico não tenha sido
determinada, intensidade leve ou moderada, atividades físicas são
recomendadas porque estão associadas a menor risco de lesão ou
exacerbação da dor em comparação com atividades de intensidade mais
alta. Uma reserva de consumo de oxigênio de 40% a 60% (VO2R) ou
reserva de frequência cardíaca (HRR) é apropriada para a maioria dos

97
Tiago Azinheirinha, Eduardo Dominguinhos & Gonçalo Mendonça | DCFST2 | 2020/2021
Resumos de APE III – Tudo Junto
indivíduos com artrite. Exercícios aeróbicos de intensidade muito leve (por
exemplo, 30% - 40% do VO2R ou HRR) são apropriados para indivíduos
com artrite que estão descondicionados.
 A intensidade apropriada para exercícios de resistência para pacientes
com artrite não foi determinada, e tanto o treinamento de resistência leve
quanto o de alta intensidade mostraram melhorias na função, dor e força
entre pacientes com artrite reumatoide e osteoartrite. No entanto, a
maioria dos estudos enfocou o treinamento de resistência de intensidade
leve ou moderada; ou seja, um número maior de repetições (10–15) em
uma percentagem menor de uma repetição máxima (1-RM) (40% –60% 1
RM). Para pacientes com artrite reumatoide e danos consideráveis nas
articulações que suportam peso, há algumas evidências de que atividades
físicas mais intensas podem resultar em maior progressão do dano
articular. Portanto, exercícios de resistência ou atividade física de menor
intensidade são recomendados para esses pacientes.

PROGRESSÃO
A progressão dos exercícios aeróbicos, de resistência e flexibilidade deve ser
gradual e individualizada com base na dor de um indivíduo e outros sintomas.

Considerações adicionais ao prescrever exercícios para indivíduos com artrite


(1)
 Evite exercícios extenuantes durante crises agudas e períodos de
inflamação. No entanto, é apropriado mover suavemente as juntas
através de sua ADM completa durante esses períodos.
 Períodos adequados de aquecimento e resfriamento (5–10 min) são
críticos para minimizar a dor. Atividades de aquecimento e relaxamento
podem envolver movimentos lentos das articulações através de sua
ADM.
 Indivíduos com dor significativa e limitação funcional podem precisar de
metas intermediárias abaixo dos 150 min / semana recomendados de
exercícios aeróbicos e devem ser encorajados a realizar e manter
qualquer quantidade de atividade física que sejam capazes de realizar.
Informe as pessoas com artrite que é comum um pequeno desconforto

98
Tiago Azinheirinha, Eduardo Dominguinhos & Gonçalo Mendonça | DCFST2 | 2020/2021
Resumos de APE III – Tudo Junto
nos músculos ou nas articulações durante ou imediatamente após o
exercício, e isso não significa necessariamente que as articulações
estão sendo ainda mais danificadas. No entanto, se a classificação da
dor do paciente 2h após o exercício for maior do que era antes do
exercício, a duração e / ou intensidade do exercício deve ser reduzida
em sessões futuras.

Considerações adicionais ao prescrever exercícios para indivíduos com artrite


(2)
 Incentive os indivíduos com artrite a se exercitarem durante o período do
dia em que a dor é geralmente menos intensa e / ou em conjunto com o
pico de atividade dos medicamentos para a dor.
 Sapatos apropriados que proporcionam estabilidade e absorção de
choque são particularmente importantes para indivíduos com artrite. Os
especialistas em calçados podem fornecer recomendações ou calçados
apropriados para atender aos perfis biomecânicos individuais.
 Incorpore exercícios funcionais, como sentar-para-ficar de pé e aumentar
os degraus conforme tolerado, para melhorar o controle neuromotor, o
equilíbrio e a manutenção das atividades da vida diária.
 Para exercícios na água, a temperatura deve ser de 28 ° a 31 ° C porque
a água morna ajuda a relaxar os músculos e reduzir a dor.

DEFINIÇÃO E PREVALÊNCIA DE FIBROMIALGIA


 A fibromialgia é uma síndrome caracterizada por dor musculosquelética
crônica não articular generalizada (tecido mole).
 A fibromialgia afeta aproximadamente 2% a 4% da população dos
Estados Unidos. A fibromialgia é diagnosticada principalmente em
mulheres (ou seja, sete mulheres para cada homem) e sua prevalência
aumenta com a idade.
 Os indivíduos com fibromialgia não mostram sinais de inflamação ou
anormalidades neurológicas e não desenvolvem deformidades
articulares ou doença articular. Portanto, a fibromialgia não é considerada
uma forma verdadeira de artrite.

99
Tiago Azinheirinha, Eduardo Dominguinhos & Gonçalo Mendonça | DCFST2 | 2020/2021
Resumos de APE III – Tudo Junto
SINAIS E SINTOMAS DE FIBROMIALGIA
 Os sinais e sintomas da fibromialgia incluem dor difusa crônica e
sensibilidade, fadiga, distúrbios do sono, rigidez matinal e depressão.
 Síndrome do intestino irritável, dores de cabeça tensionais, disfunção
cognitiva, fraqueza motora fina, síndrome das pernas inquietas,
sensibilidade química à temperatura e parestesia (ou seja, ardor,
formigamento, formigamento ou coceira na pele sem causa física
aparente) também podem estar presentes.
 A dor geralmente está presente há muitos anos, mas não há um padrão
(ou seja, a fibromialgia pode aparecer e diminuir e está presente em
diferentes áreas do corpo em momentos diferentes).
 A fadiga afeta aproximadamente 75% -80% dos indivíduos com
fibromialgia e geralmente está associada a sono insuficiente.
 Aproximadamente 30% dos indivíduos com fibromialgia têm diagnóstico
de depressão.
 Os sintomas de fibromialgia podem piorar devido ao estresse emocional.
 Devido à natureza da fibromialgia, um diagnóstico confirmado pode ser
difícil.
 Os critérios diagnósticos preliminares de 2010 incluem (a) determinar
onde o indivíduo tem dor; (b) a gravidade dos sintomas; (c) se os sintomas
estiveram presentes no mesmo nível por pelo menos 3 meses; e (d) a
confirmação da dor de um indivíduo não pode ser atribuída a outro
distúrbio.
 As áreas específicas do corpo onde a dor é avaliada são a cintura
escapular, braços e pernas superiores e inferiores, quadris, mandíbula,
tórax, abdômen, parte superior e inferior das costas e pescoço.
 O nível de gravidade é determinado para três sintomas: fadiga, despertar
sem energia e sintomas cognitivos.
 O tratamento para indivíduos com fibromialgia inclui medicamentos para
dor, sono e humor, bem como programas educacionais, terapia cognitivo-
comportamental e exercícios.
 O exercício aeróbico é benéfico para melhorar a função física e o bem-
estar geral em indivíduos com fibromialgia. Também há evidências de que

100
Tiago Azinheirinha, Eduardo Dominguinhos & Gonçalo Mendonça | DCFST2 | 2020/2021
Resumos de APE III – Tudo Junto
o exercício de resistência, especialmente o treinamento de força, melhora
a dor, a sensibilidade, a depressão e o bem-estar geral. Em geral, o
exercício melhora a flexibilidade, a função neuromotora, a função
cardiorrespiratória, o desempenho funcional, os níveis de atividade física,
a dor e outros sintomas da fibromialgia, bem como a autoeficácia, a
depressão, a ansiedade e a qualidade de vida. • A atividade física no estilo
de vida, definida como o acúmulo de 30 min de intensidade moderada,
atividade física acima da atividade física regular de 5 a 7 dias / sem,
melhora a função e reduz a dor.
 Com base no potencial de dor e exacerbação dos sintomas, o histórico
médico de um indivíduo e o estado de saúde atual devem ser revisados
antes de realizar testes de exercício ou prescrever um programa de
exercícios.
 Avaliar objetivamente as limitações fisiológicas e funcionais permitirá o
teste de exercício adequado e o treinamento de exercício ideal.

TESTE DE EXERCÍCIO (1)


Os indivíduos com fibromialgia geralmente podem participar de testes de
exercício limitados por sintomas. O protocolo de teste apropriado deve ser
selecionado com base na sintomatologia de um indivíduo. Individualize os
protocolos de teste conforme necessário.
Nessa população, o teste de caminhada de 6 minutos também é frequentemente
usado para medir o desempenho aeróbio.
Precauções especiais:
 Revise os sintomas antes do teste para determinar a gravidade e a
localização da dor e o nível de fadiga do indivíduo.
 Avalie a experiência anterior e atual de exercícios para determinar a
probabilidade do indivíduo ter um aumento nos sintomas após o teste.

TESTE DE EXERCÍCIO (2)


 Para indivíduos com depressão, forneça altos níveis de motivação usando
encorajamento verbal constante e possivelmente recompensas por atingir

101
Tiago Azinheirinha, Eduardo Dominguinhos & Gonçalo Mendonça | DCFST2 | 2020/2021
Resumos de APE III – Tudo Junto
certos níveis de intensidade para que o indivíduo tenha um desempenho
máximo durante o teste.
 Para indivíduos com disfunção cognitiva, determine seu nível de
compreensão ao seguir os testes verbais e escritos e as instruções de
treinamento.
 A ordem dos testes deve ser considerada para permitir o repouso
adequado e a recuperação de diferentes sistemas fisiológicos e / ou
grupos musculares. Por exemplo, dependendo dos sintomas mais
prevalentes (por exemplo, dor, fadiga) e suas localizações no dia do teste,
o teste de resistência pode ser concluído antes do teste de força e alternar
entre as extremidades superiores e inferiores.

EXERCISE TESTING (3)


 Monitor pain and fatigue levels continuously throughout the tests. Visual analog scales
(Figure 10.1) are available for these symptoms and easy to administer during exercise.
The Fibromyalgia Impact Questionnaire is most often used for individuals with
fibromyalgia to assess physical function, general well-being, and symptoms.
 Care should be taken to position the individual correctly on the testing or training
equipment to allow for the most pain-free exercise possible. This accommodation may
require modification to equipment such as adjusting the seat height and types of pedals
on a cycle leg ergometer, raising an exercise bench to limit the amount of joint (e.g., hip,
knee, back) flexion or extension when getting on or off the equipment, or providing
smaller weight increments on standard weight machines.
 If the individual with fibromyalgia has pain in the lower extremities prior to testing,
consider a non–weight-bearing type of exercise (e.g., cycle leg ergometry) to achieve a
more accurate measurement of CRF, thereby allowing the individual to perform to a
higher intensity prior to stopping because of pain.
 Prior to exercise testing and training, educate the individual on the differences between
postexercise soreness and fatigue and normal fluctuations in pain and fatigue
experienced as a result of fibromyalgia.

EXERCISE PRESCRIPTION (1)


 Exercise prescription recommendations for individuals with fibromyalgia are based on
very limited literature.

102
Tiago Azinheirinha, Eduardo Dominguinhos & Gonçalo Mendonça | DCFST2 | 2020/2021
Resumos de APE III – Tudo Junto
 For this reason, they are generally consistent with the exercise prescription for
apparently healthy adults (see Chapter 7) with the following considerations:

EXERCISE PRESCRIPTION (2)


 Monitor an individual’s pain level and location.
 Give appropriate recovery time between exercises within a session and between days
of exercise. Exercises should be alternated between different parts of the body or
different systems (e.g., musculoskeletal vs. cardiorespiratory).
 Individuals with fibromyalgia are commonly physically inactive because of their
symptoms. Prescribe exercise, especially at the beginning, at a physical exertion level
that the individual will be able to do or do without undue pain.
 Begin the exercise progression at a low enough level and progress slowly so as to allow
for physiologic adaptation without an increase in symptoms. In general, this population
has poor exercise adherence that is not only because of an increase in symptoms but
also because of the mixed and sometimes contradictory information they receive from
their various health care providers. Individuals with fibromyalgia typically have several
different professionals on their health care team (i.e., rheumatologist, primary care
physician, clinical exercise physiologist, nurse practitioner, and physical therapist) and
may get conflicting advice from several members.
 The individual’s symptoms always determine the starting point and rate of progression
for any type of exercise.

FITT RECOMMENDATIONS FOR INDIVIDUALS WITH FIBROMYALGIA


AEROBIC EXERCISE

 Frequency: Begin 2–3 d/wk and progress to 3–4 d/wk.


 Intensity: Begin at 30% VO2R or HRR and progress to 60% VO2R or HRR.
 Time: Begin with 10 min increments and accumulate to a total of at least 30 min/d and
progress to 60 min/d.
 Type: Low impact/non–weight-bearing exercise (e.g., water exercise, cycling, walking,
swimming) initially to minimize pain that may be caused by exercise.

FITT RECOMMENDATIONS FOR INDIVIDUALS WITH FIBROMYALGIA


RESISTANCE EXERCISE
 Resistance exercise generally includes muscular strength and endurance to train the
muscles for improved performance of functional activities. Resistance training improves

103
Tiago Azinheirinha, Eduardo Dominguinhos & Gonçalo Mendonça | DCFST2 | 2020/2021
Resumos de APE III – Tudo Junto
muscular strength and endurance in individuals with fibromyalgia, although the level of
evidence is less than that for aerobic exercise.
 Frequency: 2–3 d/wk
 Intensity: 50%–80% 1-RM. If the individual cannot complete at least 3 repetitions easily
and without pain at 50% 1-RM, it is advised the starting intensity be reduced to a level
where no pain is experienced.
 Time: If the goal is muscular strength, perform 3–5 repetitions per muscle group,
increasing to 2–3 sets. If the goal is muscular endurance, perform 10–20 repetitions per
muscle group, increasing to 2–3 sets; or some combination thereof as long as the muscle
groups are alternated. Typically, the strength exercises are completed first followed by
a 15–20 min rest period before completing endurance exercises.
 Type: Elastic bands, cuff/ankle weights, and weight machines.

FITT RECOMMENDATIONS FOR INDIVIDUALS WITH FIBROMYALGIA


FLEXIBILITY EXERCISE
 Simple stretching exercises in combination with other exercises improve functional
activities, symptoms, and self-efficacy in individuals with fibromyalgia, but the evidence
is very limited.
 Frequency: 1–3 times/wk, progress to 5 times/wk.
 Intensity: Active and gentle ROM stretches for all muscle tendon groups in the pain-free
range. The stretch should be held to the point of tightness or slight discomfort.
 Time: Initially hold the stretch for 10–30 s. Progress to holding each stretch for up to
60s.
 Type: Elastic bands and unloaded (non–weight-bearing) stretching.

FITT RECOMMENDATIONS FOR INDIVIDUALS WITH FIBROMYALGIA


Functional Activity

Functional activities (e.g., walking, stair climbing, rising from chair, dancing) are daily activities
that can be performed without using specialized equipment. For individuals with symptoms
such as pain and fatigue, functional activities are recommended to allow for maintenance of
light-to-moderate intensity, physical activity even when symptomatic.

Progression:

 The rate of progression of the FITT principle of exercise prescription for individuals
with fibromyalgia will depend entirely on their symptoms and recovery from or

104
Tiago Azinheirinha, Eduardo Dominguinhos & Gonçalo Mendonça | DCFST2 | 2020/2021
Resumos de APE III – Tudo Junto
reduction in symptoms on any particular day. They should be educated on how to
reduce or avoid certain exercises when their symptoms are exacerbated.
 Individuals with fibromyalgia should be advised to attempt low levels of exercise
during flare ups but listen to their bodies regarding their symptoms in order to
minimize the chance of injury.

FITT RECOMMENDATIONS FOR INDIVIDUALS WITH FIBROMYALGIA


SPECIAL CONSIDERATIONS

 Teach and have individuals with fibromyalgia demonstrate the correct mechanics for
performing each exercise to reduce the potential for injury.
 Teach individuals with fibromyalgia to avoid improper form and exercising when they
are excessively fatigued because these factors can lead to long-term exacerbation of
symptoms.
 Consider lesser amounts of exercise if symptoms increase during or after exercise.
Good judgment should be used to determine which aspect of the FITT principle of
Exercise prescription needs to be adjusted.
 Avoid the use of free weights for individuals with fibromyalgia when they are fatigued
or experiencing excessive pain.
 Individuals with fibromyalgia should exercise in a temperature and humidity controlled
room to prevent exacerbation of symptoms.
 Consider group exercise classes because they have been shown to provide a social
support system for individuals with fibromyalgia for reducing physical and emotional
stress. In addition, they assist in promoting exercise adherence.
 Consider including complementary therapies such as tai chi and yoga because they
have been shown to reduce symptoms in individuals with fibromyalgia.

MULTIPLE SCLEROSIS
 Multiple sclerosis (MS) is a chronic inflammatory demyelinating disease of the central
nervous system (CNS) that currently affects an estimated 2.1 million individuals
worldwide.
 The onset of MS usually occurs between 20 and 50 yr and affects women at a rate two
to three times more than men.
 Initial symptoms often include transient neurological deficits such as numbness or
weakness and blurred or double vision.
 Although the exact cause of MS is still unknown, most researchers believe it involves
an autoimmune response that is influenced by a combination of environmental,
infectious, and genetic factors. During an exacerbation, activated T cells cross the
blood–brain barrier precipitating an autoimmune attack on myelin in the CNS.
Following the initial inflammatory response, damaged myelin forms scarlike plaques
that can impair nerve conduction and transmission.
 This can lead to a wide variety of symptoms; the most common of which include visual
disturbances, weakness, sensory loss, fatigue, pain, coordination deficits, bowel or
bladder dysfunction, and cognitive and emotional changes.

105
Tiago Azinheirinha, Eduardo Dominguinhos & Gonçalo Mendonça | DCFST2 | 2020/2021
Resumos de APE III – Tudo Junto
 The disease course of MS is highly variable from individual to individual and within a
given individual over time.
 However, several distinct disease courses are now recognized as well as the relative
frequency of each including (a) relapsing remitting MS (RRMS; 85%) characterized by
periodic exacerbations followed by full or partial recovery of deficits; (b) primary
progressive MS (PPMS; 10%) characterized by continuous disease progression from
onset with little or no plateaus or improvements; and (c) progressive relapsing MS
(PRMS; 5%) characterized by a progression from onset with distinct relapses
superimposed on the steady progression.
 For the 85% of individuals who have an initial disease course of RRMS, many will
eventually (10–25 yr later) develop a secondary progressive MS (SPMS) disease course,
which is characterized by a slow but steady decline in function.
 The level of disability related to the progression of MS is commonly documented using
the Kurtzke Expanded Disability Status Scale (EDSS), which ranges from 0 to 10.
 EDSS scores from 0 to 2.5 are indicative of no to minimal disability, 3–5.5 moderate
disability and ambulatory without device, 6–7 significant disability but still ambulatory
with a device, 7.5–9 essentially chairbound or bedbound, and 10 death because of MS.

MULTIPLE SCLEROSIS IMPAIRMENTS (1)


 With respect to CRF, individuals with MS generally have lower maximal aerobic
capacity than age- and sex-matched adults without MS. Furthermore, aerobic capacity
continues to decrease with increasing levels of disability. HR and BP responses to GXT
are generally linear with respect to work rate but tend to be blunted compared to
healthy controls. This attenuation of HR and BP may be a result of cardiovascular
dysautonomia.
 Following 3–6 mo of progressive aerobic training, individuals with MS who have mild-
to-moderate disability have consistently demonstrated improvements in VO2peak,
functional capacity, lung function, and delayed onset of fatigue.

MULTIPLE SCLEROSIS IMPAIRMENTS (2)


 Decreased muscle performance is also a common impairment associated with MS.
Individuals with MS have lower isometric and isokinetic force production as well as
total work of the quadriceps muscle when compared to age- and sex- matched norms.
 Changes in muscle performance appear to be associated with central (neural drive and
conduction) and peripheral (decreased oxidative capacity) factors associated with the
disease process as well as the secondary effects of disuse atrophy.
 Although limited, current research demonstrates individuals with MS can improve
strength and function with progressive resistance training with greater gains being
realized by individuals with less disability because of MS of foot straps may be needed
to prevent the foot from falling off the pedal because of weakness and/or spasticity.
 A recumbent stepping ergometer (e.g., NuStep) that allows for the use of upper and
lower extremities may be advantageous because it distributes work to all extremities,
thus minimizing the potential influence of local muscle fatigue on maximal aerobic
testing.
 Depending on the disability and physical fitness level of the individual, use a
continuous or discontinuous protocol of 3–5 min stages increasing work rate for each
stage from 12 to 25 W.

106
Tiago Azinheirinha, Eduardo Dominguinhos & Gonçalo Mendonça | DCFST2 | 2020/2021
Resumos de APE III – Tudo Junto
 Heat sensitivity is common in individuals with MS so it is important to use a fan or
other cooling strategies during testing.
 Assessment of joint ROM and flexibility is important because increased tone and
spasticity can lead to contracture formation.
 Isokinetic dynamometry can be used to accurately evaluate muscle performance.
However, use of an 8–10-RM or functional testing (e.g., 30 s sit-to-stand test) can also
be used to measure muscular strength and endurance in the clinical or community
setting.
 Use physical performance tests as needed to assess endurance (6-min walk test) (see
Chapter 4), strength (5 repetition sit-to-stand), gait (walking speed) (see Chapter 8),
and balance (Berg Balance Scale, and Dynamic Gait Index).

EXERCISE PRESCRIPTION FOR INDIVIDUALS WITH MULTIPLE


SCLEROSIS
 For individuals with minimal disability (EDSS 0–2.5), the FITT principle of Ex Rx is
generally consistent with those outlined in Chapter 7 for healthy adults.
 As MS symptoms and level of disability increase, the following modifications outlined
may be required.

FITT RECOMMENDATIONS FOR INDIVIDUALS WITH MULTIPLE


SCLEROSIS
Aerobic Exercise

 Frequency: 3–5 d/wk.


 Intensity: 40%–70% VO2R or HRR; RPE 11–14.
 Time: Increase exercise time initially to a minimum of 10 min before increasing
intensity. Progress to 20–60 min. In individuals with excessive fatigue, begin with lower
intensity and discontinuous bouts of exercise.

Resistance Exercise

 Frequency: 2 d/wk.
 Intensity: 60%–80% RM
 Time: 1–2 sets of 8–15 repetitions. When strengthening weaker muscle groups or
easily fatigued individuals, increase rest time (e.g., 2–5 min) between sets and
exercises as needed to allow for full muscle recovery. Focus on large antigravity muscle
groups and minimize total number of exercises performed.

Flexibility Exercise

 Frequency: 5–7 d/wk, 1–2 times/d.


 Intensity: Stretch to the point of feeling tightness or mild discomfort.
 Time: Hold static stretch 30–60 s, 2–4 repetitions

107
Tiago Azinheirinha, Eduardo Dominguinhos & Gonçalo Mendonça | DCFST2 | 2020/2021
Resumos de APE III – Tudo Junto

SPECIAL CONSIDERATIONS
• In spastic muscles, increase the frequency and time of flexibility exercises. Muscles and
joints with significant tightness or contracture may require longer duration (several
minutes to several hours), and lower load positional stretching to achieve lasting
improvements.
 Whenever possible, incorporate functional activities (e.g., stairs, sit-to-stand) into the
exercise program to promote optimal carryover.
 Use RPE in addition to HR to evaluate exercise intensity. With individuals who have
significant paresis, consider assessing RPE of the extremities separately using the 6–20
scale to evaluate effects of local muscle fatigue on exercise tolerance.
 During an acute exacerbation of MS symptoms, decrease the FITT of the Ex Rx to the
level of tolerance. If the exacerbation is severe, focus on maintaining functional
mobility and/or focus on activities such as aerobic exercises and flexibility.
 Commonly used disease-modifying medications can have transient side effects such as
flu-like symptoms and localized irritation at the injection site. Take medication side
effects into consideration with exercise testing and scheduling.
 Systemic fatigue is common in MS but tends to improve with increased physical
fitness. It is important to help the individual understand the difference between more
general centrally mediated MS fatigue and temporary peripheral exercise-related
fatigue. Tracking the effects of fatigue may be helpful using an instrument such as the
Modified Fatigue Impact Scale.
 Heat sensitivity is common in MS. Use of fans, evaporative cooling garments, and
cooling vests can increase exercise tolerance and reduce symptoms of fatigue.
 HR and BP responses may be blunted because of dysautonomia so that HR may not be
a valid indicator of exercise intensity. RPE can be used in addition to HR to evaluate
exercise intensity.
 Some individuals may restrict their daily fluid intake because of bladder control
problems. They should be counseled to increase fluid intake with increased physical
activity levels to prevent dehydration.
 Many individuals with MS have some level of cognitive deficit that may affect their
understanding of testing and training instructions. They may also have short-term
memory loss that requires written instructions and frequent verbal cueing and
reinforcement.
 Watch for signs and symptoms of the Uhthoff Phenomenon (typically involves a
transient (24h) worsening of neurological symptoms, most commonly visual
impairment associated with exercise and elevation of body temperature). Symptoms
can be minimized by using cooling strategies and adjusting exercise time and intensity
as appropriate.

OSTEOPOROSIS DEFINITION
• Osteoporosis is a skeletal disease that is characterized by low bone mineral density
(BMD) and changes in the microarchitecture of bone that increase susceptibility to
fracture.
• The burden of osteoporosis on society and the individual is significant. More than 10
million individuals in the United States <=50 yr have osteoporosis, and another 34
million are at risk.

108
Tiago Azinheirinha, Eduardo Dominguinhos & Gonçalo Mendonça | DCFST2 | 2020/2021
Resumos de APE III – Tudo Junto
• Hip fractures, in particular, are associated with increased risk of disability and death.
The 2007 official position of the International Society of Clinical Densitometry, which
has been endorsed by the American Association of Clinical Endocrinologists, the
American Society for Bone and Mineral Research, the Endocrine Society, the North
American Menopause Society, and the National Osteoporosis Foundation, defines
osteoporosis in postmenopausal women and in men <=50 yr as a BMD T-score of the
lumbar spine, total hip, or femoral neck of <= -2.5.
• However, it is important to recognize that osteoporotic fractures may occur at BMD
levels above this threshold, particularly in the elderly.

OSTEOPOROSIS AND EXERCISE


• Physical activity may reduce the risk for osteoporotic fractures by enhancing the peak
bone mass achieved during growth and development, by slowing the rate of bone loss
with aging, and/or by reducing the risk of falls via benefits on muscle strength and
balance.
• Accordingly, physical activity plays a prominent role in primary and secondary
prevention of osteoporosis. Physical activity is inversely associated with risk of hip and
spine fracture, and exercise training can increase or slow the decrease in spine and hip
BMD.

EXERCISE TESTING
• There are no special considerations for exercise testing of individuals at risk for
osteoporosis regarding when a test is clinically indicated beyond those for the general
population. However, when exercise tests are performed in individuals with
osteoporosis, the following issues should be considered:
• Use of cycle leg ergometry as an alternative to treadmill exercise testing to assess CRF
may be indicated in patients with severe vertebral osteoporosis for whom walking is
painful.
• Vertebral compression fractures leading to a loss of height and spinal deformation can
compromise ventilatory capacity and result in a forward shift in the center of gravity.
The latter may affect balance during treadmill walking necessitating handrail support
or an alternative modality.
• Maximal muscle strength testing may be contraindicated in patients with severe
osteoporosis, although there are no established guidelines for contraindications for
maximal muscle strength testing.

EXERCISE PRESCRIPTION
The FITT principle of Ex Rx for individuals with osteoporosis are categorized into two types of
populations:

(a) individuals at risk for osteoporosis defined as having >=1 risk factor for osteoporosis (e.g.,
current low bone mass, age, being female); and

(b) individuals with osteoporosis.

109
Tiago Azinheirinha, Eduardo Dominguinhos & Gonçalo Mendonça | DCFST2 | 2020/2021
Resumos de APE III – Tudo Junto

FITT RECOMMENDATIONS FOR INDIVIDUALS AT RISK FOR AND


WITH OSTEOPOROSIS
AEROBIC AND RESISTANCE EXERCISE

Individuals at Risk for Osteoporosis: the following FITT principles of Ex Rx are recommended to
help preserve bone health:

• Frequency: Weight-bearing aerobic activities 3–5 d/wk, and resistance exercise 2– 3


d/wk.
• Intensity: Aerobic: Moderate (e.g., 40%– 60% (VO2R or HRR) intensity; resistance:
moderate (e.g., 60%–80%) 1-RM, 8–12 repetitions with exercises involving each major
muscle group) to vigorous (e.g., 80%–90% 1-RM, 5–6 repetitions with exercises
involving each major muscle group) intensity in terms of bone loading forces.
• Time: 30–60 min/d of a combination of weight-bearing aerobic and resistance
activities.
• Type: Weight-bearing aerobic activities (e.g., tennis, stair climbing/ descending,
walking with intermittent jogging), activities that involve jumping (e.g., volleyball,
basketball), and resistance exercise (e.g., weight lifting).

Individuals with Osteoporosis: the following FITT principles of Ex Rx are recommended to help
prevent disease progression:

• Frequency: Weight-bearing aerobic activities 3–5 d/wk, and resistance exercise 2–3
d/wk.
• Intensity: Moderate intensity (i.e., 40%– 60% VO2R or HRR) for weightbearing aerobic
activities and moderate intensity (e.g., 60%–80% 1-RM, 8–12 repetitions of exercises
involving each major muscle group) in terms of bone loading forces, although some
individuals may be able to tolerate more intense exercise.
• Time: 30–60 min/d of a combination of weight-bearing aerobic and resistance
activities.
• Type: Weight-bearing aerobic activities (e.g., stair climbing/descending, walking, other
activities as tolerated) and resistance exercise (e.g., weight lifting).

SPECIAL CONSIDERATIONS
• It is difficult to quantify exercise intensity in terms of bone loading forces. However,
the magnitude of bone loading force generally increases in parallel with exercise
intensity quantified by conventional methods (e.g., %HRmax or %1-RM).
• There are currently no established guidelines regarding contraindications for exercise
for individuals with osteoporosis. The general recommendation is to prescribe
moderate intensity exercise that does not cause or exacerbate pain.
• Exercises that involve explosive movements or high-impact loading should be avoided.
Exercises that cause twisting, bending, or compression of the spine should also be
avoided.
• BMD of the spine may appear normal or increased after osteoporotic compression
fractures have occurred or in individuals with osteoarthritis of the spine. Hip BMD is a
more reliable indicator of risk for osteoporosis than spine BMD.

110
Tiago Azinheirinha, Eduardo Dominguinhos & Gonçalo Mendonça | DCFST2 | 2020/2021
Resumos de APE III – Tudo Junto
• For older women and men at increased risk for falls, the exercise prescription should
also include activities that improve balance (Chapter 8 and the relevant ACSM position
stand).
• In light of the rapid and profound effects of immobilization and bed rest on bone loss
and poor prognosis for recovery of mineral after remobilization, even the frailest
elderly should remain as physically active as his or her health permits to preserve
musculoskeletal integrity.

OSTEOARTICULARES
Adaptação de Exercícios Problemas Ósteo-Articulares

Adaptação de Exercícios a Populações Especiais

Alterações Ortopédicas comuns

1. Alterações de ordem postural:

Patologias da coluna – Escoliose, Cifose, Lordose, Hérnia discal e outras

Recomendações específicas:

• Aumento da consciencialização do alinhamento neutro da coluna


• Fortalecimento dos músculos da costas, sobretudo os responsáveis por a manutenção
da estabilidade da zona média da coluna, omoplata e ombro.
• Desenvolvimento dos Abdominais como estabilizadores da coluna lombar.
• Alongamento dos músculos extensores de coluna que estão encurtados (zona lombar
e cervical), Psoas-Ilíaco e Hamstrings.
• Cuidado com movimentos bruscos de flexão/extensão da coluna.
• Evitar exercícios de flexão do tronco sem suporte.
• Atenção aos movimentos de flexão lateral e rotação – suporte do tronco e velocidade
de execução.
• Trabalhar dentro do limite da dor

2. Alterações do membro inferior:


• Displasia da anca
• Relação anca/joelho – “Q angle” elevado indicia problemas de valgismo, síndroma
femuro-patelar, problemas de meniscos, encurtamento dos músculos adutores, etc.
• Joelhos Varum e Valgum
• Pé plano ou cavo
• Síndroma do “Membro inferior mais curto”

Recomendações específicas:

• Desenvolver a consciência corporal de modo a melhorar os problemas posturais


associados a estas situações.
• Aumentar a mobilidade nas articulações deficitárias (ex. tíbiotársica)e,
simultaneamente, reduzir hipermobilidade de outras (ex. joelho).
• Evitar movimentos de grande amplitude ao nível da articulação do joelho
(ex.”Agachamento” e o “Lunge”).
• Trabalhar dentro do limite do desconforto

111
Tiago Azinheirinha, Eduardo Dominguinhos & Gonçalo Mendonça | DCFST2 | 2020/2021
Resumos de APE III – Tudo Junto

3. Alterações do membro Superior:


A. Inflamação do complexo Acrómio-Clavícular ou “Shoulder Impingment”

Recomendações específicas:
• aumentar a mobilidade da articulação dentro do limite da dor
• Desenvolver força nos músculos adjacentes através de contracção isométrica, mantida
por curtos períodos de tempo

B. Epicôndilite ou “Ténnis Elbow”


Recomendações específicas:
• Evitar movimentos que envolvam o antebraço
• Manter uma mobilidade confortável, sem dor
• Evitar movimentos descontrolados de extensão do cotovelo

C. Síndroma do Túnel cárpico

Recomendações específicas:
• Eliminar exercícios de suporte do peso corporal nos membros superiores
ou outros que implique a flexão do pulso ou produção de força com a
mão.
• Evitar a utilização de pesos manuais.

Problemas ósteo-articulares

1. Arterite

Recomendações específicas:

• Manutenção de uma amplitude de movimento funcional. Privilegiar o trabalho de


flexibilidade.
• Evitar a utilização de resistências elevadas em casos de arterite grave.
• Respeitar a regra das “2 horas”. Quando, 2 horas após a sessão de exercício, sentir
aumento da dor, então a intensidade do mesmo foi excessiva!
• Os movimentos pliométricos devem ser eliminados.
• Em situações de crise, deve reduzir a actividade física para níveis possíveis. A dor pode
ser a nossa maior aliada!

2. Osteoporose

Recomendações específicas:

112
Tiago Azinheirinha, Eduardo Dominguinhos & Gonçalo Mendonça | DCFST2 | 2020/2021
Resumos de APE III – Tudo Junto
• Estimular a reposição mineral óssea através do treino de força, incluindo exercícios
com suporte do peso corporal.
• Respeitar as fases de adaptação ao exercício, reduzindo a intensidade do trabalho para
os indivíduos sedentários.
• Evitar movimentos de flexão do tronco sem apoio enquanto existir fragilidade nos
músculos do tronco (Massa Comum, Abdominais, Glúteos e músculos pélvicos
profundos – “Core Muscles”).
• Desenvolver a capacidade de equilíbrio e estabilidade sobretudo, no ombro, tronco e
bacia de modo a prevenir quedas.
• Manter rotinas de mobilização articular, alongamento e relaxamento muscular.

3. Doença de Parkinson

Recomendações específicas:

• Privilegiar o trabalho de alongamento e correcção postural.


• Desenvolver a capacidade de equilíbrio e estabilidade sobretudo, no ombro, tronco e
bacia de modo a prevenir quedas.
• Manter uma coordenação de movimentos funcional, podendo utilizar-se materiais
instáveis para treino reactivo.
• Períodos curtos de estimulação muscular seguidos de intervalos de relaxamento.
• Desenvolver técnicas de relaxamento postural.

Cancro da Mama

Situação patológica que implica o aumento anormal e descontrolado de células mamarias


formando um tumor

Tipos de tumor:

Grau 1: Tumores sem envolvimento de nódulos linfáticos

Grau 2: Tumores de maior dimensão (2.5 a 5 cm de diâmetro) e podem ou não afectar os


gânglios linfáticos.

Grau 3: Tumores com mais de 5 cm de diâmetro e associados aos gânglios linfáticos

Grau 4: São considerados incuráveis devido à propagação do cancro a outras regiões (cérebro,
pulmões ou fígado).

Diagnóstico precoce:

Pessoal ou médico:

• palpação da glândula mamaria e tecidos envolventes, incluindo gânglios axilares;


• Mamografia e ecografia mamaria de acordo com o escalão etário.

113
Tiago Azinheirinha, Eduardo Dominguinhos & Gonçalo Mendonça | DCFST2 | 2020/2021
Resumos de APE III – Tudo Junto
Tipos de cirurgia:

• Mastectomia radical;
• Mastectomia radical modificada;
• Mastectomia simples;
• Lupectomia

Tratamentos pós-cirúrgicos:

• Radiações: +- 6 semanas após Lupectomia


• Quimioterapia: quando o tumor afecta os gânglios linfáticos
• Hormonoterapia, normalmente associada à quimioterapia

Complicações Pós-operatórias:

• Psicológicas
• Dores na região superior do peito
• Falta de sensibilidade no braço associada a diminuição da força muscular e da
funcionalidade (braço e cintura escapular)
• Edema linfático quando se verificou a remoção de gânglios linfáticos

Vantagens do exercício físico:

1. Psicológicas:
• Ajuda a reduzir o stress emocional
• Promove o bem estar
• Melhora a auto-imagem

2. Fisiológicas
• Melhoria da capacidade cardio-respiratória
• Aumento da mobilidade articular e da capacidade muscular da região afectada

Redução do edema linfático

3. Sociais
• Proporciona a integração num grupo e favorece a inter-ajuda

Quando iniciar o exercício após a cirurgia?

1. Durante o tratamento de quimioterapia, hormonoterapia ou radiações, as alterações


metabólicas e a diminuição da eficiência do sistema imunitário, limitam a prática do exercício
físico regular. Qualquer actividade física deverá ser de muito baixa intensidade, sendo o
principal objectivo promover a melhoria do estado emocional.

2. 6 a 12 meses após inicio do tratamento e sempre de acordo com autorização médica.

114
Tiago Azinheirinha, Eduardo Dominguinhos & Gonçalo Mendonça | DCFST2 | 2020/2021
Resumos de APE III – Tudo Junto
Que tipo de exercício?

1. Exercícios dirigidos aumento da amplitude articular, sobretudo do ombro e membro


superior do lado afectado por a cirurgia.

2. Trabalho de correcção postural e recuperação da funcionalidade corporal.

3. Fortalecimento dos principais grupos musculares através de um trabalho intensidade


reduzida (< que 60% de 1 RM) - 1 a 3 series, 10 12 repetições, realizadas em ritmo lento de
modo a promover a qualidade da execução.

Aspectos fundamentais para a segurança de um programa de exercício para mulheres


mastectomisadas:

1. Conhecer, exactamente, a história clinica da cliente, nomeadamente, o tipo de cirurgia e


tratamento póscirúrgico a que se submeteu.

2. Durante os tratamento de quimioterapia, devido à reduzida eficácia do sistema imunitário,


deve evitar-se o contacto com indivíduos que possam ser portadores de patologias
contagiosas. A participação regular em aulas de grupo estará condicionada à capacidade de
reacção ao tratamento.

3. Evitar a utilização de resistências externas (barras, halteres, etc.) na primeira fase de


adaptação ao exercício, sobretudo em clientes submetidas a limpeza ganglionar.

4. Não estimular o aumento da intensidade do exercício mas concentrar o trabalho na


qualidade da execução e no efeito psicológico positivo da actividade física.

5. Dar especial atenção aos sinais de fadiga! Este tipo de aluna terá tendência para exceder os
seus limites.

6. Estar disponível para ouvir e aconselhar a cliente.

115
Tiago Azinheirinha, Eduardo Dominguinhos & Gonçalo Mendonça | DCFST2 | 2020/2021

Você também pode gostar