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Conceitos essenciais
Texto de apoio.
Deve estimular a presença nas aulas, para visualização de
casos clínicos e de iconografia referente ás patologias
descritas.
José Casanova
COLUNA TRAUMÁTICA
AVALIAÇÃO INICIAL
Exame físico
Inspeçã o
Tumefaçõ es
Equimoses
Alteraçõ es da postura
Palpaçã o
Pontos dolorosos
Exame neuroló gico
Fratura compressã o em flexã o
Fratura da odontoide
15% das fraturas cervicais
Tratamento
Tipo I
Está veis - Colar cervical
Tipo II
Halo vest – 1. Jovens, está veis; em doentes que nã o tolerem
cirurgia
Se pseudartrose - Fixaçã o
Tipo III
Fixaçã o cirú rgica
Halo vest – está veis 6 a 12 semanas
Espondilolistese traumá tica
Hangman’s fracture
Clinica e Imagiologia
Anamnese
Dor
Sintomas acompanhantes
Sensibilidade
Força muscular
Exame físico
Inspeçã o
equimoses
Pontos dolorosos
Hematoma
Avaliaçã o neuroló gica
Radiologia
Rx coluna toraco-lombar
TAC
Classificaçã o
TEORIA de DENIS
Uma coluna atingida
Estabilidade
Duas ou mais colunas
Instabilidade
AO
Fraturas de flexã o-distraçã o, a clá ssica lesã o do cinto de segurança, com falência
das colunas média e posterior, e preservaçã o ou compressã o da anterior,
dependendo do eixo de rotaçã o. Podem estar associadas lesõ es abdominais.
TRATAMENTO
O tratamento cirú rgico está indicado em fraturas instá veis e/ou em doentes com
déficite neuroló gico.
COLUNA NÃO TRAUMÁTICA
LOMBALGIA
1. Estruturais
1.1 Instabilidade segmentar; 1.2. Causa discogénica, roturas disco; 1.3. Artropatia
facetaria; 1.4 Rotura muscular; entorse ligamentar; 1.5 Espondilolistesis, 1.6
Estenose canalar; 1.7 Fratura; 1.8 Infeçã o: 1.8.1 Discite; 1.8.2 Osteomielite
vertebral; 1.9 Inflamató ria: 1.9.1 Espondilite anquilosante; 1.9.2 Artrite
reumatoide: 1.10 Tumores: 1.10.1 Primá rios (mieloma); 1.10.2 Secundá rios
2. Endocrinas
2.1 Osteomalacia; 2.2 Osteoporose; 2.3 Acromegalia
3. Hematologica
3.1 Doença de células falciformes
1. Viscerais
1.1 Calculos renais, infeçõ es uriná rias, pielonefrites; 1.2 Ú lcera duodenal; 1.3
Aneurima aó rtico abdominal ou torá cico; 1.4 Hipertrofia auricular esquerda na
doença da vá lvula mitral; 1.5 Pancreatite; 1.6 Neoplasia retroperitoneal; 1.7
Có lica biliar; 1.8 Ginecologica; 1.9 Gravidez ectó pica; 1.10 Endometriose; 1.11
Crise de células falciformes
2. Medicamentosas
2.1 Osteoporose pó s corticoterapia; 2.2 Fibrose retroperitoneal secundaria a
maleato de metisergide
3. Musculoesqueléticas
3.1 Patologia anca; 3.2 Doença sacroiliaca; 3.3 dor Escapulotorá cica
4. Psicogénicos
CLINICA
Dor regiã o lombar
Com ou sem irradiaçã o
Início brusco
Associado ao levantar de pesos
Agravado com a manobra de Valsalva
Irradiaçã o membro inferior (ciá tica)
AVALIAÇÃO
Histó ria clínica
Quando e como começou
Localizaçã o e irradiaçã o
Ritmo
Factores/posiçõ es de alívio/agravamento
Exame físico
Palpaçã o abdominal
Palpaçã o local
Marcha
Posicionamento
Manobra de Lá segue
Exame neuroló gico
Exames complementares de diagnó stico
Raios X
TAC
RM
TRATAMENTO
Essencial obter um diagnó stico exato sobre a origem da dor e tipo de
lombalgia
Tratamento sintomá tico
Analgésico
Miorelaxante
Ansiolítico
Tratamento da causa
Etiologia
Condiçõ es de trabalho
Carregar cargas excessivamente pesadas
Manutençã o de posturas incorrectas por muito tempo
Fadiga muscular
Pratica desportiva (halterofilismo; ginastas; tenistas;
futebol)
Clínica:
Lombalgia
Início abrupto ou insidioso
Distribuiçã o no territó rio do nervo afectado
Pode irradiar para a perna e pé - ciá tica
Cará cter disestésico (formigueiro, adormecimento, choque eléctrico, sensaçã o de
pele queimada, hipo ou hiperestesia…)
Agrava em pé e ao caminhar
Dificuldade em encontrar posiçã o de conforto
Decú bito dorsal, com almofada colocada sob joelhos flectidos
Diagnó stico:
HC
Inspecçã o:
Espasmo lombar marcado
Atitude escolió tica de defesa
Diminuiçã o da flexã o da coluna
Ex. físico:
Teste de Laségue
Estiramento do ciá tico (L5 ou S1)
Estiramento do nervo femoral (L1 a L4)
Ex. neuroló gico ( alteraçõ es sã o tardias)
Imagiologia
RX, TC, RM
RM
Tratamento
Médico (conservador)
Bons há bitos posturais
Repouso: 1 a 3 dias
AINEs
Miorrelaxantes: 7-10 dias
Fisioterapia
Corticoesteroides orais ou injecçã o epidural: aliviam a dor na perna nas
primeiras 2 semanas
Cirúrgico – discectomia (percutãnea; mini-incisão)
laminectomia… prótese de disco
Quando os sintomas persistem para além de 6 semanas
Episó dios recorrentes
Deficit neuroló gico progressivo
Hérnia Lombar
Prevençã o
evitar o excesso de peso corporal;
manter uma boa postura
Em pé
Sentado
Deitado
Ao levantar um peso
praticar exercício físico regularmente (andar a pé, bicicleta
e nadar)
Clinica
Normalmente insidiosa
Claudicaçã o neurogénica
Varia com a posiçã o
Extensã o da coluna alivia (alargamento)
Flexã o da coluna agrava
Dor apó s algum tempo de marcha
Diagnó stico
Exame físico
Exame neuroló gico
Avaliaçã o da pele
Avaliaçã o pulsos periféricos
Exame radiográ fico
RX coluna
TAC
RM
EMG
Diagnó stico Diferencial
Aneurisma da aorta
Insuficiência arterial
Diabetes
Tumor
Tratamento
Conservador
AINE
Actividade física moderada
Hidroterapia
Bloqueio de facetas
Bloqueio epidural
Cirú rgico
Laminectomia
Fixaçã o transpedicular
CERVICALGIA
Sintoma comum e causa frequente de consulta em Medicina Geral e
Urgência
Consequência de uma patologia ó ssea, articular, muscular, ou combinaçã o
de vá rias
CAUSAS
Agudas
Aparecimento repentino sem causa aparente
Cró nicas
Permanecem no tempo, com dor de intensidade variá vel, como na
cervicartrose, discopatia vertebral, fibromialgia)
Psicosomá ticas
Provocadas por estados de ansiedade
Frequentemente os sintomas referidos nã o coincidem com o
conhecimento anató mico e fisioló gico
Traumá ticas
Por traumatismos directos, ou indirectos
RADICULOPATIA CERVICAL
CERVICOBRAQUIALGIA
Clinica
Sintomatologia
Cervicalgia e cervicobraquialgia
Disestesias e parestesias
Cefaleias
Por vezes dificuldade em escrever
Posiçã o antá lgica
Mielopatia cervical
Alteraçã o tronco e pernas
Posiçã o de alivio
Exame físico
Mobilidade cervical dolorosa
Rotaçã o axial e extensã o podem desencadear dor
Avaliaçã o neuroló gica de C5 a T1
Avaliaçã o de sinais de alteraçã o vascular e compressã o nervosa
Diferenciar de STC
C6 e C7 C8 e T1
Padrõ es comuns de radiculopatia cervical
Raíz Sintomas Motor Reflexo
C2 Cefaleias occipitais,
Dor temporal - -
C3 Cefaleia occipital,
Dor retro-auricular e retro- - -
orbitá ria
C4 Dor trapézio e base pescoço - -
C5 Braço lateral Deltoide Bicipital
C6 Antebraço radial, polegar, e Bicipete Braquioradial
indicador Extensã o do
punho
C7 3º dedo Tricipete Tricipital
Flexã o do punho
C8 4º e 5º dedos Flexores dedos -
T1 Antebraço ulnar Intrinsecos mã o -
Exames complementares
Radiografia
TAC
RM
Diagnó stico diferencial
Ombro congelado
Isquemia miocá rdio (esquerda)
STC
Tendinopatia da coifa dos rotadores
Sindrome do desfiladeiro torá xico
Lesã o plexo braquial
Sindrome de Parson Turner
Tratamento
Conservador
AINE
Miorelaxante
Analgésico narcó tico
Fisioterapia
Cirú rgico
Descompressã o
Pró tese disco
Fusã o
ESCOLIOSE
A escoliose idiopática (EI) é uma deformidade no plano frontal >10º
(medida pelo método de Cobb), sem causa conhecida.
Infantis
Têm repercussõ es graves sobre o desenvolvimento da caixa torá cica com
alteraçõ es cardipulmonares significativas.
Sem predileçã o por sexo.
Idade <3 anos; representam 4% das EI
Maioria das curvas sã o torá cicas e 75% sã o convexas esquerdas.
Juvenis
Mais frequentes em raparigas
Curvas torá cicas direitas
Idade entre os 3 e os 10 anos
Representam 15% das EI
95% das curvas vã o progredir
Adolescentes
Suspeita de interaçã o poligenética
Idade >10 anos
Representam 80% das EI
Em curvas pequenas sem predomínio sexo; curvas <30º predomínio
feminino 10:1
Aumento de crescimento da curva coincide com os picos de crescimento e
o desenvolvimento hormonal
Progressã o da curva
Mediçõ es
 ngulo costovertebral de Metha - sobreposiçã oo da costela com a
vértebra. Se >20º risco de progressã o da curva
Conservador
Ortó tese em infantis se curvas forem > 30º; Juvenis >20º e adolescentes >25º
Usar em doentes esqueléticamente imaturos (Rissser 0,1 ou 2), durante 16 a 23h
dia, e termina com o final do crescimento ó sseo ou se a curva se torna >45ª
(ineficaz).
Milwaukee
Cirú rgico
Adolescentes: Curvas torá cicas 45º a 50º. Curvas lombares >45º ou desiquilibrio
torá cico marcado com curvas >40º.