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FRACTURAS DO COLO DO FÉMUR

Sumário
q Introdução
q Anatomia da articulação do quadril
q Definição
q Epidemiologia
q Classificação
q Causas
q Diagnóstico
q Tratamento
q Complicações
q Conclusão
q Bibliografia
Introdução
q O fémur é o maior e o mais forte osso do corpo humano,
sendo a sua principal função o suporte de carga e a marcha.

q Para que este osso execute a sua função de forma plena,


ele precisa manter a sua forma e a sua angulação em
relação a articulação do quadril, para que sirva
adequadamente como braço de alavanca para a
musculatura da coxa.
Cont.
q As fracturas do colo do fémur predomina nos idosos
e sexo feminino, tendo como o principal factor
predisponente a osteoporose. Mas também podem
ocorrer em adultos e jovens assim como em criancas.
q O número de casos vem aumentando devido
especialmente ao aumento da espetactiva de vida.
Cont.
q Esta fractura ainda possui uma mortalidade
relativamente alta (25%), pelos problemas inerentes
ao idoso acamado ( pneumonia, TEP, escaras de
decúbito, etc.), embora novos conceitos terapêuticos
tenham melhorado bastante o prognóstico desta
fractura.
Anatomia da articulação coxofemoral
q O quadril, ou articulação coxofemoral é formado
pelos ossos da bacia (pelve) e pelo fémur. Seu
formato assemelha se a uma esfera dentro de uma
taça invertida.
q A esfera é a parte arredondada de cima do fémur
(cabeça femural) e a taça na qual ela se encaixa é o
acetabulo.
Anatomia ( cont.)
q Entre estes dois ossos existe uma camada de cartilagem.
Esta possibilita o movimento da articulação com pouco de
atrito quando está saudável. Espessos ligamentos
compõem a capsula articular, que mantém o conjunto
firmemente unido, nomeadamente:
✔ Ligamento íleofemoral;
✔ Pubofemoral;
✔ Isquiofemoral.
Cont.
q Irrigação sanguínea:
q Ramo ascendente da artéria circunflexa femoral
lateral (anel arterial intracapsular subsinovial,
artérias cervicais ascendentes) e artéria foveal (ramo
da artéria obturatória). Este segundo grupo é
pequeno ou mesmo ausente (20%).
Definição
q Fractura do colo do fémur ou intrarticular é aquela
que possui um fragmento proximal que inclui a
cabeça e uma extenção maior ou menor do colo.
Epidemiologia
q ± 50% das #s da extremidade superior do fémur.
q Idosos: > 60 anos + frequente em mulheres.
q Adultos jovens: + em homens devido a acidentes de
trabalho.
q Crianças: 11-12 anos — 3 xs + nos rapazes.
q 50% das lesões da anca.
Classificação
q A- Anatómica.
q B- Estrutural.

q A- ANATÓMICA:
q 1- Subcapital.
q 2- Transcervical.
q 3- Basecervical.
Cont.
q B – ESTRUTURAL:
Classificação de Garden
q Tipo I - # incompleta impactada em valgo
q Tipo II - # completa sem desvio.
q Tipo III - # completa com desvio parcial em varo, que perde o
alinhamento nas trabéculas ósseas entre a cabeça femoral com as asas do
ilíaco.
q Tipo IV - # completa e desvio completo sem contacto entre os
fragmentos ósseos
Classificação de Garden (cont.)
Causas
q Em idosos- Degenerativas (osteoporose),
desmineralização óssea).
Causadas por trauma de baixa energia, podendo ser
directas e indirectas.
q Directas- Queda sobre o trocânter maior, ou uma
rotação externa forçada na extremidade inferior
comprime um colo osteoporótico contra o lado
posterior do acetábulo.
Cont.
q Indirectas-As forças musculares superam a resistência do
colo femural.

q Em adultos e jovens ( <60 anos)-Traumáticas (acidentes


de viação em alta velocidade, trabalho e quedas de altura)
q Em crianças-Patológicas (osteomielites,osteomalácia,
tumores, etc.
q Fracturas de stress ou carregamento cilclico: Observadas
em atletas recrutas militares e bailarinos.
Diagnóstico
CLÍNICO :
Dor á mobilização da anca.
Dor local a palpação.
Impotência funcinal.
Rotação externa e
Encurtamento do membro
Radiológico:
Projecções A/P e Perfil da anca e bacia.
Tratamento
q As #s do colo, têm pouca capacidade de recuperação pelos
seguintes motivos:
q 1-Se os vasos capsulares forem afectados, a lesão priva a
cabeça do fémur do seu suprimento sanguíneo.
q 2- O osso intra-articular não tem contacto com tecidos
moles, que poderiam promover a osteogénese.
q 3- Olíquido sinovial impede a coagulação do hematoma,
fase impotante da consolidação.
Tratamento (cont.)
q CONSERVADOR: Fracturas sem deslocamento (Garden I e
II), gesso tipo calção.
Tratamento (cont.)
q CIRÚRGICO Fracturas com deslocamento ( Garden III
e IV) o tratamento é sempre cirúrgico e deve ser
encarrado como emergência ortopédica,
principalmente em pacientes jovens (˂60 anos)
executado de preferência dentro das primeiras 12hrs,
para reduzir o risco de complicações, especialmente
a necrose avascular
Cont.
q Mesmo nas fracturas Garden I e II, embora a terapia
conservadora seja uma alternativa (para pacientes
com risco cirúrgico), a chance de evoluir para desvio
é grande, além da necessidade de períodos
prolongados de restrição ao leito, oque pode trazer
uma série de complicações.

q
Tratamento ( cont.)
q Manobras de redução: Flexionar o quadril com
tracção suave e rotação externa para soltar os
fragmentos, a seguir fazer uma lenta extensão e
rotação interna para obter a redução.
Tratamento cirúrgico
q Existem três (3) opções de tratamento cirúrgico
definitivo para as fracturas do colo do fémur:
q 1- Fixação interna;
q 2-Endopróteses do tipo hemiartroplastia;
q 3-Endopróteses do tipo artroplastia total
Fixação interna
q Para fracturas de Garden tipo I e II, realiza-se pela inserção de 2 ou 3
parafusos canulados através do colo do fémur por via percutânea. As
roscas devem cruzar o sítio da fractura para permitir a compressão.
q Após a fixação interna, a carga é permitida após 4-6 semanas
Cont.
q Endopróteses do tipo hemiartroplastia- Na maioria
das vezes é implantada uma endoprotese de
polietileno ou metálica para substituir a cabeça e
colo do fémur.
Cont.
q Endopróteses do tipo artroplastia total Esta consiste
em substituição da cabeça, colo femorais e do
acetábulo por duas próteses articuladas, útil em
pacientes com artropatia previa do quadril.
Endoprótese do tipo artroplastia total
Cont.
q Mais recomendado para idosos e a deambulação é
mais precoce do que com fixação interna. Como
complicações, pode ocorrer a lesão acetabular ou
deslocamento do aparelho.
Complicações
q Necrose Avascular.
q Pseudoartrose.
q Atraso de consolidação
q Rigidez articular
q Encurtamento
q Artrose pós traumática
q Expulsão do material de osteossíntese.
Resumo
q Na fractura do colo do femur, hà lesão dos vasos que
nutrem a cabeça do fémur. É uma fractura que
ocorre em pessoas idosas com desmineralização
óssea.
q A causa se deve a traumas de baixa energia. Paciente
idoso com dor em articulação coxofemoral após
queda pode ser portador de fractura do colo do
fémur.
Resumo (cont.)
q Paciente tem dor em articulação coxofemoral e
deformidade em rotação externa e encurtamento.
Fracturas sem desvio pode nao apresentar
deformidades. O tratamento consiste na
estabilização da fractura e mobilização do paciente.
Cont.
q Em alguns casos indicase o uso de endoprótese
total ou parcial do quadril.
q As principais complicações são, necrose
avascular, pseudoartrose.
Bibliografia
q POZZI Isabel, Sangro Reginaldo, Mucio Val Almeida-
Manual de Trauma Ortopédico, SBOT, SP
q VOLPON. José Baptista- Fundamentos de Ortopedia e
Traumatologia
q MEDCURSO-Ortopedia, 2019
q http://traumatologiaeortopedia.com.br/...

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