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RESUMO BALA

VOLUME 02 - QUADRIL
Criado por: Pedro Rafael – R3 – IJF / Fortaleza-CE
Objetivo: Misturar tudo, só o que cai. Indicado pra reta final de estudos

01. QUADRIL- BIZUS


ATENCAO!

Ficat e arlet é baseado em radiografia e cintilografia, nao em ressonancia

Ressonancia - linha serpentinosa patognomonico de osteonecrose do


quadril direito. (áreas com hipercaptacao x sem captacao ao redor)
2b a esquerda - sinal da crescente - mal prognostico.

Incidencias radiograficas - como fazer?

AP: DD + raio incidente em linha mediana imediatamante acima da sinfise pubica


+ pés rodado interno de 15 a 20 graus. Se tiver correto: coccix alinhado com
sinfise pubica 1,5cm distancia homem e 2,5cm distancia mulher

Lecquesne: é feita com o paciente em ortostase, com o quadril encostado na


chapa e rotação externa do raio central em 65 graus.
Membro contralateral fica encostado no chassi e paralelo, membro acometido
fica mais distante do chassi e perpendicular

Perfil de Dunn: é realizado com o paciente em DDH, com o quadril fletido em 45


graus e abduzido 20 graus.

Ducroquet: é realizada com o paciente em DDH, quadril fletido em 90 graus e


abduzido 45 graus. O membro contralateral é estendido, e o raio central é
direcionado para o quadril a ser examinado.

Cross table: Decubito dorsal (geralmente usado na mesa de tracao), quadril


contralateral fletido 90 graus e quadril acometido estendido, ampola angulada 45
graus cranialmente no plano horizontal em direcao a raiz da coxa

Lauenstein/rã: Posicao supina + dupla abducao dos MMII + radio incidente na


linha mediana logo acima da sinfise pubica usado em criancas, em adulto nao
tem muita utilidade devido a sobreposicao

Obturatriz: posicao supina, quadril rodado 45 graus sobre lado nao acometido.
OCA - Obutratriz coluna anterior / parede posterior

Alar: posicao supina, rodado 45 graus sobre lado acometido ou entao faz o
controrio da obutratriz ALAR - Coluna posterior / parede anterior (contrario da
oca)

Outlet: Incidencia de saida da pelve, ampola angulada 45 graus sentido


caudocranial (avaliar fraturas do sacro, contorno dos forames)

Inlet: Decubito dorsal + radio craniocaudal 45 ou 60 graus (depende da


referencia) serve para ver fraturas da pelve
Causas morte fratura pelvica: Os ramos da artéria ilíaca interna, como a glútea
superior e as pudendas, estão entre os mais frequentemente lesionados.

ANATOMIA/INTRODUCAO

INCIDENCIAS RADIOGRAFICAS

O perfil de Dunn é realizado com o paciente em DDH, com o quadril fletido em 45


graus e abduzido 20 graus.

Ducroquet é realizada com o paciente em DDH, quadril fletido em 90 graus e


abduzido 45 graus. O membro contralateral é estendido, e o raio central é
direcionado para o quadril a ser examinado.

Lecquesne é feita com o paciente em pé (Faloppa), com o quadril encostado na


chapa e rotação externa do raio central em 65 graus.

Quando o acetábulo atravessa a linha ilioisquiática, ocorre a coxa profunda.


Quando a cabeça ultrapassa a linha ilioisquiática, denomina-se acetábulo
protruso.
Para avaliação do impacto anterossuperior, o teste clássico é o FADRI (Flexão,
Adução, Rotação interna).

Para o impacto posteroinferior, o teste é EXABRE (Extensão, Abdução, Rotação


Externa).

TESTES - EXAME FISICO


O teste de Ober é realizado com o paciente em decúbito lateral; com o quadril
contralateral fletido para estabilizar, realiza-se a abdução passiva do quadril que
está acima (este com o joelho em 90 graus de flexão) e se deixa que
passivamente aduza. Se restar algum grau de abdução, será positivo e eernotea
contratura do trato iliotibial.

O teste de Staheli é realizado com o paciente em decúbito ventral com as pernas


para fora da mesa; realiza-se a extensão do quadril com o joelho estendido, que
apresenta resistência por contratura do reto femoral. .

INERVACAO.

Divisão anterior do plexo lombar: Nervos subcostal (T12), iliohipogástrico e


ilioinguinal (L1), genitofemoral (L1-L2), Obturatório e obturatório acessório (L2-4).
Divisão posterior: NCFL (L2-3), Femoral (L2-4).

Divisão anterior do plexo sacral: nervos para quadrado femoral (L4-S1),


obturador interno (L5-S2), pudendo (S2-4), para o coccígeo (S3-4).
Divisão posterior do plexo sacral: nervos glúteo superior (L4-S1), glúteo inferior
(L5-S2), piriforme (S2).
O ligamento isquiofemoral (INsquiofemoral)controla rotação interna em flexão e
extensão.
O braço lateral do iliofemoral tem controle dual de rotação externa em flexão e
interna e externa em extensão.
O ligamento pubofemoral controla rotação externa em extensão, com
contribuições dos braços lateral e medial do ligamento iliofemoral.
Tensão aumentada do ligamento iliofemoral tem papel na causa de fraturas
do colo do fêmur e produção de cominuição posterior do colo. (TARO!)

Bizu: INsquiofemoral – rotação interna. Os outros é externa.

Os vasos superior e posterior, derivados primariamente da ACFM, são o


suprimento sanguíneo dominante da cabeça.

Síndrome compressiva do piriforme -> abdução e rotação interna.

GOTA DE LAGRIMA

A parte medial da lágrima corresponde ao sulco neurovascular obturado e a


porção da lâmina quadrilátera.
A parte lateral corresponde a superfície cortical da fossa do acetábulo.

A anteversão do colo femoral tipicamente diminui de 30 (15-50) ao nascimento


para 20 (10-35) aos 10 anos de idade, aos 16 anos é 16 .

FORAMES ISQUIATICOS

Estruturas que saem do forame isquiático menor: Obturador externo, obturador


interno

Estruturas que saem do foram isquiático maior: Nervo glúteo superior, artéria
glútea superior, Piriforme.

A partir do piriforme, mnemônico POPI-IQ (de medial para lateral): Nervo


Pudendo; Artéria Pudenda inferior; nervo para o Obturador interno; Nervo cutâneo
Posterior da coxa; Nervo Isquiático; Nervo e artéria glúteos Inferiores; nervo para
o Quadrado femoral.

21. (ER 2017) Qual ligamento abaixo é estabilizador vertical na pelve?


a) sacroilíacos anteriores
b) sacroespinhal
c) sacroilíacos posteriores curtos
d) sacroilíacos posteriores longos

Discussão:
Lembrar o bizu:
VERTILONGOS
HORICURTOS
Sacroilíaco posterior: o mais forte na pelve, chave para estabilidade vertical.
Curto: orientação oblíqua, resiste forças rotacionais.
Longo: orientação vertical, resiste forças verticais, junta-se ao ligamento
sacrotuberoso.

Observam-se sinal do cruzamento e sinal da parede posterior, o que significa


retroversão acetabular.
Se o sinal da parede posterior fosse negativo, significaria apenas sobrecobertura
acetabular.
SINAL DO CRUZAMENTO ISOLADO -> Sobrecobertura acetabular

De acordo com Campbell, paciente com impacto do tipo pincer causado por
retroversão isolada da borda anterossuperior do acetábulo podem ser tratados
com reflexão labral artroscópica, trimming da borda e reinserção labral.

No acetábulo com retroversão isolada, é indicada osteotomia periacetabular;


trimming da borda pode causar instabilidade.

Fatores de mau prognóstico são: Tönnis >2, presença intraoperatória de


delaminação, idade avançada.

ARTROPLASTIA DE QUADRIL

CLASSIFICACAO DORR
Tipo A: Corticais grossas no AP e P, canal fino / Funil/ taça de champagne /
Homens e jovens / Boa fixação com ou sem cimento
Tipo B: Perda óssea no córtex medial e posterior, canal alargado / Sem mudança
no formato do fêmur/Não altera fixação
Tipo C: Perda óssea importante medial e posterior / Grande aumento do canal
/Visto melhor no perfil, formato de “chaminé” / Mulher pós menopausa /
Dificuldade p/ fixação

INDICE DOSSICK - DIAMETRO DO CANAL 10 CM ABAIXO DO Tm / DIAMETRO


DO CANAL AO NIVEL DO TROCANTER MENOR

A) <0,5: Não-cimentada / B) 0,5-0,75 / C) >0,75 à Cimentada

Cônicas menos duras e menos dor em coxa do que as cilíndricas


Hastes maiores -> mais dor em coxa e maior stress shielding
Fixação proximal, diafisária, distal ou total (+ stress shielding)
Conica precisa fixar em 1,5cm, cilindrica em 4cm
QUANTO MAIS GROSSA A HASTE E MAIOR MODULO ELASTICIDADE ->
MAIOR STRESS SHIELDING
QUANTO MAIS FINA E MENOR MODULO-> MENOR STRES SHIELDING

SAIA X CABECA X COLO

Saia não influencia no demonstrado acima.


Esta mudança de diâmetro da cabeça aumenta 8 graus de flexão.
Colo trapezoidal apresenta aumento de ADM em relação ao cilíndrico.
Cabeças maiores que 32mm provocam menor impacto entre os componentes;
acima de 38 só corre impacto ósseo dependente da anatomia do paciente, e não
dos componentes.
Montagem ideal: colo trapezoidal, cabeça com diâmetro largo, sem saia.

DIMINUEM RIGIDEZ MAS MANTEM ESTABILIDADE: SULCOS


LONGITUDINAIS PROFUNDOS + SPLIT DISTAL DA HASTE + AFILAMENTO
DISTAL DA HASTE

São métodos para reduzir a rigidez e ao mesmo tempo manter diâmetro e


estabilidade: sulcos longitudinais profundos – diminuem rigidez torcional e
angular;
Split distal da haste – diminui rigidez angular;
Afilamento distal da haste – menor rigidez, menor taxa de dor na coxa.

Dureza = maior resistência ao desgaste


Tenacidade = resistência ao impacto
Ductilidade = capacidade de sofrer deformação antes de se romper
Módulo de elasticidade = rigidez do material > potencial de produzir stress
shielding

Qudrantes de Wasielewsky ->


Postero-superior: vasos e nervo gluteo superior + nervo ciatico
Postero-inferior: nero isquiatico
Antero-superior: vasos iliacos externo
Antero-inferior: nervo obturatorio

FATORES DE RISCO de luxação para ATQ: não união trocantérica, fraqueza


dos abdutores, grande ADM pré-operatória, maus posicionamento dos
componentes, via posterior, impacto ósseo, tensão de partes moles
inadequadas, cabeça pequena, cirurgia prévia no quadril, sexo feminino, idade
avançada, fratura do quadril prévia, osteonecrose, artrites inflamatórias.

Objetivos da ATQ: 1º Melhora da dor; 2º Estabilidade; 3º Mobilidade; 4º Simetria


do comprimento dos membros.
Contraindicações:

Absolutas: infecção ativa no quadril ou qualquer outra parte do corpo ou


comorbidade instável que eleve consideravelmente morbimortalidade.

Relativas: processos de osteólise com destruição rápida; artropatias


neuropáticas; insuficiência da musculatura abdutora; doença neurológica
rapidamente progressiva.
A prótese do quadril sempre deve ser feita antes do joelho.

Campbell 12 pag 179

Offsets:
Vertical: distância entre base do colo e centro da cabeça.
Medial: distância do centro da cabeça à linha média do diâmetro distal da haste.
(tamanho mínimo esperado- 9mm)
Anterior: orientação do colo em relação ao plano coronal (normal de anteversão:
10-15º)

Ganho de ADM: Cabeça maior (28mm > 32mm = 8 graus de flexão); colo
trapezoidal; sem saia.

Gerações de cimentação:
1ª geração: manual, sem retentores.
2ª geração: retentores, lavagem de pulso, pistola.
3ª geração: centralizador, pressurização, cimento menos poroso
4ª geração: centralizador proximal.

Manto de cimento: haste: 4mm proximal, 2mm distal. Taça: 3mm. Canal: 80%.
Tipos de haste não cimentada:

Titânio: menor módulo de elasticidade = quebra mais, fadiga menos, menos


stress shielding.
Cromo cobalto: maior módulo de elasticidade = quebra menos, fadiga mais,
mais stress shielding.
Stress shielding: quantidade de estresse que é desviada do osso para a haste
(shielding = proteção).Quanto maior o diâmetro da haste, maior o stress shielding
(eleva à quarta potência), o que torna o osso porótico, frágil, com mais soltura e
osteólise.

Fatores que diminuem stress shielding: prótese com menor módulo de


elasticidade (titânio); haste lisa; haste cônica; press-fit na metáfise.

Acetábulo constrito: indicado para partes moles ou abdutores insuficientes,


doenças neuromusculares, luxações recidivantes em próteses bem posicionadas.

Complicações:

Ossificação heterotópica: maior nas vias anterior e anterolateral. Homem;


história prévia.

Classificação de Brooker:
1 – ilhas de osso em partes moles
2 – Esporões ósseos com distância entre si >1cm
3 – Distância entre esporôes com distância <1cm
4 – anquilose

Ossificação heterotópica pós ATQ


10% prevalência. Mais comum em homens com AO hipertrófica e história de OH
ou OA pós trauma.
Vias anteriores têm maior risco.
Geralmente indolores, mas com restrição importante da ADM.
Brooker 1 apresenta ilhas ósseas de ossificação.

Lesão nervosa: fatores de risco: mulher, DDQ, pós trauma, revisão, alongamento
do membro (fibular: 1,9 a 3,7cm; ciático: 4 a 5,1cm).
Explorar se não houver melhora após 6 semanas, ou suspeita de lesão por
parafuso ou cimento.

TVP: pico do 4 ao 17 dia.

Lesão vascular: de acordo com quadrantes de Wasielewski


Anterossuperior: Ilíaca externa
Anteroinferior: vasos e nervo obturatório
Posterossuperior: vasos glúteos
Posteroinferior: ciático

Luxação e subluxação:
Principal fator de risco é revisão de ATQ. Mulher, via posterior.
Posição ideal do componente acetabular: inclinação de 40-45 graus, anteversão
de 10-20 graus (a anteversão combinanda deve dar 35 graus, segundo Dorr).

Fraturas intraoperatórias: (Fator de risco intraoperatoria: notch superior do


colo, componente em varo, cobertura inadequada da cabeca, qualidade
ossea ruim, selecao do paciente) - ocorre em 1 a 2,5% na primaria (nao
cimentado 3 a 4% / cimentado 0 a 1,2 %)
Na revisao - risco na retirada do cimento, impaccao do enxerto - risco de
fratura 22,4% , hastes porosas grandes.

Classificação de Mallory-Kraus-Vollen:
Tipo 1: área do trocanter menor e calcar – cerclagem
Tipo 2: do trocanter menor a 4cm proximal à extremidade da prótese – cerclagem
Tipo 3: além dos 4cm proximais à extremidade da haste – placa.

Classificação de Vancouver modificada:

Lembrar sempre: haste instável -> haste mais longa ou com outra forma de
fixação; se estoque ósseo ruim -> enxerto estruturado.
1: perfuração, 2 sem desvio, 3: desviadas

A: fratura na metáfise proximal (AG, trocanter maior, AL, trocanter menor).


A1: enxertia óssea (campbell: enxerto osseo morselizado)
A2: cerclagem e enxertia - evitar propagacao para diafise
A3: haste com fixação diafisária e cerclagem.

B: diáfise proximal.
B1: se proximal à ponta da haste, enxertia óssea. Se não for proximal, mas haste
estiver estável, cerclagem com enxertia estruturada. Se não for proximal e a haste
estiver instável, haste mais longa, cerclagem, enxertia estruturada.
B2: haste estável? Sim – cerclagem; não: estoque ósseo adequado? Sim – haste
longa + cerclagem; Não – incluir também enxertia óssea estruturada.
B3: haste estável? Sim – Placa com cerclagem com enxerto estruturado; não:
haste longa, cerclagem, enxerto estruturado.

C: além do ponto distal da maior haste de revisão pode incluir metáfise distal.
C1: enxertia.
C2: cerclagem e enxertia estruturada.
C3: placa.

Fraturas pós operatórias

Classificação de Vancouver (a clássica):

A: região trocantérica (AG – maior, AL – menor). Conservador com proteção de


carga.
B: em torno ou imediatamente distal à haste.
B1 – prótese estável. RAFI, manter haste.
B2- prótese instável. Trocar por haste de revisão.
B3 – osso inadequado. Jovens: reconstrução com aloenxerto e nova prótese.
Idosos: endoprótese.
C: bem abaixo da haste: RAFI.

SE FOR VANCOUVER POS-OPERATORIO

AG - <2cm estavel , restricao carga 6-12 ss / > 2,5cm: cerclagem com fios de
aco, placas especiais /
AL – apenas se envolver cortex medial, sem desvio é conservador
B – mais comum
B1 – rafi – placas. So cerclagem falha muito, pode usar – placa bloqueada ou
placa de dall-milles com cabos
B2 – revisao da artroplasia – protese longa, nao cimentada (haste de fixacao
distal + placas e/ou cabos) / cimentada (ha suporte na literature) protese + placas
malhas metalicas
B3 – ENXERTO composite (restaurar estoque osseo) + haste longa. SE FOR
IDOSO – protese nao convencional

Tipo c – deverão ser estabilizadas – enxerto estrutural, placa reta, angualda, dcs,
placa bloqueada DEVE ULTRPAASSAR PROXIMALMENTE PONTA DO
IMPLANTE

Fator de risco fratura periprotetica do femur: idade (<60a), sexo feminine (50
a 70%), diagnostic previo a ATQ (AR), presence de osteolise e/ou soltura,
tipo de implante, cimentado ou nao, comorbidades (osteoporose)

Classificacao fratura acetabulo pos-op

Peterson Lewallen (2 tipos)


Tipo I
Componente acetabular estável e sem desvio (geralmente ADM indolor)

Tipo 2
Componente acetabular solto ou com desvio (geralmente dor a mobilização)

Fraturas acetabulares:

Classificação Della Vale Paprosky: IRTED

1- Secundária à Inserção do componente.


a) Sem desvio, componente estável
b) Com desvio, componente instável
c) Descoberta poso p

2 – Secundária à Retirada do componente


a) Perda de <50% do estoque ósseo
b) >50%

3 – Fraturas Traumáticas
a) Estável
b) Instável

4) Espontâneas
a) <50% perda
b) >50% perda

5 – Descontinuidade pélvica: desartrodeses!!! - prova


a) <50%
b) >50%
c) Associada a irradiação

Infecção pós operatórias:

Classificação de Tsukayama:
1. Infecção precoce (< 1 mês de cirurgia): Superficial = ATB; Profunda = LC
+ ATB.
2. Infecção tardia crônica (> 1 mês, inicio insiodoso): ATB + RMS.
3. Infecção hematogênica aguda (> 1 mês, início agudo, fonte de infecção
distante).
4. Culturas positivas durante a operação: culturas positivas obtidas durante a
revisão para condições supostamente assépticas

INFECCAO PROTESE QUADRIL:


Interleucina-6 é o marcador mais preciso para infecções periprotéticas, seguido
por PCR, VHS
e contagem leucocitária.
VHS podem levar 1 ano para voltar ao normal apos uma ATQ
PCR deve voltar ao normal 3 semanas

< 2 semanas = precoce, > 2 semanas ou prótese instável = crônica.

Culturas intraoperatórias positivas (obtidas em revisão supostamente


asséptica): ATB.

Classificação de Fitzgerald:
Fase 1 (até 3 meses): infecção pós op aguda. Geralmente primeiras 12 semanas,
geralmente com drenagem espontânea.
Fase 2 (3 a 24 meses): infecções retardadas profundas. Indolentes, 6-24 meses
após. Usar VHS e PCR, pois VHS pode estar normal.
Fase 3 (> 24 meses): infecção hematogênica tardia. Doloroso agudamente após
2 anos da cirurgia; contaminação por foco urinário ou dentário.

Soltura:
Femur: Zonas de Gruen: 1 – GT; 4 – Ponta da haste; 7 – PT.
Soltura femoral: alterações de até 1mm são normais.
Acetábulo: Zonas de DeLee e Charnley: 1 – Superolateral; 2 – Medial; 3 –
Inferomedial.
Soltura acetabular: radiotransparência > 2mm nas 3 zonas de DeLee (VPP 94%).
Classificação de cimentação de Barrack:
Grupo A: preenchimento completo (White out)
Grupo B: pequena radioluscência na interface cimento osso (<50%)
Grupo C: linha radioluscente cobrindo de 50 a 90% da interface cimento-osso ou
manto de cimento incompleto.
Grupo D: luscência completa 100% na interface cimento-osso e/ou ausencia de
cimento distalmente a extremidade da haste

Classificação de Engh e Bobyn: (ATQ sem cimento)


Tipo 1: intercrescimento ósseo
Tipo 2: fixação fibrosa estável. Haste, linha radioluscente, linha radiopaca.
Tipo 3: fixação instável.

DEFICIENCIA OSSEA ACETABULAR


Classificação AAOS: São Cristóvão de MerDA

1 – Segmentar
2 – Cavitária
3 – Mista
4 – descontinuidade pélvica
5 – Artrodese prévia

Classificação de Paprosky para acetabulo


Tipo 1 - borda suportará a protese, osso sangrante, sem osso esclerotico, pouca
osteolise, defeito: falha cavitaria, superficie irregular
Tipo 2a - MIGRACAO SUPEROMEDIAL borda suportará a protese, osso: pouca
esclerose, pouco sangramento ou osteolise, defeito: falha cavitaria, acetabulos
mais hemisfericos, significante enfraquecimento do osso na cavidade.
Tipo 2b: MIGRACAO SUPEROLATERAL osso esclerotico, acetabulo ja nao é
mais esferico, paredes deficientes, esclerotico com pouco sangramento, falhas
cavitarias, enfraquecimento das paredes e perda de uma porcao da boda.
Tipo 2c: MEDIAL suporte protese mas nao tem mais condicoes de estabilizar
medialmente, esclerotico com pouco sangramento, osteolise, defeito: falha
cavitaria, acetabulo nao hemisferico, falta porcao da parede medial
Tipo 3a: Linha de kohler intacta, 30-60% componente sustenado por enxerto 10
a 2 horas. parede deficiente nao suporta nova protese, esclerose e osteolise
grave, na coluna anterior ou posterior
Tipo 3b: Linha de kohler nao intacta > 60% sustentado por enxerto, perda
ossea 9 a 5 horas. nao suporte protese, herniacao de visceras abdominais pelo
acetabulo, coluna anterior e posterior seriamente modificadas.
77 B / 78 D (botararam foi B no gabarito)

Deficiência óssea femoral:

Classificação AAOS: Thomé falando: São Cristóvão de M-MErDa.

1 – Segmentar
2 – Cavitária
3 – Mista
4 – Mal alinhamento
5 – Estenose do canal
6 – Descontinuidade femoral

NERVO CIATICO
Anterior ao piriforme-> 84% / posterior 16%

CORONA MORTIS: iliaca externa + obturadoria +/- epigastrica inferior.

_______________________________________________________
OSTEOTOMIAS

OSTEOTOMIAS

<8 anos
f
Salter (reconstrucao - redirecionamento) :obrigatorio reducao concentrica
perfeita, ideal entre 2-9 anos, displasia persistente com indice acetabular ruim
mesmo com articulacao concentrica e apos 5 anos de idade.
Fulcro na sinfise pubica, nao diminui volume acetabular, liberar abdutor longo e
ilipsoas. COBERTURA ANTERIOR AS CUSTAS DE DEFICIT POSTERIOR, é
ruim para luxacao paralitica devido a deficiencia posterior de cobertura.
Melhora indice acetabular em 10 graus e wiberg em 20 graus.
Resultado - depende da mobilidade da sinfise pubica.
Riscos - lesao n femoral e n ciatico.

Pemberton (reconstrucao - remodelamento): aumenta cobertura anterior e


lateral, reduz volume do acetabulo, fulcro na cartilagem trirradiada

Pember-salter - combina redirecionamento + remodalemtno

8-15 anos

Steel (Reconstrucao/redirecionamento)
Sutherland
Dega (remodelamento - reduz volume acertabular / reconstrucao): permite
aumenta cobertura anterior, central OU posteiror-> determinante sera a posicao
da cunha . Fulcro na cartilagem trirradiada, reduz volume acetabular.

>15 anos

>15 anos

Steel (Redirecionamento): osteotomia tripla (salter + osteotomia pubis e isquio) ->


adolescentes e adultos jovens / disseccao posterior ao adutor magno / mesma
abordagem para osteotomia do pubis (medial ao tuberculo pectineo) e isquio
(espaco entre ST e SM) / \
Complicacao - contaminacao, lesao ciatico, nao consolidacao dolorosa, rotacao
externa do acetabulo
Ganz (Rediorecionamento):acesso unico, mantem coluna posteiror intacta,
mante suprimento do acetabulo, permite grandes correcoes, permite
medializacao do acetabulo, sem lesao dos m. abdutores, nao altera anel pelvico,
permite proced intraarticular. (INDICACAO - Fise fechada, quadril congruente,
desvio rotacional (mal orientado). (Isquio -> pubis -> ilio -> coluna posterior ->
completa osteotomia no isquio) complicacaoes dificil tecnicamente, perda de
reducao frequente, lesao do nervo cutaneofemoral em 50%
Wagner

Tonnis: igual a steel porem osteotomia ramos em local diferente menor dos pos
op, menos risco de alteracao foramen obutaorio. pubis - proximo ao acetabulo /
isquio - osteotomia longa proximal ao sacroespinhoso

____________

Kalamchi (reconstrucao - redirecionamento): Salter modificada para não


alongar o membro, retirado osso do leito proximal da osteotomia

Milis hal – salter modificado para alongar o membro com colocação de enxerto
trapeizodal

OSTEOTOMIAS DE RESGATE

Chiari: medialização porção inferior hemipelve -> TRANSLACAO MEDIAL


QUADRANTE INFEROMEDIAL / MELHORA momento abdutor
Shelf: prateleira supraacetabular / tenotomia porcoa reflexa do reto femoral
Staheli: enxerto supra-acetabular em contato c/ capsula e ilio / usado para
neurodisplasia (mielo, pc), sequela de pertehs

OSTEOTOMIA PERIACETABULAR

REDIRECIONAMENTO DO ACETÁBULO (Rotação)


Salter
Steel
Ganz: É indicada para esqueletos maduros; pode ser realizada com osteotomia
varizante para redução do quadril; o acesso é feito por uma via sobre a crista
ilíaca e que pode ser estendido sobre o aspecto anterior da coxa. Não altera o
tamanho da pelve, mas redireciona o acetábulo
Cirurgia triplanar, de via única de acesso, tecnicamente bastante difícil. Indicada
para esqueletos maduros, redireciona o acetábulo, mas não mexe em seu
conteúdo.

MUDANÇA NA FORMA
Dega
Pemberton
AUMENTO DO ACETÁBULO

OSTEOTOMIAS

Osteotomia varizante

Indicação: Coxa valga da DDQ. Cabeça femoral esférica, displasia acetabular


mínima (ângulo centro-borda de Wiberg > ou = 15-20º)), sinais de sobrecarga
lateral. Necessária ADM de pelo menos 50-60 graus de abdução/adução e RI-RE,
ADUCAO DOLOROSA
Rx em abdução com melhor congruência articular
Contraindicações: contratura fixa em rotação externa > 25, flexão <70,
Deformidade fixa em adução
Desvantagens: encurta membro, diminui força muscular, proeminência do
trocanter maior.
Relaxa RELAXA A MUSCULATURA ABDUTORA, ADUTORA E O PSOAS ->
Efeito VOSS
Encurta membro, pode criar marcha em trendelemburg, diminui forca abdutora do
quadril, aumenta proeminencia do t.maior.

Osteotomia valgizante Sucesso: aducao > 30 flexao > 60


Indicações: Sequela de ONCF, Perthes. Cabeça elíptica, subluxação do quadril,
formação de osteófitos inferiomediais.
ADM mínima: adução de 30 graus, flexão de 60 graus. Aumenta tensão da
musculatura; fazer tenotomia do iliopsoas e adutores + lateralização da diáfise.
Contraindicação: flexão menor que 60., Doença osteometabolica , Articulação
não congruente ,Idosos
Nao relaxa adutores e psoas - podem ser tenotomizados. Aumenta forca
abdutora

OSTEOTOMIA EXTENSORA -> Causa um pouco de valgismo / contrtura flexao


persistente
OSTEOTOMIA FLEXORA -> Tendem a deixar femur em varo por causa da
anteversao femoral, deve ter extensao completa antes da cirurgia

Chiari

RECONSTRUCAO
Procedimentos definitivos / reconstroem a articulacao atraves do
redirecionamento da cartilagem hialina / quadril congruente.

SALVAMETNO
Procedimentos provisorios / aiiviam os sintomas atraves da interposicao capsular
com metaplasia em fibrocartilagem / quadril incongruente

RECONSTRUCAO X SALVAMENTO

OSTEOTOMIAS FEMORAIS
Osteotomias - varizantes / valgizantes(femorais)

Varizante -> retira cunha medial, reduz angulo cervicodiafisario, reduz tensao do
psoas, adutores e gluteo medio
Valgizante -> aumenta quantidade de contato / cunha lateral / mantem tensao do
gluteo medio, reduz tensao do adutor e psoas.

OSTEOTOMIA VARIZANTE

Procedimento de reconstrução.
Tem que ter cabeca esferica (DDQ)
Abdução tem que estar preservada
Objetivo e que seja procedimento definitivo
Tecnica -> placa lamina / entra com fio angulado -> somar quanto quero varizar
nesse femur

SE A PLACA EH ANGULO FIXO 90 E QUERO VARIZAR 20 GRAUS - Tenho que


entrar na angulacao de 70 graus pois quando tirar cunha vai dar a correcao

OSTEOTOMIA VALGIZANTE

É para salvamento! Boa opcao para perthes, osteonecrose, nao requer cabeca
esferica totalmente
Tem que ter aducao preservada

Tecnica -> ao inves de cortical medial, retira da cortical lateral a valgiza o angulo
cervicodiafisario.

Ao inves de subtrair angulo da placa angulada vai aumentar, portanto se placa


tem 90 e quero tirar 20 = entrar com 110 graus de angulacao.

PRINCIPIO PARA OSTEOTOMIA VALGIZANTE


1. Modificar o centro de rotacao
2. Fazer fulcro sobre osteofitos
3. Aumentar area de apoio 


OSTEOTOMIAS PELVICAS

Principal indicacao -> DDQ no adulto


Mais prevalente etiologia de osteoarrose no quadril .
50% ou mais dos pacientes terão artrose aos 50 anos de idade
90% dos pacientes sao do sexo feminino
2/3 dos pacientes adultos em tratamento não tem diagnostico previo de DDQ
Deformidades
Acetabulares em 90% dos casos (anteversao excessiva, deficit de cobertura
anterolateral)

OBJETIVO -> Melhor retroversao e cobertura!!!!

RECONSTRUCAO

Remodelamento - PEMBERTON (fazer um fulcro longe do acetabulo, puxar e


aumenta cobertura) 2-4 anos / >10-15 graus de correcao, diminui volume do
acetabulo

Redirecionamento restrito - SALTER (fazer um fulcro na sinfise pubica ,


indicacao: displasia mesmo apos 2 anos. Contraindicacao: acetabulo muito
raso. Aumenta cobertura antero-lateral. um pouco mais proximo + enxerto) 18
meses - 6 anos.
Recirecionamento amplo peri-acetabular - STEEL osteotomia semelhante ao
salter porem tem que completar osteotomia nos ramos pubicos -> porque quadril
ja esta ossificado e nao mexe mais (8 - 15 ANOS / ADOLESCENTES /
osteotomia tripla - ileo, ramo pubico, isquio, amplo redirecionamento
acetabular, nao altera tamanho do acetabulo, , disseca posterior ao adutor
magno, complicacoes: risco de contaminacao, ciatico, pseudoartrose.3
osteotomias e girar o acetabulo) adolescentes

Redirecionamento amplo peri-acetabular - GANZ (BERNESE) >15 anos- Maximo


deslocamento periacetabular, acesso unico anterior, mantem coluna
posterior intacta, mantem suprimento vascular do acetabulo, permite
proedimentos intraarticulares, permite liberacao precoce carga parcial

Objetivo -> tratar ddq do adulto que nao tem tanto sintoma e tem cabeca
esferica.

Se aumentar cobertura do paciente - ganha muitos anos indolor -> talvez nao
precise de protese

Ganz - prova: OSTEOTOMIA TRIDIMENSIONAL… MANTENDO COLUNA


POSTERIOR INTEGRA (objetivo coluna psoterior integra: carga precoce +
mobilidade)
WAGNER (osteotomia esferica ampla em volta de todo o acetabulo) adulto

SALVAMENTO

Tetoplastia por deslizamento - CHIARI (fazer osteotomia no teto e afunda )


Paciente jovem, quadril bem displasico -> redirecionar -> criar cobertura ->
cartilagem ja esta fechada ideal e criar nova cavidade / cartilagem para manter
alguns anos. ILIACO se transforma em teto do acetabuo. CAPSULA sofre
metaplasia.
Melhora momento abdutor, depois trendlemburg é eliminada, rsultado
bom/excelente em 2/3, complicacao frequente - IFA e ma cobertura
Tetoplastia de interposicao - STAHELI (aumentar o teto)

*MACETES OSTEOTOMIA PELVICAS*

< 8 anos com quadril congruente -> salter ou pemberton .


8 - 14 anos -> Com cartilagem trirradiada aberta , ja caminha -> osteotomia tripla
de steel ou tonnis
Cartilagem trirradiada fechada e quadril congruente -> periacetabular ganz .
Quadril incroguente -> Chiari (salvacao)
OSTOETOMIAS DE RECONSTRUCAO

Linha do tempo

> 18 meses < 4 anos -> salter


2-4 anos -> pemberton
> 8 anos -> Sutherland
Adolescentes -> steel
Adultos -> wagner e ganz

+ importante que idade é observar os nucleos de ossificacao .

VIAS DE ACESSO DO QUADRIL

A via anterior de acesso ao quadril é a via de Smith Petersen, feita entre o


sartório (nervo femoral) e o TFL (nervo glúteo superior). (O intervalo superficial é
entre o sartório e o tensor da fáscia lata, e o profundo, entre o reto femoral e o
glúteo médio. Ligar ou cauterizar o ramo ascendente da circunflexa femoral
lateral.
A via anterolateral é a via de Watson Jones, explora os planos entre o TFL e o
glúteo médio (nervo glúteo superior, ambos).

A via lateral direta, ou de Hardinge, é feita diretamente sobre as fibras do glúteo


médio.

A via posterior, de Moore, faz uma incisão arciforme da espinha ilíaca


posterossuperior, até o trocanter maior e disseca através do glúteo máximo.

A incisão de Kocher-Langenbeck, ou Gibson, é muito parecida, mas apresenta


dissecção com incisão do glúteo máximo, e não romba, como na de Moore.

Acetábulo protruso

Pode ser primário ou secundário.

A forma primária, artrocatadese (Otto Pelvis), envolve ambos os quadris, ocorre


mais frequentemente em mulheres jovens e causa dor e limitação da
movimentação em uma idade relativamente jovem.
A forma secundária pode ser causada por migração de uma endoprótese, artrite
séptica, fratura acetabular.
Pode estar presente bilateralmente em doença de Paget, aracnodactilia
(Marfan), AR, EA, osteomalácia .

Marca: migração da cabeça femoral além da linha de Kohler. Pode progredir até
o trocanter maior bater no lado da pelve. Frequentemente há deformidade em
varo do colo do fêmur associada.

Para reconstrução do acetábulo protruso:

1) o centro do quadril deve ser colocado em uma localização anatômica para


restaurar biomecânica adequada;
2) a borda intacta do acetábulo deve ser usada para apoiar o componente
acetabular;
3) os defeitos cavitários e segmentares da parede medial devem ser
reconstruídos, preferencialmente com enxertia óssea

ACETABULO
REGIAO POSTERIOR: presenca de nervo ciatico / rotadores externos do quadril
(piriforme, gemeo superior, obturatorio interno, gemeo inferior, quadrado femoral)
Rebater os rotadores externos do qudaril -> rebate sobre o nervo ciatico -> unico
rotador poupado: QUADRADO FEMORAL (garante vascularizacao da cabeca
femoral - chance de osteonecrose) -> ao rebater -> CAPSULA ARTICULAR ->
regiao articular .

A via ilioinguinal é dividida em três janelas:

Lateral – elevação subperiosteal do músculo ilíaco da fossa ilíaca interna,


possibilitando acesso à crista ilíaca e à fossa ilíaca interna.

Média: release da fascia iliopectínea, retração do iliopsoas e nervo femoral


lateralmente e vasos ilíacos externos medialmente. Permite acesso à parede
anterior, eminência
iliopectínea e superfície quadrilateral.
Medial: transecção ipsilateral do tendão do reto abdominal; permite acesso ao
espaço de retzius, sínfise púbica e ramo superior, após afastar o funículo
espermático lateralmente.

SEMIOLOGIA

Teste de Ludloff: tendinite do iliopsoas, lesão do músculo iliopsoas, fratura


avulsão do trocanter menor. Paciente sentado, pernas pendentes, realizar flexão
do quadril contra resistência > patologia na inserção do iliopsoas no trocanter
menor.

Sinal de Ludloff: equimose na região interna da coxa > avulsão do trocanter


menor.

Paciente em decúbito dorsal, o examinador abduz o membro a ser


examinado em cerca de 45 graus, mantendo o joelho em extensão, e
executa a punhopercussão do calcâneo. O teste é positivo na presença de
dor no quadril ao realizar a manobra.
a) teste de volkmann
b) teste de Lewin
c) teste de Gaenslen
d) teste de Anvil

Discussão:
O testes de Anvil, apresentado no livro Faloppa, é o descrito.
Outros testes apresentados:

Volkmann: avalia comprometimento do anel pélvico. Paciente em DDH, forçar


abertura da pelve apoiando as mãos sobre as EIAI. Dor = teste positivo. Deve ser
realizado delicadamente e não pode ser repetido por mais de dois examinadores,
pelo risco de piora do quadro.
Teste de Lewin: avalia acometimento da sacroilíaca. Paciente de DLH, sobre o
lado são, realiza-se compressão com as duas mãos sobre a crista ilíaca. Dor
indica teste positivo.
Teste de Gaenslen (S: 51% E: 73%): também para avaliar sacroilíaca. Paciente
em DDH, com o quadril acometido para fora da mesa de exame, deve fletir
ativamente ambos os quadris e segurá-los, e em seguida deixar o acometido
pender para fora da mesa. O teste é positivo em caso de dor na sacroilíaca.
Pode-se sensibilizá-lo estabilizando a pelve ou hiperestendendo o quadril
ATENCAO - DIFERENCA ANGULO CENTRO BORDA WIBERG X ANGULO
LESQUENE (FALSO PERFIL) - CENTRO BORDA ANTERIOR

RESSALTO DO QUADRIL

Ressalto do quadril

Ressalto externo: causado pela borda anterior do glúteo máximo, fibras


posteriores fibrosadas do glúteo máximo SOBRE O GRANDE TROCANTER
DURANTE FLEXAO, borda posterior espessada do trato iliotibial. Raramente
necessita de cirurgia. Se falha do tratamento clínico, pode-se fazer liberação
cirúrgica da fáscia. Tratamento - alongamento e corticoide, se refratario ->
alongamento em Z
Ressalto interno: tendão do iliopsoas ou bursa subjacente. Pincamento do
iliopsoas sobre capsula anterior do quadril ou iminencia iliopectinea.
Movimentação do tendão durante movimento do quadril: FLEM (flexão =
lateralização; extensão = medicalização). Pode ocorrer também por exostose do
trocanter menor ou ressalto na crista iliopectínea.
Intra-articular: osteocondromatose, corpos livres, subluxação do quadril,
fragmento cartilagíneo ou lesão labral.
MELHOR VIA PARA RESSALTO INTERNO - SMITH - PETERSON (PROVA)

Bursa subglútea: grande, multilocular, separa glúteo máximo do trocanter maior


e rotadores curtos. É a mais afetada. DD com pio de quadril.
Bursa trocantérica – entre glúteo máximo e vasto lateral. Pode ser piogênica ou
tuberculosa; tendência a calcificar.
Bursa isquioglútea – sobre a tuberosidade do isquio, quando afetada gera a
bursite do tecelão, associada a pouco panículo adiposo.
Iliopectínea: maior em torno do quadril; dor e massa anterior no quadril, atitude
em flexão, resistência à extensão. Pode ocorrer por consequência de
osteocondromatose, sinovite vilonodular pigmentada.

AO é tratada com ATQ.

Artroscopia do quadril

Contraindicações: anquilose; infecção cutânea em torno da região.


Relativas: ON avançada, AO avançada, DDQ.
Técnica: tração de 23kg.

Portal anterior: intersecção das linhas: vertical pela EIAS, transversal pelo TM.
Penetra pelo sartório e reto femoral. Põe em risco NCFL.
Portal anterolateral: primeiro a ser realizado; zona segura; penetra glúteo médio.
Glúteo superior passa 4,4cm acima do portal.
Posterolateral: superior à margem do TM em sua borda posterior.
Complicações: neuropraxia transitória pela tração (mais comum); do pudendo
(não acolchoar o pirulito!).
IMPACTO FEMURO ACETABULAR

Principal causa de AO em indivíduos menores que 50 anos

2 tipos: CAME – problemas no fêmur. Proeminência da junção cabeça colo na


sua porção anterior; offset do colo curto. Mais comum em homens, jovens
atletas. Apresenta lesão labral + avulsão da cartilagem acetabular. 25% dos
homens e 5% das mulheres assintomáticos apresentam deformidade CAME, mas
apenas 8% desenvolvem AO.

PINCER: problemas no acetábulo. Coxa profunda, acetábulo protruso,


retroversão acetabular. Mais comum em mulheres de meia idade; mais dano
labral que cartilagíneo. Lesão condral da parede posterior por contragolpe.

MISTO: 42% dos casos.

Diagnóstico:
Dor articular, sinal do C, dor em longos períodos sentados.
Exame físico: FADIR (impacto anteroposterior); EXABER (impacto posteroinferior).

Imagem: ângulo alfa > 55 (CAME); offset diminuído (CAME); crossover (Pincer);
sinal da parede posterior – ponto dentro da parede posterior = excesso de parede
posterior (Pincer); LCE (Wiberg) > 40 (Pincer); coxa profunda/acetábulo protruso
(Pincer).

Tratamento:
Conservador: modificações de atividades de vida diária; AINEs; fisioterapia para
fortalecimento muscular (não ganhar ADM!). Maus resultados

Cirúrgico:
Luxação controlada (Ganz) + acetabulofemoroplastia: luxação anterior do quadril
após osteotomia do trocanter maior; indicado para grande deformidade. Boa
visualização da cabeça e acetábulo. Riscos de PSA do grande trocanter e ONCF.

Cirurgia: osteocondroplastia – aberta (ganz) para retoversao acetabular / video -


artroscopia
Se retroversao acetabulo: osteotomia periacetabular

Fatores que influenciam – maior angula alfa -> mais lesão condral / Pincer:
retroversão acetabular, associada com cam / cam: extensão da giba,
deformidades demorais associadas
Artroscopia: tartar lesao labral, remover osso causador de impacto, recuperar
anatomia. PODE REMOVER ATE 30% TRANSICAO COLO-CABECA SEM
AUMENTAR RISCO, FIXAR O LABRUM. Dificuldade: CAM –posterosuperior,
lesao labral postero-superior.

Complicacoes – as da astroscopia – neuropraxia, sd comparitmental adomial,


oncf, instabilidade quadril.

Artroscopia: menos invasiva; nível técnico difícil; pequenas deformidades; vem


trazendo bons resultados.

Artroscopia + osteocondroplastia aberta limitada: após artroscopia, via


anterior; somente osteocondroplastia anterior

Osteotomias periacetabulares: com retroversão verdadeira do acetábulo (Ganz


ou Steel).
Fatores de mau prognóstico: tönnis > 2; evidencia intraoperatória de
delaminação da cartilagem articular; idade aumentada.

Dentre as condições abaixo, a que apresenta maior prevalência de


retroversão (ou diminuição da anteversão) acetabular é:
a) ONCF
b) DDQ
c) OA primária
d) DCLP

Discussão:
DCLP é a mais associada a retroversão associada, o que influencia impacto e o
posicionamento da taça futuramente.
Resposta: D

ANGULOS QUADRIL

O ângulo centro borda anterior, ou de Lecquesne, é realizado no falso perfil de


Lecquesne (paciente em pé, lado afetado rodado externo 65 graus a partir da
incidência AP). Traça-se uma linha vertical pelo domo do acetábulo passando
através do centro da cabeça; e outra do centro da cabeça à borda do acetábulo,
no osso subcondral; deve-se ignorar a borda esclerótica subcondral, pois ela não
dá suporte à cabeça. Mede-se o ângulo; o normal é 20 graus. Abaixo disso é
indicativo de subcobertura.

Ângulos que são medidos no AP de bacia:


Ângulo centro borda lateral, ou de Wiberg: linha através das lágrimas; linha
vertical através do domo do acetábulo e centro da cabeça; linha do centro da
cabeça à borda lateral (osso subcondral). Normal: 20-24. Abaixo de 20 =
subcobertura. Acima de 24, displasia limítrofe, acima de 40, sobrecobertura.

Ângulo de Tonnis: uma linha é traçada do aspecto mais lateral do acetábulo ao


aspecto mais medial; sua inclinação é comparada com a linha bilacrimal. O
ângulo é normalmente de 0 a 10 graus. Um ângulo superior a 10 graus indica
displasia, e abaixo, sobrecobertura.

A inclinação do acetábulo é medida na incidência pélvica anteroposterior com o


ângulo de Tõnnis, que é determinado desenhando- se primeiro uma linha a partir
do aspecto mais medial do "cílio" radiográfico até seu aspecto mais latera l. Urna
segunda linha é desenhada paralela à linha entre as "lágrimas" com o vértice do
ângulo no "c ílio" medial (Fig. 6-8). Normalmente, esse ângulo está entre O e 10
graus. Ângulos superiores a 10 graus estão presentes na displasia do quadril, e
ângulos inferiores a O grau podem indicar excesso de cobertura.
Sinal do crossover: também na radiografia AP; normalmente as duas paredes do
acetábulo se encontram no ápice lateral. Quando a parede anterior cruza a
parede posterior, indicando ser maior do que ela, pode se dever a sobrecobertura
isolada, ou a retroversão do acetábulo como um todo. Isso pode ser diferenciado
pelo sinal da parede posterior.

Sinal da parede posterior: delimita-se a parede posterior e o centro da cabeça;


uma parede posterior medial ao centro da cabeça indica um sinal positivo,
mostrando cobertura deficiente posterior. Associada ao crossover é sinal de
retroversão.
Coxa profunda: Acetábulo além da linha ilioisquiática.
Acetábulo protruso: a cabeça do fêmur ultrapassa a linha ilioisquiática.

ANGULOS MEDIDOS NA INCIDENCIA DE DUNN

Incidência de Dunn: Paciente supino, quadril em 45 graus de flexão, 20 graus de


abdução, rotação neutra.
Ângulo alfa: avaliar a junção cabeça colo. Linha através do centro do colo do
fêmur; outra linha do centro da cabeça até o ponto na junção cabeça colo onde o
contorno da cabeça difere do contorno esférico determinado mais medialmente.
42 em quadris assintomáticos; mais de 50 a 55 consistente com deformidade
came.

Ângulo medido no lateral cross-table:


Razão do Offset anterior cabeça-colo: medido com rotação interna de 10 graus
no cross table. Medida da distância entre duas linhas paralelas ao eixo do colo do
fêmur, uma pela parte mais anterior do colo, e outra, da cabeça. A razão é
calculada divisão da distância encontrada pelo diâmetro da cabeça. Menor que
0.15 = impacto.
OSTEOARTROSE DE QUADRIL

Osteoartrose do quadril

Epidemiologia: 25% da população. Normalmente secundária a alguma alteração


óssea que aumente pressão no quadril.
Primárias apresentam evolução mais lenta. Fatores de risco: >50 anos,
obesidade, trabalhadores que carregam peso, atletas de elite.
Clínica: o primeiro movimento limitado é a rotação interna. Clínica de artrose:
dor protocinética, rigidez para iniciar movimentos, pior pela manhã e após
esforços físicos.
Imagem: diminuição do espaço articular, esclerose subcondral, geodos (cistos
osteoporóticos), osteófitos (osteófitos de Bombelli: metaplasia da cápsula
articular).

Classificação de Tönnis:
Tipo 0: sem sinais de AO
Tipo 1: esclerose subcondral, com mínima diminuição do espaço articular e
mínima presença de osteofitose
Tipo 2: pequenos cistos acetabulares e femorais com diminuição do espaço
articular moderada
Tipo 3: grandes cistos acetabulares e femorais, obliteração do espaço articular
e presença de deformidade da cabeça femoral.

Classificação de Kellgren e Lawrence:


Tipo 0: normal
Tipo 1: pequeno estreitamento, presença de pequenos osteófitos
Tipo 2: estreitamento inferior, osteófitos definidos
Tipo 3: significativo estreitamento, deformidades em fêmur acetábulo
Tipo 4: 3 + grandes osteófitos

Classificação de Bombelli (ERAM)

1. Etiologia
a. Mecânica
b. Metabólica
c. Combinada

2. Morfologia
a. Superoexterna (esférica, elipsoide, subluxada, lateral)
b. Concêntrica
c. Interna
d. Inferointera

3. Reação biológica
a. Atrófica
b. Normotrófica
c. Hipertrófica

4. Amplitude de movimento
a. Rígido
b. Hipomóvel
c. Móvel

Rigido – flexao ate 30 / aducao 0


Hipomovel – flexao 30-60 / aducao ate 15
Movel – flexao > 60 / abducao – aducao > 15

Tratamento:
Conservador: SEMPRE. Analgesia, perda de peso, bengala, fortalecimento
muscular, infiltração com corticoide (melhoram dor por um mês; podem
demonstrar patologia extra-articular); viscossuplementação (sem comprovações
científicas).

Cirúrgico: procedimentos que preservam ou não a articulação original:


A. Excisão de osteófitos, curetagem enxertia de cistos acetabulares
B. Osteotomias de salvação: <50 anos, sintomas moderados, flexão > 60 graus,
diminuição do espaço articular.
C. Osteotomia varizante do fêmur proximal: quadril congruente em abdução;
encurta membro; relaxa musculatura.
D. Osteotomia valgizante: < 40 anos; Flexão > 60 graus (< 60 = contraindicação
relativa); tensiona musculatura; alonga membro; eventualmente associar
tenotomias; PSA é complicação frequente.
E. Artrodese: fazer em 0,5 graus de adução, 0-15 graus de rotação externa, 20-30
graus de flexão. Resultados péssimos, raramente indicada. Contraindicações:
alterações degenerativas de coluna, quadril contralateral, joelho ipsilateral,
pois vão progredir e se tornar sintomáticas muito rapidamente.
F. Hemiartroplastia
G. Resurfacing: <60 anos, ativos, sem deformidade óssea. Contraindicações:
osteoporose, cistos >1cm, >50% ONCF, deformidades ósseas, IRC, mulheres
fertéis (metalose).

A congruência é testada em abdução para a osteotomia varizante, pois é nesta


posição que ficará o quadril.

A valgizante tensiona a musculatura (alonga membro), enquanto a varizante


relaxa.

Flexão menor que 60 para valgizante, e 50 para varizante, são


contraindicações.

Osteotomia valgizante irá tensionar a musculatura, melhorando o momento


abdutor e, portanto, sendo indicada na marcha de Trendelenburg.
Flexão menor que 60 graus é contraindicação relativa. Deformidade em abdução
já é valga, então, indicaria osteotomia varizante.

PRINCIPAL QUEIXA DA ARTRODESE


Queixas de dor ocorrem geralmente 15 a 25 anos após a artrodese; ocorrem
todas as citadas, porém é mais comum lombalgia, que ocorre em 55 a 100%
dos pacientes. Vale lembrar que sem o movimento do quadril, para deambular
compensa-se com a báscula da bacia e coluna.

ONCF

Homens 4:1
50% bilateral

Epidemiologia: pacientes entre 3ª e 5ª décadas de vida; 18% das ATQ são por
este motivo.
Etiologia: Álcool, Gota, Doença de Gaucher, Dislipidemias, Osteodistrofia Renal,
Anemia Falciforme, Uso de esteroide sistêmico, trauma, idiopática. Tabagismo:
pelo Campbell não é, pelo JAAOS, é. Diversas teorias patogênicas. DIABETES
NAO É FATOR DE RISCO
Apresentação clínica: inicialmente assintomático; depois, dor no quadril durante
deambulação. Primeiro perde a Rotação Interna.
Diagnóstico: RX Cintilografia, RNM: melhor método, especialmente para DD com
osteoporose transitória.
Ângulo de Kerboul: corte médio do coronal e do sagital; ângulo do cetro da
cabeça às bordas da lesão e soma. Até 190 graus: bom prognóstico. 190-240:
moderado. >240: ruim.
Ohzono, com o comitê de investigação específica de doenças do ministérios
da saúde do Japão, definiu critérios em 2001 sobre ONCF:

5 critérios com alta especificidade para diagnóstico:


1. colapso da cabeça (incluindo sinal do crescente) sem estreitamento do
espaço articular ou anormalidade acetabular no rx;
2. esclerose marcante na cabeça femoral sem estreitamento articular ou
anormalidade acetabular;
3. cintilografia fria em quente;
4. baixa intensidade em T1 na RNM;
5. necrose trabecular e medular na histologia. Diagnóstico se preencher 2/5
dos critérios sem apresentar tumor ou displasia.

Lesões necróticas são classificadas em 4 tipos, de acordo com localização


na imagem (T1 na RNM ou RX).
Tipo A: acometem terço medial ou menos da área de carga.
Tipo B: acometem dos dois terços mediais ou menos da área de carga.
Tipo C1: acometem mais de 2/3 mediais, mas não se estendem até a borda
lateral do acetábulo.
Tipo C2: afeta a borda lateral do acetábulo.

Estadiamento: baseado nos achados em imagens anteroposteriores e laterais do


RX.

Estágio 1: período em que não há imagens específicas de osteonecrose no RX,


mas há achados específicos em RNM, cintilografia ou histologia (Ficat 0 ou 1)
Estágio 2: período com esclerose marcante sem colapso (Ficat 2A)
Estágio 3: colapso da cabeça, incluindo sinal do crescente, é observado, mas
sem estreitamento articular. Osteofitose leve pode ser observada na cabeça
femoral ou acetábulo (Ficat 2B e 3).
3A: Colapso menor que 3mm.
3B: colapso de 3mm ou mais.
4: osteoartrose (Ficat 4).

CLASSIFICACAO DE OHZONO

Tipo 1: esclerose em banda.


1A: afeta terço medial da área de carga do acetábulo. Risco de colapso: 0%
1B: terço médio. 19%
1C: terço lateral. 94%
Tipo 2: Achatamento da área de carga com linha de esclerose ou alteração
cística. 100%
Tipo 3: Cisto na cabeça femoral. i
3A: Cisto longe da área de carga (medial ou anterior). 12%
3B: sob a área de carga lateral. 100%
Indicação mais adequada para osteotomia rotacional de Sugioka para ONCF:
-> estágios 1 e 2 de ficat e arlet com até 30% da cabeça acometida
Fazer incidencia de ducroquet - flexao 90 abducao 45

Diferenca osteoroporose transitoria quadril x ONCF

O exame mais utilizado é a RNM, na qual a osteoporose geralmente apresenta


edema difuso, enquanto a ONCF apresenta edema geográfico.
Sinal da dupla linha na RNM indica fratura subcondral, característica da ONCF.

Prognostico: O prognóstico depende de todos os fatores citados; porém, na


região medial, onde não há transmissãpreservaro de carga, o prognóstico é
melhor. Ausência de dor não necessariamente indica prognóstico favorável. Não
cita em nenhum lugar se o prognóstico é pior em paciente mais jovem ou mais
idoso.

CLASSIFICACAO DE STENBERG
A classificação de Steinberg segue o mesmo padrão de Ficat e Arlet, porém
seguindo em um contínuo o 2A e 2B.
0 = 0, 1 = 1, 2A = 2, 2B = 3, 3 = 4, 4 = 5, 4 avançado = 6.

Além disso, tem uma subdivisão pela área de osteonecrose para 1 e 2: A:


<15%; B: 15-30%; C: >30%.

Especificamente no tipo 3 e 4 há esta definição:


A < 15% ou <2mm de depressão
B 15-30% ou 2-4mm de depressão;
C >30% ou >4mm de depressão.

No tipo 5, define-se:
A: acometimento leve da cabeça como no estágio 4 e envolvimento acetabular
estimado
B: moderado
C: grave

0 e 6 não apresentam subdivisão.

OSTEOTOMIA SUGIOOKA

A osteotomia rotacional de Sugioka é indicada para estágios 1 e 2 de Ficat e


Arlet, apenas, com até 30% da cabeça acometida.
Recomenda-se realizar a incidência de Ducrocquet (flexão do quadril 90 graus,
abdução 45 graus, rotação neutra) para avaliar se a área a ser rodada é
adequada.
ENXERTO VASCULARIZADO FIBULA

A via de acesso para realização da enxerta é anterolateral, entre o glúteo médio e


o tensor da fáscia lata. Após isolado, o feixe da CFL e os ramos ascendentes são
os receptores.
Mesmo que não se soubesse a resposta correta, parece razoável que se utilize a
artéria mais próxima disponível – no caso, a circunflexa femoral lateral. Usar a
medial poderia comprometer ainda mais o suprimento sanguíneo da cabeça, já
que ela é a principal responsável pela vascularização.

DESCOMPRESSAO DA CABECA
Vários autores notaram que os resultados são superiores ao tratamento
conservador. Os melhores resultados são encontrados nos estágios I.
Índice de sucesso clínico em revisão sistemática de 1996): Estágio 1 – 84%;
estágio 2 – 65%; estágio 3 – 47%.
Atualmente, indica-se descompressão para o tratamento de lesões estágio I e IIa
pequenas e centrais em pacientes jovens, não obesos, que não estão usando
corticoides.
A taxa de complicações é baixa.
Mais de 30% dos pacientes, mesmo com doença em estágio inicial,
provavelmente irão precisar de ATQ em 4 a 5 anos após a descompressão.

OSTEOPOROSE TRANSITORIA DO QUADRIL

Osteoporose transitória
Epidemiologia: H > M; em mulheres, mais comum no último trimestre da gravidez.
Sintomas bilaterais em 1/3, não ao mesmo tempo. Homens de meia idade.
Clínica: dor, claudicação, perda muscular local.
Imagens:
RX: desmineralização pode aparecer até 6 semanas após início dos sintomas.
Cintilografia: pode sugerir o diagnóstico antes.
RNM: padrão ouro; não possui alta especificidade (difícil de excluir tumor, OMC).
Ao contrário da ONCF, apresenta padrão mais homogêneo, e não geográfico.

Fases de Grimm:
Difusa: impressão de edema ósseo.
Focal: 2-3 meses após início dos sintomas (rx ká tem alterações).
Residual: 2-3 meses após focal; osteoporose se resolvendo; intensidade igual a
medula gordurosa normal; pequenas lesões ainda podem ser encontradas.
Tratamento: conservador. Analgesia, Cálcio, vitamina D, bisfosfonatos, proteção
de carga.
Baseada na RNM; apresenta sinal alto em T2 na fase difusa; na fase residual, há
resolução do quadro com recuperação do aspecto de osso trabecular e medular
normal.
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FRATURAS DO ACETABULO

Fraturas do acetábulo
Cirurgia – ideal entre 5-7 dias ate no maximo 10-15 dias. <24h – risco de choque
hemorragico.

Epidemiologia: homens, alta energia, idosos, baixa energia (geralmente subtipo


coluna/parede anterior com hemitransversa posterior.

Padrão de fratura: depende de como é feito o impacto.


Força na diáfise em flexão: sempre lesão posterior.
Força na diáfise em extensão: adução neutra = posterior; abduzido = transversa
Força no colo do fêmur: adução neutra, RI = posterior, RE = anterior, abduzido
ou aduzido + RI = transverso.

Lesões associadas: 50%; membros 35%, crânio 19%, tórax 18%, nervos 13%,
abdome 8%, coluna 4%.
Imagens: AP; Alar (ACP – Coluna posterior, parede anterior); obturatriz (OCA –
Coluna anterior, parede posterior).

Lesao neurologica - 30% - ciatico porcao fibular

Se fx colo associada Fx colo → RAFI com Watson Jones ou Smith Petersen


modificado

Vascularização
Face externa → glútea superior + inferior + obturatória + circunflexa medial
Face interna → iliolombar (ramo tronco posterior da ilíaca interna) e obturatória
Maior nutridora ilio se origina da iliolombar → vasculariza região supra
acetabular
Parede posterior → ramos aa. Glúteas
Colo femoral → ramo profundo da a. circunflexa medial (protegida pelo m.
obturador externo)

Classificação de Judet e Letournel:


5 tipos básicos: parede posterior, parede anterior, coluna anterior, coluna
posterior, transversa.
5 tipos combinados: T, parede posterior e coluna posterior, transversa e parede
posterior, parede/coluna anterior + hemitransversa posterior, dupla coluna.
Parede posterior: tipo mais comum (25%). Mais posteriores sao mais cominutas.

Coluna posterior: 3-5%; pode lesar feixe neurovascular do glúteo superior em


fraturas com grandes desvios.
Linha iliopectinea preservada e linha iliosquiatica quebrada em todas as
incidencias. Inerentemente instaveis. Tracao esqueletica para manter cabeca
centrada abaixo da porcao intacta do teto
Parede anterior (1-2%)
Todos marcos posteriores intactos, linha iliopectinea quebrada e deslocada. Pode
resultar em afinamento ou duplicacao da linha ilioisquiatica. Cabeca femoral
comumente suluxada.

Coluna anterior (3-5%) :sempre terminam no ramo isquiatico. Sempre


terminam no ramo isquiatico, desvio em rotacao externa do fragmento anterior
da cabeca. Cabeca femoral -> medial e superior. QUANTO MAIS BAIXO
FRATURA CRUZA BORDA ANTERIOR, MAIS BAIXO TRACO NO RAMO
ISQUIOPUBICO

Transversas (5-19%), rompem borda anterior e posterior do inominado. Desvia


cabeca femoral para medial e superior. Ruptura da iliopectinea e ilioisquiatica
Linha do teto esta rompida traco longitudinal no corte axial da tc
2 PARTES -> Iliaco superior / isquio-pubico inferior

Coluna posterior + parede posterior: 3-4% - luxação frequente, fragmento da


parede posterior pode impedir redução.Produz fragmento isquioacetabular solto,
cabeca femoral subluxada segue fragmento cranial e posteriormente. Parede
posterior pode bloquear a reducao

Transversa + parede posterior: 20%; luxação da cabeça do fêmur frequente.


Desvio pode ser posterior pelo defeito da parede ou medial pela fratura
transversa.

Coluna/parede anterior + hemitransversa posterior: idosos, 7%. Sinal da asa


de gaivota = prognóstico ruim (impactação do teto medial do acetábulo). Via
ilioinguinal.

Fratura em T: 7%; fratura transversa associada a fratura do ramo


isiquiático/púbico (bizu no RX: sempre que houver fratura transversa, procurar
fratura do ramo púbico > T). pior prognóstico de todas!
Geralmente é uma fratura transvera+ fratura com traco vertical inferiormente.
Identificar fratura de ramo isquiatico + fratura transversa

Dupla coluna: 23%; acetábulo completamente desconectado do esqueleto axial.


Sinal do esporão (obturatriz): patognomônico. Via iliofemoral estendida.

Classificacao AO acetabulo 62-


A - Parcial articular, envolvendo apenas uma das duas colunas: A1 - parede
posterior A2 - coluna posterior A3 - parede ou coluna anterior
B- parcial articular,envolvendo componente transverso: B1 - transversa pura, B2-
fratura em T B3 - anterior coluna e hemitransversa posterior
c - Fratura articular completa
C1 - alta, extendendo a crista iliaca
C2 - baixa, extende a borda anterior do ileo
C3 - extende-se a articulacao sacroiliaca

Lâmina quadrilátera: Osso plano na parte medial do acetábulo / delimita a pelve


verdadeira (o limite superior é a linha ilioisquiática) / está em íntima relação com a
cabeça femoral

Lágrima de Kohler → PARTE LATERAL: porção ântero-inferior do acetábulo /


PARTE MEDIAL: porção anterior da lâmina quadrilátera do ilíaco

Tratamento:

Indicacao tratamento conservador: fraturas que não se estendem à área de carga,


fraturas baixas da coluna anterior, pequenas fraturas da parede posterior não
associadas a uma luxação ou envolvendo a porção posterosuperior do acetábulo,
fraturas transversas baixas çom ângulos de arco de teto maiores que 45° nas 3
incidências radiográficas, fratura de ambas as colunas com congruência
secundária em pacientes com baixa demanda funcional.

•Ausência de fragmentos intra-articulares


•Desvio < 2mm
•Fraturas baixas da coluna anterior
•Fraturas transversas baixas
•Fraturas 2 colunas mas com congruência 2ª
•Pacientes debilitados, muito idosos, osteoporose grave, politrauma não-
compensado
•Lesões de Partes moles extensas com possível infecção

Cirurgico:
•TODAS com instabilidade ou incongruência articular

•Instabilidade: luxação do quadril associado a:

•Deslocamento da coluna ou da parede posterior


•Deslocamento da coluna ou da parede anterior
•Incogruência (> 2mm desvio do domo acetabular)
•Fratura do teto da cúpula
•Fragmentos ósseos retidos
•Fraturas deslocadas da cabeça femoral
•Interposição dos tecidos moles

Fator preditor de atq precoce


1.Idade > 40 anos
2.Luxação anterior
3.Lesão cartilagem cabeça femoral
4.Envolvimento parede posterior
5.Impacção marginal
6.Desvio > 2mm inicial
7.Redução não anatômica
8.Incongruência do teto acetabular no pós-op
9.Utilização acesso iliofemoral estendido

Conservador: sem desvio, ou desvio mínimo <2mm.

Duas colunas com congruência secundária: pode ser tratada conservadoramente,


mas é a de pior prognóstico.

Critérios de Mata: arco tectal >45 no AP, > 70 no Alar (Setentalar), >25 na
obturatriz.
critérios atualizados para estabilidade de Vrahas

OBTURATRIZ -> Ve regiao anterior do teto / ALAR -> Posterior do teto/ AP ->
arco da parte medial do teto

Tratamento cirúrgico emergencial: luxação irredutível; déficit progressivo; lesão


vascular com necessidade de reparo; fratura exposta; fratura do colo femoral
ipsilateral; luxação recorrente após redução apesar da tração. Luxação tem de ser
reduzida imediatamente pois o risco de ON aumenta muito após 12 horas.
Tração: fratura luxação instável após redução; aguardo pré-operatório.

Tratamento cirúrgico: após 3-5 dias da fratura; sequencia: reduzir e estabilizar


colunas; depois, paredes; fixação definitiva dos fragmentos reduzidos; placa de
suporte para toda a estrutura.

Complicações:
Tardias
Ossif heterotopica - 3 semanas, tce grave, profilaxia indometacina 25mg
3x/d4-6 semanas ou radiacao 1 dose 700cgy
Condrolise
pseudoatrose
Artrose: principal complicação. 27% - qualidade reducao

Aguda
Infecção pós op: 5% (no IOT é mais alto!); Kocher langebeck = pior prognóstico.
Ilioinguinal = melhor prognóstico.
TVP 50% mortalidade 5%
TEP 5%
Lesao nervosa - 30% (cutaneo femoral lateral) / 15% (porcao fibular ciatico)

Sempre que no corte axial houver um traço contínuo, deve-se diferenciar a


transversa (traço vertical, anteroposterior) da duas colunas (traço horizontal,
medial-lateral). Se houver fratura do ramo púbico, será uma fratura em T, mas não
há.

45 graus -> porcao medial(AP ) / 70 graus -> posterior do arco tectal / 25 graus
anterior do arco tectal
SETENTALAR
Nao é utilizado mata para dupla coluna ou coluna posterior

FRATURA DA SUPERFICIE QUADRILATERA


Dissociação da lágrima e linha ilioisquiática indica ou rotação da hemipelve, ou
fratura da superfície quadrilátera.

A lágrima consiste de um membro medial e um lateral e representa um achado


radiográfico, e não uma estrutura anatômica de verdade. O membro lateral
representa o aspecto inferior da parede anterior no canal e a porção anteroinferior
da superfície quadrilátera. Como a lágrima e a linha ilioisquiática resultam em
parte da tangencia do raio em uma porção d asuperfície quadrilátera, são sempre
superpostas na visão AP da pelve do acetábulo normal.

Lesao do anel pelvico A maior parte do sangramento é venosa. Contudo,


quando arterial, deve-se a sangramento das artérias glútea superior e pudenda
(GPS).

FRATURAS ANEL PELVICO


Critérios atualizados para estabilidade de Vrahas et ai. 187 (acima de 45º na
radiografia AP, acima de 25º na projeção oblíqua do obturador,
acima de 70° na projeção oblíqua do ilíaco).

DESVIO FRATURA SUB


Flexão: iliopsoas
Rotação externa: rotadores curtos
Abdução: abdutores.

Classificação de Crowe:

Radiografia em AP; usa linhas bilacrimal e junção medial colo-cabeça do lado


acometido. Comparar distância com o tamanho da cabeça contralateral. Se a
displasia é bilateral, usar 20% da altura da pelve de parâmetro.

I: até 50%
II: 50-75%
III: 75-100%
IV: >100%.

Quando for bilateral -> Calcula-se a distância a partir da linha bilacrimal e a


junção colo cabeça medial. Como a displasia é bilateral, estima-se o valor do
denominador por 20% da altura da pelve.
20% de 16 = 3,2. A distância da linha bilacrimal é = E (3). Logo, 3/3,2cm. Isso fica
entre 75 e 100%, sendo, portanto, Crowe 3 (<50, 50-75, 75-100, >100).

FRATURAS COLO FEMUR


Fraturas do colo do fêmur
Epidemiologia: >60 anos; mulheres brancas.
Fatores de risco: osteoporose, IMC baixo, baixa atividade física, história materna
de fratura do quadril, pouca exposição solar, tabaco, corticoide.
Classificação de Garden:
1: incompleta ou impactada em valgo
2: completa impactada sem desvio
3: completa em varo
4: desvio completa da cabeça e acetábulo

Classificação de Pauwells
Angulação da fratura em relação a linha horizontal que passa pela cabeça
I: <30
II: 30-50
III: 50-70

Classificação AO:
31B: B1: subcapitais não desviadas (Garden 2); B2: transcervicais; B3:
subcapitais desviadas (Garden 3 ou 4).

Classificação de Singh: (para osteoporose)


6: todos os grupos trabeculares visíveis
5: ausência do trocantérico; triângulo de Ward acentuado
4: trabéculas tênseis principais presentes (secundárias ausentes)
3: Quebra das trabéculas tênseis principais (aqui vira patológico)
2: perda das trabéculas de compressão secundárias
1: quase nenhum grupo trabecular visível

Anatomia:
No Rockwood antigo, dizia-se que os vasos do retináculo mais importantes
derivam da circunflexa medial; na oitava edição, afirma que a lateral e medial são
igualmente importantes na nutrição da cabeça.

Tratamento:
Fraturas não desviadas: tratamento conservador com indicações muito limitadas.
Fixação interna com parafusos canulados em construção de Pauwells ou
DHS (placa de dois furos).
Fraturas desviadas: <60 anos = fixação interna; > 80 anos = artroplastias; 60-80
anos – variação considerável. Redução com tração e rotação suave.
Avaliação da redução: S de Lowel no AP e Perfil; índice de Garden: ângulo
formado entre o eixo central do sistema trabecular medial na cabeça e a cortical
no AP (160 ); eixo trabecular central da cabeça em linha com o colo do fêmur
formando 180 no perfil. 155-180 nas duas incidências.
ATQ: indicados para pacientes com movimentação independentes e sem
problemas cognitivos; IRC e AR (respondem mal a FI); <60 anos se uso de
corticoides, alcoolismo e outras condições associadas a osteoporose.

Complicações:
Pseudoartrose em jovens: fazer osteotomia valgizante, deixar em 150 graus o
ângulo. Enxerto ósseo vascularizado é outra opção; o enxerto de Meyers usa o
quadrado femoral, com 95% de sucesso na consolidação.
Fraturas do sacro
Mecanismo indireto de trauma.
Classificação de Dennis:
Zona 1 – lateral aos forames; 50% das fraturas, 6% lesão neurológica
Zona 2 – traço passa pelos forames; 36% das fraturas de sacro, 30% lesão
neurológica
Zona 3 –medial aos forames, 16% frequência, 60-80% lesão neurológica
Critérios de instabilidades: Lesão da articulação L5-S1; fratura cominuta
transforaminal; fraturas Dennis 1 e 2; fraturas com desvio; instabilidade vertical.
Indicações cirúrgicas: cisalhamento vertical; fratura da asa do sacro, cominuta,
com RE da hemipelve; fratura por CL com impacção e RI excessiva.

LUXACAO DO QUADRIL
Fraturas e luxações da cabeça femoral
Lesões associadas em 95%
Complicações comuns: ON, artrose, lesão neurológica, OH, reluxação.

Mecanismo de trauma: alta energia (AVA > Joelho X painel; queda,


atropelamentos, acidentes industriais, lesões esportivas).
Flexão, adução, rotação interna > luxação posterior sem fratura.
Flexão parcial, adução parcial e RI > fratura-luxação posterior
Extensão, hiperabdução, RE > luxação anterior.
Luxação posterior 9 vezes mais frequente que anterior.

Imagem: Bacia AP antes de reduzir; excluir com certeza fratura do colo de fêmur.
Após reduz, AP, inlet outlet, Alar obturatriz. TC ajuda a pesquisa fragmentos intra-
articulares.
Classificação:
Descritiva: Anterior (superior – púbica ou espinhosa; inferior – obturatoria, tiroidea,
perineal) ou posterior.

Thompson e Epstein: (luxação posterior)


Tipo 1: sem fratura ou com pequena fratura
Tipo 2: com fratura isolada da borda posterior
Tipo 3: fratura cominuta
Tipo 4: fratura do teto do acetábulo
Tipo 5: fratura da cabeça

Classificação de PIpkin:
Subdivide tipo 5 de Epstein
Tipo 1: fratura abaixo da fóvea
Tipo 2: fratura acima da fóvea
Tipo 3: fratura no colo
Tipo 4: fratura no acetábulo
Stewart e MIlford (para luxação posterior, após redução)
Tipo 1: luxação simples sem fratura
Tipo 2: luxação com fratura, reduz e fica estável
Tipo 3: luxação com fratura, reduz e fica instável
Tipo 4: luxação com fratura da cabeça ou colo femoral

Classificação de Brumback:

Tipo 1: luxação posterior com fratura da cabeça envolvendo porção


inferomedial da cabeça
1A: com mínima ou nenhuma fratura da borda acetabular e articulação estável
após redução
1B: com fratura significativa da borda acetabular e articulação estável após
reconstrução

Tipo 2: luxação posterior com fratura da porção superomedial da cabeça


femoral
2A: mínima ou nenhuma fratura da borda acetabular e articulação estável após
redução
2B: com fratura significante e instabilidade articular

Tipo 3: luxação do quadril com fratura do colo do fêmur


3A: sem fratura da cabeça
3B: com fratura da cabeça

Tipo 4: luxação anterior da cabeça femoral


4A: tipo endentação. Depressão da superfície súperolateral da caebaç femoral
4B: tipo transcondral: fratura cisalhamento osteocartilaginosa da superfície de
carga da cabeça femoral

Tipo 5: fratura luxação central do quadril com fratura da cabeça femoral.

Classificação AO:
30 A1: luxação anterior
A2: luxação posterior
A3: luxação central
A4: luxação obturatória

Anatomia cirúrgica: nervo ciático pode ser lesado na luxação posterior, e o


obturatório, na anterior. Circunflexa femoral medial é a mais lesada na luxação
posterior.

Abordagens cirúrgicas:
Anterior/Anterolateral: luxação anterior; fratura da cabeça femoral que necessita
ser reduzida e estabilizada.
Posterior: luxação posterior irredutível, redução não concêntrica com interposição
posterior. Luxação associada a fratura da parede posterior que necessite de
reparo.

Via de KOcher Langenbeck. O quadril pode não ser reduzido por interposição
do tendão do piriforme, glúteo máximo, ligamento redondo, lábio, inserção
capsular ou fragmento ósseo.
Lateral: necessário realizar osteotomia do trocanter maior e luxação controlada
para acesso às fraturas da cabeça e lesões associadas. Luxação segura em
relação a ON.

Tratamento:

Conservador: redução congruente sem fraturas associadas; fratura da parede


posterior com redução estável e congruente; pipkin 1 com redução congruente,
pipkin 2 com redução anatômica e articulação congruente. Não tentar reduzir
mais do que duas vezes pelo risco de ON.
Redução aberta: luxação irredutível; redução incongruente; lesão do ciático na
tentativa de redução.

Causas de luxação irredutível: anterior – abotoamento através da capsula, reto


femoral, capsula, lábio, psoas.
Posterior: piriforme, glúteo máximo, lábio, ligamento redondo, cápsula, parede
posterior, fragmento ósseo, ligamento iliofemoral.

Lesao nervosa - luxacao quadril


Luxação posterior é mais comum que anterior e mais associadas a lesões do
nervo ciático. Ocorrem em 10 a 15% das luxações do quadril. O ramo fibular é
mais acometido que o tibial por estar mais fixo na pelve e no colo femoral.
Também, os fascículos fibulares são em menor número, de maior tamanho e
protegidos por menos tecido conjuntivo. Retorno parcial ocorre em mais da
metade dos pacientes afetados.

FRATURAS DO ANEL PELVICO


Pela classificação de Tile, as tipo A são estáveis, sendo que:
A1 – sem envolvimento do anel
A2 – com mínimo desvio

AS tipo B são instáveis rotacionalmente, mas estáveis verticalmente, sendo:


B1 – livro aberto (CL3)
B2 – CL ipsilateral (CL 2 ou 3)
B3 – CL contralateral (alça de balde – CL3)

As tipo C são instáveis rotacional e verticalmente, sendo:


C1 – unilateral
C2 – bilateral
C3 – com fratura acetabular

Em uma lesão em livro aberto leve, a princípio só há lesão da sínfise púbica.

Como as lesões tipo B não incluem nenhum mecanismo de APC, os ligamentos


sacroilíacos permanecem intactos.
Redução aberta e fixação interna: fraturas do colo femoral associadas (fixa e
reduz); pipkin 2 desviadas.

FRATURAS DA PELVE - EPIDEMIOLOGIA


População geriátrica: 22%. H:M 56:44. Idade 18-44, média 45 anos. Redução
anatômica e estabilização de fraturas desviadas melhoram resultados de
morbimortalidade
IFA

Rx → FALSO PERFIL DE LEQUESNE – CEA → cobertura anterior


PERFIL CROSS-TABLE – offset anterior cabeça-colo
PERFIL DUCROQUET – porção anterior transição cabeça-colo
PERFIL DUNN – ângulo →(esfericidade cabeça)
CAM → Homens jovens, atletas

•Porção Antero-Superior junção colo-cabeça proeminente (Sinal do cabo de


pistola)
•Dor em Flexão e RI
•Lesão típica(Carpet) - lesão base labrum (junção condro-labral)
•Lesão em contra-golpe à porção posterior cabeça femoral e postero-inferior do
acetábulo
–PINCER → Mulheres
•SOBRECOBERTURA → impacto colo com acetábulo ADM funcional
•Global: coxa profunda, protusão acetabular
•Parcial: retroversão acetabular
•LESÃO TÍPICA: Rebordo Acetabular/ Labrum contra colo femur
•Watershed Lesion = descolamento condrolabral
–Tto → CONSERVADOR → OSTEOCONDROPLASTIA (artro ou Ganz) ou OTT
Periacetabular

•Tronzo
–Tipo 1: incompleta sem desvio
–Tipo 2: completa sem desvio
–Tipo 3: completa com desvio, calcar no canal
•3A: medializacão da diáfise, sem fratura do trocânter maior
•3B: medialização da diáfise, com fratura do trocânter maior
–Tipo 4: lateralização da diáfise
–Tipo 5: traço reverso

REDUCAO TRANS

•Estabilidade:
–RELATIVA
•Método:
–TUTOR INTERNO (INTRA-MEDULAR/EXTRA-MEDULAR)
•Redução:
–INDIRETA
•Implante:
–Parafuso deslizante/Haste cefalomedular

Na classificação de Letournel e Judet para fraturas acetabulares, a fratura


hemitransversa posterior e da coluna anterior consiste no tipo:
A) I;
B) C;
C) E;
D)J.

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