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Acesso lateral
Primeira descrição feita por MacFarland e Osborne: desinseria todo médio glúteo
(lesando o nervo glúteo superior) e tensor da fascia lata.
Acesso de Hardinge: faz acesso direto sobre o trocanter em forma de J, libera a fascia,
rebata a fascia para anterior e o glúteo máximo para posterior, incisão do glúteo médio
liberando so o terço anterior, não lesando assim o nervo glúteo superior e artéria. Eleve as
inserções do glúteo mínimo e vasto lateral, incisão da capsula.
Incisão: lateral que mede entre 10-14 cm, centrada no grande trocanter com
discreta inclinação posterior proximalmente.
Acesso posterior
Acesso anterior
Otima opção se houver cominuição medial, sem parede. Coloca placa medial
por esse acesso.
K: peso corporal (K’’) menos o peso do membro que está em apoio monopodal
O nível de dor no quadril tem relação inversa com a medida da capacidade de gerar forca dos
rotadores externos.
Palpação: espinhas ilíacas, crista ilíaca, bursa trocanteriana, trígono femoral (delimitado pelo
adutor longo, sartorio, pectíneo e iliopsoas, dessa forma se palpa o pulso da artéria femoral),
articulações SI, tuberosidade isquiática, musculatura.
ADM: flexão 0-120° / extensão 0-30° / RI 0-40° / RE 0-50° / abdução 0-50° / adução 0-30°
Testes especiais:
Anvil test: teste de punho percussão na regiao plantar, gerando dor na regiao do
quadril (pesquisa ft oculta do colo femoral)
Teste de Ganz: avaliação de impacto (principalmente tipo CAM). Faz flexão, RI passiva
e abdução, gerando dor na regiao inguinal.
Teste de Ducroquet I e II: I (espasticidade do reto anterior) faz flexão passiva abrupta
do joelho e paciente traz o tronco para frente. II (espasticidade dos iquiotibiais) faz movimento
inverso, faz extensão abrupta do joelho e o tronco vai para tras (extende o tronco)
Bom rx AP permite ver: asa do ilíaco, art sacroiliaca, sacro, forames sacrais, processo
transverso de L5, incisura isquiática maior, púbis, forames obturarios, gota de lagrima e
articulações femoroacetabulares.
Inlet, outlet.
Importante para realizar o planejamento cirúrgico. Permite calcular o off set (cento de rotação
da cabeça até uma linha que passa dentro do canal medular do femur).
Incidência de Lowenstein ou rã: flexão de 90° dos joelhos, 60° do quadril, e as duas plantas dos
pés devem se tocar.
Incidência de Lequesne: angulação de 65° da ampola, um pé rodado para fora. Com isso
permite a visualização das 3 cabeças no rx. A cabeça femoral, a cabeça do femur contra lateral,
e se desenhar uma terceira cabeça entre as duas, elas vão se tocar. Essa incidência serve para
ver artrose posterior do acetábulo.
Incidência de Dunn: é a melhor para ver impacto femoroacetabular. Flexão de 45° e abdução
de 20°.
Incidência de Arcelin (ou cross table): levanta a perna contra lateral, posiciona a ampola 60°
em direção ao colo do fêmur.
Anteversão acetabular:
É traçado da mesma forma que o de Wiberg (traça uma linha no centro de rotação da
cabeça e outra tangenciando a borda lateral da articulação. Anormal quando inferior a 20°.
Traça uma linha paralela da parte lateral do acetábulo, outra na parte medial da
cabeça do femur e outra na lateral.
Normal entre 120-140°. Inferior a 120° é coxa vara. Superior a 140° é coxa calga.
Ângulo alfa (impacto femoroacetabular): mede-se na TC, RX, RNM. Normal é <50
Lábio acetabular: estrutura triangular, circunferencial, formado por fibrocartilagem, faz como
se fosse um selo de sucção (pressão negativa).
Came: deformidade no femur (bump) faz com que ocorra uma avulsao do lábio acetabular e a
cartilagem acetabular. Mais comum em homens jovens, anesfericidade da cabeça, a lesão do
lábio é por avulsao. Lesão antero superior, tecido labral sadio.
QC: dor inguinal, sinal do C, dor pode ocorrer em períodos sentados, mais comum em
praticantes de esporte e sedentário.
EF:
ADM: tanto dorsal quanto em decúbito ventral. No decúbito ventral paciente tem
menos RI do que em debucito dorsal.
RX: medida do espaço articular 2mm. Sinal do cruzamento (típico no pincer). Avaliação do
fundo acetabular (normal é que ele esteja lateral a linha isquiática).
Ângulo alfa (principal ângulo para o tipo came). Normal entre 50-55°.
Principios do tto cx: correção das deformidades e tto das lesoes condrolabrais.
PUBALGIA
Pode ocorrer devido a um desbalanço muscular entre o reto abdominal e os adutores (reto
puxa pra cima e adutor puxa pra baixo). Muito comum em atletas.
Extra articular: devemos realizar a palpação, na pubalgia doi bastante, patologias intra
articulares não doem. Ocorre também dor à adução contra resistência.
RX: cistos, osteofitos ou instabilidade na sínfise pode ser encontrada. Incidencia do flamingo.
RNM: tem que solicitar RNM da sínfise! Pode-se encontrar edema na regiao do púbis ou sinal
da fenda (sugestiva de lesão do adutor).
USG dinâmico. Avaliação do canal inguinal também é importante (manobra de valsalva, apenas
a fraqueza da parede pode comprimir o nervo genitofemoral, ocasionando pubalgia).
Teste terapêutica: infiltração intra articular, depois examina novamente o quadril. Se houver
melhora da dor, a dor então é intra articular. Se a dor persistir a dor é extra articular.
Definição: morte dos osteócitos e mudanças estruturais subsequentes que levam ao colapso
da cabeça femoral e artrose secundaria do quadril.
Etiologia: idiopática (30%), corticoide, etilismo, trauma (principal no nosso meio), distúrbios da
coagulação, dislipidemia, radiação, transplantes de órgãos, doenças mieloproliferativas,
disbarismo, quimio, HIV, doenças reumatologicas.
Corticoide: 10-30% dos casos de osteneocrose. Apenas 10% dos pacientes que utilizam
corticoide vão desenvolver ONCF. Risco maior quando se usa 2g predinisona em 2-3 meses.
Tempo de aparecimento dos sintomas entre 1-16meses (média 5meses) após o uso.
HIV: incidência de 4%, bilateral em 57% dos casos. Multifatorial: terapia anti retroviral,
corticoide, etilismo, dislipidemia. Mais típico em HIV de longa data.
QC: dor inguinal, inicio agudo ou insidioso, irradiação para coxa, limitação da ADM
(principalmente da flexão e RI).
RX: inicio é normal, pode ter áreas de radioluscência e/ou esclerose. Fase intermediária tem
sinal do crescente. Fase avançada tem colapso da cabeça e osteoartrose.
RNM: imagem típica com halo de esclerose. Inicialmente com baixo sinal em T1.
3: colapso da cabeça
3: sinal do crescente
1: rnm ou cintilo +
2: rx +, ausência de colapso
3: rx +, colapso parcial
4: rx +, osteoartrite
Diagnóstico diferencial:
Na ONCF a retirada de apoio com muletas, nas fases iniciais, não e uma forma eficaz de tto. A
descompressão se faz até a fase 2 A. Osteotomia rotacional de Sugioka está indicada quando o
envolvimento da cabeça é de até 30%.
FRATURA TRANSTROCANTÉRICA
1- Qualidade óssea
2- Tipo de fratura
3- Qualidade da redução obtida
4- Escolha do implante
5- Posicionamento adequado do implante
AO: A são estáveis (tem apoio póstero medial) tipo B (tem algum grau de acometimento
póstero medial – pequeno trocanter), tipo C (instáveis, tem algum grau de acometimento da
parede lateral).
Nas fraturas instáveis, o implante IM é superior pois ele divide melhor as cargas, ele
aproxima mais o eixo de suporte que é a diáfise do centro de desvio que é o centro de rotação
da cabeça femoral.
Os impantes intramedulares podem ter duplo ou único bloqueio proximal. Nos duplos, o
parafuso anti rotacional, que é o de cima, tem que ser menor que o parafuso deslizante
(porque se for do mesmo tamanho ou maior e além disso uma redução em varo, pode ocorrer
desvios como o efeito em Z).
Quando operar? Paciente hígidos em 24h. pacientes com mais de 3 comorbidades entre 24-
48h. Cirurgia com mais de 72h a mortalidade em 1 ano aumenta 2x.
FRATURA DO COLO
Teste de Anvil: utilizado para fraturas ocultas. Paciente em decúbito dorsal com extensão do
joelho, se faz uma punho percussão no calcâneo.
Pauwels (leva em conta a obliquidade do traço em ângulos): tipo 1 (30), tipo 2 (50),
tipo 3 (70).
Fullerton e Snowdy (ft por estresse): tipo A (tensão) tipo B (compressão) tipo C
(desviada).
Leighton (pseudoartrose pos ft do colo, com fixação por parafusos canulados): tipo 1
(fixação inadequada ou redução na anatômica), tipo 2 (perda da fixação com desvio da
fratura), tipo 3 (não união fibrosa sem desvio e com fixação intacta).
Tidemark: leva em consideração tipo de ft (desviada ou não), idade (< ou > 65 anos),
status neurológico, demanda funcional, condições anestésicas, deambulador ou não.
TTO com parafusos canulados: pirâmide invertida de Asnis. Quanto mais longe um parafuso do
outro melhor.
COXARTROSE
Etiopatogenia: principal fator é a idade, além de obesidade, trauma, DDQ, artrite séptica,
impacto.
Cartilagem primeiro fica amolecida, depois afila, cria fissuras, gerando ulceras condrais e por
fim expõe o osso subcondral.
QC: dor que piora a deambulação, na região da virilha e adutores. Irradiação para face anterior
da coxa, joelho e perna. Exacerbação da dor se ft subcondral ou colapso de grande cisto. Dor +
limitação de ADM.
EF: inspeção estática e dinâmica, palpação, adm, testes especiais, testes de contraturas, exame
neuro, escala de avaliação.
ADM: rotação interna é a primeira a ser afetada. Depois RE, abdução, adução e por
último flexão.
RX: esfericidade da cabeça, cobertura da cabeça pelo acetábulo, espaço articular homogeno,
osteofitos e cistos osseos, densidade óssea, ângulo cervico diafisario, simetria dos ilíacos e
forames, linhas do acetábulo, arco de shenton.
ADM: rígido (flexão ate 30 /abdução 0 / aducao 0), hipomóvel (flexão 30-60 /
abdução ate 15 / aducao ate 15), móvel (flexão > 60, abdução >15, aducao >15)
TTO:
Cirúrgico: artroscopia (pouco usada, mais para IFA e corpo livre articular), artrodese,
osteotomias (varizante e valgizante), ATQ, artroplastia de recapeamento.
Artrodese: pouco usada, idade < 40, trabalhador braçal, unilateral, etiologia
não inflamatória, posição de artrodese (flexão 30 / rotação neutra / abdução e adução 0).
Classificação de ASA
Se até ASA 2 o ideal é até 24h. Se tem comorbidades, deve-se esperar não mais que 72h.
Não é necessário utilização de tração. Não diminui a dor, consumo de analgésicos é igual e não
modifica a cirurgia.
Indicações de implantes céfalo-medulares: ft trans instáveis (31 A2.2 e A2.3), traço reverso (31
A3), ft subtrocanterianas (32), segmentares (diáfise).
Vantagens da haste cefalomedular: dispensa cortical lateral intacta. Se for usar dhs nessa
situação ocorre cisalhamento do fragmento proximal.
A boa redução na ft trans: o ângulo cervico diafisário após a redução deve ficar neutro 135°. Se
for errar deixa um pouco pra valgo. Varo nunca.
OSTEOTOMIAS AO NÍVEL DO QUADRIL
Causas mecânicas de Artropatia degenerativa: DDQ (40%), doença de Perthes, epifisiólise, coxa
vara, displasia epifisária, consolidação viciosa de fraturas, NACF, defeitos de versão.
Indicações: jovens, boa qualidade óssea, bom arco de movimento (pelo menos
70-80° de flexão), dor limitante diária, origem mecânica. Origem metabólica está
contra indicada!
Manobra de Allis: estabiliza a pelve segurando pelas EIAS e o outro faz tração
longitudinal.
Redução aberta: quando houver falha na redução fechada, redução não concêntrica,
deterioração do status neurológico.
Após a redução, deve-se testar a congruência articular pelo teste de Torneta (flexão 90° sob
radioscopia e aducao até a linha média, observa se a cabeça afasta ou não).
PLANEJAMENTO DA ATQ (CAIU NA PROVA PRÁTICA)
RX ideal: centrada na sínfise púbica. Rotação interna do quadril em 15° (para corrigir a
anteversão do colo, é importante porque pode subestimar o offset, a gente sabe que está
rodado interno avaliando o pequeno trocanter). Distância entre o cóccix e a porcao superior da
sínfise púbica entre 2-3cm.
Medir offset na prova: centro de rotação da cabeça femoral, com outra linha indo para o
trocanter maior que seja perpendicular a diáfise do femur.
Segundo Dorr pode ser feita uma anteversão combinada. Em torno de 35° (25 a 50°).
Primeiro identifica a gota de lagrima (vai ser o limite distal da prótese). A partir dela
traça a linha bilacrimal (horizontal). Pode também traçar a linha bituberositária (horizontal,
mesma função da linha bilacrimal). Feito a linha bilacrimal, medimos a distancia da linha até o
trocanter menor (mostra o grau de dismetria, demonstra o encurtamento ou não do membro).
Marca-se o centro do acetábulo. Depois que definir o tamanho do acetábulo, parte-se para o
femur.
Indicações da artroplastia parcial: ft do colo, idade avançada, baixa demanda física, baixa
perspectiva de vida, cartilagem acetabular preservada (se tiver osteoartrose já, é indicação
formal de prótese total)
Parciais:
ATQ cimentada (indicações): idade avançada, osso tipo c, baixa demanda física.
Componente femoral não cimentado (indicações): pacientes jovens, osso tipo A e B, formato
do femur proximal adequado.
ATQ Híbrida: acetabular não cimentado e femoral cimentada. Ou hibrida reversa (o contrário).
ATQ resurfacing (indicações): pacientes jovens do sexo masculino, osso tipo A e B, sem
alterações anatômicas severas, demanda física maior.
PASSO A PASSO ATQ
Ácido tranexâmico: 15-20mg/kg, 3 doses por via venosa. Primeira dose no ato da incisão, mais
duas doses a cada 8h. Contraindicação: TEP prévia, IRC, coronopatias. Forma eficaz de se
diminuir a hemotransfusão, pois previne o sangramento.
Critérios para o posicionamento acetabular: entre 40-45° no plano de abdução e entre 15-20°
de anteversão.
Causas
Infecção em ATQ
Fatores de riscos intra op: tempo cirúrgico >3h, extensão da FO, hematoma profundo,
tamanho da prótese.
Classificação de Tsukayama:
Diagnóstico:
Critérios menores (deve ter 3 dos 5): VSH E PCR aumentados; elevado numero
de leucócitos no liquido sinovial ou esterase leucocitária; elevada porcentagem de PMN no
liquido sinovial; quando existe a presença de 5 neutrofilos por campo na analise
histopatológica de uma amostra tecidual removida ao redor do liquido sinovial da prótese; um
agente patógeno é isolado através de uma culta de 1 amostra do tecido ou fluido colhidos no
procedimento.
TTO:
Fatores de riscos intra op: quadris rígidos, defeitos corticais prévios, zonas de stress,
osso de má qualidade, instrumentação do canal femoral.
Classificação de Vancouver
TTO:
Tipo A: pode ser conservador. Será cirúrgico quando tiver desvio inaceitável
associado à osteólise progressiva.
Tipo B2: revisão cirúrgica com haste longa de fixação distal + fixação com
cerclagem e enxerto ósseo SE necessário.
Tipo B3: revisão cirúrgica com haste longa de fixação distal + fixação com
cerclagem e reconstrução do fêmur proximal com enxerto ósseo.
Principais alterações anatômicas: acetábulos mais rasos, inclinação mais elevada, perda óssea.
Alteração da versão acetabular (podem ter retroversão ou até mesmo anteversão acentuada).
Já no fêmur se tem valgismo do colo + anteversão femoral aumentada; canal femoral mais
estreito.
Na colocação da prótese, é necessário que ela tenha pelo menos 70% de cobertura acetabular.
PRÁTICA ATQ NÃO CIMENTADA
Geralmente não está na posição anatômica, apenas fala com examinador das posições, porém
não mexer na bacia.
Começa pelo acetábulo. Inicia-se com a fresa acetabular menor (para retirar osteófitos), entra
com ela vertical para regularizar o degrau. Depois coloca a taça na posição, 40 graus ao solo e
+-15 graus de anteversão (vai com a fresa para frente do paciente). Continua com fresas
sequenciais.
Determinar os quadrantes de Wasielewski (traça uma linha reta entre a EIAS até o centro do
acetábulo e depois uma linha de 90°, o quadrante póstero superior é onde se quer colocar o
parafuso) (no quadrante antero superior está em risco a artéria ilíaca externa e no quadrante
antero inferior está em risco o nervo obturador).
Então bate com a taça com o parafuso para póstero superior. Após bater, puxa axial (testando
o press fit). Depois so roda o cabo para soltar o acetábulo colocado.
Marcar a osteotomia (base lateral do colo até +-1cm do trocanter menor). Realiza-se a
osteotomia, iniciando pela regiao lateral, 90° em relação ao colo.
Após se usa o formão caxote (da o controle da versão do femur), e bate com o martelo na
medular.
Posiciona a haste definitiva. Pode ainda testar novamente os colos se quiser. Coloca a cabeça
de ceramina e reduz. Fechamento.