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roteirizar DE ESTUDO – FISIOTERAPIA ORTOPÉDICA AV2

1) Quais as articulações que compõe o complexo do ombro?

Esternoclavicular: A esternoclavicular é uma articulação que faz a ligação entre o membro


superior e o esqueleto axial, que é cabeça e tronco.

Escápulo-torácica: Os movimentos permitidos pela articulação escápulo-torácica são adução,


abdução e rotação da escápula, além do movimento de elevação e depressão.

Acromioclavicular: Esta articulação está localizada entre a clavícula e o acrômio.

Glenoumeral: A glenoumeral é uma articulação que está associada à cintura escapular.

2) Explique como ocorre a biomecânica do complexo do ombro nos movimentos de abdução,


flexão e rotação interna.

Abdução: a abdução ocorre no plano frontal, esse movimento é realizado pelos músculos
supr-espinhoso e deltóide, sendo que nos primeiros 90º o supra-espinhoso tem um maior
torque, a partir de 90º o deltóide se torna mais ativo, com o supra-espinhoso
desempenhando um papel de estabilizador da cabeça do úmero.

Flexão: a flexão ocorre no plano sagital, esse movimento é realizado pelos músculos
deltóide (parte clavicular), coracobraquial, bíceps braquial (cabeça longa), e peitoral maior
( parte clavicular), este tendo ação como flexor até 60º, depois desse grau o músculo perde
sua linha de ação vertical que o garante realizar a flexão.

3) Como ocorre a estabilização articular no complexo do ombro?

Ao analisarmos a anatomia do complexo articular do ombro, concluímos que ele é a


articulação com maior amplitude de movimento do corpo, ao mesmo tempo em que é a
articulação mais instável. A sua estabilidade se dá através de ligamentos e músculos da
região, que mantém o úmero em posição e permite uma grande amplitude de movimento.

Os ligamentos são os principais estabilizadores do complexo articular do ombro, juntamente


com os quatro tendões dos músculos do manguito rotador. Quando todos os músculos do
manguito rotador se contraem, a cabeça do úmero é comprimida na articulação e é levada
até a posição correta.

Por ser uma articulação instável, o complexo articular do ombro tem maior predisposição a
lesões de suas estruturas e por isso requer que o profissional de saúde conheça muito bem
sua anatomia e cinesiologia.

4) Explique a síndrome do impacto do ombro.

É uma patologia causada pela compressão prolongada gerando inflamação ou degeneração


na região de estruturas do ombro, sendo as estruturas mais afetadas o tendão
supraespinhal, tendão do bíceps, a bursa subacromial e articulação acromioclavicular.

5) Descreva os testes de Neer, Jobe, Patte, Mill, Filkenstein.

Neer:Com o paciente em pé, ou sentado, eleva-se o ombro a 90º e o cotovelo também, a


90º, com rotação passiva para dentro. Caso o paciente não consiga realizar o movimento ou
reclamar de dor na região anterior, ou lateral do ombro enquanto realiza o movimento.
Isso dá indicativos que esse paciente possui uma patologia do ombro denominada síndrome
do impacto do ombro, com tendinite do infraespinhoso.

Jobe:O teste é comumente usado no exame ortopédico do ombro ao testar a instabilidade


do ombro anteriormelhor, realizado com o paciente deitado supino na mesa de exame. O
braço a ser testado é abduzido a 90 graus com o cotovelo flexionado para 90 graus. O úmero
está inicialmente em rotação neutra.O examinador inicialmente executa o Teste de
apreensão e observa o ponto em que ocorre dor / apreensão. Ao fazer isso, o examinador
apoia o cotovelo do paciente e, com a outra mão segurando o pulso, gira lentamente o
úmero externamente. Para o teste de deslocalização, o examinador retorna o braço para a
posição neutra e realiza o mesmo movimento enquanto aplica pressão posterior ao aspecto
anterior da cabeça da articulação do úmero / gleno-emergência. É muito importante que o
examinador não remova a pressão posterior na cabeça do úmero até depois de retornar o
braço do paciente para a rotação neutra.

Patte: O teste de Patte é utilizado para avaliação ortopédica do tendão do músculo infra-
espinhal.Para começar, o paciente deve ficar em pé, com os braços abduzidos e o ombro
flexionado em 90º. Assim, o profissional deverá exercer resistência ao paciente, na altura do
punho. O paciente, então, deverá fazer força no sentido contrário à resistência oferecida. Ou
seja, o paciente deverá resistir à rotação interna do ombro. Dessa forma, apresentando dor
ou dificuldades para realização desse teste, há o indicativo positivo de lesão no tendão do
músculo infra-espinhal.

Mill: Teste específico para avaliar epicondilite lateral. Com o cotovelo em extensão e o
punho em flexão, solicita-se ao paciente resistir a hiperflexão do punho, com a dor como
sinal positivo da doença.

Filkenstein: O teste de Finkelstein é o teste provocativo para o diagnóstico da doença de


Quervain.O paciente aduz e envolve o polegar com os dedos. O teste é positivo se o desvio
ulnar passivo do punho provocar dor forte nas bainhas dos nervos afetados. Uma manobra
de polegar para cima ocasiona dor provocada ao longo do primeiro compartimento extensor
durante a extensão resistida do polegar.

6) Qual abordagem fisioterapêutica é indica no pós operatório do manguito rotador?

Pode-se realizar condutas para fortalecimento dos músculos estabilizadores da escapula e


os músculos do manguito rotador, massagem de tecidos moles, mobilização passiva da
articulação glenoumeral, treino escapular e taping postural, mobilização da coluna vertebral,
mobilização na articulação glenoumeral, mobilização neural do nervo radial.

7) Qual a fisiopatologia da síndrome do túnel do carpo e quais objetivos fisioterapêuticos são


essenciais nesse quadro clínico?

A síndrome do túnel do carpo resulta da compressão (pinçamento) do nervo mediano. A


compressão pode ser causada pelo inchaço do tecido adjacente ou dentro do túnel ou por
bandas de tecido fibroso que se formam na face palmar do pulso.

A finalidade é restaurar o movimento e a elasticidade desse tecido, além de promover o


retorno às suas funções normais, redução de quadro álgico, fortalecimento muscular e
aumento de ADM. Atuar na raiz e no trajeto do nervo.

8) Explique qual a relevância de avaliar a coluna cervical na disfunções de MMSS.


9) Explique o que é preciso para que ocorra uma boa congruência articular no quadril?

Equilibro entre musculatura do quadril, tanto agonista quanto antagonista.

10) Quais os tipos de síndrome do impacto femoroacetabular? Explique a diferença entre


elas.

O impacto femoroacetabular tipo CAM ou CAME, essa patologia é caracterizada pela


presença de osso a mais na lateral da cabeça do fêmur, provocando um aumento do
contorno ósseo. Desta forma uma estrutura que deveria ser redonda fica ovalada,
semelhante a uma lombada, na parte localizada entre a cabeça e o colo do fêmur.

No impacto femoroacetabular CAME, o contato ósseo acentuado durante movimentos de


rotação interna da coxa e flexão, tem impacto precoce no acetábulo, causando o atrito que
pode lesionar a junção entre a cartilagem acetabular e o labrum.

O impacto do tipo PINCER, é caracterizado pela presença de uma proeminência óssea


localizada na porção óssea da cavidade da bacia, e não na cabeça femoral.

A deformidade causada pelo impacto femoroacetabular do tipo PINCER consiste no aumento


da cobertura óssea da cabeça do fêmur por parte do acetábulo.

Por fim, o impacto femoroacetabular tipo misto é a forma mais comum deste problema e
ocorre quando o paciente tem a presença do tipo CAM e do tipo PINCER no mesmo quadril.

11) Explique quais são os fatores de risco para que o paciente desenvolva a bursite
trocantérica.

Quando os músculos da região do quadril são utilizados de modo excessivo, o trocanter pode
efetuar movimentos tão repetitivos a ponto de ser lesionado. Quedas, acidentes ou
pancadas em geral envolvendo o quadril também podem gerar o problema. Determinadas
condições médicas ( gota, artrite reumatoide ou diabetes) e idade avançada são ainda
fatores externos que podem influenciar o surgimento da mesma.

12) Qual músculo é crucial na estabilização da queda da pelve?

O glúteo médio abduz, roda internamente (por meio de sua parte anterior) a coxa na
articulação do quadril e estabiliza a pelve. O glúteo médio é um músculo em forma de leque
que se situa profundamente ao glúteo máximo.

13) Explique as subfases da marcha e quais os músculos que estão agindo.

Apoio duplo inicial, apoio simples, apoio duplo final, balanço inicial, balanço médio e
balanço final,

14) Descreva qual a importância do ângulo Q nas lesões de joelho e quadril?

Quanto maior o ângulo Q, maiores as forças de lateralização da patela, que aumentam a


pressão retropatelar entre a faceta lateral da patela e o côndilo femoral lateral. Um ângulo Q
aumentado indica que a tração muscular do quadríceps femoral na patela é lateralizada.
Essa alteração biomecânica pode ser a causa de várias patologias do joelho.

No quadril, o ângulo aumentado significa que a força de tração do músculo quadríceps


femoral, quando ele é contraído, cria um vetor em valgo que tende a lateralizar a patela.
Essa lateralização, quando excessiva, aumenta a força compressiva entre a patela e o fêmur
e também pode influenciar as respostas neuromusculares e o tempo de resposta do reflexo
do músculo quadríceps femoral.

15) Quais os fatores de risco para síndrome da banda iliotibial?

Pisada pronada, fraqueza de glúteo médio e tensor da fáscia lata em rotação externa.

16) Explique quais características biomecânicas precisam ser consideradas na síndrome da


dor patelofemoral. Quais intervenções são indicadas nesses casos?

É comum que os pacientes possuam alguma alteração ante à realização de movimentos


como agachamento ou salto e, geralmente, possuam um aumento do ângulo de projeção no
plano frontal em relação ao grupo controle da articulação, o que pode, especialmente em
atletas.

Cinesioterapia com exercícios em cadeia cinética aberta e fechada, mobilização da


articulação femoropatelar, alongamento dos membros inferiores, com o objetivo de evitar o
encurtamento, levando ao aumento da pressão sobre a articulação. O fortalecimento
muscular também é importante, pois com o ganho de força muscular e trofismo tem
observado a melhora do quadro álgico e melhor alinhamento patelar.

17) Nas lesões de menisco, quais as particularidades do menisco medial e lateral?

O menisco medial está localizado na parte de dentro (ou interna) do joelho, fixado ao
ligamento colateral medial (LCM). Quando o comparamos ao menisco lateral, o menisco
medial é bem menos móvel e mais propenso a lesões

Como o menisco lateral é menor, ele possui uma área menor em contato com os ossos do
joelho, resultando numa pressão de contato maior. Se o menisco lateral se romper, toda
essa pressão maior será direcionada à cartilagem do joelho, já a lesão do menisco lateral
gera mais dor e sofre degeneração mais rápida do joelho, resultando em artrose.

18) Qual o mecanismo de lesão clássico para ruptura do LCA?

Dentro dos principais mecanismos de lesões, destacam-se os traumas envolvendo


movimentos rotacionais do joelho, popularmente conhecidos como entorses. Diante da
ruptura completa desse ligamento, a estabilidade da articulação fica comprometida,
estruturas como tendões, meniscos, cartilagem e outros ligamentos sofrem sobrecarga e o
joelho entra em um processo precoce de desgaste.

19) Qual o ligamento que é mais comumente lesionado nas entorses de tornozelo? Quais
objetivos devem ser implementados no tratamento?

O ligamento mais lesionado é o talofibular anterior.

Redução de edema, redução de quadro álgico, restaurar força muscular, aumentar


amplitude de movimento, aumento de força muscular (principalmente do fibular) e ganho da
propriocepção, ajudar a retornar as funções diárias de forma segura.

20) Em casos de tendinite no tornozelo o que caracteriza uma tendinite de Aquiles ou de


tibial anterior? Quais os sintomas apresentados?

Aquiles: Caracteriza-se pela inflamação e degeneração do tendão calcâneo, ode estar


relacionada a uma menor resistência do tendão, em função de fraqueza, envelhecimento,
degeneração ou doenças subjacentes. As principais queixas são a dor e a rigidez na parte de
trás do tornozelo.

Tibial anterior: Frequentemente causada por excesso de esforço. Também pode estar
relacionada à pronação excessiva. Na tendinite do tibial posterior, as dores se concentram
na parte interna do pé, podendo irradiar ao longo do Tendão Tibial Posterior. Os principais
sintomas são ermelhidão, inchaço ou dor na arcada interna, calcanhar ou tornozelo, edemas
no local.

21) Quais os tipos de fratura?

Norma, transversa, oblíqua, espiral, comutativa, segmentar, em avulsão, impactada, com


deformidade, em galho verde.

22) Sobre o procedimento no pós operatório de cirurgias de artroplastia de quadril, quais


exercícios devem ser priorizados imediatamente, e quais são as orientações que devem ser
dadas ao paciente nessa fase inicial?

Dentre eles rotação interna e externa de quadriceps, abdução de quadriceps, descarga de


peso parcial no membro inferior operado (com auxílio de par de muletas), progredindo para
carga total, agachamento (flexão de joelhos entre 45 e 60º); cadeira imaginária associada a
faixa elástica em joelhos; “side steps” com faixa elástica; ponte (fortalecimento do Core).
Esses exercícios são importantes para aumentar a circulação de suas pernas e pés, ajudando
a prevenir coágulos sanguíneos. Eles também são importantes para fortalecer os músculos e
melhorar o seu movimento de quadril.

23) Quais os músculos que compõe o complexo posterolateral do quadril (CPL) e qual sua
importância nas lesões do joelho?

Músculo Glúteo Médio, Músculo Glúteo Máximo, o Músculo Piriforme, os Músculos Gêmeos
(Superior e Inferior), os Músculos Obturadores (Obturador Externo e Obturador Interno) e o
Músculo Quadrado Femoral.

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