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Lesão Parcial do

tendão do musculo
supra-espinhoso
Fisiologia
O músculo supra-espinal é um dos musculos do
manguito rotador. O supra-espinal está localizado
profundamente ao músculo trapézio na região
escapular posterior, estendendo-se da fossa supra-
espinal da escápula até o úmero proximal.
O supra-espinal estabiliza a articulação
glenoumeral (ombro) durante os movimentos do
membro superior. Além disso, auxilia na abdução
do braço.
Incidência
As rupturas do tendão supraespinhal podem ser
traumáticas, após acidentes no esporte,
automobilísticos ou após queda de altura.
Entretanto, as rupturas comumente são de origem
degenerativa. Estas rupturas ocorrem por um
enfraquecimento e diminuição das fibras de
colágeno dos tendões.
fisiopatologia
Inicialmente, a lesão pode começar com
microtraumas na estrutura do tendão, causando
uma resposta inflamatória localizada. Com o
tempo, se a sobrecarga continuar, a inflamação
pode se tornar crônica, levando à degeneração do
tendão.
fisiopatologia
Na fase inicial da lesão parcial do tendão do
supraespinhal, pode haver um processo de tendinopatia,
que se caracteriza por uma inflamação e degeneração
do tendão. Nessa fase, a dor e a limitação de movimento
podem ser os principais sintomas.
fisiopatologia
Com a progressão da lesão, pode ocorrer uma
separação das fibras do tendão, resultando em
uma lesão parcial. Nesse estágio, a dor pode se
tornar mais intensa, e o paciente pode apresentar
fraqueza muscular e dificuldade para executar
movimentos específicos do ombro, como elevar o
braço.
Se a lesão não for tratada adequadamente, pode
haver uma degeneração mais avançada do
tendão, levando a uma ruptura completa. Nesse
estágio, a dor pode ser menos intensa, mas a
fraqueza muscular e a limitação de movimento
são mais acentuada
Médico
O diagnóstico do médico envolve a avaliação do
histórico do paciente, fatores de melhora ou piora
da dor e exames clínicos.
São feitos exames de imagem, como
ultrassonografia do ombro, raio-x, tomografia
computadorizada ou ressonância magnética.
Médico
Alguns testes que também são utilizados na
investigação do problema são:
• Teste para tendinite do supraespinhal
• Teste de Hawkins-Kennedy
• Teste de Neer
• Teste de Apley
Médico
Após o diagnóstico, o tratamento pode ser definido pelo médico. Tendo
vários caminhos para que a lesão da supraespinhal seja resolvida. Entre
elas:
Tratamentos conservadores: costumam ser receitados alguns
medicamentos, como anti-inflamatórios e analgésicos.
Cirurgias: costuma ser feita a artroscopia, uma cirurgia que consiste
na inserção de duas estruturas na articulação do ombro. Neste
procedimento, é feito o reparo do tendão ou a reorganização do
posicionamento do acrômio, que vai evitar os atritos do tendão.
Fisioterapeuta
O diagnóstico de lesão parcial do tendão do supraespinhal geralmente é
feito por meio de uma avaliação clínica e exames complementares, como
a ressonância magnética.
Na avaliação clínica, o fisioterapeuta pode realizar testes específicos
para avaliar a força e a amplitude de movimento do ombro, além de
palpar a área afetada para detectar pontos dolorosos e deformidades.
Fisioterapeuta
Alguns testes clínicos comumente utilizados para avaliar a lesão do tendão
do supraespinhal incluem:
Teste de Neer: o fisioterapeuta eleva o braço do paciente em rotação
interna, avaliando se há dor na região anterior do ombro;
Teste de Jobe: o paciente eleva o braço em rotação interna contra
resistência, avaliando a força do músculo supraespinhal;
Teste de Hawkins-Kennedy: O paciente coloca o membro superior em
elevação com o cotovelo fletido e o avaliador roda internamente o
membro superior. Avaliamos o impacto sobre o supraespinhal (e assim o
manguito rotador)
Fisioterapeuta
A ressonância magnética é um exame complementar que permite
visualizar a anatomia e a extensão da lesão do tendão do supraespinhal,
podendo auxiliar no diagnóstico e no planejamento do tratamento
fisioterapêutico.
É importante ressaltar que o diagnóstico preciso da lesão do tendão do
supraespinhal requer uma avaliação completa, que inclui a história clínica
do paciente, exame físico e exames complementares,
Fase aguda
A fisioterapia na fase Aguda deve ser iniciada logo em seguida no pós
operatório, respeitando os limites impostos pela cirurgia,com o
objetivo de controlar a dor e o edema local ou qualquer sinal de
processo inflamatório que esteja ativo no local e assim prevenindo
lesões futuras.
Fase aguda
Objetivo Conduta

*crioterapia aplicação de compressa de gelo por


20 minutos

diminuir a dor/reduzir
*Tens convencional
inflamação/reduzir edema
intensidade:12 a 30 minutos
largura de pulso:(us)100
Frequência:75-150(hz)

*LASER INFRAVERMELHO
1J a 3J/cm2
Por 5 minutos
REDUZIR INFLAMAÇÃO/REPARO
TECIDUAL/REGENERAÇÃO *ULTRASSOM PULSADO
0,7W/cm2 á 1,2W/cm2
Por 10 minutos
Fase crônica
Para o fortalecimento do ombro pode-se utilizar de:
- Exercícios isotônicos concêntricos, executados na ADM máxima
conseguida pelo paciente. Os músculos a serem trabalhados são:
Deltóde, supraespinhal, subescapular, infraespinhal, redondo menor,
peitoral maior, grande dorsal, trapézio e serrátil anterior.
- Exercícios isotônicos concêntricos com extensores elástico: Promovem
um treino mais específico para o fortalecimento dos musculos do maguito
rotador. Com o paciente em posição ortostática, realiza-se a rotação
interna e externa do ombro de forma ativa. As rotações devem ser
realizadas sem a elevação do ombro.
Fase crônica
Mobilização dos tecidos moles: Através da massagem friccional de Cyriax
e massagem nos músculos escapulares e glenoumerais;
- Alongamento das fibras superiores do Trapézio, elevador da escápula,
peitoral menor, RI e RE, associados à tração da articulação glenoumeral
em posição neutra ( 3x 20 segundos);
Fase crônica
- Exercícios de controle neuro muscular (protração, retração, elevação e
depressão da escápula com o ombro flexionado a 90° e os braços
estendidos);
- Exercícios de fortalecimento ( exercícios concêntricos e excêntricos para
fortalecimento de supraespinhal, rombóides, fibras médias e inferiores de
trapézio, bíceps, tríceps, RI e RE).
Retorno a Função
O treino para o resultado funcional desejado deve começar assim que
o paciente apresentar controle postural e os componentes básicos das
atividades desejadas sem apresentar sintomas.
Retorno a Função
Objetivo: Aumento da resistência muscular,
flexibilidade do músculo
Conduta: exercícios com faixas elásticas.
Músculos-alvo: laterais, dorsais superiores

3 series com 12 repetições


Retorno a Função

ROSCA BÍCEPS
Músculos-alvo: Biceps

3 series com 12 repetições


Retorno a Função

ROTAÇÃO EXTERNA DE OMBRO


Músculos-alvo: ombros, dorsais
superiores

3 series com 12 repetições


Retorno a Função
Objetivo: Desenvolvimento de
respostas motoras, fortalecimento,
melhorar condicionamento físico
Conduta: exercícios pliométrico lateral
do ombro

Posição inicial: Paciente posição ortostática (em


pé), pernas levemente afastadas alinhadas na largura
do quadril mantendo-se lateral a uma cama elástica
ou parede. O braço que segura a bola com cotovelo
em 90° graus, fixo ao corpo
Retorno a Função
Posição inicial: Execução 1: Partindo da
posição inicial, o paciente deverá jogar a bola
na cama elástica. A bola é jogada para a
lateral oposta do braço que faz o arremesso, e
a bola deve retornar para aquela mão.
Retorno a Função
Posição inicial:Após jogar a bola o paciente
deverá pegar a bola mantendo a mesma
posição do braço. Não pause ou pare o
movimento da bola depois de pegá-lo, siga
realizando o movimente de forma contínua.

3 série de 10 repetições para cada braço


Retorno a Função
Objetivo: Melhorar equilíbrio
Conduta: Exercício de Propriocepção de
ombro
(treino sensório motor ombro)

3 série com 15 repetições


Retorno a Função
Objetivo: Retorno a função e fortalecimento
muscular
Conduta: Elevação Lateral de Ombro com
apoio
Essa variação trabalha mais intensamente o
músculo supraespinhal. Ao inclinar-se, a
direção gravitacional da carga se torna
diferente, por esse motivo, essa variação pode 3 série com 15 repetições
ser interessante para quem deseja intensificar
o exercício de elevação lateral.

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