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CENTRO UNIVERSITÁRIO DO TRIÂNGULO

CURSO DE GRADUAÇÃO EM FISIOTERAPIA

CASO CLÍNICO OMBRO

LARISSA MENDES BERTOLINO

RAFAELLA BORGES SEVERINO SOUZA

UBERLÂNDIA

2022

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CENTRO UNIVERSITÁRIO DO TRIÂNGULO

CURSO DE GRADUAÇÃO EM FISIOTERAPIA

CASO CLÍNICO OMBRO

Trabalho apresentado pelos acadêmicos Larissa Mendes Bertolino e


Rafaella Borges Severino Souza à disciplina Ortopedia e Traumatologia II,
ministrada pela Prof.ª Valéria Sachi Magazoni, como requisito parcial de
avaliação.

UBERLÂNDIA

2022

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SUMÁRIO

1 CASO CLÍNICO......................................................................................................................... 4

Questão 01 ................................................................................................................................... 4

Questão 02 ................................................................................................................................... 4

Questão 03…………… ............................................................................................................... 4

Questão 04…………………… ................................................................................................... 4

Questão 05……………….. .......................................................................................................... 5

Questão 06……………………………… ... ... ........................................................................... 5

Questão 07………. ....................................................................................................................... 5

Questão 08………… .................................................................................................................... 5

2 BIBLIOGRAFIA…………………………………………………… ... .................................... 6

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CASO CLÍNICO
Paciente sexo feminino, 45 anos, cabeleireira, é portadora de dor crônica em ombro direito há 2 anos. No
início a dor era pontual na região ântero-lateral do ombro, de leve intensidade, aparecia principalmente
durante os movimentos de abdução no final de um dia de trabalho. Com o passar do tempo, sem tratamento,
a dor foi progredindo em intensidade, frequência e limitações. A dor tornou-se diária, contínua e de
intensidade moderada impedindo a paciente de trabalhar. Ela procurou o médico que diagnosticou lesão de
grau leve do manguito rotador do ombro direito e prescreveu uso de tipóia, anti-inflamatório intra articular e
fisioterapia. Ao exame da postura, o fisioterapeuta detectou a escápula direita elevada e protraída e ombro
rodado medialmente; à palpação, dor na região lateral da articulação do ombro e face lateral do braço (terço
proximal); e à mobilização alteração do ritmo escápulo-umeral, diminuição da amplitude de abdução (45o )
e rotação lateral devido ao quadro álgico.
1) Descreva a importância do ritmo escápulo-umeral na mobilidade da articulação do ombro.
O ritmo escapuloumeral corresponde ao movimento sincronizado da articulação glenoumeral e a escápula
sobre o tórax para a elevação do braço ocorrendo uma coordenação da cabeça umeral para passar sob o arco
coracoacromial e permitindo que o ombro se mova por toda a amplitude articular e que a cabeça do úmero
fique centrada na fossa glenóide. Desta forma, a função deste ritmo é manter a fossa glenóide em uma
posição “ideal” para receber a cabeça do úmero, evitar o impacto úmero – acrômio, já que pela diferença de
tamanho entre a fossa glenóide e a cabeça umeral, pode ocorrer impacto subacromial caso não exista uma
restrição relativa dos movimentos entre o úmero e a escápula.
2) Descreva o "túnel" do tendão do m. supra-espinhoso e cite algumas alterações que podem estreitar
este canal e predispor ao pinçamento tendíneo.
O acrômio é uma região óssea da escápula (chamada antigamente de omoplata) que forma uma espécie de
“túnel” onde transitam o tendão do supraespinhal junto com a bursa. O tendão do músculo supraespinhoso
insere-se na cabeça do úmero, o osso mais longo do membro superior. Assim, a lesão deste tendão pode-se
designar de tendinopatia ou tendinite do supraespinhoso. A tendinopatia do supraespinhoso é uma patologia
do ombro que se caracteriza por inflamação ou lesão na inserção do tendão deste músculo.
3) Descreva a vascularização do tendão do músculo supra-espinhoso.
O músculo supra-espinhal é vascularizado pela artéria supraescapular, um ramo do tronco tireocervical da
artéria subclávia. A artéria supraescapular passa pela incisura da escápula, juntamente com o nervo
supraescapular, para irrigar o supra-espinal. Algumas vezes, o músculo supra-espinhal recebe vascularização
colateral pela artéria escapular dorsal. A drenagem venosa é realizada pelas veias de mesmo nome das
artérias que acompanham, drenando posteriormente para a veia subclávia.

4) Descreva a função do manguito rotador durante a abdução do ombro.

O músculo supraespinal inicia o movimento de abdução (músculo da maleta) usado para distanciar maleta
de nosso corpo, o que corresponde a 10 graus de abdução. O deltóide atua a seguir até os 80 graus. Assim,
de zero a 10 graus, supraespinhoso, de 10 a 80 graus deltóide. Lembramos que entre 80 a 120 graus, na
vigência de compressão do manguito rotador, o é arco doloroso com menor eficiência do deltóide. Se não
houver rotação externa do úmero ocorrerá impacto. Entre 120 e 180 graus predomínio do músculo deltóide.
Cabe relembrar que nos primeiros 30 graus de elevação do ombro ocorre predominantemente na articulação
glenoumeral, estágio conhecido como setting phase ou período em que a rotação escapular é altamente
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variável entre as pessoas. Após os primeiros 30 graus as articulações glenoumeral e escapulotorácica
movem-se simultaneamente.
5) O que é a lesão do manguito rotador?
O Manguito Rotador é composto por músculos e tendões que em conjunto mantém a cabeça do úmero
encaixada na cavidade glenoidal. São músculos profundos, localizados abaixo dos músculos deltóide e
trapézio. A lesão caracteriza-se pela ruptura das fibras de um ou mais tendões do manguito rotador. As
lesões bastante diferem-se umas das outras, pois:

● Podem ser parciais ou completas;


● Podem acometer apenas um tendão ou uma associação deles;
● O tendão pode permanecer no seu lugar original, ou pode sofrer uma retração;
● O tendão e o músculo que forma o tendão podem estar normais ou desgastados;
● Podem ser isoladas ou associadas a outros problemas no ombro.

6) Quais os principais fatores mecânicos que predispõem à lesão do manguito rotador?


O manguito rotador passa por dentro do ombro e as estruturas ao seu redor, como um acrômio ganchoso,
podem levar a um aumento de atrito nos tendões. Alterações nas estruturas musculoesqueléticas em função
de atrito e impacto com o osso acrômio, causadas pela presença de esporões, forma do acrômio (curvo ou
ganchoso) e espessamento (engrossamento) do ligamento acromioclavicular.
7) Relacione a atividade profissional da paciente com a predisposição à lesão do manguito rotador.
A atividade profissional da paciente se dá por movimentos repetitivos de abdução e flexão do ombro
geralmente entre o arco doloroso do movimento (entre 70° e 120° de amplitude de movimento), importante
fator que predispõe às afecções nessa região. Uma dessas afecções, a tendinite do manguito rotador, ocorre
devido inflamação nos tendões dos músculos que o compõem: supra-espinhal, infra-espinhal, redondo
menor, subescapular.
8) Justifique a afirmativa: "Um dos principais objetivos no tratamento de uma lesão de manguito
rotador é a reeducação estática e dinâmica da cintura escapular"
Os principais objetivos de tratamento de uma lesão no manguito rotador inclui a prevenção de disfunção
assim como o desenvolvimento, melhora a restauração ou manutenção de: força; resistência; mobilidade e
flexibilidade; estabilidade relaxamento; coordenação; equilíbrio e habilidades funcionais. O tratamento
conservador baseado em alongamentos para cápsula posterior, fortalecimento dos músculos do manguito
rotador e dos estabilizadores da escápula é imperativo quando formos abordar a lesão parcial do manguito
rotador. A rigidez da cápsula posterior em associação com a síndrome do impacto tende a forçar a cabeça
umeral superiormente contra a superfície inferior do acrômio durante a elevação do ombro, exacerbando o
choque. Por essa razão, um eficiente programa de reabilitação é importante e deve basear-se, principalmente,
no fortalecimento da musculatura oblíqua do manguito rotador (porção inferior do infra-espinhal,
subescapular e de todo o redondo menor, que são os verdadeiros depressores da cabeça umeral contra a ação
do deltóide).

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BIBLIOGRAFIA

1. Silva JC, Teixeira VG, Cunha RB, Rocha BMC. Prevalência de Sintomas Osteomusculares em
profissionais cabeleireiros de Pouso Alegre [acesso/novembro 2012]. Disponível em: www.inecepg.
univap.br/cd/INIC-2009/anais/arquivos/0565 _1315.pdf

2. KAPANDJI, A.I. Fisiologia Articular, volume 1: membros superiores. São Paulo, Ed. Panamericana,
5ª ed, 2000.

3. CASTRO, Antônio Bento. Síndrome do impacto do ombro. Diagnóstico e tratamento. Rev Dor, v.
10, n. 2, p.174-79, 2009.

4. SANTOS, Cristina A. Complexo do Ombro Tendinites. 2006. Disponível em:


http://www.wgates.com.br/ conteudo/medicinaesaude/fisioterapia/reumato/ombro cristina/ombro
cristina.htm. Acesso em 01 de outubro de 2013. SANTO

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