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UBERLÂNDIA
2022
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CENTRO UNIVERSITÁRIO DO TRIÂNGULO
UBERLÂNDIA
2022
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SUMÁRIO
1 CASO CLÍNICO......................................................................................................................... 4
Questão 01 ................................................................................................................................... 4
Questão 02 ................................................................................................................................... 4
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CASO CLÍNICO
Paciente sexo feminino, 45 anos, cabeleireira, é portadora de dor crônica em ombro direito há 2 anos. No
início a dor era pontual na região ântero-lateral do ombro, de leve intensidade, aparecia principalmente
durante os movimentos de abdução no final de um dia de trabalho. Com o passar do tempo, sem tratamento,
a dor foi progredindo em intensidade, frequência e limitações. A dor tornou-se diária, contínua e de
intensidade moderada impedindo a paciente de trabalhar. Ela procurou o médico que diagnosticou lesão de
grau leve do manguito rotador do ombro direito e prescreveu uso de tipóia, anti-inflamatório intra articular e
fisioterapia. Ao exame da postura, o fisioterapeuta detectou a escápula direita elevada e protraída e ombro
rodado medialmente; à palpação, dor na região lateral da articulação do ombro e face lateral do braço (terço
proximal); e à mobilização alteração do ritmo escápulo-umeral, diminuição da amplitude de abdução (45o )
e rotação lateral devido ao quadro álgico.
1) Descreva a importância do ritmo escápulo-umeral na mobilidade da articulação do ombro.
O ritmo escapuloumeral corresponde ao movimento sincronizado da articulação glenoumeral e a escápula
sobre o tórax para a elevação do braço ocorrendo uma coordenação da cabeça umeral para passar sob o arco
coracoacromial e permitindo que o ombro se mova por toda a amplitude articular e que a cabeça do úmero
fique centrada na fossa glenóide. Desta forma, a função deste ritmo é manter a fossa glenóide em uma
posição “ideal” para receber a cabeça do úmero, evitar o impacto úmero – acrômio, já que pela diferença de
tamanho entre a fossa glenóide e a cabeça umeral, pode ocorrer impacto subacromial caso não exista uma
restrição relativa dos movimentos entre o úmero e a escápula.
2) Descreva o "túnel" do tendão do m. supra-espinhoso e cite algumas alterações que podem estreitar
este canal e predispor ao pinçamento tendíneo.
O acrômio é uma região óssea da escápula (chamada antigamente de omoplata) que forma uma espécie de
“túnel” onde transitam o tendão do supraespinhal junto com a bursa. O tendão do músculo supraespinhoso
insere-se na cabeça do úmero, o osso mais longo do membro superior. Assim, a lesão deste tendão pode-se
designar de tendinopatia ou tendinite do supraespinhoso. A tendinopatia do supraespinhoso é uma patologia
do ombro que se caracteriza por inflamação ou lesão na inserção do tendão deste músculo.
3) Descreva a vascularização do tendão do músculo supra-espinhoso.
O músculo supra-espinhal é vascularizado pela artéria supraescapular, um ramo do tronco tireocervical da
artéria subclávia. A artéria supraescapular passa pela incisura da escápula, juntamente com o nervo
supraescapular, para irrigar o supra-espinal. Algumas vezes, o músculo supra-espinhal recebe vascularização
colateral pela artéria escapular dorsal. A drenagem venosa é realizada pelas veias de mesmo nome das
artérias que acompanham, drenando posteriormente para a veia subclávia.
O músculo supraespinal inicia o movimento de abdução (músculo da maleta) usado para distanciar maleta
de nosso corpo, o que corresponde a 10 graus de abdução. O deltóide atua a seguir até os 80 graus. Assim,
de zero a 10 graus, supraespinhoso, de 10 a 80 graus deltóide. Lembramos que entre 80 a 120 graus, na
vigência de compressão do manguito rotador, o é arco doloroso com menor eficiência do deltóide. Se não
houver rotação externa do úmero ocorrerá impacto. Entre 120 e 180 graus predomínio do músculo deltóide.
Cabe relembrar que nos primeiros 30 graus de elevação do ombro ocorre predominantemente na articulação
glenoumeral, estágio conhecido como setting phase ou período em que a rotação escapular é altamente
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variável entre as pessoas. Após os primeiros 30 graus as articulações glenoumeral e escapulotorácica
movem-se simultaneamente.
5) O que é a lesão do manguito rotador?
O Manguito Rotador é composto por músculos e tendões que em conjunto mantém a cabeça do úmero
encaixada na cavidade glenoidal. São músculos profundos, localizados abaixo dos músculos deltóide e
trapézio. A lesão caracteriza-se pela ruptura das fibras de um ou mais tendões do manguito rotador. As
lesões bastante diferem-se umas das outras, pois:
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BIBLIOGRAFIA
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