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Faculdade UNIGRAN Capital

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Curso de Fisioterapia
Professora: Karina A. M. Utida
Cinesioterapia I – Amplitude de Movimento

Princípios e procedimentos para aplicação de técnicas de ADM

1. Exame, avaliação e plano de tratamento


1.1 Examinar e avaliar os comprometimentos e o grau de função do paciente, determinar as
precauções, o prognóstico e o plano de tratamento
1.2 Determinar a quantidade de movimento que pode ser aplicada com segurança para a condição
dos tecidos e a saúde do indivíduo
1.3 Decidir quais padrões que mais bem atingirão os objetivos fisioterapêuticos
*Padrões combinados: diagonais ou que incorporem vários planos de movimento
*Padrões funcionais: movimentos usados em atividades da vida diária (AVDs)
1.4 Monitorar a resposta pós tratamento (procura de sinais inflamatórios, alterações nos sinais vitais,
na qualidade do movimento)
1.5 Reavaliar e modificar o tratamento conforme o necessário

2. Preparo do paciente
2.1 Comunicar-se com o paciente. Descrever o plano e o método de intervenção para alcançar as
metas do tratamento
2.2 Liberar a região de roupas apertadas, lençóis, talas e curativos
2.3 Paciente bem posicionado: confortável, estável, bem alinhado
2.4 Terapeuta posicionado de modo a favorecer o uso da mecânica corporal

3. Aplicação da técnica
3.1 Para controlar o movimento, segurar o membro em torno das articulações
3.2 Dar suporte a áreas sem estabilidade
3.3 Mover o segmento dentro da amplitude livre de dor. Forçar além da amplitude = alongamento
3.4 Realizar os movimentos de modo suave e rítmico, quantas repetições forem necessárias

Obs.: O posicionamento para a aplicação das técnicas pode variar de acordo com as limitações do
paciente e/ou do local de atendimento.
Técnicas de ADM de membros superiores

Escápula: elevação/depressão, prostração/retração, rotação para


cima/para baixo
O paciente deve estar em decúbito ventral, com o braço ao lado do corpo,
ou em decúbito lateral de frente para você, com o braço do paciente sobre
o seu antebraço.
Posicionar a mão de cima, em concha, sobre o acrômio do paciente, e a
outra em torno do ângulo inferior da escápula.
Para elevação, depressão, prostração e retração, a clavícula também se
move à medica que os movimentos escapulares são direcionados ao
acrômio.
Para rotação, direcionar os movimentos escapulares no ângulo inferior à
medida que empurra simultaneamente o acrômio no sentido oposto a fim
de criar um efeito rotatório.

Ombro: flexão e extensão


Segurar o braço do paciente por baixo do cotovelo usando sua mão
inferior. Cruzar a mão superior por cima do braço do paciente e segurar
o punho e a palma da mão do paciente. Erguer o braço por meio da ADM
possível e retornar.

Ombro: extensão (hiperextensão)


Para obter extensão além do grau zero, posicionar o paciente em
decúbito lateral de costas para você. Dar suporte no cotovelo do paciente
com o seu antebraço.
Ombro: abdução e adução
Usar o mesmo posicionamento de mãos utilizado para a flexão, mas
mover o bra ço lateralmente. O cotovelo pode estar flexionado.

Ombro: rotação medial e lateral


Se possível, o braço é abduzido a 90°, o cotovelo é flexionado a 90°, e o
antebraço mantido em posição neutra. Segurar a mão e o punho do
paciente com uma mão e, com a outra, apoiar o cotovelo do paciente (é
preferível estabilizar o ombro do paciente com uma mão e manter seu
cotovelo apoiado sobre a maca). Mover o ombro do paciente em rotação
externa (seta vermelha) ou interna (seta azul). A rotação pode também
ser realizada com o braço do paciente ao lado do tórax, mas a rotação
medial completa não é possível nessa posição.

Ombro: adução e abdução horizontal


O posicionamento das mãos é o mesmo utilizado para a flexão, mas deve-
se virar o corpo e ficar de frente para a cabeça do paciente à medida que
mover o braço dele sobre o corpo e depois para o lado.

Cotovelo: flexão e extensão


Sua mão superior apoiará o cotovelo do paciente e sua mão inferior
segurará a mão e o punho do paciente. Realizar o movimento de flexão e
extensão do cotovelo.
Antebraço: pronação e supinação
Para estes movimentos, é importante que o cotovelo esteja em posição de flexão
para evitar movimentos compensatórios da articulação glenoumeral. Segurar o
punho do paciente, apoiar a mão dele com o dedo indicador e posicionar o polegar
e os outros dedos na região distal do antebraço. Realizar a pronação ou a
supinação do antebraço.

Punho: flexão e extensão


Segurar com uma das mãos a mão do paciente, posicionando-a próximo e na
região distal da articulação, e estabilizar o antebraço do paciente com a outra mão.
Realizar os movimentos de flexão e extensão de punho. A flexão de cotovelo
(como na figura) é opcional.

Punho: desvio radial e ulnar


O posicionamento das mãos pode ser o mesmo utilizado para a flexão ou extensão, ou ambas as suas mãos
podem estabilizar o a mão do paciente, enquanto são produzidos os movimentos de desvio radial e ulnar.

Técnicas de ADM de membros inferiores

Quadril e joelho combinados: flexão e extensão


Para alcançar a amplitude completa de flexão do quadril. O joelho
também precisa ser flexionado para aliviar a tensão no grupo muscular
dos isquiotibiais. Para alcançar a amplitude completa de flexão do joelho,
o quadril precisa ser flexionado para liberar a tensão do músculo reto
femoral.
Apoie e erga a perna do paciente com a palma e os dedos da mão
superior posicionados na região posterior do joelho do paciente e a mão
inferior sob o calcanhar. À medida que o joelho flexiona até a ADM
completa, desloque seus dedos para a região superior da coxa e inicie o
movimento de extensão.
Quadril: hiperextensão
Se o paciente estiver em decúbito ventral, levante a coxa com a mão
inferior colocada sob o joelho do paciente; estabilize a pelve com a mão
ou o braço superior.
Se o paciente estiver em decúbito lateral, leve a mão inferior por baixo da
coxa seguindo até a superfície anterior; estabilize a pelve com a mão
superior. Para a ADM completa de extensão do quadril, não flexione o
joelho na amplitude completa, pois o músculo reto femoral, que é
biarticular, poderá restringir a amplitude.

Quadril: abdução e adução


Apoie a perna do paciente com a mão superior colocada sob o joelho e a
mão inferior sob o tornozelo. Para a ADM completa de adução, a perna
contralateral precisa estar parcialmente abduzida. Mantenha o quadril e
o joelho do paciente em extensão e, neutro para rotação, enquanto faz a
abdução e adução.

Quadril: rotação medial e lateral


Segure a perna posicionando a mão superior próximo ao joelho do
paciente e a mão inferior próximo ao tornozelo. Flexione o quadril e o
joelho do paciente em 90°, dê suporte para o joelho com a mão superior.
Gire o fêmur e a perna como um pêndulo.

Tornozelo: dorsiflexão
Estabilize a articulação do tornozelo posicionando a mão superior ao
redor dos maléolos. Faça uma concha com a palma da mão inferior e
posicione-a ao redor do calcanhar do paciente e, coloque seu antebraço
ao longo da planta do pé. Tracione o calcâneo utilizando o polegar e os
dedos, ao mesmo tempo que empurra a região plantar anterior do pé em
direção à perna com auxílio do antebraço. Se o joelho estiver estendido,
o gastrocnêmio, que é biarticular, limitará a dorsiflexão.

Tornozelo: flexão plantar


Apoie o calcanhar com a mão inferior e coloque a mão superior sobre o dorso do pé e empurre, fazendo
flexão plantar (movimento nem sempre necessário para pacientes acamados).

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