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O conduto peritônio vaginal guia a descida testicular e nas meninas se torna o ligamento redondo do útero.
Nos 6 meses intraútero os testículos já devem estar descidos e na 38ªseman fecha o CPV
Hérnia inguinal: quando o CPV se fecha parcialmente, na porção proximal.
Hérnia inguino-escrotal: CPV fica todo aberto.
Hidrocele comunicante: cpv fecha parcialmente, deixando orificio pequeno onde s´´o o líquido consegue passar, mas não o
conteúdo abdominal.
Hidrocele não comunicante: fecha na porção proximal, mas deixa líquido residual distalmente.
Cisto de cordão: fecha na porção distal e proximal, deixando bolsa líquida no meio.
Todas as hérnias se manifestam como abaulamento inguinal ou abaulamento de hemibolsa escrotal
HÉRNIA INGUINAL:
o Resulta da persistência completa do CPV, com conduto herniário por deslizamento. Em meninos é comum entrar o delgado
e em meninas os ovários e as tubas.
o Anomalia congênita mais comum
o 7 a 30% dos prematuros.
o Indireta em 99% dos casos (por persistência do CPV).
o Direta em 1% dos casos(por fragilidade da parede abdominal).
o Mais presente no sexo masculino (4:1)
o Não há relação com história familiar.
o Mais presente do lado direito pelo fechamento mais tardio do CPV.
o Diagnóstico: histórico e exame físico
Surgimento de uma tumoração na região inguinal ou inguino-escrotal que surgir quando a criança faz esforço e
diminui quando ela está em repouso.
o Hérnias inguinal diagnosticada é hérnia operada independentemente da idade.
Opera para que não encarcere (risco até 15% na infância e 31% antes do 1º ano) ou estrangule – com sofrimento de
alça.
Hérnia encarcerada deve-se buscar reduzir conteúdo herniário e operar com 24-48hrs depois, no máximo.
Redução manual não é indicada em hérnias com sinais flogísticos ou de obstrução intestinal.
Em casos de obstrução intestinal ou sepse, estabilize hidroeletricamente a criança, faça ab profilática conta a flora
intestinal e faça sonda gástrica.
Hérnia estrangulada é cirurgia de emergência.
HIDROCELE:
o Persistência do contudo peritônio vaginal bem estreita que só permite passagem de líquido – comunicante – ou quando há o
fechamento de parte do conduto apenas na parte distal – não comunicante – .
o Diagnóstico: transiluminação ou USG com valsalva.
Hidrocele e hérnia de cordão pode ser observada até os 2 anos para observar regressão. Caso não regrida, é cirúrgico.
DISTOPIA TESTICULAR:
O testículo desce do polo inferior do rim – fase abdominal – até o 7mes de gestação – até a bolsa escrotal. Essa descida
acontece por estímulo androgênico e ...
Os testículos precisam não estar dentro do corpo por necessitarem de estar com 1 grau a menos que a temperatura corporal.
Fatores hormonais: alteração do eixo hipotálamo-hipófise-testículo e anormalidades na conversão da testosterona.
Fatores neuroendócrinos
Fatores genéticos
Fatores adquiridos: alongamento do corpo na fase de estirão em velocidade maior que a bolsa escrotal e aparelho testicular,
assim, o testículo que era tópico, sobe.
Fatores ....
Epidemiologia: a descida do testículo pode ser apenas retardada, mas presente. Mais frequente no lado direito, pode ter em
20% das condições impalpáveis. Não é uma patologia tão presente (3%).
Anomalias associadas:
o PCV em quase 100% dos casos
o Hipospádia
o Anomalia do epidídimo
o Malformações do sistema urinário
o Defeito de parede abdominal
o Síndromes genéticas
Diante de hipospádia com testículos não palpáveis bilaterais, deve-se fazer o cariótipo para saber o sexo. A criança se
enquadra como síndrome de diferenciação sexual.
Classificação:
o Criptorquídicos: fora da bolsa escrotal no seu trajeto normal
o Ectópico: fora da bolsa escrotal e de seu trajeto normal
o Retráteis: reflexo cremastérico exacerbado. São testículos que tem uma tendência maior a não se desenvolver direito e de
serem ascendentes.
o Palpáveis ou impalpáveis
Diagnóstico: histórica clínica (bolsa escrotal vazia ou tumoração em região inguinal) e exame físico (ambiente aquecido,
mãos aquecidas, palpar fim do abdome e ocluir anel inguinal para palpar ausência de testículo em hemibolsa escrotal).
Testículo aumentado pode ser sinal de ser mais trabalhante (falta o outro testículo).
Exames complementares: USG, TC, RNM e teste hormonal
Uso de hormônios: pode ser usado em distrofias bilaterais ou genitália hipotrofiada associada à obesidade ou em testículos
retrateis. – HCG exógeno --> pouco eficaz e caro.
Objetivos do tratamento: melhora da função endócrina, menor estresse psicológico, menor possibilidade de trauma, menor a
possibilidade de torção e facilitação de exame testicular.
Tratamento: um testículo pode descer até a bolsa escrotal até o 2 ano de vida, mas a partir do 6 mês o testículo passa a sofrer
fisiologicamente com a temperatura. Assim, a partir dos 6 meses se ganha o direito de operar (orquidopexia), mas deve-se
avaliar como está evoluindo. Antes 2 anos é obrigatório operar
o Hoje, independente da idade que chegue, a operação é indicada. Algumas vezes vai se colocar no lugar se houver tecido
testicular eficiente, em outras irá se fazer a criptoctomia.
o Inguinotomia feita quando se palpa o testículo na região inguinal.
o Laparoscopia feita quando não se palpa o testículo na região inguinal.
Complicações da distopia testicular:
o Infertilidade, trauma, fatores psicológicos, torção do testículo, malignização do testículo.
Complicação da orquidopexia:
o Hematoma, infecção, lesão do nervo íleo inguinal, retração testicular...
DICAS
É necessário atentar para o diagnóstico diferencial entre hidrocele septada (mais comum desde o
nascimento, o volume do escroto não é variável ao longo do dia, entre 12 e 24 meses desaparece
espontaneamente), criptorquidia (testículo não é palpado no escroto), linfonodomegalia, etc. Não 3, 5
esquecer:
hérnia inguinal: queixa de aumento de volume em região inguinal ou inguinoescrotal aos esforços,
exame físico com evidência da tumoração ou “sinal da seda”, tratamento cirúrgico;
hidrocele comunicante: queixa de aumento de volume escrotal insidioso ao longo do dia, melhora de
manhã e aumenta no decorrer do dia (posição ortostática), exame físico com transiluminação positiva
ou “sinal da seda”, tratamento cirúrgico;
hidrocele septada: queixa de aumento de volume escrotal invariável ou que está diminuindo ao longo
dos meses, exame físico com transiluminação positiva, tratamento conservador até 12 a 24 meses;
cisto de cordão: queixa de aumento de volume fixo ou pouco variável em região inguinal, cístico,
móvel, indolor, exame físico com evidência de nodulação em região inguinal cística, móvel e indolor,
tratamento cirúrgico