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Quelimane, Maio 2020
Discente:
TURMA “B” Nº 14
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Quelimane, Maio 2020
Índice
Introdução...................................................................................................................................3
1. Princípios gerais..................................................................................................................4
3. Fisiologia da digestão..........................................................................................................4
4. Gónada.................................................................................................................................6
5. Fisiologia da Lactação.........................................................................................................7
7. Fisiologia do recém-nascido..............................................................................................10
8. Fisiologia do adolescente...................................................................................................14
8.1. Puberdade.......................................................................................................................14
Conclusão..................................................................................................................................16
Bibliografia...............................................................................................................................17
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Introdução
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1. Princípios gerais
3. Fisiologia da digestão
Intracelular: processo que ocorre no interior da célula por meio dos lisossomas. Exemplos de
organismos que apresentam digestão intracelular são os protozoários.
Extracelular: ocorre no interior do tubo digestório do animal. Esse tipo de digestão é feita por
grande parte dos animais, inclusive pela espécie humana.
Extracorpórea: esse processo de digestão ocorre fora do corpo do animal, que lança suas
enzimas sobre o alimento e, após a digestão extracorpórea, absorve os nutrientes. As aranhas
são um exemplo de organismo que faz esse tipo de digestão.
O processo de digestão inicia-se por um processo mecânico, físico, realizado pelos dentes no
ato de cortar e triturar os alimentos. Outros processos mecânicos da digestão são a deglutição
– em que o alimento passa da boca para a faringe com o auxílio da língua – e os movimentos
peristálticos – contracções musculares que permitem o transporte do alimento do esôfago ao
estômago.
A digestão química é um processo que ocorre com a acção de enzimas. Ela inicia-se na boca
com a acção da enzima amílase, que está presente na saliva e faz a digestão do amido. No
estômago, ocorre a acção do suco gástrico, constituído por ácido clorídrico e pela enzima
pepsina, que atua na digestão das proteínas. No intestino delgado, o alimento sofre a acção de
substâncias produzidas pelo pâncreas (substância alcalina que contém tripsina e
quimiotripsina, enzimas que agem sobre as proteínas) e pelo fígado (a bile, que contém sais
que atuam da digestão de gordura, é produzida pelo fígado, mas é armazenada e concentrada
na vesícula biliar).
O alimento é ingerido pela boca, onde ocorrerá o início da digestão com processos físicos e
químicos, pela acção dos dentes, língua e saliva, na produção do bolo alimentar. Em seguida,
o alimento é transportado com o auxílio da língua para a faringe. A partir da faringe, ele segue
para o esófago e, devido aos movimentos peristálticos, chega ao estômago.
No estômago, o bolo alimentar passará por novas acções químicas, das substâncias
constituintes do suco gástrico. Os movimentos peristálticos fazem com que o bolo alimentar
seja misturado ao suco gástrico e transformado em um líquido pastoso, denominado quimo.
O quimo passa, então, ao intestino delgado, onde sofrerá a acção das substâncias produzidas
pelo pâncreas e pelo fígado e onde grande parte dos nutrientes presentes no alimento serão
absorvidos.
Do intestino delgado, o alimento segue para o intestino grosso, onde finalizará a absorção de
água iniciada no intestino delgado e também será encerrada a digestão com a produção das
fezes. As fezes são constituídas por material não digerido e também por bactérias não
causadoras de enfermidades. As fezes ficam armazenadas na porção final do intestino grosso,
o recto, até serem eliminadas.
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4. Gónada
O termo gónada refere-se aos órgãos, incluídos no sistema reprodutor, que tem a seu cargo a
produção de células gameticas (células reprodutoras), as quais são formadas através do
processo de meiose, que permite que os gametas tenham apenas metade (n) da guarnição
cromossómica normal da espécie (2n).
No homem, as gónadas são os testículos, enquanto que nas mulheres são representadas pelos
ovários. Em ambos os sexos, estes órgãos desempenham uma dupla função: a produção de
células reprodutoras e a secreção endócrina de hormonas sexuais.
Os ovários são as gónadas femininas, situadas na cavidade abdominal, em número de dois, tal
como os testículos. Contrariamente a estes, em que a produção de gametas é contínua após a
puberdade, o ovário liberta apenas uma célula sexual madura por cada ciclo de 28 dias
(duração media), embora apresente, logo desde o nascimento vários milhares de folículos
ováricos (estrutura formada por um ovócito imaturo e pelas camadas de células especificas
envolventes). A maturação do ovócito é também regulada pelo hipotálamo e pela hipófise,
sendo que esta regula ainda a função endócrina do ovário que, até metade do ciclo, ao
momento da ovulação – aproximadamente o 14° dia -, produz essencialmente a hormona
estrogénio e, após este, passa a produzir a hormona progesterona em maiores quantidades. As
hormonas sexuais femininas interferem não apenas com o ciclo ovárico, mas, também com o
ciclo uterino e desenvolvimento dos caracteres sexuais secundários.
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5. Fisiologia da Lactação
Denominamos lactação a “capacidade de produzir o alimento ideal para seus filhos”. O leite
humano. REGO, 2006, p.46.
A progesterona age de modo sinérgico com todos os harmónios que formaram os ductos,
especialmente com o estrogénio, provocando o crescimento dos lóbulos e dos alvéolos. Essas
alterações são análogas aos efeitos secretores da progesterona sobre o endométrio do útero
durante a segunda metade do ciclo menstrual feminino, explicando certo desconforto nas
mamas durante esse período menstrual.
Logo após o parto os níveis de estrogénio e progesterona produzidos pela placenta tem queda
acentuada, permitindo o efeito lactogênio da prolactina da hipófise materna assuma seu papel
natural da secreção do leite. A produção do leite requer a secreção de outros harmónios
maternos imprescindíveis à formação da composição do leite rico em aminoácidos, ácidos
graxos, glicose e cálcio, são eles: o harmónio do crescimento, cortisol, o harmónio
paratireóideo e a insulina. Após o nascimento da criança os níveis de secreção de prolactina
voltam aos níveis normais não grávido, entretanto quando a mãe amamenta o filho, os
receptores nervosos dos mamilos atingem o hipotálamo, provocando secreção de prolactina
maior de 10 a 20 vezes, permanecendo elevado por até uma hora. Caso esse surto seja
cessado, ou por lesão no hipotálamo ou hipofisária ou, também, caso ocorra à paralisação do
aleitamento, a mama produzirá leite por em média mais uma semana. Caso a criança continue
sugando a produção do leite continuará por vários anos, entretanto em menor quantidade a
partir dos sete a nove meses do parto.
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5.6. A função da ocitocina – ejecção do leite
O leite é secretado no interior dos alvéolos das mamas, mas não é directamente conduzido
para o sistema de ductos, não sendo espontâneo o vazamento aos mamilos. O leite precisa ser
ejectado do interior dos alvéolos para os ductos e daí para os mamilos. A ocitocina terá
também papel importante no fenómeno da amamentação. A mamada do lactente provoca
transmissão de impulsos sensoriais pelos nervos somáticos dos mamilos para a medula
espinhal da mãe e, daí para o hipotálamo, promovendo a secreção da ocitocina juntamente
com a prolactina. A ocitocina secretada cai na corrente sanguínea e irá provocar a contracção
dos alvéolos, fazendo fluir o leite para os ductos, promovendo a ejecção ou descida do leite. O
efeito da sucção da mamada garante a ejecção do leite nas duas mamas. Mecanismo da
ejecção do leite.
Os pulmões fetais estão cheios de líquido, oferecendo alta resistência ao fluxo sangüíneo. A
placenta contém grandes seios venosos, funcionando como uma fístula arteriovenosa com
baixa resistência ao fluxo sanguíneo sistémico. Enquanto que na vida extra-uterina os
ventrículos trabalham em série, com o débito cardíaco do ventrículo direito (VD) igualando
aquele do esquerdo, no feto, através de quatro bypasses principais - o foramen oval, o canal
arterial, a placenta e o ducto venoso, os ventrículos trabalham em paralelo.
O sangue oxigenado proveniente da placenta chega ao feto através da veia umbilical. Esse
sangue passa principalmente (45%) através do ducto venoso “bypassando” o fígado fetal. O
sangue venoso portal se mistura com este e, consequentemente, o sangue da veia cava inferior
é menos saturado do que o sangue da veia umbilical. Ainda assim, com aproximadamente
70% de saturação de O2, esse sangue é o mais oxigenado de todo o retorno venoso, tendo a
veia cava superior uma saturação de aproximadamente 40%. O sangue da cava inferior
representa aproximadamente 70% do volume total do retorno venoso. Este chega ao átrio
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direito (AD) e é parcialmente (33%) dirigido para o átrio esquerdo (AE) através do foramen
oval. A energia cinética do fluxo sanguíneo da veia cava inferior é a principal responsável
pela manutenção da perviabilidade do foramen oval no feto, já que as diferenças nas pressões
médias da veia cava, AD e AE são mínimas.
O restante do fluxo de retorno da cava inferior mistura-se ao retorno da veia cava superior e
seio coronário e passa para o VD. O sangue que chega ao AE e daí ao ventrículo esquerdo e a
aorta ascendente, artérias coronárias e cérebro é, consequentemente, o mais saturado com
aproximadamente 65% em relação a uma saturação de 55% no VD, que será dirigido através
do canal arterial para a parte inferior do corpo do feto.
O istmo da aorta recebe apenas 10% do débito cardíaco total e, pelo seu estreitamento
fisiológico, “separa” o fluxo entre a aorta ascendente e a descendente. O baixo fluxo
pulmonar fetal é mantido às custas da elevada resistência vascular pulmonar. Vários factores
estimulam esta vasoconstrição como acidose, catecolaminas alfa-adrenérgicas e estimulação
nervosa simpática, porém não há dúvidas que a hipóxia é o principal factor determinante da
vasoconstricção pulmonar fetal. Devido à alta resistência ao fluxo sanguíneo pulmonar,
apenas uma pequena quantia (aproximadamente 7% do débito cardíaco combinado) de sangue
circula pelos pulmões, o restante é dirigido, através do canal arterial para a aorta descendente.
Embora o VD (60%) apresente um débito cardíaco superior ao do VE (40%) na vida intra-
uterina, há evidências anatómicas e ecocardiográficas de que o desenvolvimento destas
cavidades são semelhantes durante toda a gestação.
7. Fisiologia do recém-nascido
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Sistema respiratório: durante a gestação, características respiratórias bioquímicas se
desenvolvem progressivamente, preparando o feto para as alterações respiratórias abrutas
trazidas pelo nascimento. Entre as 24 e 30 semanas de gestação, os pneumócitos do tipo II
começam a secretar surfactante. O surfactante é um fosfolipídeo, que diminui a tensão
superficial e evita o colapso alveolar ao final da expiração, essa redução facilita as trocas
gasosas e diminui o trabalho respiratório.
As hemácias fetais têm uma vida útil de cerca de 90 dias, comparadas com 120 dias em
hemácias normais do adulto, isto geralmente pode causar uma anemia fisiológica.
Leucócitos: são células de defesa do neonato contra as infecções, havendo cinco tipos:
neutrófilos, eosinófilos, basófilos, linfócitos e monócitos. Os linfócitos são responsáveis pela
defesa através das imunoglobulinas (DEFESA HUMORAL), já os monócitos, neutrófilos são
células fagocitárias, ou seja, células que englobam e ingerem substâncias estranhas.
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Trombócitos: são plaquetas decisivas para a coagulação sanguínea e em geral a função
plaquetátia é adequada.
A bilirrubina indirecta precisa ser conjugada – convertida em bilirrubina directa para ser
excretada, a conjugação ocorre no fígado quando ela se junta ao ácido glicurônico com a
assistência da enzima glicuronil transfere-se e o resultado é uma bilirrubina hidrossolúvel. O
urobilinogênio e o estercobilinogênio são compostos bilirrubínicos que resultam da
degradação e podem ser excretados na urina e nas fezes.
Tipos de icterícia:
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• Icterícia patológica: manifesta nas primeiras 24 horas após o nascimento e o nível de
bilirrubina sérica se eleva acima de 13mg/dl, e as causas são: incompatibilidade sanguínea
ABO ou RH, anormalidades hepáticas, biliares, metabólicas ou infecção.
Coagulação sanguínea: nos primeiros dias após nascimento, o trato gastrointestinal não tem
actividade bacteriana para sintetizar vitamina K suficiente. A vitamina K catalisa a síntese da
protrombina pelo fígado, assim activando quatro factores de coagulação (II, VII, IX e X),
consequentemente o neonato está em especial risco de hemorragias (doença hemorrágica do
recém-nascido). Todos os recém-nascidos actualmente recebem injecção profilática de
vitamina K logo após o nascimento, para prevenir hemorragia.
Armazenamento de ferro: na gestação a termo o fígado contém ferro suficiente para produzir
hemácias até a idade de cinco meses (desde que a mãe tenha ingerido ferro suficiente durante
a gravidez). Removido das hemácias destruídas, o ferro é armazenado no fígado e depois
reciclado em novas hemácias, mesmo assim o neonato precisa ingerir uma dieta com ferro
suficiente para manter a produção adequada de hemácias.
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8. Fisiologia do adolescente
A adolescência diz respeito à passagem da infância para a idade adulta, enquanto a puberdade
refere-se às alterações biológicas que possibilitam o completo crescimento, desenvolvimento
e maturação do indivíduo, assegurando a capacidade de reprodução e preservação da espécie.
A puberdade se inicia após a reactivação dos neurônios hipotalâmicos baso-mediais, que
secretam o harmónio liberador de gonadotrofinas. A secreção deste resulta na liberação
pulsátil dos harmónios luteinizante (LH) e folículo-estimulante (FSH) pela glândula hipófise.
Isto ocorre inicialmente durante o sono e, mais tarde, se estabelece em ciclo circadiano
(BERHAMAN; VAUGHAN, 1990 apud BRASIL, 2008).
8.1. Puberdade
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processo, marcado por alterações de diversas funções orgânicas, constitui o que se denomina
processo de maturação corporal, que ocorre simultaneamente com as transformações
comportamentais e psicossociais, representando a adolescência.
Eixo hipotalâmico-gonadotrópico-gonadal.
Gonadarca: aumento de mamas, útero e ovários nas meninas; e aumento da genitália, pénis e
testículos nos meninos, devido ao aumento dos esteróides sexuais, estrogénios nas meninas e
androgénios nos meninos.
Adrenarca: surgimento de pêlos pubianos, pêlos axilares e faciais devido ao aumento dos
androgénios produzidos pelas supra-renais, e em maior quantidade nos meninos.
Estes fenómenos são interdependentes e mantêm uma associação temporal entre si.
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Conclusão
Após o nascimento somos completamente dependentes da mãe, quem nos supre através do
leite a nutrição balanceada que nos garantirá a vida neonato. A lactação constitui fator
primordial para perpetuação da espécie humana, sem a qual a sobrevivência não seria
possível. Conhecer o papel dos harmónios envolvidos e o mecanismo de formação das
glândulas mamárias (mamogênese) e da formação do leite (lactogênese) é de grande valia a
todos os profissionais da área da saúde. Portanto o bom aproveitamento nos estudo sobre o
processo de digestão e as fisiologias presentes no desenvolvimento do trabalho em muitos nos
ajudará nas nossas vidas profissionais, pois ciência desses mecanismos nos permitirá explicar
as gestantes sobre cada fase por ela vivida, como também orientar e estimular o perceber das
transformações em fases, o crescimento e desenvolvimento do organismo.
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Bibliografia
Gónada in Infopédia [em linha]. Porto: porto editora, 2003-2020. [consult. 2020-05-18
21:10:07]. Disponivem em:https://www.infopedia.pt/$gonada.
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