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Índice

Aspectos diferenciais na velhice.............................................................................................3

Velhice....................................................................................................................................3

Papéis de género na velhice....................................................................................................3

Mudanças desafios que ocorrem na velhice............................................................................5

Desafios na velhice.................................................................................................................6

Saúde mental na velhice..........................................................................................................7

Deficiência e Pessoas em Desvantagem.................................................................................8

Conclusão..............................................................................................................................10

Bibliografia...........................................................................................................................11
Introdução
Aspectos diferenciais na velhice

Velhice

O envelhecimento é um processo natural do desenvolvimento, no qual o processo envolve


alterações em todos os aspectos da vida do homem. A rejeição do envelhecimento causa
impacto na saúde mental do idoso, pois faz com que gere uma não-aceitação de si mesmo,
como se juventude fosse sinônimo absoluto de felicidade.

Uma característica marcante da velhice, é o declínio da capacidade


funcional, força, equilíbrio, flexibilidade, agilidade e coordenação em
geral constituem variáveis afectadas diretamente pelas alterações
neurológicas, diante do processo de envelhecimento instalado,
(PAPALEO, 2006).

No entanto, a perspectiva biológica promove a noção da velhice como uma perda gradual
de funções corporais e a consequente maior susceptibilidade à contracção de doenças. Ou
seja, o foco é a degeneração do corpo biológico.

O envelhecimento biológico é definido como a alteração


progressiva das capacidades de adaptação do corpo verificando-se
consequentemente, um aumento gradual das probabilidades de
morrer devido ao aparecimento de determinadas doenças que
podem precipitar o fim da vida. É caracterizado pela diminuição de
taxas metabólicas, como consequência da redução das trocas
energéticas do organismo (Sequeira, 2007).
A velhice pode ser analisada como um processo gradual, causador de alterações no funcionamento
do organismo, tornando o indivíduo cada vez menos capaz de se adaptar ao meio ambiente e,
portanto, mais vulnerável às doenças.

Papéis de género na velhice

A terceira idade, é a fase mais complexa da vida que esta recheada de desvantagens. No
aspecto social, o idoso é exposto a series de condicionantes sociais, como a reforma, isso
gera sentimentos de inutilidade, de esvaziamento, de marginalização e de morte social. O
idoso sente-se muitas vezes destituído de um papel que outrora representava, que era
concebido como importante no núcleo social, com o qual se identificava e estabelecia o seu
lugar na sociedade.
A terceira idade, também conhecida como fase da reforma, nesta fase as pessoas idosas são
desprovidas de seus papéis que antes desempenhavam, isso por que se caracteriza como
alguém inútil, fracassado e incapaz de realizar quase todas actividades. Em outras palavras,
há diversos estereótipos negativos direccionados para os idosos.

Em outras palavras na terceira idade não há muito desempenho de papéis ou muita


realização dos chamados idosos. Eles passam a ser dependentes, submissos e privados. Eles
não desempenham papéis muito activos no seio familiar ou social onde estão inseridos pois
são desprovidos de todas as funções.

Por mais que são desprovidos de suas actividades e o seu envolvimento na sociedade é
limitado, eles não são totalmente passivos, mas existem papeis pouco considerados que eles
desempenham de forma limitada onde estão inseridos.

É necessário que eliminemos a ideia de que o idoso não serve para nada.
Devemos aproveitar sua experiência da vida, seus conselhos e
aprendizados, devemos deixar que eles nos mostrem que são capazes e que
só envelheceram como todos nós vamos um dia, mas ainda tem muitas
metas para alcançar e sonhos para realizar (PAPALEO, 2006).

Existem algumas actividades que o idoso realiza dentro do meio que o circunda de acordo
com o género. A distribuição de tarefas entre os sexos é entendida, em muitos sistemas
culturais, como uma espécie de extensão das diferenças anatómicas entre os sexos.

Neste cenário, o cuidado com a prole é quase sempre destinado às mulheres. Isso se
justifica pela socialização que as mulheres recebem, desde cedo, para reproduzirem e
consolidarem os papéis que as tornam responsáveis, quase que exclusivamente, pela
provisão de cuidados aos outros no seio da família e pela priorização do outro nas ações
morais.

As mulheres, em quase todas as culturas, são mais envolvidas com a


família do que os homens, porque o exercício dos papéis femininos, ao
longo do curso da vida, lhes dá mais oportunidade de desenvolver relações
de intimidade do que o exercício dos papéis masculinos permite aos
homens (SOUZA, 1998).

As mulheres idosas, evidenciam como função principal de suas vidas actividades


relacionadas aos cuidados. O cuidador de si, da casa, da família e dos outros, constituí
actividades que para elas têm um importante significado social. Em suma, as idosas
desempenham os seguintes papéis:

 Cuidar dos filhos e netos;

 Ajudar os filhos;

 Ir a igreja, rezar pelos parentes.

A mulher idosa de hoje, no geral, está sempre ligada à esfera doméstica e do cuidado pois é
a este mundo interno do lar, da família e da casa que ela está ideologicamente vinculada.

No entanto, idoso masculino, também por mais que esteja desprovido de seus afazeres,
também encontra algumas tarefas por mais que sejam limitadas e pouco consideradas:

 Como vovó, desempenham o papel de apoio aos filhos, filhas e netos;

 O idoso é conselheiro;

 Os idosos (homens) são grandes lideres religiosos.

Assim sendo, no concernente aos papéis sociais de género na velhice, atribuídos pelos
idosos, observamos que estes se estabelecem a partir DSS relações efectuadas entre os
domínios do público e do privado (actividades domesticas), que obedecem à divisão de
especialidades entre o universo masculino, sendo o masculino associado ao mundo público
e, em contrapartida, o domínio da casa foi representado como feminino.

Mudanças desafios que ocorrem na velhice

A velhice ou terceira idade caracteriza-se por mudanças físicas em todo o organismo do


indivíduo, alterando suas funções e comportamentos, percepções, sentimentos,
pensamentos, ações e reacções. Além destas transformações sofridas por cada indivíduo,
sua relação com o meio social também sofre mudanças.

Ocorre também na velhice, o declínio de certas capacidades e mudanças nos aspectos bio-
psico-sociais. É exigida da velhice uma série de ajustamentos pessoais e sociais. Encarada
como um período dramático, mesmo quando não associada à pobreza ou à invalidez, torna-
se restrita, cada vez mais, a participação dos idosos em uma série de actividades, mesmo
para os que são considerados aptos, física e mentalmente.

Isso implica num recuo de um mundo amplo e público, para um mundo restrito e privado.
A perda dos papéis sociais e da actividade produtiva cria uma série de conflitos na vida do
idoso. Existem certos comportamentos e atitudes que podemos desenvolver que pode evitar
maior vulnerabilidade na vida adulta. Como explica (PRADO, 2002):

Manter uma atitude positiva diante da vida, nos dedicar às actividades


físicas e visitar o médico regularmente, são outras regras de outro que
devemos observar para que possamos diminuir os problemas que
surgirem, encarando melhor as mudanças físicas e aproveitando cada
oportunidade de continuar fazendo a vida valer a pena.

Assim sendo, é necessário ter uma atitude positiva nos momentos prévios da vida para
evitar-se muitos males que posam ocorrer na velhice, levando assim a algumas demências.

Desafios na velhice

O ser humano, ao chegar na terceira idade, ele apresenta varias dificuldades e problemas e
muita das vezes é desprezado com os seus semelhantes que julgam não velhos. Nesta fase,
os idosos sofrem exclusão social, desprezados e as vezes são chamados de velhos,
despossuídos, indigentes, inactivos e doentes que são expressões que chocam com a vida
das pessoas idosas. Diante destes eventos, a sociedade assim como as pessoas idosas têm
grandes desafios para eliminar estes maldosos pré-conceitos.

No idoso emerge um novo significado à vida faz com que o indivíduo, a partir do próprio
acto de envelhecer, se volte a valores do colectivo, com dimensões socialmente produtivas,
capazes de reagrupar suas funções sociais que foram se perdendo ao longo de sua vida.

Colectivamente, o indivíduo idoso busca seu bem-estar com a vida e com sua idade,
visando à harmonia e fortalecendo importantes vínculos através das relações interpessoais,
a construção de novas amizades e a formação de redes de apoio.

As políticas sociais devem estar voltadas a resgatar a divida com os excluídos no processo
de desenvolvimento do envelhecimento. Ou seja, deve existir um princípio constitucional,
onde é garantida ao idoso a cidadania com plena integração social, defendendo sua
dignidade, seu bem-estar e direito à vida, priorizando seu atendimento em órgãos públicos
como prestadores de serviços, (SOUZA, 1998:43).

No entanto as faixas etárias são sequências de um conjunto social e que não devem ter
comportamentos que as segmentam, mas enquanto sujeitos colectivos devem viver em
busca de um único papel de seres humanos.

Saúde mental na velhice

A medida que envelhecemos, nos deparamos com situações novas com as quais precisamos
aprender a lidar através de mecanismos eficazes de actuação em saúde, principalmente no
que se refere à prevenção, ao tratamento e ao controle de doenças. A fase idosa,
caracterizasse por inúmeras e dramáticas transformações e eventos.

Além dos cuidados com a saúde física, é preciso também uma grande preocupação para
com a saúde mental do idoso. A atenção à saúde na terceira idade tem sido cada vez mais
mais motivo de preocupação e investimento, tanto no sector público quanto no sector
privado. Com os eventos que acontecem na velhice como "Surgimento de doenças
crónicas, mudanças na aparência, perdas familiares, dificuldades financeiras e ausência
de um papel dentro da sociedade capitalista" (TEIXEIRA, 2008).

Estes acontecimentos, afectam ou influenciam de forma negativa a saúde mental do idoso


levando o idoso a alimentar vários sentimentos negativos, a ponto de desenvolver demência
em alguns momentos.

Doutro lado, muitos idosos olham para a sua postura física e acham muita diferenciação em
comparação com os anos anteriores. Assim sendo eles mencionam pré conceitos por parte
dos mais jovens. Porém, mais significativo que isso, é o preconceito do próprio idoso em
relação a si mesmo.

O idoso manifesta uma lembrança de um passado perfeito e acaba comparando fisicamente


a sua vida actual com a da juventude. Tal comparação, além de incorrecta, reflecte a
dificuldade que o ser humano tem de aceitar mudanças, assim o idoso vivência uma vida
amargurada. Negar o envelhecimento é negar a própria vida, não querer envelhecer é não
querer viver. Aceitar como natural é fundamental para preservar e manter a saúde mental
quando a idade finalmente chegar.

Em alguns momentos, as pessoas levam uma vida desregrada, desenvolvendo vários


hábitos e costumes que impactam directamente com o seu bem. As pessoas agem mal nas
idades mais novas da vida e acham normal. No entanto chega a fase em que a vida cobra
nos últimos momentos de vida. Chegada a velhice, as pessoas olham para trás e percebem
que nada fizeram na vida, nada conquistaram, nada criou, diante da auto-avaliação chega-se
às várias doenças como depressão.

Quem conseguiu chegar a velhice e não percebeu o valor dessa conquista, sente-se um
fardo, um inválido: aposentou-se da vida. Não aprendeu que envelhecer é uma arte e
responsabiliza o mundo por não acreditar que este é o seu momento para mostrar o que
aprendeu e olhar para frente, (TEIXEIRA, 2008).

O estado de saúde mental na terceira idade, é o reflexo daquilo que o sujeito fez, viveu e
conquistou nos momentos mais prévios da sua vida. Ou seja, a saúde mental da pessoa da
terceira idade, vai depender do seu estilo de vida, e como os hábitos e costumes foram
praticados ao longo da vida. A fase da velhice tem de ser pensada e valorizada por todos.

Deficiência e Pessoas em Desvantagem

O tema das pessoas com deficiências é um tema social e a relação entre deficiência e
desvantagem constitui um aspecto muito importante por envolver as possibilidades do
desenvolvimento humano e limitações físicas, mentais ou sensoriais, bem como as
oportunidades proporcionadas pela sociedade para com essas pessoas.

A Organização Mundial da Saúde compartilha algumas das sugestões em três aspectos:


deficiência, incapacidade e desvantagem, conforme citações a seguir:

Deficiência refere-se a uma perda ou anormalidade de estrutura ou função: Deficiências são


relativas a toda alteração do corpo ou da aparência física, de um órgão ou de uma função,
qualquer que seja a sua causa; em princípio deficiências significam perturbações no novel
de órgãos(AMARAL, 1998, p. 24).
Incapacidade refere-se à restrição de atividades em decorrência de uma deficiência:
Incapacidades refletem as consequências das deficiências em termos de desempenho e
atividade funcional do indivíduo; as incapacidades representam perturbações ao nível da
própria pessoa (AMARAL, 1998, p. 25).

Desvantagem refere-se à condição social de prejuízo resultante de deficiência e/ou


incapacidade: Desvantagens dizem respeito aos prejuízos que o indivíduo experimenta
devido à sua deficiência e incapacidade; as desvantagens refletem pois a adaptação do
indivíduo e a interação dele com seu meio (AMARAL, 1998, p. 25, grifos da autora).
Conclusão
Bibliografia

AMARAL, Lígia Assumpção. Sobre crocodilos e avestruzes: falando de diferenças físicas,


preconceitos e sua superação. In: AQUINO, Julio Goppa. Diferenças e preconceitos na
escola: alternativas teóricas e práticas. São Paulo: Summus, 1998. p.11-30.

SEQUEIRA, A., & Silva, M. N. O bem-estar da pessoa idosa em meio rural. Análise
Psicológica. 2002.

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