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A IMPORTÂNCIA DA DANÇA NA TERCEIRA IDADE 1

Leo Fernando de Sousa Costa2

Declaro que o trabalho apresentado é de minha autoria, não contendo plágios ou citações não
referenciadas. Informo que, caso o trabalho seja reprovado duas vezes por conter plágio
pagarei uma taxa no valor de R$ 250,00 para terceira correção. Caso o trabalho seja reprovado
não poderei pedir dispensa, conforme Cláusula 2.6 do Contrato de Prestação de Serviços
(referente aos cursos de pós-graduação latu senso, com exceção à Engenharia de Segurança
do Trabalho. Em cursos de Complementação Pedagógica e Segunda Licenciatura a
apresentação do Trabalho de Conclusão de Curso é obrigatória).

RESUMO

O presente trabalho tem como objetivo fazer uma análise acerca dos inúmeros benefícios que a
dança traz para a melhora na qualidade de vida dos idosos, bem como, verificar os efeitos da Dança
nos parâmetros cognitivos e motores e na qualidade de vida dos mesmos. A capacidade cognitiva é
um determinante da qualidade de vida na terceira idade, visto que perdas em funções cognitivas
podem acabar resultando no comprometimento do funcionamento físico, social e emocional dos
idosos. As evidências mostram que o comprometimento cognitivo está fortemente associado à
mobilidade prejudicada, assim como à desorientação espacial e à deterioração das funções
executivas. O exercício físico pode melhorar a saúde mental e vir a contribuir para prevenir
transtornos como depressão ou até mesmo demência. Para promover um envelhecimento mais
saudável, a dança tem sido indicada como uma forma de atividade física. A dança é entendida como
arte por meio da expressão corporal e determina o estado de espírito das pessoas.

Palavras-chave: Idoso. Dança. Qualidade de Vida.

ABSTRACT

The present work aims to analyze the numerous benefits that dance brings to improve the quality of
life of the elderly, as well as verify the effects of Dance on cognitive and motor parameters and on their
quality of life. Cognitive capacity is a determinant of quality of life in old age, as losses in cognitive
functions can end up compromising the physical, social and emotional functioning of the elderly.
Evidence shows that cognitive impairment is strongly associated with impaired mobility, as well as
spatial disorientation and impaired executive function. Physical exercise can improve mental health
and help prevent disorders such as depression or even dementia. To promote healthier aging, dance
has been indicated as a form of physical activity. Dance is understood as art through body expression
and determines people's state of mind.

Keywords: Elderly. Dance. Quality of life.

1
Artigo científico apresentado ao Grupo Educacional IBRA como requisito para a aprovação na disciplina de
TCC.
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Discente do curso PROFOP-R2-EDUCAÇÃO FÍSICA, E-mail (lfdireito@gmail.com).
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1 INTRODUÇÃO

O desafio do envelhecimento significa estar preparado para enfrentá-los.


Pessoas que enfrentam tais mudanças com otimismo estão menos propensas a
desenvolverem diversas doenças psicossomáticas, comuns nessa fase da vida do
indivíduo, tais como depressão, estresse.
O processo envelhecimento é um processo contínuo onde acontece o declínio
progressivo de todos os processos fisiológicos. A terceira idade faz com que o
organismo do indivíduo funcione de maneira diferenciada e o corpo torna-se menos
flexível. Nesse sentido os movimentos dos idosos são mais lentos com perda
significativa da agilidade, as articulações vão perdendo a mobilidade e elasticidade,
os ossos ficam mais fracos e ocorre uma deterioração do aparelho bronco pulmonar,
gerando um comprometimento de todo o sistema respiratório.
A dança vem ganhando destaque devido aos diversos benefícios que traz a
saúde tanto para o corpo quanto para a mente, geralmente ela é uma atividade de
baixo impacto para o corpo, ou seja, o risco de se lesionar é pequeno em relação a
outros exercícios, no entanto em algumas modalidades isso não aplica-se, visto que
ela pode gerar sim um risco de lesão. A importância da dança para a terceira idade é
justamente a parte social e a parte física; na perspectiva social ela influencia muito,
pois a socialização que eles têm um com o outro, o contato, a alegria e o prazer de
estar dançando traz a eles um benefício físico, tendo em vista que reflete totalmente
no corpo. A dança envolve quatro fatores: tempo, espaço, energia e pulsão. Os
benefícios da dança são inúmeros, temos os benefícios sociais e também os
benefícios físicos. Os sociais mexem muito com a autoestima dos idosos, com a
alegria de estar perto de seus colegas, e os físicos que são a parte motora, equilíbrio
e força.
Os idosos buscam meios para adaptarem-se tanto fisicamente, como
socialmente; possuem também a necessidade de estar em convívio social, precisam
sentir-se úteis e na maioria das vezes a busca por atividade física acaba sendo uma
válvula de escape para se sentirem acolhidos, e no caso a dança é uma das
modalidades mais procuradas por eles atualmente. A importância da dança para os
idosos e no seu convívio social, é de que a dança acaba promovendo uma
percepção do corpo e desenvolve habilidades que normalmente os idosos acabam
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perdendo como, por exemplo, a coordenação, equilíbrio e o principal que é a


socialização.
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2. A DANÇA

Atualmente é notório o aumento da população idosa, e a evolução da


medicina contribuiu sumariamente para isto, de forma geral aumentou rapidamente e
como fator do progressivo do aumento da população idosa, deve-se a uma melhor
condição de vida da classe dos idosos gerando uma maior expectativa de vida.
O processo de envelhecer pode ser considerado de maneira diferente, tendo
em vista que trata-se de um processo normal, individual e gradativo. Em um
contexto mais filosófico, pode ser o continuar sendo, o continuar existindo, o
continuar criando vida e ultrapassando os limites dos seus antecessores.

Segundo gerontologias o processo de envelhecimento biológico envolve


vários processos psicossociais, onde tais mudanças ocorrem desde a
concepção, passando por transformações progressivas e irreversíveis do
qual é caracterizado por mudanças que ocorrem em função do tempo e é
uma etapa do desenvolvimento individual do ser humano (MEIRELLES,
2000).

A prática regular de atividade física acaba favorecendo a independência do


idoso para as atividades da vida cotidiana, o que influencia positivamente em sua
qualidade de vida, a atividade física no idoso proporciona a elevação da força e
resistência muscular, reduzindo o índice de quedas e aumentando o bem-estar geral
e a saúde física. Já a inatividade física pode levar a consequências na saúde,
redução da capacidade funcional, o que pode elevar seu grau de dependência
familiar e a incapacidade da realização de atividades da vida diária.
A sociedade aspira atualmente um aumento na expectativa de vida, no
entanto esse aumento só é considerado positivo quando reflete em um aumento que
agregue qualidade aos anos de vida da população. Nos dias atuais chegar à velhice
é considerado uma realidade esperada, mesmo em países pobres uma vez que, o
envelhecer deixou de ser um privilégio de poucos.
O primeiro sinal começa a ser visto na pele, a perda de colágeno vai abrir
caminho para as rugas, a genética combinada com o avanço da idade também pode
revelar a calvície. As principais causas para o envelhecimento humano são: A
infelicidade, o estresse, falta de exercício, má alimentação e não descansar o
suficiente. Outra causa do envelhecimento estar no ar que respiramos, sem oxigênio
não pode sobreviver, mas, ele nos corrói lentamente.
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Com o passar dos anos as células perdem a capacidade de se dividirem, e o


corpo passa a produzir uma série de toxinas que danificam o DNA das células até
que elas morram. Na busca incessante por conhecimento, um estudo feito com
larvas vem ajudando os estudiosos há chegarem um pouco mais perto de descobrir
quem são os responsáveis pelo envelhecimento humano.

Assim como as características físicas do envelhecimento, o caráter


psicológico também está relacionado com hereditariedade, a história e com
atitude de cada indivíduo. Sendo assim indivíduos mais saudáveis e
otimistas tem mais condições de adaptarem-se as transformações trazidas
pelo envelhecimento. São mais propensas a verem a velhice como um
tempo de experiência acumulada, liberdade para assumir novas ocupações
(ZIMERMANN, 2000, p.57).

Hoje em dia é possível e necessário ter uma velhice com qualidade de vida e
bem-estar, seguindo nessa linha, os conceitos de envelhecimento ativo e bem
sucedido, tem se sobreposto sobre o envelhecimento saudável, e cabe aqui também
ressaltar que o envelhece e envelhecimento não são sinônimos de doença, porém a
velhice já foi sim símbolo de status social, onde nas sociedades tradicionais a figura
do velho representava a sabedoria, a paciência, e a transmitia os valores da
ancestralidade pois era ele quem detinha a memória coletiva, quem através da
evocação e da transmissão oral, construía uma narrativa com a qual se incorporava,
ou seja, fazia-se corpo, cada vídeo na história do grupo, mas tal qualidade de vida
tão almejada não dependo apenas dos cuidados durante a terceira idade, pois,
segundo a teoria epidemiológica do arco da vida, as pessoas nascem, engatinham e
crescem formando as suas reservas homeostáticas.
Nesse contexto surge a dança que é a arte do movimento, nela consiste
movimentar expressivamente o corpo seguindo movimentos ritmados, criando uma
harmonia própria, seja em grupo, em duplas ou sozinho, porém em geral, mas não
necessariamente, ao som da música, visto que não é somente através do som de
uma música que pode-se dançar, tendo em vista que os movimentos podem ocorrer
independentes do som que se ouve, ou até mesmo sem ele.

O ato de movimentar-se está totalmente ligado à dança, é um elemento


básico da vida, faz parte de todos os seres humanos, o corpo se torna uma
orquestra que se sucede produzindo o movimento (LABAN, 1990).
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Cabe ressaltar que encontra-se nesse sentido a importância do profissional


que irá trabalhar com a terceira idade, pois os movimentos da dança contornam-se
em uma opção distinta para os idosos que buscam a atividade física e de primeiro
momento não possui uma afinidade pela ginástica ou esporte. Sendo assim a dança
permite para quem a pratica os mesmos benefícios, motor e cognitivo que outros
costumes de atividade física.
A prática de atividades físicas trazem inúmeros benefícios para todas as
idades e auxilia também no convívio social, no entanto para os idosos significam
uma mudança na qualidade de vida, capaz de amenizar os efeitos do
envelhecimento e até mesmo prevenir doenças, além claro, dos aspectos ligados a
saúde, a prática regular de qualquer atividade física melhora a autoestima e o
relacionamento social, pois é durante os exercícios que os idosos tem a
oportunidade de olhar para si mesmo, cuidar da saúde.

A dança é considerada uma atividade coadjuvante da terapêutica de várias


doenças, além disso, também proporciona condicionamento físico,
integração social e lazer a indivíduos idosos, com inúmeros benefícios
psicológicos já descritos. As pesquisas são unânimes quanto à importância
da dança de salão como exercício físico e como coadjuvante terapêutico,
auxiliando no bem-estar mental, emocional e físico do idoso (ZAMONER,
2007, p.1).

Para o idoso significa também uma mudança em relação a qualidade de vida,


capazes de amenizar os efeitos do envelhecimento e até mesmo prevenir doenças.
Além dos aspectos ligados a saúde já mencionados, a prática regular de qualquer
atividade física melhora a autoestima e o relacionamento social tendo em vista que é
durante os exercícios físicos que os idosos tem a oportunidade de olhar para si
mesmo, cuidar da sua saúde, além de trocar experiências com outras pessoas.
Desde os primórdios o homem sentia a necessidade de expor as suas
emoções e, mesmo antes de usar das palavras para se comunicar estes utilizavam
de movimentos corporais para se expressar, era sua linguagem natural e continha
uma ligação direta com a natureza, se fazia parte integrante dela
Esse processo de envelhecimento pode ser considerado como um acúmulo
de vivências que nos torna pessoas mais experientes, por meio de conhecimentos e
habilidades físicas e com isso oportunizará as pessoas idosas a possibilidade de
tomar decisões a respeito deles mesmos e essa independência do qual dispõem em
suas vidas está relacionada à atividade de seu corpo, mente e espírito.
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O termo qualidade devida é o grande tema dos dias atuais, talvez pelas
grandes mudanças que estão ocorrendo ou pelo fato da população mundial estar
envelhecendo e a busca pela longevidade tão almejada por muitos.

Para conceituarmos qualidade de vida é necessário levar em consideração


que nenhuma pessoa é igual a outra e as mudanças ocorridas na vida de
cada um é única e acabam por serem muitos os fatores que determinam a
qualidade de vida dos mesmos (NAHAS, 2006).

O trabalho de dança com a terceira idade vem mostrar que qualquer pessoa
independente da idade ou do sexo tem o direito de dançar e através da mesma
explorar o seu corpo, se sentir, se conhecer.
Uma atividade física sendo praticada de forma regular e sistemática ela
aumenta e mantém a aptidão física da pessoa e pode elevar a melhora do bem estar
funcional, menor índice de mobilidade e mortalidade entre os idosos, tendo como
ponto principal a promoção de saúde controlando as doenças relacionadas à idade.
A atividade física como a dança leva a uma melhora da elasticidade muscular,
aumenta e melhora a circulação sanguínea e os movimentos articulares, além de
diminuir o risco de doenças cardiovasculares, problemas do aparelho locomotor e o
sedentarismo, reduzindo o índice de depressão e ansiedade.
O ato de dançar causa um bem estar, estimula a diversão e também a
sensação de prazer através das músicas utilizadas que são da época de sua
juventude, causam um resgate das lembranças do passado fazendo com que os
idosos sintam vontade de realizar os movimentos.
Chiarion (2007, p.3) nos diz: Assim, através da práticas de atividades
motoras, a dança dentre tantos objetivos deve ser proposta para levar alegria,
demonstrar afinidades, fortificar a vida associativa, esquecer o dia a dia e superar
problemas, fortalecer os músculos, diminuir os riscos de problemas cárdio
respiratório, estimular percepção, coordenação de movimentos.
A dança é um tipo de modalidade que está desenvolvendo cada vez mais,
conquistando assim mais pessoas que se encantam por seus movimentos graciosos
e precisos.
Dançar é vivenciar e exprimir, com o máximo de intensidade, a relação do
homem com a natureza, com a sociedade, com o futuro e com seus deuses. A
dança não é somente uma arte, mas sim um modo de viver ou até mesmo um modo
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de existir, onde se interliga o aspecto da vida cotidiana como, religião, trabalho,


festas. A dança representa o modo de viver e ver o mundo.

Ao mover o corpo em companhia de outro, estimula a harmonia dos


movimentos, cada pessoa com sua individualidade, potencial, domínio e
tempo de assimilação do movimento proposto distintos. O corpo habituado a
estar livremente individualizado, vai de encontro a si mesmo e encontra o
outro, trocando sentimentos e sensações, compartilham o movimento e
formam um em comum, experimentam as facilidades e dificuldades juntas
(FONSECA; VECCHI; GAMA, 2012, apud OLIVEIRA, 2016).

Pode-se dizer que a dança como atividade física é uma ótima opção para
indivíduos da terceira idade, tendo em vista que trata-se de uma atividade realizada
em grupo a qual facilita a integração e fortalecimento das amizades, com superação
de limites físicos, diminuindo assim as angustias e incertezas que os cercam este
grupo durante a vida cotidiana.

Uma das especificidades da dança está no fato de que movimentos


transformados em gestos de dança adquirem características extraordinárias,
pois os fatores espaciais, temporais, rítmicos e o próprio modo de
movimentação do corpo tornam-se diferentes e particulares adquirindo
valores em si mesmos, ou seja, movimentos comuns são transformados em
dança. Outra especificidade é a sua forma simbólica livre que possui em
transmitir ideias de emoção, consciência, sentimentos e expressar tensões
físicas e espaciais (DANTAS, 1999, p. 35).

Quem dança, manifesta movimentos rítmicos numa explosão de sentidos,


como forma de conhecimento do corpo que possibilita uma intervenção direcionada
para a ampliação da expressividade dos sujeitos dado o qual permite ler a
gestualidade humana como uma linguagem, fazendo com que essa compreensão
aproxime-se da concepção de movimento humano.
Sabemos que a dança contribui de forma significativa para a qualidade de
vida, favorecendo a saúde em todos os aspectos, tais como a frequência cardíaca,
estimula à circulação do sangue, melhora a capacidade respiratória e queima muitas
calorias.
A dança está associada essencialmente à atividade social pela qual provoca
uma sensação de bem-estar psicológico, permitindo a troca de experiências,
estimula o diálogo melhorando consequentemente a autoestima.
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A dança, por ser uma atividade extremamente prazerosa e capaz de


proporcionar um condicionamento físico muito bom. De acordo com a
médica, inúmeros são os benefícios: melhora da capacidade
cardiorrespiratória, diminui a pressão arterial, melhora a circulação
periférica, perda calórica, fortalecimento muscular, proteção das
articulações, atenua as dores e pode prevenir problemas futuros posturais e
de artrose. Sem contar os efeitos psicossociais, já que possibilita um
aumento do convívio social, podendo ajudar a desinibir. (MARQUES, 2003,
p. 45).

Ao dançar, o ser humano aprende novos ritmos os quais vão favorecer a


mente, uma vez que seguir uma coreografia exige concentração, coordenação
motora, equilíbrio, agilidade e boa memória. Esses movimentos vão se refletindo nas
tarefas do cotidiano, que ficam mais fáceis e leves.
Os benefícios proporcionados pela dança são diversos, contudo deve haver
um conhecimento específico do professor das limitações de cada aluno presente,
visto que a terceira idade é considerada um grupo de risco onde se deve trabalhar
com extrema segurança.

No aspecto da coordenação sensório motora com o passar do tempo se


torna menos eficiente devido aos prejuízos apresentados no sistema neuro-
muscular, eles passam a analisar a tarefa a ser realizada antes de
desempenhar o ato motor, por isso as instruções a serem dadas devem ser
bem especificadas, claras e concretas (PIKUNAS, s/d apud SIMÕES, 1998).

A Dança nesse enfoque surge como uma vivência corporal de características


variadas que proporciona ao idoso um cuidado sensível sobre si mesmo e também
pode ampliar as relações sociais, pois na maioria dos casos essa vivência é
realizada em grupo, como forma de estimular contatos e relações significativas.
Tratando-se da relação do processo pedagógico com a dança envolve ainda
outros objetivos os quais eliminam preconceitos como vivenciar sua nova identidade
como uma fase do ciclo vital, obter saúde e prazer praticando atividades físicas,
vivenciar o envelhecimento de forma consciente e trazer o idoso a viver mais
intensamente, dentro de suas limitações biológicas e suas possibilidades.

Viver a terceira idade passa ser o começo de uma nova postura perante a
vida, transformadora de valores, na qual a luta constante para fugir da
indiferença e o combate aos preconceitos que estigmatizam essas pessoas
desponta como uma alternativa à dispersão é a inatividade (MARQUES,
1998, p.13).
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Dessa forma, a satisfação que a dança deve trazer ao idoso transcende a


mera contemplação de estar se movimentando. Os movimentos, a música, a relação
com o outro, através da comunicação visual e do contato (além do respeito às
limitações físicas) facilitam o processo de reconstrução da imagem que o indivíduo
tem de si e do mundo que o rodeia.
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CONCLUSÃO

O envelhecimento e um processo pelo qual todos irão passar, visto que


acontece com o decorrer do tempo, sendo então um fenômeno natural. E cabe ao
indivíduo decidir de qual forma passará por esse processo, sabendo-se que uma
vida com prática de exercícios, aqui levando em consideração a dança, é de grande
importância na ajuda de um envelhecimento saudável, para que se tenha um maior
aproveitamento e de fato um envelhecimento com qualidade de vida.
A linguagem corporal está muito presente nessa prática pois ela pode nos
transmitir alguma mensagem ou significado sem ter uma palavra dita, somente pela
expressão corporal, sendo capaz de exprimir sentimentos de felicidade, tristeza,
amor, paz, entre outros aspectos diferente de cada indivíduo. O ritmo está presente
no cotidiano e é um elemento indispensável para a dança, tendo a música presente
podendo nós proporcionar os movimentos mais marcantes e assim fica fácil de
compreender e fluir os passos, trabalhando as questões de equilíbrio, leveza e
harmonia, estando ambos (ritmo e música) na prática da dança.
A prática regular da dança com todas os cuidados necessários não somente é
capaz de fornecer benefícios físicos como também psíquicos e sociais ao indivíduo,
de maneira a agregar no seu envelhecimento, habilidade e capacidade tendo uma
melhora no seu desenvolvimento.
Dançar é instruir as pessoas a descobrirem o seu melhor, como fazer o
melhor e terem o conhecimento através do seu próprio corpo, não tendo
classificação de idade e assim podendo proporcionar a todas as pessoas praticantes
que ela é muito mais do que uma forma de se expressar, ela é a tradução dos
nossos sentimentos e do nosso corpo.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

CHIARION, B.M.A. Dança e Desenvolvimento de Idosos Institucionalizados. 5ª


Mostra Acadêmica Unimep. Piracicaba, S.P 23 a 25 de out. de2007. Disponível em:
http://www.unimep.br/phpg/mostraacademica/anais/5mostra/2/144.pdf. Acesso em
18 Abril 2023.

DANTAS, M., F. Dança: o enigma do movimento. Porto Alegre:


Universidade/UFRS,1999.

LABAN, R. Dança Educativa Moderna (tradução de Maria Conceição Parayba


Campos) São Paulo. Ed. Ícone, 1990.

MARQUES FILHO, Ernesto. Atividade física no processo de envelhecimento/


Ernesto Marques Filho. Campinas, SP, 1998.

MARQUES, I. Dançando na escola. São Paulo: Cortez, 2003.

MEIRELLES, M.A.E. Atividade Física na Terceira Idade. 3ª ed. Rio de Janeiro:


Sprint, 2000.

OLIVEIRA, C. S. S. A dança de salão como atividade física na melhoria da


postura do idoso. Corpus sci. Rio de Janeiro v. 11 nº 1, p. 29-46 Jan./Jun. 2016.

SIMÕES. R. (Qual) Idade de Vida na (Qual) Idade de Vida. In: MOREIRA. W. W


(org). Qualidade de Vida: Complexidade e Educação. 1ª ed. Campinas: Papirus,
2001.

ZAMONER, M. Educação Ambiental e Educação em Saúde na Dança de Salão


para Melhor Idade: uma experiência na Paraíba. Revista Digital - Buenos Aires -
Ano 12 - N° 109 - junho de 2007.

ZIMERMANN, G. I. Velhice: aspectos biopsicossociais. Porto Alegre: Artmed,


2000.
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