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IDOSO
ÍNDICE
1- A pele perde a elasticidade e fica mais fina, sua menos e produz menos
sebo. Por isso é comum que ela fique mais fina, seca e áspera, sendo
mais fácil coçar e mais fácil abrir feridas com pequenos traumas;
2- O andar fica mais lento, a flexibilidade e os reflexos diminuem, tornando
mais fáceis as quedas e mais difícil proteger-se delas;
3- A saliva diminui, os movimentos de deglutição são mais lentos; é mais
fácil engasgar-se e sentir a boca ressecada e a saliva grossa;
4- O sistema imunológico, que defende o indivíduo contra infecções, é
menos ativo, e o idoso normalmente tem uma suscetibilidade maior a
algumas infecções como pneumonia e tuberculose;
5- O sistema de adaptação de pressão arterial e temperatura também muda,
sendo comuns: a deficiência na resposta ao calor ou frio intenso; a
ausência de febre nas infecções; as quedas de pressão em mudanças
rápidas de posição e a má adaptação da pressão arterial a perdas de
líquidos (desidratação);
6- O conteúdo de cálcio dos ossos, a massa e força muscular diminuem;
7- O cérebro diminui de tamanho, porém preserva suas funções, como
capacidade de aprender e memória; existe uma diminuição de memória
em idades muito avançadas, mais relacionadas à falta de estímulo e
atividade do que à incapacidade de lembrar; mantendo o estímulo e a
atividade mental, os idosos preservam a capacidade de exercer suas
funções intelectuais habituais com agilidade e experiência;
8- O coração pode bater mais lento, mesmo em situações em que deveria
acelerar, e diminui sua capacidade de adaptação ao "stress";
9- Há uma diminuição da capacidade do pulmão ventilar e da habilidade de
tossir;
10- Os rins diminuem sua reserva funcional, tornando-se mais sensíveis aos
medicamentos;
11- O sono se altera, sendo comum o idoso dormir menos à noite, e ter
períodos de sonolência (cochilos) durante o dia, principalmente quando
não tem atividade nenhuma.
É importante ressaltar que ser idoso não é ter uma doença, mas uma fase
da vida caracterizada por diminuição das reservas funcionais e da capacidade
do organismo em se adaptar a mudanças bruscas, tornando-o mais susceptível
a infecções, quedas, desidratação, efeito colateral de medicamentos, entre
outros.
Unidade 3:
Adaptações ambientais e prevenção de acidentes domésticos
Segundo dados do Sistema Único de Saúde (SUS), cerca de 75% dos
acidentes sofridos por pessoas com mais de 65 anos acontecem dentro de
casa, sendo as quedas mais constantes. No Brasil, 30% dos idosos caem pelo
menos uma vez por ano. Os acidentes com quedas, são os maiores causadores
de óbitos na faixa etária dos 75 anos em diante, representando 70% dos casos.
Como você pode constatar nas unidades anteriores, o envelhecimento
traz consigo diversas alterações, que faz com que o idoso comece a se
relacionar com o ambiente em que vive, também de forma diferente. Dessa
forma, se faz necessária a adaptação ambiental para que o idoso consiga se
locomover, sem risco de ter um acidente doméstico.
O ambiente deve oferecer segurança, estímulos, interação social,
favorecer a adaptação às mudanças oriundas da velhice e ser familiar ao
indivíduo. Portanto, a adaptação ambiental tem como finalidade tornar o
ambiente mais propício e satisfatório para os idosos, sendo seguro e funcional.
As principais causas de quedas entre idosos são limitações físicas como
enfraquecimento de músculos e ossos, problemas de visão e audição, uso e
reações de determinados medicamentos, ingestão de bebidas alcoólicas e
ainda doenças com osteoporose, artroses, pneumonia, infecções, infarto.
Assim, é de extrema importância que a adaptação ambiental ocorra para
prevenir acidentes e também evitar que o idoso deixe de se locomover por estar
receoso em relação ao risco de queda. Isso porque, as quedas podem trazer
várias sequelas que, dependendo da extensão do trauma, vão desde uma
simples contusão até sérias restrições motoras.
Com a finalidade de tornar a casa um ambiente seguro, todos os
cômodos devem ser adaptados, principalmente os banheiros e os quartos,
através da instalação de barras de sustentação (corrimões), pisos
antiderrapantes, rampas, além de evitar móveis com quinas pontiagudas,
deslocáveis com facilidade e outros detalhes.
Outros cuidados simples, como tirar objetos que obstruam o caminho
pela casa e manter iluminação adequada podem ser a diferença para evitar um
transtorno deste tipo.
Os principais sinais de riscos de acidentes com idosos em casa são:
• Presença de muitos móveis atrapalhando a passagem;
• Escadas inclinadas, com degraus irregulares, mal iluminadas e sem
corrimão;
• Tapetes avulsos e carpetes mal adaptados ou rasgados;
• Má iluminação;
• Tacos soltos no chão ou pisos quebrados;
• Pisos encerados ou escorregadios;
• Camas e sofás muito altos ou muito baixos;
• Cadeiras e vasos sanitários muito baixos;
• Prateleiras de difícil alcance;
• Presença de animais domésticos pela casa;
• Uso de chinelos ou sapatos em más condições ou mal adaptados;
• Fios elétricos soltos;
• Objetos espalhados pelo chão.
• Ensino
• Pesquisa
• Educação comunitária
• Promoção de saúde
• Controle e tratamento de doenças
• Reabilitação
• Apoio psicológico
• Manutenção e promoção da autonomia e independência
• Adaptação ambiental
• Reinserção no contexto social
• Atividades corporais e comportamentais
• Segurança e defesa de direitos
• Antropologia
• Educação
Unidade 6:
Cuidados com a alimentação do idoso
Visando um envelhecimento saudável e com qualidade de vida, é
importante que o idoso mantenha uma alimentação variada e equilibrada,
harmônica em quantidade e qualidade, naturalmente colorida e segura do ponto
de vista da higiene.
A alimentação de uma pessoa idosa deverá seguir os mesmos princípios
de uma dieta saudável recomendada para adultos. Entretanto, é importante que
se tenha cuidado em relação à quantidades e qualidade das calorias
consumidas, escolha, preparo e combinação de alimentos, já que na velhice o
metabolismo diminui, bem como a realização da atividade física, mesmo que de
forma cotidiana.
1º passo
Faça três refeições ao dia (café da manhã, almoço e jantar) e, caso necessite de
mais, faça outras refeições nos intervalos.
Procure fazer as refeições principais (café da manhã, almoço e jantar) em
horários semelhantes todos os dias. Nos intervalos entre essas refeições,
prefira realizar pequenas refeições saudáveis com alimentos frescos.
Coma sempre devagar e desfrute o que está comendo, procurando comer em
locais limpos e onde você se sinta confortável, evitando ambientes ruidosos ou
estressantes.
2º passo
Dê preferência aos grãos integrais e aos alimentos na sua forma mais natural.
Inclua nas principais refeições alimentos como arroz, milho, batata,
mandioca/macaxeira/aipim.
Esses alimentos são as mais importantes fontes de energia e, por isso, devem
ser os principais componentes das principais refeições, devendo-se dar
preferência às suas formas integrais.
As atividades de planejar as compras de alimentos, organizar a despensa
doméstica e definir com antecedência o cardápio da semana podem contribuir
para a sua satisfação com a alimentação.
Em supermercados e outros estabelecimentos, utilize uma lista de compras,
para não comprar mais do que o necessário.
3º passo
Inclua frutas, legumes e verduras em todas as refeições ao longo do dia.
Frutas, legumes e verduras são ricos em vitaminas, minerais e fibras. Por essa
razão, eles devem estar presentes diariamente na sua alimentação.
O consumo desses alimentos contribui para diminuir o risco de várias doenças
e ajuda a evitar a constipação (prisão de ventre). Feiras livres, “sacolões” ou
“varejões” são boas opções para a compra de alimentos frescos da safra
(época) e com menor custo.
4º passo
Coma feijão com arroz, de preferência no almoço ou no jantar.
Esse prato brasileiro é uma combinação completa e nutritiva e é a base de uma
alimentação saudável.
Varie os tipos de feijões usados (preto, manteiga, carioquinha, verde, de corda,
branco e outros) e use também outros tipos de leguminosas (como soja, grão-
de-bico, ervilha, lentilha ou fava).
Se você tem habilidades culinárias, procure desenvolvê-las e partilhá-las com
familiares e amigos. Se você não tem tais habilidades, converse com as pessoas
que sabem cozinhar, peça receitas a familiares, amigos e colegas, leia livros,
consulte a internet e descubra o prazer de preparar o seu próprio alimento.
Para evitar o desperdício, cozinhe pequenas porções e congele o alimento
sempre que isso for possível, para a sua utilização em dias posteriores.
5º passo
Lembre-se de incluir carnes, aves, peixes, ovos, leite e derivados em pelo menos
uma refeição durante o dia. Retirar a gordura aparente das carnes e a pele das
aves antes da preparação torna esses alimentos mais saudáveis.
Os leites e derivados são ricos em cálcio, que ajuda no fortalecimento dos
ossos. Já as carnes, as aves, os peixes e os ovos são ricos em proteínas e
minerais. Quanto mais variada e colorida for a sua alimentação, mais
equilibrada e saborosa ela será.
6º passo
Use pouca quantidade de óleos, gorduras, açúcar e sal no preparo dos
alimentos. Esses ingredientes culinários devem ser usados com moderação
para temperar alimentos e para criar preparações culinárias.
Procure evitar o açúcar e o sal em excesso, substituindo-os por temperos
naturais (como cheiro verde, alho, cebola, manjericão, orégano, coentro, alecrim,
entre outros) e optando por receitas que não levem açúcar na sua preparação.
7º passo
Beba água mesmo sem sentir sede, de preferência nos intervalos das refeições.
A quantidade de água que precisamos ingerir por dia é muito variável e depende
de vários fatores, incluindo a idade e o peso da pessoa, a atividade física que
ela realiza e o clima e a temperatura do ambiente onde ela vive.
É importante estar atento ao consumo diário de água para evitar casos de
desidratação, principalmente em dias muito quentes. Vale lembrar de que
bebidas açucaradas (como refrigerantes e sucos industrializados) não devem
substituir a água.
Uma dica é aromatizar a água com hortelã ou frutas, como rodelas e cascas de
laranja ou limão.
Uma outra estratégia é despertar a pessoa idosa para os benefícios que a água
traz para a saúde, entre eles: o intestino funciona melhor, mantém a boca mais
úmida, mantém a hidratação do corpo, entre outros.
Para incentivar a ingestão de água, é essencial também que o ambiente facilite
o acesso da pessoa idosa aos utensílios (caneca ou copo ou xícara) e ao filtro,
estando tudo a uma altura adequada à esta pessoa.
8º passo
Evite bebidas açucaradas (refrigerantes, sucos e chás industrializados), bolos e
biscoitos recheados, doces e outras guloseimas como regra da alimentação.
Produtos ultraprocessados (como biscoitos recheados, guloseimas,
‘salgadinhos’, refrigerantes, sucos industrializados, sopa e macarrão
‘instantâneos’, ‘tempero pronto’, embutidos, produtos prontos para aquecer)
devem ser evitados ou consumidos apenas ocasionalmente.
Embora convenientes e de sabor pronunciado, esses e outros produtos
ultraprocessados tendem a ser nutricionalmente desequilibrados e, em sua
maioria, contêm quantidades elevadas de açúcar, gordura e sal.
9º passo
Fique atento (a) às informações nutricionais dos rótulos dos produtos
processados e ultraprocessados para favorecer a escolha de produtos
alimentícios mais saudáveis.
Os rótulos dos produtos processados e ultraprocessados (como biscoitos, pães
de forma, iogurtes, barras de cereais, entre outros) são uma forma de
comunicação entre esses produtos e os consumidores e contêm informações
importantes sobre a sua composição.
Mais formas de esclarecimento podem surgir no diálogo com outras pessoas
no local de compra ou por meio do serviço de atendimento ao consumidor (SAC)
ou, até mesmo, em uma consulta com um profissional de saúde.
Fique atento (a) para informações, orientações e mensagens sobre alimentação
veiculadas em propagandas comerciais, pois geralmente as propagandas
buscam aumentar a venda dos produtos, mas não informar.
10º passo
Sempre que possível, coma acompanhado (a) de alguém.
A companhia de familiares, amigos ou vizinhos na hora das refeições colabora
para o comer com regularidade e atenção, proporciona mais prazer com a
alimentação e favorece o apetite.
Escolha uma ou mais refeições na semana para desfrutar da alimentação na
companhia de alguém, mantendo o convívio social com as pessoas próximas.
Unidade 7:
Cuidados com a higienização do idoso
A higiene é um fator muito importante para a qualidade de vida da pessoa
idosa. Com o passar dos anos, a pessoa deixa de ter foças e capacidade para
cuidar de si e de sua própria higiene, sendo necessária a presença de outra
pessoa para realização do auxílio.
A perda de massa óssea e muscular aumenta a sensação de cansaço e
também atua como fator redutor da motivação do idoso para a manutenção das
condições de higiene e autocuidado.
Quando nos referimos à higiene e autocuidado, estamos falando na
frequente lavagem de mãos, banho, cuidados com a pele e imagem corporal, e
por fim, na higiene bucal, essa última será trata na próxima unidade.
Banho
Demais cuidados
As unhas devem ser cortadas semanalmente e os cortes do cabelo e da
barba devem ser feitos periodicamente.
As unhas devem ser deixadas de molho em água aquecida com
bicarbonato ou com sabão por 10 minutos, pois com o envelhecimento as unhas
tornam-se espessas, endurecidas e quebradiças. Este procedimento facilitará o
corte, em linha reta não muito rente, evitando o aparecimento de unhas
encravadas ou feridas.
Unidade 8:
Cuidados com a saúde bucal do idoso
As condições de saúde bucal influenciam na autoestima, na fala, na
percepção do paladar, na digestão e na deglutição. A higiene correta da boca,
após as refeições, ao acordar e antes de se deitar, é uma conduta que precisa
ser reforçada com a pessoa idosa para favorecer a sua saúde bucal.
Quando ele está de lado, o cuidador deverá ficar atendo ao ombro, para
que esse não fique embaixo do corpo, as pernas deverão estar alinhadas com a
coluna e as costas apoiadas em algum cobertor.
Na hora de mudar a posição do idoso, o cuidador deverá solicitar a ajuda
do mesmo, para que ele se sinta útil e independente, favorecendo sua
autoestima. Outra questão importante, é que o cuidador deverá informar o idoso
sobre o que será feito, para onde será transferido, evitando assim uma angústia
e incerteza por parte do idoso. Ele ainda deverá ter um bom campo de visão para
que não tenha medo de cair durante o processo de movimentação.
As mudanças de posicionamento podem provocar lesões tanto no idoso,
quanto no cuidador se forem realizadas de forma incorreta. No caso do
cuidador, as lesões nas costas e no caso dos idosos, abrasões na pele,
distensões ou mesmo fraturas. Por isso é de extrema importância que o
cuidador não tenha pressa e não faça movimentos bruscos quando for realiza-
las.
Principais sintomas
Os sintomas da prisão de ventre podem variar de uma pessoa para outra
ou na mesma pessoa nas diferentes crises. Os mais característicos são:
• Número reduzido de evacuações;
• Dificuldade para eliminar as fezes que se apresentam ressecadas
muito duras e pouco volumosas;
• Sensação de esvaziamento incompleto dos intestinos.
No entanto, esses não são os únicos sintomas. Desconforto, distensão e
inchaço abdominal, mal-estar, gases e distúrbios digestivos são manifestações
que também podem estar correlacionadas com a prisão de ventre.
Diagnóstico
O diagnóstico é feito de forma variada, mas geralmente pode ser feito
com exame clínico simples dependendo das características de cada paciente.
O médico dificilmente encontra algo importante ou diagnóstico ao exame físico.
Por isso, deve, se possível, consultar um proctologista, que procederá ao toque
retal e a retoscopia, pois mais de 50% dos tumores do cólon estão ao alcance
desta simples metodologia.
Tratamento
O tratamento consiste em modificar a dose ou tipo de medicamento que
contribui para o aparecimento ou piora da constipação, afim de minimizar seus
efeitos colaterais, corrigir ao máximo as causas endócrinas, metabólicas,
neurológicas, dieteto-alimentares e proctológicas causadoras ou contributivas
à dificuldade evacuatória, estimular a ingestão de fibras formadoras e
umidificadoras do bolo fecal (granola e farelo de trigo), sugerir o uso de
alimentos com propriedades laxativas naturais (são muito usados o mamão e a
ameixa preta), aconselhar o uso de um ou mais dentre as diversas classes de
laxativos, (sempre com parcimônia) e prescrever procinéticos (estimulantes
peristálticos por via sanguínea, deglutidos ou injetados). O uso de supositórios
ou enemas (lavagens intestinais) tem indicações importantes.
É importante também que o idoso beba bastante líquido,
aproximadamente dois litros por dia, se não houver contraindicação médica,
pois pessoas com insuficiência cardíaca ou renal, por exemplo, podem não
tolerar esse volume de líquido.
O cuidador deverá também incentivar a prática atividade física, já que se
trata de outra medida essencial para o bom funcionamento dos intestinos.
Unidade 12:
Cuidados com a sonda vesical de demora
A sonda vesical de demora, também chamada de sonda para urinar ou
sonda de Folley, é utilizada quando a pessoa é incapaz de urinar
espontaneamente ou de controlar a evasão da urina.
O idoso com incontinência urinária deve ser reavaliado periodicamente
para que se possa ter uma indicação correta para o uso da sonda vesical,
classificando o tipo de incontinência.
Nesse caso, quando indicada, a cateterização vesical deverá ser
realizada por meio de técnica asséptica, por profissional da enfermagem
treinado e com uso de material estéril.
Mesmo a sonda só podendo ser colocada e retirada por um profissional
da saúde, caberá ao cuidador fazer seu higiene, manipulação e manutenção. A
sonda possui um pequeno balão interno que depois que fica cheio, prende a
sonda dentro da bexiga. A parte externa da sonda deve ficar presa na coxa da
pessoa, permitindo a movimentação da pessoa, sem que a sonda saia do lugar.
A sonda liga-se fora do corpo, a uma bolsa que armazena a urina, a qual
pode ser fixada na parte lateral da cama, na cadeira de rodas ou até mesmo na
perna da pessoa. Segue abaixo um modelo de sonda vesical de demora:
Como a sonda faz com que a pessoa urine de forma contínua, ela fica por
um tempo dentro da bexiga. Dessa forma, o cuidador ficar atento a possíveis
infecções, sangramentos e feridas. Segue abaixo a posição correta da sonda
dentro do organismo do indivíduo:
Material:
- Frasco de vidro ou comadre limpa;
- Luvas de procedimento.
Procedimento:
- Lavar as mãos;
- Organizar o material;
- Explicar o procedimento;
- Fechar o clampe superior;
- Colocar o frasco de vidro ou comadre abaixo do clampe inferior;
- Abrir clampe inferior e esvaziar a bolsa, tendo o cuidado para não contaminar
a válvula (não encostar a extremidade da bolsa na comadre);
- Fechar o clampe inferior;
- Abrir o clampe superior;
- Deixar o idoso confortável;
- Organizar o material;
- Lavar as mãos;
- Observar: volume, coloração e aspecto da diurese.
Para evitar que a urina retorne do frasco externo para dentro da bexiga, é
necessário que o cuidador:
• Tome cuidado para não puxar a sonda, pois isso pode causar
ferimentos na uretra;
• A sonda tem que ficar livre para que a urina saia continuamente da
bexiga, por isso, cuide para que a perna da pessoa ou outro objeto não
comprima a sonda;
• Se durante algum tempo não houver urina na bolsa coletora, verifique
se a sonda está dobrada, obstruída ou pressionada pela perna da
pessoa;
• Caso a pessoa não urine num espaço de 4 horas, mesmo ingerindo
líquido, procure falar urgentemente com a equipe de saúde.
Unidade 13:
Cuidados com as ostomias
A ostomia digestiva é uma abertura feita mediante cirurgia, realizada na
parede abdominal, em que uma porção do intestino é levada até a pele. Nesse
procedimento, as fezes passam pela ostomia para fora do corpo, sem que a
pessoa tenha o controle, e são armazenadas em uma bolsa que fica aderida ao
corpo.
Se essa abertura do intestino, for na última porção doente ou lesionada
do intestino delgado, a pessoa fica ileostomizada. Já, se a abertura for no
intestino grosso, a pessoa fica colostomizada.
Os cuidados relacionados aos estomas e a pele que fica ao seu redor são
fundamentais para a prevenção de complicações que podem vir a alterar o seu
funcionamento normal.
Os principais cuidados domiciliares relacionados à manutenção das
colostomias são cuidados relacionados ao estoma e a troca das bolsas, bem
como a alimentação do paciente que tem como consequência suas fezes.
Higienização e esvaziamento da bolsa
A higienização da bolsa de colostomia deve ser realizada sempre que a
mesma estiver cheia, o clampe deve ser bem fechado para que não ocorra
vazamento e a troca de bolsa é realizada mediante a necessidade.
A higiene deve ser realizada pelo menos uma vez ao dia, utilizando gaze,
toalha com textura macia, algodão ou outro utensílio que não cause lesão na
pele, esses devem estar sempre umedecidos com água morna e sabonete
neutro.
Depois da limpeza, o local deve ser bem seco. Não devem ser usados
nenhuma outra substância como álcool ou benzina, para retirar os resíduos de
cola da placa que se fixa ao estoma, porque essas causam na maioria das vezes
irritação, machucando a pele.
Banho
Não é necessário retirar a bolsa para tomar banho, quer seja de
chuveiro ou de banheira já que ela é impermeável à água. Se for preciso
poderá trocar o equipamento durante o banho. O sabão e a água não são
perigosos e nem prejudicam a ostomia. Apenas deve-se evitar o jato forte do
chuveiro diretamente na abertura da ostomia, pois pode provocar
sangramento.
Unidade 14:
Cuidados com as Ulceras de pressão
As ulceras de pressão, também conhecidas como escaras, são as feridas
que surgem quando o corpo, ou parte dele, está imóvel e a pessoa não consegue
mexer. Essa paralização provoca uma baixa circulação sanguínea, ocasionando
o surgimento dessas feridas.
Prevenção
Para prevenir o surgimento das escaras, é fundamental que o cuidador:
Tratamento
Para realizar o tratamento das feridas, se faz necessária uma avaliação
médica e de enfermagem. Nessa avaliação serão definidos o tipo de curativo
que será utilizado para cada parte do corpo afetadas, levando em consideração
as particularidades da pele de cada idoso.
Caberá ao cuidador fazer a troca do curativo, com periodicidade definida
pelo médico ou enfermeiro. Nos casos em que as escaras são próximas das
regiões genitais, é importante evitar a presença de fezes ou urina diretamente
sobre a ferida, para não haver a contaminação.
O tratamento da ferida consiste em limpeza da lesão com jato de soro
fisiológico, preferencialmente morno. O jato é conseguido perfurando-se o
frasco de soro com uma agulha 40X12 ou 30X8. Este jato tem a propriedade de
limpar a ferida sem destruir o que o próprio organismo vem reconstruindo. Se
há presença de escaras (crosta preta e endurecida) sobre a lesão, esta deverá
ser retirada por um profissional médico ou enfermeiro especializado.
Unidade 15:
Cuidados com as medicações
Os idosos usam, em média 3 a 4 tipos de diferentes medicamentos ao
dia, nos mais diversos horários e dosagens. Sabe-se que quanto maior o
número de remédios, maior a chance de haver erro de dose, de horário, e até
mesmo a troca de medicação. Essa confusão ocorre, tanto por parte do idoso,
quanto do cuidador.
Local
Para quem passa longos períodos de tempo numa cama, convém que
esta esteja sempre limpa e cómoda. O colchão deve ser confortável e adequado
para a necessidade de cada idoso. Além disso, a arrumação da cama é
importante para prevenir complicações como, por exemplo, úlceras por pressão
mais conhecidas por escaras.
Para isso, os lençóis devem ser bem esticados e presos a cama para
evitar que o idoso escorregue e aumente o atrito do lençol com a pele. Os lençóis
enrugados são desconfortáveis, podem restringir a circulação e contribuir para
a formação de feridas. No verão, o cuidador deverá colocar uma manta de
algodão leve e, no inverno, um cobertor de lã mais pesado.
Posicionamento
Para o idoso poder comer, ver televisão, ler ou receber visitas, será
necessário sentá-lo na cama, o que pode ser feito por uma ou duas pessoas. Se
o fizer sozinho, peça ao idoso para dobrar as pernas, agarrando-o com um braço
por baixo destas e outro por baixo das axilas.
No momento da mudança de posição, e para facilitar a mesma, o idoso
deve fixar os pés e fazer a máxima força possível com as pernas. Se tiver ajuda,
devem posicionar-se um de cada lado do idoso, colocando cada um o braço
debaixo dos glúteos do acamado e dando as mãos. Em seguida coloque o outro
braço por de trás das suas costas, até ao ombro oposto.
Peça ao idoso para dobrar as pernas, levantar a cabeça e colocar os seus
braços por cima dos vossos ombros. Por fim, e tal como um “balanço”, erga a
pessoa pelas costas e empurre os glúteos para baixo.
Para ajudar um idoso a levantar-se e a deslocar-se para uma poltrona é
preciso que o cuidador:
• Sente a pessoa na borda da cama, colocando um braço por baixo
dos ombros e outro por baixo dos seus joelhos, que devem estar
ligeiramente flectidos;
• O idoso deve colocar os braços em volta do seu pescoço ou ombros
e a rotação é feita com a ajuda dos glúteos;
• Já sentado, coloque uma toalha ou um pano grande em volta da
cintura do acamado e agarre-o pelas extremidades;
• Apertar, com os seus pés, os joelhos e os pés do idoso, de forma a
bloqueá-los;
• Com a ajuda do pano, que deve ser puxado firmemente pelas
pontas, pode levantá-lo, apertando-o contra si;
• Segue-se a deslocação para a poltrona, que deve ser feita com
passos muito pequenos, sempre com recurso ao pano e com o
idoso encostado em você;
• Para sentar a pessoa na poltrona, basta inverter o movimento
anterior: de braços esticados e joelhos flexionados, ambos devem-
se afastar e abaixar simetricamente, até o idoso se conseguir
sentar;
• Verifique se o idoso está confortável, apoiando-o com almofadas
se necessário.
• Para voltar a deitar a pessoa, inverta o processo.
Banho
Além dos cuidados higiénicos essenciais, o banho proporciona uma
sensação de bem-estar e de relaxamento ao acamado. A higiene intima e
importante para prevenção de assaduras e úlceras por pressão, que geram
desconforto.
É no banho que o cuidador irá avaliar o estado da pele da pessoa, aplicar
um creme hidratante e ministrar pequenas massagens que ativam a circulação.
As blusas com aberturas nas costas, são interessantes tanto, para evitar a
formação de úlceras por pressão, quanto para despir o idoso com mais
facilidade e menos exposição de suas partes intimas.
Refeições
Servir as refeições a uma pessoa acamada também exige cuidados
próprios: posicione-a de forma adequada, ajude-a a lavar as mãos e estenda
uma toalha no seu peito; opte por utilizar uma colher, que é mais segura, e um
canudo no copo, para que possa beber mais facilmente; alterne os alimentos
sólidos com os líquidos.