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O Oitavo Hábito

por : PauloSecundo    
 Autor : Stephen R. Covey
http://pt.shvoong.com/books/self-improvement/1702042-oitavo-hábito/

  O Oitavo Hábito, livro de Autoria de Stephen R. Covey, é simplesmente a síntese de


décadas de doação e trabalho de um homem cuja missão de vida é ajudar as pessoas
a liberar o imenso potencial que existe dentro delas. O Título relembra os “7 Hábitos
das Pessoas Altamente Eficazes”, livro também de sua autoria escrito em 1989 e que
apesar de passar a idéia de literatura de auto-ajuda na verdade é um manual ou teoria
para o desenvolvimento do caráter humano. A humanidade tem um anseio como que
vindo de suas almas em busca de sua voz, o Oitavo hábito pode ser um caminho
para tentarmos resolver de modo consistente e sustentável dilemas tão comuns
como: as pessoas querem paz de espírito e bons relacionamentos, mas também
querem manter seu estilo de vida e seus hábitos; Os relacionamentos se alicerçam
na confiança, contudo a maioria das pessoas pensa mais em termos de “eu”-
meus desejos, minhas necessidades, meus direitos; A sociedade opera segundo
seus valores dominantes, mas deve conviver com as conseqüências da
operação inviolável das leis e dos princípios naturais.

 Resumo dos capítulos: 


Capítulo 1, A Dor. É detalhado o vazio que as pessoas atualmente sentem nos
principais papéis de suas vidas; 
Capítulo 2, O Problema. A raiz da dor está no paradigma da Mentalidade da Coisa
proveniente da era industrial; 
Capítulo 3. A solução. Fica revelado um processo lento e gradual em busca da
voz interior para a solução do problema, o que Covey chama de Paradigma da Pessoa
Integral; 
Capítulo 4. Encontrando a Voz Interior. A chave para isso reside nos nossos três
principais dons de nascença: 
a liberdade de escolha, os princípios universais e nossas quatro
inteligências humanas: corpo, mente, coração e espírito. 
Capítulo 5. Expresse Sua Voz Interior. A representação mais elevada de nossa voz
se encontra em quatro expressões: visão, disciplina, paixão e
principalmente, consciência. Através de exemplos verídicos ele demonstra que as
pessoas que influenciaram o mundo para o bem e deram as maiores contribuições
tinham esses traços da voz interior. 
Capítulo 6. Inspire os Outros a Encontrar as Vozes Deles, O Desafio da Liderança.
Aqui Covey demonstra como 

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alguém que finalmente encontrou sua voz pode exercer a liderança e ajudar outras
pessoas a seguir o mesmo caminho. 
Capítulo 7. A Voz da Influência, Ser um Compensador. As mudanças reais e
sustentáveis começam com a atitude de alguém que encontrou sua voz e decidiu
trabalhar em seu círculo de influência e compensar as franquezas que o rodeiam. 
Capítulo 8. A Voz da Confiabilidade – Modelando Caráter e Competência. A chave
para as mudanças residem na confiança mútua gerada, a confiança é a cola que
mantém a vida e nasce da competência e principalmente do caráter. 
Capítulo 9. A Voz e a Rapidez da Confiança. Quando há confiança, tudo flue
naturalmente. 
Capítulo 10. A Busca da Terceira Alternativa. Os problemas mais difíceis da vida
residem no conflito gerado ao lidar com diferenças humanas e o processo de
modelagem do caráter, da competência e da confiança são pré-requisitos para a
busca de terceiras alternativas superiores para esses conflitos. 
Capítulo 11. Uma Voz, Descobrir Caminhos Para se Chegar a Visão, Valores e
Estratégias Compartilhadas. A partir do momento em que as pessoas encontram sua
voz e decidem ser compensadores elas exercem a modelagem. No capítulo onze,
contudo, covey rascunha os princípios existentes por trás da descoberta de caminhos
para se 
alcançar os objetivos comuns compartilhados. 
Capítulo 12. Alinhar Objetivos e Sistemas Para se Obter Resultados. Nesse ponto do
trajeto surge a necessidade de trabalhar para alinhar as coisas, focar, canalizar,
manter nos trilhos. 
Capítulo 13. A Voz Fortalecedora. Liberação do Talento e da Paixão. Esta atividade
reside na capacidade contínua de inspirar, motivar as pessoas em busca dos mais
elevados níveis de paixão, amor e desempenho emtudo que fazem.
 Capítulo 14. O Oitavo Hábito e o Ponto Crítico. Aqui Stephen mostra um resumo de
todo o trajeto em busca da voz interior. 
Capítulo 15. Usar Nossas Vozes com Sabedoria para Servir aos Outros. Esse é
o destino final da pessoa integral, de alguém que encontrou sua verdadeira voz. 

O Oitavo Hábito é uma leitura transformadora. O objetivo do livro é, no


mínimo, ambicioso, transformar o modo como pensamos sobre nós mesmos e nossos
propósitos na vida, sobre nossos relacionamentos, organizações e sobre a
humanidade.
Publicado em: novembro 08, 2007

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RESUMO DO LIVRO: O 8º HÁBITO: DA EFICÁCIA À GRANDEZA

 
CAPÍTULO 1 – A DOR
O sofrimento é pessoal e profundo. As pessoas se deparam com uma nova e
crescente pressão para produzir mais com menos num mundo terrivelmente
complexo. Contudo não lhes é permitido usar uma parte significativa de seu
talento e inteligência.
Apesar de todos os avanços tecnológicos, da inovação dos produtos e nos
mercados mundiais, a maioria das pessoas não está progredindo nas
organizações para as quais trabalham, não se sentem realizadas e nem
empolgadas. As pessoas estão frustradas e não tem clareza sobre o rumo das
organizações e suas prioridades. As pessoas estão assoberbadas e se sentem
incapazes de mudar as coisas.
 
Por que um 8º hábito?
O mundo mudou profundamente desde que Os 7 Hábitos das Pessoas
Altamente Eficazes foram apresentados pelo autor em 1989, com o início da
Era da Informação, ocorreu o nascimento de uma nova realidade, uma nova
era.
Apesar de manterem a sua relevância, os 7 hábitos tratam de como nos
tornarmos altamente eficazes e representam um marco de referência completo
quanto a princípios universais, atemporais de caráter e de eficácia humana.
Ser uma pessoa ou uma organização eficaz não é mais uma opção no mundo
de hoje, é o mínimo exigido, mas mostrar excelência e liderança nesta nova
realidade exige além de eficácia. A nova era exige grandeza. Recorrer aos
níveis mais elevados do gênio e da motivação humanos – a voz – exige uma
nova atitude mental, uma nova habilidade, um novo hábito.
Os 7 hábitos:
1. Seja proativo
2. Comece com o objetivo em mente
3. Primeiro o mais importante
4. Pense ganha-ganha
5. Procure primeiro compreender para depois ser compreendido
6. Crie sinergia
7. Afine o instrumento
O 8º hábito não se trata de acrescentar mais um hábito aos outros 7, trata-se
de ver e dominar o poder de uma terceira dimensão que se junta aos 7 hábitos
e atende o desafio da nova era do trabalhador do conhecimento.
“Encontre a sua voz interior e inspire os outros a encontrarem a deles”
esse é o 8º hábito. É a voz do espírito humano, é a voz que também abrange a
alma da organização que sobreviverá e prosperará e terá impacto profundo no
futuro do mundo.
Voz é significado pessoal e único, que se revela quando nos deparamos com
nossos maiores desafios e nos coloca à altura deles. A voz é o nexo entre o
talento (dons e pontos fortes naturais), a paixão (coisas que energizam,
empolgam, motivam e inspiram), a necessidade (o que o mundo precisa e nos
paga para ter) e a consciência (que diz dentro de nós o que é certo e nos
impele a fazê-lo).

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Quando nos engajamos num trabalho que usa nosso talento e alimenta nossa
paixão, surge uma grande necessidade do mundo que nossa consciência nos
chama a atender – ali está a nossa voz, o código de nossa alma.
Ao estudar e entrevistar alguns dos maiores líderes do mundo, o autor
observou que seu senso de visão e voz em geral evolui lentamente, havendo
exceções. Alguns podem ter uma visão repentina, mas geralmente a visão
surge quando as pessoas sentem necessidades humanas e respondem à sua
consciência tentando atendê-las, e assim repetidamente.
 
A dor – o problema – a solução
O sofrimento da força de trabalho é sentido pelas pessoas de qualquer nível da
organização, nas famílias e na sociedade. A melhor, e muitas vezes única
maneira de sair do sofrimento para uma solução duradoura é entender
primeiramente o problema fundamental que causa a dor.
Boa parte do problema está em comportamentos que decorrem de um
paradigma, incompleto e profundamente falho que mina o sentimento de valor
das pessoas e inibe seus talentos e seu potencial. Portanto, a solução está
numa quebra fundamental das velhas formas de pensar.
 
CAPÍTULO 2 – O PROBLEMA
Para entender o problema central, precisamos observar em primeiro lugar o
contexto histórico, as cinco eras da voz da civilização: a Era do Caçador e do
Coletor, a Era Agrícola, a Era Industrial, a Era da Informação/Conhecimento e
finalmente a Era da Sabedoria.
 Era do Caçador e do Coletor: caçar ou coletar, usar
instrumentos rudimentares para conseguir alimentação e sobreviver.
 Era Agrícola: trabalhar a terra, plantar, cuidar da plantação e
colher o alimento. Rendimento 50 vezes maior que o do caçador/coletor.
 Era Industrial: construção de fábricas, especialização, linha de
montagem. Produtividade 50 vezes maior que a do agricultor.
 Era da Informação/Conhecimento: liberação do potencial
criativo, nova disposição mental, alta qualificação. Produtividade 50
vezes 50 a da era industrial.
 Era da Sabedoria: está por acontecer...
Vivemos na Era do Trabalhador do Conhecimento, mas operamos nossas
organizações segundo o modelo controlador da Era Industrial, que suprime o
desabrochar do potencial humano.
 
A mentalidade de coisas da Era Industrial
Os principais ativos e impulsionadores da prosperidade econômica da Era
Industrial eram as máquinas e o capital – coisas. Era possível controlar e trocar
trabalhadores manuais sem grande conseqüência, a oferta era maior que a
demanda.
Muitas de nossas modernas práticas gerenciais vêm da Era Industrial, nos
fazendo acreditar que é possível controlar e gerenciar pessoas, nos dando uma
visão contábil que torna as pessoas despesas e as máquinas, ativos. As
pessoas são postas na demonstração de lucros e perdas como uma despesa;
os equipamentos entram no balancete como um investimento.

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Os gerentes de hoje ainda aplicam o modelo de controle da Era Industrial aos
trabalhadores do conhecimento, gerenciando as pessoas como se fossem
coisas.
 
A ESPIRAL DESCENDENTE DA CO-DEPENDÊNCIA
A maioria das pessoas pensa na liderança como se fosse uma posição e,
portanto, não se vêem como líderes. Escolher a liderança é uma liberdade que
tem que ser conquistada, somente assim a liderança pode ser vista como uma
escolha.
As pessoas pensam que somente quem está em posição de autoridade pode
decidir o que deve ser feito, esperam que alguém com um cargo formal lhes
diga o que fazer e culpam esse líder formal quando as coisas não dão certo ou
lhe dão crédito quando as coisas vão bem. Com isto cria-se um ciclo de co-
dependência, a fraqueza de uma das partes reforça e justifica o
comportamento da outra.
A cultura da co-dependência acaba por se institucionalizar até o ponto que
ninguém assume responsabilidades e os líderes e seguidores confirmam seus
papéis num pacto inconsciente, abrindo mão de sua autonomia.
 
O PODER DE UM PARADIGMA
A palavra paradigma deriva da palavra grega paradeigma, usado na linguagem
comum para significar uma percepção, uma premissa, uma lente através da
qual vemos o mundo.
Um paradigma adequado orienta. O problema está em que os paradigmas,
assim como as tradições custam a morrer e paradigmas falhos podem perdurar
por muito tempo, até que um melhor seja descoberto.
A nova era do trabalhador do conhecimento se alicerça em um novo
paradigma, o da pessoa integral.
 
O PARADIGMA DA PESSOA INTEGRAL
Os seres humanos não são coisas, são seres com quatro dimensões: corpo,
mente, coração e espírito. Podemos também chamar de dimensões:
física/econômica, mental, social/emocional e espiritual que representam as
quatro necessidades e motivações básicas de todas as pessoas: viver
(sobrevivência), amar (relacionamento), aprender (conhecimento e
desenvolvimento) e deixar um legado (significado e contribuição).
 
AS PESSOAS TÊM ESCOLHAS
As pessoas fazem escolhas, consciente ou inconscientemente decidem o
quanto de si dedicarão ao trabalho de acordo com a forma como são tratadas e
as oportunidades de usar todas as quatro partes de sua natureza. Estas
escolhas vão desde a rebeldia ou resistência à empolgação criativa.
 
CAPÍTULO 3 – A SOLUÇÃO
Muitas das grandes mudanças culturais começaram com a escolha de uma
pessoa, às vezes esta pessoa foi um líder formal, outras vezes foi um
profissional qualquer. Essas pessoas, primeiro mudaram de dentro para fora,
através de sua autoridade moral inspiraram e moveram outras pessoas.
Tais pessoas tinham um profundo senso de identidade, descobriram sua força
e seus talentos, usaram-nos para atender necessidades e obtiveram

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resultados. A cultura foi atraída para a visão delas e para elas, tornando-as
ilhas de excelência num mar de mediocridade.
Essas pessoas recorreram à sua verdadeira natureza e a seus dons, em
resumo, encontram e usam a sua voz interior, aplicando os princípios da
pessoa integral: corpo, mente, coração e espírito. Além disto, inspiram os
outros a acharem a sua própria voz por meio dos mesmos princípios.
 
ENCONTRE A SUA VOZ INTERIOR
Todos escolhemos uma de duas estradas na vida. Uma é bem larga, bem
percorrida, a estrada para a mediocridade; a outra é a estrada para a grandeza
e o significado.
O caminho para a mediocridade inibe o potencial humano, já a trajetória para a
grandeza o libera e concretiza. O caminho para a grandeza é um processo de
dentro para fora, já os que viajam para a mediocridade vivenciam
o software cultural do ego, da mesquinharia, da competição e vitimização.
Não importa quanto tempo tenhamos seguido na trilha da mediocridade,
sempre podemos escolher o caminho da grandeza e encontrar e expressar a
nossa voz interior.
 
INSPIRE OS OUTROS A ENCONTRAR A DELES
Inspirar (do latim, inspirare) significa soprar vida em outro. À medida que
reconhecemos, respeitamos e criamos formas para que os outros dêem voz as
quatro partes de suas natureza, o gênio, a criatividade a paixão, o talento e a
motivação humanos desabrocham.
 
Ensine e compartilhe enquanto avança
Aprende-se melhor quando se ensina outra pessoa e o aprendido é
internalizado quando vivenciamos. Quando ensinamos ou dividimos o que
estamos aprendendo com outras pessoas, implicitamente assumimos um
compromisso social de viver o que estamos aprendendo, tornando legítima a
mudança e obtendo apoio.
Devemos integrar o que aprendemos em nossa vida. Saber e não fazer é
realmente não saber. Aprender e não fazer é não aprender, pois somente
fazendo internalizamos o conhecimento.
Conhecimento + Habilidade + Atitude = Hábito
 
CAPÍTULO 4 - ENCONTRE A SUA VOZ INTERIOR – PRESENTES DE
NASCENÇA NÃO ABERTOS
 
A força para descobrir a voz interior decorre do potencial que nos coube ao
nascer. As sementes da grandeza estão plantadas em nós. Recebemos
magníficos “presentes” ou dons de nascença – talentos, capacidades – que
podem ficar em grande parte dormentes, a menos que tomemos decisões e
façamos esforços.
 
O PRIMEIRO DOM QUE RECEBEMOS AO NASCER: A LIBERDADE DE
ESCOLHA
A liberdade de escolha é a idéia que ecoa mais profundamente na alma. Essa
capacidade está em profundo contraste com a mentalidade de vitimização e a
cultura da culpa tão prevalentes na sociedade atual.

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Fundamentalmente, somos um produto de escolha, não da natureza (genes) ou
da criação (ambiente), ambos exercem poderosa influência, mas não são
determinantes.
O ser humano faz escolhas embasadas em seus valores. Nossa capacidade de
escolher o rumo de nossa vida nos permite reinventarmo-nos, mudar o nosso
futuro e influenciar significativamente o resto da criação. Esse é o dom que
permite elevar nossas vidas a patamares cada vez mais altos.
A capacidade de escolha significa que não somos apenas um produto de nosso
passado ou de nossos genes; não somos o resultado do tratamento que
recebemos das outras pessoas, nós nos autodeterminamos por meio das
nossas escolhas.
Entre o estímulo e a resposta há um espaço. Nesse espaço está a nossa
liberdade e a capacidade de escolher nossa resposta. Nessas escolhas estão o
nosso crescimento e a nossa felicidade. Para os que cresceram em
circunstâncias favoráveis, o espaço parece muito amplo, para outros o espaço
pode ser bem reduzido.
A consciência da nossa liberdade e capacidade de escolha é afirmativa porque
pode estimular nosso potencial, mas pode ser ameaçadora porque nos
tornamos responsáveis porque podemos ser cobrados.
Certamente há coisas que nos acontecem e sobre as quais não temos escolha,
como a nossa constituição genética. Não temos como escolher nossos genes,
mas temos como reagir a eles, ter uma predisposição genética a uma doença
não significa que iremos desenvolvê-la ou conseguir superá-la.
Os que desenvolvem uma capacidade e uma liberdade interna podem se tornar
“figuras de transição”, impedindo que tendências prejudiciais passem de uma
geração para a seguinte. Também podemos nos tornar “figuras de transição”
nas organizações em que atuamos.
 
O SEGUNDO DOM QUE RECEBEMOS AO NASCER: AS LEIS NATURAIS
OU PRINCÍPIOS
O uso sábio do espaço entre o estímulo e a resposta, gera nossa liberdade de
escolha. A sabedoria significa viver em função de princípios ou leis naturais,
em vez de acompanhar os remendos rápidos da cultura dos nossos dias. Os
princípios são universais, atemporais e irrefutáveis.
 
Autoridade natural e moral
Autoridade natural é o domínio das leis naturais, não podemos ignorá-las e não
temos escolha senão operar de acordo com elas (exemplo: lei da gravidade).
A natureza marcou as pessoas com a liberdade e a capacidade de escolher,
dando-lhes autoridade ou domínio natural sobre o resto da criação. As outras
espécies não têm a mesma liberdade e estão submissas aos seres humanos,
que são os únicos que tem consciência e capacidade de se reinventar.
Autoridade moral é o uso de nossa liberdade e capacidade de escolha
embasado em princípios (respeito, honestidade, bondade, integridade e
justiça).
Os valores não normas sociais, são pessoais, emocionais, subjetivos e
refutáveis, eles controlam o comportamento e os princípios as conseqüências
do comportamento.

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A autoridade moral exige o sacrifício dos interesses egoístas de curto prazo e o
exercício da coragem para subordinar os valores aos princípios. A nossa
consciência é o repositório dos princípios.
 
O TERCEIRO DOM QUE RECEBEMOS AO NASCER: AS QUATRO
INTELIGÊNCIAS
As quatro dimensões da nossa natureza são: corpo, mente, coração e espírito.
Cada uma destas partes corresponde a uma inteligência que todos possuímos;
nossa inteligência física ou corporal (QF), nossa inteligência mental (QI), nossa
inteligência emocional (QE) e nossa inteligência espiritual (QS). Essas quatro
inteligências são o terceiro dom de nascença.
 Inteligência mental (QI) – nossa capacidade de analisar,
raciocinar, pensar, usar a linguagem, entender e muito além disto.
 Inteligência física (QF) – é a inteligência do corpo, tudo o que
ele faz sem esforço consciente através dos sistemas respiratório,
circulatório, nervoso, imunológico, etc.
 Inteligência emocional (QE) – é o autoconhecimento, a
autoconsciência, a empatia, a capacidade de nos comunicarmos e nos
relacionarmos satisfatoriamente.
 Inteligência espiritual (QS) – é a inteligência central e mais
fundamental porque é fonte de orientação das outras. Ela representa o
nosso impulso em direção ao sentido e à conexão com o infinito. Nos
ajuda a discernir os verdadeiros princípios que são parte da nossa
consciência.
 
DESENVOLVIMENTO DAS 4 INTELIGÊNCIAS
Não há como trabalhar qualquer uma das inteligências sem afetar direta ou
indiretamente as demais. Desenvolver e usar essas inteligências traz
confiança, força interna e segurança, a capacidade de ser, ao mesmo tempo
corajoso e considerado, e autoridade moral pessoal.
Desenvolver as 4 inteligências nos influenciará a inspirar as outras pessoas a
encontrarem a sua voz.
 
CAPÍTULO 5 – EXPRESSE A SUA VOZ INTERIOR – VISÃO, DISCIPLINA,
PAIXÃO E CONSCIÊNCIA
 
Ao estudarmos a vida de todos os grandes realizadores, encontramos um
padrão. Com esforço persistente e luta interior, ampliaram grandemente as
suas quatro inteligências.
As manifestações mais elevadas das quatro inteligências são: visão para a
mental, disciplina para a física, paixão para a emocional e consciência para a
espiritual. Essas manifestações são também os nossos meios mais elevados
de expressar nossa própria voz.
 Visão – é ver com os olhos da mente, ela ocorre quando a nossa
mente junta a necessidade com a possibilidade. Quando as pessoas não
têm visão, ficam presas a vitimização.
 Disciplina – é pagar o preço da transformação da visão em
realidade, é lidar com as dificuldades. A disciplina surge quando a visão
se junta à dedicação. Ela é contrária à complacência.

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 Paixão – é o fogo, a convicção e o impulso que sustenta a
disciplina para realizar a visão. Surge quando as necessidades humanas
se sobrepõem a um talento humano único. A paixão se opõe ao espelho
social.
 Consciência – é o sentido moral interior do certo e o errado. É a
força orientadora da visão, da disciplina e da paixão. Contrasta com a
vida dominada pelo ego.
 
A VISÃO, A DISCIPLINA E A PAIXÃO REGEM O MUNDO
Qualquer um que tenha influenciado os outros para o bem ou para o mal tem
três atributos comuns: visão, disciplina e paixão. Esses atributos representam a
liderança que funciona.
Contudo, há uma diferença muito grande entre a liderança que funciona e a
que se perpetua, é a que inclui a consciência.
Quando a consciência governa a visão, a disciplina e a paixão, a liderança
resiste ao tempo e muda o mundo para melhor. A autoridade moral faz
funcionar a autoridade formal e autoridade formal sem autoridade moral
fracassa.
 
VISÃO
Visão é ver um estado futuro com os olhos da mente. Todas as coisas são
criadas duas vezes: mental e fisicamente.
Talvez a mais importante das visões seja o desenvolvimento do eu, um
sentimento do nosso destino, de nossa missão, um senso de propósito.
Incluindo a nossa voz. Também é importante considerar também a visão que
temos dos outros, seu potencial desconhecido, ajudando-os a encontrarem a
sua voz também.
Há um grande poder em ver as pessoas independentemente de seu
comportamento. Quando percebemos e admitidos o potencial dos outros,
vendo o que há de melhor neles ficamos livres de ter que reagir a um
comportamento indesejado.
 
DISCIPLINA
A disciplina representa a execução, o fazer acontecer, o sacrifício que for
necessário para concretizar a visão. Este sacrifício significa o processo de
subordinar o prazer de hoje em prol de um bem maior no longo prazo. Só os
disciplinados são verdadeiramente livres, pois não são escravos do momento.
 
PAIXÃO
A paixão vem do coração e se manifesta como otimismo, empolgação, conexão
emocional e determinação, tornando a pessoa parte da solução dos problemas.
A paixão é o que alimenta a visão e a disciplina e o fundamental para criá-la é
descobrir nossos talentos exclusivos e nosso propósito no mundo. Precisamos
nos conhecer antes de decidir o que desejamos fazer.
 
CONSCIÊNCIA
Há uma massa de evidências que mostram que a consciência, o senso moral,
essa luz interior é um fenômeno universal. A consciência é a lei moral interior.
É a sobreposição de lei e comportamento moral. Independentemente de suas
crenças as pessoas têm um sentimento inato de equidade e justiça, um senso

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inato do que é certo ou errado, o que é bom ou mal, o que é verdadeiro ou
falso.
 
Consciência e ego
A consciência é a pequena voz interior, traz calma e paz. O ego é tirânico,
despótico e ditatorial; se concentra nos prazeres e na ambição. A consciência
democratiza e eleva o ego, levando-o a um sentimento de grupo, de bem
maior.
O ego tira nossa autonomia, reduz nossa capacidade. A consciência respeita
as pessoas e vê seu potencial de autocontrole.
 
Mais insights sobre a consciência
A consciência é sacrifício, é a subordinação de nosso ou de nosso ego a um
propósito mais elevado. Ela nos ensina que os fins e os meios são
inseparáveis, que os fins na verdade são anteriores aos meios.
É a consciência que constantemente nos diz o valor dos fins e dos meios e
como eles são inseparáveis, mas é o ego que nos diz que os fins justificam os
meios esquecendo que um fim meritório nunca poderá ser atingido por meios
desprezíveis.
Quando as pessoas lutam para viver de acordo com a sua consciência, obtêm
integridade e paz de espírito.
 
ENCONTRE A SUA VOZ INTERIOR – QUADRO RESUMO
 
PESSOA QUATRO QUATRO QUATRO VOZ
INTEGRAL NECESSIDADES INTELIGÊNCIAS ATRIBUTOS
CORPO Viver Inteligência física Disciplina Necessidade
MENTE Aprender Inteligência mental Visão Talento
CORAÇÃO Amar Inteligência Paixão Paixão
emocional
ESPÍRITO Deixar um legado Inteligência espiritual Consciência Consciência
 
À medida que respeitamos, desenvolvemos, integramos e equilibramos as
quatro inteligências e suas manifestações mais elevadas, a sinergia entre elas
acende o fogo interior e encontramos nossa voz.
 
CAPÍTULO 6 – INSPIRE OS OUTROS A ENCONTRAR AS VOZES DELES –
O DESAFIO DA LIDERANÇA
 
O autor encontrou a sua voz através de um líder que o inspirou a encontrá-la. A
maneira como este líder afirmava os outros, sua capacidade de unir seus
liderados numa visão comum inspirava e motivava, sua forma de fornecer
recursos e delegar o papel de verdadeiros líderes com responsabilidade e
cobrança, tornou-se uma referência.
A influência da liderança é regida por princípios, quando vivemos de acordo
com eles, nossa influência e autoridade moral aumentam em muitas vezes e
recebemos mais autoridade formal.
 
A DEFINIÇÃO DE LIDERANÇA

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Liderar é comunicar às pessoas seu valor e seu potencial de forma tão claras
que elas acabem por vê-los em si mesmas. Isto é por em movimento o
processo de ver, fazer e tornar-se.
 
A definição de organização
Uma organização é uma relação com um propósito (sua voz). Esse propósito
visa atender as necessidades de uma ou mais pessoas interessadas. Quase
todas as pessoas pertencem a um tipo de organização, a maioria através do
trabalho.
O maior desafio dentro das organizações é estabelecê-las e fazê-las funcionar
de modo que permita que cada pessoa sinta seu valor inato e potencial de
grandeza e de participação.
 
GERENCIAMENTO OU LIDERANÇA
A liderança é a mais elevada das artes simplesmente porque capacita para o
exercício de todas as outras. Existe uma diferença entre liderança e gerência,
porém ambas são vitais.
Durante muito tempo o autor estudou e deu demasiado destaque à liderança,
negligenciando a importância da gerência, pois na maioria das organizações há
um excesso de gerenciamento e falta de liderança.
O gerenciamento tem um papel fundamental. Não podermos “liderar” coisas, ou
seja, não lideramos estoques, fluxos de caixa e custos, temos que gerenciá-los.
Portanto, lideramos as pessoas e gerenciamos as coisas.
 
ABALOS SÍSMICOS GLOBAIS
O autor elenca sete abalos sísmicos globais que caracterizam a Era do
Trabalhador do Conhecimento:
 A globalização dos mercados e das tecnologias;
 Surgimento da conectividade universal;
 A democratização das informações/expectativas;
 Um aumento exponencial da concorrência;
 A transferência da criação de riqueza do capital financeiro para o
capital intelectual e social;
 Liberdade de ação;
 Turbilhão permanente (contínua mudança).
 

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