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A ESCADA PARA O TRIUNFO

Napoleon Hill

Você já parou para se perguntar, qual é o segredo dos maiores homens de sucesso? Teria
alguma forma ou alguma receita para seguir e conseguir sucesso. Não estamos falando de
sucesso por si só, mas além do êxito, o sucesso financeiro. Neste livro o autor Napoleon Hill
cria, através de vários estudos, a filosofia da “Lei do Triunfo”, em que foram sintetizadas 17
lições para obter o sucesso. Ele cita cada uma dessas leis nas lições, explicando de uma forma
clara com exemplos. Seriam essas leis a fórmula para o sucesso? Neste livro, algumas
personalidades importantes no mundo, grandes empresários, políticos, entre outros, elogiam o
trabalho de Hill, e alguns confessaram que essas leis também os ajudaram nessa escada para
o triunfo.

Introdução

Todas grandes obras, todas as instituições financeiras, empreendimentos comerciais e todas


as grandes invenções, tiveram início na imaginação de alguém. Por exemplo Thomas Alva
Edison criou o fonógrafo e o cinematógrafo, a lâmpada elétrica e dezenas de outras invenções.
Todo efetuar começa primeiro na imaginação antes de realizá-lo, e qualquer pessoa pode estar
neste patamar.

Esteja onde estiver, seja qual for a sua ocupação, sempre terá uma oportunidade para ser mais
útil e mais produtivo, desenvolver a sua imaginação e fazer uso dela.

Ser bem-sucedido no mundo, é sempre uma questão de esforço pessoal. É um engano


acreditar que alguém pode vencer sem ajuda de outras pessoas, o triunfo não é uma questão
de esforço único e individual, mas só acontece quando nós decidimos por nós mesmos a
induzir as outras pessoas a cooperarem conosco de maneira hábil e inteligente. Mas não
adianta induzirmos os outros a cooperar, sendo que é preciso primeiramente demonstrar que
se está disposto a cooperar também com essas pessoas.

As Escada para o Triunfo

O autor ouviu pessoas de todas as classes sociais, ao todo 16 mil pessoas, entre
comerciantes, donas de casa, advogados, bancários, engenheiros, comerciários, médicos,
operários entre outros a fim de analisar e reunir fatos importantes. Através dessas análises
foram organizadas leis pelo autor, divulgadas em sua obra “A Lei do Triunfo”.

O resultado desse trabalho após ter sido apresentado, transformou-se em um curso neste livro
“A Escada para o Triunfo”, que consiste em 17 Lições que representam as características que
segundo o autor, pareciam estar fortemente presentes em todas as pessoas que alcançaram o
sucesso.

No livro ele fala primeiramente que para empreendermos grandes coisas, precisamos ser
motivados de um grande desejo. De grandes desejos crescem as forças motivacionais que
fazem o homem cultivar esperanças, fazer planos, desenvolver coragem e estimular a mente a
um grau altamente intensificado de ação na busca de definir um objetivo. Portanto o desejo, é o
ponto de partida de todas as conquistas humanas.

A partir daí seguem as Lições sintetizadas e descritas ao longo do livro, de acordo com as leis
de Napoleon Hill:

Na Primeira Lição encontra-se o Master Mind:

A associação das pessoas que possuem o mesmo perfil de pensamento gera o que o autor
chama de MASTER MIND, que é a união de duas ou mais mentes, em que esses grandes
homens só teriam alcançado o sucesso através delas.

A Segunda Lição é Ter um Objetivo Principal Definido:

É preciso economizar os esforços, e a maiorias das pessoas vivem eternamente procurando


uma verdadeira ocupação na vida, e o autor nos encoraja a abandonar coisas vagas. As
pessoas dizem que querem mudar de vida, mas elas nem sabem ao certo onde querem ir,
assim fica difícil saber se está no caminho certo.

O objetivo principal de sua vida deve ser escolhido com cuidado, e devemos pensar nele pelo
menos uma vez por dia, essa atitude tem por efeito psicológico impressionar o subconsciente a
ponto de algum tempo depois, isso será um lema.

Na Terceira Lição aprendemos sobre a Autoconfiança:

A Autoconfiança nada mais é do que a confiança em si mesmo, que nos ajuda a dominar
alguns temores básicos que constituem um tormento para nossa vida, como o medo da
pobreza, da doença, da velhice, da crítica, de perder o amor de alguém e o medo da morte.

Essa confiança em si mesmo, segundo o autor que entrevistou pessoas de sucesso, percebeu
que essas pessoas demonstravam grande confiança em seu próprio potencial, tanto para
resolver seus problemas, quanto para chamar outras pessoas para ajudá-los a resolver.

A Quarta Lição tem como ideia o Hábito de Economizar:

Essa lição ensina, a maneira de distribuir os rendimentos. Sem economizar, não é possível
vencer na vida.

Não há exceção a essa regra, e precisamos ter disciplina financeira o que é indispensável para
quem almeja o sucesso. Embora o dinheiro não seja a nossa única análise para medir o
sucesso, se estamos falando sobre negócios e empresa, esse é um dos fatores mais
importantes, o estudo mostrou que os entrevistados sabiam controlar muito bem suas finanças,
de forma que se aparecesse uma boa oportunidade eles iriam ter condições de aproveitar.

Na Quinta Lição aprendemos que é importante ter Iniciativa e Liderança:

Mostra que de uma maneira possível, em qualquer campo de atividade é preciso desenvolver
em cada indivíduo o instinto de liderança.
Nessa pesquisa o autor percebeu que todos os homens de sucesso tinham perfil de líder
tomaram uma iniciativa de assumir o controle de suas próprias vidas e de empreender, e
também tinham capacidade de levar os outros pelo mesmo caminho.

Nem todos nascem líderes, essas características de líderes são puramente comportamentais e,
portanto, podem ser aperfeiçoadas.

A Sexta Lição tem por ideia a Imaginação:

É impossível ir para frente sem imaginação.

A imaginação estimula o cérebro de tal forma que ele consegue novas ideias para realização
do objetivo principal.

Pensar fora da caixa era uma característica forte encontrada entre os empresários
bem-sucedidos. Alguns deles precisaram em algum momento da vida pensar em soluções para
algumas situações chaves. Precisaram elaborar técnicas para desenvolver a imaginação e a
criatividade.

O autor mostra que o segredo é forçar a mudar suas ideias e pensamento, e não ter medo de
experimentar novas situações.

Na Sétima Lição é abordado o Entusiasmo:

Com ele é possível contagiar as pessoas que temos contato e gerar grande interesse por
nossas ideias. O entusiasmo é a base de uma personalidade agradável e precisamos ter tal
personalidade para influenciar os outros à cooperação.

O entusiasmo é o combustível que move as pessoas em direção da grande descoberta e


grandes empreendimentos. Foi percebido nos maiores realizadores entrevistados entusiasmo
fora do comum, eles tinham paixão pelos seus objetivos, de forma que esse entusiasmo
acabava fornecendo combustível mesmo em situações adversas.

Na oitava Lição aprendemos a lidar com Autocontrole:

O autocontrole é ferramenta pela qual controlamos o nosso entusiasmo, dirigindo-o para onde
desejamos. Essa lição nos ensina de maneira prática a nos tornarmos senhores do nosso
destino e comandantes da nossa alma.

Não podemos ser escravos de tentações ou de estados alterados de consciência, devemos


pensar no curto, médio e longo prazo, e ter consciência de tudo o que fazemos hoje, nos
aproxima ou nos afasta do nosso objetivo principal.

Na nona Lição vimos O hábito de Fazer Mais do que Foi Pago:

Esta é uma das mais importantes lições deste livro. Ninguém se torna um verdadeiro Líder, em
qualquer setor da vida, sem adquirir o hábito de produzir mais e melhor trabalho do que aquele
que é pago.
Nós devemos sempre fazer mais do que nossa obrigação, se você quer se destacar na sua
área de atuação você deve criar um hábito de caminhar quilômetros extras.

Existem dois tipos de pessoas que não vão para frente, aquelas que não fazem o que que é
pedido e aquelas que só fazem aquilo que é pedido. Devemos sempre fazer mais do que a
nossa obrigação.

A Décima Lição ensina que precisamos Ter Uma Personalidade Agradável:

Devemos ter uma personalidade cativante.

O estudo mostrou que esse era um traço na personalidade de homens de sucesso, que era
comum entre eles, é que todos os nossos negócios resultam em interações humanas, uma
personalidade que atrai é uma pessoa agradável e amigável, isso não é questão de um padrão
de beleza, mas é puramente comportamental.

O indivíduo que não faz questão de ser simpático, não consegue que as portas se abram
totalmente, é preciso ter uma personalidade atraente para que as coisas funcionem.

Na Décima Primeira Lição aprendemos a Ter Um Pensamento Preciso:

Essa é uma das Pedras fundamentais de todo triunfo duradouro. Devemos pensar com
exatidão aprendendo a separar fatos de mera informação. É importante filtrar informações para
formar conclusões.

Hoje em dia é comum encontrar em redes sociais informações tendenciosas sem nenhuma
veracidade comprovada a fim de manipular nossas decisões de forma errada.

O objetivo desta lição é alertar sobre utilização de mecanismos que nos permitam identificar
falsos verdadeiros que sejam úteis para nossa vida.

Na Décima Segunda Lição, aprendemos sobre a Concentração:

A concentração ensina como focar a nossa atenção sobre um determinado assunto, até que
tenhamos traçado planos práticos para dominar essa questão.

A concentração ajuda a adquirir um conhecimento prático das forças que nos cercam, e
aprendemos a empregar essas forças a favor de nossos interesses.

A grande dificuldade de nossa época é ter foco, somos bombardeados por informações sobre
várias tecnologias, processos multitarefas e são tantas as demandas, que só conseguimos dar
atenção, uma de cada vez o resultado é trabalho mal feito sentimento de frustração, impotência
e fracasso.

Na Décima Terceira Lição lemos sobre a Cooperação:

A cooperação é importante, mostra trabalho em conjunto em tudo o que fizemos. Todo sucesso
teve operação, e a cooperação é o melhor caminho para alcançar nossos objetivos.

Devemos ver nossos cooperadores, funcionários, não como escravos, mas sim como pessoas
que estão ajudando nossos sonhos se tornarem realidade. Independentemente do nível
hierárquico que ocupem, é muito bom trabalhar em conjunto.

Na Decima Quarta Lição aprendemos a nos Beneficiar dos Erros:

Nem sempre errar, no caso fracassar, é ruim. É importante construir degraus decisivos dos
nossos erros e fracassos, passados e futuros.

Um fracasso quase sempre é uma derrota temporária, e deve ser vista como uma importante
ferramenta, pois cada vez que você para fracassa descobre uma nova maneira de alcançar seu
objetivo.

Você elimina o caminho que já sabe que não é o certo. Quanto mais você erra, mais você se
aproxima do caminho certo. Pense nisso quando experimentar algum fracasso.

Na Décima Quinta Lição lemos sobre a Tolerância:


Devemos ser tolerantes, essa lição é irmã gêmea da lição sobre o pensamento preciso, pois
ninguém pode pensar com acerto sem praticar a tolerância, a intolerância fecha a porta
oportunidade, enche o espírito de dúvidas, desconfiança e preconceito.

Na Décima Sexta Lição aprendemos a Praticar a Regra de Ouro:

Mas qual é a regra de ouro?

A regra de ouro é fazer com os outros somente aquilo que gostaria que fizessem com você.
Essa lei é empregada em ensinamentos religiosos e filosóficos. Essa lei universal é uma
maneira que pode facilmente conseguir a cooperação de qualquer pessoa ou qualquer grupo
de pessoas.

A capacidade desta regra é deixar de estabelecer diferença, onde não há, fazendo assim que
mais portas se abram e pessoas fiquem a favor de seus projetos.

Na Decima Sétima e última Lição aprendemos a manter o Hábito da Saúde:

O livro fala que ninguém pode se manter ou ficar intensamente ativo em seu trabalho e projetos
sem ter uma boa saúde. Não adianta se sacrificar se não nos alimentarmos bem, com
qualidade, beber bastante agua, fazer visitas periódicas ao médico.

Dentro dessa lição o autor deixa uma parte para falar sobre a energia sexual, que é altamente
terapêutica, e elimina todo estresse, como também sobre ter pensamentos de natureza
positiva, que é forma de manter nosso corpo e mente funcionando muito bem.

As Trinta Causas Mais Comuns do Fracasso

O autor chama atenção nessa última parte do livro, depois de destacar as 17 Lições para
alcançar o sucesso, agora para os 30 fatores que causam o fracasso. Ele fez uma lista de
fatores para um possível fracasso. São eles:

1. Ter uma base familiar desfavorável, referente a má criação;

2. Falta de um propósito ou objetivo definido pelo qual se esforçar;

3. Falta de ambição;

4. Educação insuficiente;

5. Falta de autodisciplina, todos os excessos possíveis, principalmente sexuais e alimentares;

6. Problemas de saúde, geralmente causas que poderiam ser evitadas;

7. Ambiente desfavorável na infância, quando o caráter estava sendo formado, resultando em


problemas para o corpo e mente;

8. Procrastinação;

9. Falta de persistência e coragem, culpando a si mesmo;

10. Personalidade negativa;

11. Falta de definição do desejo sexual;

12. Desejos incontroláveis de obter as coisas a partir do nada, sem esforços, manifestando -se
em formas de apostas;

13. Falta de decisão;

14. Ter um ou mais medos básicos que foram descritos no livro;

15. Má seleção de um companheiro ou companheira no casamento;

16. Prudência excessiva, destruindo a iniciativa;

17. Má seleção de associados no negócio;

18. Superstição e preconceito, normalmente ligados a falta de conhecimento das leis naturais;

19. Escolha errada da ocupação;

20. Dissipação de energia através de ser um faz tudo, resultando assim em falta de foco;

21. Falta de economizar;

22. Falta de entusiasmo;


23. Intolerância;

24. Intemperança nos hábitos de saúde;

25. Incapacidade de cooperar com os outros em espírito de harmonia;

26. Posse de poder que não foi adquirido através do próprio esforço;

27. Desonestidade;

28. Egoísmo e vaidade;

29. Adivinhar em vez de pensar;

30. Falta de capital.

A filosofia da lei do triunfo é em grande parte o resultado de quase vinte anos do assim
chamado fracasso por parte do autor. Ele afirma que você é o mestre de seu destino, o capitão
da sua alma. Cada um de nós possuímos uma mente que só nós mesmos podemos controlar,
e essa mente é estimulada e moldada para entrar em contato direto com todo o poder que nós
precisamos para resolver qualquer problema ou obstáculo que possa nos afrontar.

O propósito do livro é tornar as pessoas aptas a encontrar o meio de constituírem-se mais em


cada campo de atividade, e para isso o leitor deve ser analisado e todas as suas qualidades
classificadas, para que possam organizá-las e fazer delas um melhor uso para obter triunfo, o
sucesso que se estende em todas as áreas da vida.

Instainsights

· Histórias de sucesso são combinações de 17 lições da lei do triunfo.

· O livro nos fornece dicas de sucesso, como se fosse um mapa para o tesouro.

· Toda história de sucesso tem essas 17 leis em comum.

· É importante guardar dinheiro, nenhumas dessas histórias de sucesso foram feitas sem
pelo menos ter uma pequena reserva.

· Confiar em nossas ideias sem ter aliados é um erro, nada será executado com êxito de
forma solitária.

· Tenha parceiros para a vida.

Neste livro, você aprendeu que:

Muitas histórias de sucesso são formadas de perseverança, força de vontade, e foco. Nenhuma
história que deu certo tem receitas diferentes, todas têm em comum alguns fatos importantes
que deveriam ser seguidos por todas as pessoas que desejam ter êxito nos seus projetos.
Devemos ter nossos objetivos bem traçados, ter iniciativa e liderança, imaginação, entusiasmo,
ser amigáveis com o próximo, pois em algum momento vamos precisar de ajuda, neste
momento não devemos ter preconceito, pois isso afasta as pessoas e atrapalha nossas
relações. São realmente dicas preciosas para memorizar e fazer um planejamento de sucesso.

VOCÊ É A SUA CURA: 7 passos para turbinar a imunidade e ter saúde a vida inteira

Deepak Chopra, Rudolph E. Tanzi

O pioneiro em medicina integrativa Deepak Chopra e o professor de neurologia de Harvard


Rudolph E. Tanzi explicam como você pode cuidar de sua saúde. Eles acreditam que a maioria
das doenças crônicas, incluindo a doença de Alzheimer, se enraíza anos antes do
aparecimento dos primeiros sintomas. Os autores explicam como o estresse, dieta, exercício e
emoção, especialmente o amor, afetam sua saúde. Eles discutem meditação e atenção plena,
mas não oferecem um manual de autoajuda de orientação espiritual. Você aprenderá a lidar e
minimizar o impacto das tensões cotidianas no dia a dia.

Despertando o eu curador

O renomado autor de best-sellers Deepak Chopra e o professor Rudolph E. Tanzi


desenvolveram um plano de longo prazo chamado, eu curador, que você poderá adota-lo a fim
de alcançar a melhor estratégia para se manter saudável ao longo da vida. Qualquer pessoa
pode se tornar um agente de autocura, abraçando o poder da consciência. Você aprenderá por
meio da consciência a permanecer em um estado de bem-estar evitando doenças.

As habilidades da consciência não estão necessariamente associadas à espiritualidade ou às


religiões, e sim a sua autopercepção. O eu curador monitora os sinais que indicam seu
bem-estar, para isso você deve se manter consistente de seu físico. Essa consciência engloba
uma atenção maior na sua relação com o trabalho, com as multitarefas. Ela evitará que as
pequenas demandas do dia a dia aumentem e sua relação com as circunstâncias cotidianas
sejam melhoradas, portanto, mantenha-se consciente de seu corpo, respirando profundamente
e tendo clareza sobre seu objetivo principal, que é, ter mais qualidade de vida e dias felizes.

Amor

As pessoas que se sentem amadas, desfrutam de corações mais saudáveis ​do que aquelas
que se sentem não amadas. Por exemplo, há mudanças que ocorrem quando alguém se
apaixona. Os neuroquímicos cerebrais, como a serotonina e a dopamina aumentam, assim
como os hormônios como o cortisol e o hormônio folículo-estimulante (FSH).

O amor é um estado de consciência que mantém você em constante estado de cura. O amor
alivia o estresse, a ansiedade e a depressão e, assim, reduz a inflamação crônica dos
neurônios. Reduzir a inflamação dos neurônios diminui o risco de surgimento de doenças
cardíacas, diabetes e Alzheimer.

As práticas médicas padrão separam mente e corpo para o tratamento das doenças, e este é o
maior problema no tocante a ineficiência de muitos tratamentos. As pessoas vivem de
significado, ou seja, a mente processa experiências em termos de sensações, imagens,
pensamentos e sentimentos, o corpo internaliza toda experiência e envia uma mensagem para
cada célula. As mudanças positivas no estilo de vida podem fazer mais do que prevenir
doenças cardíacas; eles podem realmente curar um coração. Uma mudança completa de estilo
de vida pode reverter as placas que revestem muitas artérias coronárias, por exemplo. Estudos
apontam que a meditação pode ser terapêutica no tratamento de doenças cardíacas.

Estresse

O estresse é resultado da ansiedade sobre o futuro ou do arrependimento do passado. O


estresse crônico é invisível e se acumula lentamente ao longo do tempo. Para um estilo de vida
curativo, você deve domar o estresse. Lidar com isso exige limpar o sistema imunológico dos
resíduos de estressores antigos e, impedir o impacto de novos estressores.

O estresse crônico atormenta quase toda a sociedade moderna. A inclinação humana usual é
se adaptar aos estressores ao invés de lidar com eles. A adaptação humana a eles, pode ser
um fator positivo por um lado, mas é prejudicial a longo prazo. A maneira como nos adaptamos
a estes estressores, gera ainda mais estresse, portanto, a resposta a esta realidade é a
mudança de hábitos, além da atenção plena e autopercepção a pratica da meditação reduzirá o
estresse. Outras técnicas adotadas para combate-lo é a pratica de exercícios físicos, ioga,
buscar apoio emocional e se necessário, fugir de situações que não podem ser contornadas.

Dietas

A mente e corpo são um. Separar os dois impede que as pessoas dominem a cura. As receitas
para controle de peso são bons exemplos desse problema. A sociedade contemporânea é
obcecada por dietas, mas, menos de 2% dos que fazem dieta podem perder pelo menos cinco
quilos e manter o novo peso por dois anos. O problema não é o peso. O problema gira em
torno do, eu (mente) em estar infeliz com ele (corpo). Isso transforma o ato normal de comer,
em uma luta entre o que a mente está tentando alcançar e o que o corpo está realmente
fazendo.

A separação entre mente e corpo está no centro do motivo pelo qual as dietas não funcionam.
Na mente do corpo, outro termo para a abordagem do sistema inteiro, você pode fazer o que o
corpo e a mente realmente querem, siga os sinais da fome e da saciedade. O corpo
naturalmente secreta dois hormônios relacionados à saciedade. Quando o estômago está
vazio, ele secreta grelina, que estimula o cérebro para sinalizar que você está com fome.
Quando você come o suficiente, suas células adiposas secretam a eleptina, que equilibra a
resposta da saciedade da fome.

Atenção plena

Em meio à ocupação da sociedade moderna, as pessoas tendem a ser reativas e não atentas
(conscientes). O objetivo principal para alcançar a atenção plena, é afastar-se do barulho e
desenvolver sua consciência. Um dia inconsciente pode incluir, comer de maneira desregrada;
estar apressado ou pressionado a ponto de ouvir as pessoas sem realmente ouvi-las;
preocupar-se com problemas, sem buscar resolvê-los; sentir-se assombrado pelos problemas
do passado; e sentir-se preso e insatisfeito. Quando você para de dar poder a estes eventos
negativos inconscientes, você caminhará para a cura.

Atividade mental e sistema imunológico

O crescente campo da psiconeuroimunologia estuda a interação da atividade mental com o


sistema imunológico. Por exemplo, o riso é um poderoso gerador de efeitos curativos, enquanto
as preocupações constantes e incontroláveis ​mantêm a ansiedade, comprometem o sistema
imunológico e contribuem para o surgimento de doenças. O estresse crônico pode suprimir o
sistema imunológico, diminuindo a produção de anticorpos que se defendem contra
microorganismos invasores.

Seja seu próprio advogado

Os médicos fazem o possível para ajudar seus pacientes, mas eles nem sempre são
bem-sucedidos. Há estimativas de que erros médicos em hospitais americanos causam
440.000 mortes por ano. Você pode combater o estresse do tratamento médico sendo seu
próprio advogado. Estar bem informado sobre sua doença ajuda a eliminar a imprevisibilidade
de uma situação médica. No entanto, antecipar uma situação estressante pode gerar uma
resposta ao estresse tão grande quanto a própria experiência, ou seja, ouvir más notícias pode
ser tão traumático para um paciente a ponto de fazê-lo desistir, mesmo que sua condição
possa ser tratável, portanto, para tornar a experiência médica menos estressante, você deve
conversar com outros pacientes, participe de um grupo de apoio e procure apoio emocional.

Crença

A ciência não sabe exatamente como funciona a fé. Por exemplo, seu cérebro pode acreditar
em uma mentira, como nos casos de pessoas que são amputadas e ainda sentem seus
membros conectados aos seus corpos. O cérebro sabe a verdade, mas possui o equivalente
físico de uma crença. Essa crença afeta sua saúde, embora os cientistas não possam explicar
completamente seu impacto. Por exemplo, de 35% a 60% dos tratamentos usando placebos
(remédios feitos de farinha) têm resultados eficazes, embora os cientistas não saibam a causa
deste fenômeno. Entende-se que os placebos funcionam porque cruzam a fronteira artificial
entre a mente e o corpo.

Se você pudesse ser seu próprio placebo, poderia experimentar o tipo mais seguro de cura.
Você poderia ativar o efeito placebo fazendo coisas que desencadeiam a crença positiva da
cura. Uma crença de cura deve inspirar confiança, eliminar o pessimismo, trazer resultados
positivos e ser replicável. Suas crenças e outras facetas de suas interpretações da vida ativam
constantemente as suas respostas corporais, portanto, você deve tomar a decisão consciente
de tornar qualquer situação uma cura.

Alzheimer

A doença de Alzheimer é um dos maiores medos da sociedade moderna. Sua patologia, inclui
placas senis, que são aglomerados de amilóide depositados em torno das células nervosas;
emaranhados, que são filamentos torcidos dentro das células nervosas que matam o nervo. A
neuroinflamação é a resposta do sistema imunológico do cérebro às placas, emaranhados e
células nervosas agonizantes. Estudos indicam que indivíduos de 80 a 100 anos sem
problemas cognitivos tinham as placas e emaranhados sem sinais de neuroinflamação. As
empresas farmacêuticas estão trabalhando em terapias voltadas para os genes que controlam
a neuroinflamação das placas senis. Portanto, até que esses medicamentos apareçam no
mercado, você pode levar um estilo de vida curativo que visa reduzir o risco de Alzheimer,
fazendo uma dieta mediterrânea, dormindo de sete a oito horas por noite, exercitando-se
diariamente, reduzindo o estresse, aprendendo coisas novas e expondo-se ao contato social.

O Curador Sábio

Para se tornar um curador sábio, é preciso perceber que seu corpo e mente são iguais. A
inteligência do seu corpo é mais antiga e mais profunda do que a da mente racional. A
abordagem do corpo inteiro à cura, significa viver uma vida em que a consciência vem primeiro.
Você não pode curar um problema que está fora de sua consciência. Toda vida humana
carrega alguma dor que inclui o componente mental do sofrimento; este componente é mais
pessoal do que a dor física. Para o eu curador acabar com o sofrimento, é necessário envolver
sua consciência superior, identificando-se com o seu eu superior para encontrar o caminho da
dor.

As pessoas não sofrem porque estão com dor. O sofrimento é uma interpretação baseada em
crenças, hábitos, condicionamentos e na luta entre agir com atenção e sem atenção. Se você
mudar seu foco, seu sofrimento mudará. Seu estado de consciência é a fonte do sofrimento ou
da cura. Você deve reconhecer, que assim como todo mundo, você é um trabalho em
andamento e que estar desperto conscientemente é a maneira ideal de viver.

Aplicando o plano de ação para cura

· Segunda-feira: Faça uma dieta anti-inflamatória, adicione alimentos anti-inflamatórios ao


seu dia, como frutas, nozes, sementes, grãos integrais, soja, pimentão, alho e gengibre.
Adicione alimentos orgânicos, fibras e um suplemento probiótico. Mude para o azeite ou
açafrão e beba café de uma a cinco vezes por dia, de preferência quatro. Reduza o açúcar, a
gordura e o sal e elimine fast food, e alimentos estragados.

· Terça-feira: Reduza o estresse, faça yoga, meditação ou respiração consciente. Afaste-se


do estresse. O passo mais importante na redução do estresse é mudar sua atitude.

· Quarta-feira: Participe de práticas antienvelhecimento, siga um destes procedimentos,


medite, participe de um grupo de apoio social, fortaleça seus laços emocionais com familiares e
amigos, mantenha um equilíbrio de descanso e atividade, explore um novo interesse ou adote
uma nova atividade mental. Se você tem mais de 65 anos, tome um multivitamínico. Não seja
sedentário ou medite sobre emoções negativas. Impedir ou reverter o processo de
envelhecimento tornou-se possível. As pessoas que estão entrando na terceira idade, devem
construir apoio e relacionamentos sociais.

· Quinta-feira: Fique em pé, ande, descanse e durma, levante-se e mova-se uma vez por
hora, se estiver trabalhando em uma mesa. Caminhe cinco minutos para cada hora em que
trabalha. Suba as escadas, não o elevador. Estacione seu carro longe da porta do escritório.
Caminhe de 20 a 30 minutos à noite. Substitua o café da manhã e a rosquinha por uma
caminhada. Faça 10 minutos de silêncio. Substitua 10 minutos do sofá por uma caminhada.
Inicie uma rotina regular de sono. Beba álcool, de preferência vinho, apenas no início da noite.

· Sexta-feira: Estude suas crenças fundamentais, identifique suas cinco crenças essenciais
e considere por que acredita nelas. Liste as principais crenças do seu modelo. Coloque uma
crença central em ação. Leia um poema, escritura ou passagem espiritual. Examine suas
crenças negativas sobre medo e desconfiança.

· Sábado: Não lute, assuma uma atitude positiva, encare uma situação sem resistência, aja
com graciosidade, compartilhe uma responsabilidade e incentive áreas de fluxo. Deixe outras
pessoas seguirem o seu caminho. Remova os obstáculos do caminho de outra pessoa.
Promova a cooperação sobre a concorrência.

· Domingo: Evolução, procure coincidências significativas. Procure chances de ser


compassivo, expressar amor e ser generoso. Resista ao medo. Se pensamentos negativos se
repetirem, os autores sugerem que você pergunte se essas ideias realmente o servem. Procure
a companhia de pessoas que o inspiram.

Instainsights

· Desperte e desenvolva as habilidades da sua consciência.

· Ame. O amor mantém o estado de consciência permanente

· Mude seus hábitos

· Medite

· Pratique, Ioga

· Lembre-se somos um único sistema constituído de corpo e mente

· Seja seu próprio advogado, mantenha informado e busque apoio emocional

Neste livro, você aprendeu que

Sobre a importância da meditação, atenção plena e vida consciente. Um plano de ação para
ajudá-lo a melhorar sua saúde e desenvolver um sistema totalmente aplicável de consciência e
práticas conscientes. Lembre-se você é um, corpo e mente. Seu corpo lhe dará os sinais
necessários para encontrar o caminho da cura, desperte este “eu” curador e viva uma vida
mais feliz.

O COACH DE UM TRILHÃO DE DÓLARES: O manual de liderança do Vale do silício

Eric Schmidt, Jonathan Rosenberg e Alan Eagle

Bill Campbell foi o maior coach do mundo. Trabalhou junto com Steve Jobs para salvar a Apple
da falência, ajudou Eric Schmidt, Larry Page e Sergey Brin a construírem o Google, entre
muitas outras histórias de sucesso. Baseados em suas próprias histórias e em uma série de
entrevistas realizadas com quem conheceu Bill, os autores mostram os princípios essenciais
que este grande homem seguia e que todo líder, gestor ou executivo deve saber.

A história de Bill Campbell

Jonathan Rosenberg e Eric Schmidt trabalharam com Bill desde que entraram no Google como
CEO (Eric, em 2001) e diretor de produtos (Jonathan, em 2002). Bill reunia-se com eles a cada
uma ou duas semanas para conversar sobre os vários desafios que enfrentavam enquanto
desenvolviam a empresa. Todos o chamavam de Treinador, mas também de amigo.

Bill Campbell só chegou à Califórnia aos 40 e poucos anos, e começou sua carreira poucos
anos antes disso. Ele cresceu na Pensilvânia, foi um bom aluno e era muito esforçado.

Os autores dizem que Bill era um Astro do futebol americano na Homestead High. Era um
jogador com aparência improvável, pois era baixo em comparação aos jogadores de futebol
americano. Bill conquistou o respeito de treinadores e companheiros de equipe com seu jogo e
sua inteligência em campo. Em seu último ano, 1961, era o capitão do time.

Bill Campbell não tinha muito dinheiro. Para ajudar a pagar seus estudos, era motorista de táxi.
Formou-se em Economia, e concluiu o mestrado em Educação em 1964, quando se mudou
para o norte, e foi treinador assistente de futebol americano no Boston College.

Bill era um ótimo treinador, muito respeitado por todos, porém não teve sucesso na profissão
por não ser tão durão. Compaixão demais foi seu ponto fraco neste caso. Para ser treinador de
futebol americano é preciso se importar menos com os sentimentos e mais com os resultados,
e Bill não trabalhava desta forma. Porém, veremos que a compaixão ao time funcionou muito
melhor no mundo dos negócios do que em campo.

Aos 39 anos, entrou no mundo dos negócios aceitando um emprego em uma agência de
publicidade. Começou atendendo à Kraft, e alguns meses depois foi para Nova York para
atender à Kodak. Bill começou a trabalhar na Kodak e subiu de cargo rapidamente.

John Sculley, pouco depois de ir para o Vale do Silício como CEO da Apple, ligou para Bill o
convidando para trabalhar na Apple. O convite foi aceito e Bill saiu da Kodak.

Após nove meses na Apple, Bill foi promovido a vice-presidente de vendas e marketing. Em
1987, a Apple ofereceu a Bill o cargo de CEO. Ele aproveitou a oportunidade e permaneceu lá
até 1990. Em 1994, Bill se tornou CEO da Intuit. Ele guiou a empresa durante anos de
crescimento e sucesso, deixando o cargo em 2000.

Os autores contam que quando Steve Jobs foi forçado a sair da Apple, em 1985, Bill Campbell
foi um dos poucos líderes da empresa a lutar contra sua saída. Quando retornou à Apple e se
tornou CEO, em 1997, Steve nomeou Bill como um dos novos diretores. Steve e Bill se
tornaram grandes amigos.

Durante quinze anos Bill se encontrou com Eric, Jonathan e Larry Page e vários outros líderes
do Google, quase toda semana. Durante todo esse tempo, os conselhos de Bill foram
extremamente influentes. Os autores dizem que Bill Campbell foi uma das pessoas mais vitais
para o sucesso do Google. Enquanto trabalhava com a equipe sênior do Google e com Steve
Jobs, da Apple, ele ajudava paralelamente muitas outras pessoas.

Criativos Inteligentes

Depois que Bill se foi, o Google começou a ensinar seus princípios a líderes por meio de
seminários internos. Os autores dizem que existe uma nova geração de funcionários, são
criativos e inteligentes. Explicam que “o criativo inteligente é alguém que combina profundidade
técnica com habilidade empresarial e estilo criativo”. Essas pessoas sempre existiram, mas,
com a internet e as novas tecnologias, elas podem ter um impacto muito maior.

Para terem sucesso, as empresas precisam desenvolver constantemente ótimos produtos, e,


para isso, precisam atrair criativos inteligentes e construir um ambiente aonde esses
funcionários possam ser bem-sucedidos. Outro fator importante para o sucesso são as equipes
que atuam como comunidades. Elas integram interesses, deixam de lado as diferenças e são
focadas naquilo que é bom para a empresa.

No Google, Bill andava pelos corredores e conhecia todo mundo. Seu interesse não era
somente por Eric e pelos outros grandes líderes, ele se interessava por todos. Os autores
dizem que Bill fez toda a equipe melhorar, e dizem que “o coaching é a melhor maneira de
transformar pessoas eficazes em equipes poderosas”. Não é preciso contratar um coach para
cada equipe da empresa, pois o melhor coach para qualquer equipe é o seu próprio gestor. Um
líder que é tanto um gestor experiente quanto um coach atencioso é um componente essencial
para equipes de alta performance.

Como gestor e CEO, Bill sabia fazer com que suas equipes tivessem bom desempenho. Os
autores dizem que ele unia as pessoas e criava uma forte cultura de equipe, sem perder de
vista o fato de que os resultados eram importantes, e que eram a conseqüência direta de uma
boa gestão.

Bill dizia “Como você convence as pessoas e as ajuda a florescer em seu ambiente? Não é
sendo um ditador. Não é dizendo a elas que diabos têm que fazer. É fazendo com que se
sintam valorizadas por estarem na sala com você. Ouvindo; prestando atenção. É isso que
fazem os grandes gestores.”

Os autores contam que uma vez, Bill mandou uma mensagem a um grande gestor que estava
tendo dificuldades, aconselhando-o: “Você exigiu respeito em vez de merecê-lo. Precisa
projetar humildade e altruísmo que mostrem que se importa com a empresa e com as
pessoas”.

As abordagens de Bill

- Comece com relatos de viagem. Por mais de dez anos, Eric realizou suas reuniões de equipe
às segundas-feiras às 13h. Eram reuniões como qualquer outra empresa faz, mas Eric fugia do
obvio. Ele começava as reuniões perguntando o que os participantes haviam feito no fim de
semana.
Podia parecer apenas uma conversa informal, mas era parte de uma abordagem que Bill havia
desenvolvido ao longo dos anos e aperfeiçoado com Eric. Eles tinham dois objetivos. Primeiro
que os membros da equipe se conhecessem como pessoas, fora do trabalho, e segundo que
todos se engajassem na reunião desde o início de uma forma divertida, como Googlers e seres
humanos, e não apenas como funcionários.

Quando eram discutidas as decisões de negócios, Eric queria que todos contribuíssem
independentemente de a questão ter a ver com sua área ou não. Bill acreditava que a boa
comunicação era imprescindível para o sucesso de uma empresa.

- Cinco palavras em um quadro branco. Nas reuniões, Bill sempre escrevia cinco palavras no
quadro branco, indicando os temas que seriam abordados naquele dia. Bill Campbell tinha seus
tópicos principais, mas não revelava tudo. Depois de falar sobre família e outras coisas não
relacionadas ao trabalho, Bill perguntava a Jonathan quais eram seus cinco tópicos principais.
Então, Jonathan entendeu que essa era a maneira de Bill ver como ele priorizava seu tempo e
seus esforços.

Independentemente de quais sejam os cinco tópicos apresentados no quadro branco, o


importante é que cada lado tenha seus temas a abordar. É importante ter uma estrutura para a
reunião e se preparar para ela. As reuniões são a melhor maneira de ajudar as pessoas serem
mais eficazes e crescerem.

- O trono atrás da mesa redonda. Bill acreditava que uma das principais funções do gestor é
facilitar as decisões. Ele não incentivava a democracia e achava importante manter a política
longe do ambiente empresarial

É importante que o gestor considere todas as perspectivas do grupo, que permita que as
pessoas discutam e participem, mas no final, é ele quem deve tomar a decisão. Os autores
dizem que “ter um bom processo para chegar a uma decisão é tão importante quanto a decisão
em si, porque dá confiança à equipe e mantém todos em movimento”.

- Lidere com base nos princípios fundamentais. Mas como tomar essa decisão difícil? Bill
sempre aconselhou a tentar chegar ao centro da questão. Em qualquer situação, há verdades
indiscutíveis com as quais todos podem concordar. São os “princípios fundamentais”. É
trabalho do líder, ao enfrentar uma decisão difícil, lembrar a todos os princípios fundamentais,
os alicerces da empresa ou do produto.

- Administre o gênio aberrante. Um dos problemas mais complicados enfrentados pelos


gestores é o que fazer com aquelas pessoas que são extremamente competentes, porém muito
difíceis de lidar.

Bill dizia que todos precisam saber trabalhar e colaborar com os outros, e caso não consigam,
é preciso deixá-los ir. É preciso dar apoio enquanto eles produzem e lutar menos contra eles,
tentando ajudá-los a superar o comportamento impróprio. Mas quanto dá para tolerar e quanto
é demais? Bill ensinava a nunca tolerar pessoas que cruzam linhas éticas, como mentiras,
falhas de integridade ou ética, assédio ou maus tratos aos colegas. Seu valor sempre deve
compensar os danos que possam causar.
- A questão não é só o dinheiro. Os autores dizem que Bill sempre defendeu a generosidade.
Todos precisam receber um salário justo, mas remuneração não tem só a ver com valor
econômico, mas também com valor emocional. Remunerar bem as pessoas demonstra amor e
respeito e faz com que as pessoas criem um forte vínculo com as metas determinadas pela
empresa.

- O objetivo de uma empresa é dar vida à visão de um produto. Eddy Cue, um executivo da
Apple que ajudou a criar a App Store, recorda que, quando apresentou o conceito à diretoria da
Apple, Bill entendeu muito rápido a importância. “Alguns faziam perguntas sobre o
funcionamento da loja”, disse Eddy, “enquanto as perguntas de Bill eram sobre como
poderíamos criá-la mais rápido.” Bill dizia que quando se tem o produto certo na hora certa,
deve correr o máximo que puder.

- De cabeça erguida. No mundo empresarial, demissões são inevitáveis, e demitir pessoas


exige respeito. Bill dizia: “Quando você demite alguém, fica péssimo por um dia, mas, depois,
diz a si mesmo que deveria ter feito isso antes. Ninguém tem êxito em sua terceira chance”. Se
precisar demitir, seja generoso, trate as pessoas muito bem e fale sobre suas realizações.

Construa um envoltório de confiança

A confiança é importante em qualquer tipo de relacionamentos, e para Bill, a confiança sempre


estava em primeiro lugar.

Os autores dizem que quando você confia em alguém, significa que se sente segura para ser
vulnerável com aquela pessoa. Mas, em relação a Bill, confiança significa mais algumas coisas.
Significava ter palavra, ser leal, íntegro e ter discrição.

Estabelecer confiança é um fator crucial para construir a chamada “segurança psicológica” nas
equipes.

- Só dê coaching a quem estiver aberto a isso. Pessoas abertas ao coaching são honestas e
humildes, tem disposição, trabalham duro, e estão sempre querendo aprender. “Um coach é
alguém que diz o que você não quer ouvir, que o faz ver o que você não quer ver, para que
você possa ser quem sempre soube que poderia ser”. O trabalho de Bill era tornar as pessoas
melhores, mas somente se estivessem abertas a isso.

- Pratique a escuta livre. Os autores dizem que em uma sessão de coaching com Bill, sempre
sabiam que ele ouviria atentamente, sem ficar checando o celular, nem olhando o relógio, ou
pela janela. Ele estava sempre bem ali.

É muito importante escutar as pessoas com atenção, sem ficar pensando no que vai dizer
depois. Ouça e faça perguntas que levem a pessoa ao problema real, ao foco da questão.
Quando você escuta ativamente, a pessoa também se sente valorizada.

- Nada de lacunas entre palavras e fatos. O cofundador da Intuit, Scott Cook, relata: “Ele
realmente me ensinou a ser honesto e autêntico nos feedbacks. É possível preservar o respeito
e a lealdade de alguém mesmo fazendo comentários difíceis sobre seu desempenho”. Os
autores dizem que a sinceridade de Bill funcionava porque todos sabiam que ele falava com
carinho.

Seja franco, transparente, honesto. Dê feedbacks negativos com carinho e respeito e sempre
faça isso em particular.

- Não enfie sua ideia goela abaixo nos outros. Os autores aconselham a não dizer às pessoas
o que elas devem fazer. Ao invés disso, conte histórias sobre outros que fazem o que você
quer sugerir.

Alguns estudiosos descrevem a abordagem de Bill – escutar, dar feedback honesto, exigir
franqueza – como “transparência relacional”, que é uma característica fundamental da
“liderança autêntica”. Já Adam Grant usa o termo “doadores desagradáveis”, e explica que são
líderes rudes, mas que no fundo só querem o melhor para todos.

- Pregue a coragem. É natural que as pessoas tenham medo do fracasso, mas é tarefa do
gestor fazer com que as pessoas tenham coragem de ir além. Bill acreditava nas pessoas mais
do que elas mesmas, estabelecia altos padrões para aqueles que ele aconselhava e
impulsionava as pessoas a realizarem seus planos.

A equipe em primeiro lugar

Bill Campbell costumava dizer que “você não consegue fazer nada sem um time”. É uma
afirmação obvia quando se trata de esportes, mas é muito subestimado nos negócios. Um time
não tem sucesso se todos os membros não forem leais, e, quando necessário, abrirem mão de
seus interessem pessoais em nome do grupo. Os autores dizem que “A vitória da equipe tem
que ser a coisa mais importante”.

“Quando me tornei CEO do Google”, diz Sundar Pichai, “Bill me ensinou que nesse nível, mais
que nunca, é preciso apostar nas pessoas. Escolher seu time, pensar muito sobre isso.”

Como gestor, é muito importante escolher os jogadores certos para seu time. Segundo Bill, as
principais características que se deve procurar nas pessoas estão relacionadas à inteligência e
ao coração: habilidade de aprender rápido, vontade de trabalhar duro, integridade,
perseverança, empatia e capacidade de pôr a equipe em primeiro lugar.

Nos anos 1980, a maioria dos executivos de empresas de tecnologia eram homens. Os autores
afirmam que Bill defendia a presença das mulheres, e acreditava na diversidade nas equipes
bem antes de isso ser um assunto comum.

Os autores dizem que quando resumimos os princípios que Bill usou para construir equipes e
tenta aplicá-los como gestor, você se dá “permissão para ser empático”, e afirmam que “Liderar
equipes fica mais agradável, e a equipe, mais eficaz, quando você conhece as pessoas e se
importa com elas”.

Muitas pessoas com quem os autores conversaram, falaram sobre a capacidade de Bill
perceber quando os outros estavam frustrados. Para isso é preciso estar atento, ouvir e
observar muito. É muito importante que o coach consiga resolver pequenos mal entendidos
antes que se tornem problemas maiores, e isso requer muita sensibilidade e empatia.

Bill tinha a essência de um grande treinador esportivo, sempre colocando a equipe em primeiro
lugar. Os autores contam que quando ele se deparava com um problema, sua primeira
pergunta não era sobre a questão em si, e sim sobre a equipe que cuidava dela. “Resolva a
equipe e você resolverá o problema”.

O poder do amor

Não é comum ouvir falar sobre Amor no âmbito profissional. Fomos ensinados a separar
nossas emoções pessoais do ambiente profissional. Porém, Bill não agia desta forma, apenas
tratava as pessoas como pessoas.

Os autores dizem que aprenderam com Bill que tudo bem amar, que os membros de sua
equipe são pessoas, que a equipe toda fica mais forte quando você derruba os muros entre o
eu humano e o profissional e abraça a pessoa inteira com amor. Bill tratava todos com respeito,
sabia seus nomes e mostrava interesse por suas famílias.

Construa comunidades sempre. Quando as pessoas estão mais conectadas, a equipe se torna
muito mais forte.

Bill criou uma cultura chamada de amor “companheiro”: sentimentos de afeição, compaixão,
carinho e ternura pelos outros. Ensinou que as pessoas devem amar os fundadores da
empresa e garantir que eles estejam engajados. São os fundadores as pessoas de maior visão
e paixão pela companhia.

Com certeza, ter alguém como Bill Campbell por perto é maravilhoso, e os autores tiveram essa
sorte, mas afirmam que em qualquer empresa, a melhor pessoa para ser o coach de uma
equipe é seu próprio gestor, e para ser um bom gestor é preciso ser um bom coach.

Instainsights

· Ter o cargo de gestor não significa ser líder. Quem determina a liderança são os
integrantes do grupo.

· Construa relações de confiança com todos, sendo leal e íntegro.

· A equipe sempre deve ser a prioridade para o líder que deseja ser um bom coach.

· Tenha relacionamentos afetuosos no trabalho, coloque amor em tudo que fizer e tenha
compaixão pelas pessoas.

· Para ter sucesso as empresas precisam de equipes que trabalhem como comunidades, e
que tenham foco no que é bom para a empresa.

Neste livro, você aprendeu que

Através da história de Bill Campbell vemos que um bom coach pode transformar a realidade de
uma empresa. Não é necessário contratar um coach para cada grupo, se seus próprios
gestores seguirem os princípios básicos apresentados pelos autores e se transformarem em
bons líderes para suas equipes. Através do amor, empatia e compaixão, aliados ao
comprometimento, lealdade e integridade, é possível criar um ambiente aonde os funcionários
se sintam valorizados, amados e coloquem os interesses da equipe em primeiro lugar. Quando
se tem um gestor coach, e uma equipe que trabalha como um time, o trabalho se torna mais
leve, prazeroso e as chances de sucesso da empresa crescem.

A EXPERIÊNCIA ZAPPOS: 5 princípios de administração que transformaram uma ideia


simples em um negócio milionário

Joseph A. Michelli

Este livro apresenta a ​Zappos.com​, uma das empresas mais inovadoras da atualidade, capaz
de fazer qualquer gestor repensar sua forma de liderar. Com uma cultura revolucionária, cujo
objetivo é adotar a felicidade como um modelo de negócios, a ​Zappos.com​ viu seu faturamento
passar de zero para US$ 1 bilhão em vendas brutas anuais em um período de 10 anos. Neste
livro, o consultor organizacional norte-americano Joseph A. Michelli divide com o leitor tudo que
ele extraiu da sua fantástica análise sobre a empresa, tornando esse livro interessante a
gestores de todas as áreas.

O que é Zappos?

A Zappos é uma empresa de internet que começou vendendo sapatos on-line e passou de zero
para US $ 1 bilhão em vendas brutas anuais em um período de 10 anos, apesar da
pouquíssima propaganda.

A grande ideia da Zappos surgiu da observação de um cliente frustrado. Depois de um dia de


procura em toda a cidade de San Francisco, Nick Swinmurn não conseguia encontrar um par
de botas Tan Airwalk Chukka tamanho 42. Isso o fez pensar se uma seleção limitada de
sapatos no varejo poderia ser expandida por uma estratégia on-line. Ele fez essa proposta para
a Venture Frogs, uma empresa de investimento criada por seus colegas Tony Hsieh e Alfred
Lin. Mas será que a Venture Frogs investiria na ideia de Nick de vender sapatos on-line? Quem
compraria calçados em uma loja da internet sem experimentá-los? Mesmo com a desconfiança,
a Zappos prosperou. Desde seu início, em 1999, no auge do boom das empresas ponto com a
Zappos esteve algumas vezes à beira da extinção. Por necessidade, os líderes e membros da
administração da empresa tiveram de revolucionar o modelo de negócios, criar uma cultura
atraente e desenvolver características operacionais únicas. A evolução da Zappos se deu por
três componentes importantes, e não necessariamente sequenciais. Esses três pontos
históricos oferecem insights quanto a decisões de liderança e quanto aos esforços de equipe
que mantiveram os pedidos girando e os banqueiros, funcionários e clientes satisfeitos. Cada
uma dessas transições consolidou a atual cultura Zappos e antecipou as lições que você vai
conhecer a seguir:

1. Moldando uma equipe com diversas forças

Antes que a Venture Frogs concordasse em investir recursos no conceito de Nick Swinmurn de
uma loja on-line de sapatos, Tony Hsieh e Alfred Lin pediram que Nick se associasse a alguém
com experiência no negócio de calçados. Nick aproximou-se de Fred Mossler, pedindo que
abandonasse um trabalho bem remunerado e estável na loja de departamentos Nordstrom.
Fred relembra a maneira fora do comum como foi convidado a unir-se à equipe Zappos.
Primeiro, Nick me chamou como se ele fosse um recrutador. Disse que tinha algo relacionado
ao comércio e que buscava alguém que tivesse experiência com calçados. Concordei em
encontrá-lo uma noite, após o trabalho, em um pequeno bar perto da loja da Nordstrom. Eu
vestia terno e gravata e olhei em volta procurando alguém vestido de forma semelhante, mas,
em vez disso, aproximou-se de mim um garoto, de bermuda e camiseta, dizendo, olá, eu sou
Nick. Não sou um recrutador. Mas acabei de ter uma ideia.

Nick apresentou Fred a Tony e Alfred, que haviam capitalizado a Venture Frogs com a venda
do seu antigo negócio, LinkExchange, para a Microsoft, por US $ 265 milhões. Fred confessa
que o sucesso anterior de Tony e Alfred deu um pouco mais de tranquilidade e confiança de
que haveria algum futuro no negócio. Durante semanas, Fred não decidia se queria sair da
Nordstrom para unir-se à Zappos, mas uma grande feira de sapatos estava por começar e a
equipe da Zappos precisava estar na feira para registrar vendedores se quisesse fazer a
empresa decolar. Fred conta, cerca de uma semana antes da feira, Nick ligou e disse se você
não quer trabalhar conosco, diga agora. Ou você precisa acreditar. Nesse momento, eu disse,
está bem, eu vou!

2. A coragem de tentar fazer o que você acha certo.

Uma grande vantagem para os varejistas da internet é o baixo valor de despesas fixas em
relação às operações convencionais. Confiando que seus vendedores possam entregar os
produtos aos clientes diretamente de seus armazéns, os varejistas da internet podem
concentrar seus esforços no marketing e na criação de experiências com o cliente final, como
sites mais atrativos. Por esse modelo, no entanto, os varejistas da internet perdem o controle
de seu trabalho, pois o atendimento dos pedidos depende dos processos do vendedor.

Logo no início, os executivos da Zappos perceberam que a compra de sapatos pela internet
criava um risco e uma ansiedade consideráveis para os clientes, essa ansiedade ficaria pior se
os compradores on-line dependessem de diferentes práticas de entrega dos vendedores da
empresa. Como resultado, a equipe executiva da Zappos tomou a decisão de fazer o que
achava que os clientes necessitavam. Alugou um depósito ao lado de um armazém da UPS,
perto de Louisville, Kentucky, nos EUA, comprou estoque dos vendedores e se comprometeu a
fazer entregas consistentes e rápidas para os compradores on-line. Quando os esforços de
contar com um setor terceirizado fiscalizando a operação no armazém falharam, a Zappos
assumiu a Central de Processamento de Pedidos e, à sua moda, utilizou uma abordagem de
tentativa e erro para melhorar os processos e maximizar o atendimento ao cliente.

3. Paixão, determinação e humildade.

Durante os períodos mais difíceis no início da Zappos, Tony Hsieh envolveu-se muito com a
empresa. Como não tinha participação direta nas operações Zappos, Tony foi se tornando mais
útil nos assuntos diários do negócio. Com o aumento de seus esforços e poucos recursos
financeiros, a marca sobreviveu a várias experiências negativas, ora movendo a Zappos novata
para o espaço da Venture Frogs, ora investindo seu próprio dinheiro para que a empresa
pudesse garantir a folha de pagamento, Tony liderou pelo exemplo.

Princípio 1: Procure o seu tamanho certo

Embora a cultura Zappos seja invejável hoje, a jornada para seus valores bem definidos não foi
fácil. A maneira como os líderes da Zappos, criaram sua cultura e definiram seus valores deve
oferecer esperança, discernimento e incentivo àqueles que não possuem um conjunto escrito
de valores ou sentem que há um abismo entre seus valores corporativos e a cultura real de
seus negócios. A maioria das empresas já possui um conjunto de valores escritos que parecem
aplicáveis ​a toda e qualquer empresa. Em muitos casos, os funcionários não conseguem recitar
esses valores, muito menos agir de acordo com eles, e não têm ideia de onde vieram os
princípios. Os funcionários podem não considerar os valores relevantes para o seu dia-a-dia e
as ações deles podem não demonstrar os valores de uma maneira que permita aos
consumidores diferenciar seu negócio em relação ao da concorrência, muitos líderes de
empresas simplesmente não sabem o que os diferencia dos negócios rivais ou, qual é sua
identidade. Eles estão fazendo negócios, mas não obtêm resultado.

Embora uma cultura corporativa positiva tenha sempre estado no radar da diretoria da Zappos,
esses executivos não definiram explicitamente seus valores essenciais quando começaram o
negócio. Entretanto, mesmo sem registrar seus valores, os diretores da Zappos demonstraram
seus valores por suas ações logo na criação da empresa. Por exemplo, no começo, eles
desejavam criar um ambiente de trabalho que fosse divertido e solidário. Eles entendiam que
as pessoas que brincam juntas permanecem juntas, e que é necessário um espírito de equipe
e familiar para a sobrevivência de uma marca. Para dar à sua empresa mais chances de
sucesso com os capitais humano e financeiro, ambos escassos, que tinham à disposição, os
líderes da Zappos perceberam que os membros de sua pequena equipe dependeriam muito
uns dos outros e teriam de passar muito tempo juntos. Se o trabalho não fosse divertido e a
equipe não estivesse unida, o difícil começo não seria possível.

Atualmente, muitas pessoas talentosas procuram emprego na Zappos, mas poucas são
selecionadas. Christa Foley, gerente de recrutamento da Zappos, relata que a proporção real
de candidatos a emprego para cargos em Nevada gira em torno de 30 mil solicitações por ano,
para cerca de 450 vagas. Na verdade, 1,5% de todos os candidatos passam por uma rigorosa
seleção cultural e técnica. Em muitas empresas, as pessoas acabam concluindo que não foram
selecionadas simplesmente porque não receberam uma carta de aprovação. Entretanto, a
liderança da Zappos considera importante que os candidatos que não tiveram sucesso saibam
o resultado do processo de seleção. Isso pode parecer uma contribuição pequena, mas trata-se
da vontade da empresa em agir de maneira compatível com valores em criar relacionamentos
abertos e honestos através da comunicação e distribuir entusiasmo pelo serviço.

Para os líderes da Zappos, é fundamental que seus valores sejam respeitados em todas as
circunstâncias comerciais, incluindo a maneira como lidam com candidatos malsucedidos.

Princípio 2: Faça rápido e sem esforço

Todos nós queremos saber os fatores que afastam os clientes de um negócio, ou os atributos
que levam à fidelização do cliente. Esse assunto foi apresentado de forma clara em dois artigos
muito diferentes, em uma única edição do Harvard Business Review.
Os títulos dos dois artigos eram: pare de querer agradar seus clientes e como isso aconteceu?
Os autores de Pare de querer agradar seus clientes relatam que é comum acreditar que para
aumentar a fidelidade, as empresas precisam agradar os clientes, superando as expectativas.
Um estudo em larga escala constata que, na verdade, o que os clientes querem é apenas uma
solução satisfatória para seu problema de serviço. Já Tony Hsieh, acredita que a excelência do
serviço exige um comprometimento com o cliente este é um dos lemas da Zappos, distribuir
entusiasmo por meio de serviço. Assim, quando se trata da fidelidade do cliente, qual das duas
opções é a melhor, entusiasmar ou não entusiasmar? Na verdade, a resposta é simples,
ambas.

De acordo com a perspectiva de Tony Hsieh, entusiasmar é uma dimensão importante da


fidelidade do cliente e deve ser almejada. O primeiro passo nessa busca é se certificar de que
você está fazendo a coisa certa (entregando exatamente o que os clientes querem) e
facilitando as coisas (reduzindo o esforço necessário para que os clientes tenham suas
necessidades atendidas).

Uma vez que a entrega de serviços fácil e precisa ocorra de maneira consistente, os clientes
podem se impressionar se a empresa exceder suas expectativas ou oferecer atendimento
personalizado. A importância da prestação de serviço fácil e precisa é bem demonstrada pela
pesquisa de Dixon, Freeman e Toman, que, em poucas palavras, mostra o seguinte:

· Encantar os clientes não deveria ser a prioridade principal na fidelização do cliente.

· Reduzir os esforços do cliente para que seus problemas sejam resolvidos é essencial na
busca pela fidelidade.

· Diminuir os esforços dos clientes pode, na verdade, reduzir seus custos de serviço.

De acordo com estudos internacionais, quando uma empresa domina a facilidade e a precisão,
seus clientes procuram atendimento rápido, e é assim que a Zappos agrega valor através do
serviço:

1. Os funcionários percebem quando os líderes fazem escolhas em nome da velocidade do


serviço, assim como os clientes. O atendimento rápido de pedidos é um dos aspectos mais
mencionados da excelência em serviços da Zappos, de acordo com as avaliações on-line.

2. Aumentar o conhecimento dos funcionários sobre os produtos e prestação de serviços.


Pesquisas de satisfação do cliente mostram a importância de ter funcionários que atendam às
necessidades do cliente durante o primeiro contato do cliente. O principal motivo pelo qual os
clientes deixam de comprar em uma empresa é a falta de interação da empresa.

3. Melhorando a recuperação do serviço. Dentre as milhões de ligações e visitas ao site a


Zappos comete erros. Mas, eles não classificam esses erros como falhas; ao invés disso, cada
um desses erros serve como uma excelente oportunidade para crescimento. Quando ocorrem,
agem com rapidez, assumem responsabilidades e compensam o cliente de maneira justa.

4. A Zappos procura maneiras eficazes de melhorar sua excelência operacional, aumentar a


prestação de serviços individualizada e exceder as expectativas de seus clientes.

Princípio 3: Entre no pessoal

A liderança da Zappos entende que os negócios podem ter mais do que transações de dinheiro
por produto. Os negócios podem ser sobre o desenvolvimento de relacionamentos pessoais
que duram a vida de um cliente. Os verdadeiros líderes entendem que todos os negócios são
pessoais. No final, o sucesso nos negócios depende de um grupo de pessoas cuidando de
outras pessoas. Marcas comuns geralmente adotam uma abordagem única para o serviço, mas
empresas lendárias como a Zappos encontram maneiras de criar experiências individualizadas
que se estendem além de sua sólida plataforma de serviço. Na Zappos, o processo de busca
por um atendimento personalizado é incansável e abrangente.

Por exemplo, no call center da Zappos, os estagiários eram avaliados por meio de um
formulário. O estagiário era rotineiramente classificado (com 1, 2 ou 3) em uma ampla gama de
dimensões de qualidade, incluindo o grau em que formava uma conexão pessoal e emocional
com o cliente. Porém, este procedimento estava gerando medo, e logo os supervisores
perceberam a importância de oferecer um pouco de controle ao seu pessoal, ter um senso de
controle proporciona bem-estar para o funcionário, como desejavam promover o crescimento e
não o medo, fizeram algumas mudanças. Eliminaram completamente as pontuações e os
supervisores e membros das equipes avaliadoras passaram a analisa-los de uma maneira
diferente, agora, eles ouvem uma gravação da ligação e falam sobre o que gostaram sobre as
chamadas identificadas e o que poderiam ter feito melhor.

Princípio 4: Espalhe

Os líderes e membros da equipe têm consciência de que é necessário se superarem e


tornarem-se melhores. Rebecca Henry Ratner, diretora de RH da Zappos, capta a constante
sensação de esforço e inquietação da empresa quando diz: Zappos é um lugar onde todos os
dias são difíceis. Eu nunca sei o que está por vir, mas sei que vou gostar. Sou constantemente
desafiada e colocada em situações em que tenho que viver fora da minha zona de conforto. De
fato, fora da minha zona de conforto está começando a se tornar minha zona de conforto.
Felizmente, a Zappos entende que a chave para reter grandes pessoas é mantê-las desafiadas
e aprendendo.

A Zappos não possui uma universidade propriamente dita, mas sua estrutura de equipe se
parece mais com uma universidade do que com um departamento tradicional de treinamento
corporativo. Em vez dos zapponianos buscarem capacitação fora da empresa, geralmente em
cursos chatos, previsíveis e pouco relevantes, criaram um vasto catálogo de cursos interativos
e dinâmicos. Este currículo foi desenvolvido para abordar duas questões comerciais
abrangentes:

1. Quais são os conhecimentos e comportamentos necessários para produzir departamentos


e líderes fortes na Zappos?

2. O que deve ser oferecido para cultivar a cultura e aumentar a felicidade dos zapponianos?

Princípio 5: Jogue para ganhar


Brincadeiras e diversões são muito benéficas para a Zappos, pois sem dúvida a diversão
mantém a rica e colaborativa cultura Zappos. Mas, como veremos, se a Zappos se dedicasse
exclusivamente à diversão, hoje a empresa não estaria crescendo. Todavia, a genialidade dos
líderes da Zappos está no modo como mesclam a diversão e o trabalho, uma vez que a
liderança visionária da empresa entende que, com alegria, o trabalho é mais bem realizado.
Além disso, o trabalho alegre cria equipes motivadas, felizes e coesas. Pesquisadores
descobriram que há um aumento na criatividade e da produtividade em ambientes como a
cultura Zappos, isto é, um ambiente descontraído e familiar. Os funcionários que encontram
diversão no local de trabalho têm um relacionamento mais positivo com os colegas, tomam
melhores decisões, se atrasam ou estão ausentes com menos frequência e usam menos dias
de doença do que os funcionários que não estão se divertindo. Em essência, a diversão é um
negócio sério na Zappos e, por sua vez, essa diversão produz resultados excelentes.

A Zappos é o melhor exemplo de que um pequeno investimento em diversão no local de


trabalho produz benefícios significativos e profundos para os funcionários e clientes. Vejamos
os resultados:

· A abordagem adotada pelos líderes da Zappos em prol da felicidade dos funcionários,


diminuiu essencialmente a toxicidade do ambiente de trabalho, removeu riscos emocionais,
sincronizou o ritmo e a intensidade do trabalho e estabeleceu um senso de justiça.

· O extraordinário crescimento dos negócios na Zappos é provavelmente, o resultado dos


funcionários sentirem que estão sendo tratados tão bem que não podem decepcionar a
empresa.

· Os principais indicadores de crescimento da receita mostram que a Zappos praticamente


não teve vendas em 1999 e superou a marca de US $ 1 bilhão em vendas em 2008, com
números consistentes de avanço a partir destas mudanças de posicionamento para com os
funcionários.

· Para que os clientes indiquem sua empresa, você precisa de funcionários que vistam a
camisa de sua empresa e falem dela com admiração.

Como aplicar os ensinamentos da experiência Zappos em seu negócio?

1. Ajuste os 5 princípios para sua necessidade e filtre as informações obtidas para aplicá-las ao
seu negócio.

2. Pense fora da caixa. A experiência Zappos é uma história de líderes que não se propuseram
a seguir um modelo de como os outros varejistas on-line estavam obtendo sucesso a curto
prazo. Em vez disso, é uma lição sobre líderes que perseguiram apaixonadamente metas que
tinham um cronograma de longo prazo e resultaram em um legado transformacional.

Instainsights

· Reduza os esforços do seu cliente, isso resultará em diminuição de custo.


· Crie um ambiente descontraído e familiar para sua equipe.

· Seja a diferença acreditando ser possível realizar essa diferença.

· Ouse investir em felicidade.

Neste livro, você aprendeu que

A Zappos não está mais no ramo de calçados; está no negócio da felicidade! Seus líderes se
apaixonaram por uma meta que transcendia produtos e processos. Esses líderes mudaram sua
atenção do sucesso comercial para objetivos transformadores. Quando perguntado sobre qual
era o legado da Zappos, Tony Hsieh disse, espero que a Zappos possa inspirar outras
empresas a adotarem a felicidade como modelo de negócios, permitindo que clientes e
funcionários felizes gerem lucros e crescimento a longo prazo. Em última análise, é tudo uma
questão de proporcionar felicidade.

NOS BASTIDORES DA AMAZON: O jeito Jeff Bezos de revolucionar mercados com


apenas um clique

Richard L. Brandt

Jeff Bezos teve a visão de investir no inexplorado mercado on-line para vender livros e
continuou a descobrir novas oportunidades com o passar do tempo. Incrivelmente inteligente e
sonhador, Bezos sempre teve como prioridade a satisfação de seus clientes. Com inúmeras
entrevistas com funcionários da Amazon, concorrentes e observadores, Richard Brandt fala
sobre a história e o modo de pensar deste grande homem.

A infância e adolescência de um empreendedor genial

O avô de Jeff era um cientista espacial aposentado que trocou a pesquisa sobre mísseis pela
vida simples e exigente da fazenda. Jeff passou todos os verões no rancho, até completar 16
anos. Com o tempo, ele aprendeu a limpar estábulos, a marcar e castrar gado, fazer
encanamentos, entre outras tarefas da fazenda.

Seus pais se divorciaram quando Jeff tinha apenas 18 meses, quando pai abandonou a família.
Felizmente, sua mãe foi muito mais bem-sucedida no segundo casamento. Miguel Bezos é o
homem que Jeff considera como pai, pois foi quem o criou.

Jeff era uma criança focada e extremamente inteligente. Sua família mudou-se para Houston
logo que Jeff entrou no jardim de infância. Anos depois, seus pais o inscreveram no programa
Vanguard para atrair crianças superdotadas, na River Oaks Elementary School.

Foi na escola que teve seu primeiro contato com a informática. Jeff também era louco por
leitura e adorava saber mais sobre Thomas Edison e Walt Disney, dois de seus heróis
empresariais. Quando completou 13 anos, a família mudou-se para Flórida, e para Miami, 18
meses mais tarde.
O primeiro emprego de Jeff foi no McDonald’s. Na penúltima série do ensino médio, conheceu
Ursula “Uschi” Werner. Após terminarem o ensino médio, os dois decidiram que era hora de
serem seus próprios patrões, e davam aulas para crianças e adolescentes. Ensinavam sobre
combustíveis fósseis e fissão, viagens interestelares, prospecção de colônias espaciais,
buracos negros, correntes elétricas e as mais misteriosas áreas da televisão e da publicidade.

Jeff e Uschi pareciam fazer um trabalho impressionante e os estudantes gostavam das aulas. A
verdadeira paixão de Jeff era seguir o impressionante caminho trilhado pelo avô em ciências
espaciais.

Porém, segundo a história que contou para a revista Wired muitos anos depois, a mecânica
quântica acabou com sua carreira em física. De repente ele descobriu que existiam alunos
melhores do que ele nesses assuntos, e que ele não era o mais brilhante. Jeff se formou em
ciências da computação e engenharia elétrica, pois tinha uma facilidade especial com
computadores.

Em 1984, o emprego de seu pai levou a família temporariamente para a Noruega, e Jeff aceitou
um emprego de verão como programador na Exxon. Indicado por um ex colega de classe, Jeff
conheceu Graciela Chichilnisky, que estava à procura de cientistas de computação inteligentes
para se juntarem à empresa de rede de comunicações dela, a Fitel. Este seria o ponto de
partida da meteórica carreira do jovem cientista de computação. O autor conta que Jeff decidiu
dar um voto de confiança à Fitel, porque era jovem, arriscada e desafiadora. Então, fez as
malas e mudou-se para Manhattan.

A Fitel tinha contratado 15 jovens cientistas de computação extremamente inteligentes,


inclusive Jeff, que era o funcionário número 11. Em menos de um ano, Jeff foi promovido de
gerente de administração e desenvolvimento a diretor associado. Basicamente, isso fez dele o
segundo na linha de comando da empresa. Aos 23 anos, Jeff gerenciava alguns
programadores em escritórios diferentes da Fitel. O autor diz que apesar disso, ele era inquieto
e ainda queria aprender os segredos de como se tornar um empreendedor.

Um ano depois de Bezos se juntar à empresa de Graziela, ela saiu para cuidar de seu filho
pequeno. Um ano mais tarde, Bezos pediu as contas. Era abril de 1988, apenas dois anos
depois de ele ter se juntado à Fitel.

Em 1990 Jeff ingressou no Bankers Trust. Começou como vice-presidente assistente e se


tornou o mais jovem vice-presidente do Bankers Trust, aos 26 anos. Anos depois, foi
promovido a vice-presidente sênior

Quando Jeff já tinha decidido deixar Wall Street, um headhunter o convenceu a se reunir com
os executivos de apenas mais uma instituição financeira, uma companhia de origem incomum.
Jeff aceitou o convite para trabalhar na área de recrutamento da firma de investimento D.E.
Shaw & Co, e foi lá que Bezos encontrou o fundador da empresa. Shaw era alguém com quem
Jeff se identificava muito.

Jeff conheceu Mackenzie Tuttle, uma das sócias de pesquisa da empresa. Eles se casaram em
1993 e a vida de Bezos seguiu em direção à sua verdadeira meta: finalmente se tornar um
empreendedor.
A grande oportunidade

David Shaw foi quem indicou o caminho da oportunidade para Bezos. Em 1994, Shaw lhe
pediu para dar uma olhada naquela novidade que provocava um enorme burburinho, a internet.

O autor diz que na época, a internet era usada principalmente como uma rede que permitia que
universidades, laboratórios de pesquisa e instituições governamentais trocassem informações.
Shaw percebeu que a internet tinha futuro e deu a Bezos a tarefa de descobrir oportunidades
nela. Em suas pesquisas, Bezos ficou impressionado com o que encontrou: a internet estava
crescendo 2.300% ao ano! Ele sabia que haveria uma enorme população de internautas em
pouco tempo, e o crescimento rápido quase sempre significa oportunidade!

Jeff sabia que a melhor abordagem era começar com o foco num mercado. Uma vez
estabelecido em um mercado, ele também seria capaz de entender outros. Seu grande desafio
era resolver que produto vender.

Ele dizia que procurava algo que as pessoas só conseguiriam fazer on-line, e que não pudesse
ser replicado no mundo físico. Ele ficou maravilhado com o que descobriu quando analisou o
potencial de venda de diferentes produtos on-line. Na realidade, o que Jeff criou foi
simplesmente um serviço de venda de livros pelo correio que usava a internet para fazer
pedidos.

Em 1994 Jeff desistiu de Wall Street para apostar na internet e pediu demissão. Uma vez
tomada a decisão, ele sabia que era tempo de partir, e partir rapidamente. “Quando algo cresce
2.300% ao ano, você tem de andar depressa”, disse em seu discurso. Jeff tinha consciência de
que a empresa que saísse primeiro na largada teria mais chance de obter os primeiros clientes
e se firmar no negócio.

A ideia inicial de Bezos era simplesmente encomendar o livro em uma distribuidora, aguardar o
recebimento e remetê-lo ao cliente assim que ele chegasse ao seu depósito. O autor diz que o
primeiro passo na construção de uma empresa é encontrar boas pessoas. E isso pode ser um
problema. Jeff havia feito diversas conexões de negócios em suas experiências anteriores, e
ele era bom em explorá-las. Um amigo em comum indicou a Bezos uma dupla que também
batalhava por uma boa oportunidade de utilizar a internet para empreender. Bezos se ofereceu
para contratar tanto Kaphan como Herb. A conversa entre eles durou vários meses, enquanto
Bezos fazia seus planos.

Jeff achou que Seattle, em Washington, terra natal da Microsoft, era o local certo para iniciar as
atividades da empresa. Ele escolheu Amazon como nome, porque começava com A, estaria
sempre em destaque em qualquer listagem alfabética, e porque, como o maior rio do mundo,
refletia sua ambição para com a empresa. Além disso, era fácil de soletrar.

Em fevereiro de 1995, Bezos, conseguiu 100 mil dólares com a venda de ações para seu pai,
Miguel Bezos. O suficiente para a empresa funcionar pelos primeiros seis ou sete meses.

Davis era um biólogo molecular de Londres que se mudou para Seattle e tornou-se engenheiro
de software. Soube da nova empresa fundada em Seattle e decidiu conhecer. Conheceu
Kaphan em outubro e ambos pareceram compatíveis, então foi contratado. A filosofia de Jeff
era contratar pessoas com mais talento do que experiência.

O terceiro funcionário da empresa foi Mackenzie, a mulher de Jeff. O autor diz que ela atendia
as chamadas telefônicas, fazia os pedidos e as compras, executava as funções de secretária e
respondia pela contabilidade.

Richard conta que foi só depois de alguns meses de chegar a Seattle que Bezos decidiu
assistir a um curso sobre como criar uma livraria. Com um curso introdutório sobre o comércio
de livros, alguma experiência na compra de artigos on-line, um computador, dois engenheiros,
sua esposa e uma garagem, ele estava pronto para começar a montar uma livraria on-line.

Como criar uma livraria melhor

Jeff Bezos comprou duas ou três estações de trabalho, mas maior despesa da Amazon seria a
compra ou a criação do software.

Ele cuidadosamente escolhia o que comprar e o que criar. Quando a empresa foi lançada em
1995, seu banco de dados de livros tinha mais de 1 milhão de títulos. Assim, Jeff passou a
divulgar que a Amazon era “a maior livraria do mundo”. Mas na verdade, o que ele possuía era
um enorme banco de dados de títulos de livros e informações sobre eles, e não a livraria em si,
pois não desejava trabalhar com estoque.

Richard afirma que a diferença é que a Amazon podia encontrar os títulos rapidamente em seu
banco de dados e atender aos pedidos mais rapidamente do que uma livraria física que usava
pessoas para o balcão de atendimento.

A Amazon tinha a preocupação em relação aos pagamentos, pois o comercio online era algo
novo para todos. Mas o crescimento foi tão rápido que as pessoas se acostumaram a fazer
pedidos diretamente pelo site e isso não foi um grande problema como previam.

Os livros eram encomendados primeiro, para garantir que estivessem disponíveis. Só depois o
cartão de crédito era cobrado. O sistema da Amazon ajudou a alcançar a meta de Bezos de
criar uma boa experiência para os clientes. A equipe manteve o foco em priorizar mais as
necessidades dos clientes do que no dinheiro que eles poderiam desembolsar.

Bezos queria usar a tecnologia para fornecer um ótimo atendimento ao cliente. Essa filosofia
resultou no que talvez seja o mais famoso programa de software patenteado pela Amazon,
conhecido como o “One-Click ordering” (ou “o pedido de Um Clique”).

Jeff Bezos estava disposto a fazer qualquer coisa para simplificar o processo de utilização do
site, e pensou nisso antes do que qualquer outra pessoa. Bezos sabia que qualquer coisa
on-line precisava ser simples em uma época em que as pessoas se tornavam completamente
oprimidas por computadores e sistemas muito complicados.

A patente de “um clique” que era extremamente abrangente gerou bastante confusão, deixando
a concorrência furiosa. Bezos sempre se manteve alguns passos a frente de todos,
patenteando e sempre tendo uma ótima e inovadora idéia para facilitar a vida de seus clientes.
Richard diz que a Amazon foi lançada com a tecnologia mais avançada e com o design mais
limpo possível, no meio do ano, quando o acesso à internet cresceu várias vezes, chegando a
16 milhões de pessoas.

Bezos tirou a empresa da garagem e se instalou em um bairro industrial de Seattle. Os pedidos


começaram a chegar assim que o site foi lançado. O fato de Bezos ter conseguido estar on-line
antes das grandes cadeias de livrarias foi uma enorme vantagem. Grande parte dos primeiros
usuários da internet eram os famosos “formadores de opinião” da nova tecnologia. Os
formadores de opinião descobriram a Amazon, gostaram e espalharam a notícia pela internet.
O Yahoo colocou o site na lista e os pedidos dispararam. Até mesmo The Wall Street Journal
publicou um artigo sobre a Amazon. Isso fez o movimento explodir.

Richard diz que a Amazon não era apenas um site de vendas: tornou-se um site pioneiro de
uma rede social de fãs de livros. O crescimento da Amazon foi gigantesco em seu primeiro ano,
mas ainda era limitado pela escassez de caixa. Como muitas empresas novas, a Amazon
perdia dinheiro. O foco de Bezos não era só manter o crescimento que parecia vir tão
facilmente, mas administrar a organização para torná-la rentável rapidamente.

Diversos investidores aplicaram dinheiro, e Bezos conseguiu levantar 981 mil dólares. Para
poder adicionar mais talento gerencial à empresa, Bezos colocou os maiores investidores como
conselheiros da empresa.

Seu conselho consultivo e alguns funcionários tinham conexões com a Kleiner Perkins Caufield
& Byers, então as pessoas começaram a fazer ligações para John Doerr, da KPCB,
provavelmente o principal investidor capitalista do Vale do Silício. Depois de algumas jogadas
importantes e negociações, a KPCB oferecia 8 milhões de dólares por 13% das ações da
empresa, dando-lhe um valor de 60 milhões de dólares.

Vamos ser grandes já!

Bezos agora estava lidando com dinheiro de verdade. Com isso, sua estratégia mudou. Ele
havia planejado tornar a empresa rentável rapidamente, para que pudesse bancar as
operações por contra própria ou atrair investidores sérios. Porém, fez isso sem lucros. Então,
decidiu que deveria investir em mais pessoas, novas tecnologias e novas oportunidades de
mercado. Richard diz que quem agarrasse primeiro a participação no mercado, conquistaria a
“pole position” e seria difícil de ultrapassar. A nova ordem era: “Vamos ser grandes já!”.

Menos de dois anos depois inaugurar a empresa, Bezos ofereceu a Amazon ao público, a 18
dólares por ação, levantando outros 54 milhões de dólares e avaliando a empresa em 429
milhões de dólares.

Um ano depois da IPO, as ações da Amazon eram vendidas por 105 dólares por ação,
avaliando a empresa em 5 bilhões de dólares. A Amazon tinha se tornado o principal site de
comércio da internet.

O autor diz que as empresas “ponto com”, incapazes de alcançar rentabilidade, desmoronaram
quando o mercado quebrou em 2000 e 2001. Mas a Amazon se tornou a primeira empresa da
internet a redefinir completamente uma indústria.

Richard diz que mudar uma indústria exige muito mais do que uma grande ideia: exige mil
novas ideias, execução quase impecável, e muita coragem. Assim que conseguiu garantir o
financiamento do capital para o seu empreendimento, Bezos começou a adicionar recursos ao
site e a contratar novas pessoas, além de investir fortemente em publicidade.

Bezos contratava apenas os melhores, e mantinha um ambiente de trabalho incomum. As


pessoas até levavam seus cachorros, que perambulavam pelo prédio.

Conforme a Amazon cresceu, passou a não depender mais das distribuidoras. Agora tinha
seus próprios depósitos e centros de distribuição de alta tecnologia. Para financiar tudo isso,
teve de continuar explorando o leque de ações da empresa negociadas publicamente, que
continuavam em alta.

Bezos estava pronto para assumir mais do que livros. Passou a vender CDs de músicas com o
mesmo modelo que era usado para vender livros, e não demorou muito para ir além da venda
de CDs.

Em 1998, Bezos fez mais duas aquisições. Uma delas era a PlanetAll, que oferecia um sistema
de calendário e agenda de endereços pela web. O segundo era o Junglee, um site de
comparação de preços. O autor diz que com isso, Bezos demonstrava que oferecer um grande
serviço aos clientes ainda era mais importante do que efetivar a própria venda.

Em 1999, Jeff Bezos tinha transformado para sempre o negócio do varejo. Vendia 18 milhões
de itens diferentes em seu site. Richard diz que ele tinha alcançado o topo da indústria que
havia criado, e parecia que ninguém poderia tocá-lo. Porém, ele continuava não gerando
lucros.

Quando a Amazon realizou sua teleconferência trimestral com os analistas, em junho de 1999,
Wall Street estava menos impressionada do que de costume e as ações caíam rapidamente.

Joseph Galli foi contratado por Bezos para endireitar as coisas. Em janeiro de 2000, ele teve
que demitir 150 pessoas para começar a colocar a Amazon no caminho da rentabilidade.
Contratou novos gestores, implementou orçamentos mais apertados, exigiu que todas as
compras importantes fossem aprovadas pela alta direção. Galli se tornou o símbolo da
transformação da Amazon.

Richard conta que entre dezembro de 1999 e o final de 2000, as ações da Amazon perderam
90% de seu valor, recuando para cerca de 15 dólares por ação. Wall Street começou a pedir
para Bezos crescer e começar a dirigir a empresa como um negócio, não como um cassino.

Bezos levou a crítica a sério. Mudou seu discurso. “Crescer rápido” já era. Ele agora precisava
trabalhar para gerar lucros. Ele também começou a dirigir a Amazon mais como uma empresa
varejista do que como uma empresa “ponto com”. Fechou as linhas de negócios não rentáveis,
cancelou os investimentos ruins, ampliou a redução de custos e passou a exigir orçamentos
mais realistas.
Em outubro de 2000, a Amazon começou a apresentar melhoras e Bezos provava que podia
administrar um negócio rentável, pois manteve a expansão da empresa. Entretanto, seu mais
importante novo negócio só viria em 2007. Era uma nova peça de hardware desenvolvida
exclusivamente para a Amazon chamada Kindle.

O Kindle e os próximos passos de Bezos

O CEO da maior livraria do mundo acredita que os livros tiveram “uma bela carreira de 500
anos”, mas agora “chegou a hora de mudar”. Produzir e distribuir livros eletrônicos é
infinitamente mais barato do que fabricar e distribuir livros em papel. Em 19 de novembro de
2007, Bezos anunciou o Kindle, o primeiro leitor eletrônico de livros.

As primeiras versões dos livros eletrônicos tinham muitas falhas e algumas pessoas não
gostaram do design do produto, mas Bezos superou essas falhas fazendo como sempre fez:
dando atenção aos detalhes.

Uma questão importante que a Lab126 resolveu era a queixa de que a leitura de textos na tela
do computador durante longos períodos cansava os olhos. Então, a Lab incorporou ao Kindle
tecnologias chamadas de “papel eletrônico” e “tinta eletrônica”.

Richard diz que desde que o Kindle foi lançado, a grande pergunta entre as editoras deixou de
ser “será que as pessoas realmente querem livros eletrônicos?” para se tornar “será que as
pessoas ainda querem ler livros físicos?”

Jeff Bezos sozinho virou as editoras de cabeça para baixo com o Kindle. Já em dezembro de
2010, os livros eletrônicos eram responsáveis por mais de 10% do faturamento de algumas
grandes editoras, apesar de custarem metade do preço dos livros. Bezos diz que o preço baixo,
junto com a nova tecnologia, simplesmente amplia o mercado, reduz os custos e permite que
as pessoas comprem mais livros.

Os sonhos deste homem parecem não ter limites, e não terminam com a Amazon. Ele abriu
uma segunda empresa para tentar realizar um sonho de infância. Ele quer explorar o espaço.
Quando a Amazon parecia estar caindo aos pedaços, em 2000, Bezos começou um novo
negócio. Foi nesse ano que ele incorporou uma empresa chamada Blue Origin.

O projeto é levar passageiros ao espaço e colocá-los em órbita. Visa tornar-se uma empresa
comercial, dando aos turistas espaciais a chance de ver a Terra e as estrelas em órbita. O
slogan da empresa é uma frase em latim: “Gradatim Ferociter”, que pode ser traduzida como
“Passo a passo, corajosamente”. O autor diz que se a Blue Origin algum dia se tornar um
verdadeiro negócio, ela pode até arrancar a Amazon do coração e da mente de Bezos, pois a
exploração espacial, afinal de contas, provavelmente foi sua primeira ambição quando criança.

Instainsights

· As paixões de uma criança podem revelar o propósito de vida do adulto.

· Tenha como objetivo suprir as necessidades dos clientes antes mesmo de buscar o lucro.
· É preciso ter resiliência e sabedoria para dar a volta por cima e aprender com os próprios
erros.

· Esteja sempre alguns passos a frente da concorrência, inovando e oferecendo serviços e


produtos de qualidade.

A escolha de pessoas altamente capacitadas também foi um fator primordial para o sucesso da
empresa. Jeff nos ensina que antes de visar o lucro devemos atender e suprir as necessidades
dos clientes, e sempre buscar o melhor para eles. Além disso, Bezos sempre esteve dois
passos a frente, largando a frente de sua concorrência, com idéias.

A ARTE DA NÃO CONFORMIDADE

Chris Guillebeau

Todos nós gostaríamos de viver uma vida autônoma e gratificante. Muitas vezes, no entanto,
nos impedimos de conseguir isso por sermos incertos sobre o que queremos da vida, ou ter
medo de fazer as mudanças necessárias em nossa existência diária. Então, como libertar-se
dos grilhões de uma vida mediana e insatisfatória? A Arte da Não-Conformidade mostrará a
você como viver sua vida de uma maneira que lhe permita libertar-se de uma existência
conformista e insatisfatória e alcançar a grandeza.

Não ter uma ideia clara do que você quer da vida o impede de ser grandioso

É um fato lamentável: a maioria das pessoas não sabe o que quer da vida. Em vez disso, eles
vagam sem uma meta ou um senso de propósito claro. E, infelizmente, muitas vezes isso te
leva a ter uma vida medíocre, na qual você faz o mesmo que todos os outros, porque é isso
que todo mundo está fazendo.

Há muitas maneiras de ser comum, mas um exemplo típico é sentar em uma mesa por 40
horas por semana, por uma média de dez horas de trabalho produtivo, enquanto paga a
hipoteca que conseguiu por 30 anos.

Essa vida te isola do desafio e do risco. Formas comuns de garantir que evitemos encontros
arriscados e desconfortáveis ​são viajar ou pensar vagamente em começar um negócio, mas
nunca realmente fazê-lo. Jogar de maneira segura nos impede de alcançar a grandeza em
nossas vidas.

Por outro lado, decidir o que você quer da vida – e levar essa decisão a sério – pode mudar
sua vida para melhor, aumentando o seu compromisso de viver uma vida plena.

Bernard Lopez, um ex-morador de cubículo que largou seu emprego confortável para andar de
bicicleta pelos Estados Unidos, percebeu que, independentemente do ceticismo e desânimo
em torno dele, ele precisava se comprometer com o seu sonho de aventura e agir de acordo. O
resultado? Uma aventura imperdível e um sentimento de invencibilidade que o encorajou a
começar uma nova carreira gratificante e experimentar a excitante possibilidade de viajar todos
os verões. Em suma: uma vida plena.
A pergunta incômoda, “Isto é tudo que existe?” é uma indicação de que você está se isolando
da grandeza. Então, se você costuma se perguntar se há mais na vida, você pode começar a
pensar muito sobre o que é que você quer tirar dela.

É normal ter medo de mudar. Para a maioria de nós, dar um salto que mudará nossas vidas
pode ser muito assustador

Você já teve uma voz na parte de trás da sua cabeça dizendo: "Você não é bom o suficiente
para fazer isso" ou "Você nunca terá sucesso em algo significativo"? Se assim for, você sabe
como se sente quando o medo tenta impedi-lo de se libertar de uma vida não realizada.

É evidente que o medo precisa ser vencido e o primeiro passo é reconhecê-lo. Considere
Sloane Berrent, uma funcionária de caridade com cerca de 20 anos dos Estados Unidos, que,
apesar de temer o compromisso, deixou um cargo executivo para ser voluntária da organização
Kiva. Isso acabou levando-a a trabalhar nas Filipinas, ajudando onde podia e fazendo algo que
ela achava significativo.

Sua decisão exigiu primeiro que ela reconhecesse seu medo e o transformasse em algo
positivo. Ela disse que o medo aumenta os sentidos e que isso pode ser usado para interferir
na intuição.

Depois de reconhecer o medo, o próximo passo é preparar-se mentalmente, pois isso


aumentará as chances de vencer esse medo com sucesso. Por exemplo, perguntar a si mesmo
"Qual é o pior que pode acontecer?" Pode ajudar a colocar grandes decisões em perspectiva e
– porque o pior cenário geralmente não é tão ruim – isso pode encorajá-lo.

Outra maneira de se preparar é simplesmente recompensando-se. Vincular conquistas com


recompensas é um grande motivador, por isso, prometer-se uma recompensa por conquistar
seu medo tornará esse difícil processo mais atraente.

Romper a parede do medo requer que você reconheça esse medo e se prepare para
conquistá-lo. Quando estiver do outro lado da parede, você se sentirá recompensado,
competente e pronto para enfrentar qualquer desafio que você se proponha.

Sua principal segurança no trabalho pode ser encontrada em sua própria competência

A maioria das pessoas acredita que ter segurança no emprego significa trabalhar para outra
pessoa. Na verdade, o conselho geral sobre como conseguir segurança no emprego e viver
uma vida boa e confortável é: "Fique com um salário confiável!". Mas, na verdade, derivar essa
sensação de segurança de sua própria competência – como suas habilidades – é menos
arriscado do que confiar os cuidados de sua carreira a alguém. Ninguém se importa mais com
o seu bem-estar do que você.

Um exemplo desse princípio no trabalho é quando alguém decide se tornar um empreendedor.


Considere a ex-locutora que, depois de ser demitida, iniciou um negócio de “Yoga no trabalho”
por apenas US $ 9 – o custo do registro de domínio. Em seis meses, ela ganhava US $ 2.000
mensais e, por se sentir muito competente nesse trabalho, tinha mais segurança no emprego
do que antes.

Mas trabalhar sozinho é apenas uma maneira de ganhar segurança no emprego com base em
sua própria competência. Você não precisa necessariamente ir sozinho.

Tomemos, por exemplo, Allan Bacon. Allan tinha um "bom trabalho" – bom salário, benefícios,
etc. – mas odiava seu ambiente de trabalho. Então ele começou uma série de “Experimentos
de Vida”, ações de pequeno a médio porte que lhe proporcionariam maior competência e
tornariam seu trabalho mais agradável.

Essas ações variavam de pequenas coisas, como visitas a museus de arte em sua pausa para
o almoço, a ações muito mais significativas, como deliberadamente escolher um emprego de
nível mais baixo, por achar que oferecia mais oportunidades de se desenvolver
profissionalmente.

Como resultado ele alcançou mais responsabilidade e um salário ainda maior, permitindo que
ele se sentisse mais competente e ganhasse maior segurança no emprego sem sacrificar seu
relacionamento com uma empresa de que gostasse.

Como você pode ver, você pode escolher definir suas próprias regras em vez de deixar sua
segurança nas mãos de outras pessoas.

Guardiões podem ser obstáculos no caminho de uma vida livre e plena, mas você pode
desafiá-los, alterando as regras do jogo

De tempos em tempos, todos encontram figuras de autoridade que funcionam como guardiões
limitadores de suas escolhas. Os guardiões são eficazes em dizer quais escolhas você tem,
então você tem a ilusão de ser livre para definir suas próprias regras. Enquanto isso, seu
acesso ao que realmente importa está bloqueado.

Esse foi o caso quando o ativista ambientalista Tim DeChristopher tentou impedir os leilões
injustos de terras em Utah, que apenas grandes empresas de petróleo tiveram a chance de
ganhar. Ele queria impedir que essas empresas prejudicassem a terra, mas encontrou um
guardião: o Bureau de Admnistração da Terra.

A agência alegou que os leilões eram justos e abertos a todos, quando na verdade o "custo de
entrada" era de US $ 1,7 milhão, limitando a participação nos leilões ao Big Oil e bloqueando
todos os outros – incluindo ativistas como Tim.

Mas, embora os guardiões geralmente tenham muito poder, se você não estiver satisfeito com
as restrições que eles impõem, você é livre para contestá-las. O primeiro passo é entender que
poucas opções são verdadeiramente democráticas. Por exemplo, Tim decidiu desafiar o
Bureau assim que percebeu que tais leilões não eram nem justos nem democráticos, mas, na
verdade, ilegais.

O próximo passo é desafiar figuras de autoridade, alterando as regras do jogo. Uma maneira é
procurar abordagens alternativas que possam funcionar melhor para você. A abordagem
alternativa de Tim era registrar-se como um concorrente – o que, normalmente, apenas
executivos da empresa fazem – e, em seguida, vencer inesperadamente todos os outros
licitantes para o terreno, embora os estudantes obviamente não tivessem US $ 1,7 milhão.

A abordagem não convencional de Tim fez com que a decisão de leiloar o terreno fosse
rescindida e os resultados da venda declarados inválidos. Agora os 22.000 acres são
protegidos por um mandato federal.

Descubra como obter o seu próprio pequeno exército de seguidores perguntando a si mesmo
como você pode ajudá-los

O que instituições de caridade internacionais, músicos e pequenas empresas têm em comum?


Eles precisam de um pequeno exército de seguidores para poder ter sucesso. E o mesmo vale
para você: depois de descobrir as metas de vida que você está comprometido a alcançar, você
precisa de um exército de seguidores para ajudá-lo.

Se você sonha em se tornar um artista em atividade, por exemplo, precisará do apoio de fãs e
usuários. E se sua meta for ter sucesso com um projeto empresarial, você precisará de uma
base de clientes fiéis para garantir uma receita confiável ao longo do tempo.

Para recrutar seu pequeno exército, pense cuidadosamente em como você pode ajudar as
pessoas a conseguirem o que querem. As pessoas só o seguirão se o seu trabalho as ajudar
de alguma forma.

Quando o autor decidiu criar um site com sua jornada ao redor do mundo, um amigo perguntou:
"O que isso muda para alguém como eu?". Então, em vez de incluir apenas ensaios de viagem,
ele decidiu adicionar tópicos focados em atingir grandes objetivos e criar uma vida de liberdade
pessoal, atendendo, assim, às necessidades de outras pessoas.

Com a liberdade como objetivo principal, seus seguidores podem viajar como ele ou buscar
algo mais significativo para eles. Isso atraiu muito mais seguidores para o site – muitos, na
verdade, e ele agora é capaz de ganhar a vida com isso.

Se o seu trabalho inspira e melhora as pessoas, você também está no caminho certo para
recrutar seu exército.

Por exemplo, em menos de um ano, o blog Zen Habits garantiu mais de 100.000 assinantes. O
autor do blog escreve em tempo integral sobre simplicidade e estabelecimento de metas,
atraindo seu formidável exército de seguidores por meio de sua apresentação humilde e
edificante.

Seja claro sobre seus reais valores

Muitas pessoas acreditam que o dinheiro pode lhes trazer felicidade. A verdade é que dinheiro
e felicidade estão correlacionados até certo ponto, mas não tanto. Estudos mostram que esse
limite é relativamente baixo – uma estimativa indica US $ 40.000 por ano. Ter mais dinheiro,
então, não te deixa mais feliz automaticamente. Em vez disso, é o que você faz com o seu
dinheiro que conta, e a chave é manter seus valores.
Somente quando você sabe o que realmente quer e valoriza, pode fazer isso acontecer e
planejar de acordo. Por exemplo, o autor garante que seus gastos estejam alinhados com seus
valores, priorizando a viagem sobre as "coisas" que ele realmente não precisa.

E quando seus valores estiverem claros, você pode começar a fazer a escolha consciente de
gastar dinheiro apenas naquilo que você valoriza. Por exemplo, o autor é capaz de gastar uma
porcentagem significativa de sua renda anual com viagens (20%), porque ele não tem carro,
gasta apenas US $ 100 por ano em roupas e garante que não tem dívidas.

Se, por outro lado, você gastar seu dinheiro sem um propósito claro, provavelmente acabará
endividado.

Por exemplo, um jovem casal com empregos estáveis ​não definiu objetivos financeiros claros
para si. Ao não dar qualquer consideração aos seus próprios valores, eles acumularam dívidas
enormes: US $ 50.000 em empréstimos estudantis, dois empréstimos de carro, um empréstimo
de seus pais e vários cartões de crédito.

Mas quando seu primeiro filho nasceu, eles consideraram seriamente seus valores reais e
começaram a controlar seus gastos e economizar dinheiro. Seu objetivo claro – e orçamento
cuidadoso – permitiu-lhes pagar suas dívidas e começar a investir muito mais em experiências
de vida únicas do que nas “coisas” convencionais.

Não importa como você decide administrar seu dinheiro, ser claro sobre seus valores é uma
grande ajuda. Isso lhe dará espaço para fazer tudo que você sempre quis.

Preencher seus dias com coisas que você gosta de fazer, enriquecerá sua vida

As pessoas geralmente lamentam o fato de não terem tempo suficiente para fazer o que
gostam em suas vidas, mas há uma boa chance de conseguirmos o que quisermos. Apenas
requer um pouco de planejamento.

Para fazer isso, primeiro você precisa examinar cuidadosamente suas obrigações atuais para
determinar quais são realmente necessárias. Então é hora de dar adeus às desnecessárias.

Quando você começa a redefinir como você gasta seu tempo, você deve começar a aplicar um
filtro a todas as responsabilidades cotidianas, perguntando a si mesmo: "Por que devo fazer
isso?" E "O que acontecerá se eu não fizer isso?", também ajuda a lembrar que algumas
obrigações são mais fáceis de lidar do que outras.

Seth Godin, escritor do blog de negócios mais popular do mundo, quando perguntado sobre
como tem tempo para responder a todos os e-mails que recebe, responde que ele não assiste
à TV ou vai às reuniões, dando-lhe quatro ou cinco horas por dia.

Depois de reestruturar seu tempo dessa maneira, você pode começar a se abrir para tudo que
sempre quis fazer.

O escritor best-seller Haruki Murakami é um ótimo exemplo de um homem que abraçou a vida
ao máximo, ordenando sua vida em torno da única coisa que ele realmente queria: melhorar
sua escrita. Em um livro, ele explica como isso fez com que ele se concentrasse em construir
um relacionamento com seus leitores, e não com pessoas específicas, como familiares e
amigos.

O fato é que, para dedicar a maior parte do seu tempo àquilo de que você gosta, você precisa
ser vigoroso em deixar cair muitas outras coisas.

Deixar um legado oferece significado e realização através de ações que têm um impacto
duradouro nos outros

Embora você possa fazer quase tudo o que quiser com sua vida, provavelmente não ficaria
satisfeito com uma vida que gira apenas ao seu redor. Então, depois de pensar muito, comece
a considerar como melhorar o mundo para os outros, fazendo um trabalho que deixe um legado
e cause impacto.

Independentemente do que você fez no passado ou de sua vida atual, você pode ajudar os
outros de uma maneira única: é disso que se trata o trabalho legado. Há muitas maneiras de
fazê-lo, você só precisa responder à pergunta: "Como isso realmente ajudará as pessoas?".

Por exemplo, o Dr. Gary Parker, que mora na África, faz cirurgias reconstrutivas gratuitas para
pacientes que não têm atendimento médico adequado. Seu trabalho começou a dar-lhe
significado e satisfação quando ele primeiro decidiu ajudar os outros.

Você pode fazer o que o autor fez e criar uma métrica contínua para o seu trabalho mais
importante – por exemplo, um padrão de 1.000 palavras por dia, se seu trabalho legado
consistir em escrever ou um conjunto de esboços por dia.

Alternativamente, você pode usar o método de Jim Collins (autor de livros clássicos de
estratégia de negócios) para garantir que passe a maior parte do tempo trabalhando com
legado: ele carrega um cronômetro com três temporizadores separados para aderir ao objetivo
de gastar 50% de seu dinheiro. Tempo de pesquisa e redação, 30% no ensino e 20% em
“outras” tarefas.

O trabalho do legado garantirá que o que você traz para o mundo continuará a ser valioso por
um longo tempo. Você está pronto para isso.

Instainsights

· Decidir o que você quer da vida pode mudar sua vida para melhor, aumentando o seu
compromisso de viver uma vida plena.

· Ter medo é normal, mas ele precisa ser vencido e o primeiro passo é reconhecê-lo.

· Defina suas próprias regras em vez de deixar sua segurança nas mãos de outras pessoas.

· Se você não estiver satisfeito com as restrições, você é livre para contestá-las.

· Desafie figuras de autoridade quando necessário e mude as regras do jogo.


· Faça com que seu trabalho inspire e melhore as pessoas, assim elas serão parte do
exército que vai ajudar você.

· Ser claro com seus reais valores lhe dará espaço para tudo que você sempre quis fazer.

· Seja vigoroso nas prioridades que você quer para sua vida.

· Deixe um legado.

Neste livro, você aprendeu que

Para se libertar de uma existência insatisfeita você tem que descobrir o que você realmente
quer da vida e o que você pode oferecer ao mundo que ninguém mais pode. Libertar-se pode
ser assustador, mas não deixe o medo ficar no seu caminho. Em vez disso, lembre-se de que
você não precisa viver sua vida como as outras pessoas esperam que você viva – e se esforçar
para encontrar segurança em sua própria competência.

O ANDAR DO BÊBADO: Como o acaso determina nossas vidas

Leonard Mlodnow

Não estamos preparados para lidar com o aleatório e, por isso, não percebemos o quanto o
acaso interfere em nossas vidas. Num tom irreverente, citando exemplos e pesquisas
presentes em todos os âmbitos da vida, do mercado financeiro aos esportes, de Hollywood à
medicina, o autor apresenta de forma divertida e curiosa as ferramentas necessárias para
identificar os indícios do acaso. Como resultado, nos ajuda a fazer escolhas mais acertadas e a
conviver melhor com fatores que não podemos controlar. Prepare-se para colocar em xeque
algumas certezas sobre o funcionamento do mundo e para perceber que muitas coisas são tão
previsíveis quanto o próximo passo de um bêbado depois de uma noitada.

Olhando pela lente da aleatoriedade

O maior desafio para entender o papel da aleatoriedade na vida é o fato de que muitas das
consequências que seguem a esses princípios vão contra nossa intuição. Em qualquer série de
eventos aleatórios, há uma grande probabilidade de que um acontecimento extraordinário seja
seguido por um acontecimento mais corriqueiro.

Muito do que nos acontece como êxito na carreira, nos investimentos e nas decisões pessoais,
grandes ou pequenas, resulta tanto de fatores aleatórios quanto de habilidade, preparo e
esforço.

Geralmente subestimamos os efeitos da aleatoriedade. No mundo político, econômico ou


empresarial, os eventos que acontecem ao acaso são mal interpretados como sucessos ou
fracassos. O que é pior, as pessoas tendem a agir com base nesses padrões, como se eles
representassem uma nova tendência.
Quando examinamos feitos extraordinários nos esportes, ou em qualquer outra área, devemos
ter em mente que eventos extraordinários podem ocorrer sem causas extraordinárias. Eventos
aleatórios muitas vezes se parecem com eventos não aleatórios, e ao interpretarmos as
questões humanas, devemos ter cuidado para não confundir uns com os outros.

As leis das verdades e das meias verdades

A teoria da aleatoriedade é uma codificação do bom senso. Mas também é uma área de
sutilezas, uma área em que grandes especialistas cometeram erros famosos e apostadores
experientes acertaram de maneira aleatórias.

Se os detalhes que recebemos se ajustar à imagem mental que temos de alguma coisa, então,
quanto maior o número de detalhes numa situação, mais real ela parecerá e, portanto,
consideraremos que será mais provável.

Na Roma antiga surgiu um conjunto de regras baseados na probabilidade. Na lei romana, por
exemplo, duas meias provas constituíam uma prova plena. De acordo com a forma que
combinarmos probabilidades, duas meias provas não chegam a produzir uma certeza absoluta,
e, além disso, jamais poderemos somar um número de provas parciais para gerar uma certeza,
porque para combinarmos probabilidade não devemos soma-las e sim multiplica-las.

Na Lei da Combinação de Probabilidades: Se dois eventos possíveis, A e B, forem


independentes, a probabilidade de que A e B ocorram é igual ao produto (multiplicação) de
suas probabilidades individuais.

Mas existem situações nas quais as probabilidades devem ser somadas, e essa é outra lei.
Ocorre quando queremos saber a chance de ocorrer um entre dois acontecimentos, diferente
da situação anterior, na qual queríamos descobrir a chance de que os dois acontecimentos
ocorram. A lei é: se um evento pode ter diferentes resultados possíveis, A, B, C e assim por
diante, a possibilidade de que A ou B ocorram é igual à soma das probabilidades individuais de
A e B, e a soma das probabilidades de todos os resultados possíveis (A, B, C e assim por
diante) é igual a 1 (ou seja, 100%).

Quando queremos descobrir a probabilidade de que dois eventos independentes, A e B,


ocorram, multiplicamos; se quisermos descobrir a probabilidade de que um dentre dois eventos
não ocorram ao mesmo tempo, A ou B, ocorra, somamos.

Essas três leis formam boa parte da base da teoria da probabilidade. Quando aplicadas
corretamente podem nos ajudar a compreender o funcionamento da natureza e do mundo
cotidiano. Nós as utilizamos o tempo todo ao tomarmos decisões no dia a dia. Porem nem
sempre as usamos corretamente.

Encontrando um caminho em meio a um espaço de possibilidades

O termo espaço amostral se refere à ideia de que os possíveis resultados de um processo


aleatório podem ser compreendidos como pontos num espaço. Nos casos simples, o espaço
pode consistir em apenas uns poucos pontos, mas em situações mais complexas pode se
tratar de milhares de pontos, exatamente como o espaço em que vivemos.

Na linguagem moderna, a regra de Cardano é expressa da seguinte maneira: suponha que um


processo aleatório tenha muitos resultados igualmente prováveis, alguns favoráveis (ou seja,
ganhar), outros desfavoráveis (perder). A probabilidade de obtermos um resultado favorável é
igual à proporção entre os resultados favoráveis e o total de resultados. O conjunto de todos os
resultados possíveis é chamado espaço amostral. Por exemplo, se um dado pode cair em cada
um de seus seis lados, esses seis resultados formam o espaço amostral, e se apostarmos em
dois deles, nossa chance de ganhar será de 2/6.

Rastreando os caminhos do sucesso

A revolução científica foi uma revolta contra o modo de pensar dominante na época em que a
Europa surgiu da Idade Média, uma era na qual as crenças a respeito do funcionamento do
mundo não eram examinadas com muitos critérios. Os mercadores de uma cidade roubavam
as roupas de homens enforcados porque acreditavam que isso aumentaria suas vendas de
cerveja. Um mercador chegava a acreditar que fazer suas necessidades no banheiro “errado”
lhe traria azar.

Atualmente algumas pessoas ainda acreditamem superstições. Os contemporâneos de


Cardano, quando, por exemplo, ganhavam nos dados, em vez de analisarem a experiência
sistematicamente, rezavam uma prece de agradecimento ou se recusavam a lavar suas meias
da sorte. O próprio Cardano acreditava que sequências de derrotas ocorriam porque a “sorte
estava adversa”, e que uma das maneiras de melhorar os resultados seria jogar os dados com
bastante força.

O número de maneiras pelas quais um resultado pode ocorrer é fundamental para determinar
sua probabilidade, a questão fundamental é: como calcular o número de maneiras pelas quais
algo pode ocorrer?

Ao longo da história, o estudo da aleatoriedade foi muitas vezes auxiliado por um


acontecimento também aleatório. O trabalho de Pascal representa um desses casos, pois foi o
abandono dos estudos que o levou ao estudo do acaso.

As conflitantes leis dos grandes e pequenos números

Segundo a Lei de Benford, os nove algarismos não aparecem com a mesma frequência: na
verdade, o número 1 deve ser o primeiro algarismo nos dados em cerca de 30% das vezes; o
algarismo 2, em cerca de 18%, e assim por diante até o algarismo 9, que só aparece na
primeira posição em cerca de 5% das vezes. Uma lei semelhante, ainda que menos
pronunciada, se aplica aos últimos algarismos.

Muitos tipos de dados obedecem à Lei de Benford, especialmente dados financeiros. Na


verdade, a lei parece ter sido feita para examinar grandes quantidades de dados financeiros em
busca de fraudes.

Em 1896, o filósofo americano Charles Sanders Peirce escreveu que uma amostra seria
aleatória se “coletada a partir de um pressuposto ou método que, sendo aplicado muitas e
muitas vezes indefinidamente, faça com que, a longo prazo, o sorteio de qualquer conjunto de
números ocorra com frequência igual à de qualquer outro conjunto de mesmo tamanho”. Isso é
conhecido como probabilidade determinística. A principal alternativa a ela é conhecida como a
probabilidade subjetiva. Na probabilidade determinística, julgamos uma amostra pelo modo
como ela se apresenta; já na probabilidade subjetiva, julgamos uma amostra pelo modo como é
produzida. De acordo com a probabilidade subjetiva, um número ou conjunto de números é
considerado aleatório se não soubermos ou não pudermos prever que resultados serão
gerados pelo processo.

O Teorema de Bernoulli trata de como os resultados refletem as probabilidades subjacentes


(que não estão claras) quando fazemos um grande número de observações.

A Lei dos Pequenos Números não se trata realmente de uma lei. É um nome sarcástico para
descrever a tentativa de aplicarmos a lei dos grandes números quando os números não são
grandes.

A medição e a lei dos erros

Se aceitarmos que é possível de alguma forma definir a qualidade de um trabalho, devemos


ainda assim reconhecer que a nota não é uma descrição do grau de qualidade, e sim uma
medição dessa qualidade. E uma das mais importantes maneiras pelas quais a aleatoriedade
nos afeta é por meio de sua influência nas medições.

As demandas geradas pela astronomia e pela física experimental fizeram com que boa parte
do trabalho dos matemáticos do fim do século XVIII e início do XIX consistissem em
compreender e quantificar os erros aleatórios. Tais esforços levaram a uma nova área, a
estatística matemática, que gerou uma série de ferramentas para a interpretação dos dados
surgidos da observação e da experimentação. Os estatísticos por vezes consideram que o
crescimento da ciência moderna se deu em torno desse avanço, a criação de uma teoria da
medição. Mas a estatística também nos fornece ferramentas para abordar questões do mundo
real, como a eficácia de medicamentos ou a popularidade de políticos.

Para entender as mediçõesé fundamental compreender a natureza da variação nos dados


causada por erros aleatórios.

A ideia de que a distribuição dos erros segue alguma lei universal, por vezes chamada de Lei
dos Erros, é o preceito central no qual se baseia a teoria da medição. Sua implicação é que
qualquer determinação de um valor real baseada em valores medidos poderá ser resolvida
utilizando um único tipo de análise matemática.

É isso o que faz da estatística matemática uma disciplina coerente, e não apenas uma série de
truques: qualquer que seja o objetivo das medições a distribuição dos erros será a mesma.

A ordem no caos

Ao vasculharem dados, os cientistas do século XIX descobriram que, onde quer que
procurassem, o caos da vida parecia produzir padrões quantificáveis e previsíveis. No entanto,
não ficaram impressionados apenas com as regularidades, mas também com a natureza da
variação.

Nos últimos anos, os psicólogos descobriram que a capacidade de persistir diante


adversidades é um fator ao menos tão importante quanto o talento na busca do sucesso. É por
isso que os especialistas costumam falar na “regra dos dez anos”, segundo a qual precisamos
de no mínimo uma década de trabalho firme, prática e empenho para sermos muito
bem-sucedidos na maior parte dos empreendimentos.

Pode parecer assustadora a ideia de que o esforço e o acaso, tanto quanto o talento, são o que
realmente importa. E os efeitos do acaso também podem ser controlados, na medida em que,
em tentativas repetidas, podemos aumentar nossa chance de ter sucesso.

Estudos de Galton sobre a hereditariedade o levaram à descoberta de dois conceitos


matemáticos fundamentais para a estatística moderna. Um deles ocorreu em 1875, depois que
Galton distribuiu pacotes de vagens de ervilha-de-cheiro a sete amigos. Cada um recebeu
sementes de tamanho e peso uniforme e devolveu a Galton sementes das gerações seguintes.
Ao medi-las, ele notou que a mediana dos diâmetros dos descendentes de sementes grandes
era menor que a de seus ascendentes, enquanto a mediana dos diâmetros dos descendentes
de sementes pequenas era maior que a de seus ascendentes. Mais tarde, utilizando dados
obtidos num laboratório, notou o mesmo efeito no peso de pais e filhos humanos. Ele chamou o
fenômeno de regressão à média, aonde em medições relacionadas, se uma quantidade medida
se encontrar longe da média, a outra será mais próxima desta.

Galton viu que qualquer processo que não apresentasse a regressão à média iria acabar fora
de controle. Por exemplo, suponha que os filhos de pais altos tivessem, em média, a mesma
altura dos pais. Como as alturas variam, alguns filhos seriam mais altos. Agora imagine a
geração seguinte e suponha que os filhos dos filhos mais altos, netos da geração original,
também fossem, em média, tão altos quanto os pais. Alguns deles também deveriam ser mais
altos que seus pais. Dessa forma, com o passar das gerações, os seres humanos mais altos
seriam cada vez mais altos. Devido à regressão à média, isso não acontece.

Ilusões de padrões e padrões de ilusão

Os cientistas tentaram se proteger contra a identificação de falsos padrões desenvolvendo


métodos de análise estatística para decidir se um conjunto de observações fornece bom apoio
para uma hipótese ou se, ao contrário, o aparente apoio provavelmente se deve ao acaso.

Essa é a função do teste de significância: é um procedimento para calcular a probabilidade de


observarmos se a hipótese que está sendo testada é verdadeira. Se a probabilidade for baixa,
rejeitamos a hipótese. Se for alta, podemos aceitá-la.

Nos testes de significância, dizemos que o nível de significância da nossa rejeição é de 3%, o
que significa que existe uma probabilidade de no máximo 3% de que os dados tenham nos
iludido em função do acaso.

Nos testes de significância, dizemos que o nível de significância da nossa rejeição é de 3%, o
que significa que existe uma probabilidade de no máximo 3% de que os dados tenham nos
iludido em função do acaso.
O teste de significância e outros métodos estatísticos são úteis para os cientistas,
especialmente quando estes têm a possibilidade de realizar estudos grandes e controlados. No
entanto, não temos como realizar estes estudos no dia a dia, nem aplicarmos intuitivamente a
análise estatística. Em vez disso, confiamos em nossa intuição. A intuição identifica padrões.

No final do século XX, surgiu um movimento para estudar como a mente humana percebe a
aleatoriedade. Os pesquisadores concluíram que “as pessoas têm uma concepção muito fraca
da aleatoriedade e não a reconhecem quando a veem e não conseguem produzi-la ao
tentarem”. E o que é pior, temos o costume de avaliar equivocadamente o papel do acaso em
nossas vidas, tomando decisões muito ruins.

De qualquer maneira, é importante enxergarmos as coisas a longo prazo, entendendo que


sequências e outros padrões que não parecem aleatórios podem de fato ocorrer por puro
acaso. Também é importante, ao avaliarmos os demais, reconhecer que, num grande grupo de
pessoas, seria muito estranho se uma delas não vivesse uma longa sequência de sucessos ou
fracassos.

A questão é que se os eventos são aleatórios, nós não estamos no controle, e se estamos no
controle dos eventos, eles não são aleatórios. Portanto, há um confronto fundamental entre
nossa necessidade de sentir que estamos no controle e nossa capacidade de reconhecer a
aleatoriedade. Esse embate é um dos principais motivos pelos quais interpretamos
erroneamente os eventos aleatórios.

O andar do bêbado

Na nossa vida o determinismo nos leva a crer em um mundo previsível. Trata-se de um mundo
ordenado, no qual tudo pode ser antecipado, computado, previsto.

Quando reconsideramos detalhadamente os grandes acontecimentos de nossas vidas, não é


raro identificarmos eventos aleatórios aparentemente inconsequentes que levaram a grandes
mudanças.

Há muitas razoes pelas quais o determinismo se mostra incapaz de satisfazer as condições de


previsibilidade nas questões humanas. Em primeiro lugar, até onde sabemos, a sociedade não
é governada por leis definidas e fundamentais, como a física. Na verdade, além de ser
imprevisível, o comportamento humano é freqüentemente irracional, como mostra uma série de
estudos. Em segundo, mesmo que conseguíssemos descobrir as leis dos assuntos humanos, é
impossível conhecermos ou controlarmos precisamente as circunstancias de nossas vidas. Ou
seja, não conseguimos obter os dados precisos de que precisamos para fazer previsões. Por
fim, nossas questões são tão complexas que, mesmo que compreendêssemos as leis e
possuíssemos todas as informações, dificilmente conseguiríamos realizar os cálculos
necessários. Por isso, o determinismo é um modelo fraco para descrever a experiência
humana.

Embora possamos encontrar regularidades estatísticas em dados sociais, o futuro de cada


indivíduo é impossível de prever, e no que diz respeito a nossas conquistas particulares,
empregos, amigos ou finanças, todos devemos muito mais ao acaso do que somos capazes de
perceber.

Charles Perrow, da universidade Yale, criou uma teoria onde reconheceu que os sistemas
modernos são formados por milhares de partes, incluindo seres humanos falhos e as decisões
tomadas por eles, que se inter-relacionam de maneiras impossíveis de rastrear e prever
individualmente.

Num empreendimento, por mais vezes que fracassemos, se continuarmos tentando geralmente
haverá uma boa chance de que acabemos por ser bem-sucedidos.

Se examinarmos nossas vidas, também veremos que muitos dos grandes eventos que nos
afetam poderiam ter tido resultados diferentes não fosse pela aleatoriedade, como pessoas que
encontramos por acaso, oportunidades de emprego que cruzam nosso caminho
aleatoriamente, etc.

A teoria do acidente normal nos mostra que influencias aleatórias são tão importantes quanto
nossas qualidades e ações. Pois a grande ideia é a de que, como o acaso participa de nosso
destino, um dos importantes fatores que levam ao sucesso está sob o nosso controle: o
número de vezes que nos arriscamos e o número de oportunidades que aproveitamos.

Nas palavras de Thomas Watson, o pioneiro da IBM: “ se você quiser ser bem-sucedido,
duplique sua taxa de fracassos. ”

Instainsights

· Os eventos aleatórios e nossas reações a eles determinam nossos destinos.

· Os acontecimentos favoráveis em nossa vida são uma soma de fatores aleatórios como:
habilidade, preparo e esforço.

· A maioria das pessoas acredita em um mundo previsível, mas muitas vezes são eventos
aleatórios que mudam o rumo de nossas vidas.

· Quanto maior o número de tentativas, maiores são as chances de obter sucesso.

Neste livro, você aprendeu que

O autor apresentou os conceitos básicos da aleatoriedade e como o utilizamos no dia a dia.


Mostrou como esses efeitos aleatórios passam despercebidos na nossa interpretação, em
nossas expectativas e em nossas decisões. O autor mostra que quando entendemos como
funciona a teoria, podemos alterar o modo como percebemos os acontecimentos ao nosso
redor e melhorar nossa capacidade de tomar decisões. O livro mostra que muitos eventos que
nos ocorreram em nossas vidas poderiam ter tidos resultados muito diferentes, se não
tivéssemos encontrado com pessoas aleatórias, ou por uma oportunidade de emprego que
cruzou nosso caminho aleatoriamente. Inevitavelmente nem sempre nossos planos darão
certo, mas se continuarmos tentando há uma boa chance de sermos bem-sucedidos.
AÇÕES COMUNS, LUCROS EXTRAORDINÁRIOS: Não siga o rumo da multidão

Philip Fischer

A obra foi lançada em 1958, é um clássico da área de investimentos em ações, e ainda hoje
uma referência para investidores no mundo inteiro. Sua proposta é oferecer elementos e
técnicas para o investidor se envolver mais com seus investimentos. E para isso, apresenta
alguns princípios básicos da sua metodologia de como escolher e aplicar em ações.

Lições do passado

Tradicionalmente, existem duas maneiras de ganhar dinheiro no mercado de ações. No


entanto, é difícil para um investidor saber exatamente quanto é o mínimo para investir e quando
investir mais.

Uma abordagem melhor seria identificar boas empresas com potencial e investir nelas em
longo prazo. Essa abordagem invariavelmente levará a lucros magnificos de investimento para
um investidor. Este livro é sobre como identificar essas empresas.

Quais são as principais características de boas empresas? Primeiro, elas não precisam ser
jovens e pequenas. Mesmo uma grande empresa pode crescer significativamente por um longo
período de tempo com um gerenciamento inteligente. Segundo, a administração dessas
empresas equilibra o planejamento de longo alcance com a execução de curto alcance.
Terceiro, essas empresas se concentram na renovação contínua por meio de Pesquisa e
Desenvolvimento. A boa notícia para o investidor é que muitas dessas empresas existem hoje.

Uma questão-chave é identificar se um investidor deve atuar no mercado de títulos ou se é


melhor investir em ações. O investimento no mercado de títulos exige amplo conhecimento que
o investidor de varejo pode não possuir. Por isso, é melhor para o investidor de varejo ficar
longe do mercado de títulos.

Método Scuttlebutt

Depois que um investidor escolhe a empresa que deseja investir, o próximo passo é identificar
várias fontes que podem fornecer informações sobre a empresa. Primeiro deve-se coletar
informações externas da empresa, para saber como está posicionada em relação aos
concorrentes do setor. O autor discute uma estratégia chamada 'Scuttlebutt'. De acordo com a
estratégia, existem quatro fontes principais de informações externas. Elas são os concorrentes,
fornecedores, clientes e ex-funcionários da empresa. Pode-se obter informações importantes
através dessas fontes. Somente após o investidor obter todas as informações relevantes do
Scuttlebutt, o investidor deve pensar em conversar com a gerência da empresa.

O que comprar: as quinze questões para verificar no mercado de ações

Ao pesquisar uma empresa para investir, um investidor deve tentar obter respostas para quinze
perguntas. Estas são:

1. A empresa possui produtos ou serviços com potencial de mercado suficiente para possibilitar
um aumento considerável nas vendas por pelo menos vários anos? É possível para a empresa
obter lucros únicos controlando rigorosamente os custos.

2. A gestão da empresa tem determinação para continuar a desenvolver produtos ou processos


que aumentarão o potencial de vendas quando o potencial dos produtos ou serviços atuais já
tiver sido explorado?

3. Quão efetivas são as pesquisas e desenvolvimento de novos produtos e serviços da


empresa em relação ao seu tamanho?

4. A empresa tem uma organização de vendas acima da média?

5. A empresa tem uma margem de lucro que vale à pena?

6. O que empresa tem feito para manter ou melhorar sua margem de lucro?

7. A empresa tem uma boa relação com os seus funcionários?

8. Existe boa relação entre os executivos da empresa?

9. A empresa tem outras pessoas com quem contar, caso haja algum problema com as
pessoas chave?

10. Quão boa é a análise de custos e controles das contas?

11. Existem outros aspectos do negócio, de alguma forma peculiares nesse setor, que dê ao
investidor pistas importantes sobre quão bem a empresa poderá ser em relação às suas
concorrentes?

12. A empresa tem uma visão de curto ou de longo prazo sobre os seus lucros?

13. No previsível futuro, o crescimento da empresa exigirá novas emissões de ações, que
diluirão os acionistas que não aumentarem a sua posição, reduzindo os benefícios daqueles
que se anteciparam àquele crescimento?

14. A empresa fala normalmente com os seus acionistas quando as coisas estão indo bem,
mas se cala de repente quando as coisas estão indo mal?

15. A empresa tem uma gestão com integridade inquestionável?

O que comprar: aplicando os princípios às suas próprias necessidades

A recomendação para o investidor médio não é investir por conta própria, mas investir através
de um especialista. Embora as empresas de crescimento de pequeno porte tenham mais
potencial de crescimento, elas são mais arriscadas. Um investidor deve investir cerca de 80 a
85% de seus fundos em empresas de médio porte.

Quando comprar
As características das ações dirão ao investidor quando comprá-las. Por exemplo, se a
empresa em crescimento está criando um novo produto, é hora de comprar. Outro momento
para comprar será quando a primeira fábrica entrar em operação. Outro momento é quando
uma boa empresa em crescimento entra em dificuldades temporárias. Outro momento para
investir é quando uma empresa de crescimento bem-sucedido faz investimentos para expandir,
modernizar ou aumentar uma empresa. Em cada um dos casos acima, o mercado fornecerá ao
investidor oportunidades de compra muito lucrativas por alguns meses. Além disso, você pode
encontrar uma boa negociação de ações a um preço baixo

Quando vender e quando não vender

Existem três razões pelas quais se deve vender uma ação. A primeira razão é que fica claro,
quando a compra original foi um erro. A segunda razão é que a empresa não atende mais aos
requisitos das 15 questões discutidas anteriormente. A terceira razão é vender e comprar uma
oportunidade melhor. O autor desencoraja a venda com base em motivos como "O estoque
teve um bom adiantamento", "O estoque está muito caro" etc

Dez negativas para os investidores

1. Não comprar 'Startups', pois são empresas pequenas com excelente potencial de
crescimento, mas sem histórico de desempenho operacional ou de lucro. Isso torna difícil para
os investidores analisarem essas empresas. O autor recomenda investir nessas empresas com
pelo menos 2 anos de histórico operacional e um ano de lucro operacional.

2. Não ignore uma boa ação porque ela é negociada no mercado de balcão, fora da bolsa de
valores. Você pode obter boas pechinchas nesse segmento se for um investidor experiente.

3. Não ignore uma ação apenas porque você não gosta do tom do relatório anual. Não siga
pela aparência, mas pela qualidade do conteúdo dos relatórios.

4. Não assuma que o alto preço em que a ação está em negociação em relação ao seu lucro
seja necessariamente uma indicação de que um crescimento adicional dos lucros já esteja
precificado;

5. Se você decidiu comprar uma ação e planeja comprar em pequenos números, é melhor não
esperar uma pequena queda nos preços das ações antes de começar a acumular as ações;

6. Não exagere na diversificação;

7. Não tenha medo de comprar em uma situação de guerra;

8. Não seja influenciado pelo que não importa;

9. Considere o tempo, assim como o preço na compra de uma verdadeira ação de crescimento;

10. Um investidor deve procurar razões reais para compra das ações, não o que todos estão
fazendo.
Como encontrar ações em fase de valorização

Depois de ter uma ideia da empresa a investir, o autor usa o método 'Scuttlebutt' para
investigar a empresa. Se o método mostrar que não vale a pena investir em ações, o mesmo
será descartado, mas se os resultados da investigação forem positivos, ele abordará a
empresa para preencher as lacunas de seu conhecimento. O foco é obter respostas para as 15
perguntas que foram feitas anteriormente. É preciso empenho, mas os resultados virão de
acordo com esse esforço.

Instainsights

· Investir em empresas que tenham no mínimo um histórico de resultados;

· Usar seu método das 15 questões para decidir em investir em empresas;

· O preço das ações são reflexos dos resultados futuros e não do passado;

· Investir na empresa para gerar retorno em longo prazo.

Neste livro, você aprendeu que

O objetivo é auxiliar os investidores, que não desejam buscar lucros imediatos, a identificar
quais empresas tem possibilidade de crescimento em longo prazo, por meio de um
gerenciamento inteligente, administração equilibrada, planejamento, renovação contínua em
Pesquisa e Desenvolvimento. E para isso, apresenta suas técnicas para fazer essa avaliação
antes de optar por investir em ações dessas empresas.

Como fazer amigos e influenciar pessoas

Dale Carnegie

Técnicas Fundamentais para Lidar com Pessoas.

Se você quer colher mel, não derrube a colmeia.

É algo básico na natureza humana negar ou rejeitar críticas e justificar ações com outras
pessoas. Al Capone dizia “eu gastei os melhores anos da minha vida dando às pessoas prazer,
ajudando-as a ter bons momentos, e tudo o que consegui foi abuso, e virar um homem
procurado.”

Se mesmo o mais notório gangster americano de todos os tempos enxergava a si mesmo sob
essa luz, não é possível que o ser humano médio seja também propenso a aceitar críticas.
Tomando o conselho de Benjamin Franklin, “eu não falarei mal de ninguém… e falarei tudo de
bom que sei sobre todos”

O grande segredo de lidar com pessoas.


Das necessidades básicas humanas, dizia Carnegie, o desenho de ser importante, grande, é a
mais difícil de alcançar. “Se você diz o que é capaz de fazer para tornar-se importante, isso me
dirá quem é você. Isso determina seu caráter”.

Se você é capaz de conceder ao próximo esse senso de importância, você terá aí a chave para
lidar com pessoas. Como dizia Charles Schwab, “eu considero que minha habilidade de causar
entusiasmo nas pessoas é o maior ativo que eu possuo, e a maneira de desenvolver o melhor
nos homens é a apreciação e o encorajamento.”

Nossa resposta natural é criticar aquilo que não gostamos, e permanecer em silêncio sobre
aquilo que gostamos. Se você acha difícil demonstrar apreciação pelas pessoas (ou certas
pessoas), tome o conselho de Waldo Emerson: “todo homem que conheci é melhor do que eu
em algo. E nisso, eu podia aprender com eles”.

Toda pessoa no mundo sabe algo que não sabemos, portanto busque aprender isso nas
interações, e você tornará essa pessoa importante. Isto não é uma sugestão para elogios
desmedidos, ao contrário, o autor defende que você esteja alerta em relação a oportunidades
de demonstrar apreciação de forma sincera quando alguém faz algo positivo.

Aquele que sabe fazer tem o mundo inteiro consigo, e aquele que não sabe caminha sozinho.

Quando você vai pescar, você não coloca morangos no anzol como isca, você usa aquilo que
os peixes preferem, minhocas. Ainda assim, ao interagir com outras pessoas, nós sempre
barganhamos dentro daquilo que nós preferimos, o que é uma perda total de tempo e esforço.
Ao invés disso, devemos sempre nos perguntar a respeito do que a outra pessoa prefere ou
quer, e apresentar os argumentos dentro desse espectro. Dizer a elas o que elas querem ouvir.

Henry Ford dizia que “se há um grande segredo para o sucesso, ele reside na habilidade de
conseguir o ponto de vista de outras pessoas e em ver as coisas sob um ângulo parecido com
o delas”. (Mais recentemente, muitos livros vêm ressaltando a importância do incentivo, de
autores como Steven Levitt, ou o livro “Freakonomics”, de Stephen Dubner).

Pode soar óbvio, mas a maioria das pessoas persiste em suas interações no ato de defender e
validar seus desejos e necessidades próprios. Assim sendo, coloca o autor, “o raro indivíduo
que tenta servir ao próximo possui enorme vantagem. Ele quase não tem concorrência”.

Seis Maneiras de Fazer com que as Pessoas Gostem de você

Faço isso e será bem-vindo em qualquer lugar.

O primeiro modo de fazer com que as pessoas gostem de você é simples: mostre-se
interessado. Uma aplicação simples sugerida pelo autor é marcar ou lembrar do aniversário
das pessoas. (hoje em dia temos formas digitais de fazer isso, o que torna o ato de lembrar do
aniversário um dia antes mais significativo, se a cultura local permitir isso.)

As pessoas gostam de ser lembradas, admiradas e buscadas quando se precisa de ajuda –


desse modo, se você precisa de algo de alguém, diga a essa pessoa que ela é a única que
poderá ajudá-lo, peça a ela exatamente aquilo que quer e torne possível a ela fazer isso por
você.

O autor conta várias histórias sobre pessoas que genuinamente se interessaram pelos demais,
muito embora esse interesse estivesse remotamente relacionado àquilo que elas mesmas
queriam. Você irá perceber que quando demonstra interesse pelas pessoas, elas geralmente
dão a você aquilo que quer, muitas vezes mesmo sem que você o peça.

Chame isso de karma, ou colheita se o vê desse modo, mas a verdade fundamental é que você
consegue muito mais interessando-se pelas pessoas e dando a elas o que elas querem, e isso
lhe dá acesso a uma das melhores técnicas de vendas no mundo.

Se você não fizer isso, estará em apuros.

Jim Farley foi criado por uma mãe solteira perto da virada do século XIX, começando como
pedreiro aos 10 anos de idade e nunca tendo muita educação. Ele terminou sendo o
Postmaster General of the United States, presidente do Comitê Democrático Nacional e
responsável por colocar Franklin Delano Rooselvelt na Casa Branca.

O segredo de Farley era o fato dele poder chamar mais de 50 mil pessoas pelo primeiro nome.
Cada vez que ele conhecia alguém, perguntava seu nome, tamanho da família, profissão,
tendências políticas e criava um modelo mental disso. (Travis Bradberry recomenda algo similar
no capítulo 7 do livro “Inteligência Emocional 2.0). Use e lembre-se do primeiro nome das
pessoas, e elas automaticamente gostarão de você.

Uma maneira fácil de ter um bom papo.

Para colocar de modo simples, rapidamente encontre os interesses da outra pessoa,


encorage-as a falar sobre eles e mande ver. As pessoas estão geralmente muito mais
interessadas naquilo que já têm interesse do que em ouvir você.

A maioria das pessoas começa um papo tentando achar pontos em comum, mas se você foca
no que a outra pessoa se interessa, isso acaba sendo um modo simples de conseguir atenção,
e nesse momento as pessoas o considerarão bom de papo. Você nem precisa dizer, na
verdade, muita coisa.

É surpreendemente fácil evitar uma conversa exaltada. Novamente, apenas cale-se. Tudo o
que você tem de fazer é ouvir o outro, até que essa pessoa conte toda sua história e se dê por
satisfeita. Nesse meio tempo, você pode abordar o problema de seu ponto de vista, o que
geralmente leva a uma mudança de assinto e a uma resolução mais rápida do conflito.

Como interessar pessoas.

Quando Teddy Roosevelt tinha seu cronograma feito para encontrar pessoas no dia seguinte,
ele sentava-se e lia assuntos que interessasse a essas pessoas. Gaste sua energia para
encontrar a paixão das outras pessoas, não preparando seu próprio discurso, e comece o
assunto com esse tema, ao invés de ir direto ao ponto da reunião ou conversa. Muitos de
cultura oriental cometem tal erro – indo direto ao ponto e parecendo orientados a resultados,
mas sendo pouco eficientes. Você terá muito mais frutos agindo desse modo.

Como fazer as pessoas gostarem de você instantaneamente.

Sempre que reunir-se com alguém, por mais rápido que seja, pergunte a si mesmo “o que há
nesse pessoa que eu possa admirar de forma honesta?”. Todos querem aprovação e sentir-se
importantes, e não custa tanto a você entregar isso às pessoas.

Pratique isso com todos que conhecer – desde atendentes em correios até sócios e parceiros.
Faça disso um hávito e junto com outras práticas aqui listadas, você irá melhorar muito seus
relacionamentos.

Doze Maneiras de Atrair Pessoas para o seu Modo de Pensar

Você não pode ganhar uma discussão.

Mesmo que você derrube seu oponente com seu incrível conhecimento, ele ainda assim irá
abandonar a discussão com ressentimento – e você perderá de qualquer modo. Simplesmente
não vale a pena discutir. Abraham Lincoln dizia que “nenhum homem decidido a conseguir o
melhor de si perde seu tempo com disputas pessoais.”

O autor novamente vê as coisas por meio de sua óptica de dar importância às pessoas - se
você briga com alguém, essa pessoa pode ter seu senso de importância ofendido, e usar isso
para bloquear você. Se você reconhece sua importância, o ego desse pessoa pode respirar, e
você encontra assim um modo simpático de vender sua causa.

Um modo certeiro de fazer inimigos – e como evitá-lo.

Em uma veia similar, você nunca deve perder tempo provando que as pessoas estão errada.
Em primeiro lugar, tenha alguma humildade – todos nós somos influenciados de forma
cognitiva e mesmo o mais ferrenho estudante de psicologia cai nas armadilhas da mente
humana de forma diária.

Se estiver errado, admita.

E o faça rapidamente, abertamente e com entusiasmo. Novamente, o autor traz o conceito de


dar importância. Quando você condena a si mesmo, a única opção para a outra parte é usar de
sua autoestima para defender você. Mesmo quando os interesses do outro são claramente
contrários aos seus, admitir erros é uma arma muito importante. (Você pode querer ver o
quanto isso é importante, então leia o artigo de James Altucher: “Como Conseguir um MBA
estudando Eminem”).

A estrada para a razão do homem.

Se você responde ódio com ódio, você nunca convencerá o outro de que tem razão. Se ao
invés disso você demonstrar amizade, simpatia e admiração, você poderá tornar a raiva algo
em seu favor.
O segredo de Sócrates.

Nunca comece um papo indo direto aos pontos nos quais a sua opinião difere daquela da outra
pessoa. Ao invés disso, comece, de forma diligente e continuada, enfatizando as coisas nas
quais vocês concordam. Fique lembrando as partes envolvidas de que, embora possam elas
discordar em alguns pontos, todos buscam a mesma solução. Um bom influenciador de
pessoas tem a capacidade de identificar a solução que todos buscam.

O resultado desse método é o consentimento da outra parte, em qualquer que seja o assunto.
O orgulho das pessoas e de sua personalidade as obriga a permanecer fiéis e consistentes
consigo mesmas, assim sendo, comece você dizendo sim ou não, o resultado será igual. O sim
e o não são mais do que palavras, são respostas, e se você tenta modificar uma resposta
pronta, terá de ir contra tudo que levou até ela. Isso pode ser uma tarefa impossível, então é
melhor colocar as coisas na mesa antes de ir adiante. Consiga que a outra pessoa diga um sim
antes de tudo mais que possa ocorrer.

Uma válvula segura para lidar com reclamações.

Deixe as pessoas falarem. Quando alguém tiver uma reclamação, deixe que extravase.
Quando você for a uma entrevista, não fale de si mesmo; pergunte algo sobre o entrevistador e
deixe que ele mesmo fale.

Como conseguir cooperação.

Nunca deve haver uma situação na qual você tenha de exigir crédito por uma ideia; deixe que a
outra parte exija-o, e você terá muito mais chances de conseguir cooperação. Quando você
precisa de algo, não fale sobre aquilo que você precisa. Apresente a ideia para a outra pessoa
como uma simples informação disponível, e deixe que a ideia venha dali.

Uma fórmula que fará milagres por você.

Há sempre uma razão pela qual uma pessoa pensa de um modo e age de outro. Deixe de lado
o ato de julgar o quanto as pessoas estão certas ou erradas e ao invés disso corra atrás dessa
razão. Você encontrará nela a chave para desvendar personalidades.

O autor diz que, caso você não consiga nada mais com o livro, que ao menos comece a tentar
ver de forma honesta o ponto de vista dos outros – não opiniões, mas o porquê dessas
opiniões.

O que todo mundo quer.

Carnegie passa então uma frase mágica: “eu não o culpo por se sentir desse modo. Se eu
fosse você, sem dúvida me sentiria assim.”. Sinta-se livre para atualizar tal frase para o século
XXI, mas o ponto aqui é reconhecer de forma verdadeira que você tem a mesma perspectiva
da outra pessoa, e que agiria do mesmo modo se tivesse o temperamento dela, ou suas
experiências.

Junto a muitos outros, Steven Covey discorda desse ponto em seu livro “Os 7 Hábitos das
Pessoas Altamente Eficazes”, bem como Charles Duhigg em seu livro “O Poder do Hábito”,
mas o aspecto abordado por Carnegie é certamente válido. Embora possamos argumentar
sobre o papel do ambiente e escolhas pessoais, é igualmente importante reconhecer a validade
das emoções e opiniões das pessoas, tornando-as válidas conforme as circunstâncias.

Um apelo que todos apreciam.

J.P. Morgan uma vez afirmou que as pessoas geralmente têm duas razões para fazer qualquer
coisa: uma que soa bem e outra real. Apelar para os motivos nobres das pessoas é uma forma
de dar a elas uma boa razão. Fale e aja de um modo que pressuponha o melhor delas.

Os filmes fazem. A rádio faz. Por que você não o faz?

Meramente propagar uma verdade não é suficiente. A verdade tem de ser colocada de modo
vívido, interessante e dramático. A demonstração é muito mais memorável que a palavra, então
mostre às pessoas suas ideias, ao invés de apenas enumerá-las.

Quando nada mais funcionar, tente isto.

Charles Schwab uma vez teve um gerente de fábrica o qual não conseguia fazer com que
operários atingissem sua cota. O gerente tinha tentado de tudo, sem sucesso. Schwab
simplesmente perguntou sobre os números de determinado turno diário, e o gerente o escreveu
em giz no chão.

Quando o turno da noite iniciou os trabalhos, perguntaram todos o que significava o número, e
então trabalharam para atingir um número maior do que o turno diário. Sem querer ficar para
trás, o turno diário produziu ainda um item a mais, e isso foi ocorrendo até que a fábrica se
tornasse a mais produtiva da empresa.

O princípio aqui é não colocar pessoas umas contra as outras, mas sim buscar excelência. O
amor pelo jogo e a chance de provar o melhor de si são os maiores motivadores – então
introduza alguma competição quando quiser inspirar os outros.

Nove Maneiras de Mudar as Pessoas sem Causar Raiva ou Ressentimento

Se você precisa apontar falhas, eis um bom modo de começar.

Antes de apontar as falhas das outras pessoas, comece com um elogio honesto sobre algo que
tenham alcançado ou corrigido. Após fazer isso, você poderá apontar os aspectos a melhorar
ou corrigir.

Como criticar, e não ser odiado por isso.

Quando o presidente da loja de departamentos Wanamaker, John Wanamaker, estava em uma


de suas rondas diárias, percebeu um consumidor esperando no balcão sem atendimento, uma
vez que o staff da loja estava conversando e rindo do outro lado do balcão.

Wanamaker foi para trás do balcão, atendeu ele mesmo o cliente e deu o pacote à equipe para
embrulho, seguindo adiante. Sem dizer uma palavra sequer, ele claramente comunicou o
problema à equipe e o que esperava dela.

Quando tiver de criticar, encontre um modo indireto de fazê-lo.

Fale sobre os seus erros primeiro.

A crítica é muito fácil quando a outra pessoa expõe de início suas próprias falhas. Quando você
tiver de apelar à crítica direta, primeiro deve mencionar falhas suas semelhantes, ou
deficiências suas em outras áreas. “Bem, sou péssimo em A e não poderia fazer B, mas uma
coisa que eu sei fazer é…”

Ninguém gosta de receber ordens.

Fazer perguntas ao invés de dar ordens diretas. Assim você permite às pessoas preservarem
seu próprio senso de importância. Como Charles Duhigg aponta em seu livro “O Poder do
Hábito”, a eficiência de alguém é diminuída quando ela recebe ordens ao invés de
compreender o propósito daquilo que tem de fazer.

Deixe que os outros poupem a si mesmos.

A General Electric uma vez teve de substituir o comando de um de seus departamentos – um


gênio em eletricidade que não servia para ser líder de departamento. Ao invés de demovê-lo, a
GE o colocou sob um novo título de engenheiro consultor para toda a companhia.

Geralmente não gastamos tempo pensando sobre como ajudar os outros a salvar a si mesmo,
mas se o fizermos, veremos que geralmente não é preciso tanto esforço.

Como impulsionar o homem em direção ao sucesso.

Você conseguirá resultados muito melhores valorizando pessoas em relação a pequenas


conquistas e melhorias do que criticando-as quando não conseguem algo.

Você conseguirá resultados muito melhores valorizando pessoas em relação a pequenas


conquistas e melhorias do que criticando-as quando não conseguem algo.

Dê nomes pomposos.

Uma verdade sobre a natureza humana é o fato de que o homem sempre viverá em função de
reputações que sejam atribuídas a ele. Diga a uma pessoa que você a acha ou ouviu que ela é
honesta, ou dedicada, ou que possua qualquer outra virtude e elas geralmente irão viver em
função disso – mesmo que suas ações anteriores provem o contrário.

Façam com que erros pareçam ser fáceis de corrigir.

O autor fala sobre como, em certa vez, recusou-se a jogar bridge com um amigo, dizendo que
o jogo era demasiado complicado para ele. O amigo argumentou que não havia qualquer
truque ali, e que não era necessário nada além de memória e capacidade de julgamento.
Dizendo às pessoas que determinada meta é fácil ou que erros são fáceis de corrigir, você cria
nelas um sentimento de confiança para atingir tal meta ou corrigir uma falha.

Faça com que as pessoas gostem de fazer o que você quer.

A chave para tornar as pessoas gratas por fazerem o que você quer, novamente, é fazer com
que se sintam importantes. Dê a elas reconhecimento, como sendo as melhores para o
trabalho, ou crie sensação de autoridade nelas, e elas irão engajar-se naquilo que pediu a elas
que fizessem.

Quando Napoleon Bonaparte criou a Legião de Honra, deu a seus soldados 1.500 medalhas,
nomeando 18 de seus generais como “Marechais da França”, e crivou suas tropas como sendo
o “Grande Exército”. Quando criticado por ter dado “brinquedos” às tropas, disse que os
homens são governados pelos brinquedos.

Conclusão

Ao mesmo tempo em que há muito material brilhante neste livro, a maioria de seu conteúdo se
refere ao senso comum. A maioria dos conceitos são simplesmente uma repetição da máxima
de “seja simpático com as pessoas ao invés de criticá-las”. O valor do livro reside tanto na
lembrança desse fato quanto no modo de fazê-lo, e nas ilustrações que mostram as nuances
da simpatia com os outros.

Carnegie defende uma abordagem das relações humanas que é analítica e proativa, dando um
passo além em relação aos requisitos de civilidade, pensando um passo adiante das outras
pessoas. Isso parece simples, mas exatamente por isso as relações eficazes simplesmente
advêm da habilidade de colocar o próximo em primeiro lugar. Este livro traz lembranças e
insights sobre como praticar isso no dia a dia e é por isso que ganhou reputação como sendo
um dos mais úteis na área das relações em todos os tempos.

Nota final: é interessante voltar no tempo e comparar os pontos e perspectivas do autor com o
livro “As 48 Lições do Poder”. Os dois livros abordam aspectos radicalmente diferentes, mas
têm muitos pontos em comum. Combinar os dois é uma boa forma de compreender o que cada
um deles tem a dizer.

Os 7 Hábitos das Pessoas Altamente Eficazes (parte 2)

Stephen R. Covey
Conclusão

No que pode ser descrito, apenas, como uma ironia cruel, Os 7 Hábitos das Pessoas Altamente
Eficazes parece ter se tornado a maior propaganda do mundo para as coisas ruins que as
pessoas deveriam conseguir superar com a leitura do livro. O cerne do livro é que, para ser
eficaz, você deve tomar sua autenticidade como ponto de partida, começando pelos seus
valores e construindo, gradualmente, cada um dos hábitos descritos. Infelizmente, no entanto,
é da natureza humana a mania de copiar a forma sem compromisso com a autenticidade.

O valor intrínseco desse livro transformou-o numa vítima de seu próprio sucesso quando ele
chegou à ribalta do mundo dos negócios, assumindo o posto de livro da moda. Muitas pessoas
e organizações parecem ter genuinamente gostado do que leram, o que as levou a incorporar
os hábitos em seus cotidianos – e dos outros – à força e da maneira mais desajeitada possível
(frequentemente, inclusive, selecionando aqueles hábitos que pareciam ser mais facilmente
implementados da noite para o dia) sem, na verdade, ter refletido a respeito deles ou
internalizado propriamente seu significado. O resultado foi uma aliança improvável entre
aqueles que tiveram péssimas interações com esse tipo de pessoa – ou organização – e
aqueles muito tacanhos para superarem seus próprios problemas e compreenderem
verdadeiramente o Hábito 1 (que impele o indivíduo a assumir responsabilidade pelos
resultados de suas ações). E essa aliança perpetuou o escárnio a todas as filosofias de Covey.

O desdém, entretanto, não é merecido. Ao ler o livro, títulos que parecem auto ajuda barata de
rede social se transformam em grandes sacadas quando você consegue, finalmente,
compreender o princípio que as norteia. A redução deste livro a um resumo, apesar de ter sua
utilidade, também acaba causando uma certa perda de significado, relegando lições poderosas
e cheias de carga emocional a tópicos frios.

Embora não seja uma estrutura ampla para a transformação da eficácia pessoal de todo ser
humano, Os 7 Hábitos das Pessoas Altamente Eficazes acerta muitos alvos e faz por merecer
seu título de bíblia da pessoa realmente eficaz.

Uma vez que você leia o livro, será possível compreender melhor o significado e as nuances de
cada tópico – não custa, entretanto, refrescar a memória com a seguinte lista:

Seja proativo. Adote uma perspectiva de responsabilidade por suas ações, reações e
resultados.

Comece tendo o objetivo final em mente. Certifique-se de que seus esforços comecem pelo o
estabelecimento de seus princípios pessoais.

Comece pelo começo. Dedique seu tempo a coisas importantes, não coisas urgentes.

Pense com foco no ganha-ganha. Inicie toda interação com a perspectiva de quem quer
melhorar o sistema (e não a outra pessoa), na busca por uma solução que seja a melhor
possível para todos os envolvidos.

Busque compreender antes de ser compreendido. Satisfaça a necessidade que as pessoas


têm de ser compreendidas. Em seguida, estabeleça uma relação de confiança e comunique
suas emoções – sua lógica é a última coisa que você deve divulgar.

Combine os cinco primeiros hábitos para atingir um nível exponencialmente maior de interação
a cada dia.

Mantenha-se afiado. Dedique tempo especialmente para manter sua mente, corpo, emoções e
espírito renovados.

Os 7 Hábitos das Pessoas Altamente Eficazes (parte 1)

Stephen R. Covey

Os 7 hábitos

Na busca pela eficácia pessoal, a maior parte das pessoas tenta mudar um de dois aspectos:
seu comportamento (Vou me esforçar realmente para conquistar isso) ou sua atitude (daí a
popularidade de livros de autoajuda e palestras motivacionais). Se você já tentou essas
abordagens, sabe que não são muito eficazes. A única solução que leva a uma mudança é a
alteração de seu “paradigma” pessoal, ou o padrão de percepção pelo qual você vê o mundo.

Para resumir da melhor forma possível esses sete hábitos, uma pessoa eficaz aprendeu a fazer
essa alteração do paradigma de dentro para fora – e não de fora para dentro – de modo a
progredir pelo caminho do crescimento desde a dependência, passando pela independência e
chegando à interdependência. Ela encontrou o equilíbrio entre ser capaz de produzir ao mesmo
tempo que aumenta sua capacidade futura de produção.

Isso pode soar como um monte de “abobrinha”, mas se tornará claro conforme você consiga
progredir de um hábito ao outro e causar a alteração de paradigma que o autor descreve.

Os três primeiros hábitos são hábitos de autocontrole, ou vitórias pessoais. Esses devem ser
conquistados primeiro e serem seguidos pelos próximos três hábitos, compostos por vitórias
públicas. O último dos sete hábitos é a chave para garantir o funcionamento correto e
constante renovação dos seis hábitos anteriores.

Hábito 1: Seja proativo

Só por um momento, coloque de lado a definição de “proativo” que você encontra no dicionário,
assim como qualquer outra definição ou significado que você tenha aprendido enquanto
trabalhava num determinado campo. Você terá que fazer isso com a maior parte das palavras
usadas nos próximos títulos se quiser, realmente, compreender o que Covey está dizendo.

A melhor forma de compreender o que é um paradigma – assim como compreender o


paradigma que rege a vida de uma pessoa eficaz – é compreender, primeiramente, os três
tipos de paradigmas amplamente aceitos na sociedade atual e utilizados por muitos para
explicar o comportamento humano:
Determinismo genético (você é quem é por causa de seus genes)

Determinismo psíquico (sua criação, quando criança, moldou sua personalidade), e

Determinismo ambiental (as coisas à sua volta fazem você ser quem é)

O ponto de vista principal, nesse caso, é de que somos animais em nosso íntimo e que,
portanto, somos compelidos a uma determinada resposta por um determinado estímulo.
Embora haja, definitivamente, alguma verdade nessa declaração, Covey prefere citar Victor
Frankl, psiquiatra e sobrevivente do Holocausto. “Entre o estímulo e a resposta o homem tem a
liberdade de escolha”.

O autor define proatividade (e a alteração de paradigma que advém do conceito) como o


exercício da liberdade de escolher o autoconhecimento, a imaginação, a consciência e a
vontade independente como opções localizadas entre o estímulo e a resposta naturais. Se
você está infeliz, malsucedido e assim por diante; é porque escolheu sentir-se assim em vez de
escolher sua própria resposta. A intenção dessa declaração não é minimizar os efeitos que a
genética, a criação e o ambiente tenham sobre uma pessoa. Para ser uma pessoa eficaz, no
entanto, é necessário reconhecer nossa própria responsabilidade sobre como somos moldados
por esses fatores.

Não se trata apenas de pensar positivo – ser proativo significa compreender a realidade de
uma situação. E isso, em si, significa compreender que você pode, inclusive, escolher como
responde a uma determinada circunstância. Todos temos um “círculo de preocupações”, que
representa todas as coisas com as quais nos importamos, na vida. Mas apenas uma pequena
porção das coisas nesse círculo pode ser diretamente influenciada pela nossa vontade. Uma
grande porcentagem da população na verdade desperdiça horas de tempo e energia
preocupando-se ou reclamando das coisas que não pode controlar. Quanto mais tempo é
dedicado ao que está fora de nosso controle – ou fora de nosso “círculo de influência” – menos
problemas reais são resolvidos. Isso acontece porque o círculo de influência diminui quando
nossa atenção se volta ao que está fora dele – enquanto, obviamente, ele tende a crescer se
dedicamos nossa atenção apenas às coisas que estão dentro dele.

Para mudar seu foco e direcioná-lo ao seu círculo de influência, pare de usar frases com “se”
(Se eu tivesse um emprego melhor) e comece a usar frases com “posso” (Eu posso ser mais).

Hábito 2: Comece tendo o objetivo final em mente

Tudo é criado duas vezes: primeiro, as coisas se tornam reais em nossas mentes – são
criações mentais – e, como resultado posterior, tornam-se criações reais. Se você não controla
com PLANOS conscientemente as vicissitudes de sua vida são criadas segundo um padrão
geral, moldadas por circunstâncias aleatórias e pelas expectativas e planos de outras pessoas.
(Veja o resumo de Pense e Enriqueça, de Napoleon Hill, para entender melhor o que isso
significa e para aprender a moldar suas ações com base nesse princípio).

Em outras palavras, se o Hábito 1 é “Você é o criador”, o Hábito 2 é a sua primeira criação.


Começar tendo o objetivo final em mente significa abordar cada um dos papéis que você
assume em sua vida com seus valores e a direção que pretende seguir claramente definidos
em sua mente. Como possuímos uma capacidade de autoanálise, é fácil verificar que um papel
assumido não está em harmonia com nossos valores, ou não é um resultado de nosso desejo
proativo.

Qualquer que seja o ponto central de nossas vidas, ele será a fonte de nosso senso de
segurança (nosso senso de valor próprio), senso de direção (que direção queremos seguir em
nossas vidas), sabedoria (nosso ponto de vista sobre a vida) e poder (nossa capacidade de
agir e conquistar). A maior parte das pessoas jamais dedica tempo ao alinhamento de seus
valores e seu foco central. Como resultado disso, as pessoas podem focar suas existências em
um – ou mais – de alguns dos pontos centrais mais comuns: elas podem ser focadas em seus
cônjuges, em suas famílias, em dinheiro, em trabalho, em prazeres, em amigos ou inimigos, em
suas religiões, ou em si mesmas. Você provavelmente conhece alguém que tem o ponto
central de suas vidas focado em cada um desses fatores. Na verdade, se você for realmente
honesto, perceberá que a sua própria vida gira em torno de algumas dessas coisas
periodicamente.

E isso não é necessariamente terrível – estamos falando de coisas boas que merecem a sua
atenção. Mas não é saudável ter seu senso de segurança, de direção, sua sabedoria interior, e
seu poder pessoal definidos por esses fatores. Uma pessoa eficaz é focada em seus princípios
– princípios formados por valores atemporais imutáveis. Ter o foco central em seus princípios
fará com que todos os outros focos possíveis sejam vistos sob um novo prisma.

Covey descreve isso da seguinte maneira: “O poder advindo de uma vida centrada em
princípios é o poder de um indivíduo autoconsciente, sábio e proativo, que não é limitado por
atitudes, comportamentos e ações de outras pessoas nem pelas circunstâncias e influências
ambientais que servem de limitação à essas outras pessoas”.

A melhor estratégia para se certificar de que sua vida está alinhada a seus princípios (e para
notar quando algo está afetando esse alinhamento) é escrever uma declaração de missão
pessoal. Covey não apresenta uma receita para essa escrita, mas sugere que isso seja feito a
partir de papéis e metas que se deseje atingir: quem você quer ser e o que deseja conquistar?

Esse princípio é exatamente o mesmo tanto para famílias quanto para organizações – por mais
absurdo que possa parecer: a declaração de missão pessoal é o primeiro passo para se tornar
uma pessoa eficaz. Mas é necessário dedicar tempo e energia para conquistar o ponto de vista
ideal e se preparar para o próximo hábito.

Hábito 3: Comece pelo começo

O Hábito 3 é a segunda criação – a realização física dos Hábitos 1 e 2. Enquanto os dois


primeiros hábitos estão ligados à liderança – que é o primeiro passo – o terceiro hábito é onde
começamos a discutir a “gestão”.

Uma gestão eficaz significa começar as coisas pelo começo, estando disposto a fazer o que os
outros não querem. A herança dos Hábitos 1 e 2 é um “sim” interno tão forte que permite dizer
“não” a tudo aquilo que não está alinhado com seus princípios e metas, sem medo nem culpas.

Covey descreve quatro níveis de gestão de tempo:


Notas e checklists (para reduzir o peso cognitivo que você carrega hoje).

Calendários e agendas (olhar para o futuro para distribuir melhor seu tempo).

Planejamento diário através de priorização e estabelecimento de metas. A maior parte das


pessoas nunca consegue passar além deste nível.

Categorização de atividades e foco objetivo em algumas, enquanto outras são excluídas.

É exatamente nesse quarto nível que o autor sugere que operemos.

Um gestor eficaz passa o máximo de tempo possível fazendo coisas importantes antes que
elas se tornem urgentes: construindo bons relacionamentos, planejando em longo prazo,
realizando manutenção preventiva de todos os tipos e assim por diante.

Mas, na verdade, a maior parte das pessoas não segue essa premissa e acaba dedicando a
maior porcentagem de sua energia fazendo coisas urgentes que podem ou não ser importantes
e raramente oferecem uma oportunidade para eficácia. Para tentar fugir desse círculo vicioso, a
maior parte de nós tenta viver uma vida mais disciplinada. O autor, no entanto, diz que o
problema provável não é a falta de disciplina – mas o fato de que suas prioridades não são
fundamentadas por seus valores.

Para se tornar um auto gestor que realiza manutenção preventiva, Covey sugere uma série de
quatro passos:

Identificar papéis. Faça uma lista de papéis aos quais você deseja dedicar tempo e energia.
Alguns exemplos são: seu papel como indivíduo (ao qual você dedicaria tempo para melhoria
pessoal e crescimento), seu papel como membro da família (marido, esposa, filho, mãe, etc.) e
seu papel profissional (que pode ser composto por várias coisas, inclusive algumas que não
correspondam ao título oficial do seu cargo).

Selecionar metas. Anote uma ou duas metas para cada papel que você queira desempenhar
melhor na próxima semana. Já que o processo de estabelecimento dos Hábitos 1 e 2 está
completo, essas metas devem estar relacionadas diretamente ao seu propósito maior e às suas
metas de longo prazo.

Calendarização. Leve as coisas um passo adiante da maioria: sente-se e estabeleça um plano


para a semana, calendarizando sempre uma semana de cada vez. Isso permite que você
alinhe suas metas aos melhores prazos para atingi-las. A maior parte das pessoas atinge seu
pico de produtividade entre 2 e 5 horas depois de se levantar da cama, pela manhã. Você pode
usar esse princípio agendando as tarefas mais importantes do Quadrante 2 – aquelas difíceis
de cumprir por conta de seu emprego – para 2 a 5 horas depois de se levantar aos sábados,
por exemplo.

Adaptação diária. Separe alguns minutos no começo de cada dia para verificar a agenda
pré-definida e revisitar os valores pessoais que o levaram a estabelecer essas metas para esse
dia. As coisas mudam frequentemente na vida real – por isso é importante permitir que sua
calendarização tenha fluidez e seja adaptável à realidade, sem permitir que seus valores e
prioridades percam o foco de sua atenção.

Hábito 4: Pense com foco no ganha-ganha

Chegamos a mais um daqueles títulos motivacionais de rede social que exigirão de você uma
força especial para ignorar os lugares comuns e compreender, realmente, o que o autor quis
dizer. Ele não prega uma atitude amigável e falsamente feliz e contente como a típica frase
motivacional sugere. Em vez disso, Covey define o foco no ganha/ ganha como uma filosofia
de vida que está constantemente em busca de uma “terceira” solução, uma alternativa ao
tradicional “eu ou você”. A maior parte das pessoas tem como sua filosofia de vida um dos
quatro paradigmas listados abaixo:

Ganha/perde (autoritário ou egoísta)

Perde/ganha (ser um molenga manipulável)

Perde/perde (quando duas pessoas do tipo ganha/perde interagem)

Ganha (foco exclusivo nos resultados que você garante para si mesmo)

Para fugir desse tipo de mentalidade contraproducente, precisamos desenvolver três traços de
caráter essenciais para o paradigma ganha/ganha:

Integridade (o valor que atribuímos a nós mesmos)

Maturidade (o equilíbrio entre coragem e consideração)

Mentalidade para a abundância (que advém de um senso de segurança e valor pessoal)

Tente pensar em cada um de seus relacionamentos como uma conta bancária emocional. Ao
fazer depósitos proativos nessa conta, você garante que haverá fundos emocionais à
disposição quando chegar o momento de fazer um saque. O foco no ganha/ ganha pode ser
difícil, mas se torna muito mais fácil se você tem uma boa poupança emocional.

Para que possamos compreender melhor o que é uma decisão ganha/ ganha e como ela é
estruturada, Covey oferece as seguintes características:

Identificação clara dos resultados desejados

Parâmetros específicos dentro dos quais esses resultados serão atingidos

Recursos disponíveis na busca por esses resultados

Responsabilidade, a ser estabelecida através de padrões específicos de performance e


momentos claros de avaliação

Consequências dos resultados da avaliação


Hábito 5: Busque compreender antes de ser compreendido

Se você quer interagir de maneira eficaz com as pessoas e influenciá-las, é preciso, primeiro,
compreendê-las. Pode ser relativamente óbvio, mas essa abordagem está em conflito direto
com o modo que a maior parte das pessoas realmente vive: elas querem ser compreendidas
primeiro, depois pensar em compreender.

Mais uma vez, Covey oferece uma escala que facilita a compreensão de nosso próprio
comportamento. Aqui estão os quatro níveis de audição que ele descreve:

Ignorar

Fingir que está ouvindo

Audição atenta

Audição empática

Os três primeiros níveis são bem autoexplicativos, mas você pode nunca ter ouvido o termo
“audição empática” em sua vida. Trata-se de tentar colocar-se dentro do ponto de vista do
outro, “ouvindo” não apenas o que ele diz, mas sua linguagem corporal, tom de voz, expressão
e sentimentos. Quando ouvimos com empatia fazemos um mega depósito em nossa conta
bancária emocional.

Entretanto, em conflito direto com o princípio de audição empática, tendemos a ouvir a partir de
nosso próprio ponto de vista (mesmo que estejamos ouvindo atentamente) e tendemos a
responder de forma “autobiográfica” ao:

Avaliar (concordar ou discordar)

Sondar (fazer perguntas que partem de nosso próprio ponto de vista)

Aconselhar (oferecer conselhos baseados em nossa experiência pessoal)

Interpretar (explicar as ações das pessoas com base em nossas motivações pessoais)

Ao ouvir com empatia ao invés de forçar nossas respostas autobiográficas naturais a cada
situação, podemos superar um contato superficial, uma interação banal; e substituí-la por um
impacto real: as necessidades param de motivar as pessoas no momento em que são
satisfeitas. Satisfaça a necessidade que as pessoas têm de ser compreendidas e você passa
de uma interação simples a uma interação produtiva.

A outra metade desse hábito, portanto, é a necessidade de ser compreendido. Nesse ponto,
Covey faz uma referência à filosofia grega do Ethos, Pathos e Logos – primeiro o caráter,
depois as relações e, por último, a lógica do que está sendo dito. A maior parte das pessoas
tenta pular diretamente para o Logos quando tem uma interação. Não resta dúvida, no entanto,
de que uma pessoa precisa primeiro confiar em você e compreender seu ponto de partida
emocional, antes que possa compreender como a sua lógica se enquadra na sua perspectiva
geral. Se você estruturar sua comunicação a partir da perspectiva do outro, ficará surpreso com
a facilidade repentina de transmitir a sua lógica.

Esse hábito é poderoso porque a busca por compreender antes de ser compreendido estará
sempre dentro do seu círculo de influência. Quando as pessoas se compreendem umas às
outras as portas se abrem para novas alternativas – soluções do tipo ganha/ ganha.

Hábito 6: Sinergize

Apesar de ser um daqueles títulos que causa arrepios em qualquer pessoa que vive – ou viveu
– no mundo corporativo, esse capítulo pode ser extremamente valioso se você conseguir
realmente compreendê-lo. Covey não se refere, aqui, ao tipo de “sinergia” que ocorre quando
duas empresas se unem numa joint venture e se tornam “melhores” cortando custos de
produção. Ele também não está falando sobre “trabalhar junto” para conseguir completar mais
tarefas ou conquistar melhores resultados.

O que ele realmente quer dizer é algo impossível de descrever a menos que você tenha vivido
uma experiência de real sinergia. Uma das melhores maneiras de descrever esse estado de
espírito é quando um grupo de pessoas entra, simultaneamente, num estado de cooperação e
trabalho que pode ser descrito como o “pico” da interação de grupo.

Talvez você tenha estado em uma equipe esportiva onde, por algum motivo, o time começou a
se portar como se os atletas conseguissem se comunicar por telepatia – de repente, um
jogador sabe exatamente onde o outro estará, como se eles tivessem uma só mente. Ou talvez
você seja músico e tenha tido uma experiência em que todos no grupo tocaram perfeitamente e
aquela música soou simplesmente limpa e cristalina. Ou talvez, numa situação de emergência,
você tenha visto um grupo de estranhos entrar num estado de cooperação plena e perfeita,
cada um fazendo o possível para corrigir a situação com rapidez e eficiência.

Ou talvez, num grupo de amigos ou familiares, discutindo uma experiência em comum, alguma
palavra dita tenha encontrado em você um insight especial, algo tão incrível que você mesmo
não sabia que era capaz de atingir. É isso que o autor quer dizer quando ele menciona sinergia
– uma experiência conjunta, compartilhada, que pode ser criada como o pico absoluto da
junção dos cinco hábitos anteriores.

A chave do capítulo é o fato de que uma experiência excepcional como essa não precisa ser
um evento raro – pode ser criada em nosso cotidiano desde que coloquemos em prática os
cinco hábitos anteriores e adicionemos a isso um bocado de autenticidade e mente aberta. Ser
capaz de cooperar nesse nível frequentemente significa ter atingido um nível de eficácia que a
maior parte das pessoas apenas sonha atingir, um dia.

Hábito 7: Mantenha-se afiado

Lembre-se: a premissa aqui é que estamos falando de hábitos. Isso significa que eles precisam
ser consistentemente praticados e repetidos. E, para que você consiga seguir praticando esses
hábitos diariamente, é necessário renovar-se e manter-se em contato com seus valores e
princípios – é necessário renovar-se.
Covey recomenda que você encontre tempo para fazer coisas que permitam renovar o que ele
chama de as quatro dimensões da natureza humana:

Mental (leitura, visualização, planejamento, escrita)

Física (exercícios físicos, nutrição, gestão do estresse)

Emocional (serviço, empatia, sinergia, segurança intrínseca)

Espiritual (esclarecimento e compromisso com valores, estudo e meditação)

Quando qualquer uma dessas quatro áreas é negligenciada, todas as demais acabam sofrendo
danos – então dedique pelo menos uma hora de cada dia a essas práticas.

Covey não dedica tempo suficiente a nenhuma dessas coisas para poder oferecer um bom
“guia” de como implementá-las em nosso dia a dia – e, pessoalmente, não acho que essa seja
sua intenção. O que ele quer dizer é que um equilíbrio dessas atividades é necessário para dar
suporte aos outros seis hábitos: se tudo for feito da maneira correta, um ciclo virtuoso de
crescimento pessoal pode ser atingido.

A FÓRMULA DE LANÇAMENTO: As estratégias secretas para vender on-line, criar um


negócio de sucesso e viver a vida de seus sonhos

Jeff Walker

Este livro vai ajudá-lo a criar o seu próprio negócio rapidamente. Se já for dono de algum
empreendimento ou se estiver interessado em criar um, eis aqui um método para estimulá-lo.
Imagine se você conseguisse criar um posicionamento de mercado forte o suficiente para
quase eliminar a concorrência? Ou se pudesse fazer isso independentemente do tamanho do
seu negócio ou do seu orçamento? Existe um processo, uma fórmula que poderá ajudá-lo a
chegar lá. Jeff Walker compartilha sua fórmula de sucesso desenvolvida e aprimorada ao longo
dos seus últimos 18 anos de experiência.

Sobre o autor

A fórmula de lançamento de Jeff Walker é um projeto passo a passo para os empreendedores


digitais, criando produtos que as pessoas desejam, lançando-os no conforto da sua casa e
construindo a vida que você sempre desejou, graças ao poder da psicologia, e-mail e, claro, da
internet.

Jeff Walker é um dos pioneiros em marketing digital, em meados de 1996, foi quando descobriu
que poderia de maneira experimental vender coisas pela internet usando seu e-mail. De lá para
cá se aprofundou no assunto e ao longo destes 20 anos percebeu que havia pouco
conhecimento a respeito do assunto e que quase ninguém sabia do que estava falando, até
mesmos especialistas palestrantes em marketing digital, foi então que assumiu a
responsabilidade de ensinar o segredo.

Desenvolveu um curso chamado A fórmula de lançamento, (PLF) em inglês. O presente livro é


a reunião dos assuntos mais importantes e centrais deste curso que ajudou várias pessoas a
lançarem seus produtos, estima-se que mais de 500 milhões de dólares em vendas online. A
fórmula de lançamento é um dos programas de marketing digital mais vendidos de todos os
tempos, batendo a marca dos incríveis 30 milhões de dólares. A seguir, aprenda os conceitos e
o segredo da fórmula!

Não espere, planeje

A maioria das empresas utiliza o famoso marketing da esperança, ou seja, espera-se que,
simplesmente preparando um produto, as pessoas o comprem. As empresas acham que sua
ideia é vencedora e por isso, seu produto será bem-sucedido, porém quando finalmente
encontrarem coragem para lançá-lo provavelmente será tarde demais.

Qual é a alternativa ao marketing de esperança? Uma abordagem bem planejada em seus


lançamentos, como veremos a seguir.

Os estímulos mentais

Todos nós gostamos de pensar que tomamos decisões racionais, lógicas. Mas, na realidade,
não é bem assim. A maioria de nossas decisões e comportamentos se baseia na emoção e na
programação mental e, depois, usamos nossa preciosa lógica para justificar essas decisões.
Há uma série de estímulos mentais que influenciam tais decisões e comportamentos. Se
percebermos, por exemplo, que algum recurso é escasso ou raro, nós damos um valor maior.
Se considerarmos alguém como uma figura de autoridade, quase automaticamente nos
deixaremos influenciar por ela. Se nos considerarmos parte de uma comunidade, agiremos
preferencialmente, de acordo com o modo essa comunidade age. Esses são apenas três dos
estímulos mentais, escassez, autoridade e comunidade. Os estímulos exercem enorme
influência em nossas ações. Eles são eternos e universais. Não perderão seu poder de
persuasão tão cedo e funcionam em qualquer língua, país e em quase todos os negócios. No
fim das contas, independentemente do tipo de negócio ao qual você se dedique, o que importa
é que você desejará influenciar seus potenciais clientes e os atuais. E a sequência de
lançamento lhe dará a oportunidade única de ativar esses estímulos mentais capazes de
realizar essa influência.

· Autoridade, as pessoas tendem a seguir os que estão em posição de autoridade. Pense


nos médicos, com seus jalecos brancos. Assim que vemos aquele jaleco entrando na sala de
exames, quase todos nos tornamos mais respeitosos. Ouvimos o que o médico tem a dizer e
acatamos com toda a seriedade seus conselhos. Provavelmente, sentimo-nos um pouco
intimidados para discordar de qualquer coisa que a pessoa que veste aquela roupa está
dizendo. Isso não é incomum. De modo geral, procuramos outras pessoas para nos orientar
quanto às nossas decisões.
· Reciprocidade é a ideia de que, se alguém nos oferece algo, sentiremos a obrigação de
retribuir. Esse é um estímulo mental muito importante, e, novamente, é algo que remonta a
milhares de anos. Na verdade, a reciprocidade é a própria base sobre a qual os seres humanos
se apoiaram para inventar o comércio e executar transações. Para que a negociação exista,
deve haver uma dose de confiança de que, ao oferecer um produto ou serviço a alguém, a
transação só estará concluída quando essa pessoa cumprir sua parte no acordo.

· Confiança, inspirar confiança é o caminho mais curto para se tornar influente na vida de
alguém. Tenho certeza de que você consegue se lembrar de muitas ocasiões em que um
amigo ou parente de confiança lhe contou algo em que você acreditou sem questionar, em
função de seu relacionamento com essa pessoa. Algo que, se um estranho tivesse lhe contado,
você não teria acreditado de jeito nenhum. Esse é o poder da confiança.

· Expectativa, outro estímulo mental extremamente poderoso é a expectativa, um dos pilares


da fórmula de lançamento. Esse é um dos estímulos que permitem atravessar a névoa do
marketing. Ela permite que você chame a atenção do seu mercado e não a deixe mais escapar.

· Empatia é um estímulo mental que você, certamente, já experimentou em sua vida. A


verdade é que gostamos de fazer negócios com pessoas que conhecemos, apreciamos e em
quem confiamos. Somos mais influenciados pelas pessoas das quais gostamos do que pelas
pessoas das quais não gostamos.

· Eventos e rituais, quando você transforma seu marketing em um evento, instantaneamente


ele se torna mais sedutor. As pessoas adoram eventos, e se sentem atraídas por eles. Os
eventos fazem com que se sintam parte de algo maior.

· Comunidade é um estímulo mental muito poderoso. Agimos como acreditamos que as


pessoas da nossa comunidade devem agir. Se você pensar na sua própria vida, aposto que
conseguirá se lembrar de muitas comunidades das quais você faz parte. Podem ser
comunidades de trabalho, sociais, de amigos e, até mesmo, on-line. E todas elas têm normas
que regulamentam o modo como seus membros devem agir. Essas normas podem variar
bastante de uma comunidade para outra, mas elas são muito fortes dentro de cada uma.

· Escassez é um dos mais poderosos estímulos mentais que existem. É simples, quando há
menor oferta de alguma coisa, passamos a desejá-la com mais intensidade. É, na verdade, a
percepção da escassez que nos motiva.

· Comprovação social é um estímulo mental supereficiente. É a ideia de que, ao vermos


outras pessoas agindo, ficaremos inclinados a agir da mesma forma. Normalmente, nos
inspiramos nas pessoas mais próximas quando não sabemos como agir. Somos criaturas
sociais, e nunca será demais enfatizar quanto somos influenciados pelas ações das pessoas
que estão à nossa volta.

Quando você distribuir esses estímulos mentais em camadas, deixará de depender de um


estímulo específico, pois os terá combinado para criar uma mensagem bem impactante. Em
seguida, você inserirá esses estímulos mentais em uma história atraente e inesquecível, uma
história que conecte sua oferta com as esperanças, os sonhos, os medos e as aspirações de
seus potenciais clientes. Contará essa história em uma sequência correta, transformando o
lançamento em um grande evento, capaz de criar o entusiasmo de seus clientes e gerar
expectativa em torno do dia do lançamento.

Crie histórias

Em vez de usar oito, 12 ou vinte páginas para contar a história em uma carta de vendas
detalhada, vire o processo de vendas pelo avesso. No lugar de páginas, use dias. Em vez de
uma carta de vendas de dez páginas, use uma sequência de dez dias. Não use uma única
carta super detalhada, mas divida-a em alguns contatos ao longo de vários dias. Podemos
chamar esses contatos de conteúdo de pré-lançamento. Use um excelente conteúdo
sequencial e o poder da narrativa a fim de atrair a atenção do potencial cliente para sua
mensagem de venda. Transforme todo o processo em uma conversa sobre o lançamento. No
lugar de apostar todas as fichas no contato único do potencial cliente com a página de vendas,
use o poder dos múltiplos toques e uma sequência para despertar a expectativa dos seus
potenciais clientes e transforme seu marketing em um evento. Essencialmente, estas cartas de
vendas são uma sequência de conteúdo de pré-lançamento acompanhada por uma mensagem
de venda. A sequência correta terá um conteúdo de pré-Lançamento dividido em três partes,
que será compartilhado com seus potenciais clientes por um período de até 12 dias. Ao longo
desses dias, o conteúdo será oferecido, em geral, em vídeos on-line, mas pode assumir uma
infinidade de formatos, como e-mail, postagens ou blogs. O Conteúdo de Pré-Lançamento é
estruturado de modo que seja um conteúdo atraente, útil e que conduza, naturalmente, à venda
de seu produto. Ao fim da Sequência de Pré-Lançamento, você promove a abertura do
carrinho, enviando seus potenciais clientes para a página de vendas. Essa parte do conteúdo
útil, não se trata apenas de usar um discurso de venda e alongá-lo por várias semanas. Por
meio desse processo, você oferecerá um valor real a seus potenciais clientes.

Esses instrumentos lhe dão tempo e espaço para se conectar aos seus potenciais clientes, eles
permitem que você avance e se distancie de qualquer concorrente. Criam uma máquina de
vendas extremamente eficaz, sem exigir que você seja um grande vendedor.

A estratégia de ouro, crie uma lista de e-mails

Trata-se de uma lista daqueles que pediram para fazer parte de seus contatos de e-mail.
Normalmente, seu site apresenta um formulário de adesão, e as pessoas podem preencher
com seus endereços eletrônicos para se cadastrar em sua lista. É claro que você precisa dar
uma boa razão para as pessoas se cadastrarem. Talvez elas possam receber um boletim
eletrônico ou atualizações diárias, ser informadas sobre ofertas especiais ou acessar algum
conteúdo novo. Mas, independentemente de qual seja a promessa, essa será a razão pela qual
as pessoas se cadastrarão em sua lista de e-mails.

· Criando sua lista. O primeiro passo é compreender para quem você está vendendo. Crie
uma página de captura, que trará uma oferta de adesão, é a oferta que você fará para
convencer alguém a aderir à sua lista de e-mails, pense nessa oferta como um suborno, mas
um suborno ético, o objetivo é oferecer algo de valor para obter o cadastramento em sua lista.
A página de captura e a oferta de adesão serão decisivas nos seus esforços para elaborar uma
lista. No formulário de cadastramento, você cria duas versões de sua página de captura. Em
seguida, use um software para alternar as versões que serão exibidas aos visitantes de seu
site e verifique qual delas apresenta o melhor índice de resposta. Depois de determinar a mais
eficaz, use-a, mas crie outro teste para checar se é possível aprimorá-la ainda mais, e assim
por diante. Isso se chama teste de divisão, é a chave para aumentar constantemente a
conversão de seu site, nesse caso, sua conversão é a porcentagem de visitantes que aderem à
sua lista de e-mails. Mais uma vez, o mais importante é criar a versão inicial e aprimorá-la a
partir daí.

Estrutura da fórmula de lançamento

· Pré-pré-lançamento: É quando tudo começa. Você o utiliza para gerar expectativa entre os
seus fãs mais fiéis. O pré-pré-lançamento também é usado para avaliar a receptividade do
mercado à sua oferta e para descobrir quais serão as principais objeções dos clientes. E, por
mais surpreendente que pareça, o pré-pré-lançamento pode ser útil até mesmo para ajustar a
sua oferta final.

· Pré-lançamento: Este é o ponto mais importante do seu sequenciamento, em que você,


gradualmente, começa a envolver seu mercado com uma peça de alto valor, dividida em três
partes, chamada conteúdo de pré-lançamento. Com o pré-lançamento, você ativa estímulos
mentais, como a autoridade, a comprovação social, a comunidade, a expectativa e a
reciprocidade. E faz tudo isso ao mesmo tempo que responde às objeções do seu mercado.
Tipicamente, você lança o conteúdo de pré-lançamento em um período de 5 a 12 dias. O
formato desse conteúdo pode variar bastante, de vídeos a áudios, de boletins em PDF a
postagens em blogs.

· Lançamento: Esse é o grande dia para o qual você se preparou, o dia em que, de fato,
apresentará ao mundo seu produto ou serviço e começará a receber pedidos (no jargão da
Fórmula de Lançamento, chamamos isso de abertura do carrinho, como na expressão abertura
do carrinho de compras. Seu lançamento, na verdade, é uma sequência, e, por sinal, muito
poderosa. Ele começa com um e-mail que diz, estamos abertos, agora finalmente você pode
comprar, e continua por determinado período, em geral de 24 horas a sete dias, quando, enfim,
o carrinho é fechado.

· Pós-lançamento: Esta é a sequência de arrumação, na qual você faz um acompanhamento


não apenas dos novos clientes, mas também dos potenciais clientes que não efetivaram a
compra. O pós-lançamento não desperta tanto entusiasmo quanto as outras sequências, mas é
importante, porque é o momento em que você agrega valor e solidifica sua marca. E, se você
executá-lo corretamente, o pós-lançamento começará a preparação para o seu próximo.

Aplicando a fórmula de lançamento

1. Crie uma lista de e-mail. Ofereça um incentivo, como uma série gratuita de relatórios,
e-books, vídeos e etc.

2. Forneça conteúdo valioso antes do seu lançamento. Em uma série de e-mails, resolva um
problema e sua solução. Cada conteúdo de pré-lançamento é uma oportunidade para criar
confiança, autoridade, antecipação, reciprocidade (gatilhos sociais).

3. Lançamento com urgência e bônus. Depois de criar entusiasmo pelo seu produto, inicie-o
com extras que os primeiros compradores podem apreciar e faça com que a oferta de
lançamento expire em algum momento.

Lançamento não se trata apenas de produtos

A essência da Fórmula de lançamento é oferecer algo primeiro e sugerir a venda depois. Você
constrói uma relação, como se fosse um conselheiro que inspira confiança (ou, até mesmo, um
amigo), antes de partir para a transação. Você oferece um excelente valor, de forma que a
venda seja realizada antes mesmo de o pedido de compra ser apresentado.

Seis princípios básicos da fórmula:

1. Sempre ofereça um Conteúdo de Pré-Lançamento de alta qualidade em seus lançamentos

2. Nunca deixe de elaborar sua lista e de investir em sua relação com ela

3. Faça mais de uma oferta

4. Lançamento Interno e ao Lançamento Conjunto

5. Relançamentos e Lançamentos Perenes

6. Cuide bem de seus clientes e promova novos lançamentos para eles

Lançando algo sem lista e nem mesmo um produto

1. Crie uma lista de e-mails, mesmo que pequena.

2. Pergunte à sua lista o que eles querem saber sobre o assunto que seu produto abordará.

3. Responda às perguntas em uma série de mensagens.

4. Expanda as respostas para desenvolver o produto.

5. Lançamento.

Você estará levando seu conhecimento atual, descobrindo as necessidades e desejos do seu
público, encontrando maneiras de atender a essas necessidades e desejos e fornecendo a
solução em um produto relevante que pode ser lançado para um público que já precisa e
deseja.

Dicas rápidas para compreender a fórmula de lançamento

· Ligue-se a pessoas do seu mesmo ramo de atividades, não pense neles apenas como
rivais, pense em como vocês poderão trabalhar juntos.

· Planeje seus lançamentos. Obtenha feedback dos seus clientes antecipado, construa um
suspense e libere seu produto para seu mercado.
· A primeira coisa que você precisa fazer para criar sua lista é esclarecer quem é seu cliente
em potencial.

· Crie uma página do aperto com uma oferta de adesão muito forte para criar sua lista.

· O segredo para ter uma lista é apenas começar.

· Em vez de entregar o equivalente a um monólogo super longo para dizer compre isto!
Compre isso! Compre isto! Transforme todo o processo em uma conversa, uma conversa de
lançamento.

· No coração de cada produto e de todas as ofertas, ofereça alguma oportunidade de


mudança ou solução para um problema.

· Se você tem um ótimo produto que causa grande impacto na vida de seus clientes, dê a
eles a melhor oferta possível para que eles superem sua procrastinação.

· Inicie seu produto usando as listas que outras pessoas já criaram.

· Construa um forte relacionamento em seu setor.

· Adicione um componente de informação a uma empresa, como parte do processo de


venda ou como parte do produto, se tornará uma parte enorme de quase todos os negócios de
sucesso.

· Use uma linguagem pessoal, as pessoas detestam uma linguagem coorporativa, ou seja,
querem comprar das pessoas.

· Não gaste seu tempo com coisas difíceis para você. Trabalhe nos seus pontos fortes, não
nas suas fraquezas. Contrate pessoas para fazer as coisas que não estão na sua zona de
genialidade.

· Seu recurso mais escasso é o foco. Você deve começar o dia concentrando-se em suas
atividades de maior valor antes de se envolver na agenda de outras pessoas.

Instainsights

· A fórmula de lançamento te ajudará em todos os tipos de mercados e nichos que pode


imaginar, mesmo para pequenas empresas.

· Lembre-se, as pessoas acham diálogos muito mais interessantes do que monólogos ou


palestras.

· Histórias são poderosas. É assim que os seres humanos transmitem sabedoria,


conhecimento e cultura há tanto tempo.

· No mundo online, sua lista é tudo. Ao criar sua lista, sempre envie apenas os e-mails que
as pessoas pediram para receber.
Neste livro, você aprendeu que

Por que o marketing de esperança amplamente usado está falido e que um novo modelo de
marketing surgiu, a importância dos gatilhos mentais e como usa-los de maneira poderosa na
construção de sequências e histórias, o passo a passo para o lançamento do seu produto
atrelado aos conceitos que farão com que obtenha um resulta eficaz no lançamento do produto
desejado.

BRANDSENSE – Segredos sensoriais por trás das coisas que compramos

Martin Lindstrom

Você sabia que o cheiro de carro novo que acompanha os modelos recém adquiridos vem em
uma embalagem Gerosol e é aplicado no momento em que os veículos deixam a fábrica? Ou
que a crocância dos cereais Kellogg’s, que é marca registrada, foi desenvolvida em laboratórios
de som? Martin Lindstrom revela como as empresas e os produtos mais bem-sucedidos do
planeta integram tato, sabor, cheiro, visão e som, e atingem resultados impressionantes.
Depois de ler este livro, você nunca mais vai ver ouvir ou tocar qualquer coisa, dos tênis de
corrida ao seu automóvel, da mesma forma.

Começa a fazer sentido

Martin Lindstron descobriu em suas pesquisas sobre Branding sensorial, que uma marca não
pode ter somente um visual interessante. A marca deve transformar o produto em uma
experiência sensorial. Descobriu também que crianças se apegam mais as marcas,
principalmente quando vivenciam algo além do visual, como textura, cheiros e outras
sensações.

Cada marca tem que criar sua própria identidade, se expressando em cada mensagem,
símbolo, ritual e tradição, assim como fazem os times de futebol e as religiões.

Quanto maior forem as sensações que o produto causar, maior será o vínculo com a marca.
Não importa o país de origem e nem o local onde vive o consumidor, se a sensação for boa o
produto será lembrado.

Será que estou fazendo certo?

Nós entendemos o mundo do mundo através dos sentidos. São nossas ligações com a
memória que tocam nossas emoções, passadas e presentes.

Desde a hora que acordamos até a hora em que vamos dormir, nossos sentidos são
despertados por algum som especifico, um aviso sonoro de um e-mail, o som metálico da
colher misturando o açúcar na xícara, ou mesmo o bip do Mcdonalds. As marcas que incluem
músicas ou sons em seus produtos, são muito mais procuradas. O paladar é gerado por vários
sentidos: cheiro, textura, som e imagem. Os anúncios que estimulam a esses sentidos terão
maior sucesso em comparação com os que apenas mencionam o sabor.

Esses estímulos sensoriais nos fazem agir de maneira irracional e nos ajudam a diferenciar um
produto de outro. Algumas marcas usam o olfato como atrativo, a Bauducco, por exemplo, ao
passar a propaganda nas telas dos cinemas, borrifava a essência de chocolate, pois assim os
consumidores lembrariam do produto assim que sentissem o cheiro em outra ocasião e
tenderiam a comprar por impulso. Antes éramos mais visuais, hoje abusamos mais dos nossos
sentidos. A escolha de um carro, por exemplo, antes de ver o motor ou saber quantos
quilômetros faz por litro, nós entramos no carro, sentamos no banco, passamos a mão na
direção, sentimos o cheiro de carro novo, batemos a porta e ouvimos o som característico, por
último vamos ao motor.

O visual também é muito importante na criação da marca, um exemplo é a Coca-Cola, as cores


dela são muito evidentes, onde tem Coca-Cola tem as cores vermelho e branco, até o papai
Noel que usava a cor verde, passou a usar o vermelho e branco após a Coca-Cola promovê-lo
em suas propagandas.

Somos todos conscientes dos nossos sentidos, somente quando falta um é que sentimos a sua
falta. Apesar de saber disso, a indústria da propaganda tem usado somente um ou no máximo
dois desses sentidos, o visual e o auditivo. Agora, eles estão enfrentando uma nova barreira
para poder nos convencer e terão de explorar melhor os outros três sentidos, pois a qualidade
da imagem e do som não são mais suficientes.

Se as marcas quiserem se manter vivas, no futuro terão de arrumar novas estratégias que
apelem a todos os sentidos, terão que incluir em suas estratégias de marketing algum branding
sensorial. Não há outra saída.

Um grande sucesso

Mesmo de olhos fechados, você saberia que está segurando uma garrafa de Coca-Cola, e
mesmo se ela quebrar e se despedaçar, outra pessoa seria capaz de identifica-la. Se a marca
retirar o logo, e você não conseguir a reconhecer, então está na hora da marca ser
desconstruída.

Desconstruir a marca é considerar cada ponto de contato com o consumidor, como uma forma
de identificar ou manter a sua imagem. As imagens, os sons, os toques, o texto, tudo deve ser
componente da marca, cada aspecto vai desempenhar um papel importante assim como o
logo.

Desconstrua a imagem, a marca deve ser forte e identificável em qualquer tamanho, em


qualquer pais e em qualquer contexto. Desconstrua sua cor, as principais redes de alimentação
criam associações claras com a fome, e essas associações que as levam ao sucesso.
Desconstrua seu formato, formatos particulares se tornam sinônimos de algumas marcas,
assim como a Coca-Cola e a Absolut. Desconstrua seu nome, por exemplo, o Mcdonalds,
todos os seus produtos começam com as iniciais Mc, não é preciso explicar e nem desenhar a
nome da marca. Outras desconstruções também podem ser feitas, como de linguagem, de
som, de navegação, e quanto maior for esse desmembramento da marca e ainda sim ela for
reconhecida, maior será seu sucesso no mercado.

Os sentidos

Ouvir é uma atitude passiva e escutar é uma atitude ativa, ouvir envolve receber informações
pelos ouvidos, escutar é filtrar, focar seletivamente, lembrar e reagir ao som. O som de uma
marca deveria mirar tanto quem ouve quanto quem escuta, considerando que ambos são
importantes para a influenciar o comportamento do consumidor.

A visão era o mais poderoso dos sentidos para as propagandas, mas hoje em dia não é tanto
assim, apesar de um bom design ser uma das principais caras da marca e o primeiro contato
com o público. Marcas bem-sucedidas sempre tem um design próprio e são possíveis de se
desconstruir. Indústrias farmacêuticas, por exemplo, fazem comprimidos de todos os formatos e
cores, para diferenciar os seus efeitos e conquistar o consumidor.

Paladar e olfato, estão muito interligados, são capazes e testar o ambiente. Testes mostram
que nosso humor melhora certa de 40% quanto sentimos o cheiro de algo agradável,
principalmente quando nos faz lembrar de coisas boas, e assim também é feito com produtos,
se sentimos o cheiro agradável e nos faz lembrar de algo da nossa infância, ou alguma
lembrança boa, nós provavelmente iremos comprar esse produto.

O projeto Brandsense confirma que quanto mais positiva for a união entre nossos sentidos,
mais forte será a conexão feita entre a marca e o consumidor. Descartar pontos de contato
sensoriais valiosos diminui a marca. O objetivo principal de um profissional do marketing deve
ser garantir todas as ligações e associações históricas conectadas a marca em questão.

O objetivo é criar um vínculo forte, positivo e duradouro, entre a marca e o consumidor para
que ele volte à marca mais vezes, e ao mesmo tempo, nem se lembre das concorrentes.

Transformando marca em religião

Todos os dias lidamos com a ansiedade e a incerteza, por isso que cresce a procura por
estabilidade. Os consumidores procuram investir tempo e dinheiros em coisa que eles
acreditam que vai dar certo.

Para uma grande parte, a religião fornece certeza em um mundo que está mudando em um
ritmo muito acelerado. Ela oferece um plano sobre como viver, e um mapa para o futuro,
chegando até garantir segurança após a morte.

O branding se empenha em alcançar autenticidade e criar um relacionamento com os


consumidores que se estenda do berço ao túmulo. Por sua própria longevidade, a religião
automaticamente assume uma relação autêntica, fiel e duradoura com os seguidores.

Marcas como Apple, Harley-Davidson e Hello Kitty já se tornaram quase religião para muitos de
seus seguidores.
Na intençãode levantar a marca para além de seus consumidores, e criar uma conexão fiel que
se pareça com um relacionamento religioso, existem 10 regras básicas:

Sensação de pertencer: todo mundo, em todos os lugares, sente a necessidade de pertencer, e


as marcas devem aproveitar isso.

Visão clara: a marca precisa pensar em uma finalidade transparente e deve ser representada
por um líder visível, ousado, determinado e carismático.

Inimigos: como em qualquer jogo, filme, evento esportivo ou campanha política, é a tensão de
uma rivalidade que vai gerar excitação e envolvimento, cria fãs e inimigos, paixão e energia,
isso é tudo que as marcas precisam.

Evangelização: é um componente importante na história e na mitologia de qualquer religião,


assim como deveria ser para qualquer marca de sucesso que quer atrair novas legiões.

Grandiosidade: as marcas que impregnarem uma sensação de admiração e reverência vão


conectar todos a elas, de forma indestrutível.

Contar história: precisa criar um produto que conte uma história na qual os consumidores
possam acrescentar suas próprias ideias e finais.

Apelos sensoriais: uma marca vencedora deve ter cada coisa com suas cores, seus uniformes,
seus ícones e suas localidades, igual uma religião.

Rituais: para transformar sua base de consumidores em consumidores fieis, é preciso ter rituais
que incorporem os princípios de consistência, recompensa e experiência compartilhada.

Símbolos: todas as religiões e muitos jogos de computador funcionam em torno de ícones, mas
poucas marcas integram de forma consistente os símbolos em sua comunicação de marca.

Mistério: quanto mais mística houver em uma marca, mais forte será a base que ela tem para
se tornar um produto procurado e admirado.

O Futuro

Menos de 10% das principais marcas do mundo demonstram uma plataforma de branding
sensorial. Nos próximos anos esse número deve aumentar, e deve acontecer em três
categorias de indústrias:

Os Pioneiros Sensoriais: as indústrias farmacêuticas e automobilísticas vão liderar o caminho e


o enfoque da inovação sensorial.

Os Adotantes sensoriais: as telecomunicações e as indústrias de computadores estão


buscando definição e diferenciação em relação aos rivais. Estão buscando inspiração nos
setores automobilísticos e de entretenimento.
Os Seguidores sensoriais: uma ampla variedade de indústrias, incluindo varejo, bares de
consumo rápido e entretenimento, tem maior propensão a seguir o caminho do que lidera.

A pesquisa Brand Sense

Em 2003, Martin Lindstrom entrou em contato com Millward Brown, agência global de pesquisa,
especializada em ajudar empresas a aumentarem o valor da marca. Pediu para que ajudassem
a provar que a experiência sensorial das marcas desempenha um papel na criação da
fidelidade da marca.

Eles criaram um programa de pesquisa que se estendeu pelo mundo todo, envolvendo
milhares de pessoas em 13 países. Conversaram com homens e mulheres de idades entre 25
a 40 anos, e se focaram em 10 marcas globais e outras 5 locais, que variam conforme o
mercado. Depois fizeram um questionário virtual para saber sobre as associações sensoriais
com as intenções de compra.

Confirmaram que as marcas que utilizam com mais freqüência os sentidos, eram muito fortes,
com identidades na marca definidas, compreendidas no mundo inteiro e muito características.

Instainsights

· Uma marca tem que se transformar em uma experiência sensorial.

· Quanto mais sensações o produto passar, maior o vínculo com a marca.

· As marcas que incluem música ou som no seu produto, são muito mais procuradas.

· É preciso criar um vínculo forte, positivo e duradouro com o consumidor.

· Consumidores investem tempo e dinheiro em coisas que acreditam ser duradouras.

Neste livro, você aprendeu que

Hoje em dia, o que define a escolha de um produto são as experiências sensoriais causas por
ele e por sua propaganda. Se antes imagem e som de qualidade eram essenciais para uma
boa propaganda, hoje estes fatores se tornaram apenas o primeiro contato com o consumidor.
A competitividade é muito grande entre marcas, portanto aquela que deixar de lado as
experiências sensoriais, muito provavelmente perderá seus clientes para a concorrência. As
atuais marcas de sucesso apresentam visual particular, cores, sons e até cheiros que a tornam
exclusivas e marcantes.

A MENTE INFLUENTE

Tali Sharot

O que convence as pessoas? Neste livro, Tali Sharot nos mostra sua ideia de que os
sentimentos – o medo, a segurança, o incentivo – exercem um papel fundamental na influência
sobre pessoas. Este é um livro fundamental se você quer desvendar os mecanismos da
influência, seja na hora de fazer amigos, melhorar o desempenho profissional, ou até mesmo
se prevenir na hora da tomada de decisões.

Tendemos a ser inflexíveis na maneira como pensamos e nos comportamos

Todos já passamos por alguma situação em que alguém – ainda que com os argumentos mais
precisos e colocações mais racionais – fracassou ao tentar convencer o outro lado. Isso
acontece porque, uma vez que uma pessoa decide sobre alguma coisa, é extremamente difícil
fazê-la abrir mão de sua opinião.

Ainda que nossas escolhas opinativas se mostrem ineficazes, tendemos a continuar no mesmo
caminho, pois aqui, o comandante é o cérebro. Uma vez comprometidos com uma decisão,
existe um mecanismo de defesa que nos impede de enfrentar o fato de termos escolhido uma
opção errada.

Por exemplo, em um estudo de 2014, Camelia Kuhnen analisou cinquenta investidores


participantes que deveriam tomar cem decisões consecutivamente, escolhendo entre um
investimento de alto risco ou um investimento mais seguro. Cada vez que um investimento de
alto risco era escolhido, os investidores recebiam o dividendo atual e a chance de mudar o
investimento.

Quando a quantia era alta, eles se mantinham na escolha, e quando era baixa... também. A
atividade cerebral cai significativamente ao receber uma nova informação ruim, e os
participantes simplesmente ignoram o alerta e se mantém na sua escolha.

As pessoas têm menos tendência de mudar de opinião em temas tidos como polêmicos,
mesmo se expostas a evidências que as contradigam

Em 1998, um médico chamado Andrew Wakefield publicou um estudo em uma das mais
respeitadas revistas científicas do mundo, The Lancet, afirmando que vacinação poderia
modificar o sistema imunológico, causando danos neuronais – como, por exemplo, o autismo.

Ainda que inúmeras pesquisas posteriores comprovassem o equívoco de Wakefield


repetidamente, e que não existe nenhuma ligação entre vacinação e autismo, seu estudo
original continuou a percorrer o mundo chamando atenção de pais que passaram a vacinar
cada vez menos seus filhos, aumentando, com isso, a disseminação de doenças que estavam
perto de extinção.

Esse tipo de situação é demonstrativo da nossa sociedade atual, onde temas polêmicos
surgem diariamente, e uma vez que tenhamos uma visão a respeito de tais temas, as
defendemos com unhas e dentes. Então, como fazer as pessoas mudarem de ideia?

A melhor maneira é não argumentar contra seus preconceitos, mas concentrar seu foco em
informações factuais.

No exemplo da polêmica sobre vacinação e autismo, uma equipe de psicólogos observaram


reações diferentes em dois tipos de abordagem: na primeira, eles apresentaram as pesquisas
de resultados contrários às de Wakefield, e o efeito obtido foi ainda mais resistência e defesa,
tornando as pessoas ainda mais fiéis as suas crenças errôneas; na segunda abordagem,
entretanto, tirar o erro de Wakefied do foco e salientar as vantagens da vacinação – como a
prevenção a doenças potencialmente fatais – fizeram com que as pessoas se permitissem abrir
mais às ideias, o que aumentava a possibilidade de uma mudança de opinião.

Estamos conectados uns aos outros

Se alguém bocejar na sua frente agora, a probabilidade maior é que você sinta vontade de
fazer o mesmo. Assim como, se alguém rir ou gargalhar, você também estará mais propenso a
repetir a ação. Na verdade, nossos cérebros estão comportamental e emocionalmente ligados
uns aos outros, e isso explica porque somos tão facilmente inspiráveis positivamente ou
negativamente acerca das coisas do mundo.

Em um estudo de 2002 da professora Sigal Barsade, essa conexão entre nossos cérebros foi
evidenciada. Em um de seus experimentos, Barsade separou participantes em dois grupos,
mas um tinha um participante disfarçado de mau humor e o outro um participante disfarçado de
bom humor.

Nos dois casos, o restante do grupo rapidamente adotou o humor do participante infiltrado, e,
assim, o grupo com o participante bem-humorado foi muito mais colaborativo e teve um
desempenho melhor nas tarefas que o grupo com o participante de mau humor.

Isso explica como, em meio a discursos políticos, a audiência tem tendência a reagir de forma
semelhante em pontos específicos do discurso, por exemplo.

Gostar de estar no controle é instintivo

Você sabia que as crianças ficam mais felizes se seus pais lhes confiam responsabilidades,
mesmo que sejam pequenas? O sentimento de estar fazendo algo por si só remete ao controle
da própria vida, que por sua vez é um desejo instintivo do ser humano, que quando atendido,
traz muita felicidade.

Em um estudo da década de 1970, dois andares de uma casa de repouso receberam


diferentes ordens: em um dos andares era permitido que os residentes cuidassem de sua
própria rotina, com total autonomia de sua programação diária; no outro andar, os enfermeiros
cuidariam de tudo, sem que os residentes precisassem se preocupar com absolutamente nada.

Após algum tempo de estudo, foi claro o resultado de que aqueles que tinham controle sobre a
direção da própria rotina eram mais felizes e saudáveis.

Esse tipo de percepção pode ser exercitado na vida pessoal e até no trabalho, permitindo que
aqueles que fazem parte da sua vida tenham voz na tomada de decisões do cotidiano, pois,
assim, o sentimento de responsabilidade gera satisfação. Alimentar o espírito de funcionários
com um feedback positivo, por exemplo, funciona melhor do que pedir que façam favores, pois
eles sentem que tem responsabilidade pela própria ação – e não que simplesmente cederam a
algum capricho superior.
Faça você mesmo

O que parece ter mais importância para você: comprar um quadro ou pintar um você mesmo?
Ainda que não fique da maneira planejada, quando estamos envolvidos de forma prática com
alguma atividade, ela parece ganhar mais importância para nós – ainda que nossa contribuição
não seja tão grande.

Valorizamos aquilo que conseguimos construir com nossas próprias mãos, por isso, na arte do
convencimento, é preciso deixar que a pessoa sinta que é capaz de agir de forma prática na
situação.

A Converse, famosa empresa de tênis, levou essa ideia a sério quando criou um site com a
proposta de que o cliente montasse, ele mesmo, o design do tênis que seria fabricado. Um
estudo mostrou que essas pessoas valorizava muito mais o tênis que tinha sido personalizado
por elas mesmo do que os modelos padrão.

Entretenimento é mais chamativo que informação

O comportamento das pessoas nem sempre é racional. Mesmo que uma informação seja de
extrema importância, se ela não nos atrai de alguma forma, não lhe daremos a mínima
atenção.

Um grande exemplo desse verídico pensamento é a forma como as pessoas recebem as


instruções de voo. Aeromoças apresentam informações necessárias antes de cada decolagem,
mas nem por isso os passageiros dão a devida atenção ao que é passado. Isso acontece
porque o ser humano precisa ser entretido – a diversão gera atenção.

Percebendo que os passageiros preferiam continuar com seus fones de ouvido ou seus livros
nas mãos enquanto as instruções eram passadas, muitas companhias resolveram mudar sua
abordagem. E deu certo. Muitas companhias acabaram tendo seu momento de instruções
gravado e postado online, gerando milhares de visualizações.

Em caso de dúvida sobre como resolver um conflito, seja no local de trabalho ou em um


relacionamento, não se esqueça de como o cérebro humano realmente funciona. Tenha isso
em mente e você pode encontrar uma solução pacífica.

Instainsights

· Uma vez formadas, nossas opiniões custam a mudar.

· Mudar as mentes das pessoas é algo que deve ser feito alinhando os elementos centrais
de como todos nós pensamos – como experiências anteriores, emoções, incentivos,
curiosidade e estado de espírito.

· Temos tendência de dar ordens quando tentamos influenciar as ações alheias.

· Ao invés de tentar empurrar alguma solução para um problema, o primeiro passo é


estabelecer valores compartilhados – como justiça, igualdade e gentileza.
· É necessário que exista um diálogo sobre situações sem que os valores sejam violados,
para então surgir uma discussão a respeito das soluções possíveis.

Neste livro, você aprendeu que

Se você se considera uma pessoa extremamente analítica, não se engane: num ambiente tão
repleto de informações constantes, nem sempre conseguiremos definir e criticar todos os temas
– ainda mais quando são polêmicos. Muitos são os erros que cometemos quando tentamos
persuadir alguém, e muitas são as técnicas pelas quais somos diariamente persuadidos. Para
convencer as pessoas é necessário ir além da apresentação lógica de argumentos infinitos. É
preciso fazer uso dos sentimentos que tornam essas pessoas realmente envolvidas em nossas
verdades.

O JOGO: A BÍBLIA DA SEDUÇÃO Neil Strauss

Você sempre foi um homem muito inteligente. E muito útil. O mais legal, na verdade. No
entanto, você ainda nunca tem sucesso com as mulheres. Quer saber como mudar as coisas e
seduzir todas as mulheres bonitas ao seu redor? Bem, que tal aprender as táticas de captação
que milhares de homens usaram com sucesso durante anos? O Jogo oferece informações
sobre a ascensão de uma comunidade de sedução nos Estados Unidos nos anos 80 e seus
métodos de sedução.

Desde a década de 1980, uma comunidade para troca de conselhos vem crescendo

Todos que frequentaram o ensino médio podem dizer que algumas crianças são populares e
outras simplesmente não são. Enquanto as coisas melhoram para a maioria das pessoas à
medida que amadurecem, algumas encontram-se vinculadas a uma vida de impopularidade,
incapaz de conseguir qualquer ação.

Felizmente isso tudo pode mudar, mas ajuda a entender que os homens sempre se
concentraram na mecânica da sedução. Nem todo mundo nasce bonito como James Dean, e
muitos precisam confiar em sua inteligência para atrair mulheres. Isso significa seduzir
mulheres que normalmente não os consideram atraentes. Por exemplo, pense em Casanova, o
cara que conquistou o coração – e cama – de uma mulher após a outra, usando nada além de
puro charme.

A primeira pessoa a discutir abertamente as táticas modernas foi Eric Weber, que publicou um
livro chamado Como pegar garotas em 1970 – e a corrida começou.

As décadas que se seguiram viram o nascimento de uma comunidade inteira focada em uma
coisa: ajudar homens ao redor do mundo a trocar dicas sobre como se tornarem artistas de
pegação. Esta comunidade usou blogs, sites e salas de bate-papo para trocar conselhos sobre
seduzir mulheres. Quando o autor era novo na comunidade, já havia mais de 3.000 posts
on-line, totalizando 2.500 páginas escritas de conselhos sobre sedução – e isso cresceu
exponencialmente desde então.
Mas enquanto a internet era apenas o começo, a comunidade de sedução baseada na web
logo se tornaria uma realidade física. Isso porque, embora a comunidade on-line permitisse que
as pessoas compartilhassem suas experiências e conselhos, alguns gurus tinham mais
respeito e admiração do que outros e ensinavam seus métodos pessoais de sedução.

Foi por essa razão que a comunidade da sedução se ramificou de suas raízes virtuais e entrou
no mundo real. No início dos anos 2000, os gurus começaram a realizar workshops destinados
a ensinar aos homens como escolher mulheres no campo.

A hipnose é uma das mais importantes técnicas de sedução

Como você pode imaginar, a comunidade de sedução, com mais de 30 anos de crescimento e
experiência, desenvolveu uma variedade de métodos para atrair mulheres. Uma dessas
técnicas é a hipnose – uma prática que Ross Jeffries usava com frequência e muitas vezes
ensinava aos outros. Mas quem é Ross Jeffries?

Ele é essencialmente o fundador de uma comunidade de pegação – o autor de inúmeros livros


e seminários durante a década de 1980. Sua técnica especial, Speed ​Seduction, ou sedução
rápida, usa uma combinação de hipnose e psicologia. Veja como funciona:

A ideia básica é que as emoções podem ser manipuladas através de gestos e padrões de
palavras. Isso significa que um homem pode despertar uma mulher através da fala a tal ponto
que ela vai querer ir para a cama com ele. Por exemplo, Jeffries uma vez demonstrou sua
técnica para o autor, pedindo a uma garçonete para recordar a última vez que ela foi atraída
por alguém e encontrar aquela emoção em seu corpo.

Ele apontou para ela como a emoção cresceu com o tempo e levantou a mão para mostrar
isso. Sua lógica era que a garçonete seria estimulada a sentir a mesma emoção sempre que
levantasse a mão. Bem, funcionou e Jeffries saiu do restaurante com o número da garçonete.

Mas Jeffries não é o único especialista em usar a hipnose para seduzir mulheres. A dupla
Steve P. e “Rasputin” também são adeptos da prática. Então, enquanto Jeffries foi a primeira
pessoa a seduzir parceiros com hipnose, Steve P. e Rasputin levaram o método a novas
alturas usando táticas sofisticadas e criativas para conseguir o que desejavam.

Na verdade, Steve P. acabava sendo pago para dormir com as mulheres, porque ele conseguia
convencê-las de que seu uso da hipnose lhes daria orgasmo ao comando e até mesmo
aumentaria seus seios. E Rasputin se concentrou em aumentar sua autoconfiança ao ponto em
que as mulheres estavam convencidas de que seria um privilégio ir para casa com ele.

A dinâmica social pode ser manipulada para ajudar a sedução

A hipnose não é para todos e, felizmente para nós, há muitos outros métodos para percorrer.
Um é o uso da dinâmica social para se transformar em um objeto do desejo feminino. Basta dar
uma olhada no pegador canadense, Mystery, que usou essa técnica com ótimos resultados, ao
manipular situações sociais de tal modo que as mulheres não puderam deixar de se apaixonar
por ele. Seu método era bem simples: encontrar, conhecer, atrair e fechar.
O primeiro passo é encontrar uma mulher pela qual o pegador seja atraído.

Então ele a conhece juntando-se ao grupo em que ela está e se apresentando como um
"macho alfa", por exemplo, proferindo uma frase memorável com um sorriso que focaliza a
atenção de todo o grupo nele.

Então, para atrair a mulher, ele a ignora – sutilmente insulta-a – para construir sua insegurança
e fazê-la desejar a atenção que está acostumada a obter. Simultaneamente ele ganha o favor
do grupo através de piadas e entretenimento, tornando-se tão popular que a mulher o vê como
o centro das atenções.

Neste momento, o artista leva a mulher para longe do grupo, talvez sob o pretexto de pedir
desculpas por seus maus modos. Ele então a entretém até que ela dê pelo menos três
indicações de que está interessada, como apertar a mão ou pedir o número dele.

Finalmente, o pegador se fecha casualmente perguntando à mulher se ela gostaria de beijar.


Ou ela faz e o acordo é selado, ou ele diz que precisa ir embora e sair com o número dela.

O autor aprendeu um pouco de cada guru até tornar-se um

Quando um cara que passou a vida inteira fracassando com mulheres repentinamente
descobre uma maneira de seduzi-las facilmente, o sucesso pode rapidamente tornar-se um
vício, e foi exatamente isso que aconteceu com o autor: ele ficou obcecado em dominar todas
as dicas e truques da comunidade, praticamente esquecendo que o mundo existia fora de sua
recém-descoberta paixão.

Depois de aprender sobre a comunidade, ele se inscreveu para um workshop organizado por
Mystery. O evento custou US $ 500 por quatro noites cheias de conselhos em vários clubes em
Los Angeles, e o serviço de limusine era incluso. Depois desse primeiro experimento, o autor
ficou viciado. Ele se esforçou para conhecer todos os artistas de pegação que ele poderia e a
participar de mais seminários e workshops.

Então, depois que o autor estudou com cada guru, ele sintetizou seus métodos para
desenvolver sua rotina pessoal. É composta de uma abertura, uma demonstração de valor,
construção de uma conexão emocional e, finalmente, construção de uma conexão física.

Mais especificamente, uma abertura é projetada para atrair rapidamente a atenção de uma
mulher. Por exemplo, perguntando como ela se sente falando sobre um ex.

Uma demonstração de valor convence a mulher de que ele é uma pessoa interessante e
enérgica. Por exemplo, ele pode fazer uma leitura de runas ou um truque de mágica, algo que
a maioria dos caras não conseguiria fazer.

Então, para construir uma conexão emocional, ele ouve a mulher e aprende mais sobre ela,
antes de passar a construir uma conexão física.

Isso significa chegar ao seu lugar ou ao dela, por exemplo, pedindo uma carona para casa.
Uma vez que você está lá, é melhor falar mais até que ela esteja confortável. De lá, você pode
se aproximar, por exemplo, elogiando seu perfume e cheirando seu pescoço.

A tentativa de criar um espaço compartilhado de artistas da pegação não resultou como o


esperado

Os homens compartilharam a experiência de pegação on-line e em workshops intensivos,


então o próximo passo lógico foi construir uma comunidade mais permanente, e foi assim que
nasceu o Project Hollywood: uma tentativa do autor e do Mystery de pegar garotas sem
realmente pegá-las. Mas não deu certo como esperado.

O autor havia recentemente feito uma festa de aniversário, onde todas as mulheres à vista
haviam praticamente se jogado nele. Ele percebeu que o objetivo real era desenvolver um
estilo de vida que fizesse as mulheres virem até ele sem que ele fizesse nenhum trabalho.

Então, ele e Mystery, que eram bons amigos neste momento, procuraram outros dois artistas
de pegação, chamados Papa e Herbal, ambos os quais se juntaram ao projeto. Eles fundaram
o Project Hollywood, uma casa de campo compartilhada em Los Angeles, onde viveriam juntos.
A ideia era que as mulheres viessem à sua própria vontade por causa de seu de estilo de vida.

Infelizmente, o Project Hollywood foi um fracasso total por causa dos egos conflitantes
envolvidos. A ideia por trás do Projeto Hollywood foi boa, até mesmo inspirando projetos
semelhantes em San Francisco, Perth e Sydney, mas os participantes logo descobriram que ter
mais de um macho alfa por perto – muito menos uma casa cheia deles – era uma receita para
o desastre.

Como resultado, o Project Hollywood rapidamente se transformou em uma casa de fraternidade


que realmente assustava as mulheres em vez de atraí-las. Ninguém seguia as regras da casa,
como pedir a aprovação de estadias de mais de dois meses e não ficar com a namorada de
outra pessoa.

Em vez disso, Papa estava arrumando tantas pessoas quanto podia caber em seu quarto,
Herbal começou a namorar a namorada de Mystery, Katya, o que causou a mudança de
Mystery, e o próprio autor até partiu quando descobriu que Papa estava colocando em
hóspedes contra ele para cortá-lo de sua competição.

A comunidade de sedução paradoxalmente tornou-se mais sobre homens do que mulheres

Pode-se supor que um grupo de homens unidos por sua determinação em seduzir mulheres se
concentrasse no sexo feminino. No entanto, a comunidade de pegação foi construída
inteiramente em torno de homens e seus egos.

Afinal de contas, homens que precisam de seminários para atrair mulheres não são
exatamente o que você chamaria de “o tipo social”. Então, enquanto os truques de seu
comércio os ajudavam a levar mulheres para casa, eles não adaptavam seu círculo social para
incluir mais delas. Na verdade, era exatamente o oposto.

Enquanto Papa se juntou ao Projeto Hollywood com a intenção de construir um harém de


mulheres em seu quarto, ele acabou dividindo o espaço com cinco homens. O próprio autor
teve que enfrentar o fato de que o estilo de vida de pegação significava passar a maior parte do
tempo com homens excitados, em vez de membros do sexo oposto.

Um outro problema residia no fato de que praticamente todos os homens da comunidade se


esforçavam para ser um macho alfa – cada um deles disputando reconhecimento como guru,
para os seguidores inflarem seus egos. Cada guru trabalhou duro para promover sua técnica
como o único método verdadeiro, e essa batalha estava diretamente ligada ao fato de que a
comunidade se tornara um negócio lucrativo.

Como resultado, a comunidade ficou muito mais sombria com o passar do tempo. Então,
enquanto no começo era sobre pegar mulheres e passar os ensinamentos, as coisas mudaram
lentamente. Muitas pessoas foram tão sugadas para esse estilo de vida que abandonaram a
escola e seus empregos para se dedicarem em tempo integral.

Não apenas isso, mas a violência e o desrespeito às mulheres começaram a se tornar uma
norma. Isso significava que “pegação” era mais sobre ficar bêbado e brigar e menos sobre
sedução. Um artista de pegação chamado Jlaix começou a postar histórias sobre ser jogado
fora dos clubes e ficar sem bebida.

Então, você ainda quer se juntar à comunidade de pegação? Bem, se você fizer isso, não conte
como um caminho para o amor real.

Tomar essas regras como rotina não é funcional a longo prazo

As técnicas de pegação podem parecer truques mágicos para transar. Mas confiar apenas
nessas técnicas é um caminho seguro para o desapontamento. Como todos os truques, a
sedução é insustentável, e quando der meia-noite não se surpreenda ao encontrar sua
carruagem voltando a ser uma abóbora.

Isso é porque toda rotina tem seu limite. Dominar as linhas para construir sua confiança e
participar de grupos sociais é bom, mas você corre o risco de se repetir ou de competir com
outro artista de pegação – uma experiência incrivelmente estranha.

Por exemplo, o autor uma vez tentou entrar em alguns grupos em um clube no Sunset
Boulevard com frases de conquista. O único problema era que todos os grupos que ele
alvejava já tinham ouvido suas falas, porque as massas de homens que tinham aulas no
Project Hollywood já estavam lá.

Mas esta questão não é nada em comparação com o fato de que usar uma rotina para pegar
mulheres nunca ajudará você a encontrar o amor. Rotinas são exatamente isso – rotinas. Isso
significa que são inautênticas e as pessoas podem sentir isso. As rotinas confiam na suposição
de que todas as pessoas são iguais e reagirão de forma idêntica. Mas e as pessoas especiais
que respondem de forma diferente?

Você realmente corre o risco de espantar o amor da sua vida, tratando-as como qualquer um.
O autor quase perdeu sua chance com Lisa, uma mulher que ele estava incrivelmente atraído.
Ele tentou suas rotinas sobre ela, apenas para que colocassem sua sinceridade em questão.
Foi nesse momento, depois de dois anos atrás de mulheres e chegando ao ponto de obter o
número de Britney Spears, que o autor encontrou alguém que respondeu de forma diferente.
Só havia uma coisa a fazer:

Voltar ao seu Eu socialmente desajeitado. E adivinha? Funcionou!

Instainsights

Emoções podem ser manipuladas através de gestos e padrões de palavras.

Torne-se o centro das atenções com uma frase memorável e um sorriso.

Ignorar sutilmente pode atrair a atenção de uma mulher.

Planeje uma abertura.

Convença a mulher de que você é uma pessoa interessante e enérgica.

Seja um bom ouvinte.

Não conte com essas técnicas para encontrar um amor real.

Neste livro, você aprendeu que

Os anos 80 testemunharam o surgimento de uma comunidade de sedução na qual os homens


trocavam conselhos sobre como pegar mulheres. Essa comunidade produziu uma grande
variedade de técnicas, algumas das quais são altamente eficazes, mas usar esses métodos
pode ser uma ideia terrível a longo prazo.

A CORAGEM DE SER IMPERFEITO

Brené Brown

Muitos de nós tentamos viver nossas vidas de acordo com as regras de outras pessoas.
Tentamos o nosso melhor: fazer o que achamos que devemos fazer. Nós trabalhamos duro,
porque a sociedade nos espera; não passamos muito tempo nos divertindo, porque achamos
que as pessoas nos julgariam como frívolas. Mas qual é o resultado de tudo isso? Acabamos
levando vidas ansiosas e infelizes. Brené Brown destaca a necessidade de abraçar a nossa
própria singularidade, nossas próprias pequenas imperfeições e peculiaridades – as coisas que
nos tornam quem somos. É seguindo este caminho de autenticidade e individualismo que
podemos esperar ser felizes.

A maioria das pessoas gostaria de viver uma vida que seja fiel a quem são; em outras palavras,
gostaríamos de ser o mais autêntico possível

Infelizmente, um punhado de fatores está no caminho: por exemplo, falta de autoconfiança ou


pressão para se conformar. Como resultado, sentimos que somos pessoas não autênticas,
fracas demais para viver honestamente. Mas isso é simplesmente falso. Autenticidade não é
uma qualidade que você tem ou não tem. Pelo contrário, é uma escolha que reflete como
queremos viver. É a decisão diária de ser honesto, abraçar nossa vulnerabilidade e não se
importar com o que os outros pensam.

E como é uma escolha, temos a opção de sermos mais autênticos em alguns dias e menos
autênticos em outros em que estamos cansados ​demais. Se você, no entanto, optar por agir
com mais autenticidade, precisará praticar coragem e compaixão.

Você precisará de coragem para falar e se deixar vulnerável na frente dos outros. Para ver isso
na prática, pense na próxima vez que você realmente quer que algo aconteça, como ganhar
um concurso ou ter uma entrevista. Tente não minimizar suas esperanças nessas situações.
Agir como um fracasso não é grande coisa, não tornará a dor do fracasso mais fácil. Em
contraste, ser honesto com suas esperanças possibilita que você encontre apoio quando
precisar.

Além disso, exercer a compaixão permite reconhecer que você não está sozinho e que, na
verdade, todos ao seu redor se debatem com os mesmos problemas que você. Compaixão, em
contraste com a simpatia, é uma relação entre iguais: para se relacionar com as lutas dos
outros, você também tem que reconhecer as suas. Entendendo que todos ao seu redor
provavelmente passaram pelo que você está passando agora, você terá mais facilidade em se
abrir com eles e encontrar suporte.

O perfeccionismo, apesar de soar positivo, não vale a pena

Ser perfeccionista é diferente de se esforçar para ser o seu melhor e não é uma qualidade
relacionada ao crescimento pessoal. Em vez disso, gira em torno do medo fundamental da
vergonha.

O perfeccionismo, em suma, é a crença de que, se parecermos perfeitos, vivermos e agirmos


perfeitamente, poderemos nos proteger da crítica, do julgamento ou da culpa. Este escudo, em
outras palavras, deve nos proteger contra a vergonha.

No entanto, a vida como um perfeccionista é emocionalmente insalubre, porque torna a nossa


autoestima dependente da aprovação ou aceitação dos outros. O perfeccionismo não é apenas
insalubre, mas também é viciante e autodestrutivo. De fato, o perfeccionismo é fútil, já que a
perfeição em si é ilusória.

A mentalidade dos perfeccionistas, no entanto, não reconhece essas armadilhas. Em vez disso,
sempre que eles inevitavelmente não conseguem alcançar a perfeição, se culpam por sua
incapacidade e dizem a si mesmos para "fazer melhor", independentemente de isso ser
realmente possível. Eles se tornam, de fato, viciados em melhorias.

O perfeccionismo também pode levar à paralisia da vida, ou seja, a incapacidade de se colocar


no mundo, devido ao medo da imperfeição. Pessoas que sofrem de paralisia da vida podem,
por exemplo, ser incapazes de enviar um e-mail para alguém que admiram por medo de não
ser bem recebido.
Felizmente, podemos evitar as restrições do perfeccionismo simplesmente sendo honestos
sobre o nosso medo da vergonha e nos lembrando de fazer as coisas por nós mesmos e não
pelos outros.

Então, da próxima vez que você quiser entrar em forma, por exemplo, não deixe que a opinião
dos outros sobre você e seu corpo seja sua motivação. Em vez disso, diga a si mesmo que
exercícios e uma dieta saudável farão com que você se sinta melhor e mais saudável, e que
seu sucesso ou fracasso em entrar em forma não afetará seu valor pessoal.

Muitos de nós não têm a resiliência necessária para alcançar nossos objetivos

Quantos de nós tentaram perder peso, mas desistiram ao primeiro sinal de problema?
Felizmente, podemos mudar essa tendência. A resiliência vem da prática da esperança.
Enquanto a esperança é muitas vezes considerada uma emoção baseada em circunstâncias
fora do nosso controle, o pesquisador C.R. Snyder argumenta que a esperança é na verdade
um processo cognitivo que pode ser aprendido e praticado.

A esperança vem de dizer a si mesmo onde você quer ir, reconhecendo como você pode
chegar lá e dizendo a si mesmo que você tem o que é preciso para ter sucesso. Você pode
fazer com que a luz no fim do túnel pareça mais próxima ou mais clara, dividindo as metas
maiores em menores e mais gerenciáveis.

Da próxima vez que você enfrentar um desafio assustador, como desistir da nicotina, faça uma
escolha consciente para fazê-lo um dia de cada vez. Pensar nos seus esforços por um dia é
mais fácil do que pensar nisso por um ano ou pelo resto da vida. E uma vez que o hábito de
não fumar não ceda, sua resiliência aumentará sobre si mesma.

A resiliência também pode ser desenvolvida adotando uma perspectiva crítica e ampliada em
relação às adversidades que você enfrenta. É fácil se sentir péssimo quando a câmera é
ampliada em você, e tudo que você vê são suas "imperfeições". Mas, se você se animar um
pouco, começará a perceber que está cercado de pessoas que compartilham sua luta.

Muitas pessoas que têm problemas com a imagem corporal como resultado da pressão da
mídia, por exemplo, poderiam se beneficiar da adoção de uma perspectiva mais ampla. Elas
devem se perguntar: as imagens que estão vendo são reais ou fantasiosas? Eu sou a única
pessoa que se sente insatisfeita com o meu corpo depois de ver essas imagens?

Responder a essas perguntas pode ajudar as pessoas a permanecerem críticas, ver que elas
não estão sozinhas em sua luta e resistir às expectativas da sociedade, em vez disso voltando
a se concentrar no valor próprio.

É senso comum que você seja mais feliz quando você é grato pelas coisas que tem, e não
quando você está lamentando que você não tem o suficiente

Essa gratidão, assim como a esperança, não é uma emoção acidental, mas é uma mentalidade
que pode ser conscientemente treinada. Enquanto a maioria das pessoas pensam em gratidão
como o sentimento que acompanha experiências positivas, na realidade é uma prática que
promove a felicidade. Isso tem implicações importantes em como vivemos nossas vidas:
significa que a alegria não é meramente o resultado acidental de condições externas sobre as
quais não temos controle. Pelo contrário, ativamente escolhemos a alegria praticando a
gratidão.

Uma maneira de escolher ativamente a gratidão é dizer a si mesmo que o que você tem é
suficiente – ou mais do que suficiente – em vez de ver tudo em termos de escassez.

Muitas vezes caímos no mau hábito de nos culpar por não ter o suficiente: não somos ricos o
suficiente, não somos magros o suficiente, não temos tempo suficiente e assim por diante. Em
vez disso, devemos nos concentrar nas coisas que já temos e entender que poderíamos ter
menos. Com a perspectiva de gratidão, você logo se sentirá mais grato, não importa o quão
próspero você seja.

Mas acima de tudo, a chave para a gratidão é encontrar valor nos momentos comuns que
compõem a sua vida – coisas como colocar o seu filho na cama, compartilhar uma boa refeição
ou caminhar para casa em um dia ensolarado.

Ter uma perspectiva grata ajuda as pessoas que sofreram traumas graves ou tristeza. As
pessoas que passaram por experiências traumáticas intensas, como a perda de um filho, a
violência ou o genocídio, atestam que elas tendem a lembrar-se com carinho dos aspectos
mundanos da vida cotidiana antes da experiência traumática.

Sua intuição é um dos seus maiores recursos na tomada de decisões

Infelizmente, no entanto, muitas pessoas acham difícil confiar em sua intuição. Em parte, é
porque a maioria das pessoas não entende o que é intuição. Eles pensam nisso como um
sentimento de “instinto” que nada tem a ver com racionalidade ou razão. Na realidade, a
intuição e a razão não são mutuamente exclusivas, em vez disso, a intuição funciona como
uma série de associações rápidas que acontecem inconscientemente.

Quando seu cérebro faz uma observação, ele passa por seus catálogos de memórias para
encontrar informações relevantes. Esta informação é compilada no inconsciente “instinto” que
informa suas ações.

É este processo exato de inconscientemente basear-se em experiências anteriores que


permitem aos atletas, como jogadores de basquete, por exemplo, saber o ângulo preciso e a
força que precisam para disparar um ponteiro de três pontos sem ter que se sentar primeiro
para fazer as contas.

Então, não podemos pensar na intuição como o oposto da razão. Em vez disso, a intuição é
simplesmente uma maneira de raciocinar que deixa espaço para a incerteza ao tomar
decisões.

Ao abraçar a sua intuição, você deposita confiança em si mesmo e nas experiências que
contribuíram para o seu conhecimento. Isso permite que você aja com um grau de confiança,
apesar de não saber como a situação vai se desenrolar. O jogador de basquete, por exemplo,
não pode ter certeza de que a bola vai passar pelo aro, mas ele pode fazer um palpite com
base em sua intuição.
Mas por que você deveria confiar em sua intuição? Ela pode ajudá-lo a superar seu medo de
tomar riscos. A maioria das pessoas evita riscos e incertezas, levando-as a agir de forma
hesitante e tomar decisões erradas. Ao aprender a abraçar a intuição, você se acostumará a
agir em face da incerteza e, portanto, perseverar através do medo de tomar a decisão errada.

Comparar-nos com os outros é totalmente natural e algo que todos nós fazemos. No entanto,
muitas vezes acabamos nos livrando das qualidades que nos tornam indivíduos interessantes

De fato, a comparação é a raiz da conformidade. Embora a concorrência e a conformidade


pareçam, à primeira vista, como polos opostos, na verdade estão inextricavelmente
relacionadas.

Sempre que competimos, necessariamente nos comparamos a outros por meio de critérios
muito estreitos. Por esse motivo, não nos incomodamos em competir com pessoas de tradições
e origens completamente diferentes, mas nos irritamos com as pessoas que moram na casa ao
lado. Embora não possamos comparar nossas casas com as mansões do outro lado da cidade,
provavelmente competiremos com quem tem o gramado mais bem cuidado no quarteirão.

No entanto, porque só competimos com aqueles que já são semelhantes a nós, garantimos que
seguiremos o caminho da conformidade. Se quisermos transcender essas comparações
arbitrárias, devemos começar por abraçar nossa própria individualidade. Quando nos
concentramos em nossos dons únicos, isso nos lembra que o mundo consiste de indivíduos,
cada um dos quais faz contribuições únicas e incomparáveis.

Mas para deixar sua individualidade brilhar, primeiro você precisa cultivar sua criatividade. Não
existem coisas como "pessoas criativas" e "pessoas não criativas", mas há uma distinção clara
entre aqueles que fazem uso de sua criatividade e aqueles que não.

Então, não fique ligado se você é criativo o suficiente. Apenas saia e crie! Não importa se você
pinta, cozinha, escreve, faz música ou qualquer outra coisa. Enquanto você cria, você também
cultiva sua individualidade.

Acabamos sacrificando coisas como descanso, diversão e nosso bem-estar geral, se essas
coisas parecem atrapalhar nosso trabalho

Se alguém lhe dissesse para largar tudo e ir brincar – agora mesmo – você poderia fazer isso?
Ou suas outras obrigações impediriam que você saísse da sua mesa? Dar-se tempo para se
divertir não é tão fácil quanto parece.

Nossa sociedade tem o mau hábito de amarrar a autoestima à produtividade. Quando foi a
última vez que você disse a si mesmo para ficar acordado apenas uma hora a mais para fazer
mais trabalho, apesar de mal conseguir manter os olhos abertos?

As pessoas pensam em trabalho e diversão como sendo opostos polares. Eles acham que, ao
se livrar de um, eles terão mais do outro. O fato é, no entanto, que o oposto da diversão não é
o trabalho, mas a depressão. Os seres humanos, como foi verificado pela pesquisa da autora,
são biologicamente programados para se engajar em atividades “sem proplósito”, ou seja,
brincar. Privar-se de brincar é nos fazer um grande desserviço.

Na verdade, aumentar a quantidade de diversão e descanso que você dá a si mesmo pode


realmente torná-lo mais produtivo, trazendo de volta a emoção e a novidade para o seu
trabalho, ao mesmo tempo em que estimula a empatia e a criatividade.

Uma maneira de fazer isso é se divertindo com seus colegas de trabalho. Por exemplo, você
pode criar o hábito de sair com os colegas para tirar fotografias como hobbie depois do
trabalho, toda sexta-feira. Além de o exercício e a diversão deixarem você mais feliz e
saudável, você desenvolverá uma conexão com seus colegas de trabalho em seu contexto
profissional e melhorará sua capacidade de trabalhar com sua equipe.

O mesmo vale para o descanso. Se você sempre se esforça até a exaustão, seu trabalho – e
seu bem-estar – inevitavelmente sofrerá. Portanto, preste atenção ao seu corpo e às suas
necessidades.

Para muitas pessoas o nervosismo e a inquietude que acompanham a ansiedade podem ser
praticamente paralisantes

A vida em nossa sociedade acelerada e cheia de estresse gera muita ansiedade. Somos mais
afetados pela ansiedade quando inadvertidamente permitimos que ela se torne parte integrante
de nosso estilo de vida. Isso geralmente ocorre quando tentamos equilibrar muitas coisas de
uma vez sem nos permitir dar um passo atrás e colocar tudo em perspectiva.

Pense naqueles dias em que tudo parece desmoronar ao seu redor: você tem que planejar um
prazo de entrega no trabalho enquanto pensa no que cozinhar para o jantar, quando pegar seu
filho na creche e como terminará de escrever aqueles cartões comemorativos – tudo ao mesmo
tempo tentando manter sua dieta fitness diária.

Quando somos constantemente lembrados de tudo o que precisamos cuidar no curto espaço
de tempo que temos, a ansiedade pode se tornar um aspecto sempre presente da vida.

Lidar com a ansiedade, no entanto, não significa livrar-se dela, ou mesmo tentar evitá-la. Em
vez disso, devemos simplesmente ter consciência disso para evitar que se torne habitual.

A próxima vez que você se sentir ansioso, tente abordar sua ansiedade com uma perspectiva
mais ampla. Respire devagar e foque no momento, em vez de em um futuro incognoscível –
além do mais, quem vai se importar se esses cartões chegarem alguns dias depois?

Ao simplesmente dedicar um tempo para pensar e reconhecer sua ansiedade, sua fonte e sua
importância, sua ansiedade se transformará em algo gerenciável, em vez de algo que define
sua vida.

Só porque a sua paixão não é o que você trabalha a maior parte do tempo, não significa que é
menos parte de sua identidade

Quantas vezes seus pais ou professores lhe disseram para parar de gastar todo o seu tempo
desenhando, cantando ou tocando e, em vez disso, fazer algum trabalho real? Todos nós
temos dons e talentos únicos que nos pertencem sozinhos, e devemos abraçá-los, em vez de
ignorá-los para conseguir “trabalho real”. Alguns de nós, por exemplo, podem ser talentosos
artisticamente, enquanto outros podem ser particularmente bons na conversa. Outros podem
ter um talento único para lembrar estatísticas esportivas.

Esses dons e talentos nem sempre são necessariamente os que pagam as contas. No entanto,
ao identificar as coisas únicas que podemos compartilhar com o mundo e incorporá-las em
nossas vidas, tornamos nossas vidas muito mais significativas.

Portanto, não tenha medo de seguir esse hobby ou atividade que você sempre quis aprender,
mas achamos que poderia distrair o que você realmente precisa fazer. Você pode incorporar
seus talentos em sua vida cotidiana, vendo sua carreira em termos de "cortes".

Por exemplo, se você trabalha como corretor de seguros por dia, mas também gosta de
escrever romances em seu tempo livre, não precisa subestimar seus talentos literários
apresentando-se como um “corretor de seguros que se interessa por escrever”. Em vez disso,
diga às pessoas que você é um "escritor de corretores de seguros".

É precisamente o desejo de ser "legal" que nos mantém isolados dos outros

Nesta era das mídias sociais, a pressão para nos apresentarmos como tipos frios e blasé com
vidas aventureiras e sem um cuidado no mundo nunca foi tão forte. Precisamos estar
conectados aos outros, e a melhor maneira de fazê-lo é através do riso, da música e da dança.
Essas três atividades criam uma conexão emocional e espiritual com as pessoas ao nosso
redor e nos permitem sentir que não estamos sozinhos.

Em seu livro, Barbara Ehrenreich explica que, ao longo da história da humanidade,


demonstramos uma vontade de compartilhar a alegria com os outros, engajando-nos no
“êxtase coletivo”. Então, quando nós rimos, cantamos ou dançamos, estamos engajados na
mesma atividade primal que afirma nosso lugar dentro da comunidade humana.

Todas as três atividades, no entanto, exigem que nos liberemos de alguma forma.

Admita: todos tivemos essa estranha experiência de rir um pouco demais, cantar com
entusiasmo demais ou dançar intensamente demais para o gosto das pessoas à nossa volta –
e então sentimos as dores imediatas da humilhação quando nos disseram para parar.

Riso, música e dança exigem uma vulnerabilidade de corpo inteiro que poucos de nós querem
arriscar, o que nos leva a confinar essas atividades à privacidade de nossas próprias casas ou
entre amigos e familiares de confiança. Temos que nos dizer que não há problema em não
sermos legais. Faz parte da oportunidade de cultivar a conexão com os outros.

A única maneira de manter a fachada da frieza é colocando aqueles que são vistos como “não
tão legais”, e fazê-lo às custas da conexão genuína. Mas jogando a cautela ao vento e
permitindo-se desfrutar de atividades como risadas, canções e danças sem reservas, você
perde a necessidade de criticar os outros e ganhar uma oportunidade para uma conexão
genuína.
Instainsights

· Autenticidade é uma escolha que requer coragem, compaixão e conexão.

· O medo da vergonha se esconde atrás do perfeccionismo.

· Cultive propósito e perspectiva para que você seja resiliente diante da adversidade.

· Pratique ser grato pelos momentos comuns da vida.

· Para ser um melhor tomador de decisões, deixe de lado a necessidade de certeza e confie
em sua intuição.

· Abrace seu próprio potencial criativo para eliminar a necessidade de comparação.

· Quando se trata de seu bem-estar, brincar e descansar são tão importantes quanto o
trabalho.

· Aprenda a administrar sua ansiedade, em vez de tentar se livrar dela.

· Identifique seus próprios dons e talentos que você pode compartilhar com o mundo.

· Não tenha medo de não ser legal.

Neste livro, você aprendeu que

Viver uma vida mais feliz e mais gratificante é mais fácil de realizar do que você imagina. É
preciso prática, não milagres. Em última análise, resume-se a cultivar a sua coragem para que
você possa abordar os outros, assim como a si mesmo, a partir de um local de sincera
compaixão.

O INVESTIDOR INTELIGENTE

Benjamin Graham

Um investidor inteligente é “profissional” - ele ou ela lida com investimentos da mesma maneira
como se fosse comprar um negócio ou uma estabelecer uma parceria. Quanto mais sólidos
forem os princípios de investimento, melhores serão os resultados da sua estratégia de
investimento. Se você pretende gerar retornos consideráveis ​investindo no mercado de ações
ou em outros títulos, execute suas atividades de acordo com princípios de negócios sólidos e
sensatos. Os seis princípios-chave do investimento inteligente são: Conheça os negócios nos
quais você está investindo; Saiba quem administra o negócio; Investir para lucros ao longo do
tempo, não para transações rápidas de compra e venda; Tenha confiança em seu próprio
raciocínio; Escolha investimentos pelo seu valor fundamental, não pela sua popularidade; e
Invista sempre com uma margem de segurança. Falaremos sobre investimento, educação
financeira, dinheiro. Assunto de tanta importância, mas ainda muito pouco discutido no Brasil:
na família, nas escolas, nas mesas de bares. Não por acaso grande parte da população
brasileira está endividada e tem pouco conhecimento sobre investimento. Como todos somos
remunerados por dinheiro, precisamos aprender a utilizar este dinheiro. Muitas vezes
aprendemos a como ganhar e não a como manter, administrar e multiplicar seu dinheiro.

Introdução

“Esse livro ocupa um lugar de destaque na biblioteca de Warren Buffet, um dos maiores
bilionários do mundo. Buffet foi aluno de Benjamin Graham e ele afirma que grande parte de
sua riqueza conseguiu aplicando consistentemente os ensinamentos que aprendeu com o autor
e que estão descritos no livro. Esse livro não é de leitura fácil para quem não tem
conhecimento sobre investimentos e mercados financeiros. Possui muitos termos que a maioria
das pessoas não está familiarizada, mas as ideias principais têm um valor inestimável, pois
podem ser aplicadas em diversas áreas e podem lhe transformar em um empreendedor e uma
pessoa melhor. Mesmo que você não pretenda se transformar em um grande investidor da
bolsa os ensinamentos contidos nesse livro serão de grande importância se você deseja se
transformar em um empreendedor de sucesso. Prepare-se agora porque você irá conhecer
quais os passos que têm que dar para se transformar em um investidor inteligente.”

O livro começa com uma discussão muito importante que é a diferenciação entre um investidor
e um especulador. Quem busca um retorno enorme em seu investimento em um período curto,
está propenso ao risco não controlado e também está disposto com as consequências de
perder e arcar com isso, é considerado um especulador. Por outro lado, um investidor é aquele
que sabe que só pode esperar um retorno razoável de seus investimentos. Ele aplica uma
sólida metodologia ao investir e se certifica sempre de que seu capital está protegido. O autor
não define exatamente o que é um retorno razoável, mas seria uma margem de lucro mais
realista e equilibrada de modo que o processo pudesse se repetir várias vezes sem um risco
alto de perda. O investidor possui uma metodologia, um sistema e ele não irá tomar nenhuma
decisão que comprometa o sistema. Irá aprender com seus erros e incorporar este aprendizado
a sua metodologia. O investidor defende a aplicação de sua metodologia e faz uso dela para
criar investimentos razoáveis e consistentes. O conceito de investidor não está restrito somente
aos que aplicam na bolsa de valores. Você pode aplicar este conceito quando compra um
imóvel, um automóvel, um negócio ou até mesmo quando vai contratar um funcionário para sua
empresa. Existe certas situações onde é necessário especular: tanto o investimento quanto a
especulação são ferramentas que devem ser aprendidas e utilizadas no momento e na
proporção adequada durante a jornada do empreendedor. Uma das melhores dicas do livro e
que pode lhe poupar muitos problemas é separar o dinheiro que você utiliza para especular do
que é utilizado para investir. Segundo o autor você nunca deve alocar mais de 10% do seu
patrimônio para especulação.

Como chegar lá

É possível comparar ganhar dinheiro com a perda de peso (emagrecimento). Infelizmente


muitas pessoas buscam fórmulas mágicas, atalhos, formas mais rápidas de alcançar o objetivo.
Não por acaso o mercado está recheado de fórmulas para enriquecer assim como de fórmulas
para emagrecer. Um dos princípios básicos tanto para investimento quanto para
emagrecimento é a palavra DISCIPLINA.

É muito comum em palestras escutar perguntas sobre qual o melhor investimento – sempre
buscando a galinha de ouro. Alguns tentam ganhar na especulação do dólar, na bolsa de
valores, no mercado imobiliário e até mesmo no mercado de startup, mas sabemos que
investimento é resultado de tempo e dedicação de longo prazo. Warren Buffet que hoje é uma
das maiores referências dificilmente investe em empresas em especulação ou que têm um alto
risco e retorno porque ele sabe que o que precisa é de uma média de 20% de retorno por ano.
Sabe que isso, em juros compostos, ano sobre ano, o fará alcançar seus objetivos. Ele não
precisa, com isso, ficar buscando qual o investimento do ano, ficar indo atrás de capas de
revistas de sites de reportagem. Não existe fórmula mágica: se você usar os juros compostos
através do tempo, com certeza seu resultado será muito melhor do que qualquer tipo de
especulação.

Valor intrínseco

Outro conceito que todo empreendedor deve entender e que o livro menciona várias vezes é o
valor intrínseco ou valor real de algum investimento ou qualquer coisa. O valor atribuído a algo
pelas pessoas nem sempre corresponde ao valor intrínseco ou real daquela coisa. Em muitas
ocasiões, dependendo do humor do mercado, um grupo grande de pessoas – e às vezes
aparentemente bem informadas e instruídas – acha que uma ação, ou imóvel ou uma empresa
possuem um valor mais alto ou mais baixo de que seu valor real. Quando esse cenário existe e
ele é mais comum do que as pessoas imaginam, se você desenvolver a habilidade para
identificar o valor intrínseco das coisas pode ter grande sucesso em seus investimentos, pois
vai comprar ativos com grande desconto e vendê-los mais tarde quando seu valor percebido
ultrapassar o patamar do valor real que você identificou interiormente. Assim como ações, os
investidores anjo que investem em startups são pessoas altamente conhecedoras de uma
metodologia que permite identificar certos parâmetros e reconhecer algumas pistas que
identificam que o valor real daquela startup é muito maior do que o valor presente percebido
pelo mercado. Nesse caso eles reconhecem que estão comprando aquele negócio com grande
desconto, pois sabem que haverá uma valorização futura de seu investimento. Sabendo o valor
real ou intrínseco, você terá a oportunidade de determinar se o investimento está barato ou
caro.

“Um dos maiores erros de quem está começando a entrar no mercado financeiro é se ater
unicamente a valorização das ações, da Bovespa, quanto o mercado subiu, quanto caiu. É
muito comum ouvir pessoas que quando assistem uma reportagem no Jornal Nacional que a
bolsa está caindo, têm a sensação que estão perdendo dinheiro e vendem suas ações. E do
contrário a mesma coisa. Quando as ações estão subindo, as pessoas compram ações. O
investidor que tem visão de longo prazo e a metodologia que o Benjamin usa é não se ater
unicamente ao valor do mercado e sim à empresa. O valor do mercado não necessariamente é
o valor real daquele investimento, é o valor que o mercado está atribuído a ele naquela
circunstancia de acordo com o cenário econômico, político. Porem, um investidor qualificado
não vai se preocupar unicamente com essas informações. O que ele quer saber é qual é a
empresa, em que mercado ela está, este mercado tem potencial de crescimento, a empresa
tem pilares sólidos de crescimento, tem boa equipe, boa gestão? Estou investindo na empresa,
no valor real que tem em retornar em dividendos. Aí está a diferença de investidor para
especulador. Investidor investe em empresas, não em números, em cenários econômicos. Se
vou investir em uma empresa, estou pensando em um cenário de 5 anos, 10, 20 anos não
importa qual será a cotação dessa ação daqui a um mês, daqui a três meses. Estou
preocupado em saber qual valor a empresa está entregando, qual seu potencial, qual potencial
de seu mercado. Isso é o que diferencia grande parte das pessoas que estão apenas
sustentando o sistema financeiro das que estão tendo retorno significativo e se tornam
investidores profissionais e qualificados.”

Para descrever o comportamento dos mercados o autor utilizou uma parábola. Imagine todo dia
um homem chamado Senhor Mercado que bate em sua porta e lhe diga que quer comprar uma
ação, ou algum imóvel ou qualquer outro bem ou ativo. Ele vai lhe dizer qual preço está
pedindo e o quanto está disposto a pagar naquele dia. Mas você percebe que o
comportamento dele não segue um padrão consistente. Algumas vezes os valores que ele
apresenta são muito altos, outras vezes, muito baixos e acaba assustando as pessoas que não
têm uma metodologia própria para tirar suas próprias conclusões a respeito do valor justo das
coisas. Essa é a famosa descrição do Senhor Mercado, mas você não precisa aceitar o que ele
está lhe dizendo, pois nem sempre ele está coerente ou não está comprometido com o
verdadeiro valor do bem que você possui ou quer comprar. As pessoas que seguem a multidão
e sempre acreditam no Senhor Mercado acabam comprando caro e vendendo quando os
preços estão em baixa. Elas sempre serão prejudicadas pelas crises e bolhas que aconteceram
no passado e irão com certeza surgir no futuro. Já os que sabem que o senhor mercado nem
sempre é confiável, possuem a capacidade de julgar o valor justo dos ativos e terão a
oportunidade de crescer mesmo durante uma crise ou no meio de uma bolha.

A margem de segurança

Você precisa entender que ninguém consegue prever o futuro com precisão. Por isso é preciso
se proteger da pequena quantidade de coisas que pode dar errado e arruinar todo seu
investimento. Se você aplicar a margem de segurança satisfatória, vai proteger seu
investimento mesmo que tudo dê errado. Esse é o segundo passo depois de identificar o valor
intrínseco, você aplica a estratégia da margem de segurança para se proteger de possíveis
erros de julgamentos e acontecimentos futuros que não podem ser previstos por seus métodos.
Os engenheiros projetam as pontes para aguentar 15 toneladas, mas só permite que
caminhões de 5 toneladas passe por ela. Esse é o limite da margem de segurança. O
investidor inteligente não paga 180 mil reais por um investimento que vai lhe render 183 mil
reais. Ele vai buscar uma margem, nesse caso um lucro potencial, bem maior. Se a margem de
segurança não está aceitável, talvez o negócio não seja tão incrível assim. Uma dica é
aumentar sua exposição a oportunidades de negócio pois assim você terá maior probabilidade
de encontrar aquele que cumpre o requisite da margem de segurança. Conecte-se com o maior
número possível de pessoas para que elas possam lhe apresentar possibilidades. Consuma
conteúdos que possam lhe abrir a mente para novas ideias. Coloque em prática aquilo que
você aprendeu na teoria. Assuma riscos controlados.

Acredite: fazendo tudo isso os investimentos surgirão magicamente na frente de seus olhos. Aí
você só terá que escolher os que apresentam a maior margem.

Quando parar

Outro ponto importante que é erro de muitas pessoas é não saber a hora de parar. Quando
entro em um investimento sem saber quando quero sair, quanto quero ganhar ou qual meu
objetivo com aquele investimento, corro grande risco de me iludir com os ganhos do mercado e
fazer grandes besteiras. Os cassinos e bingos são grandes exemplos disso. A pessoa que
contou com a sorte para ganhar um jogo, acha que tem poderes mágicos para ganhar e acaba
se viciando no ganho e fazendo apostas maiores e, em um tempo curto, acaba perdendo o que
ganhou e muito mais. Por isso ao entrar, saiba quanto você quer ganhar. Tenha sua estratégia
e siga ela.

Uma segunda dica é a estratégia de balanceamento da carteira. É preciso ter balanceamento


entre renda fixa e renda variável. Use um peso para renda fixa – que é um investimento mais
seguro - e outra parte mais alavancada com renda variável. Através desse balanceamento é
possível ter resultados melhores do que se fizesse uma única coisa.

CASAIS INTELIGENTES ENRIQUECEM JUNTOS

Gustavo Cerbasi

Um dos maiores detonadores de brigas entre o casal são as dificuldades financeiras. Para o
autor, a causa desses desentendimentos é a falta de conversa em família sobre dinheiro. Em
geral o casal só fala sobre o assunto quando a bomba já estourou. E, como não discute a
questão a dois, a maioria não faz um orçamento, não guarda dinheiro para atingir suas metas,
não tem planos para a manutenção de seu padrão de vida no futuro, toma decisões de compra
sem refletir, investe mal o dinheiro. É possível mudar esse quadro se houver vontade e
compromisso do casal, seja qual for seu orçamento. Com sugestões para casais em qualquer
fase do relacionamento, Casais inteligentes enriquecem juntos mostra diferentes estratégias
para formar uma parceria inteligente, ao longo da vida, na administração das finanças da
família. Ele traz também testes que avaliam a capacidade do casal em construir riqueza.

Uma união financeiramente feliz

Não há dúvida de que a falta de diálogo sobre dinheiro entre o casal é ruim para as finanças da
família, podendo até contribuir para o fim da relação. O tema “dinheiro” deve estar diretamente
ligado ao assunto “objetivos”.

Se ambos não conhecerem os objetivos, haverá sempre um sentimento de frustração. A falta


de planos faz com que os sonhos de um se tornem empecilhos para a conquista das
aspirações do outro.

Não esperem atingir um dos objetivos para começarem a poupar. É preciso fazer tudo
simultaneamente, poupar e investir.

Conhecer o próprio perfil e o do parceiro e saber de suas limitações são a primeira coisa a
fazer antes de se propor a discutir sobre dinheiro.

Qual é o perfil de vocês? Poupadores, gastadores, descontrolados, desligados ou financistas?

A dificuldade de planejar: um problema de quase todas as famílias

Se vocês enfrentam dificuldades financeiras é por terem feito escolhas erradas e talvez viverem
em um padrão de vida acima do que deveriam. Na maioria das vezes, orçamento,
planejamento financeiro, dinheiro ou controle de gastos não faz parte das conversas dos
casais. Este problema ocorre com mais freqüência em lares aonde um dos indivíduos ganham
mais do que o outro. As decisões sobre a vida do casal costumam ficar por conta daquele que
tem o maior salário.

Estabelecer objetivos a longo prazo passa a ser muito difícil quando somente uma pessoa faz o
planejamento e pensa no futuro. Quando o outro não conhece seus planos também não é
capaz de reconhecer os sacrifícios.

É possível aprender meios de se relacionar melhor com o dinheiro; o difícil é resistir às


tentações que ele nos oferece. Mais importante do que conquistar um padrão de vida é
mantê-lo, e é para isso que devemos planejar.

Dinheiro não lhes dará prazer se vocês não aprenderem a tirar prazer de cada momento da
vida.

As finanças do namoro e do noivado

Quando iniciamos nossa vida profissional, já no primeiro emprego abre-se um horizonte de


possibilidades a nossa frente. Esse período constitui uma grande oportunidade de aprender a
construir a independência financeira. O autor sugere que vocês aproveitem o momento de total
liberdade de escolha em relação ao dinheiro para: Aprender a organizar suas finanças,
começar a investir em ações ou outro mercado de risco e estudar um pouco sobre o assunto.
Ao longo dos anos, a tendência é ficarmos mais medrosos e não querermos arriscar tanto;
então aproveitem a boa fase para acumular.

Se vocês iniciarem a vida independente de modo organizado, terão um tranqüilo caminho a


seguir em direção à riqueza. Começando cedo, vocês poderão desfrutar de sua poupança
antes.

Todo relacionamento começa no namoro. A grande mudança que ocorre com o namoro é que
nossa tendência de gastar muda de foco. A conseqüência desse comportamento é que muitos
apaixonados perdem a fantástica oportunidade de enriquecer em uma fase muito propícia,
quando a renda ainda não está comprometida com os enormes custos fixos de manter um lar e
uma família.

Para muitos casais, o namoro é como um conto de fadas, uma eterna preparação para a lua de
mel. Uma forma muito simples de suavizar a transição do mundo dos sonhos para o das
responsabilidades é passar a dividir seus projetos antes mesmo de falar em casamento.
Compartilhem sonhos e metas para a vida. Dividam seus medos e angústias. O autor afirma
que muitas pessoas que conhece e são felizes no casamento tiveram uma passagem suave
entre a vida de solteiro e a vida a dois.

O momento da escolha da moradia é decisivo para o sucesso financeiro do casal. A diferença


entre a boa e a má escolha pode resultar tanto num futuro milionário quanto num total desastre
financeiro. Isso porque nosso padrão de vida é escolhido quando definimos nossa moradia.
Escolher uma moradia de um nível muito superior ao seu pode trazer gastos excessivos e
dificultar ainda mais a formação de uma poupança. Dificuldades financeiras são escolhas
pessoais: vocês decidem tê-las quando ignoram a importância do planejamento financeiro.

Entre comprar uma casa à vista e alugar outra de mesmo valor, pode ser melhor alugar. Casais
que ao invés de comprarem uma casa pronta, tiverem a oportunidade de construir a própria
casa podem economizar até 40%, desde que a obra seja bem administrada. Cerbasi alerta que
se não houver tempo e paciência, o barato pode sair bem mais caro!

As finanças dos recém-casados

Um casamento só dá certo quando seu verdadeiro sentido é o da união. O mesmo vale para as
finanças do relacionamento. Elas serão saudáveis se for praticado o sentido de união e vocês
administrarem a renda familiar em conjunto. Planos comuns jamais serão construídos de modo
eficiente se tudo no relacionamento for dividido. Perde-se em eficiência, em organização e em
resultados!

O casal começa bem a vida a dois quando têm planos e sonhos em comum, elaboram e
respeitam o orçamento familiar, mantém as contas em dia e celebram a conquista de metas
financeiras.

Qualquer casal pode fazer o próprio planejamento financeiro se dedicar alguns minutos por
semana ao seu futuro. O planejamento financeiro familiar não é complicado, em poucas horas
é possível elaborar o planejamento e semanalmente é preciso dedicar alguns minutos a fazer a
manutenção deste plano.

Imponham limites a cada categoria de gastos e sigam esses limites com precisão. Inclua em
sua planilha a meta mensal de investimentos e paguem-se primeiro, isto é, poupem o valor
mensal previsto assim que receberem o salário! Os investimentos passarão a ser a prioridade
número 1. Quando vocês se propõem organizar e controlar com mais carinho sua vida
financeira, o objetivo principal certamente é viabilizar a conquista de sonhos.

Conversem sobre suas metas a dois e também sobre as metas individuais, analisem seu
orçamento para adequá-lo à necessidade de fazer reservas para essas metas.

Gastem menos do que vocês ganham e invistam a diferença. Depois reinvistam seus retornos
até atingir uma massa crítica de capital que gere a renda que desejam para o resto da vida.

Se vocês estão com o saldo negativo no banco, a culpa é das decisões erradas que tomaram
nos últimos meses, talvez anos.

Tomamos decisões todos os dias. Discutam suas últimas decisões, mas não transformem essa
discussão no foco do problema. É preciso declarar guerra às dívidas. Vocês devem fazer todos
os esforços para pagar as dívidas no menor prazo possível. Proponham-se realmente fazer
sobrar dinheiro. Usem todos os tipos de poupança que vocês têm. Não há investimento bom
para quem está atolado em dívidas.

As finanças dos casais com filhos

A chegada dos filhos é a fase da vida em que o planejamento financeiro se torna


imprescindível. Se não havia um planejamento, esse é o momento de iniciar, mesmo que seja
um pouco tarde para atingir sonhos mais ambiciosos.

A chegada do primogênito traz grandes mudanças a vida do casal. O tempo de lazer diminui
muito. Os hábitos voltam-se para o lar e inicia-se uma revolução financeira maior do que a do
próprio casamento!

É provável que a renda da família cresça ao longo dos anos pela evolução na carreira, mas
independentemente dos aumentos de renda, alguns ajustes precisarão ser feitos no orçamento
familiar.

Um dos maiores presentes que uma família pode dar aos filhos é a garantia financeira de poder
estudar ou abrir o próprio negócio. Uma coisa é certa: os filhos poderão escolher com liberdade
sua carreira quando perceberem que há segurança para correr riscos. Pessoas que escolhem
a profissão pela paixão, geralmente são aquelas que se destacam em sua área.

É preciso ter sempre em mente que os gastos com os filhos tendem a crescer ano a ano até a
faculdade.

O importante é investir nos filhos de forma racional e organizada, seguindo alguns princípios
que eles também conheçam e entendam.

O autor deixa algumas dicas para a utilização da renda familiar com filhos:

Jamais apresentem as gulodices do mundo a seus filhos, estabeleçam regras de consumo de


produtos caros ou pouco saudáveis, estabeleçam regras de compras para as crianças, não
abusem das novidades tecnológicas e por último, supermercado não é lugar de criança!

Pensar em planejamento financeiro torna o processo de educação financeira bastante simples.


Este assunto deveria fazer parte da grade curricular nas escolas, afinal, a falta de poupança é a
origem de muitos problemas nacionais, assim como a falta de crédito e os juros elevados. A
construção de uma nação rica depende da capacidade de seus cidadãos de enriquecer.

Já que a matéria não é ensinada na escola, em casa os pais devem discutir abertamente com
os filhos as decisões sobre dinheiro, investimentos e planejamento para o futuro.

Independentemente do tipo de imprevisto que surgir, estará melhor a família que tiver reservas
financeiras. Cuidado com suas escolhas quando houver necessidade de usar o dinheiro da
reserva. Jamais entrem em dívidas se tiverem recursos poupados.

O problema ocorre quando não há reservas ou quando as reservas acabam. Nesse caso não
há remédio, é hora de recorrer aos financiamentos para evitar soluções dramáticas – como tirar
um filho da escola particular, abandonar os estudos ou grandes projetos de vida.

Investimentos: a busca da melhor opção

Investir é a melhor forma de garantir um futuro melhor e manter o que foi conquistado até o
momento. É possível conseguir um bom padrão de vida usando os seguintes ingredientes:
tempo, dinheiro, decisões inteligentes e juros compostos.

Há dois caminhos mais amplamente utilizados por poupadores para alcançar um objetivo de
investimentos:

O caminho do valor mensal, aonde vocês determinam uma meta de poupança a ser formada,
estabelecem um prazo e, com base na rentabilidade obtida nos investimentos, chegam ao valor
mensal a ser poupado e baseado nesse valor, vocês terão de economizar todo mês para que a
quantia proposta para a poupança realmente sobre na conta.

O caminho do percentual mensal aonde vocês determinam um percentual da renda mensal a


ser poupado, sem prazo definido, até que atinjam a meta de recursos acumulados nos
investimentos. Esse caminho é mais utilizado por profissionais que têm renda mensal bastante
variada, como vendedores comissionados, profissionais liberais e autônomos.

Quem pode ajudar? O autor refere-se com freqüência a bancos e outras instituições financeiras
como o caminho para a construção da riqueza porque têm como objetivo a intermediação
financeira. Saber usar bem um banco pode mudar completamente sua visão desse tipo de
instituição. O mesmo gerente que tenta empurrar ao cliente um título de capitalização não pode
negar a oportunidade de investir em um fundo de ações ou no Tesouro Direto.

Alguns investidores com mais experiência não deixam seus recursos em bancos. Investidores
em ações recorrem a corretoras de valores para ajudá-los a analisar as melhores alternativas e
para intermediar compras e vendas.

Hoje em dia, bons consultores financeiros são capazes de orientá-los na composição ideal de
sua carteira de investimentos.

Valores que devem ser construídos ao longo da vida

As coisas mais importantes da vida são acessíveis a qualquer pessoa. Momentos únicos a
dois, abraços carinhosos dos filhos, beijos apaixonados e intermináveis, caminhadas por
lugares desconhecidos, horas de paz sem fazer nada em um local bucólico são prazeres
simples, que nada custam e são deixados para trás – e por quê? A desculpa é a falta de tempo
que o trabalho nos impõe. Sim, mas o trabalho nos rouba o tempo porque desejamos ter mais
dinheiro, e desejamos ter mais dinheiro para consumir.

Vocês começarão a enriquecer mais rapidamente quando perceberem a importância das


coisas que não custam nada.

Quando finalmente chega a fase da independência financeira, a relação do casal com o


dinheiro é de absoluta tranqüilidade. Anos de esforço são recompensados com uma ótima
sensação. Antes da independência, passamos a vida economizando para garantir o sucesso de
nosso plano. A mudança que ocorre em seguida é marcante. Percebam o que acontece
quando o plano é concluído: vocês tinham uma renda que, muito provavelmente, continua
existindo. A diferença é que antes uma parte do salário era destinado a poupar, agora vocês
passam a receber dois salários: um do trabalho e outro do banco – ou de onde quer que seu
dinheiro esteja.
Quando atingirem esta fase da vida, há algumas alternativas a seguir:

· Vocês podem parar de trabalhar e começar a viver apenas da renda de seus


investimentos.

· Podem continuar trabalhando, agora por absoluto prazer.

· Podem aplicar parte dos recursos poupados na abertura de um negócio próprio.

· Se não estiverem satisfeitos com o nível de risco de seus investimentos, vocês podem
converter parte dos recursos em bens que gerem renda regular na conta-corrente.

Seja qual for a alternativa escolhida, certamente ela é capaz de trazer a sua família uma
realidade bem diferente daquela de milhões de idosos no Brasil. São conseqüências de uma
vida bem vivida, mas planejada. Não vale a pena?

Aposentar-se, em finanças pessoais, significa, portanto, atingir uma segurança financeira que
lhes permita viver a vida como vocês gostariam. Talvez até trabalhando muito.

A riqueza como objetivo de vida

A busca de um futuro financeiramente estável e seguro traz paz. É como ter uma garantia por
trás de cada decisão que tomamos. Talvez não vivamos tempo suficiente para atingir nossos
objetivos, mas teremos vivido felizes por levar uma vida motivada por objetivos. Isso faz toda a
diferença.

Seu enriquecimento é uma forma de contribuir não somente com aqueles que os rodeiam, mas
com a sociedade em geral. A razão de grande parte dos problemas brasileiros é a
incapacidade de o povo poupar.

Um futuro melhor depende de vocês mesmos, e de mais ninguém!

Instainsights

· É preciso haver diálogo entre o casal a respeito dos objetivos.

· Traçar planos e metas em conjunto são essenciais para atingir os objetivos.

· Mais importante que atingir um padrão de vida é conseguir mantê-lo.

· Quanto antes começar a investir e a poupar, melhor.

· É preciso compartilhar sonhos e metas.

· Ser o exemplo para os filhos e dar educação financeira é o melhor a fazer.

· É preciso saber lidar com as instituições financeiras, ter conhecimento para fazer bons
negócios.

· Investir é garantir um futuro melhor.

Neste livro, você aprendeu que

A educação financeira deveria ser ensinada nas escolas. Quanto antes souberem a
importância de poupar e utilizar o dinheiro com consciência, melhor. Se ainda solteiros fizermos
os investimentos corretos e seguirmos no namoro com inteligência financeira, as chances de
ter uma vida em casal financeiramente estável e alcançar a independência financeira são muito
maiores. O diálogo é muito importante para que os objetivos sejam alinhados e a partir daí as
atitudes de ambos devem seguir a mesma linha de raciocínio. Atingir a meta da independência
financeira não é bom somente para o casal, mas para todos que os rodeiam e para a
sociedade.

DO MIL A UM MILHÃO: Sem cortar o cafezinho (parte 2)

Thiago Nigro

Com a maturidade, entendemos a importância de sempre aprender, precisamos nos manter


atualizados, adquirindo novas ideias e saber como outras pessoas conquistaram seus
objetivos. Os livros são ferramentas importantíssimas para isso, pois abrem de maneira muito
rápida novas possibilidades, revelam novidades no mercado e melhoram os nossos
desempenhos. O conhecimento nos liberta e já está na hora de libertarmos a nossa mente e o
Brasil da ignorância financeira.

Instainsights

· É necessário poupar sempre e de forma continua.

· Nunca gaste mais do que você recebe.

· Faça o seu dinheiro trabalhar para você.

· Ter inteligência financeira é viver de forma mais segura.

· Nunca é tarde para começar a investir.

· Adquira conhecimento sempre que puder.

Neste livro, você aprendeu que

O caminho da independência financeira não se trata apenas de ganância ou amor excessivo ao


dinheiro. Ao contrário, ela pode ser essencial para encontrar equilíbrio emocional nas mais
diversas áreas da vida. É poder ter conforto extra em casa, alimentar-se bem todos os dias, ter
a possibilidade de planejar uma viagem. Para isso é importante encontrar o equilíbrio entre
seus gastos, investimentos e prazeres. Quando isso acontece, nós não somos mais obrigados
a trabalhar pelo dinheiro, e sim o dinheiro trabalhará para nós.

DO MIL A UM MILHÃO: Sem cortar o cafezinho ( parte 1)

Thiago Nigro

Não basta ter ou ganhar dinheiro, é preciso saber lidar com ele, considerando sempre os
sentimentos e o comportamento das pessoas em relação às suas finanças. Assim será
possível administrar e multiplicar o dinheiro para ter prosperidade e abundância. Nesse resumo
você terá acesso às três dicas principais para quem quer investir e poupar a longo prazo,
adquirindo a inteligência financeira que tantos buscam.

Dica um: Gastar bem

A maioria das pessoas que começam seus estudos em busca da riqueza pensa que só serão
necessários alguns poucos dias de dedicação máxima para sair da estaca zero e chegar ao
primeiro milhão. Elas começam muito animadas, seguindo todos os passos necessários. Até
que o desânimo logo bate na porta, e a vontade de continuar desaparece. Tentamos acelerar
passando do zero ao cem antes mesmo de avançar pelo um, dois, três e assim por diante. Sem
passar por todos os degraus necessários, é impossível chegar ao fim da jornada, e nossa força
de vontade acaba ficando pelo caminho.

O perfil do poupador brasileiro demonstra que o exercício de pensar em longo prazo não é algo
firmado em nossa cultura. Estudos apontam que apenas, 3,6% dos brasileiros acima de quinze
anos economizam pensando na velhice. Lidar com dinheiro exige disciplina, comprometimento
e estudo, mas, acima de tudo, uma grande mudança no modo de pensar.

Trilhar o caminho rumo à independência financeira não se trata apenas de ganância ou amor
excessivo ao dinheiro, como muitos pensam. Ao contrário, pode ser essencial para encontrar
equilíbrio emocional nas mais diversas áreas da vida. É poder ter um conforto extra em casa,
alimentar-se bem todos os dias, ter a possibilidade de planejar uma viagem.

Agora falando de forma prática. A fórmula da independência financeira é muito simples.


Trata-se de uma ferramenta constante em que o valor dos rendimentos de suas aplicações são
maiores ou iguais aos seus gastos. Quando isso acontece, é possível afirmar que você não é
mais obrigado a trabalhar pelo dinheiro, pois nesse estágio o seu próprio capital acumulado
fará o exercício de gerar uma renda mensal capaz de cobrir quaisquer despesas. Mas para
tudo isso ser possível, devemos começar a investir em independência financeira sem
sobrecarregar nosso sistema, planejando com cuidado cada etapa, dando apenas os passos
necessários para cada momento, evitando chegar à exaustão muito antes de alcançar o
objetivo final.

O verdadeiro investidor não deveria sentir um frio na espinha quando faz uma grande
contribuição. Tendo estudado e compreendido o potencial daquele negócio, e após ter o
sentimento de ser sócio da empresa, a sensação deveria ser de conforto e sucesso, e não o
contrário.
Todo investimento real é de longo prazo. Então, não caia em ofertas instantâneas tentadoras.

Antes de qualquer decisão sugiro que você avalie qual é seu perfil e, com base nessa reflexão,
pontue quais passos precisa tomar para, o mais rápido possível, tornar-se um investidor de
verdade, assim percorrendo um caminho seguro rumo ao seu primeiro milhão.

VOCÊ É UM ASPIRANTE?

· Ainda não consegue investir.

· Não tem a consciência de que precisa investir o que ganha.

· É o famoso “poupador”, que até pouco tempo só conhecia a caderneta de poupança.

· Acabou de descobrir as maravilhas do Tesouro Direto e por isso não deixa a renda fixa.

VOCÊ É UM ESPECULADOR INICIANTE?

· Negocia ações sem pensar no valor da empresa, mas apenas no preço da ação.

· Não investe na empresa, pois encerra sua posição todos os dias no pregão.

· Acredita que a sorte faz parte do mercado de ações, fica viciado no “jogo”.

· Corre risco de falência ao operar diversas vezes.

VOCÊ É UM INVESTIDOR?

· Nunca compra ou vende ações baseado no preço delas no momento, mas sim nos
fundamentos da companhia.

· Pretende ganhar dinheiro com operações de curto prazo que geram custos altos com
corretagem.

· Faz planos pensando na velhice e aposentadoria.

· Entende o poder dos juros.

Avaliar nosso estado inicial ajuda a entender de qual ponto partimos e quais metas são
realistas para nós. Traçar objetivos alcançáveis e superá-los um a um tornam a jornada muito
mais produtiva e faz com que novos hábitos sejam criados.

Se engana quem acredita que na caminhada de investimentos, não se perde de vez em


quando. Avaliando pelo lado do comportamento, talvez chegaríamos à conclusão de que uma
pessoa que não é frágil e consegue resistir a essas perdas e dificuldades é alguém resiliente,
certo? O significado de progresso, porém, afasta-se da resiliência, pois essa palavra apenas
denomina algo que é capaz de voltar à sua posição original após, por exemplo, um trauma.
Mas sabemos que viver nada mais é do que estar em constante caos. Por isso, precisamos
buscar a antifragilidade. Ela pode ser uma âncora importante na busca da riqueza, pois, ao
compreendê-la, o investidor começa a desfrutar das constantes dificuldades e desafios
buscando seu amadurecimento e crescimento técnico.

Outro fator importante a ser falado é que: Estar em uma ou outra fase financeira não tem a ver
com idade e profissão, mas com o que se faz naquela etapa da vida e com o reconhecimento
de quais passos devem ser dados para atingir o próximo nível.

Isso significa que uma pessoa de vinte anos de idade pode estar passando pela mesma fase
financeira de alguém com cinquenta anos, assim como profissionais dos mais diferentes níveis
salariais podem estar com um denominador comum, financeiramente falando. O mais
importante, no entanto, é entender o que precisa ser feito para o bem da evolução e como será
possível chegar ao próximo degrau. Reconhecer a si mesmo e entender os desafios de cada
uma das quatro fases financeiras descritas a seguir são um bom ponto de partida e podem
prover o suporte necessário nas suas primeiras metas rumo ao milhão.

FASES PARA A LIBERDADE FINANCEIRA:

1. Endividado: Quem só possui dívidas não consegue adotar uma estratégia de crédito
consciente. Para avançar de fase, precisa aprender a gastar melhor, comprar barato, estudar
maneiras de anular a sua dívida o quanto antes sem desperdício de dinheiro. Muitas vezes
quem vive esse momento deixa de procurar a saída por pensar que talvez não exista.
Entretanto o próprio sistema financeiro oferece parte da solução, com feirões para
renegociação de dívidas. Ao mesmo tempo devem ser buscadas maneiras de aumentar a
renda, como batalhar por uma promoção, buscar um serviço extra nas horas que antes seriam
de folga ou partir para o empreendedorismo, mesmo que de forma limitada.

2. Pequeno investidor: Já ganha um pouco mais do que gasta, mas ainda não consegue se
planejar para guardar uma parte da renda. A pessoa que vive essa fase para evoluir precisa
aplicar sem riscos o dinheiro que sobra. E deve aprender a fazê-lo de uma maneira mais
eficiente e rentável, em comparação à maioria das pessoas.

3. Foco no longo prazo: Nessa fase o indivíduo está olhando para além do curto prazo. Suas
metas não são o celular novo ou a reforma da casa no fim do ano. Ele está com as contas em
dia, tem seu fundo de emergência preparado e sendo constantemente reposto, e começa a
refletir sobre o futuro do seu caixa. Passa a procurar investimentos que exigem
comprometimento duradouro e, muitas vezes, potencializam-se ao longo do tempo. O foco
deixa de ser apenas o ano seguinte, mas a aposentadoria dali a algumas décadas. Esse
investidor já sabe que, em certo momento da vida, o salário vai deixar de entrar, mas os gastos
fixos permanecerão.

4. Liberdade financeira: Quem está nessa fase é possível, por exemplo, começar uma fase
empreendedora, na qual se aposta em um negócio mais sólido algo que sempre foi um sonho,
por puro prazer. Quem tem o futuro garantido tem condições para, se assim desejar, entrar em
uma fase financeira familiar ou social. A tendência é que quanto mais temos, mais desejamos
compartilhar, com consciência, claro. É também possível que cresça em nós a necessidade de
deixar um legado. Afinal, não é apenas sobre dinheiro que estamos falando e sim sobre
felicidade.
Agora que exercitamos um pouco a mente com autoanálise, chegou o momento de, na prática,
partirmos para o milhão.

É parte fundamental do processo que você entenda, em números, como isso funcionará, pois,
a transparência consigo mesmo ajuda a criar hábitos que irão impulsioná-lo a buscar novos
ganhos que acelere a chegada ao seu objetivo final. Muitas pessoas dizem guardar dinheiro,
mas isso não significa investir dinheiro. Entretanto quem poupa está apenas guardando
dinheiro, enquanto quem investe aumenta a cada mês o seu patrimônio.

O primeiro passo para descobrirmos alguns de nossos erros financeiros mais comuns está na
elaboração da planilha de orçamento. Ao longo da sua vida você se deparou várias vezes com
modelos de controle de gastos que exigiam seu total empenho e paciência para descrever o
que é fixo ou variável, para onde vai cada centavo em comida, transporte, educação e lazer,
entre outras coisas. Esse tipo de planilha é muito útil, mas uma de suas falhas é que ela não
mostra de forma clara e é extremamente cansativo de atualizar. Isso faz você desmotivar e
perder controle.

Não existe regra única para todos quando se trata de orçamento familiar, mas entendo que
muita gente necessita de alguma direção ou de um objetivo claro para começar a organizar a
vida financeira. Por isso, caso você ainda não tenha muita ideia de como estruturar seu
consumo mensal, parta do princípio de que os gastos essenciais devem ocupar, no máximo,
50% de sua renda. Separados os gastos mais importantes, cerca de 10% deve ser distribuído
para outros gastos não essenciais e pelo menos 30% para investimentos. Os últimos 10%
devem ser sempre liberados para serem “torrados”, ou seja, podem ser gastos com o que você
quiser com total liberdade, como compras ou lazer. Afinal, como disse anteriormente, viver
apenas para trabalhar e guardar dinheiro é quase impossível.

Gastar dinheiro é muito bom, mas gastar quando se tem dinheiro é muito melhor. As pessoas
empobrecem muito mais pela falta de conhecimento do que pela falta de dinheiro. Muitos vivem
apenas antecipando sonhos e acabam não desfrutando deles no momento correto e, mais
importante, com total tranquilidade.

É natural que a quantidade do nosso dinheiro seja menor do que os nossos sonhos. O
brasileiro se acostumou a achar normal parcelar tudo e não colocar na ponta do lápis os custos
desse hábito. O problema é que essa falta de conhecimento sobre finanças, juntamente com o
apelo emocional de certas compras, faz com que milhares de brasileiros tomem decisões de
altíssimo impacto financeiro. Alguns dos impactos que podem afetar grandemente as suas
finanças são: Fazer viagens de custo altíssimo, financiar um carro novo, ter filhos sem
planejamento e financiar a maior parte do seu imóvel.

Agora chegamos a um ponto muito importante. Segundo o autor “Não é cortando o cafezinho
que você chegará ao milhão”. Mas realizando financiamentos altíssimos pode sim atrapalhar
todo o seu planejamento. O raciocínio é simples. Nenhuma empresa ou instituição coloca um
bem em suas mãos ou empresta dinheiro porque é bonzinho. A moeda de troca são sempre os
juros, e pagar os juros é o que diferenciam os ricos dos pobres. O pobre paga juros para
sempre, o rico os recebe.
O autor parte do princípio que: É bastante difícil conseguir investir um valor apropriado, mês
após mês, já que as parcelas do financiamento comprometem uma grande parte do seu
dinheiro.

O melhor modelo de planejamento para sua renda será sempre aquele que você mesmo
aprendeu a construir. Encontrar o equilíbrio entre seus gastos, investimentos e prazer pode ser
difícil, mas as perguntas a seguir podem fazer toda a diferença na hora da compra, te
auxiliando na sua tomada de decisão. Por isso sempre se pergunte:

· De que lado estão os juros, do seu ou do banco?

· Esse sonho pode ser adiado para ser desfrutado com mais tranquilidade no futuro?

· Com esta decisão, você ainda conseguirá investir pelo menos 30% da sua renda por mês?

· A motivação para este gasto é realmente importante ou é apenas um ato consumista?

· O que eu irei comprar pode esperar até que eu avalie melhor a forma de pagamento? Ou
estou com muita pressa em comprar para satisfazer a minha vontade?

Dica dois: Investir melhor

As pessoas ao decidirem se vale a pena investir recursos em uma determinada aplicação,


olham primeiro para o rendimento. Se ele for bom, passam para a próxima etapa, a de verificar
outras condições; caso contrário, a aplicação é desconsiderada. Entretanto este
comportamento é errado. Para descobrirmos se o rendimento de uma aplicação é satisfatório
ou não, temos que recorrer a uma projeção. Onde devemos analisar 3 pontos: Risco, liquidez e
rendimento.

Nunca é tarde para começar a investir melhor, mas, quanto mais tarde isso é feito, mais caro
fica se aposentar. É como se você chegasse numa loja e tivesse dinheiro para pagar à vista.
Quanto maior a entrada, menores os juros e maior o desconto. Pense na sua aposentadoria
como um produto que você financia: quanto maior a entrada, menores ficam as prestações.

Todas as vezes que você se deparar com uma situação em que é necessária uma decisão
relacionada a investimentos, precisa entender que, por mais clara a referencia que temos sobre
algo, devemos investir o dinheiro apenas naquilo que entendemos de verdade. Sempre serão
oferecidos para o investidor produtos que parecem ser muito vantajosos, ou aquela dica quente
e chamativa de um produto com alta rentabilidade. Não existe dica quente no mercado. O
investidor esperto não sai compartilhando por aí as operações que podem ser mais vantajosas
para ele. Se não entendemos bem do que se trata, como vamos poder avaliar o efeito real do
investimento no longo prazo? Pode até ser que no curto prazo a aposta em algo novo e
desconhecido dê certo, mas um susto no futuro pode fazer com que a perda seja muito maior
do que os ganhos acumulados.

Encontre os melhores investimentos: Com o aumento da procura por investimentos melhores


que a poupança, a oferta de serviços financeiros cresceu. Abaixo estão listadas cinco dicas
bem práticas para quem está começando:
Bancos: As instituições bancárias brasileiras por muitos anos reinaram como opção única. Isso
acabou criando organizações que não precisavam considerar o cliente, pois todo o sistema
havia sido planejado para tirar o maior dinheiro possível do pequeno poupador (que se
endividava). Isso gerou uma cobrança agressiva aos gerentes, que eram treinados para vender
a maior quantidade de produtos desnecessários possível. Para os que já têm alguns milhões
em conta, porém, existe uma categoria de atendimento diferenciada, na qual o cliente
consegue ter acesso a opções que não são oferecidas para o cliente comum. Ao lidar com
bancos, sempre tenha em vista que o principal negócio dele é lucrar com empréstimos, não
com investimento.

Corretora: A corretora é uma das melhores opções para os investidores que não possuem um
atendimento diferenciado, oferecendo maior poder de escolha aos clientes. Mesmo existindo
uma pessoa que lhe indicará boas aplicações, isso não garante que você não terá algumas
aplicações ruins em sua carteira. Entre as vantagens de se usar uma corretora é que com ela
você consegue comparar muitas aplicações sem precisar abrir conta em diversos lugares.
Algumas corretoras oferecem taxa zero para alguns produtos, mas é preciso entender que as
corretoras também ganham dinheiro na venda de alguns produtos financeiros e com a taxa de
corretagem pelo giro das aplicações. Os interesses são mais alinhados aos seus do que nos
bancos, mas ainda assim não são exclusivamente os seus.

Banco digital: São instituições financeiras sem agências, que funcionam de maneira 100%
digital. Para o pequeno investidor/poupador, é uma opção com baixos custos e que apresenta
títulos com rendimentos superiores aos dos bancos convencionais. Porém, pelo pouco tempo
que estão no mercado, a oferta ainda é bem limitada e nem todos os bancos digitais oferecem
pacotes de serviços que atendem a todas as demandas de seus clientes.

Gestora: Na maioria dos casos, não faz sentido investir diretamente por meio das gestoras,
empresas do setor financeiro que criam um fundo e decidem para onde vão seus recursos.
Com elas você tem acesso direto a vários fundos de uma só vez e pode compará-los de
maneira muito mais fácil. Um ponto positivo das gestoras, no entanto, é que elas não cobram
comissão e costumam prestar um bom atendimento ao cliente.

Robôs: Investir por meio de robôs tem ganhado bastante popularidade. Um sistema avalia seu
perfil de risco e faz os investimentos por você. É bom para leigos e não custa tão caro para o
nível de serviço que prestam. Entretanto o robô acaba limitando o poder de decisão e tendo um
custo superior ao encontrado em outros tipos de instituições.

Dica três: Ganhar mais

Ao contrário do que fomos ensinados, não é o esforço por si só, aplicado em cada tarefa, que
garante crescimento. O que garante isso são os resultados financeiros que o trabalhador gera.
Sem refletir sobre isso, as pessoas acabam sendo educadas desde pequenas em modelos
engessados, sem liberdade de criação e inovação. Somos ensinados que devemos nos
esforçar para nos enquadrar no sistema, tirar sempre as melhores notas, conseguir entrar
numa faculdade e, assim que possível, começar a trabalhar e “dar o sangue” para alguma
empresa.
Nos negócios e nas empresas, por mais que digam o contrário, o que é premiado é o resultado,
não o esforço. É claro que o empenho e a força de vontade são peças fundamentais para o
sucesso, mas temos de deixar para trás a visão errada de que deveríamos esperar ser
premiados apenas pelo nosso esforço. Você receberá dinheiro de modo proporcional aos
resultados que apresenta.

Além disso, quem garante que uma pessoa que trabalha doze horas por dia se empenhou
durante todo este tempo sem distrações, foi produtivo e obteve para a empresa o retorno
financeiro compatível com tanto sacrifício? Se o esforço fosse premiado, seu conhecido já seria
milionário, o operário de fábrica mais produtivo teria sempre um padrão de vida muito elevado.
Mas é mais fácil ver uma máquina substituindo funções do que um funcionário mediano,
mesmo que esforçado, ficar rico.

Pessoas do mundo corporativo começaram a detectar que, quem construía uma boa marca
pessoal em torno de suas atitudes e resultados, tinha acesso às melhores oportunidades de
trabalho e ganhos maiores. O que essas pessoas fazem, é uma espécie de marca pessoal que
as distancia do padrão médio encontrado em seu ambiente de trabalho fazendo com que sejam
mais requisitadas.

Para entender como anda sua marca pessoal, pergunte a si mesmo, refletindo sobre seus
talentos e habilidades, as mesmas perguntas que gerentes de marcas como Nike, Coca-Cola
ou Natura fazem: o que meu produto tem que o torna diferente? Lembre-se: Se você não
adquire valor para sua empresa, para os negócios ou para quem está ao seu lado, menores
serão suas chances de ter parceiros dispostos a lhe darem mais oportunidades ou comprarem
mais de seus serviços.

Outro fator importante ao falarmos de sucesso é quanto mais autoridade você exercer sobre
determinado assunto menos você sofrerá. Isso significa que, ao demonstrar total conhecimento
de suas tarefas e ao saber como executá-las com excelência, menos os seus chefes se
intrometerão ao longo do tempo. E isso, pouco a pouco, construirá o reconhecimento de que
você não precisa de comando, mas está apto a passar a tarefa para outro funcionário que
ainda precisa aprendê-la, enquanto dedica seu tempo às estratégias para tornar essa prática
ainda mais eficiente dentro da empresa. A questão é que, quase sempre, quem está no
comando não têm tempo para ensinar sobre autoridade.

ESSENCIALISMO: A disciplinada busca por menos

Greg McKeown

Nessa obra o autor transmite uma mensagem bastante simples, de que devemos entender o
que é essencial em nossas vidas e priorizar o que realmente importa. De uma forma clara,
Greg McKeown explica a essência do conceito, ensina como sermos mais eficazes em nossas
estratégias e nas execuções de nossas tarefas do dia a dia, sejam elas em nossa vida
profissional ou em nossa vida pessoal.

Introdução
O caminho do essencialista rejeita a ideia de que se pode fazer tudo. Em vez disso, exige
pesar bem as opções e tomar decisões difíceis. Em muitos casos, possibilita tomar decisões
únicas que resolvem mil decisões futuras, e assim não se exaurir fazendo as mesmas
perguntas várias vezes. O caminho do essencialista segue um propósito, não segue o fluxo.
Em vez de escolher reativamente, o essencialista distingue de maneira deliberada as poucas
coisas vitais das muitas triviais, elimina o que não é essencial e depois remove obstáculos para
que o essencial tenha passagem livre. Em outras palavras, o essencialismo é uma abordagem
disciplinada e sistemática para determinar onde está o ponto máximo de contribuição de modo
a tornar sua execução algo que quase não demanda esforço.

Um exemplo da vida real

Contaremos a estória de Sam Elliot, um competente executivo do Vale do Silício que se viu
sobrecarregado depois que sua empresa foi adquirida por outro grupo maior e mais
burocrático. Ele estava decidido a se sair bem em seu novo papel, então, sem pensar direito,
disse sim a muitos pedidos. Como resultado, passava o dia inteiro correndo de uma reunião
para outra, tentando atender a todos e cumprir todas as tarefas. Conforme o estresse
aumentava, a qualidade de seu trabalho caía. Era como se estivesse se dedicando mais
justamente às atividades menos importantes. Em consequência disso,seu desempenho se
tornou insatisfatório para si mesmo e decepcionante para aqueles que ele tanto queria agradar.
No meio dessa frustração, a empresa o procurou e lhe ofereceu um plano de aposentadoria
precoce. Mas, com 50 e poucos anos, ele não tinha o mínimo interesse em parar de trabalhar.
Chegou a pensar em abrir uma empresa de consultoria. Ou então em atuar como consultor
freelancer para seu empregador atual. Mas nenhuma dessas opções lhe pareceu muito
atraente. Então ele procurou um coach, que lhe deu um conselho surpreendente: “Fique, mas
faça o que faria como consultor e nada mais. E não conte nada a ninguém.” Em outras
palavras, o mentor o aconselhou a só fazer o que considerasse essencial — e ignorar todo o
resto que lhe pedissem. O executivo seguiu o conselho. Comprometeu-se a reduzir sua
participação em atividades burocráticas, dia após dia. Começou a dizer ​não.Passou​ a avaliar
os pedidos com base no seguinte critério: “Será que consigo atender a esse pedido com o
tempo e os recursos de que disponho?” Quando a resposta era não, ele se recusava a atender
a solicitação. Ficou agradavelmente surpreso ao descobrir que, embora a princípio parecessem
um pouco desapontadas, as pessoas pareciam respeitar sua franqueza. Estimulado por essas
pequenas vitórias, ele foi um pouco mais além. Agora, quando lhe faziam um pedido ele o
analisava usando critérios mais exigentes: “Essa é a coisa mais importante que eu deveria
fazer com meu tempo e meus recursos neste momento?” Se não conseguisse responder sim
categoricamente, não executava a tarefa. E mais uma vez, para sua imensa satisfação, embora
no início ficassem decepcionados, logo os colegas passaram a respeitá-lo mais — e não
menos — pela recusa. Ainda mais encorajado, passou a aplicar esse critério seletivo a tudo,
nãosó a pedidos diretos. Antes, ele sempre se oferecia para realizar apresentações ou tarefas
que surgiam de última hora; agora, dava um jeito de não ser convocado. Costumava ser um
dos primeiros a responder a um e-mail com vários copiados; agora, apenas lia e deixava que
os outros tomassem à dianteira. Parou de participar de teleconferências das quais só alguns
minutos lhe interessariam. Deixou de comparecer à reunião informativa semanal porque não
precisava dos dados que seriam expostos. Não ia mais às reuniões se não tivesse alguma
contribuição direta a dar. Entendeu que só o fato de ter sido convidado não era razão suficiente
para comparecer. A princípio, pareceu uma atitude individualista. Mas ao ser seletivo, Sam
obteve mais espaço para si, e nessa brecha encontrou liberdade criativa. Agora ele
concentrava seus esforços num projeto de cada vez. Era capaz de planejar meticulosamente.
Conseguia prever barreiras e começar a remover obstáculos. Em vez de correr para lá epara cá
tentando fazer tudo, finalizava apenas os itens essenciais. A nova dedicação a fazer o que era
de fato importante e eliminar todo o resto o fez recuperar a qualidade de seu trabalho. Em vez
de avançar apenas um milímetro num milhão de direções, ele começou a dar um imenso
impulso rumo à realização do que era verdadeiramente ​vital.Para​ sua grande surpresa, a
experiência não teve repercussões negativas. Ele não foi punido nem criticado pelo chefe. Os
colegas não se ressentiram quando Sam ficou apenas com os projetos que eram significativos
para ele e realmente úteis, pelo contrário.

A mentalidade básica do Essencialista

Existem três realidades sem as quais o pensamento essencialista não seria pertinente nem
possível. Há um capítulo dedicado a cada uma delas.

1. Escolha individual: podemos escolher onde aplicar nosso tempo e nossa energia. Se as
escolhas não são feitas, não faz sentido falar em abrir mão de alguma coisa em troca de outra.

2. A prevalência do ruído: quase tudo é ruído, pouquíssimas coisas têm valor excepcional.
Essa é a justificativa para investir tempo em descobrir o que é mais importante. Como algumas
coisas são importantíssimas, vale a pena o esforço de distingui-las.

3. A realidade de perder para ganhar: não podemos ter tudo nem fazer tudo. Se
pudéssemos, não haveria razão para avaliar e eliminar opções. Assim que aceitamos que é
preciso abrir mão de algo, paramos de indagar “Como conseguir fazer com que tudo dê certo?”
e passamos a fazer a pergunta mais significativa: “Que problema quero resolver?” Somente
quando compreendermos essas realidades poderemos começar a pensar como um
essencialista. Na verdade, depois de aceitá-las e entendê-las completamente, boa parte do
método das seções seguintes deste livro se tornará natural e instintiva.

O não essencialista

Enquanto o essencialista acha que quase tudo é não essencial, o não essencialista pensa
exatamente o contrário, acredita que quase tudo é essencial. Vê as oportunidades como
praticamente iguais acha que quase tudo é tão essencial que não distingue as poucas
oportunidades vitais das muitas triviais. Muita gente capaz é impedida de chegar a um nível
mais alto de contribuição porque não consegue abandonar a crença de que tudo é importante.
Mas o essencialista sabe a diferença entre o que realmente tem valor e o resto. Para praticar
essa habilidade essencialista, podemos começar num nível simples e, assim que ela se tornar
uma segunda natureza nas decisões cotidianas, saberemos aplicá-la a áreas maiores e mais
amplas da vida pessoal e profissional. Dominá-la por completo exigirá uma mudança imensa do
modo de pensar. Mas é algo que pode ser feito.

Pare de enfeitar e comece a decidir

No desenvolvimento de textos para a empresa, a equipe ou para si mesmo, muita gente tende
a se prender a detalhes estilísticos triviais como se “Devemos usar esta ou aquela palavra?”.
Mas isso aumenta o risco de recair em lugares-comuns sem significado e clichês que levam a
declarações vagas e inexpressivas. Um objetivo essencial não precisa ser redigido com
elegância; o que conta é o conteúdo, não o estilo. Portanto, faça a pergunta mais essencial que
vai configurar todas as decisões futuras: “Se só pudéssemos ser verdadeiramente excelentes
numa coisa, qual seria ela”? Viver com objetivo O objetivo essencial vai muito além da
descrição de cargos ou da declaração de missão da empresa; ele orienta a noção mais ampla
de propósito e ajuda a mapear o caminho da sua vida. Por exemplo, Nelson Mandela passou
27 anos na prisão tornando-se essencialista. Em 1962, quando foi preso, quase tudo lhe foi
tirado: o lar, a reputação, o orgulho e, é claro, a liberdade. Ele escolheu usar aqueles anos para
se concentrar no que era realmente essencial e eliminar o resto, inclusive o próprio
ressentimento. E seu objetivo essencial passou a ser acabar com o apartheid da África do Sul.
Ao fazer isso, deixou um legado que continua vivo até hoje. Criar um objetivo essencial é difícil.
Exige coragem e percepção para saber quais atividades e iniciativas se somarão para levar
aquele que executá-las ao ponto máximo de contribuição. É preciso fazer perguntas delicadas,
abrir mão de coisas importantes e exercer uma disciplina rígida para excluir prioridades
concorrentes que nos distraem da verdadeira intenção. Mas o esforço vale a pena, porque
somente com clareza de propósito as pessoas, equipes e organizações se mobilizam
totalmente e conseguem alcançar a verdadeira excelência.

Essencial liderança

Jeff Weiner, presidente-executivo do LinkedIn, considera que “menos coisas mais bem-feitas” é
o mecanismo mais poderoso da liderança. Quando assumiu a empresa, poderia facilmente
adotar o padrão de funcionamento da maioria das empresas recém-fundadas no Vale do Silício
e tentar fazer tudo. Em vez disso, disse não a oportunidades excelentes para só ir atrás das
melhores. Ele ensina sua filosofia aos funcionários por meio de slogans marcantes como:
“Menos coisas mais bem-feitas”, “Transmitir a informação certa às pessoas certas na hora
certa” e “Rapidez e qualidade na tomada de decisões”. Na verdade, isso é que é liderar
essencialmente. O líder não essencialista se comunica em código, e, em consequência,
ninguém tem certeza do real significado de nada. A comunicação não essencialista costuma
ser genérica demais para ser útil ou muda tão depressa que todo mundo é pego desprevenido.
Por outro lado, os líderes essencialistas transmitem as coisas certas às pessoas certas no
momento certo. São sucintos e optam por restringir a comunicação para manter a equipe
focalizada. Quando falam, são claríssimos. Evitam jargões sem sentido, e a mensagem é
sempre coerente. Dessa maneira, as equipes conseguem separar o essencial em meio a todo
o ruído trivial.

Executar

Planejar é essencial. Estimar o tempo necessário para suas atividades e prever os problemas é
uma arte! Por isso, o autor sugere que você pense em todos os cenários possíveis e
acrescente 50% ao prazo estimado, evitando que você fique atrasado nas suas tarefas. David
Allen, do Best Seller A Arte de Fazer Acontecer, também diz algo parecido. Identifique e elimine
o que está te impedindo de avançar, comece pequeno e comemore as pequenas vitórias,
aumentando seu impulso para conseguir coisas maiores. O progresso se tornará mais fácil à
medida que você avance. Elabore uma rotina que te permita “fluir”. Gaste um tempo criando
essa rotina e depois não desperdice mais o seu tempo a cada dia escolhendo o que priorizar e
o que fazer. Mihaly Csikszentmihalyi criou o conceito de Estado de Fluxo (Flow) e, segundo seu
estudo, pessoas muito criativas usam rotinas rígidas. A rotina errada pode trazer tédio. A rotina
certa pode trazer inovação e criatividade ao fazer o uso certo da energia e liberar a mente.
Descubra o que é mais importante no momento e concentre suas energias em fazer aquilo.
Mantenha a atenção plena.

Instainsights

· Assumir muitos compromissos ao mesmo tempo não torna você mais produtivo;

· Saber dizer não é importantíssimo para não se sobrecarregar;

· Dizer sempre sim a todos os compromissos não fará de você uma pessoa mais admirada;

· Devemos identificar o que é realmente importante e essencial em nossas vidas e focar


nossas energias nessa atividade.

Neste livro, você aprendeu que

Quando não sabemos nos posicionar em relação às outras pessoas, seja em nossa vida
pessoal ou profissional, e queremos agradar a todos, normalmente não conseguimos agradar
nem ás outras pessoas e muito menos a nós mesmos. E com atitudes assim, conseguimos
apenas nos frustrar e nos estressar.

COMO APRENDI A PENSAR

Luiz Felipe Pondé

Um dos filósofos mais respeitados e populares de nossa época, Luiz Felipe Pondé apresenta
nesse livro a filosofia de uma forma diferente, a apresenta a partir da sua história com a
filosofia. Nessa obra, alem de falar dos grandes filósofos como Sócrates e Platão, ele também
cita romancistas como Nelson Rodrigues, cientistas como Charles Darwin, economistas com
Karl Marx e os psicanalistas Sigmund Freud e Carl Jung. Todos esses autores foram
importantes na formação desse intelectual que, semanalmente, através de artigos, aulas ou da
televisão, nos ajuda a pensar, questionar e entender o mundo em que vivemos.

Introdução aos conceitos filosóficos

Alguns conceitos serão usados nesse resumo e são de extrema importância, por isso iremos
explicá-los de forma simples para a melhor compreensão do texto:

· Ceticismo: corrente de pensamento filosófico que defende a ideia da impossibilidade


do conhecimento de qualquer verdade. Criado na Grécia Antiga por Pirro de Élis (filósofo
grego), esta filosofia rejeita qualquer tipo de dogma (afirmação considerada verdadeira sem
comprovação).

· Niilismo: é uma doutrina filosófica que indica um pessimismo e ceticismo extremos


perante qualquer situação ou realidade possível. Consiste na negação de todos os princípios
religiosos, políticos e sociais. O conceito de niilismo teve origem na palavra em latim nihil, que
significa "nada".

· Metafísica: é uma área do conhecimento que faz parte da Filosofia. A metafísica


estuda os princípios da realidade para além das ciências tradicionais (Física, Química, Biologia,
Psicologia, etc.). A metafísica busca também dar explicações sobre a essência dos seres e as
razões de estarmos no mundo.

· Sofismo ou sofisma: significa um pensamento ou retórica que procura induzir ao erro,


apresentada com aparente lógica e sentido, mas com fundamentos contraditórios e com a
intenção de enganar. Em um sentido popular, um sofisma pode ser interpretado como uma
mentira ou um ato de má fé.

A ideia é oferecer a quem me acompanha um conjunto de informações consistentes sobre a


história da filosofia a partir do impacto que esse conjunto de informações teve em minha vida
de estudante e de profissional da área.

Filosofia Antiga

Como período histórico filosófico, é, sem dúvida, o que mais me marcou. Seu impacto em
minha formação foi grande, mas não me refiro especialmente aos seus três maiores nomes,
Sócrates, Platão e Aristóteles. Como disse, seguirei quase sempre uma ordem cronológica
objetiva, e não uma ordem biográfica subjetiva. Por isso mesmo, início falando dos trágicos,
ainda que tenha entrado em contato com eles tardiamente, e, seguramente, depois de
conhecer os demais autores gregos ou romanos.

Do mito, a tragédia e a filosofia

Falarei brevemente sobre o mito, algumas palavras agora e outras quando me ocupar da
herança hebraica no próximo capítulo. O mito é uma narrativa ficcional, de autoria
desconhecida, que carrega forte significado simbólico para a humanidade. Dentro dessa
narrativa, estão a origem das coisas, o sentido e o funcionamento delas e do sofrimento, os
modos de salvação, a vida social e política, a vida e a morte, e a vida após a morte. Enfim,
todos os conjuntos de questões essenciais se apresentam em um roteiro com personagens e,
não necessariamente, conceitos. Na tragédia ática (mais conhecida como grega), essas
narrativas passam por um “primeiro tratamento” criativo, aberto à indagação humana histórica,
escrito por homens reais e para homens e mulheres reais, de carne e osso, assistirem,
discutirem, chorarem e se identificarem. Na máxima de Aristóteles, século IV a.C., a tragédia
visava gerar terror e piedade em quem a assistia, a fim de levar as pessoas à catarse
(purificação), pela identificação com o sofrimento dos heróis e heroínas. Enfim, uma reflexão
mediada pela crença religiosa no mito, relida pela pena de dramaturgos inseridos no tempo
histórico real.

A tragédia

Há algo de muito significativo em começar nosso percurso com a tragédia grega. Já escrevi
algumas vezes que a tragédia é minha casa. Quanto mais vivo, mais sinto que os trágicos
tinham razão em muitas coisas. Tanto no que há de desesperador quanto no que há de
grandioso em se lutar corajosamente uma batalha sempre perdida.
A reverência é uma virtude máxima dos verdadeiros sábios. Quem não tem reverência por
nada, nada sabe de coisa alguma. Antes de voltar ao conceito de tragédia, vale dizer algo
breve sobre o contexto no qual ela surge: a democracia ateniense. É comum entre
especialistas a ideia de que essa democracia é, em parte, responsável pelo surgimento dessa
literatura sofisticada que foi a tragédia ática, mesmo que nela apareçam indagações duras
sobre a própria democracia, e a “lei dos homens” surja como objeto de dúvida, algumas vezes
de crítica e de ansiedade. Mas, antes de olhar mais de perto, é importante ressaltar que a
prática do debate das leis e modos de conduta (comum em discussões democráticas),
provavelmente, impactou o pensamento do homem culto da Atenas da época. Para você
imaginar o que foi isso, basta pensar como a democracia hoje produz essa imensa profusão de
ideias, palavras, ódios, propostas e projetos que vemos por toda parte. A primeira coisa que se
aprende em filosofia é que o que importa são as perguntas, e não, necessariamente, as
respostas. Filosofar é aprender a fazer perguntas significativas que nos tornam mais
inteligentes e mais interessantes (não, necessariamente, mais felizes), mesmo que sejamos
mera poeira que pensa no vazio do universo, ou talvez, exatamente por isso. Voltemos, assim,
à tragédia. A tragédia, portanto, quando “retirada” de sua dimensão mítico-religiosa imediata,
se transforma numa indagação acerca do que fazer com o fato de que somos atravessados
pela contingência (fortuna, sorte, azar). Daí filósofos modernos e contemporâneos que
enunciam a contingência como fundo da realidade serem identificados como trágicos. Só os
minimamente maduros podem, em alguma medida, entender que nem sempre devemos
conhecer tudo, nem entender tudo, porque a verdade não só nos salva, mas, também, pode
nos aniquilar.

A pré-socrática

Eu dizia anteriormente que a filosofia nasce de um esforço para propor explicações sobre a
origem das coisas que não sejam narrativas míticas. Esse esforço nunca é de todo
bem-sucedido. As razões para esse “fracasso” são muitas. Desde a experiência de uma
espécie sapiens evoluída num ambiente de narrativas míticas que produziam e produzem
sentido para seres pré-históricos perdidos que somos, num contemporâneo hostil, até o
simples fato de que as explicações racionais nunca dão plenamente conta dos fatos. Por outro
lado, as questões e os mistérios que enlaçam a vida e a morte, o mundo e o universo são
tantas que sempre haverá mais perguntas em aberto do que respostas satisfatórias. A
chamada filosofia pré-socrática, ou filosofia da natureza antiga, parecia buscar os princípios
naturais nas coisas do mundo ao redor. Esses princípios, ou arché, ainda que hoje pareçam
ingênuos, carregavam em si a marca do esforço da razão natural para entender de onde
vinham as coisas: a água, o fogo, o ar, o movimento incessante das coisas, enfim, elementos
perceptíveis pelos órgãos e presentes na natureza, serviam como suporte para as tentativas de
explicação do mundo.

A virada antropológica: sofistas e Sócrates

Por que os especialistas usam essa expressão “virada antropológica” para os sofistas e
Sócrates? Simples: porque diferentemente dos pré-socráticos, Sócrates e sofistas – sendo os
mais famosos Protágoras (século V a.C.) e Górgias (séculos V e IV a.C.) – se perguntavam as
coisas a partir do ponto de vista humano, e não a partir das coisas naturais ao seu redor. Essa
virada acabou por se constituir no fundamento de grande parte da filosofia porque produziu, na
sequência, a política, a ética, a filosofia da linguagem, a estética e a epistemologia (teoria do
conhecimento e teoria da ciência), entre outras disciplinas filosóficas ou científicas. Os sofistas
ficaram famosos por serem os “arqui-inimigos” de Platão e da metafísica, e por estabelecerem
as bases do relativismo, tal como consideramos hoje em dia. “O homem é a medida de todas
as coisas”, talvez uma das maiores frases que já se falou no mundo, foi dita por Protágoras. Ela
quer dizer que, se vacas tivessem deuses, seus deuses teriam caras de vacas, logo, como
somos nós que temos deuses, eles têm a nossa cara. Outra decorrência dessa ideia é que
valores e concepções acerca da realidade dependem dos homens que as têm, ou da cultura
que produz esses valores e concepções.

Já na Grécia, a postura sofista sofreu críticas importantes. Sócrates, pelo que sabemos por
Platão, se opunha a esse postulado e buscou desesperadamente, responder a essa “ameaça”
sofista (o diálogo de Platão, Teeteto, nome de um jovem discípulo de Protágoras, é famoso por
ser um exemplo de crítica aos sofistas). A resposta socrática é considerada o postulado
fundacional da filosofia: “Quanto mais sei, mais sei que nada sei”. Onde está a diferença para
com a postura sofista?

Os sofistas entendiam que não há verdade a ser encontrada na busca filosófica; Sócrates não
encontra essa verdade, mas insiste na sua busca, e, nesse processo, “descobre” que a
verdade possível a ser encontrada é que o avanço da busca deságua na constatação de que
quanto mais busca, mais vê que não sabe nada.

Platão e Aristóteles

Em Platão se vê a força de um intelecto num movimento de esgotamento das perguntas


filosóficas possíveis. Por isso Whitehead, filósofo inglês do século XX, afirmará que a filosofia é
uma nota de rodapé na obra de Platão. Se filosofia é aprender a perguntar de forma
consistente, Platão é o mestre primeiro e absoluto dessa arte.

Já a ética aristotélica me encantou. A ética das virtudes me parece a escola mais profunda e
menos idealizada de todas as outras escolas (que veremos ao longo de nosso percurso).
Quando digo menos idealizada me refiro ao fato de que, quase sempre, idealizamos o que o
homem é capaz de fazer em prol do bem. Na verdade, suspeito que essa tendência serve à
nossa vaidade de nos vermos como alguém que é do bem.

O encontro entre Jerusalém e Atenas

Antiguidade tardia é o termo que usamos para descrever os primeiros séculos da era cristã,
momento em que surge a Patrística. Esse termo compreende um conjunto de filósofos e temas
que fundaram a chamada filosofia cristã, e, portanto, criaram o cristianismo como uma doutrina
filosófica consistente. O cristianismo surgirá como uma humilde heresia entre os judeus, um
povo periférico dentro do Império Romano. Não pretendo aqui responder à complexa questão
de como essa heresia judaica periférica tomou o Império Romano para si. Mas, de cara,
podemos dizer que não foi aquela heresia judaica periférica que tomou o Império Romano, mas
aquilo em que ela se transformou à medida que adentrou a elite cultural, econômica e política
do Império, que falava grego e latim (não é à toa que falamos em Patrística grega e latina). De
heresia judaica periférica ela se transformou em cultura clássica, filosofia e poder político. O
que nos interessa aqui são alguns temas e conceitos que darão consistência a esse processo,
até chegarmos a Santo Agostinho, o maior representante da Patrística como um todo, não só
da latina.

Autonomia x heteronomia

Esse bificcionais de autor desconhecido é essencial para entendermos o que significa o


encontro entre Jerusalém e Atenas: o confronto entre um conhecimento centrado na ideia de
razão natural, autonomia moral, conflito com narrativas míticas, características da filosofia
grega, e um conhecimento centrado na ideia de revelação sagrada das verdades, fé e
dependência de Deus para com a vida moral, características do hebraísmo antigo e de toda
religião. Para o hebreu antigo, o centro da vida é a relação com Deus e Sua vontade e lei; para
o filósofo grego, o centro da vida é a busca da arché (princípio) e o logos, a ordem das coisas.
Um encontro desses dois modos distintos de ser (não que não haja reflexão e crenças em
ambos os lados) foi conflitivo e produtivo, uma espécie de “conflito feliz”. A filosofia grega
segue na direção de compreender a causa e o ser das coisas, e assim funda a ontologia pelas
mãos de Aristóteles; o mundo hebraico refletirá sobre a ação humana em relação à vontade
divina, logo, o hebraísmo tem uma vocação ética essencial. Enquanto os gregos se
perguntaram como fazer para entender o universo, e quais os limites do conhecimento humano
(se houver), os hebreus vão se perguntar como agir dentro dos parâmetros do bem (isto é, a
vontade divina e sua lei), e quais os limites da natureza humana para realizar esse bem.

O mito da queda

Mitos são estórias de ficção de autor desconhecido, que carregam em si forte teor de
significado para aquelas culturas e pessoas que neles creem. Na narrativa bíblica e na
posterior leitura via Patrística, principalmente via Santo Agostinho (que não são idênticas, tendo
o cristianismo feito uma leitura muito mais “dramática” do que o original judaico, mas é essa
dramaticidade que impactará a filosofia posterior), o casal Adão e Eva rompe com Deus. Afora
o fato óbvio de que Eva deve ter sido linda e gostosa, caso contrário Adão não teria preterido
Deus como o fez, o mito da queda oferece uma matriz para pensarmos os sofrimentos da
humanidade, aliás, muito comum em mitologias religiosas mundo afora. Essa matriz diz que os
dois humanos preferiram a autonomia à heteronomia, isto é, resolveram cuidar da vida deles,
mesmo que isso tenha implicado sofrimento.

Os contemporâneos do século XIX

O mundo contemporâneo não nasceu com o século XX, nasceu a partir de transformações que
se instalaram ao longo do século XIX, não só no plano material, mas também no mundo das
ideias. Entre muitos, alguns autores, filósofos ou não, determinaram o mundo contemporâneo
em que vivemos, assim como o que nesse mundo foi essencial na minha formação. Vejamos
alguns deles.

· Darwin era o que na época se chamava de naturalista, alguém voltado ao estudo da


natureza, e não da metafísica ou teologia. Em 1859 publica seu A origem das espécies e em
1871, A descendência do homem, livro no qual aplica sua tese da seleção natural. A teoria
darwinista até hoje causa grande impacto em pessoas religiosas, e o crescimento do chamado
criacionismo é um exemplo dessa estranha batalha entre um corpo de conhecimento que tem
evidências a seu favor e um outro que mistura uma bela poesia acerca da ordem no cosmos
com uma pitada do primeiro motor de Aristóteles e o “Gênesis”, primeiro livro da Bíblia.

· Nietzsche, eis um filósofo trágico por excelência. Afora a sua dimensão um tanto teen
de propor um super-homem que jamais existirá, Friedrich Nietzsche acerta em cheio, a meu
ver, quando descreve o ressentimento como centro da personalidade medíocre do rebanho. O
vínculo entre o ressentimento como afeto universal e as formas de religião, moral e metafísica
prenuncia uma sociedade de ressentidos que as mídias sociais trouxeram à tona.

· Freud e o sexo, todo mundo pensa. Algumas ideias de Sigmund Freud me formaram.
A afirmação de que a vida sexual não é passível de uma política pública de saúde sexual, pois
o sexo é o lugar onde todos falhamos em sermos civilizados e felizes. A pulsão de morte como
um instinto autodestrutivo com o qual devemos tomar cuidado: ninguém deve ser bom demais,
senão fica mais perigoso do que a maioria. E por último, e não menos importante, a percepção
de que a civilização cobra um alto preço: o mal-estar.

· Camus também se bateu com o desespero. Herdeiro tanto da tradição jansenista


(sem a graça e sem Deus, como ele mesmo dizia) quanto da trágica, Camus se pergunta no
seu famoso O mito de Sísifo: por que não nos suicidamos, já que a vida é um absurdo? Daí ele
concluir ainda na abertura deste ensaio que só o suicídio é uma indagação de fato filosófica – o
resto é uma questão meramente de engenharia.

Absurdo para Camus é o modo de descrever a tragédia de uma espécie que se sabe mortal e
sozinha no universo. Nossa ânsia pelo sentido das coisas se despedaça na indiferença do
mundo por nós. O mundo é um amontoado de pedras, por isso, qualquer sentido deve ser
arrancado dessas pedras.

Conclusão

O niilismo é o nome do sintoma de uma espécie que traz o nada no fundo da alma. Nunca
podemos fugir disso. Trata-se de uma espécie de mal-estar de um ser que tenta a todo custo
escapar de seu passado ancestral. Mas, ao mesmo tempo, nossa condição de “herdeiros do
nada” nos dá a possibilidade de reconhecer que nos tornamos um tipo de criadores da nossa
própria vida. E a intensidade? Disse na introdução que sempre fui uma pessoa intensa. A
“agenda intensa” como solução para um mundo moderno, pautado pela miséria da organização
estratégica da vida. O erro do projeto de uma vida intensa é que a intensidade só é intensidade
quando nos ameaça de alguma forma. Não há intensidade no parque temático em que o
mundo se transformou, mesmo que ele tenha decidido ter a intensidade “Nutella” como um dos
paradigmas de seu divertimento. Só quem experimenta a intensidade como vício sabe da
ilusão que é tê-la como salvação. Vícios são excelentes conselheiros para quem acha que
encontrou a solução para a vida: a delícia do vício é seu próprio palanque. Diante do niilismo,
só mesmo a esperança, vivida no silêncio do deserto, no mais puro nada de fundamento dessa
mesma esperança, pode significar alguma coisa. Nesse âmbito, o filósofo Cioran disse, no
século XX, parece-me, tudo que se pode dizer sobre esse fracasso da “agenda intensa” para
um mundo atolado na busca do sucesso: “Tornar-se virtuoso pelo cansaço, pela falta de
curiosidade”. Essa “ética” não é algo a que se chega por um processo sistemático de busca da
sabedoria e do bem, mas, pelo contrário, pelo esgotamento da paixão pela vida. E este livro é
dedicado aos que estão cansados.
Instainsights

· Nosso pensamento é livre e deve ser sempre formado livre de antigos conceitos ou de pré
conceitos;

· A necessidade de muitas atividades, ou de uma vida muito intensa gera frustrações, pois
jamais conseguiremos fazer ou conquistar tudo o que desejamos;

· A filosofia te ensina a enxergar de diversas formas diferentes o mesmo acontecimento;

· Deus e filosofia estão mais próximos do que imaginamos.

Neste livro, você aprendeu que

A filosofia está em tudo e não é uma questão distante do nosso dia a dia. A filosofia não se
restringe aos intelectuais ou aos autores clássicos como Sócrates ou Platão, existe uma
filosofia contemporânea que se encontra na obra dos autores mais populares e próximos do
nosso cotidiano.

A DIETA DA MENTE: A surpreendente verdade sobre o glúten e os carboidratos – os


assassinos silenciosos do seu cérebro

Dr. David Perlmutter

Descubra a verdade sobre os efeitos do glúten, do açúcar e dos carboidratos sobre o seu
cérebro. O autor apresenta uma descoberta que tem sido escondida pela literatura: os
carboidratos, até aqueles aparentemente inofensivos, podem causar danos e nos levar a
desenvolver doenças como Alzheimer, Demência, Déficit de atenção, Depressão e muito mais.
A “Dieta da Mente" mostra que o destino do nosso cérebro não está somente em nossa
genética, mas principalmente naquilo que comemos.

A Glicose e a insulina

Dr. David explica que durante a maior parte da existência de nossa espécie, a glicose —
principal fonte de energia para a maioria das células do nosso corpo — foi uma substância
escassa. Por isso criamos formas de armazená-la e de transformar outras substâncias em
glicose. O corpo fabrica glicose a partir de gorduras ou proteínas, se necessário, por meio de
um processo chamado “gluconeogênese”. Isso exige mais energia que a conversão de amido e
açúcar em glicose, uma reação química mais simples. Para que a glicose chegue ao interior de
nossas células, necessitamos da insulina, um hormônio produzido no pâncreas. O papel da
insulina é levar a glicose do sangue para as células musculares, adiposas e hepáticas, aonde é
utilizada como combustível.

Quando ingerimos muitos alimentos que são convertidos em glicose, as células são muito
expostas à insulina, e acabam se tornando resistentes a este hormônio. Quando as células se
tornam resistentes a insulina, não há mais absorção de glicose. Então, o pâncreas reage
bombeando ainda mais insulina. Assim, para que o açúcar chegue às células, são necessários
níveis elevados deste hormônio. Isso cria um círculo vicioso que resulta no diabetes tipo 2.
Quando o nível de insulina está alterado, outros hormônios também são afetados.

Baixos níveis de insulina podem ser associados com problemas cerebrais, como o Alzheimer.
Os diabéticos têm maiores chances de desenvolver a doença, pois a diabetes e o Alzheimer
tem a mesma origem.

O autor diz que uma das perguntas que mais ouve em seu consultório, feita pelos parentes de
pacientes com Alzheimer, é: “O que minha mãe [ou meu pai, meu irmão, minha irmã] fez de
errado?”.

Entre as hipóteses, estão: viveu com níveis elevados de açúcar no sangue, mesmo sem ser
diabético; comeu carboidratos em excesso ao longo da vida; optou por uma dieta pobre em
gorduras, minimizando o colesterol; tinha sensibilidade, não diagnosticada, ao glúten, proteína
que encontramos no trigo, no centeio e na cevada.

A Inflamação de o glúten

A maioria de nós sabe que quando ocorre algum tipo de problema no corpo, a reação natural
do organismo é o inchaço e a dor, que são marcas de um processo inflamatório. Mas uma
inflamação nem sempre é algo ruim. A inflamação mostra que o corpo está se defendendo de
algo que considera ruim. O grande problema surge quando uma inflamação fica fora de
controle.

A reação inflamatória se espalha pelo corpo todo através da corrente sanguínea. Quando uma
inflamação sai de controle, são produzidas diversas substâncias químicas tóxicas para nossas
células.

Todos nós já sentimos uma simples dor de cabeça. Às vezes conseguimos reconhecer a causa
da dor, como um dia longo na frente do computador, por exemplo. Para aliviar os sintomas,
recorremos a remédios de balcão de farmácia. Mas o que fazer quando os sintomas não
desaparecem e não conseguimos reconhecer a causa?

O Glúten é uma proteína que funciona como um material adesivo, aglutinando a farinha para a
panificação, incluindo bolachas, biscoitos e massa de pizza. O glúten ajuda no processo de
fermentação, fazendo o pão “crescer” quando o trigo é misturado ao fermento. É um dos
aditivos alimentares mais comuns do mundo, utilizado em alimentos industrializados e também
em produtos de higiene pessoal.

Embora você possa não ser tão sensível ao glúten quanto um indivíduo com doença celíaca,
do ponto de vista neurológico, todos nós podemos ser sensíveis ao glúten.

A nossa dieta exige praticamente zero carboidrato. Podemos sobreviver com uma quantidade
mínima e que pode ser fornecida pelo fígado na medida do necessário. Porém, não podemos ir
muito longe sem gordura. As pessoas acham que ingerir gordura é o mesmo que ficar gordo,
quando na verdade a obesidade não está relacionada com a ingestão de gordura, mas sim com
o vício em carboidratos.
A gordura como fonte de energia

Nas ultimas décadas nos fizeram acreditar que uma dieta rica em gorduras aumentará nosso
colesterol, e conseqüentemente, eleva o risco de ataques cardíacos e derrames. Pesquisas de
vinte anos atrás provam o contrário.

A gordura é, e sempre foi, um pilar fundamental da nossa nutrição. Gorduras boas como o
ômega 3 e as monoinsaturadas reduzem processos inflamatórios, enquanto as gorduras
hidrogenadas modificadas, encontradas nos alimentos industrializados, elevam as inflamações.

Algumas vitaminas precisam de gordura para serem absorvidas adequadamente pelo corpo.
Sem vitamina A suficiente, o cérebro não se desenvolve direito e a falta de vitamina D é
associada a um maior risco de desenvolver doenças como Alzheimer, Parkinson, entre outras.

Dr. David afirma que embora as gorduras trans sintéticas encontradas na margarina e nos
alimentos industrializados sejam um veneno, as gorduras monoinsaturadas, como aquelas
encontradas em abacates, azeitonas e nozes, são saudáveis e necessárias.

Gorduras saturadas são a base da alimentação dos recém-nascidos, já que representam 54%
da gordura no leite materno. Todas as células de nosso corpo têm necessidade de gorduras
saturadas, pois representam 50% da membrana celular.

O autor afirma que o colesterol não é tão terrível quanto nos fizeram acreditar. Níveis totais de
colesterol elevados na idade avançada estão associados a uma maior longevidade.

A melhor fonte de energia não é a glicose, mas sim a gordura que é considerada o
“supercombustível” do cérebro. O colesterol alimentar é tão importante que nosso corpo
absorve o máximo que pode para utilizá-lo.

Nossos ancestrais só dispunham do açúcar que encontravam nas frutas, somente na época da
colheita. Porém, nas ultimas décadas o açúcar foi adicionado a quase todos os alimentos
processados. A natureza fez do açúcar algo difícil de encontrar e o homem o tornou fácil.

Já o carboidrato presente em vegetais como brócolis e o espinafre, são acompanhados por


grande quantidade de fibras. As fibras freiam o processo, fazendo com que a glicose vá de
forma mais lenta para a corrente sanguínea. Além disso, os vegetais contêm mais água que os
amidos, e isso enfraquece ainda mais a reação do açúcar no sangue. O mesmo acontece com
as frutas.

O autor alerta para o fato de que se você fizer o suco de várias maçãs e concentrar o líquido
numa bebida de 355ml (perdendo, assim, as fibras), você vai obter uma pancada de 85 calorias
de açúcar, que podia muito bem ter vindo de um refrigerante.

Como mudar seu destino genético

Fomos projetados para sermos pessoas lúcidas por toda a vida. O autor afirma que o cérebro
foi feito para funcionar bem até nosso último suspiro. Mas supomos que com a idade teremos
problemas como a perda da audição ou o surgimento das rugas.
As doenças que vemos hoje são provocadas, na maioria das vezes, por nosso estilo de vida,
que não está em harmonia com nossa predisposição genética.

Em 1998, a revista Nature Medicine publicou um artigo do neurologista Peter Eriksson, em que
ele afirmava ter descoberto que dentro do nosso cérebro existem células-tronco que
conseguem se transformar em neurônios. Isso deu origem a uma nova ciência, chamada
“neuroplasticidade”.

Um gene localizado no cromossomo 11 que tem o código da produção de uma proteína


chamada “fator neurotrófico derivado do cérebro”, ou BDNF. Esta proteína tem um papel
fundamental na criação de novos neurônios.

O autor diz que para ativar esse gene que aciona o BDNF, o “hormônio de crescimento de
cérebro” precisamos de uma série de fatores, que incluem exercícios físicos, restrição calórica
(consumir menos açúcares e carboidratos), uma dieta cetogênica (consumir mais gorduras) e o
acréscimo de certos nutrientes, como a curcumina e o DHA, uma gordura ômega 3.

Ar. David diz que o exercício não serve apenas para ter uma aparência esbelta e um coração
forte; talvez seu efeito mais poderoso passe a maior parte do tempo despercebido no andar de
cima, em nosso cérebro.

Uma dieta de restrição a carboidratos e açúcares ativa diferentes processos que protegem o
cérebro e estimulam o crescimento de novas redes de neurônios. Esses processos também
podem ser ativados pelo consumo de gorduras especiais, chamadas cetonas.

As cetonas protegem nossos neurônios, reduzem a produção de radicais livres no cérebro, e


estimulam a produção de antioxidantes (que combatem os radicais livres).

O autor diz que podemos reverter muitos dos sintomas das desordens neurológicas,
psicológicas e comportamentais simplesmente cortando o glúten e acrescentando à nossa
dieta alguns suplementos.

Pesquisas mostraram que algumas crianças com autismo se beneficiaram de uma dieta sem
glúten e sem caseína (proteína do leite). Muitos estudos também mostram que existe uma
relação entre a depressão e um colesterol total baixo, sem mencionar comportamentos
impulsivos, inclusive suicídios e violência.

Dr. David diz que muitos de seus pacientes que o procuraram com fortes dores de cabeça
conseguiram se livrar da dor, graças à adoção de uma dieta sem glúten. E questiona: Se você
sofre de dores de cabeça crônicas, por que não tentar uma dieta sem glúten? O que você tem
a perder?

Se você puder reduzir as fontes de processos inflamatórios, como perder alguns quilos,
eliminar o glúten, adotar uma dieta pobre em carboidratos e rica em gorduras boas, e manter
um equilíbrio do açúcar no sangue, você pode atacar e controlar as dores de cabeça e muitos
outros males.
O poder do jejum

O corpo humano tem um mecanismo capaz de converter gordura em combustível durante


períodos de fome. Podemos decompor a gordura em moléculas chamadas cetonas, e uma
delas é o beta-HBA, um combustível superior para o cérebro.

Em geral, nosso consumo alimentar diário fornece glicose como combustível para o cérebro.
Entre as refeições, nosso cérebro é abastecido com um fluxo de glicose gerado a partir da
decomposição do glicogênio, na maior parte do fígado e dos músculos. Porém, quando as
reservas de glicogênio se esgotam, o metabolismo muda e passamos a criar moléculas novas
de glicose a partir de proteínas encontradas primordialmente nos músculos. Esse processo é
chamado de “gluconeogênese”. O lado positivo é que isso nos disponibiliza a glicose; o
negativo é que sacrifica os músculos.

Mas, a fisiologia humana oferece outro processo para produzir energia para o cérebro. Quando
não há mais comida disponível, depois de uns três dias, o fígado começa a usar a gordura do
corpo para criar as cetonas. É aí que o beta-HBA atua como uma excelente fonte de energia
para o cérebro durante a escassez de comida. Essa fonte alternativa de energia reduz nossa
dependência da gluconeogênese, preservando, assim, nossa massa muscular.

Jejuar faz o cérebro trocar o uso da glicose como combustível pelas cetonas fabricadas no
fígado. Em uma dieta cetogênica, obtemos 80% a 90% das calorias a partir de gorduras, e o
restante de carboidratos e proteínas.

O sono e a Leptina

O autor diz que a maioria de nós subestima os benefícios do sono, mas uma boa qualidade de
sono é essencial para o nosso bem estar.

Estudos mostraram que praticamente todos os sistemas do corpo são influenciados pela
qualidade e pela quantidade do nosso sono, especialmente o cérebro. O sono pode determinar
quanto comemos, a velocidade do nosso metabolismo, o quanto engordamos ou
emagrecemos, influencia em nossa imunidade, criatividade, humor e nossa capacidade de
aprender coisas novas. Além disso, um bom sono de no mínimo 7 horas, também influencia
nossos genes.

Uma pesquisa mostra que pessoas com mais de 75 anos que tinham sono interrompido, por
respiração inadequada ou apneia do sono, possuíam quase duas vezes mais chance de
desenvolver demência. Os ciclos naturais de dia e noite do corpo ditam praticamente tudo em
nós.

O autor afirma que a leptina foi descoberta no ano de 1994 e chocou a comunidade médica.
Alguns médicos o chamam de “vizinho novo que manda no bairro inteiro”, pois este hormônio
influencia em todo metabolismo. Quando você está de estômago cheio, as células adiposas
liberam leptina para dizer a seu cérebro que pare de comer. Quem tem níveis reduzidos de
leptina tende a comer em excesso. Além disso, níveis saudáveis de leptina previnem a maior
parte das doenças do envelhecimento e aumentam a longevidade.
O autor diz que quanto mais um carboidrato é refinado e processado, mais desregula os níveis
saudáveis de leptina e insulina em nosso organismo. As únicas coisas capazes de controlar os
níveis de leptina são um bom sono e uma boa alimentação.

Outro hormônio relacionado ao apetite e ao sono é a grelina. Tem função oposta a leptina. A
grelina é liberada pelo estômago quando ele está vazio, aumentando o apetite. Envia ao
cérebro a mensagem de que precisamos comer. O sono inadequado também desregula os
níveis de grelina.

O plano de ação de quatro semanas

O autor aconselha a marcar uma consulta com o médico a antes de iniciar este programa,
principalmente se você tiver algum problema de saúde, como o diabetes.

Antes de iniciar o processo, você também precisa realizar alguns exames que servirão como
referência. Aproveite esse período para arrumar a cozinha, começar a ingerir suplementos, se
desfazer dos carboidratos e pensar em fazer um jejum de um dia.

Dr. David afirma que jejuar é uma excelente forma de estabelecer as bases e acelerar o
processo de transição de seu organismo para utilização de gordura como combustível. No
jejum também servirá para produzir substâncias bioquímicas que terão efeitos muito positivos
sobre o corpo e sobre o cérebro.

Elimine de sua cozinha tudo aquilo que não for consumir: todas as fontes de glúten; todas as
formas de carboidratos, açúcares e amidos processados; margarinas, cremes vegetais e óleo
de cozinha; soja não fermentada e alimentos processados feitos com soja.

-Consumo livre:

Gorduras saudáveis como azeite de oliva extra virgem, óleo de gergelim, óleo de coco, banha
de animais alimentados no pasto e manteiga clarificada (ghee), leite de amêndoas, abacates,
cocos, azeitonas, nozes e manteiga de karité, queijo (exceto os azuis) e sementes;

Proteínas: ovos inteiros, mariscos e moluscos, carne de animais alimentados no pasto, aves e
carne de porco;

Vegetais: salada verde e alface, couve, espinafre, brócolis, acelga, repolho, cebola, cogumelos,
couve-flor, couve-de-bruxelas, alcachofra, broto de alfafa, vagem, rabanete, agrião, nabo,
aspargo, alho, alho-poró, funcho, cebolinha, salsinha;

Frutas e legumes com pouco açúcar: abacate, pimentão, pepino, tomate, abobrinha, abóbora,
berinjela, limão, lima; Ervas, temperos e condimentos.

-Consumo moderado (de duas ou três vezes por semana):

Grãos sem glúten como amaranto, trigo mourisco, arroz, milheto, quinoa, sorgo, painço;

Legumes (feijões, lentilhas, ervilhas);


Cenoura e chirívia;

Frutos doces integrais: as frutas vermelhas são as ideais; cuidado com frutas açucaradas,
como o pêssego, a manga, o melão, o mamão, as ameixas e o abacaxi;

Leite de vaca e nata; Queijo cottage, iogurte e kefir;

Adoçantes: estévia natural e chocolate (dê preferência ao chocolate amargo com pelo menos
70% de cacau) e vinho.

-Primeira semana: Foco na comida!

O autor diz que neste tipo de dieta você não vai surpreender a si mesmo comendo demais e
terá uma sensação de saciedade durante várias horas, antes querer se alimentar de novo.
Seguindo a dieta proposta você poderá dizer ao mau humor, confusão, preguiça e cansaço
durante o dia.

É muito importante diminuir o consumo de carboidratos a apenas trinta ou quarenta gramas por
dia, durante quatro semanas. Depois disso, poderá aumentar para sessenta gramas diários. Dr.
David diz que durante a primeira semana, você deve concentrar-se em dominar seus novos
hábitos alimentares.

-Segunda semana: Foco nos exercícios!

Faça atividades físicas aeróbicas, por pelo menos vinte minutos, todos os dias. Use essa
semana para estabelecer uma rotina agradável, que aumente seus batimentos cardíacos em
pelo menos 50% em relação ao valor de base.

O autor aconselha a iniciar com uma caminhada diária de vinte minutos e aumentar o tempo à
medida que se acostuma com a rotina. Quanto mais você se movimentar ao longo do dia,
melhor será para o seu cérebro.

-Terceira semana: Foco no sono!

Se você dorme menos de seis horas por noite, comece aumentando esse tempo para pelo
menos sete horas. Mantenha uma boa rotina na hora de ir para cama. O autor aconselha: evite
estimulantes como cafeína, alguns chás e cigarro; Ajuste o horário do seu jantar; coma um
pouco antes de dormir (uma pequena porção de castanhas é suficiente) e evite eletrônicos e
smartphones antes de dormir.

Quarta semana: Juntando tudo.

A esta altura você já se sente muito melhor do que três semanas antes. Você já consegue
saber quais são as opções mais saudáveis para você. Seu sono já é bem melhor e você tem
uma rotina de exercícios. Não se preocupe se você ainda sente que não mudou totalmente. A
maioria de nós tem algum ponto fraco que exige atenção especial.
Verifique quais são suas maiores dificuldades e trabalhe para melhorar. O autor diz que muitas
pessoas puseram em prática, na dieta, o famoso princípio dos 80/ 20 — coma de forma
saudável 80% do tempo e reserve os outros 20% para caprichos. Toda vez que sair muito da
linha, reinicie o processo com um jejum de um dia e durante quatro semanas, restrinja o
consumo de carboidratos a trinta ou quarenta gramas por dia.

O autor espera depois de ler este livro, você opte por ter uma melhor qualidade de vida fazendo
escolhas mais conscientes e saudáveis.

“Para muitos, a saúde pode não ser a coisa mais importante da vida. Mas, sem ela, nada mais
importa. E quando você tem saúde, quase tudo é possível”.

Instainsights

· Baixos níveis de insulina podem ser associados a doenças como Alzheimer e Diabetes.

· O excesso de glúten pode ser a causa de vários processos inflamatórios no organismo.

· Colesterol alto não é tão ruim quanto pensamos.

· O sono é extremamente necessário para regulagem hormonal.

· Uma boa qualidade de vida está diretamente relacionada a uma alimentação adequada,
com menos açúcares e carboidratos.

Neste livro, você aprendeu que

Atualmente a maioria das pessoas se alimenta muito mais de carboidratos e açúcares do que
de gorduras e proteínas, e o glúten está presente em quase todas as refeições. O autor nos
mostra que uma dieta mais equilibrada, rica em gorduras saudáveis nos traz enormes
benefícios, principalmente para o cérebro. Quando nos livramos do glúten e dos açúcares,
aumentamos nossa qualidade de vida, eliminamos diversos tipos de inflamações e nos
afastamos de doenças neurológicas como o Alzheimer e a demência.

13 COISAS QUE AS PESSOAS MENTALMENTE FORTES NÃO FAZEM (parte 2)

Amy Morin

O ressentimento e a inveja do sucesso são traços humanos comuns, mas isso os torna
saudáveis. Se você deseja ter mais sucesso, precisa aprender a superar sua inveja inicial do
sucesso de outras pessoas e aproveitar seu poder. A melhor maneira de fazer isso é através
da colaboração. Um dos empregados do chocolatier Milton Hershey, chamado H. B. Reese,
começou a construir uma empresa rival de doces na mesma cidade enquanto ainda trabalhava
na fábrica de chocolate de Hershey.

Em vez de ficar com raiva ou ressentido, Hershey surpreendentemente deu a Reese todo o seu
apoio. Reese criou seu próprio doce especial, o copo de manteiga de amendoim, e a fábrica de
Hershey forneceu o chocolate ao leite para seus experimentos. Os dois homens continuaram a
colaborar durante toda a vida e, após a morte, as duas empresas se fundiram. Se os dois
homens tivessem visto o sucesso do outro com inveja, teriam brigado desnecessariamente
contra o outro. No entanto, ao apoiar os pontos fortes e as ideias uns dos outros, ambos
construíram negócios fortes e lucrativos.

Em resumo, as pessoas que curtem e celebram o sucesso de outras pessoas acabam atraindo
pessoas bem-sucedidas com quem podem colaborar. Em última análise, esses parceiros
competitivos motivam e inspiram uns aos outros, levando a um grande sucesso para todos os
envolvidos.

Pessoas mentalmente fortes sabem como perseverar e tratar seus fracassos como degraus
para algo maior

No mundo real, as coisas raramente são como nos contos de fadas. Muitas vezes, o sucesso
só ocorre depois de um longo caminho de fracasso. Não há melhor exemplo disso do que
Thomas Edison. Ele foi um dos maiores inventores da história, talvez o mais famoso, por ter
inventado a lâmpada, uma descoberta que mudou completamente o mundo.

Mas Edison também inventou a caneta elétrica, bem como uma máquina fantasma. Se você
nunca ouviu falar disso, não se preocupe – ambas foram falhas completas. E estavam longe de
ser os únicos fracassos de Edison.

Mesmo assim, Edison não considerou essas tentativas como falhas. Em vez disso, ele as via
como oportunidades de aprendizado, chances de experimentar o que funcionava e o que não
funcionava. Cada vez que ele falhava, ele se considerava um passo mais perto de ter sucesso.

O poder dessa maneira de pensar tem sido demonstrado pela pesquisa. Estudos mostraram
que o trabalho é provavelmente mais importante que o talento quando se trata de sucesso. Por
exemplo, pessoas que praticam tentativas consistentemente por dez anos, nunca desistindo
apesar de falhas constantes ao longo do caminho, acabam por ser melhores em uma
determinada habilidade do que aquelas que a princípio pareciam naturalmente talentosas.

Isso se aplica a jogadores de xadrez, atletas, músicos e artistas visuais. E depois de 20 anos
de trabalho determinado, mesmo indivíduos que não pareciam inicialmente talentosos podiam
atingir padrões de classe mundial.

Portanto, o fracasso é parte integrante do sucesso. Mas, ainda assim, ninguém gosta de falhar,
e a maioria de nós ainda mantém a noção de que o fracasso é quase vergonhoso. A chave
para superar o medo do fracasso está na autocompaixão e na mudança do modo como você
pensa nele.

Um estudo de 2012, permitia que alunos que falharam em um teste pudessem refazê-lo para
melhorar suas pontuações. Os resultados mostraram que aqueles alunos que tiveram uma
visão mais autocompetitiva de seu fracasso inicial e, portanto, não o consideraram um duro
golpe para sua autoestima, estudaram 25% mais para o segundo teste e obtiveram pontuações
mais altas do que aqueles que foram desanimados por seu fracasso inicial.
Assim, é importante que você aprenda a ser autocompetente com seus fracassos e erros.

Pessoas mentalmente fortes ficam confortáveis quando sozinhas

A maioria de nós está acostumada a estar cercada de barulho o dia todo. Além disso, muitos
de nós tentamos ativamente manter esses níveis de ruído ao longo do dia para abafar nossos
pensamentos e preocupações internas, o que não é um hábito sensato.

Pessoas mentalmente fortes não têm medo de passar tempo sozinhas, pois sabem que os
momentos em que você está atento a si mesmo podem ser uma grande fonte de
rejuvenescimento, inspiração e reflexão.

Tire um momento de tranquilidade para pensar sobre suas metas de vida e se você está no
caminho certo para cumpri-las. Também é um ótimo momento para ouvir seus sentimentos e
perceber se há estresse ou emoções negativas que precisam ser percebidas. Finalmente, use
essa oportunidade para pensar em novos objetivos e sonhos e visualizar a vida que você
deseja ter. Para evitar esquecer, faça um diário.

Outra arma secreta é a meditação. Quando você se sentir confortável para confrontar o que
está em sua cabeça, pode usar a meditação para ajudá-lo a se tornar mais resiliente. Os
efeitos da meditação têm sido objeto de muita pesquisa nas últimas décadas, e estudos
descobriram que a meditação pode realmente alterar a estrutura do cérebro, com efeitos
positivos na cognição e regulação emocional.

Felizmente, hoje, a meditação é geralmente reconhecida como uma ferramenta poderosa para
profissionais de todos os tipos, então você não precisa se preocupar em ser considerado
estranho se você fizer uma pausa para meditar no trabalho.

Pessoas mentalmente fortes não sentem que devem ter privilégios pelos acontecimentos da
vida

É um impulso natural querer dizer coisas boas aos seus filhos, que são brilhantes, talentosos e
destinados a grandes coisas – mas você não está fazendo nenhum favor ao fazê-lo.

É cada vez mais comum ouvir as pessoas dizerem aos seus amigos quando falham, coisas
como "Não se preocupe, algo melhor virá" ou "Você merece que algo bom aconteça com você
depois de tudo isso". O problema com esse crescente senso é que ele impede que as pessoas
ganhem coisas com base no mérito real. Se você está constantemente focado no que acha que
é devido, por que trabalharia duro para conseguir alguma coisa?

Pessoas mentalmente fortes são diferentes. Em vez de esperar que o mundo despeje sucesso
e boa sorte neles, eles se concentram em doar.

A ativista Sarah Robinson descobriu que tinha um tumor no cérebro quando tinha vinte e
poucos anos. Ela lutou por um ano e meio antes de finalmente sucumbir à doença. Durante
esse ano e meio, ela se recusou a acreditar que o mundo lhe devia alguma coisa, somente
porque ela teve o azar de ter câncer. Em vez disso, ela se concentrou no que poderia fazer
pelos outros.
Enquanto conversava com outros pacientes com câncer no Maine, ela percebeu que muitos
moravam longe dos centros de tratamento e precisavam dirigir durante horas todos os dias
para receber tratamento. Então ela fundou uma casa noturna perto das instalações médicas e
financiou-a com a ajuda do Rotary Club. Hoje, embora tenha falecido, a casa noturna é mantida
por sua família e amigos. Eles realizam muito trabalho voluntário para levantar os fundos
necessários e manter a “Casa de Sarah” em funcionamento.

Pessoas mentalmente fortes definem objetivos realistas

Você mantém as suas resoluções de Ano Novo? Provavelmente não. Um estudo de 1972 que
analisou se as pessoas conseguiram cumprir suas resoluções de Ano Novo descobriu que 25%
dos participantes haviam abandonado suas resoluções após 15 semanas. Em um estudo
similar de 1989, esse número caiu para apenas uma semana.

A questão subjacente é que nossos objetivos e expectativas são irrealistas. Como nunca
chegamos perto deles, nos cansamos e desistimos. Para garantir que você defina expectativas
mais realistas, existem algumas regras simples:

· Primeiro de tudo, não pense que a mudança é fácil. Aceite desde o início que alcançar seu
objetivo será difícil. Isto é especialmente importante se o seu objetivo envolver desistir de maus
hábitos, como deixar de fumar. Esses hábitos são muitas vezes mais profundamente
enraizados em nosso comportamento do que pensamos; você terá mais chances de sucesso
se simplesmente aceitar que será difícil.

· Em segundo lugar, não crie um prazo fixo para alcançar seu objetivo. É bom ter uma ideia
aproximada de quando você gostaria de obter seu resultado, mas não deve torná-lo uma
situação de “tudo ou nada”. Alguns programas defendem a perda de um mau hábito em 21
dias, mas se você levar 101 dias, isso também é bom. Tudo o que importa é escolher uma
escala de tempo com a qual você se sinta confortável.

· Não pense que alcançar sua meta tornará sua vida repentinamente maravilhosa. Perder
dez quilos, muitas vezes equivale a apenas isso – alguma perda de peso. Não espere também
receber uma promoção e um novo amante.

Isso nos leva a outra característica do mentalmente forte: o reconhecimento de que o


progresso nem sempre é imediatamente visível. Às vezes, as melhorias são ocultas e, às
vezes, até parecem passos para trás.

Por exemplo, a autora já trabalhou com pais de crianças pequenas, ensinando-os a administrar
birras. O conselho padrão era ignorar as crianças quando elas se jogassem no chão e
começassem a uivar e chutar. Muitos pais reclamaram. Eles disseram que as birras estavam
ficando piores, já que as crianças estavam gritando mais alto, fazendo mais barulho. Claro, as
crianças estavam simplesmente aumentando a aposta. Irritados por serem ignorados, eles
estavam tentando de tudo para conseguir que seus pais cedessem à vontade. Mas se os pais
persistissem em ignorá-los, as birras inevitavelmente melhoravam.

É importante ser paciente, manter seu objetivo e continuar trabalhando, mesmo quando você
não está vendo nenhum progresso em um determinado momento.

Instainsights

· Abstenha-se de sentir pena de si mesmo.

· Nunca dê seu poder para os outros.

· Abrace a mudança.

· Evite se preocupar com coisas que você não pode controlar.

· Pare de se preocupar em agradar a todos.

· Nunca tenha medo de correr riscos, mas seja esperto sobre quais riscos você corre.

· Resista ao desejo de se debruçar sobre o passado.

· Certifique-se de nunca cometer o mesmo erro duas vezes.

· Nunca fique ressentido com o sucesso de outras pessoas.

· Continue e nunca desista depois de uma falha inicial.

· Enfrente seus medos de estar sozinho e supere-os.

· Esteja atento aos seus sentimentos.

· Nunca espere resultados imediatos e seja paciente.

Neste livro, você aprendeu que

Torne-se seu próprio treinador de força mental. A partir de hoje, pense em si mesmo como seu
próprio treinador de força mental e, diariamente, monitore como você está se comportando.
Você está se afastando de uma mudança assustadora? Você está repetindo os mesmos erros?
Se assim for, crie estratégias para mudar e usar o que você aprendeu nesses flashes; preste
muita atenção aos seus sentimentos. Você está com pena de si mesmo? Você se ressente
com os outros pelo sucesso deles? Se assim for, tire um momento para refletir sobre esses
sentimentos e tente deixá-los ir, substituindo-os por sentimentos mais positivos; examine seus
pensamentos. Você está se preocupando com coisas que você não pode controlar? Suas
expectativas são irrealistas? Se assim for, tente substituí-los por pensamentos mais produtivos.
Assim, rapidamente estará no seu caminho para uma força mental maior.

13 COISAS QUE AS PESSOAS MENTALMENTE FORTES NÃO FAZEM (parte 1)

Amy Morin
Sempre estamos na época da realização de sonhos, da superação de dificuldades e do
crescimento pessoal. Pessoas mentalmente fortes possuem hábitos saudáveis. Elas são
capazes de controlar seus pensamentos, emoções e comportamentos de uma forma que as
ajudem a obter sucesso na vida.

Pessoas mentalmente fortes não gastam tempo precioso sentindo pena de si mesmas quando
enfrentam dificuldades

Ninguém está imune a tempos difíceis. Seja uma doença ou alguma tragédia pessoal, mais
cedo ou mais tarde a vida vai lhe pregar algumas peças. Como você reage a essas situações
diz muito sobre você. Pessoas mentalmente fortes substituem a autopiedade pela gratidão – e
você também pode fazer isso.

Se você quiser um exemplo inspirador de força mental e importância da gratidão, conheça


Marla Runyan. Ela não somente correu a Maratona de Nova York em pouco mais de duas
horas, como também tem um mestrado em educação e escreveu um livro. Mas, talvez de forma
mais impressionante, ela conseguiu tudo isso enquanto deficiente visual.

Aos nove anos, Runyan foi diagnosticada com a doença de Stargardt, uma doença
degenerativa que afeta os olhos. Apesar de sua visão piorar rapidamente, Runyan desenvolveu
uma paixão pela corrida e ganhou várias medalhas, estabelecendo recordes mundiais nos
Jogos Paraolímpicos de 1992 e 1996.

A chave para o sucesso dela está em sua recusa em entregar-se à autopiedade. Ela sempre se
recusou a ver sua doença como uma deficiência; em vez disso, ela a vê como uma
oportunidade, um presente, que permitiu que ela se tornasse uma atleta de classe mundial. Em
vez de pensar sobre o que a doença tirou dela, ela é grata pelo que a doença lhe proporcionou.

Pesquisas mostram que desenvolver sua capacidade de gratidão pode torná-lo mais forte em
muitos níveis. Para começar, o aumento da gratidão pode melhorar sua saúde física. Um
estudo de 2003 publicado no Journal of Personality and Social Psychology, por exemplo,
descobriu que pessoas que são gratas têm sistemas imunológicos mais saudáveis ​e sofrem
menos com dores e sofrimentos. Além disso, também se exercitam com mais frequência,
dormem melhor e desfrutam de um melhor padrão geral de saúde do que pessoas menos
gratas.

Pessoas mentalmente fortes não deixam as opiniões dos outros determinarem como elas
pensam e agem na vida

Em 1956, Andy Warhol ofereceu uma de suas pinturas para o Museu de Arte Moderna de Nova
York. O museu recusou, não vendo nenhum potencial no trabalho do jovem pintor. Após
algumas décadas, Warhol se tornou tão bem-sucedido que ele tinha seu próprio museu.

Pouco antes de gravar um álbum que iria vender mais de 10 milhões de cópias, Madonna
recebeu uma carta de rejeição de uma importante gravadora. Desinteressadamente, a nota
sugeriu que “a única coisa que falta neste projeto é o material”.

A maioria das pessoas de sucesso enfrentou momentos semelhantes de rejeição em suas


vidas, momentos em que as opiniões negativas dos outros poderiam ter cortado suas carreiras
pela raiz.

O que distingue pessoas mentalmente fortes, como Madonna e Warhol, é que elas se recusam
a delegar o poder sobre suas vidas para os outros.

Oprah Winfrey é outro grande exemplo de alguém com esse aspecto de força mental. Ela foi
criada na pobreza e passou por repetidos casos de abuso sexual. Aos 14 anos, ela engravidou,
mas perdeu a criança logo após o nascimento. Durante todo esse período difícil, ela foi
frequentemente ridicularizada e insultada por outros por ser pobre. Mas Oprah não perdeu seu
tempo se preocupando com o que os outros estavam dizendo sobre ela; em vez disso, ela
trabalhou, estudou, e conseguiu um emprego como âncora de telejornal. Mesmo sendo
posteriormente demitida porque não era considerada "adequada" para estar no ar, ela não
permitiu que as opiniões dos outros tirassem seu poder. Trabalhou mais do que nunca e,
eventualmente, desenvolveu o que se tornaria seu talk show de mega-sucesso.

Pode parecer contra-intuitivo, mas perdoar os outros por suas transgressões contra você é uma
parte importante de recuperação de seu poder. Se você guarda rancor, as emoções de raiva e
ressentimento não terão impacto na pessoa com quem você está zangado: elas limitarão sua
própria capacidade. Tudo o que você está fazendo, na realidade, é dar mais poder a uma
pessoa para atrapalhar sua vida.

Perdoar os outros permite que você recupere seu poder colocando seu foco em você. Os
benefícios psicológicos e físicos são notáveis, já que muitos estudos confirmam que o perdão
reduz o estresse.

Um estudo de 2012, publicado no Journal of Behavioral Medicine, mostrou que o perdão é um


preditor de longevidade – mas apenas se incondicional. As pessoas que só estavam
preparadas para perdoar os outros se cumprissem certas condições – por exemplo, se
tivessem se desculpado pelo que fizeram – tinham menor expectativa de vida do que quem
perdoava verdadeiramente. Portanto, não desista do seu poder e aprenda a perdoar.

Pessoas mentalmente fortes abraçam a mudança

O juiz Greg Mathis é um ótimo exemplo de uma pessoa mentalmente forte. Preso várias vezes
quando adolescente, ele prometeu à mãe que mudaria. Depois de ser libertado da prisão,
começou a trabalhar no McDonald's, foi aceito na Eastern Michigan University e, mais tarde, na
faculdade de direito. No entanto, por causa de seu histórico como criminoso, foi impedido de
trabalhar como advogado.

Teria sido fácil deixar esse obstáculo do passado interferir seu caminho. Mas Mathis estava
sempre pronto para a mudança, mesmo quando parecia improvável; Ele rapidamente
encontrou outras maneiras de servir à cidade de Detroit. Após um período como gerente das
Prefeituras de Detroit, ele e sua esposa fundaram uma organização sem fins lucrativos que
ajudava os jovens a encontrar trabalho. Alguns anos depois, apesar de seus oponentes nunca
terem perdido a chance de apresentar seu passado criminoso, ele foi eleito juiz do povo de
Detroit.
O sucesso de Mathis é prova de outra característica de pessoas mentalmente fortes: abraçar a
mudança em sua vida.

· O primeiro passo é se perguntar qual mudança você gostaria de fazer em sua vida,
pensando com muito cuidado em como essa mudança faria você se sentir. Preste especial
atenção aos sentimentos e pensamentos negativos, como "Eu nunca vou conseguir fazer isso"
ou "Não adianta tentar porque eu falhei no passado". Depois de ter esses pensamentos e
sentimentos no centro da sua mente, você pode decidir se deve ouvi-los ou não. É altamente
provável que você descubra que tais pensamentos são infundados e não vale a pena dar
ouvidos.

· Depois de aprender a ignorar esses tipos de pensamentos, você pode criar um plano para
uma mudança bem-sucedida. Consiste em cinco etapas:

· Defina um objetivo de 30 dias. Digamos que você esteja tentando aprender francês. Um
bom objetivo de 30 dias poderia ser aprender as 300 palavras mais comuns no idioma.

· Decida mudanças concretas e diárias no seu comportamento que o ajudarão a atingir essa
meta. Para atingir sua meta de 30 dias de aprender 300 palavras em francês, você pode decidir
uma hora por dia em que aprende dez novas palavras.

· Crie uma lista de obstáculos antecipados ao longo do caminho. Por exemplo, você pode
antecipar que haverá dias em que aprender as palavras parecerá uma tarefa chata e repetitiva.
Quando isso acontecer, você pode decidir se imaginar mentalmente na França, conversando
confortavelmente com alguém em francês. Isso lhe renovará sua motivação.

· Crie responsabilidade. Pergunte a um amigo se ele ou ela estaria disposto a testá-lo em


todas as 300 palavras quando os 30 dias terminarem. Dessa forma, você terá mais chances de
atingir sua meta.

· Meça o progresso. Certifique-se de manter um diário com quantas palavras você


aprendeu. Vendo-o preenchido com todas as suas realizações diárias irá motivá-lo a continuar.

Sendo mais conscientes sobre seus sentimentos em relação à mudança e usando as cinco
etapas para se preparar para ela, você estará no caminho certo para suas metas.

Pessoas mentalmente fortes não gastam energia com coisas que não podem controlar

Se você já ficou preso em um trânsito ruim no caminho para um compromisso importante,


provavelmente sabe como isso pode ser frustrante. Embora lançar xingamentos ao mundo
possa fazê-lo sentir bem, lembre-se de que é um desperdício total, não apenas de tempo, mas
também de energia.

Terry Fox foi diagnosticado com osteossarcoma, um tipo grave de câncer ósseo, quando ele
tinha apenas 18 anos. Como resultado da doença, uma de suas pernas teve que ser amputada
e os médicos disseram que ele tinha apenas 15% de chance de sobreviver. Um dia antes de
sua cirurgia, Fox leu sobre uma pessoa com uma perna protética que comandou a maratona de
Nova York e inspirou-se imediatamente. Após a operação, ele começou a correr e logo
completou sua primeira maratona.

Mas isso foi apenas o começo. Fox decidiu arrecadar dinheiro para a pesquisa do câncer,
encontrando patrocinadores para uma corrida em todo o Canadá. Para completar esta jornada
épica, ele planejou correr o equivalente a uma maratona todos os dias.

Na metade de sua jornada, Fox desmoronou e teve que ser hospitalizado; seu câncer havia
retornado. Embora ele não pudesse completar o que havia previsto, o dinheiro do patrocínio
continuava entrando, enquanto as pessoas se inspiravam em sua coragem e ambição. Ele
morreu meses depois, mas só depois de levantar US $ 23 milhões para pesquisa de câncer.

O que podemos aprender é que não devemos desperdiçar esforços com o que não se pode
controlar; devemos nos concentrar em fazer o que puder ser feito. Fox não conseguia controlar
sua saúde, então ele não se concentrou nisso. Em vez disso, ele se concentrou onde poderia
fazer a diferença: levantar milhões para caridade.

Pesquisas mostram que essa atitude em relação a coisas que não estão sob seu controle pode
fazer maravilhas pelo seu bem-estar. Um estudo de 2012 de K. April mostrou que ser menos
controlador aumenta a felicidade e leva a melhores relacionamentos. De fato, os maiores níveis
de felicidade são alcançados por pessoas que tomam muitos passos para conduzir sua vida na
direção que desejam, enquanto aceitam que há muitas coisas que estão fora de seu controle.

Não é possível agradar sempre, às vezes estar preparado para desagradar alguém pode
torná-lo mais forte

Você provavelmente percebeu que algumas pessoas têm um medo mortal de mostrar suas
emoções verdadeiras, como raiva ou tristeza, por medo de ferir os sentimentos de outras
pessoas. Apesar de que ser sensível aos sentimentos de outras pessoas possa parecer uma
virtude inquestionável, muitas vezes dá errado. Se você deseja desenvolver sua própria força
mental, aprenda a não ter medo de ferir os sentimentos de outras pessoas.

Por exemplo, uma das conhecidas da autora, Ângela, sempre se esforçou para agradar aos
homens com quem namorou. Se dissessem que gostavam de humor numa mulher, ela tentaria
fazer algumas piadas. Se dissessem que gostavam de espontaneidade, ela lhes contaria sobre
suas viagens à França, embelezando detalhes para fazê-los parecer espontâneos, mesmo que
fossem cuidadosamente planejados. Ela estava tentando se tornar mais atraente, mas seus
esforços tiveram o efeito oposto. Afinal, ninguém quer namorar uma pessoa falsa e superficial
que se permite tornar-se uma tela na qual você pode projetar diferentes fantasias.

Ângela sempre concordou com tudo o que seus encontros diziam porque achava que, se
apresentasse sua própria opinião, isso prejudicaria os sentimentos deles e os faria fugir. No
final, ela se importava mais com os sentimentos deles do que com os dela, e esta não é uma
boa maneira de levar a vida; de fato, estar preparado para desagradar as outras pessoas
realmente torna você mais forte.

Mose Gingerich, por exemplo, foi criado em uma aldeia Amish. Quando jovem, Mose começou
a duvidar se compartilhava os valores e sistemas de crenças Amish. Deixar a comunidade, no
entanto, seria uma escolha difícil, pois isso cortaria todos os contatos com a comunidade,
inclusive com a mãe e a irmã, para sempre. Ele experimentou deixar temporariamente a
comunidade e viajar para outras culturas Amish para ver o mundo ao redor.

No final, ele foi forte o suficiente para se afastar de tudo que era conhecido por ele. Se mudou
para o Missouri, fundou uma empresa de construção e se casou. Essa segurança
recém-descoberta também permitiu que ele aceitasse a desaprovação de toda a sua
comunidade. Em suma, ouvir a si mesmo e não às preocupações dos outros fará com que sua
confiança e felicidade aumentem.

Pessoas mentalmente fortes não tem medo de tomar riscos – mas eles devem ser previamente
calculados

Se há uma certeza, é a que você nunca irá muito longe sem correr riscos. Mas, assumir
grandes riscos pode levar a falhas de desmotivação. Sair do seu emprego para transformar seu
hobby em um negócio, mesmo que você não tenha uma experiência comercial prévia, pode
parecer uma ótima ideia – mas provavelmente envolve riscos maiores do que você imagina. Se
você falhar, você não apenas ficará sem emprego e renda, mas talvez nunca queira correr
riscos novamente.

É por isso que as pessoas mentalmente fortes sempre procuram minimizar os riscos que
assumem e, quando precisam arriscar, são espertas para saber quais deles tomar.

A mitigação do risco começa analisando cuidadosamente a natureza do risco em si. Uma vez
que os elementos de risco estejam claros, você pode tomar as medidas certas para
minimizá-los.

Quando a autora, por exemplo, foi convidada a fazer um discurso como oradora na cerimônia
de formatura de sua escola, ela ficou mais aterrorizada do que animada com a oportunidade.
Então, tentou descobrir exatamente o que a assustava tanto e determinar qual era o risco.

Ela descobriu que o que realmente a preocupava era a possibilidade de rejeição do público.
Então ela fez um plano com suas melhores amigas para contornar esse medo: elas decidiram
que, assim que terminasse seu discurso, suas amigas iriam aplaudir de pé.

Ela deu o discurso com muito nervosismo – mas assim que terminou, seus amigos se
levantaram e começaram a aplaudir como se ela fosse o maior ídolo deles. E, notavelmente, as
outras pessoas seguiram o exemplo. Ao se preparar um pouco, ela foi capaz de assumir o risco
de falar em público sem realmente arriscar a humilhação que temia.

Quando jovem, o famoso psicólogo Albert Ellis tinha pavor de conversar com mulheres por
causa do risco de rejeição. Depois de pensar racionalmente, ele concluiu que a possível
rejeição não era tão ruim quanto ele imaginava. Então ele deu uma palestra para as mulheres.
Ele ia ao jardim botânico local todos os dias e sentava-se ao lado de mulheres sozinhas.
Depois de conversar, ele perguntava se elas gostariam de tomar uma bebida. No total, ele
conversou com 130 mulheres, 30 das quais saíram assim que ele se sentou.

Das 100 restantes que ele convidou a um encontro, apenas uma aceitou – e mesmo assim não
apareceu na data. Mas para Ellis isso não importava. O importante foi a constatação de que
seu medo irracional de rejeição era injustificado. Ele havia desnecessariamente impedido que
ele falasse com membros do sexo oposto por muito tempo.

Então, se você quer desenvolver sua força mental, comece a olhar para os riscos que o
impedem. Talvez eles não sejam tão perigosos e assustadores como você sempre imaginou.

Seguindo os passos certos, seu passado te fará mais forte

Muitas pessoas sentem-se assombradas pelo passado e pelo legado de seus pais e famílias.
Mas é possível encontrar formas construtivas de avançar, apesar das origens.

Muitas pessoas sentem-se assombradas

Nascida em uma pequena aldeia em Vermont, a ativista e assistente social Wynona Ward
cresceu com um pai sexualmente e fisicamente abusivo. Ward não contou a ninguém sobre
esse abuso, mas trabalhou duro para progredir na escola e fugir de sua cidade natal.

Casou-se aos 17 anos e começou a trabalhar como caminhoneira com o marido. Porém,
enquanto ela trabalhava duro para se libertar, outros em sua família se negavam a fazê-lo. Por
exemplo, Ward descobriu que um de seus irmãos agora estava abusava de seus próprios
filhos.

Ela decidiu que algo tinha que mudar. Voltou à universidade em Vermont e estudou em todos
os momentos de seu tempo livre. Depois de muito trabalho duro, Ward conseguiu se formar em
direito. Com alguma ajuda financeira, ela fundou a Have Justice Will Travel, um serviço legal
para famílias no campo que lidam com problemas de abuso doméstico.

As ações de Ward nos mostram uma importante mentalidade de pessoas mentalmente fortes.
Chegar a um acordo com o passado não significa agir como se certas coisas nunca tivessem
acontecido; você deve aceitar e perdoar o passado para que você possa construí-lo no
presente. Por exemplo, Wynona Ward não fugiu do passado nem apagou a memória dela. Em
vez disso, ela usou sua experiência como base para tornar o mundo um lugar melhor.

Enfrentar seu passado pode ser difícil, e para ser bem-sucedido, você precisa começar dando
passos concretos. Primeiro de tudo, você tem que se dar permissão para aproveitar sua vida,
apesar do que tenha acontecido no passado. Então, você tem que ter cuidado com atitudes
que o impedem de experimentar mudanças. Por exemplo, se você perceber que está evitando
se encontrar com novas pessoas porque sua última paixão o machucou, pense em mudar essa
atitude. Seu desgosto no passado não é motivo para não continuar procurando o amor
verdadeiro.

É muito fácil voltar aos velhos hábitos, mas as pessoas mentalmente fortes estudam e
aprendem com seus erros para que não os repitam no futuro

Para aprender com seus erros da próxima vez que algo der errado, a autora sugere que você
reserve um tempo para fazer as seguintes perguntas: O que fiz de errado? O que eu poderia
ter feito melhor? E o que posso fazer diferente da próxima vez?
Tente deixar de lado sentimentos negativos e insegurança e simplesmente responda às
perguntas honestamente. Ao fazer isso de forma consistente, você terá uma ideia clara de
como agir da próxima vez.

Claro, saber o que você precisa fazer de forma diferente e realmente fazer isso não é a mesma
coisa. É por isso que, se você quiser acabar com os maus hábitos de uma vez por todas,
precisa praticar a autodisciplina.

· Mantenha os olhos em seu objetivo.

· Faça uma lista dos motivos pelos quais você não deseja repetir os erros que você cometeu
no passado.

· Restrinja-se e torne mais difícil cometer erros – Digamos que seu objetivo seja economizar
dinheiro para uma viagem, mas você sempre acaba gastando muito. Antes de sair de casa
para um passeio, leve uma pequena quantia de dinheiro e deixe seu cartão de crédito em casa.
Dessa forma, é menos provável que você vá ter muitos gastos.

Pessoas mentalmente fortes sabem que colaboração é melhor do que inveja

Você se sente mal quando alguém que você conhece se torna bem-sucedido? Se sim, você
não está sozinho. Esse tipo de inveja é comum. Um estudo de 2013 da psicóloga Mina Cikara
descobriu que as pessoas não apenas se ressentem do sucesso de outras pessoas, mas
também sentem prazer se uma pessoa que sofre algum tipo de azar é uma pessoa
particularmente bem-sucedida.

Foram mostradas fotografias de quatro tipos diferentes de pessoas – um estudante, uma


pessoa idosa, um viciado em drogas e um profissional rico – em várias situações.
Incrivelmente, eles experimentaram um prazer maior em cenários em que o profissional rico
sofria de alguma forma, como ficar encharcado pela água de um carro que passava em uma
poça, do que quando qualquer uma das outras pessoas recebia boa sorte.

FORÇA DE VONTADE NÃO FUNCIONA

Benjamin Hardy

Quem nunca tentou mudar e melhorar de vida muitas e muitas vezes? Quis abandonar um mau
hábito, traçou objetivos grandiosos e se encheu de força de vontade, mas voltou frustrado, à
estaca zero? Neste livro, Benjamin Hardy explica como as pessoas podem melhorar suas
vidas, em todos os níveis, sem contar com a força de vontade, fazendo mudanças pequenas,
mas significativas, em seus ambientes. O que Hardy mostra em seu livro é que existem atitudes
fáceis que podem nos levar na direção da felicidade e do sucesso. Não importa qual seja a
mudança pretendida: as lições que Benjamin Hardy apresenta são um caminho certeiro para
uma vida mais feliz e produtiva. Ele ensina, acima de tudo, que precisamos investir em nós
mesmos, melhorar nosso ambiente e nossa mentalidade.
Todos somos produtos de uma situação

O historiador Will Durant passou muito tempo estudando a história do mundo e registrando
suas descobertas. Durant concluiu que a história não foi moldada por homens grandiosos, mas
sim por situações desafiadoras e que a necessidade é o ingrediente mais importante da receita
da grandiosidade e não um indivíduo específico nem a visão de apenas um líder.

Em nossa cultura individualista, costumamos acreditar que nosso ambiente é separado e


diferente de nós. A verdade é que você e seu ambiente são duas partes do mesmo todo.

Sem dúvida, cada pessoa é moldada por seu ambiente, no entanto, todos somos capazes de
mudar o ambiente em que vivemos, e este terá influencia direta sobre nós mesmos, formando
assim um ciclo.

O autor afirma ser crucial entender sobre livre-arbítrio e determinismo. Algumas pessoas
acreditam no livre-arbítrio (o conceito de que podemos traçar o próprio caminho na vida),
enquanto outros crêem que nossas vidas são determinadas por forças externas, como a
genética. Ambas as visões estão incorretas por uma série de motivos. O livre arbítrio não
existe, pois para realizar algumas coisas dependemos de fatores externos, por exemplo: Uma
pessoa pode querer voar como um pássaro, mas depende de fatores externos que o impedem
de realizar sua vontade, como a gravidade, por exemplo.

Ao invés de acreditarmos no livre arbítrio ou no determinismo, podemos entender que cada


pessoa age de acordo com as circunstâncias e com o ambiente em que está inserida.

Projetar o ambiente em que deseja viver e trabalhar influencia diretamente no tipo de pessoa
que você deseja se tornar.

Tendo em vista que o ambiente determina nosso estado físico e mental, podemos prever como
nos sentiremos em determinadas situações e na companhia de algumas pessoas. A
precognição é isso, antecipar e criar seu estado psicológico no futuro, moldando o ambiente no
presente.

Por exemplo, o simples fato de vestir roupas diferentes vai fazer com que você se sinta
diferente. Se quiser se sentir mais confiante, vista-se melhor. Pequenos ajustes externos têm o
poder de criar mudanças internas enormes.

Se não prestar atenção em seu ambiente, você vai se transformar, inconscientemente em algo
que talvez não queira. Às vezes, a falta de consciência pode levá-lo a se transformar em seus
piores pesadelos.

Seu ambiente revela quem você é, tanto para você quanto para os outros. Talvez a forma mais
simples de perceber sua identidade externa seja observar seu ambiente externo. Se você se
sente confortável em determinados ambientes, o que isso diz sobre você?

Atualmente se fala muito sobre a importância da força de vontade, pois no ambiente negativo, a
força de vontade é tudo o que temos. É preciso muita força de vontade para se manter positivo
em um ambiente negativo. Mas ao invés de dizerem que deve mudar seu ambiente, o principal
conselho de auto-ajuda continua sendo dizer às pessoas que elas devem mudar a si mesmas.
O autor alerta para o quão péssimo é este conselho!

Todo ambiente tem regras e normas. Essas regras determinam o comportamento das pessoas
dentro desses ambientes porque há conseqüência em seguir e quebrar essas regras.

Hardy faz uma analogia com o treinamento das pulgas. Um grupo de pulgas é colocado num
pote. Se o pote estiver sem tampa, as pulgas podem pular para fora quando quiserem. Se o
pote estiver tampado, as regras do ambiente são diferentes, agora pular muito alto significa
bater na tampa. Com isso, as pulgas se adaptam às novas regras e logo são treinadas a não
pular tão alto. O interessante é que, quando a tampa é removida, três dias depois, as pulgas
não pulam mais para fora do pote!

Uma barreira mental se formou na consciência coletiva, e o grupo de pulgas agora tem um
conjunto de regras diferente e mais restrito. A nova regra também influencia a próxima geração
de pulgas, que acabam desenvolvendo as mesmas expectativas para si mesmas que seus pais
tinham antes delas. As expectativas das pessoas que você convive estabelecem as suas
regras e expectativas pessoais. Psicólogos chamam isso de Efeito Pigmalião. Às vezes nós
acreditamos em um limite que na verdade não existe, mas como todos que nos rodeiam se
comportam de determinada maneira, tendemos a seguir o mesmo padrão, mesmo que sejamos
totalmente capazes de ir além.

Você pode mudar seus padrões, mas só pode fazer isso mudando seu ambiente. Isso pode
significar ter conversas sinceras para restabelecer limites e expectativas, se afastar de algumas
pessoas e deixar de freqüentar alguns lugares. Se permanecer preso nos mesmos papéis e
padrões, não importa quanta força de vontade você tenha, seus esforços serão inúteis.

As pessoas têm a crença de que precisam ser totalmente qualificadas para assumir
determinado papel, mas isso é mentira. Você nunca vai conseguir se preparar completamente
para nada na vida. Na prática as coisas sempre são bem diferentes. Então, em vez de tentar se
pré-qualificar para ser alguém, crie o ambiente que vai qualificá-lo para ser esse alguém agora.

Na maioria dos ambientes, você precisa manter-se consciente do que está fazendo e, portanto,
precisa usar a força de vontade para agir. Isso acontece por que a maioria dos ambientes
parece ter sido preparada para a distração e não para a concentração e alta performance. Por
isso falamos do enriquecimento do ambiente. O seu local de trabalho deve ser planejado para
que você não tenha que ficar pensando muito para agir, mas aja de forma automatizada.

Se quiser ficar mais forte, seus treinos precisam ser difíceis. Se quiser ser o melhor naquilo que
faz, seu trabalho precisa ser melhor e mais desafiador. Você precisa ter expectativas mais altas
para ser bem-sucedido. Precisa se encarregar de projetos que vão além do que você pensa ser
capaz hoje.

Como fazer com que a força de vontade seja irrelevante

Experiência de pico são experiências raras, empolgantes, estimulantes e fazem com que você
veja as coisas de uma forma diferente, e são até místicas sobre o ponto de vista de quem
vivencia.
Muitas pesquisas revelaram que suas melhores idéias não vão acontecer enquanto você está
sentado trabalhando. Seu cérebro trabalha melhor em estado de descanso e relaxamento.
Suas idéias mais profundas raramente vão acontecer durante a rotina. Por isso, é preciso criar
o hábito de se recuperar e se afastar de vez em quando. Às vezes, isso significa tirar uma folga
até mesmo da família tendo um tempo realmente só seu. Se você quer tomar um novo rumo na
vida, precisa tomar uma decisão poderosa e definitiva. E é bom que esteja em estado de pico
ao tomá-la

É importante garantir que você continue sempre no caminho certo em direção aos seus
objetivos. Além disso, você precisa de um ambiente diário que recrie o estado de pico em que
estava quando estabeleceu seus objetivos e decisões.

Para recriar esse estado de pico diariamente, é ideal que crie uma rotina matinal e inicie o dia
com um ritual. Manter-se afastado do celular é o primeiro passo. É importante sempre ter o seu
diário por perto neste período.

Você precisa escrever suas idéias, seus planos e objetivos. E precisa escrevê-los diariamente.
O autor afirma que a meditação, a visualização, a oração e a escrita são atividades poderosas
que combinam muito bem. Ao escrever seus objetivos e sonhos assim que acorda, você
aprofunda suas crenças e seus desejos por seus objetivos.

Crie um ambiente sagrado para suas visualizações e escritas, lembre-se que precisa de um
ambiente relaxante e confortável para isso.

Para sair de seu ambiente atual, você precisa remover o excesso de bagagem que o mantém
em seu ambiente. Vai dar um pouco de trabalho. Mas os lucros vão superar em muito os
custos. Os principais itens a eliminar de sua vida são:

Bens materiais: Menos é mais. Para ter clareza em seu pensamento você precisa de um
ambiente limpo. Elimine tudo o que não usa com freqüência. Fique apenas com o que
realmente precisa e que tenha valor para você. Não acumule coisas.

Elimine todas as distrações: A dopamina é uma substância química do cérebro que proporciona
prazer. No mundo de hoje, os níveis de dopamina nas pessoas está desregulado. A maioria
das pessoas se vicia em pequenos momentos de prazer. Se tiver um smartphone, apague
todos os aplicativos que não o ajudam a ser melhor. Mantenha o celular o mais distante
possível.

Decisões atraentes, mas ruins: Quanto mais escolhas você tem, menos decisões você vai
tomar. Quanto mais opções você puder eliminar de sua vida, melhor. Dessa forma, você
precisará ter em mente o que realmente quer e seguir firme em suas decisões

Pessoas que não fazem sentido: Eliminar pessoas importantes, como amigos e até mesmo
membros da família, de sua vida pode ser muito difícil. Não precisa bani-los da sua vida,
apenas impor limites e se afastar

Memória de trabalho: É a sua memória de curto prazo. Quando tiver idéias coloque no papel ou
grave em áudio.

Também é importante modificar nossa opção-padrão. Hoje em dia, a opção-padrão de muitas


pessoas é se distrair. Como o ambiente influencia seu comportamento, é o ambiente que
precisa ser modificado.

O autor selecionou quatro princípios que influenciam a qualidade de nosso ambiente:

Primeiro princípio: Não ser escravo do ambiente. Hardy sugere um jejum de tecnologia.
Manter-se longe de celulares e computadores por pelo menos 24 horas para que possa se
aproximar mais das pessoas que ama.

Segundo princípio: Onde quer que você esteja, é onde devia estar. Se você não se
desconectar do trabalho, as chances de desenvolver uma depressão são muito maiores. É
preciso estar sempre de corpo e mente presente.

Terceiro princípio: Aja por instinto e intuição, não por impulso e dependência. Se for usar
cafeína ou algum outro estimulante para que seu trabalho tenha um melhor rendimento, que
seja consciente do que e para que está fazendo, e não alimente vícios.

Quarto princípio: Você precisa de conexões humanas profundas para superar um vício. O
oposto do vício é a conexão. Quando não tem relacionamentos saudáveis, você busca
desesperadamente preencher esse vazio com outra coisa.

Hardy afirma que assim como é necessário alguém que puxe uma pessoa presa na areia
movediça, se quiser sobreviver ao vício, você precisa do apoio social para tirá-lo de vícios
aparentemente inofensivos como as redes sociais e a cafeína.

Incorpore “Funções determinantes” em seu ambiente

Você pode criar ambientes enriquecidos usando as funções determinantes. As funções


determinantes mais poderosas são:

Investimento alto: Como alguém que investe muito dinheiro num personal trainer para garantir
que siga com seu compromisso, você também pode investir muito com antecedência para
garantir que vai permanecer no caminho que quer seguir.

Pressão social: Quando assumimos um compromisso público, temos uma pressão social. Falar
para as pessoas o que você pretende fazer pode ajudar. Hardy afirma que você precisa de
pessoas a sua volta para ser forte nos dias em que se sente fraco.

Conseqüências sérias para o mau desempenho: Crie conseqüências para seus fracassos.
Tenha consciência delas.

Dificuldade alta: É nas tarefas mais difíceis que mais aprendemos e crescemos.

Novidade: Quando ficamos diante de situações novas, nosso cérebro precisa trabalhar muito
mais. Ficamos mais focados e passamos a reescrever nossos conceitos.
Melhorando o ambiente para melhorar o fluxo de trabalho

O dia de trabalho tradicional de oito horas não funciona mais para uma boa produtividade.
Antigamente, quando o trabalho era mais braçal, esse modelo funcionava, mas hoje
trabalhamos muito mais a cabeça do que o corpo. O mundo mudou. Precisamos entender que
para otimizar o tempo, precisamos descobrir uma nova forma de trabalhar.

Se perceber que está perdendo a concentração ou se distraindo, precisa entrar num ambiente
diferente. O simples ato de entrar num cômodo diferente facilita o fluxo de idéias relacionado ao
trabalho que você estava fazendo. Melhor ainda é se você fizer pequenas pausas mentais e em
seguida continuar seu trabalho num ambiente diferente, quer isso signifique ir para outro
cômodo, mudar de cadeira ou ir para um lugar completamente diferente por algumas horas.

Sair de seu local de trabalho e caminhar um pouco, ir a algum lugar com árvores e pessoas vai
ajudar sua mente a fazer conexões diferentes relacionadas ao trabalho que está realizando.

Se alternar seus ambientes de trabalho, você vai ter muito mais energia. Não vai ficar
entediado ou distraído com tanta facilidade e terá idéias criativas com muito mais freqüência.

Faça boas parcerias e não se esqueça de suas origens

O mundo atual incentiva muito o individualismo e a independência, independentemente do


contexto. Os avanços tecnológicos só nos mostram cada vez mais o oposto disso. Nós
dependemos uns dos outros, independente do que formos fazer. Dependemos em nível
pessoal, social e global.

Fazendo parcerias com pessoas que tem propósitos semelhantes aos seus, combinando idéias
e planos, você pode formar algo realmente novo e original!

Segundo o especialista em gestão Jim Collins, quaisquer organizações humanas, sejam


famílias ou empresas, têm melhores resultados quando estão conectadas à sua história de
origem.

Não esqueça sua origem. Não só isso. Aprenda mais sobre sua história e suas raízes. Você vai
desenvolver admirar ainda mais a vida que tem. Quanto mais tiver consciência de sua história,
mais controle você terá sobre sua vida e mais saudável você será.

É muito importante saber a história de sua família, saber como viviam, como sua família chegou
onde está e por quais dificuldades passou. O mesmo vale para a empresa aonde trabalha.
Como a empresa chegou ao ponto que está hoje?

Por mais bem sucedido que você se torne, nunca deve se transformar em alguém egoísta, pois
ninguém chega a lugar algum sozinho.

Assim como você pode mudar e se transformar, todas as pessoas podem!

Onde quer que esteja o que quer que esteja enfrentando e o que quer que tenha acontecido
com você, você pode mudar. Você pode viver seus valores e seus sonhos. Mas isso nunca vai
acontecer se você permitir que seu mundo externo permaneça como está. Quando mudar seu
ambiente, você vai mudar. Mas precisa ser escolha sua.

Instainsights

· Quando mudamos nosso ambiente, mudamos a nós mesmos.

· Cada pessoa age de acordo com o ambiente que está inserida.

· Pequenos ajustes externos podem causar enormes mudanças internas.

· Às vezes acreditamos em limites que na verdade não existem.

· Trabalhos desafiadores trazem muito mais crescimento.

· Se afastar do trabalho de vez em quando e fazer pequenos retiros pode melhorar muito o
desempenho e a criatividade no trabalho.

· Mudar de local e fazer intervalos para relaxar pode melhorar muito sua performance.

· Não fazemos nada sozinhos, devemos realizar parcerias interessantes e valorizar o nosso
passado.

Neste livro, você aprendeu que

Na grande maioria dos livros de auto-ajuda aprendemos que devemos mudar nosso jeito de
pensar, quando na verdade o melhor a se fazer é modificar o ambiente em que vivemos.
Pequenos ajustes trazem melhoras incríveis para a vida pessoal e profissional. Preparar o
ambiente faz com que tenhamos as atitudes que antes teriam que ser pensadas (usando a
força de vontade) em automatizadas. Existem estratégias para isso, como por exemplo, tirar
coisas que nos distraem e tiram nosso foco do caminho. Além disso, é importante selecionar os
ambientes que freqüentamos. Algumas vezes não podemos mudar o ambiente, mas podemos
mudar de ambiente e de companhias, tendo em vista que ambos exercem grande influência
sobre nós. Devemos sempre buscar trabalhos e lugares que nos desafiem e nos impulsione a
crescer e não o oposto.

A BÍBLIA DE VENDAS

Jeffrey Gitomer

Se você já trabalha com vendas, tem interesse em ganhar mais ou simplesmente quer saber
como aproveitar ao máximo suas conexões, A Bíblia de Vendas é o livro certo. O expert em
vendas, Jeffrey Gitomer, reúne neste livro ensinamentos muito valiosos que são fundamentais
para esta arte que é vender.

Ninguém nasce um bom vendedor, mas é possível tornar-se um


Vender é uma arte, e como toda arte, tem seus segredos. Você já observou que certas
pessoas conseguem vender até roupas de banho em pleno inverno? Essas pessoas não
nasceram sabendo como vender: elas aprenderam e aperfeiçoaram sua técnica.

A verdade é que não é a sagacidade ou uma língua afiada que vai fechar uma venda, e sim a
atitude correta. Má atitude é a principal causa de falha em um acordo de vendas. E como
conseguir mudar a atitude? Nosso sistema de crenças inspira o que dizemos e fazemos, ou
seja, desenvolver uma atitude positiva é uma questão de disciplinar nossos pensamentos.

Tornar esses pensamentos positivos em algo mais palpável é uma boa estratégia, como
escrever seus objetivos e ideias em uma folha de papel, dando a si mesmo um lembrete diário
das suas aspirações, de forma curta e cativante.

Amigos gostam de comprar de amigos

O velho conselho de nossos pais de criar laços de amizade durante a vida não poderia ter sido
mais útil. Isso porque é muito mais fácil fechar uma venda quando uma relação de amizade e
confiança é estabelecida entre comprador e vendedor. Esses laços de amizade são os
principais responsáveis pelas vendas bem-sucedidas.

Criar laços de amizade com clientes não precisa ser uma tarefa difícil. Quando você mostra a
um cliente que você se importa verdadeiramente com ele e com suas experiências, isso já é
um bom começo. Não é preciso que você faça uso de técnicas sofisticadas para tanto, você
pode interagir com o cliente com a mentalidade de que aquilo não é uma perda de tempo e sim,
um investimento.

Se puder, encontre seus clientes fora do escritório. Leve-os para um concerto, um evento
esportivo ou algo que não seja relacionado ao trabalho. Mostre-lhes que você está
genuinamente interessado na pessoa por trás da carteira e essa relação trará inúmeras
vantagens, e você terá clientes que lhe darão feedbacks sinceros sobre você e seu produto.

Destaque-se fazendo uso do fator UAU

Sabe quando ficamos com algo ou alguém fixados na mente, superando qualquer outro
pensamento? Todos já experimentaram essa sensação algumas vezes na vida. Esse é o fator
UAU, e é ele que você quer ativar na mente de um cliente potencial.

A preparação é a chave para colocar o fator UAU em jogo, destacando-se em uma venda. Por
exemplo, quando Jeffrey Gitomer apresentou seu livro a uma editora nos anos 90, ele estava
preparado. Ele veio com um protótipo de seu livro, completo com um disco de computador e
cartões de memória do tamanho de uma carteira para distinguir seu livro de todos os outros
livros nas prateleiras da época.

Além disso, várias cartas de referência e uma apresentação multimídia que ele havia praticado
por semanas. Nesse momento ele já havia registrado o nome do livro, A Bíblia de Vendas
como parte de seu ousado conceito de marketing.
Gitomer sabia que tinha que se colocar na posição do editor, cuja principal preocupação era se
o livro poderia vender com facilidade. Tendo isso em mente, o autor projetou sua apresentação
em torno do potencial de vendas do livro – adequado para um livro sobre vendas.

Embora ele tivesse marcado reuniões com dez editoras para seu livro, seu conceito e
apresentação bem preparados convenceram o primeiro editor a assinar.

Não só fale com os clientes, escute-os

Mesmo os vendedores iniciantes entendem a importância de saber falar com os clientes, mas
poucos sabem como escutá-los. Como resultado, os vendedores perdem uma enorme
oportunidade de entender as perspectivas de seus clientes em potencial, saber exatamente o
que estão procurando e por quê.

A chave para entender a perspectiva de seus clientes está nas perguntas concisas e abertas
que não forçam um simples "sim" ou "não". Fazê-las demonstra a um cliente que suas opiniões
são genuinamente valorizadas.

Com muita frequência, os vendedores sentem que é seu trabalho dizer aos possíveis clientes
por que devem comprar um produto ou serviço. Na realidade, é muito melhor deixar o cliente
decidir o que deseja.

Por exemplo: você está vendendo impressoras e pergunta a um possível cliente o que parece
ser uma pergunta aparentemente simples, mas poderosa: "Como você escolhe uma
impressora?". Sua resposta revelará sua preferência, ele pode responder: "Qualidade, entrega
e preço". Agora que você tem a oportunidade de cavar um pouco mais fundo, pode perguntar
"Como você define a qualidade?". Mais uma vez, investigando questões neutras e abertas, sua
perspectiva sentirá que sua opinião é genuinamente valorizada e revelará os requisitos
precisos para os quais ela está procurando.

Depois de pensar um pouco, ela poderia responder: "Uma impressão clara e de alta resolução",
à qual você pode responder: "Entendo. Então você está procurando algo que reflita a qualidade
da sua empresa? ”

É improvável que ela responda a essa pergunta com um “não”, quando você pode começar a
fechar com algo como: “Se eu pudesse entregar essa qualidade dentro do tempo necessário e
a um preço justo, você consideraria fazer negócios comigo?". Se ela responder "sim", é hora de
começar a fechar o negócio descobrindo quantas impressoras ela precisa e quando você pode
começar a implementá-las.

Transforme o “não” em “sim”

O “não” raramente é uma objeção categórica a você ou ao seu serviço. Na maioria das vezes,
é usado simplesmente para demonstrar que você não o convenceu a comprar ou que há outro
problema sobre o qual ele ainda não lhe falou. Seu trabalho é descobrir sua objeção real, que
os clientes muitas vezes mantêm ocultas de você.

Não importa as motivações, o "não" costuma soar como "preciso pensar sobre isso" ou
"gastamos nosso orçamento" ou "preciso conversar com meu parceiro". Se você chegar a este
ponto, então você cometeu um erro. Reavalie sua situação para ver se o cliente em potencial
está completamente qualificado para tomar decisões de compra. Ao mesmo tempo, determine
se você estabeleceu um relacionamento suficiente para entender verdadeiramente as
necessidades de negócios do seu cliente.

O truque para superar essas objeções está na sua preparação. Se você não conseguir
descobrir qual é o problema real, ouça atentamente a objeção e peça esclarecimentos.

A finalização de uma venda é tão importante quanto o começo

Existem muitos livros e artigos que abordam o fechamento de um acordo de vendas, porque
nada da sua preparação ou técnica é importante se você não souber como concluir a venda. As
perguntas de encerramento devem ser abertas, evitando perguntas de “sim ou não” para não
dar a chance de que o cliente opte por declinar a venda.

Faça perguntas que partam do princípio de que o cliente vai comprar. Concentre-se em
elementos críticos de uma compra sem apresentar uma simples pergunta “compre ou não
compre”. Dessa forma, fica mais difícil para o cliente dizer “não”.

A regra mais valiosa ao fechar uma venda é calar a boca depois de ter feito a sua pergunta
final. Se você continua divagando, então, inconscientemente, aliviará a pressão sobre a
possibilidade de que, de outra forma, o cliente tome uma decisão.

Tome para si o aprendizado de que, depois de feita a pergunta final, o primeiro a falar perde.

Ter atitudes condizentes com boas vendas, trará o cliente sempre de volta

Quando se trata do mundo das vendas, qualquer erro pode não lhe custar apenas a venda,
mas também um cliente que tinha o potencial de gerar vendas futuras. O atendimento ao
cliente é a busca incessante da excelência para superar as expectativas, criando assim
lealdade.

A fidelidade do cliente é um dos ativos mais valiosos que você tem, pois é praticamente uma
garantia para vendas futuras que elimina a concorrência. Mas essa fidelidade é
constantemente reavaliada, portanto não se pode colocar em risco este recurso tão valioso.

Você nem sempre pode evitar que coisas ruins aconteçam, mas isso não significa que as
pessoas não venham até você com suas reclamações. Tome essas reclamações e
considere-as uma bênção, pois cada uma delas tem o potencial de realmente fortalecer seu
relacionamento com seu cliente e levar a mais vendas.

Se seu cliente está chateado, não importa quem está com defeito. Nesse momento, tudo o que
importa é a percepção do seu cliente. Ele só quer que o problema seja resolvido, e se você é o
único a resolvê-lo, para ele você se torna um solucionador de problemas.

Se você resolver o problema de seu cliente, você se mostrou alguém que adere à palavra dele
e não dá desculpas. Isso cria uma base para um relacionamento de longo prazo e talvez até
mesmo um testemunho de seus serviços para perspectivas futuras.

O não-vendedor: a percepção do cliente sobre você pode mudar positivamente se você


conhece seu produto a fundo

Cada vez mais os vendedores estão percebendo que uma sólida compreensão do produto e
das necessidades do cliente é igualmente importante e merece atenção.

Considere Clarkson Jones. Ele trabalhou para uma empresa especializada na reparação e
manutenção de estacionamentos. Seu trabalho era supervisionar os trabalhadores e a
operação de equipamentos pesados, não de vendas. No entanto, os clientes recorreram a ele
quando queriam fazer pedidos e discutir projetos. Por que você acha que os clientes
recorreram a Jones?

Jones conhecia seu produto tão bem que poderia resolver qualquer problema do cliente de
forma eficiente. Além disso, ele era ótimo com as pessoas. Os clientes preferiam conversar
com ele, pois ele oferecia uma consulta honesta que visava resolver com eficiência o problema.
Jones representa um novo tipo de vendedor: o não vendedor.

São pessoas que não querem manipular o cliente, mas os consultam para encontrar uma
solução que seja realmente melhor. Esse tipo de vendedor conhece seus produtos por dentro e
por fora, entendendo os pontos fortes e fracos e, assim, sabe quando e como o cliente pode se
beneficiar do produto. Em última análise, eles não vendem algo que eles sabem que não vai
funcionar.

Muitos clientes se sentem ameaçados pelo vendedor estereotipado, alguém sem escrúpulos
que fará qualquer coisa para conseguir a venda, quer isso faça ou não sentido para o cliente.

Você terá que superar esse obstáculo ao demonstrar um profundo conhecimento do produto e
um interesse genuíno em ajudar a resolver os problemas reais do cliente em potencial.

Faça uso de ferramentas midiáticas para potencializar a eficácia das suas vendas

A principal razão para usar as mídias sociais – ou qualquer plataforma de marketing – é atingir
o maior número possível de potenciais clientes. Isso significa usar plataformas diferentes e
juntá-las.

Por exemplo: as pessoas são mais propensas a descobrir seus vídeos do YouTube e se
inscreverem em seu canal se você posta os vídeos na sua página do Facebook. Esse mesmo
princípio de fornecer conteúdo em várias plataformas pode ser aplicado a todas as redes
sociais.

Mas atrair olhos não é suficiente. Você também deve fornecer mensagens de valor, ou seja,
algum tipo de informação sobre produtos ou conhecimento especial, depoimentos ou qualquer
outra coisa que dê aos clientes um motivo para analisar seu conteúdo. Fornecer mensagens de
valor significa que elas gastarão mais tempo em suas páginas e estarão mais propensas a
compartilhar seu conteúdo com seus amigos e seguidores.
Nas redes sociais, diferente do contato pessoal, você não tem a oportunidade de levar clientes
em potencial para bebidas para criar um relacionamento. Em vez disso, suas mensagens de
valor terão que fazer o trabalho pesado.

Um importante lembrete é: você deve fornecer pelo menos parte do seu produto para seus
seguidores gratuitamente.

Instainsight

· Nossos pensamentos criam nossas atitudes, então devemos discipliná-los para apontarem
à direção correta;

· Nas vendas, a amizade é importante, porque amigos gostam de comprar de amigos;

· Desperte o fator UAU na mente dos seus clientes: mostre seu diferencial e eles não
conseguirão tirar seu produto da cabeça;

· Cada reclamação é uma chance para você resolver outra necessidade e se tornar um
solucionador de problemas aos olhos do seu cliente;

· Conecte todas as plataformas de mídia e forneça mensagens de valor;

· Uma vez que você sabe vender, não deixe que o sucesso se transforme em complacência
quando se trata de atendimento ao cliente.

Neste livro, você aprendeu que

Ninguém nasce como um ótimo vendedor. Tornar-se um exige a atitude certa, boas habilidades
de comunicação e conhecimento sólido do produto. Ter sucesso nas vendas é sobre promover
relacionamentos fortes e amigáveis com base na confiança com seus clientes. Por ser um
amigo honesto e descobrir verdadeiramente o que seus clientes querem e precisam, você cria
um fluxo de compra e venda vitalício. Seja um vendedor com base em sua experiência como
cliente, e supere todos os obstáculos que surgirem.

OGILVY ON ADVERTISING

David Ogilvy

Se você acredita que sabe tudo o que há para saber sobre publicidade e propaganda,
surpreenda-se ao descobrir conselhos do autor que é muito bem-sucedido no assunto, David
Ogilvy. Seja você um jovem esperançoso ou mesmo um veterano da área, se você ainda busca
maneiras de melhorar sua média na caixa registradora, esta leitura pode ser muito valiosa.

Como produzir propaganda que vende

Você sabia que produzir uma propaganda ruim pode ser responsável pela redução das vendas
de um produto? Em uma pesquisa feita sobre o marketing da empresa Ford, as pessoas que
foram expostas às propagandas inseridas na revista Reader’s Digest compraram menos do que
as pessoas que não foram expostas a essa propaganda.

Por isso, fazer a propaganda da maneira mais assertiva possível deve ser seu objetivo e sua
preocupação. E você não tem a menor chance de produzir publicidade de sucesso, a menos
que comece a fazer sua lição de casa.

Primeiro, estude o produto que você vai anunciar. Quanto mais você souber sobre ele, maior a
probabilidade de você ter uma grande ideia para vendê-lo. Se você é muito preguiçoso para
fazer este tipo de lição de casa, você pode ocasionalmente ter sorte em uma campanha
bem-sucedida, mas correrá o risco de escorregar na irrelevância. Por isso, descubra que tipo
de publicidade seus concorrentes têm feito para produtos similares para obter sucesso. Isso
pode lhe dar algum adiantamento sobre qual caminho seguir.

Agora vem a pesquisa entre os consumidores. Descubra como eles pensam sobre o seu tipo
de produto, que linguagem eles usam quando discutem o assunto, que atributos são
importantes para eles e que promessa é mais provável de fazer com que eles comprem sua
marca. Se você não pode pagar os serviços de profissionais para fazer esta pesquisa, faça
você mesmo. Conversas informais com clientes potenciais às vezes podem ajudar mais um
copywriter do que inquéritos formais em que ele não participa.

O passo seguinte é decidir qual "imagem" deseja para sua marca. Imagem significa
personalidade. Produtos, assim como pessoas, têm personalidades que podem torna-los um
sucesso ou um fracasso no mercado. A personalidade de um produto envolve muitas coisas –
seu nome, sua embalagem, seu preço, o estilo de sua publicidade e, acima de tudo, a natureza
do próprio produto. Faça perguntas como “O que o produto faz? Para quem ele é
direcionado?”. Cada propaganda deve ser pensada como uma contribuição para a marca.

Sempre que possível, torne o produto em si o herói da sua publicidade. Se você acha que o
produto é muito chato, tenho novidades para você: não há produtos sem graça, apenas
escritores sem graça. As agências de publicidade desperdiçam o dinheiro do cliente repetindo
os mesmos erros.

Como conquistar clientes

A maneira mais fácil de conquistar novos clientes é por meio de uma boa publicidade. Nos
últimos anos, os fabricantes complicaram o processo de seleção de agências de um modo
desnecessário. Por isso, algumas agências gastam até US$ 500.000 em novas apresentações
de negócios. Eles acham que, se vencerem e mantiverem a conta por vinte anos, sairão na
frente. Mas, desse modo, as agências que não têm dinheiro para fazer essas apostas ficam em
desvantagem.

Esse processo longo e caro não resulta necessariamente na seleção da melhor agência. A
agência que criaria a melhor publicidade ao longo de um período de anos pode não ter a sorte
de apresentar a melhor campanha nas poucas semanas atribuídas a essa briga. Se você faz
parte de uma agência pequena, existem outras estratégias – que não se resumem ao uso de
muito dinheiro – para alcançar seu lugar.
Na reunião, quando você fizer sua apresentação, não separe a equipe do cliente em um lado
da mesa e sua equipe do lado oposto, como adversários. Misture todo mundo. Ensaie antes da
reunião, mas nunca fale como um texto preparado, porque isso o coloca em uma posição
desfavorável e seu discurso, irrelevante.

A principal regra é: Escute. Quanto mais você conseguir que o cliente em potencial fale, mais
fácil será decidir se você realmente deseja a conta dele.

Diga ao seu cliente em potencial quais são seus pontos fracos, antes que ele os perceba. Isso
fará com que você tenha mais credibilidade quando se orgulhar de seus pontos fortes.

Tente não falar demais em números ou histórias de casos, porque isso pode ser pouco
interessante – levando a reunião ao tédio. No dia seguinte à apresentação de um novo
negócio, envie ao cliente potencial uma carta de três páginas resumindo as razões pelas quais
ele deve escolher sua agência. Isso irá ajudá-lo a tomar a decisão certa.

Evite clientes cujos valores são incompatíveis com os seus. Nunca pague uma comissão a um
estranho que se oferece para introduzir novos negócios. Nenhum cliente que escolhe sua
agência com base nessa introdução vale a pena – e geralmente há trabalho sujo envolvido.

As diferenças entre as agências de publicidade nunca é tão grande assim. A maioria segue um
padrão de atitudes similar, mas algumas saem na frente. Isso acontece porque não só a
competência, mas também a ligação que é formada entre cliente e agência é importante.
Muitas vezes a diferença decisiva é a personalidade de quem está à frente da agência. Tome
algum tempo para investir nisso, e isso pode trazer bons frutos.

Como fazer propagandas de TV que vendem

Muitos anunciantes fogem da televisão porque os comerciais precisam de muito investimento


para serem produzidos. Mas, da mesma forma que comerciais caros, comerciais baratos
podem ser altamente eficazes – se chegarem diretamente ao ponto e oferecerem algo de
interesse genuíno. Os princípios que se aplicam à publicidade ao consumidor na televisão são:

· Identificação da marca – Pesquisas demonstraram que uma porcentagem chocante de


espectadores lembra do seu comercial, mas esquece o nome do seu produto. Com muita
frequência, eles atribuem seu comercial a uma marca concorrente.

· Mostre a embalagem – Os comerciais que terminam mostrando o pacote são mais


eficientes na mudança de preferência de marca do que os comerciais que não o fazem.

· Comida em movimento – Nos comerciais de comida, quanto mais apetecível você faz, mais
você vende. Verificou-se que a comida em movimento parece particularmente apetitosa. Mostre
o molho de chocolate no ato de ser derramado sobre o sorvete ou o xarope sobre as
panquecas.

· Close-ups – É bom usar closes quando seu produto é o herói do seu comercial. Quanto
mais perto você chega da barra de chocolate, mais você deixa a boca das pessoas na água.
· Abra com o fogo – Você tem apenas 30 segundos. Se você chamar a atenção no primeiro
quadro com uma surpresa visual, você terá mais chances de segurar o espectador.

· Quando não tiver nada a dizer, cante – Houve alguns comerciais de sucesso que cantaram
o discurso de vendas, mas os jingles estão abaixo da média na mudança de preferência de
marca. Nunca use um jingle sem experimentar em pessoas que não leram o seu script. Se eles
não conseguirem decifrar as palavras, não coloque o seu jingle no ar.

· Efeitos sonoros – Enquanto a música não aumenta o poder de venda dos comerciais, os
efeitos sonoros - como salsichas em uma frigideira - podem fazer uma diferença positiva.

· Voz sobre ou na câmera? – A pesquisa mostra que é mais difícil manter seu público se
você usar a narração. É melhor que os atores falem na câmera.

· Evite a banalidade visual – Se você quiser que o espectador preste atenção ao seu
comercial, mostre a ela algo que nunca viu antes. Você não terá muito sucesso se mostrar o
pôr do sol e as famílias felizes na mesa de jantar.

· Mostre o produto em uso – Vale a pena mostrar o produto que está sendo usado e, se
possível, o resultado final de usá-lo.

· Tudo é possível na TV – Os técnicos podem produzir o que você quiser. O único limite é a
sua imaginação.

Os segredos do sucesso na propaganda de empresa para empresa

Companhias, assim como pessoas, também fazem compras. É importante pensar nas
empresas como um cliente potencial, pois é uma parcela do mercado que você pode investir.
Isso é o chamado “business-to-business” – ou Empresa para empresa.

Em geral, as técnicas que funcionam nesse tipo de publicidade são as mesmas que as que
funcionam na publicidade ao consumidor – como prometer um benefício, notícias, depoimentos
e informações úteis.

Certifique-se de que o que você promete é importante para o seu cliente. Um fornecedor de
software de computador se orgulhava do tamanho de sua empresa e queria torná-lo a
característica de sua publicidade, mas a pesquisa descobriu que seus clientes não estavam
interessados em tamanho. Eles estavam procurando por receptividade, suporte, serviço - e um
bom produto. Faça sua promessa específica. Em vez de generalidades, use porcentagens,
tempo decorrido, dólares economizados.

Informações úteis para o leitor em seu trabalho também podem ser eficazes, desde que as
informações envolvam seu produto. Por exemplo, você pode mostrar ao leitor como calcular a
quantidade de dinheiro que ele poderia economizar usando seu produto.

O que você diz para eles determina o sucesso do seu anúncio. Por isso, invista no
planejamento das suas Copys. As manchetes recebem cinco vezes o número de leitores da
cópia do corpo. Se o título não vender, você desperdiçou seu dinheiro. Seu título deve prometer
um benefício, ou entregar notícias, ou oferecer um serviço, ou contar uma história significativa,
ou reconhecer um problema, ou citar um cliente satisfeito.

A Copy raramente é lida por mais de 10% dos leitores de uma publicação. Mas esses 10%
consistem de clientes potenciais – pessoas interessadas o suficiente no que você está
vendendo para se dar ao trabalho de ler sobre isso. Portanto, tenha certeza de que o que você
apresenta no corpo da propaganda é válido e atrativo o suficiente para convencer o leitor a
tomar uma ação.

Muitas compras de negócios exigem aprovação da alta administração e do agente de compras.


Os gerentes podem não responder, ou mesmo entender, os detalhes que são importantes para
os especificadores. Eles só estão interessados nos benefícios amplos – particularmente, na
economia de custos. Às vezes, vale a pena executar campanhas separadas – uma dirigida à
alta administração e a outra aos especialistas que leem publicações comerciais.

Mala direta, uma arma secreta

Se você pensa em tradição e eficiência em publicidade, você pensa em mala direta. É um tipo
de publicidade que faz exatamente o que um publicitário deseja: permite que o cliente aja de
alguma forma. Ela é composta de informativos cujo principal objetivo consiste na divulgação de
produtos.

Hoje, a mala direta ganhou uma nova faceta com o advento da internet. Os computadores
permitem selecionar nomes de listas de discussão por todas as classificações demográficas
imagináveis, por frequência de compra e por quantidade.

Com um computador, você pode remover a duplicação entre listas de distribuição. Você pode
até mesmo evitar o envio de correspondência para pessoas que não gostam de receber
correspondências. Os computadores possibilitam que cada carta, ainda que em meio de um
milhão de pessoas, inclua o nome de cada destinatário, não apenas na saudação, mas várias
vezes no corpo da carta. A maioria das compras com resposta direta é feita agora com um
cartão de crédito, e as empresas que emitem os cartões sabem quem comprou o quê.

Os anunciantes que distribuem seus produtos da maneira comum, através de atacadistas e


varejistas, têm grande dificuldade em isolar os resultados de sua publicidade de outros fatores
em seu marketing, mas os anunciantes de mala direta podem medir os resultados de cada uma
de suas estratégias.

Isso garante a possibilidade de que você faça testes e decida o que funciona melhor para você
e para seu produto. Ao testar todas as variáveis em suas correspondências e determinar
exatamente o efeito delas nas suas vendas, você pode repeti-las futuramente. Publicitários
experientes sempre testam algumas variáveis, mas raramente aquelas que a experiência lhes
ensinou fazem pouca diferença nos resultados.

Depois de ter desenvolvido uma correspondência que produz resultados lucrativos, trate-a
como padrão enquanto testa formas de superá-la. Tente adicionar um prêmio, ou colocar uma
data de validade ou adicionar anexos – como uma carta personalizada do presidente da sua
empresa.
Para não aumentar exageradamente os custos de produção, você pode testar uma peça de
correspondência menor, ou eliminar a personalização, ou imprimir sua brochura em duas cores,
ao invés de quatro. Menos pode ser mais. Inovações, desde que você as teste, podem fazer
maravilhas.

Instainsights

· A qualidade da pesquisa deve melhorar no futuro e isso gerará um corpus maior de


conhecimento sobre o que funciona e o que não funciona. As pessoas criativas aprenderão a
explorar esse conhecimento, melhorando assim sua taxa de greve na caixa registradora.

· A publicidade impressa tem seu valor e pode ser um bom lugar de investimento.

· Existe muita confusão de comerciais na televisão e no rádio que deve ser controlada.

· É provável que haja um grande aumento no uso de publicidade pelos governos para fins
de educação, particularmente educação em saúde.

· A publicidade tem o papel em trazer novidades para a população de forma controlada.

· A qualidade e a eficiência da publicidade no exterior melhora cada dia mais – em ritmo


acelerado. Com isso, mais e mais agências estrangeiras abrem e prosperam com escritórios
nos Estados Unidos.

· Os fabricantes multinacionais devem aumentar suas participações de mercado em todo o


mundo e comercializar mais de suas marcas internacionalmente. As campanhas publicitárias
para essas marcas devem emanar das sedes das agências multinacionais, e ser adaptadas
para respeitar as diferenças na cultura local.

· A publicidade de mala direta deve ser incorporada às agências, como outras formas de
publicidade.

· Existem muitas maneiras de produzir comerciais de televisão eficazes a um custo mais


sensato.

Neste livro, você aprendeu que

A publicidade ainda é a forma mais barata de vender. Estamos cercados de iniciativas


publicitárias por todos os lados, que tentam superar-se entre si. Consumidores ainda compram
produtos cuja publicidade promete dinheiro, beleza, nutrição, alívio do sofrimento, status social
e assim por diante, no mundo todo. E para fazer publicidade da maneira certa, é necessário
mergulhar de cabeça nas estratégias vencedoras – ou, caso contrário, a propaganda ficará
perdida entre milhares de outras.

THE COPYWRITER’S HANDBOOK (Manual do Copywriter)


Robert W. Bly

Se você quer se tornar um ótimo copywriter, é necessário que você supere vários obstáculos
durante sua trajetória. Você precisa pesquisar um produto ou serviço, descobrir as razões pelas
quais os consumidores gostariam de comprá-los e apresentar esses argumentos de venda em
uma copy, que é lida, entendida e gera reações – procurando ser tão convincente que o cliente
não tem outra escolha senão querer comprar o produto que está sendo anunciado. Por isso o
principal objetivo de um redator não é o entretenimento – e sim, a venda. O Copywriter’s
Handbook é o guia perfeito para que você aprenda a escrever uma copy que vende.

Escrever para chamar atenção

Você sabe exatamente com quantos anúncios você se depara diariamente? A verdade é que
estamos expostos a tantos anúncios em todos os lugares que se torna difícil ter uma ideia
quantitativa, porque nos acostumamos a ignorar boa parte deles. E isso vale para qualquer
pessoa.

Por esse motivo, um copywriter profissional deve trabalhar duro para chamar a atenção para o
seu anúncio publicitário. Onde quer que você vá – seja na internet, em revistas, na televisão ou
nas correspondências de um executivo ocupado – há muitas coisas competindo pela atenção
do leitor.

Na publicidade, conseguir atenção é o trabalho da manchete. Se você consegue bolar um bom


título, é quase certo que terá um bom anúncio. Um excelente título seguido por um corpo de
texto fraco consegue fechar vendas, mas um péssimo título com um corpo de texto excelente,
não.

Isso acontece porque, em todas as formas de publicidade, a primeira impressão pode significar
a diferença entre sucesso e fracasso. Se a primeira impressão for chata ou irrelevante, o
anúncio não atrairá seu cliente em potencial. Se oferecer notícias ou informações úteis ou
prometer uma recompensa pela leitura do anúncio, a primeira impressão atrairá a atenção do
leitor. E este é o primeiro passo para persuadir o leitor a comprar seu produto. Para isso, seu
título pode realizar quatro tarefas diferentes:

· Chamar atenção.

· Selecionar o público.

· Entregar uma mensagem completa.

· Levar o leitor ao corpo da copy.

Quando os clientes em potencial visualizam seu anúncio, eles tomam uma decisão rápida,
geralmente em alguns segundos, para lê-lo ou virar a página, com base principalmente no
assunto. Mas, dada a enxurrada de mensagens comerciais com que as pessoas lidam
diariamente, como podemos convencer um cliente em potencial de que um anúncio merece
atenção?
A fórmula de copywriting dos 4 U’s – que significa “urgente, único, ultraespecífico e útil” – pode
ajudar:

· Urgência – A urgência dá ao leitor uma razão para agir agora em vez de mais tarde. Você
pode criar um senso de urgência em seu título incorporando um elemento de tempo. Um senso
de urgência também pode ser criado com uma oferta especial limitada no tempo, como um
desconto ou prêmio, se você pedir até uma determinada data.

· Singularidade (ser único) – Quando um título poderoso diz algo novo, ou algo que o leitor
já ouviu antes, mas de uma maneira nova e fresca.

· Ultraespecificidade – Fascinações ou provocações que levam o leitor a ler mais e


encomendar o produto.

· Utilidade – A forte linha de assunto que apela para o interesse próprio do leitor oferecendo
um benefício.

Quando você escrever seu título, pergunte a si mesmo o quão forte ele é em cada um dos 4
U’s. Use uma escala de 1 a 4 (1=fraco, 4=forte) para classificá-lo em cada categoria.

Escrever para vender

Como você sabe se o que você está escrevendo será convincente ou interessante para o
leitor? Se você pensar em duas ou três ideias para um anúncio, como escolher o melhor?
Muitas dúvidas podem surgir no percurso de escrita, mas existem algumas atitudes que você
pode tomar para contorná-las.

O primeiro passo para criar uma copy de vendas é escrever sobre benefícios e não sobre
características. Uma característica é um fato descritivo sobre um produto ou serviço; é o que o
produto é ou tem. Um benefício é o que o produto faz; é o que o usuário do produto ou serviço
ganha como resultado.

Existe uma técnica simples para descobrir os benefícios de um produto: divida uma folha de
papel em duas colunas. Etiquete a coluna da esquerda “Características” e a coluna da direita
“Benefícios”. Na coluna da esquerda, anote as características do produto. Algumas delas você
observará ao examinar e usar o produto ou ao conversar com as pessoas envolvidas com ele:
clientes, vendedores, distribuidores, engenheiros. Em seguida, pergunte a si mesmo: “Qual
benefício essa característica oferece ao cliente? Como esse recurso torna o produto mais
atraente, útil, agradável ou acessível?”. Ao completar a lista, a coluna da direita conterá todos
os benefícios que o produto oferece ao cliente. Estes são os pontos de venda que devem ser
incluídos na sua cópia.

Você também deve estar atento aos cinco passos da Sequência Motivadora para a redação de
uma copy de vendas:

· Chame atenção – Esse é o trabalho da manchete (título) e do visual. A manchete deve se


concentrar no único benefício mais forte que você pode oferecer ao leitor.
· Mostre uma necessidade – O segundo passo de escrever uma copy de vendas, então, é
mostrar ao leitor por que ele precisa do produto.

· Satisfaça a necessidade e posicione seu produto como uma solução para um problema –
Depois de convencer o leitor de que ele tem uma necessidade, você deve mostrar rapidamente
que seu produto pode satisfazer sua necessidade, responder suas perguntas ou resolver seus
problemas.

· Prove que seu produto pode fazer o que você diz que pode fazer – Não é suficiente dizer
que você pode satisfazer as necessidades do leitor; você precisa provar que pode.

· Peça uma ação – O último passo em qualquer copy deve ser sempre um convite à ação.

Copywriters devem manter em mente a preocupação em conhecer o cliente. Afinal, os


vendedores bem-sucedidos são aqueles têm empatia com seus clientes. Compreender seus
clientes e sua motivação para comprar é a chave para do sucesso de uma copy de vendas.

Sua copy deve alcançar clientes em três níveis: intelectual, emocional e pessoal. Para isso,
você deve entender o "Complexo Principal" do comprador. Essas são as emoções, atitudes e
aspirações que os impulsionam, representadas pelas crenças, sentimentos e desejos.

· Crenças – O que seu público acredita? Qual é a atitude deles em relação ao seu produto e
os problemas abordados?

· Sentimentos – Como eles se sentem? Eles estão confiantes e ousados? Nervosos e com
medo? O que eles sentem sobre os principais problemas em suas vidas, empresas ou
indústrias?

· Desejos – O que eles querem? Quais são seus objetivos? Que mudança querem em suas
vidas que seu produto pode ajudar a alcançar?

Se preparando para escrever

Convencer alguns clientes a trabalhar no que você considera ser a melhor maneira leva certo
tempo. Você pode ter que educá-los sobre a eficiência e a economia de tempo de não ter que
fazer uma reunião pessoalmente, por exemplo, substituindo por uma relação através de e-mail.
Você precisa demonstrar que pode fornecer ótimos conceitos sem reuniões excessivas ou
lendários almoços de negócios.

Mais importante, você precisa estabelecer um procedimento para realizar pesquisas que lhe
permitam lidar com essas tarefas por e-mail e telefone, especialmente ao trabalhar com clientes
de fora da sua área. Veja um procedimento de quatro etapas que você pode usar para obter as
informações necessárias para escrever uma cópia persuasiva e repleta de fatos para seus
clientes:

· Etapa 1: Obter todo o material publicado anteriormente sobre o produto

Você deve gastar parte do seu tempo lendo e estudando o site do cliente, ou pelo menos as
páginas relacionadas ao produto que está promovendo. Ao estudar este material de fundo, o
redator deve ter 90% das informações necessárias para escrever a cópia.

· Etapa 2: faça perguntas sobre o produto

Quais são suas características e benefícios? Qual benefício é o mais importante? Como o
produto se diferencia na concorrência? Se o produto não for diferente, quais atributos podem
ser enfatizados que não foram enfatizados pela concorrência? Quais problemas o produto
resolve no mercado?

Pense no máximo de perguntas possíveis acerca do produto, seja sobre seu valor,
funcionamento ou economia.

· Etapa 3: faça perguntas sobre sua audiência

Quem vai comprar o produto? O que exatamente o produto faz por eles? Por que eles precisam
do produto? E por que eles precisam agora? O que motiva o comprador? Qual é a principal
preocupação do cliente ao comprar este tipo de produto (preço, entrega, desempenho,
confiabilidade, serviço, manutenção, qualidade, eficiência, disponibilidade)?

· Etapa 4: determine o objetivo da sua cópia

Esse objetivo pode ser um ou mais dos seguintes:

Para gerar consultas; Para gerar vendas; Para gerar tráfego na loja; Para introduzir um novo
produto ou uma melhoria de um produto antigo; Para manter contato com clientes; Para
transmitir notícias ou informações sobre produtos; Para construir imagem da empresa, entre
outros.

Você verá que a habilidade em copywriting, e em qualquer tipo de escrita, vem apenas com a
prática. Ao escrever uma copy, você aprenderá a superar os maus hábitos estilísticos, a ficar
mais à vontade com a sua escrita e a obter maior controle sobre o idioma.

Escrevendo correspondência de mala-direta

É fácil começar um anúncio, pois todos seguem o mesmo formato: título, visual que ilustra o
título e o parágrafo principal que expande o título. Mas o escritor tem mais opções com o início
de uma carta de vendas.

Primeiro, há a opção de personalizar a carta com o nome e o endereço do destinatário


individual ou enviar uma carta-modelo. Para personalizar, você gera cartas personalizadas para
cada pessoa na lista, e isso é caro. Geralmente, as cartas personalizadas obtêm uma resposta
melhor, desde que pareçam digitadas e tenham um tom pessoal. Não exagere, repetindo o
nome da pessoa várias vezes na carta; você não usaria o nome da pessoa com frequência se
estivesse falando cara-a-cara.

Além disso, evite os sistemas de impressão “inkjet” antiquados que produzem letras nas quais
o nome é obviamente inserido em uma carta-modelo. A carta deve parecer como se fosse
digitada à mão. Na maioria das tarefas, a economia exigirá que você use letras pré-impressas.
Alguns anunciantes imprimem cartas-modelo e digitam o nome e endereço de cada cliente
potencial.

Defina o título da carta em grande e em negrito, como Arial Black de 20 pontos. Você pode
colocar o título acima da saudação e, como opção, pode centralizar o título e colocá-lo em uma
caixa para chamar a atenção. Essa caixa é chamada de Johnson Box. O corpo da carta deve
ser colocado em uma fonte de máquina de escrever, não em Times Roman ou outra fonte de
computador, porque a carta de mala direta deve parecer uma carta pessoal, não um anúncio ou
brochura.

Em algumas cartas, você pode decidir simplesmente começar com a saudação: Caro amigo,
Caro leitor, Caro executivo de negócios. Uma saudação que se identifica com o interesse
especial do leitor – Caro agricultor, advogado, milionário do futuro – é sempre melhor do que
Caro senhor ou senhora. Às vezes você vai usar apenas uma saudação. Às vezes, uma
saudação e um título. Em alguns casos, um título sem uma saudação pode ser mais
apropriado.

Em mala direta, o que mais importa são seus índices de resposta. Manter uma imagem digna
ou fazer com que as pessoas lembrem-se da sua mensagem não é importante. A única coisa
que conta é quantas vendas ou consultas sua correspondência gera. Quanto mais respostas,
mais bem-sucedido a correspondência. Alcançar o público certo com a oferta e a copy certas é
a chave para o sucesso da mala direta.

Escrevendo comerciais e apresentações multimídia

Escrever comerciais de televisão é a tarefa mais prestigiada em toda a publicidade. Embora os


comerciais de TV aparentemente ofereçam variedade infinita, há menos formatos comerciais
de TV do que situações de roteiro. Algumas estratégias de comerciais são:

1. Demonstrações – Mostram como um produto funciona. Elas são eficazes para comparar
dois produtos, podendo ser bastante dramáticas. As demonstrações são poderosos
impulsionadores de vendas. Os anunciantes por correspondência sabem que a melhor maneira
de motivar um espectador a pegar o telefone e fazer o pedido de um produto é através de um
simples comercial de demonstração.

2. Depoimentos – São usados ​para adicionar credibilidade. As pessoas acreditam mais


prontamente no elogio de um produto quando ele vem de um cliente ou de um terceiro, e não
do fabricante. Pessoas reais são mais críveis do que atores pagos ou entrevistas “encenadas”.
Muitos anunciantes pagam celebridades para endossar seus produtos, argumentando que as
celebridades chamam a atenção e que as pessoas se apegam a cada palavra.

3. Emoção – Comerciais que usam nostalgia, charme ou sentimentalismo para abrir seu
coração (e sua carteira) podem ser memoráveis ​e persuasivos.

4. Apresentador de pé – Neste tipo de comercial, um ator se posiciona diante da câmera e


oferece um discurso de vendas direto sobre as virtudes do produto. O apresentador pode ser
especialmente eficaz quando o argumento de venda que você tem é tão forte que não precisa
ser enaltecido.

5. Fatia da vida – é uma peça curta centrada em torno de duas ou mais pessoas e uma
história envolvendo o produto. Pode ser um clichê, mas ainda é uma técnica de vendas eficaz.

O rádio é diferente da TV. E a diferença é: não há imagem. O copywriter de rádio trabalha com
palavras e sons. Palavras e sons devem criar uma imagem do produto na mente do leitor. Se
você precisa fazer propaganda através da rádio, atente para as seguintes dicas:

· Preste atenção ao feedback dos clientes. Ele pode revelar os principais pontos de venda.

· Fale sobre benefícios. Diga ao público o que os produtos do cliente farão por eles.

· Seja conciso, use sempre frases curtas.

· Repita informações-chave. Diga os nomes das lojas duas vezes; Endereço uma vez ao
final, ou duas vezes se for confuso. Inclua números de telefone pelo menos duas vezes, mais
vezes em casos de comerciais de 60 segundos.

· Pesquise o produto.

· Saiba quais recursos estão disponíveis para os produtores de comerciais de rádio.


Aprenda a usar instalações de produção. Conheça a extensão de suas bibliotecas de música e
efeitos sonoros, a qualidade e a capacidade do equipamento de gravação e as habilidades dos
atores que lerão sua copy.

Escrevendo para a Internet

O marketing on-line funciona melhor quando você envia e-mails para pessoas que já conhecem
você. Portanto, os profissionais de marketing on-line de sucesso constroem sua lista de e-mail
(listas de potenciais clientes e seus endereços de e-mail) e depois vendem para essas pessoas
via e-mail marketing. Isso é chamado de "Modelo Orgânico".

Primeiro, o profissional de marketing cria um site que posiciona sua empresa como um recurso
especializado em um nicho ou setor específico. Esta é a "base de operações" do cliente para
sua campanha de marketing on-line. Este site deve incluir uma página inicial, uma página
"Sobre a Empresa" e uma página com descrições breves dos produtos e serviços (cada
descrição de produto ou serviço pode vincular a um documento mais extenso fornecendo mais
detalhes sobre o item). Você também deve ter uma “Página de Artigos” onde você publica
artigos que escreveu em sua área de especialidade e onde os visitantes podem ler e baixar
esses artigos gratuitamente.

Escreva um pequeno relatório especial em sua área de especialização e o disponibilize para as


pessoas que visitam seu site. Eles podem baixá-lo gratuitamente, mas em troca, têm que se
registrar com seu endereço de e-mail (e qualquer outra informação que você queira capturar).
Considere também oferecer um boletim informativo on-line mensal.

Você pode dar ao visitante a opção de marcar uma caixa que diz: "Dou a você e a outras
empresas que você selecionou permissão para me enviar e-mails sobre produtos, serviços,
notícias e ofertas que possam ser de interesse". Quanto mais conteúdo e informação útil no
seu site, melhor. Mais pessoas serão atraídas para o seu site, e elas gastarão mais tempo com
isso. Eles também informarão outras pessoas sobre seu site. Depois de se registrarem, você
tem o endereço de e-mail e agora pode comercializá-los via e-mail quantas vezes quiser, sem
nenhum custo extra.

A maior parte dos seus leads, vendas e lucros on-line virão do marketing por e-mail repetido
para essa lista eletrônica de possíveis clientes. Há várias opções de marketing on-line que
podem direcionar o tráfego para seu site. Estes incluem: publicidade gratuita, marketing,
banners publicitários, ferramenta de busca otimizada, mala direta e e-zines.

A chave para o sucesso é tentar várias táticas diferentes em testes pequenos e baratos,
descartar aqueles que não funcionam e fazer mais daquelas que são eficazes.

Instainsights

· Um copywriter é um vendedor por trás de um teclado.

· A copy deve ser urgente, única, ultraespecífica e útil.

· Seu desempenho como redator é baseado nas vendas geradas, não na originalidade.

· Para que uma copy convença um cliente a comprar um produto ou serviço, ela deve
chamar a atenção, comunicar e persuadir.

· A palavra “grátis” é a mais poderosa no vocabulário de um redator.

· Quatro em cada cinco leitores lerão apenas o título e ignorarão o resto do anúncio.

· Ao escrever uma copy de testemunho, use as palavras do cliente o máximo possível. Não
tente polir suas declarações; um tom natural de conversação acrescenta credibilidade ao
depoimento.

· Pergunte a si mesmo: “Quem é meu cliente? Quais são as características importantes do


produto? Por que o cliente quer comprar o produto? Qual característica do produto é mais
importante para ele?”.

Neste livro, você aprendeu que

O objetivo da publicidade não é ser apreciada, entreter ou ganhar prêmios. Embora seja
possível que essas características apareçam, o verdadeiro objetivo é vender produtos. O
anunciante não deve se importar se as pessoas gostam de seus comerciais ou se se divertem
com eles. Se isso acontece, é ótimo, mas os comerciais devem ser vistos como um meio para
um fim: o aumento de vendas – e, consequentemente, dos lucros – para o anunciante. Parece
simples e óbvio, mas a maioria dos redatores e profissionais parece ignorar essa realidade.
Eles produzem anúncios artísticos, catálogos belíssimos e comerciais cuja qualidade artística
rivaliza com os melhores filmes. Por isso, não perca de vista seus verdadeiros objetivos na arte
do copywriting. Você é, antes de tudo, um vendedor atrás de um teclado, e não um artista
literário ou cineasta – embora nada impeça que sua copy seja tão boa que não leve tais
aspectos em consideração.

ANTIFRÁGIL: Coisas que se beneficiam com o caos

Nassim Nicholas Taleb

Este livro é continuação do celebrado Cisne Negro, nele é proclamada a incerteza como algo
desejável e até necessário. Antifrágil engloba análises sobre inovações e melhorias feitas a
partir de tentativa e erro, decisões que podem mudar uma vida inteira, política, planejamento
urbano, guerra, finanças pessoais, sistemas econômicos e medicina.

Entendendo os conceitos frágil, robusto e antifrágil

Coisas frágeis são mais vulneráveis enquanto coisas robustas são mais rígidas. Fragilidade
significa perder mais do que ganhar, ou, ter mais desvantagem do que vantagem, o autor
também chama isso de assimetria, ou seja, algo desfavorável.

Antifragilidade significa ganhar mais do que perder, ou, ter mais vantagem do que
desvantagem, é algo favorável. Para o autor, coisas antifrágeis, são mais do que resistentes,
ou seja, além da resistência são beneficiadas para que não sofram prejuízos.

Todos os sistemas sejam econômicos ou não, podem ser classificados como um desses três,
os sistemas antifrágeis são sistemas que melhoram ou se fortalecem com eventos inesperados.

Bons sistemas, como os utilizados pelas companhias aéreas, são configurados para ter
pequenos erros independentes que diminuem as chances de erros futuros. Essa é uma
maneira para entender como um ambiente pode ser antifrágil (aviação) e o outro frágil (a vida
econômica moderna). Ou seja, se todo acidente de avião torna o próximo acidente menos
provável, todo acidente no mercado financeiro torna o próximo mais provável. Por isso é
preciso eliminar este segundo exemplo, pois é aquele que produz o contágio em nossa
construção de um sistema socioeconômico ideal.

O primeiro passo para a correção do segundo exemplo, ou seja, torna-lo antifrágil, consiste em
diminuir primeiro o lado negativo (fragilidade), em vez de aumentar o lado positivo
(antifragilidade).

Para entender melhor, segue o exemplo: A diferença entre mil pedrinhas e uma pedra grande
que equivale o peso das mil pedrinhas somadas é um bom exemplo de como a fragilidade
surge de efeitos não lineares. Não linear significa que a resposta não é direta, ou seja, se você
dobrar uma aposta terá o retorno de ganhar exatamente o dobro do que apostou, porém, existe
algo que não se pode controlar quando se aposta, ou seja, pode ser que receba menos ou até
mesmo mais do que apostou, em outras palavras, usando o exemplo das pedras, se eu jogar
na cabeça de alguém uma pedra de dez quilos, ela poderá causar mais que o dobro do dano
de uma pedra de cinco quilos.
Para os frágeis, o efeito somado de pequenos choques é menor que o efeito de um único
choque grande equivalente. O frágil é o que é mais afetado por um evento grande do que por
uma sucessão de eventos pequenos ou intermediários.

Agora vamos considerar o antifrágil. A antifragilidade também se baseia em respostas não


lineares. Para os antifrágeis, os choques trazem mais benefícios (menos danos) à medida que
sua intensidade aumenta. Exemplo, quando seu corpo levanta um determinado peso ele está
se preparando para poder levantar da próxima vez um peso maior.

Em outras palavras, ao invés de serem prejudicados, sempre serão beneficiados, o choque das
pedrinhas ou da pedrona não irá causar muitos danos.

A ilusão da ordem

Nossas mentes estão preparadas para transformar a experiencia que temos em algo suave e
linear, o que nos faz achar que a aleatoriedade não é importante. Mas quando somos
surpreendidos por ela, tememos e exageramos. Devido a esse medo e desejo de ordem,
alguns seres humanos tendem a se expor a danos e acabam se prejudicando. Agir desta
maneira na verdade é uma ilusão; para ter ordem e controle verdadeiro é preciso considerar a
aleatoriedade.

A experiência de vida dos frágeis não oferece as mesmas informações que os estudos
acadêmicos, onde são analisados e observados os padrões de comportamento, por isso este
discurso de que é possível encontrar ordem na aleatoriedade é mentiroso. Os antifrágeis
(grupo de pessoas beneficiadas) adoram o discurso da aleatoriedade e da incerteza, para que
os frágeis (grupo de pessoas que querem compreender ou entrar no sistema) estejam em
desvantagem ficando assim mais fácil de obterem lucro ou benefícios.

A estratégia barbell

É jogar com segurança em algumas áreas e assumir muitos riscos pequenos em outras,
obtendo assim a antifragilidade, ou seja, é diminuir sua desvantagem, proteger-se de danos
extremos e deixar a vantagem agir por si mesma, em outras palavras, mais vantagens do que
desvantagens podem vir simplesmente da redução de desvantagens extremas. Um exemplo é
a estratégia de investimento de Mark Cuban. Ele mantém a maioria de seus ativos em dinheiro
(robusto, sem colidir com o mercado) e permite que ele se mova rapidamente quando vê
grandes oportunidades (antifrágil).

Opcionalidade

Ter opcionalidade, significa não ter a necessidade dei pensar ou, de usar raciocínio lógico, pois
não é preciso estar certo com tanta frequência. Tudo o que quem usa a opcionalidade precisa é
de omissão, ou seja, evitar se machucar e reconhecer resultados favoráveis ​quando eles
ocorrerem (a avaliação não precisa ser feita antes, apenas após o resultado).

A previsão no mundo moderno é impossível. Em vez de tentar prever o que vai acontecer,
posicione-se de maneira a ter uma opção. Dessa forma, aconteça o que acontecer, tudo o que
você precisa fazer é avaliá-lo quando tiver todas as informações e tomar uma decisão racional.
O Turista

Este conceito usado pelos fragilistas significa remover a incerteza e a aleatoriedade das coisas,
tentando tornar as coisas altamente previsíveis nos mínimos detalhes. Tudo isso por uma
questão de conforto, conveniência e eficiência, o autor chama este modelo de turista que é o
oposto de flâneur, ser um turista é passar de maneira rápida pelo local de turismo sem se
atentar aos detalhes do lugar.

Ex. O problema da mãe do garoto que joga futebol. Ela tenta remover toda a aleatoriedade e
incerteza da vida de seu filho e protegê-lo. Ao fazê-lo, ela o impede de desenvolver a
capacidade de se recuperar e se adaptar às dificuldades futuras.

O Flâneur

O flâneur é o oposto do indivíduo absorvido pela necessidade de velocidade (turista), que


caminha apressadamente pelo local, o flâneur é um observador, passa pelo local se atentando
aos detalhes.

O oportunismo do flâneur é grande na vida e nos negócios, o oposto do oportunismo nas


relações humanas é a lealdade, um sentimento nobre, mas que precisa ser investido nos
lugares certos, isto é, nas relações humanas. O erro de pensar que você sabe exatamente para
onde está indo e supondo que você sabe hoje quais serão suas preferências amanhã tem um
associado, a ilusão de pensar que os outros também sabem para onde estão indo e que eles
lhe diriam o que querem se você apenas os perguntasse. Nunca pergunte às pessoas o que
elas querem, ou para onde querem ir, ou para onde pensam que deveriam ir, ou, pior, o que
pensam que desejam amanhã, elas geralmente não sabem.

A ilusão soviética de harvard

A ilusão soviética de Harvard é a concepção de que o conhecimento acadêmico é superior e


que precisamos do estudo acadêmico para entender o mecanismo e sua eficácia.

Pessoas que fazem muita fumaça, truques e métodos complicados começam a sentir falta das
coisas simples.

As pessoas comuns não podem se dar ao luxo de perder essas coisas; ao contrário dos
pesquisadores, foram selecionadas para a sobrevivência e não para complicações. Quanto
mais estudos, menos óbvias as coisas elementares são, Exemplo: Um cara que negocia
madeira verde com mais sucesso em uma empresa de Londres achou que era madeira pintada
de verde. O conhecimento soviético de Harvard não se significa sucesso nos negócios e na
vida. Ele aprendeu como negociar com sucesso usando o processo, convexidade x
concavidade:

· Convexidade, significa que quanto mais exposto a situações que o beneficiarão, mais será
mais beneficiado, ou, menos suscetível a aleatoriedade.

· Concavidade, o oposto de convexidade. Quanto mais exposto a aleatoriedade mais danos


terá.

Exemplo, quando o tráfego em uma cidade aumenta em dez mil carros, o tempo de viagem
aumenta em dez minutos. Mas se o tráfego aumentar em mais dez mil carros, o tempo de
viagem agora se estende por mais trinta minutos. Essa aceleração do tempo de tráfego mostra
que o tráfego é frágil e você tem muitos carros e precisa reduzir o tráfego até que a aceleração
se torne suave. Da mesma forma, os déficits do governo são particularmente côncavos às
mudanças nas condições econômicas. O mesmo acontece com o crescimento operacional por
parte de uma empresa frágil. Se as vendas aumentarem 10%, os lucros aumentarão menos do
que diminuiriam se as vendas caírem 10%.

Neomania

Com tanta tecnologia passamos a nos cansarmos rapidamente do que temos, buscando
continuamente as versões 2.0 e depois disso, outra versão melhorada. Esses impulsos para
comprar coisas novas que acabam perdendo sua novidade, principalmente quando
comparados às coisas mais recentes, são chamados de efeitos na esteira. As pessoas
adquirem um novo item, sentem-se mais satisfeitas após um impulso inicial e depois
rapidamente voltam a insatisfação. Então, quando você atualiza, sente um aumento de
satisfação com as mudanças na tecnologia. Mas então você se acostuma e começa a procurar
por mais novidades. Estamos obcecados com as coisas mais recentes, quando o que nos
fornece mais utilidade são as coisas mais antigas, panelas e frigideiras são utilizadas até hoje.

Via Negativa

Os charlatões são reconhecidos por darem conselhos positivos, e apenas conselhos positivos,
explorando nossa crença e propensão para o óbvio. Basta olhar para os livros de autoajuda,
observem seus títulos. No entanto, na prática, é a via negativa usada por eles e por alguns
profissionais para obter o que desejam, os mestres do xadrez geralmente vencem por não
perder; as pessoas ficam ricas por não falirem (principalmente quando outras o fazem); as
religiões são principalmente sobre interditos; o aprendizado da vida é sobre o que evitar.

A maior e mais robusta contribuição ao conhecimento consiste em remover o que pensamos


estar errado. Por isso, o conhecimento cresce por subtração muito mais do que por adição, se
eu encontrar um cisne negro, posso ter certeza de que a afirmação todos os cisnes são
brancos está errada. Mas, mesmo que eu nunca tenha visto um cisne negro, nunca posso
considerar essa afirmação verdadeira.

Gastar menos, viver mais é uma estratégia subtrativa. Remover coisas pode ser uma ação
bastante potente. Se a verdadeira riqueza consiste em dormir sem preocupações, consciência
limpa, gratidão recíproca, ausência de inveja, bom apetite, força muscular, energia física,
risadas frequentes, bons movimentos intestinais, sem salas de reunião e surpresas periódicas,
então é amplamente subtrativo.

O efeito Lindy

As pessoas têm dificuldade em compreender as noções probabilísticas.


O primeiro erro geralmente ocorre quando atribuem a algo sem valor uma tecnologia que
atualmente vemos como ineficiente e moribunda, como, por exemplo, linhas telefônicas
terrestres, jornais impressos e armários contendo recibos em papel para fins fiscais.

O segundo erro é acreditar que alguém estaria agindo com um jovem, ou, adotando uma
tecnologia jovem está contribuindo mais, isso leva à inversão do poder das contribuições
geracionais, produzindo a ilusão da contribuição das novas gerações sobre as antigas,
estatisticamente, os jovens não fazem quase nada.

A melhor tecnologia de filtragem consiste, portanto, em levar em consideração a idade dos


livros e artigos científicos. Livros com um ano de idade geralmente não valem a pena ser lidos
(uma probabilidade muito baixa de ter as qualidades de sobreviver), não importa o quão
impressionantes possam parecer. Siga o efeito Lindy como um guia para selecionar o que ler:
livros que existem há dez anos estarão disponíveis por mais dez; livros que existem há dois
milênios devem estar disponíveis há bastante tempo, e assim por diante.

Racionalidade x Racionalismo

Existem coisas que não podemos explicar, mas elas passam pelo teste do tempo e, portanto,
há alguma verdade fundamental, apesar de nossa incapacidade de entendê-la.

Se algo que não faz sentido para você (por exemplo, religião se você é ateu, ou algum hábito
ou prática milenar chamado irracional); se algo já existe há muito, muito tempo, irracional ou
não, você pode esperar que ele permaneça por muito mais tempo e sobreviver aos que pedem
sua morte.

Se existe algo na natureza que você não entende, é provável que faça sentido de uma maneira
mais profunda que esteja além do seu entendimento. Portanto, existe uma lógica para as
coisas naturais que é muito superior à nossa racionalista. Assim como existe uma dicotomia na
lei, inocente até que se prove o contrário, em oposição a culpado até que se prove o contrário,
o que a mãe natureza faz é rigoroso até que se prove o contrário; o que os humanos e a
ciência fazem é falho até que se prove o contrário.

A falta de arriscar a própria pele

Arriscar a própria pele é o único meio de amenizar a fragilidade. A dignidade não vale nada, a
menos que a ganhe, a menos que pague um preço por ela.

Primeiro, nunca entre em um avião se o piloto não estiver a bordo. Segundo, verifique se há
também um copiloto. A primeira teoria trata da assimetria de recompensas e punições, ou
transferência de fragilidade entre indivíduos. Ralph Nader tem uma regra simples, as pessoas
que votam na guerra precisam ter pelo menos um descendente (filho ou neto) exposto ao
combate.

Para os romanos, os engenheiros precisavam passar algum tempo sob a ponte que
construíram algo que deveria ser exigido dos engenheiros financeiros atualmente. Os ingleses
foram mais longe e fizeram com que as famílias dos engenheiros passassem algum tempo com
eles embaixo da ponte após a construção. Todo formador de opinião precisa arriscar a própria
pele. A segunda teoria é que precisamos criar uma margem de segurança, que amenize nossa
sensibilidade ao risco.

Exemplos de falta de risco.

· Robert Rubin, ex-secretário do Tesouro, recebeu US $ 120 milhões do Citibank em bônus


por mais de uma década. Os riscos assumidos pela instituição estavam ocultos, o Citibank
entrou em colapso, mas ele ficou com o dinheiro, os contribuintes, tiveram que compensá-lo
retrospectivamente, já que o governo assumiu as perdas dos bancos e os ajudou a ficar de pé.
Gerentes como ele de grandes corporações não sofrem as consequências como o público em
geral.

· Alan Blinder, diferenças entre o jurídico e o ético. Exemplo, Alan Blinder,


ex-vice-presidente do Federal Reserve Bank dos Estados Unidos, tentou vender ao autor deste
livro um produto de investimento que pretendia enganar legalmente os contribuintes, permitiria
que os super ricos enganassem os contribuintes, obtendo seguro gratuito patrocinado pelo
governo com a ajuda de ex-funcionários públicos que têm uma vantagem privilegiada, ou seja,
legalmente. Taleb o questionou: isso não é ético? A resposta de Alan foi: É perfeitamente legal.

O que temos aqui é um modelo de como as pessoas usam cargos públicos para, em algum
momento, lucrar legalmente com o público. Quanto mais complexa é a regulamentação, mais
burocrática é a rede, mais um regulador que conhece as falhas se beneficiaria. Esta é uma
assimetria que se tem às custas dos outros.

A assimetria

Quem conta a história e a publica tem a vantagem de poder mostrar os exemplos


confirmatórios e ignorar completamente o resto, quanto mais dispersão, mais clara será a
melhor história e a mais escura a pior história. Alguém com opcionalidade, ou seja, o direito de
escolher sua história, está apenas relatando o que se adequa ao seu objetivo. Você pega o
lado positivo da sua história e esconde o lado negativo, de modo que apenas o sensacional
parece contar.

A assimetria está no fato de alguns poderem escolher e produzir casos em que suas opiniões
prevaleçam e consequentemente sejam beneficiadas.

Instainsights

· Antifrágil significa se beneficiar de coisas que, em teoria, nos machucariam.

· Cada parte de um sistema antifrágil é, na verdade, frágil, para que ele possa aprender e ir
melhorando com os erros aprendidos.

· Atividades antifrágeis que pareçam redundantes e inúteis podem te ajudar em alguma


emergência futura.

· É possível participar de sistemas antifrágeis sem ter conhecimento teórico sobre seu
funcionamento.
· Para lidar com sistemas inconsistentes, esteja preparado para a pior situação possível e se
previna.

· Alguns profissionais são antifrágeis ao custo de outras pessoas.

· O passado pode nos dar uma impressão errada do futuro, por isso previsões não são
confiáveis.

Neste livro, você aprendeu que

Todos os conceitos apresentados pelo autor tem por objetivo provar ao leitor que estamos
sujeitos a um sistema desigual, onde as pessoas (frágeis) que desejam ingressar neste sistema
no caso do mercado financeiro são prejudicas pela falta de informação proposital que o grupo
de pessoas com informações privilegiadas (antifrágeis), ou, ocupantes de cargos intocáveis
deixam de compartilhar. A solução para corrigir este erro (assimétrico) é uma democratização
das informações, ou seja, que as informações não sejam represadas, mas passadas de
maneira justa para as pessoas comuns (frágeis) que desejam ingressar e obter resultados no
mercado financeiro.

AS ARMAS DA PERSUASÃO

Robert B. Cialdini

Diariamente somos envolvidos por técnicas de persuasão, como seres humanos e


consumidores, e nem sempre nos damos conta. Robert B. Cialdini, um dos maiores
especialistas em matéria de persuasão, apresenta os fundamentos desta complexa arte para
que você tenha clareza de que lado você prefere estar: influenciado ou influenciador.

As pessoas reagem automaticamente a alguns gatilhos específicos

O comportamento do mundo animal às vezes pode parecer distante do comportamento


humano, mas a realidade é que algumas ações são bastante similares e nos aproximam de
animais comuns, pois, assim como os animais, as pessoas reagem instintivamente a alguns
gatilhos.

Por exemplo, é mais provável que as pessoas concedam uma solicitação se tiverem uma razão
para fazê-lo. Normalmente, verificar as razões é uma boa maneira de avaliar se uma solicitação
é sensata. Mas isso também pode ser usado para enganar.

No mercado as pessoas estão mais dispostas a concordar se alguém disser: "Posso cortar a
fila porque preciso comprar mantimentos?" Do que se alguém disser: "Posso cortar a fila?".
Nesse exemplo, o gatilho é a palavra "porque", que pode ser usado por vendedores
inescrupulosos para enganar os indivíduos.

Mas esse não é o único artifício utilizado para convencimento. O autor Robert B. Cialdini reuniu
seis gatilhos a que estamos expostos diariamente em busca de convencimento e influência.
O gatilho da reciprocidade: dar e receber une as pessoas

O princípio da reciprocidade está presente em praticamente todas as culturas. Quando


presenteamos alguém, mesmo que o presente não tenha sido solicitado ou até mesmo
desejado, instintivamente a pessoa se sente em débito com o doador, e isso acaba sendo uma
grande ferramenta de influência.

Os Hare Krishna descobriram que dar flores às pessoas antes de pedir por doações aumentava
substancialmente o sucesso das colaborações. Mesmo quando as pessoas não queriam as
flores e as jogaram fora imediatamente, elas acabavam por ajudá-los, o que demonstra que
existe, de fato, um uso da técnica da reciprocidade.

Da mesma forma, as empresas descobriram que distribuir amostras grátis aumentava as


vendas. As pessoas que recebem um presente gratuito se sentem obrigadas a devolver o favor
fazendo uma compra, mesmo que o valor seja maior do que o presente original.

O gatilho do compromisso: em busca de ser coerentes, as pessoas se mantém fiéis ao que se


comprometem publicamente

Uma vez que assumimos uma posição diante dos outros, seja publicamente ou por escrito,
criamos um impulso de nos mantermos fiéis a tal posição para parecermos pessoas coerentes.

Por exemplo, em um estudo, algumas pessoas foram chamada para responderem a seguinte
pergunta: elas seriam voluntárias para a American Cancer Society, se solicitadas? Como
queriam parecer generosos, muitos diziam "sim". Alguns dias depois, quando os pesquisadores
ligaram de volta para pedir que doassem seu tempo, muitas das pessoas que tinham
respondido a pesquisa de fato se voluntariaram, gerando um aumento de 700% se comparado
com a quantidade anterior. A promessa inicial, aparentemente sem compromisso, criou um
enorme incentivo para as pessoas agirem como elas disseram que agiriam na pesquisa.

O compromisso está na raiz de uma famosa tática de vendas conhecida como publicidade
enganosa. Nesse esquema, uma loja anunciará um produto por um preço baixo. Por exemplo,
uma concessionária de carros pode anunciar um bom negócio em um determinado modelo de
carro. O revendedor só tem um ou dois deste modelo disponível, que são vendidos quase que
instantaneamente. Quando o cliente chega à loja, o modelo está esgotado. Em seguida, o
revendedor direciona o cliente para um modelo diferente e mais caro.

Por que o cliente não sai apenas se a oferta original não estiver disponível? Nesse momento
entra o gatilho do compromisso. A isca faz com que os clientes se comprometam com a
decisão de comprar. Os clientes decidiram que querem um carro, se esforçaram para ir à loja,
pensaram em financiar e anunciaram seu plano para fazer a compra. A essa altura, os clientes
se veem como o tipo de pessoa que está pronta para comprar um carro, e, uma vez feito isso,
é muito mais provável que comprem um carro, mesmo que seja um carro mais caro do que o
planejado. O gatilho do compromisso dificulta que os compradores recuem quando se
comprometem com uma compra, e é por isso que técnicas como essa são tão eficazes.

O gatilho da validação social: as pessoas querem fazer o que outras pessoas estão fazendo
Quando as pessoas ouvem outras rindo, elas tendem a rir por si mesmas, mesmo quando
sabem internamente que o riso é falso. Isso acontece porque existe um impulso em nós de
fazer o que os outros estão fazendo.

Existe uma explicação natural para isso: se você está dentro do mar, e vê as pessoas correrem
em direção à praia, é muito provável que você correrá também. Desta forma, você pode se
salvar de algum perigo mesmo que não o veja, somente por uma questão de imitação. Mas,
dentro do mundo dos negócios, o gatilho da validação social pode ser ativado com outros
objetivos.

Os depoimentos de produtos, por exemplo, são um dos artifícios que funcionam muito bem.
Quando as pessoas ouvem que os outros gostam de um produto, elas também estão mais
dispostas a gostar desse produto. A influência da validação social é, por vezes, referida como
efeito bandwagon. O efeito bandwagon pode ter uma forte influência nas eleições.
Pesquisadores descobriram que as pesquisas não preveem apenas resultados eleitorais;
também pode afetá-los. Quando um candidato lidera as pesquisas, os eleitores tendem a
querer votar nele. É por isso que as campanhas às vezes argumentam agressivamente que as
pesquisas são erradas ou imprecisas.

As pessoas assumem que os outros sabem o que estão fazendo. O efeito bandwagon funciona
não só porque as pessoas querem ir com a multidão, mas porque as pessoas assumem que a
multidão é sábia e está agindo com boas informações.

O gatilho da afeição: ser atraente é um atrativo

As pessoas respondem positivamente a indivíduos atraentes e tentam agradá-los. Da mesma


forma, as pessoas são facilmente influenciadas por amigos ou por aqueles que se apresentam
como amigos. Os vendedores sabem que é difícil para as pessoas recusarem um favor quando
perguntadas por um vizinho, um colega de trabalho ou por alguém que ele conheça
pessoalmente. Eles também podem fazer com que as pessoas gostem deles emitindo elogios.
As pessoas tendem a gostar de quem as lisonjeia e, uma vez estabelecida a relação de
amizade, é mais provável que comprem bens ou serviços do vendedor.

Ser atraente e simpático pode ter um efeito direto sobre a renda. Por exemplo, um artigo de
2014 no Journal of Behavioral Studies in Business descobriu que as garçonetes brancas
recebiam mais gorjetas quando tingiam o cabelo de loiro. Mulheres loiras nos Estados Unidos
são geralmente consideradas ou percebidas como mais atraentes. Assim, elas recebiam um
bônus por atratividade e simpatia.

De acordo com Matt Parrett, o economista que conduziu um estudo em 2015, garçonetes
atraentes fizeram cerca de US $1.261 por ano a mais em gorjetas do que garçonetes
consideradas pouco atraentes. A diferença no pagamento não era principalmente impulsionada
pelos homens, e sim pelas mulheres, que tendiam a dar mais gorjeta às garçonetes. Mas,
independentemente do gênero, as pessoas gostam mais de pessoas atraentes do que de
pessoas pouco atraentes e são influenciadas de acordo.

O gatilho da autoridade: a autoridade é um fator de influência porque nega o pensamento


independente

De forma inconsciente, tendemos a obedecer às autoridades. Uma das formas de provar esta
ideia, é pelas experiências de Stanley Milgram. O psicólogo realizou um estudo nos anos 60
em que os sujeitos do teste foram ordenados por pesquisadores de laboratório a administrar o
que eles achavam que eram choques elétricos letais para atores que faziam papéis de vítima.
A grande maioria dos sujeitos do teste administrou os choques como ordenados, mesmo
quando os atores fingiam estar sofrendo severamente.

Ainda que muito útil – por exemplo, em uma crise, pode ser muito importante que todos sigam
as ordens dos responsáveis ​de maneira rápida e eficiente –, seguir ordens às cegas pode
resultar em desvantagens. Muitas fraudes aproveitam a autoridade. Um golpista pode se vestir
de terno ou uniforme para parecer oficial e ganhar a confiança e a obediência de uma vítima,
que, acreditando em sua posição, não questiona o que lhe é pedido.

O uniforme policial é um símbolo de autoridade muito visível e poderoso, e há evidências


substanciais de que as pessoas são influenciadas por ele. Um estudo de 1985 descobriu que
quando as pessoas vestem uniformes da polícia, elas são consideradas mais competentes,
honestas e inteligentes. Assim, não somente autoridades em si como seus símbolos detém
poder sobre como as pessoas agem e respondem a eles.

O gatilho da escassez: Os profissionais usam a escassez como uma maneira de impulsionar as


decisões de compra

Os indivíduos são muito motivados pela preocupação de perder algo. Como resultado, o
pensamento de que algo pode ser perdido, ou depois inatingível, é um forte incentivo para
comprá-lo.

Na economia comportamental, a influência da escassez é chamada de aversão à perda. Os


economistas determinaram que as pessoas valorizam os ganhos em cerca de metade das
perdas: elas valorizam as coisas que possuem mais do que as coisas que não possuem.

Por exemplo, imagine que um colecionador queira comprar um cartão de beisebol por US $
100. Ele encontra o cartão exatamente no preço que procurava e o compra. Após ter feito a
compra, outra pessoa se oferece para comprá-lo por US $ 125. O colecionador não estava
disposto a pagar US $ 125 pelo cartão originalmente, ele o queria por US $ 100. Isso significa
que o cartão valeria apenas US $ 100 para ela. Então, pela lógica, ele deveria vender por US $
125 e lucrar com a compra.

Na maioria dos casos, porém, o colecionador não venderá. Uma vez que possui o cartão, o
efeito de dotação significa que ele o valorizará mais do que antes de comprá-lo. Já que é dele,
ele não vai querer vendê-lo. A ideia de vender o cartão de baseball ativa a preocupação com a
escassez; ele tem o cartão, mas se passar para outra pessoa, preocupa-se de não conseguir
encontrar ou comprar outro.

Instainsight

· Presentes são vitais; Dar e receber unir as pessoas e fazer intercâmbios afetivos em trocas
tangíveis;

· Comprometer-se publicamente com as decisões faz com que as pessoas se mantenham


mais fiéis a elas;

· As pessoas costumam assumir que os outros sabem o que estão fazendo, então é mais
fácil ser convincente quando você oferece material para que um grupo maior de pessoas
tenham a mesma opinião positiva;

· Gostamos de pessoas que sejam semelhantes a nós: as pessoas se sentem inclinadas a


confiar e serem influenciadas por pessoas que elas acham agradáveis;

· As pessoas não só são facilmente influenciadas pela autoridade, mas também pelos meros
símbolos de autoridade;

· Quando um item é escasso, as pessoas acharão esse item mais atraente. Isso ocorre
porque as perdas são mais intensamente experimentadas do que os ganhos.

Neste livro, você aprendeu que

Estar ciente dos métodos de influência pode reduzir ou eliminar seus efeitos. Por exemplo, se
você sabe sobre o gatilho para a reciprocidade, pode se recusar a aceitar uma amostra grátis,
ou categorizá-la como uma técnica de vendas, em vez de um presente. Da mesma forma, se
você aprendeu a influência da validação social, pode se perguntar se realmente quer ver
aquele filme, ou se simplesmente planeja comprar um ingresso porque todo mundo está
fazendo isso. Se você sabe da influência da atratividade na afeição, pode fazer uma pausa
para pensar se sua dica reflete o trabalho de uma garçonete ou se é um reflexo da atratividade.
Conhecimento é poder; quando as pessoas sabem como a influência funciona, elas podem
reduzir sua influência sobre elas.

15 SECRETS SUCCESSFUL PEOPLE KNOW ABOUT TIME MANAGEMENT

Kevin Kruse

Uma vez que perdemos um tempo, seja no telefone celular, nas redes sociais ou respondendo
a algum e-mail – jamais podemos recuperá-lo. E, para dificultar, nossa vida está rodeada
dessas pequenas atividades que roubam o tempo de nossas mãos todos os dias. Mas nem
tudo está perdido, existem vários truques que podem ajudar a manter o foco e garantir que
esses ladrões de tempo não tenham vantagem.

O seu tempo é seu bem mais precioso

Quantas vezes você não terminou um dia desejando que ele tivesse uma hora a mais para que
você pudesse realizar mais alguma tarefa? É bem verdade que todos nós recebemos
diariamente as mesmas 24 horas para serem gastas, mas a forma como o fazemos é diferente
da de cada um, e muitas vezes sentimos que existem pessoas que gerenciam esse mesmo
tempo de forma muito melhor que nós.
A boa notícia é que qualquer pessoa pode aprender a controlar melhor seu tempo. A primeira
lição é saber que seu tempo é seu bem mais valioso, e uma vez que o deixamos escapar, não
podemos recuperá-lo.

Então como fazer um melhor proveito dessas horas do dia? A resposta é: divida-as em
minutos. Existem muitas atividades que cabem em um minuto, e em um dia você tem 1.440
deles. Se você quer começar a monitorar como você tem gasto seu tempo, essa é uma ótima
maneira.

O segundo passo fundamental para gerenciar o tempo da melhor forma é definir qual é a sua
tarefa mais importante – e priorizá-la. Você deve pensar em sua tarefa mais importante como
aquela que terá mais impacto na sua vida. Por exemplo, se um executivo sênior define uma
meta de desenvolver um novo aplicativo, sua tarefa mais importante pode ser contratar um
novo programador.

Definir uma tarefa mais importante todos os dias resulta em maiores níveis de felicidade e
melhor foco para realiza-las.

Abandone sua lista de tarefas e pegue sua agenda para aliviar o estresse do seu dia

Todos nós provavelmente fizemos uma lista de afazeres a serem cumpridos alguma vez na
vida. A verdade é que quase sempre sobrarão itens que não conseguiremos completar, por
uma questão muito simples: escrevemos essas listas sem informar quanto tempo levaremos
para concluí-las. Como resultado, tarefas que são mais difíceis ou menos importantes
geralmente são deixadas por fazer.

Isso poderia não ser um problema, mas itens inacabados em uma lista de tarefas
inevitavelmente produzem estresse – que poderia ser evitado. Na verdade, é mais fácil do que
você pensa: podemos evitar esse estresse elaborando um plano de conclusão de uma tarefa.

A ginasta olímpica Shannon Miller é um bom exemplo. Ela conseguiu organizar seu tempo
ficando com sua família, completando suas obrigações escolares, treinando para as
Olimpíadas e até mesmo fazendo entrevistas, somente ao preparar um calendário detalhado.

Quando você preparar esse calendário explicitando cada tarefa, duração e lugar que ocupa no
seu dia, eventualmente acontecerão ocasiões em sua agenda que não poderão ser realizadas.
Quando isso acontecer, ao invés de abandoná-las, reprograme-as. Se uma tarefa não cabe no
seu cronograma as 17h, tente muda-la para o início do dia.

Imagine-se no futuro para superar a procrastinação do presente

Não se sinta sozinho, todo mundo já deixou tarefas importantes de lado quando não deveria,
apenas para ficar mais tempo em aplicativos de redes sociais ou vendo TV. E a verdade
universal é que todos nós nos arrependemos dessa procrastinação logo em seguida.

Para evitar que a procrastinação continue sendo uma pedra no sapato, pense no seu “eu”
futuro. Afinal, você não procrastina porque é preguiçoso, mas porque você não está motivado o
suficiente. Imaginar-se no futuro pode resolver esse problema, já que o sentimento de
arrependimento é certeiro quando não cumprimos nossas prioridades.

Se seu objetivo é se exercitar todos os dias, mas você vive deixando essa tarefa para outro dia,
imagine-se com uma enorme barriga de cerveja e com dificuldade de subir uma simples
escada. Não é assim que você quer se sentir, certo? Então saia do sofá e vá para esteira.

Ao mesmo tempo, ser honesto sobre as ações que o seu futuro vai tomar também pode
ajudá-lo a alcançar seus objetivos. Por exemplo, se você sabe que sairá da dieta em momentos
de tédio ou ansiedade, seja precavido jogando fora toda a comida não-saudável.

Saiba que sempre haverá mais o que fazer; você não pode fazer tudo – e está tudo bem.
Priorizar e programar as tarefas que você quer fazer e fazê-las com afinco é muito melhor do
que fazer o maior número possível tarefas – mas não as fazer bem.

Anotar seus pensamentos é crucial

Imagine: você está andando no supermercado quando, de repente, tem uma ideia nova e muito
boa. Na falta de algum lugar para escrevê-la, você confia que sua memória dará conta do
recado, mas depois de fazer suas compras e chegar em casa, percebe que as coisas já não
estão tão claras como antes. Parece familiar? Um dos segredos para administrar seu tempo é
ter sempre um caderno à mão. Afinal de contas, escrever seus pensamentos ajuda você a
guarda-los.

Que nossa memória nos prega peças já sabemos, mas você sabia que a forma como
escolhemos guardar as informações também mudam a efetividade das lembranças. Uma
pesquisa comprova que o ato de escrever manualmente faz com que fixemos melhor as
anotações feitas em nossa memória do que as digitarmos em um computador, por exemplo.

Anotamos as coisas porque gostamos de ter controle sobre nossa programação. Ainda, pelo
mesmo motivo, a vida moderna nos incube de outra ação: checar os e-mails frequentemente.
Bem, isso é uma grande perda de tempo.

Na verdade, ao contrário da crença popular, checar e-mails constantemente é improdutivo.


Nunca sabemos quando haverá algo novo, e essa imprevisibilidade é viciante – o que nos faz
atualizar várias vezes nossa caixa de entrada durante o dia, se tornando mais uma distração do
nosso foco.

Tente mudar essa atitude limitando-se a checar seu e-mail não mais que três vezes ao dia, o
que é suficiente para deixar sua caixa de entrada zerada e com e-mails em dia sem gastar
muito tempo e energia nessa atividade.

Reuniões são contraproducentes

Se você trabalha em um escritório, deve ter participado de inúmeras reuniões. E se você for um
bom observador, deve ter percebido que a maioria das reuniões é desnecessária, porque
ocupam muito tempo e geralmente tendem a ser menos objetivas. Reuniões são improdutivas e
só devem ser agendadas como último recurso.
Existem duas razões pelas quais as pessoas acham reuniões uma perda de tempo: Os
participantes da reunião tendem a perder muito tempo em questões insignificantes e os
extrovertidos geralmente dominam as reuniões, tornando os outros menos propensos a
participar. Como resultado, informações valiosas podem não ser compartilhadas durante essas
reuniões – que é o maior objetivo, em primeiro lugar.

Mas, ainda assim, é possível que você tenha que lidar com reuniões ao longo da vida. Por isso,
existem dicas que podem fazer com que você tire maior proveito desses momentos. Ao invés
de realizar reuniões com todos sentados em volta de uma mesa, experimente fazer uma
reunião com todos em pé. Pesquisadores da Universidade de Washington descobriram que
reuniões durante as quais os participantes resultam em melhor colaboração, menos apego a
ideias, níveis mais altos de envolvimento e resolução de problemas mais efetiva. Controlar o
tempo das reuniões também facilita a organização. Faça o possível para que suas reuniões
durem no máximo dez minutos.

Faça uso do princípio 80/20 para alcançar melhores resultados

Você conhece o princípio 80/20? Vilfredo Pareto, filósofo e economista italiano, descobriu que
20% das plantas de ervilha em seu jardim produziam 80% de seus vegetais saudáveis. Ele
usou essa observação para criar um princípio que pode ser aplicado em qualquer área da vida.

Por exemplo, aplicando a regra 80/20 em uma empresa, o chefe pode decidir que a maioria de
seus funcionários deve ser dispensada, pois eles são os de menor desempenho. A partir disso,
ele poderia concentrar sua energia nos 20% restantes, que já geram 80% de suas vendas,
dando-lhes recompensas e maiores níveis de suporte. O resultado final provavelmente será
uma melhoria geral nas vendas.

Maximize sua energia com uma boa rotina matinal diária

Muitas pessoas afirmam que uma boa rotina diária é o segredo de alcançar boas realizações.
Quando focamos nas primeiras atividades do dia, aumentamos nossa saúde, melhorando
nossa energia e bem-estar para o resto do dia.

Começar o dia com ações simples, como tomar um belo café da manhã e ingerir bastante
água, podem ser um grande diferencial na maneira como você lidará com o resto do dia. Ter
energia é fundamental. Sem ela, não somos produtivos, e o segredo é que a produtividade não
está na hora, mas em manter o foco e a energia.

Se você tem problemas em ser produtivo, a Técnica Pomodoro pode ser uma boa saída. Ela
consiste em reduzir distrações e aumentar a produtividade, por meio de controle de tempo.
Esse método envolve a configuração de um temporizador por 25 minutos, que deve ser o
tempo de sua dedicação total ao cumprimento de uma tarefa, e em seguida, uma pausa de
cinco minutos antes de repetir o ciclo de meia hora.

Com a ajuda de técnicas como essa, você pode alcançar os níveis de produtividade que
sempre desejou, sem transformar a atividade em algo maçante e cansativo – já que você pode
descansar entre os ciclos de foco.
Instainsights

· O tempo é seu maior patrimônio e deve ser gasto com sabedoria.

· Monitore seu tempo dividindo seu dia em minutos. 1.440 minutos são oportunidades para
colocar em dia diversas tarefas.

· Abandone as listas de coisas a fazer – essa é uma tentativa de organização que


provavelmente só faz com que você perca mais tempo.

· Supere a procrastinação antecipando como você agirá no futuro e aceitando que sempre
haverá mais a ser feito.

· Sempre haverá muito a ser feito. Foque em realizar suas prioridades de forma excepcional
mais do que em realizar tarefas em quantidades, mas de forma desleixada.

· Anote suas ideias no momento em que surgem.

· Cheque seu e-mail não mais que três vezes por dia.

· Reuniões são contraproducentes, evite-as ao máximo.

· Diga não à certas coisas para que possa dizer sim para as que importam.

· Aplique o princípio 80/20 na sua vida diária.

· Alavancar suas habilidades e delegar trabalho aumentará sua produtividade.

· Use temas diários. Tenha temas de trabalho para cada dia da semana e organize todas as
suas tarefas e projetos em torno desses temas.

· Se uma tarefa leva menos que cinco minutos, realize-a imediatamente.

· Seus primeiros momentos da manhã são muito importantes. Eles podem mudar a forma
como o resto do seu dia seguirá, então crie uma boa rotina matinal.

· Concentre-se na energia, não no tempo. Ao maximizar sua energia (por meio de sono,
dieta, exercícios e intervalos programados), você, por sua vez, maximizará seu tempo.

A REGRA DOS 5 SEGUNDOS

Mel Robbins

O que cinco segundos podem fazer pela sua vida? Surpreenda-se ao saber que esse pequeno
espaço de tempo pode ser a resposta para que você saia da sua rotina de estagnação e
procrastinação e comece a se tornar a pessoa que sempre quis ser – e hoje.
Cinco, quatro, três, dois, um

Quantas vezes seu despertador toca pela manhã e você, automaticamente, aperta o botão de
adiar para se manter na cama mais um pouco? Às vezes a nossa vida está tão sobrecarregada
com problemas, que tudo o que fazemos é isso: adiar. Adiamos nossos compromissos, nossas
resoluções, nossos trabalhos. E nos sentimos cada vez mais estagnados em um mesmo ponto,
sem conseguir abandoná-lo.

Mas você pode tentar fazer algo diferente. Assim fez Mel Robbins, a autora deste livro, quando
decidiu parar de adiar o despertador pela manhã, contando de cinco a um quando ele tocou e,
sem pensar duas vezes, levantando na hora certa. Parece um milagre, certo? Mas contar
“cinco, quatro, três, dois, um” silenciosamente para você mesmo pode distrair você de sua
ansiedade e redirecionar sua atenção para o que deve ser feito – e não para desejos de
satisfação apenas imediata.

Isso é chamado de regra dos cinco segundos e é usado para impedir a atuação de impulsos
prejudiciais. Ao fazer isso continuamente, você pode quebrar um ciclo negativo e criar novos e
melhores hábitos. Essa ferramenta é especialmente útil se você é o tipo de pessoa que fica
sentada esperando a inspiração chegar.

Muitas vezes nos dizem para ficar de olho nas oportunidades e levá-las quando elas
aparecerem. Mas o melhor conselho é afirmar o controle sobre seu próprio destino e criar
oportunidades para si mesmo. Às vezes, você só precisa de um empurrão.

Mudanças significativas não vêm necessariamente de grandes gestos

A contagem regressiva de cinco segundos não é uma mudança dramática no estilo de vida,
mas pode levar você a ser uma pessoa mais corajosa. A maioria de nós tem o instinto que diz
para nos mantermos sempre em lugares seguros, e, com isso, arriscar menos e não sermos
corajosos. Mas a regra dos cinco segundos pode nos dar tempo suficiente para nos abrir às
oportunidades da vida.

Por exemplo, Rosa Parks, uma mulher tímida e introvertida, recusou-se a levantar de seu
assento para que um homem branco tomasse seu lugar. Tomar essa atitude em meio à década
de 1950 foi um ato pequeno, mas que virou um momento histórico de grande coragem na luta
pelos direitos civis.

Quatro dias depois que Parks foi presa, as pessoas começaram a organizar um boicote de
ônibus segregados, e queriam que um pregador de 26 anos fosse a voz de seu protesto. Esse
pregador era Martin Luther King Jr, que escreveria mais tarde “Aconteceu tão depressa que
não tive tempo para pensar. É provável que, se eu tivesse, teria recusado a indicação”.

Parks e King não se consideravam pessoas corajosas em suas vidas cotidianas, então seus
instintos não lutavam contra a injustiça. No entanto, isso é o que eles fizeram. Ambos
encontraram um momento em que seus instintos colidiram com suas crenças e objetivos e
sentiram o poder do empurrão.
Cada dia apresenta uma chance de avançar para a grandeza ou manter uma rotina segura e
metódica. Se você quer viver uma vida excepcional, terá que aprender com os cinco segundos
a sair da sua zona de conforto.

A hora certa é o agora

Ninguém sonha em ser uma pessoa que não fez nada. Mas quantas vezes você não parou
para esperar “hora certa" para tomar alguma atitude? Mas não se sinta sozinho, mesmo os
mais talentosos entre nós precisam de um empurrão para seguir no caminho certo.

Steve Wozniak, co-fundador da Apple, foi atormentado pela incerteza depois que ele e Steve
Jobs receberam financiamento para iniciar seu próprio negócio em 1977. Wozniak queria adiar
por um tempo e se preocupava em deixar o emprego até que seus amigos o convenceram a
aceitar o emprego. Qual o resultado? Wozniak certamente recebeu as recompensas que o
mundo tem a oferecer àqueles que param de jogar o jogo da espera.

Se você quiser mudar a percepção que seus colegas de trabalho têm de você, tudo o que você
precisa fazer é levantar a mão durante uma reunião e falar o que pensa. Se você quiser
adicionar um pouco de alegria ao dia de alguém, tudo o que você precisa fazer é elogiá-lo.
Todos esses atos exigem que você tome uma decisão, algo que sempre pode adiar dizendo a
si mesmo que hoje não é o dia certo. Eventualmente, essa pode ser a história de sua vida,
sempre esperando o momento certo para chegar.

Então, por que não deixar esse momento ser o que você está esperando? Deixe a regra de
cinco segundos ser a ferramenta que permite fazer as escolhas que você sempre quis fazer.

Não baseie suas decisões em sentimentos, e sim em lógica orientada por objetivos

Ainda que muitas pessoas não gostem de esportes, não há quem não admire um atleta. A
capacidade de controle da mente e do corpo é, para muitos, inspiradora. Alguns atletas
profissionais parecem praticamente desumanos, mas sua capacidade de ultrapassar os limites
físicos da maioria das pessoas é determinada por um traço simples: apesar de se sentir
exaustão, um atleta tem a capacidade de ignorar esse sentimento e continuar a correr, nadar
ou pedalar.

Isso porque eles têm um entendimento diferente de sentimentos que a maioria de nós. Para os
atletas, sentimentos são apenas sugestões que, às vezes, devem ser ignorados, enquanto o
resto de nós toma decisões baseadas nos sentimentos.

O neurocientista Antonio Damasio tentou provar esse ponto de vista, com um estudo que
envolveu pessoas com danos cerebrais que não conseguiam sentir emoções. Mesmo que
pudessem listar os prós e contras de qualquer escolha, elas eram incapazes de tomar
decisões. Isso levou o neurocientista a acreditar que os seres humanos não são "máquinas
pensantes que sentem", mas sim "máquinas de sentimento que pensam".

Armado com essa compreensão de quanto domínio suas emoções têm sobre suas escolhas,
você pode colocar a regra de cinco segundos para funcionar. Em vez de deixar medos e
preocupações impedi-lo de realizar seus sonhos na vida, separe cinco segundos para tomar a
decisão que o aproxima de seu objetivo.

Evite a procrastinação:a melhor maneira de concluir uma tarefa é apenas começar

A procrastinação é pensada como o resultado da má administração do tempo e da falta de


força de vontade ou autodisciplina adequada. Mas agora é entendido que a procrastinação não
é apenas preguiça, mas também um efeito colateral de como lidamos com o estresse.

Ela é o resultado de nosso poderoso desejo subconsciente de gratificação instantânea. Como a


procrastinação oferece um alívio imediato, embora temporário, do estresse da vida, estamos
constantemente atraídos por ela.

Mas há uma diferença entre a procrastinação inocente e a procrastinação destrutiva. Quando


evitamos fazer as coisas, mesmo quando sabemos que sérios problemas virão, é uma
procrastinação destrutiva.

Para superar a tentação da procrastinação, use a regra dos cinco segundos. Que seja o seu
hábito novo e saudável. Você deve começar a regra dos cinco segundos no momento em que
começar a sentir o impulso de procrastinar ou fazer outra coisa. Quando você começar a usá-lo
para essa finalidade, começará imediatamente a melhorar seu locus de controle. Afinal, a
procrastinação é apenas outra maneira de abandonar o controle. Então, em vez disso, comece
a contagem regressiva e reafirme o controle sobre sua vida.

Em qualquer momento, é provável que haja mais coisas pelas quais ser agradecido do que
ficar preocupado

A vida é algo muito precioso para viver com medo e ansiedade, portanto, antes de se
arrepender de outro minuto, use a regra dos cinco segundos para assumir o controle e viver a
vida ao máximo.

Não há grande mistério sobre por que somos tão propensos a nos preocupar. Quando
crianças, a maioria de nós era constantemente ensinada a temer os obstáculos da vida. Como
resultado, nos tornamos adultos que passam muito tempo com preocupações de coisas que
estão além do nosso controle. E o fato é que provavelmente vamos nos arrepender de todo
esse tempo gasto em preocupações.

Preste atenção ao seu humor e, quando sentir que sua mente começa a se preocupar, separe
cinco segundos para fazer a contagem regressiva para que você possa reassumir o controle.
Assim que você chegar a “um”, pergunte a si mesmo: “Por que eu sou grato por este
momento?” e “O que eu quero lembrar no futuro?”.

Responder a essas perguntas ajudará a desviar o foco da preocupação para os aspectos mais
positivos da vida. Lembre-se de que existem partes verdadeiramente importantes e preciosas
da vida, portanto, use a regra dos cinco segundos para se lembrar do que importa.

Instainsights

· Cinco segundos são suficientes para fazer você tomar uma atitude.
· Pare de esperar pela hora certa e comece a perseguir seus sonhos agora.

· Você não pode controlar seus sentimentos, mas sempre pode controlar suas ações.

· Você precisa mudar seu comportamento antes de mudar o que sente em relação a si
mesmo.

· Não se arrependa do tempo gasto se preocupando; redirecione essas emoções e comece


a se sentir grato.

Neste livro, você aprendeu que

Seus hábitos, mentalidade e personalidade são flexíveis e sujeitos a mudanças. Depois de


perceber isso, sua vida pode começar a mudar para melhor. Para facilitar essa alteração, use a
regra de cinco segundos, uma ferramenta simples que pode ajudá-lo a ajustar suas reações
"padrão", contando a partir de cinco. Ao mudar a maneira como tomamos decisões, você pode
redefinir quem você é, como se sente e o que faz com sua vida.

333 PÁGINAS PARA TIRAR SEU PROJETO DO PAPEL

Daniel Larusso, Gabriel Gomes e Luciano Braga

Um livro que diz o que fazer, para você fazer o que quiser. Este não é um livro para você ler; é
um livro para você fazer. Dos empreendedores Gabriel Gomes, Daniel Larusso e Luciano
Braga nasceram 333 páginas para tirar seu projeto do papel, um livro que te mostra como
planejar e dar vida ao seu projeto, um pouco a cada dia, por meio de provocações,
questionamentos e desafios. Deixe para trás aquela sensação de “por onde eu começo”. Este
livro é para quem precisa ter uma idéia, abandonou um projeto antigo, precisa organizar os
pensamentos, precisa de inspiração e gás pra voltar ao projeto, precisa de disciplina ou quer
fazer algo diferente. Abra a gaveta. O que seu projeto deve potencializar em você? O que o
mundo precisa e ninguém está fazendo? Escreva todas as suas desculpas para fazer seu
projeto não acontecer.

Descobrindo quem você é

O que você faria de mais especial se tivesse a garantia de que daria certo? Como você faria do
mundo um lugar melhor? Se você tivesse, por um minuto, a atenção de todas as pessoas do
mundo, o que diria a elas?

O propósito serve para direcionar suas escolhas. Tudo que você for fazer deve estar de acordo
com ele. Para algumas pessoas, saber qual é o propósito não é uma tarefa simples, mas
alguns questionamentos podem ajudar.

O que você fazia quando criança que o deixava muito feliz? Ou o que você poderia fazer hoje
que o deixaria muito feliz quando criança? O que você acha que faz bem?
Para a resposta da ultima pergunta, o autor Daniel sugere que você pergunte para as pessoas
mais próximas, como seus pais e amigos. Pergunte sem medo, peça honestidade e aceite as
respostas. Coloque no papel todas as respostas.

Por quais projetos você está disposto a fazer sacrifícios? Se você for realmente apaixonado
pela causa vai conseguir enfrentar as frustrações, suas falhas e perdas. Para empreender é
preciso persistir e saber que os sacrifícios são necessários.

O que o mundo precisa e ninguém está fazendo? O que te incomoda no dia a dia? O que te
irrita? O que melhoraria a sua rotina? O autor Luciano Braga afirma que a indignação pode ser
uma boa motivadora.

Descobrindo o que o seu projeto pode ser

Uma pesquisa mostrou que um cérebro cheio de preocupações demora mais para fazer
conexões criativas, então anote seus medos e crie estratégias para enfrentá-los e superá-los.

Conte sobre seu projeto para o máximo de pessoas que puder. O autor Gabriel Gomes diz que
falar para os outros é dar forma ao que você mentaliza.

Quando falamos para os outros sobre nossos projetos, nós nos comprometemos e nos
responsabilizamos. Não tenha medo de que roubem sua ideia.

Registre a evolução do seu projeto dia a dia. Os autores sugerem que façam vídeos e
anotações como uma forma de autoterapia.

Quais são as motivações por trás de seu projeto? Por que as pessoas deveriam se importar
com ele? Quais são os projetos que você mais admira no mundo?

É importante ter referências e saber que o seu projeto pode ter um pouquinho de cada um dos
projetos que você mais admira.

Quais são as habilidades necessárias para tocar o seu projeto? Trabalhe com as habilidades
que você já tem. Não se preocupe com o que não tem, agora. Desenvolva essas habilidades
ao longo do tempo. Quem tem as habilidades que faltam? E se você chamar alguém para
trabalhar em parceria?

O autor Luciano Braga diz: Desejo e conhecimento não são nada sem ação. Conhecimento e
ação não são nada sem desejo. Ação e desejo não são nada sem um mínimo de
conhecimento. O que você pode fazer para aumentar seu desejo, conhecimento e sua ação?

Procure sua turma. Quais são as pessoas que você gostaria de ter por perto? Sabendo que
somos a média das cinco pessoas com quem mais convivemos, o autor Gabriel Gomes sugere
que chame essas pessoas para jantar ou um café. Seja cara de pau! Coloque no papel quais
são as pessoas que você gostaria de se aproximar e o que precisa fazer para que isso
aconteça.

Livre-se das distrações. Redes sociais, delete aplicativos e jogos, faça tudo que puder para
manter-se no caminho. Enquanto trabalha em seu projeto, mantenha o foco, procure ou crie o
melhor ambiente para isso.

De onde veio a sua idéia? O autor Gabriel Gomes diz para imaginar que fará uma palestra e
terá que contar a história de seu projeto, como tudo começou. Já o autor Luciano Braga diz que
o seu ponto de partida fala muito sobre o que é importante para você.

Tirando do Papel

Crie 50 nomes para seu projeto, selecione os cinco melhores, escolha um. Daniel Larusso diz:
Se você não achou o nome, escolha o “menos pior” e bola pra frente. Já o autor Gabriel Gomes
diz que da quantidade vem a qualidade.

Faça os primeiros esboços do seu logotipo. Desenhe o máximo de figuras que representem o
seu projeto ou o nome dele. Ter bastantes elementos te ajuda a escolher um ícone/elemento
mais único. Faça o seu cartão de visita!

Defina o que é sucesso. O autor Daniel Larusso diz que essa é uma chance para definir seus
próprios parâmetros. Não pense apenas nas outras pessoas, pense no que você quer alcançar.
O que é sucesso para você?

Qual é o seu maior desafio neste projeto? Quais são as possíveis soluções? O autor Daniel
Larusso diz que é comum a gente achar que temos que resolver tudo sozinhos. Pedir ajuda,
recorrer às soluções que já foram experimentadas ou distribuir os desafios é sempre um bom
caminho.

Escreva por 7 minutos sem tirar a caneta do papel, novas idéias sobre o seu projeto. O autor
Luciano Braga explica que essa dinâmica se chama Freefall Writing. Nela é proibido parar de
escrever. Acerte o cronômetro e só pare de escrever quando o tempo acabar. Sem pausas,
sem pensar no que vai escrever. Essa pressão vai obrigar seu cérebro a buscar ideias que
você não sabia que estavam guardadas.

Por que alguém investiria em seu projeto? Liste cinco argumentos. Você investiria nesse
projeto se não fosse seu?

Liste dez formas diferentes das pessoas conhecerem seu projeto. Expandir seus canais pode
te ajudar a alcançar novos públicos!

O que falta para seu projeto acontecer? Seja claro e objetivo, isso vai ajudar na hora de colocar
em prática. Liste as tarefas e organize por ordem de tempo que você gasta para realizá-la.
Inicie pelas tarefas que demandam menos tempo e faça todas as tarefas parecidas de uma vez
só. Se for escrever emails, faça tudo de uma vez. Tirar pequenas tarefas do caminho abre
espaço para próximas idéias.

Fazendo nascer

Liste as músicas que te fazem querer trabalhar em seu projeto! Toda vez que escutar essa
musica, seu cérebro vai entender que é hora de trabalhar!
O que você pode tirar da sua rotina para encaixar o seu projeto? Deixe somente o que for
essencial. O autor Gabriel Gomes diz: O tempo é o mesmo pra todo mundo. Pra entrar algo,
precisa sair algo.

Crie um ambiente de trabalho mais criativo para você. Como deve ser a iluminação, o som, o
horário, a mesa, a cadeira?

Se você trabalhasse em turno integral para seu projeto, como seriam seus dias? Desenhe a
rotina que te faria feliz.

O que você está fazendo para se aprimorar? O que você precisa aprender para tirar seu projeto
do papel? Como e onde você pode aprender isso? Quem pode te ajudar? O autor Gabriel
Gomes aconselha que leia mais sobre o que você precisa para avançar no seu projeto. O que
você aprende influencia a velocidade com que seu projeto pode ganhar vida.

Como outras pessoas poderiam trabalhar voluntariamente em seu projeto? Se seu projeto é
valioso pro mundo, ele pode ter voluntários. Tem gente querendo muito te ajudar e você nem
sabe. E muitas vezes elas nem querem ganhar dinheiro com isso. Querem apenas estar perto
de você, pois acreditam no seu projeto.

Mapeie os recursos que você já tem. Recurso é qualquer coisa que você possa usar para o que
você quer fazer. Nem sempre são óbvios, como dinheiro, por exemplo. Pode ser uma rede de
amigos, materiais técnicos, reputação, conhecimento, etc. É sempre bom você saber quais
ferramentas você tem disponível. Separe uma parte do dinheiro que você recebe todo mês
para seu projeto.

Relaxe e vá fazer outra coisa. Nos momentos em que estamos relaxados é que surgem as
boas idéias. O autor Luciano Braga diz que dar um trabalho “automático” para o cérebro o
libera de responsabilidade, deixando-o livre para imaginar, ter insights.

Desenhe a página inicial do seu projeto, escolha o domínio e crie perfis nas redes sociais.

Analise o que você não está gostando de fazer pelo seu projeto e veja como você pode fazer
para essa tarefa ficar mais interessante. O autor Gabriel Gomes diz que muitas vezes o que
não gostamos de fazer outras pessoas não se importariam. Será que você consegue trazer
alguém para perto para te ajudar nessas demandas?

O que você faria hoje se tivesse que lançar seu projeto amanhã? Seja menos exigente e liste
tudo que você pode deixar para depois.

Ajuste os últimos detalhes. Você vai tirar seu projeto do papel em breve. O que ainda está
faltando? Deixe tudo prontinho. Conceito, dinheiro, parceiros, site, Identidade visual, post no
Facebook. Aqueça sua rede! Os autores aconselham a preparar um texto ou fazer um vídeo.
Conte aos seus amigos que seu projeto está prestes a sair do papel!

Tire seu projeto do papel! O autor Luciano Braga diz que esse é o momento de falar sobre suas
motivações e seus objetivos, postar nas redes sociais! Quando as pessoas entendem sua
causa se engajam mais em seu projeto.

Celebrando, aprendendo e corrigindo

Liste tudo que você fez, conquistou e aprendeu com seu projeto. Os autores afirmam que é
muito importante reconhecer o caminho que foi percorrido.

Colete histórias de quem usou, interagiu e foi beneficiado pelo seu projeto. Use essas
inspirações para melhorar e use estas histórias a seu favor!

De todas as histórias que você coletou, quais geraram ideias de melhorias? Quais ideias são
prioridades para a próxima fase do seu projeto? O autor Luciano Braga aconselha a ouvir sua
intuição. Se uma pessoa fez uma crítica negativa e sua intuição diz pra continuar com o que
você acredita, siga em frente!

Agradeça as pessoas que te ajudaram a alcançar seus objetivos. É muito importante valorizar
quem te deu força para seguir. Reconhecê-las também fará com que elas continuem te
ajudando.

O que você aprendeu que não deve fazer? Muitas vezes saber o que não fazer é mais
importante do que saber o que fazer.

Compartilhe na rede o que mais te dá orgulho sobre o seu projeto. Daniel Larusso aconselha a
compartilhar sua felicidade com as pessoas, deixar que as pessoas curtam suas conquistas
também.

Abra a gaveta. Comece de novo!

Instainsights

· É muito importante saber qual é seu propósito, e se não sabe é importante pensar sobre
isso.

· O propósito serve para direcionar as suas escolhas.

· Um projeto sempre exigirá sacrifícios, por isso é preciso ser apaixonado pela causa.

· Quando falamos para os outros sobre nossos projetos, nos comprometemos publicamente.

· Otimize seu tempo, tenha calendário e agenda. Prepare seu ambiente para que seu
trabalho flua melhor.

· Use as redes sociais ao seu favor, para lançar, divulgar se trabalho, mas tome cuidado
para perder tempo com a procrastinação.

· Seja grato. Reconheça toda ajuda que receber.

· Tenha orgulho do caminho percorrido, aprenda com os erros.


Neste livro, você aprendeu que

O livro mostra que para tirar seu projeto do papel, antes é preciso colocá-lo no papel.
Questionamentos simples nos inspiram a desenvolver projetos alinhados aos nossos
propósitos. Com uma boa dose de organização, foco e persistência, alinhados a boas parcerias
podemos tornar o mundo um lugar melhor com nosso trabalho. Para tirar um projeto do papel,
conhecimento e desejo não são suficientes. É preciso agir, sair da zona de conforto, ter
coragem e ir em frente.

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