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A Filosofia do Sucesso.

Se você pensa que é um derrotado, você será derrotado.


Se não pensar “quero a qualquer custo!” Não conseguirá nada.
Mesmo que você queira vencer, mas pensa que não vai
conseguir, a vitória não sorrirá para você.

Se você fizer as coisas pela metade, você será fracassado.


Nós descobrimos neste mundo que o sucesso começa pela
intenção da gente e tudo se determina pelo nosso espírito.

Se você pensa que é um malogrado, você se torna como tal.


Se almeja atingir uma posição mais elevada, deve, antes de
obter a vitória, dotar-se da convicção de que conseguirá
infalivelmente.

A luta pela vida nem sempre é vantajosa aos fortes nem aos
espertos. Mais cedo ou mais tarde, quem cativa a vitória é
aquele que crê plenamente “Eu” conseguirei!

(Napoleon Hill)

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INDICE.

 17 Leis do Triunfo de Napoleon Hill para


realização pessoal.
 Não basta saber. É preciso saber fazer”- (Gilmar Bertelli).

 Confira com atenção as 17 leis do


triunfo e faça a aplicação de cada uma
em sua vida.

 Lei 1: Definição de propósito


 Lei 2: Aliança de mentes (Master Mind)
 Lei 3: Confiança em si mesmo
 Lei 4: Hábito de economizar
 Lei 5: Iniciativa e liderança.
 Lei 6: Uso adequado da mente.
 Lei 7: Ter entusiasmo.
 Lei 8: Autocontrole.
 Lei 9: Hábito de fazer mais que o combinado.
 Lei 10: Personalidade agradável.
 Lei 11: Pensar com segurança.
 Lei 12: Concentração e foco na coisa certa.
 Lei 13: Conseguir cooperação.
 Lei 14: Tirar proveito do fracasso.
 Lei 15: Ser tolerante.
 Lei 16: Regra de ouro.
 Lei 17: A força cósmica do hábito.

 Ferramentas da PNL, Descubra o Que


elas Podem Fazer Por Você.
 Conceito de PNL.
 A PNL e a saúde mental.

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 Ferramentas de PNL para aplicar no dia
a dia.
 Dissociação.
 Ancoragem.
 Rapport.
 Mudança de crença.
 Reframe.
 Modalidades e Submodalidades.
 Geração de novos comportamentos.
 Cura de fobias.
 Ponte para o futuro.
 Ressignificação.
 Metáfora.

 Como Aplicar as Ferramentas da PNL


em sua Vida.

 10 Princípios psicológicos para


desenvolver sua inteligência emocional.
 O que é a inteligência emocional?

 Dicas sobre como desenvolver a inteligência emocional.

 1. Observe e analise seu próprio comportamento.


 2. Domine suas emoções.
 3. Aprenda a trabalhar as emoções negativas.
 4. Aumente a sua autoconfiança.
 5. Aprenda a lidar com a pressão.
 6. Não tenha medo de se expressar.

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 7. Desenvolva o sentimento de empatia.
 8. Coloque em prática a resiliência.
 9. Formule uma “resposta” em vez de “reagir”.
 10. Conheça os seus limites.

 Quais são os benefícios do desenvolvimento pessoal por


meio da IE?
 Uso do pensamento e do raciocínio.
 Compreensão das emoções.
 Controle das emoções próprias e alheias.
 Autoconhecimento.

 Hipnoterapia.
 O que é e como fazer auto-hipnose?
 Qual é o objetivo da hipnose?
 Qual a relação entre hipnose e ciência?
 O que é auto-hipnose?
 Como funciona a auto-hipnose?

 A técnica da auto-hipnose.
 1. Preparação.
 2. Relaxamento.
 3. Finalização.

 Quem pode ser hipnotizado?


 Como a pessoa fica quando está hipnotizada?
 A suscetibilidade hipnótica.
 É possível treinar o cérebro para ser hipnotizado?
 Hipnose requer uma mudança de atitude!
 Foco no objetivo!
 Como se preparar para a auto-hipnose?

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 Outras dicas que também são importantes:
 A sugestão hipnótica.
 Quais são as vantagens da auto-hipnose?
 A auto-hipnose para melhorar a concentração.
 A auto-hipnose para melhorar a memória.
 A hipnose como auxílio do tratamento da dor.
 Outras vantagens da auto-hipnose.
 A perspectiva sociocognitiva da auto-hipnose.
 Concentre-se na meta.
 Não duvide de seu engajamento.

 Como fazer auto-hipnose com base na perspectiva


sociocognitiva?

 Conheça o CSTP.
 Exercício dos livros e balões.
 Mas, o que uma pessoa pode fazer para melhorar a sua
resposta a esse tipo de exercício ideomotor em auto-
hipnose? 
 A ideia do CSTP não é apenas essa!

 Exercício das mãos magnéticas.


 Finja até que aconteça.
 Outros exemplos.
 O seu cérebro aprende observando.
 BÔNUS: Sugestões pós-hipnóticas.
 Referências bibliográficas.

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17 Leis do Triunfo de Napoleon Hill para
realização pessoal.
Não basta saber. É preciso saber fazer”- (Gilmar Bertelli).

É com esta frase poderosa que inicio nossa jornada do saber,


dizendo que conhecimento é um passo importante para se
conseguir atingir os objetivos e alcançar o sucesso, mas é
irrelevante pensar que apenas saber, ou seja, apenas ter
conhecimento não te levará ao topo.

O principal fator de sucesso é o saber fazer, ou seja, ter habilidade


e atitude para realmente colocar em prática tudo que adquiriu do
conhecimento.

Segundo a fórmula CHA (conhecimento, habilidades e atitudes) o


fator conhecimento corresponde em 15% no sucesso das pessoas
ao passo que habilidades e atitudes, correspondem a 85% para que
as pessoas alcancem seus objetivos.

Os maiores líderes que o mundo já teve e tem são pessoas fora de


série, ou segundo Napoleon Hill, Master Minds, que traduzindo
significa Mente de Mestre, Mente Superior, Visão Superior,
Cobertura Celeste. É também conhecido como o termo outlier ou
pessoas fora de série.

O princípio de Master Mind foi trabalhado e aprimorado por


Napoleon Hill e seu mentor, o multi-milionário do aço americano Sr.
Andrew Carnegie, que lhe propôs realizar uma pesquisa sobre
como as pessoas altamente eficazes e de sucesso atingiam o topo,
tendo que trabalhar uma pesquisa que teria como base dois pilares
de análise essenciais: como vencer a si mesmo e depois vencer as
dificuldades interpostas no seu caminho.

Napoleon Hill, durante vinte anos de sua vida se dedicou a


pesquisar mais de 16.000 mil empresários e líderes mundiais de
sua época. Posteriormente, foi filtrando e aprofundando o universo
de pesquisa para 5.000 empresários e depois acompanhou os 500
detentores das maiores fortunas mundiais, que dentre esses nomes
constavam: John D. Rockefeller, Thomas Edison, Alexander

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Graham Bell, Henry Ford, Elmer Gates, Theodore Roosevelt,
William Jennings Bryan, George Eastman, dentre outros.

Ao final de seus estudos, após 20 anos, Hill publicou a obra “A Lei


do Triunfo”, onde listou 17 leis que ao ser estudadas atentamente e
colocadas em prática, fazem qualquer pessoa triunfar.

Em suma, se você ou qualquer pessoa deseja atingir o sucesso, um


passo chave é se dedicar a estudar estas 17 Leis do Triunfo ou Leis
do Êxito citadas abaixo, tendo atitude e implementando o conceito
de ser Master Mind.

“Tudo o que a mente humana pode conceber, ela pode


conquistar”-(Napoleon Hill). 

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Confira com atenção as 17 leis do triunfo e
faça a aplicação de cada uma em sua vida.
Lei 1: Definição de propósito.

Definição de objetivo é o ponto de partida de toda a realização. Sem


um propósito e um plano, as pessoas derivam sem rumo pela vida.

Lei 2: Aliança de mentes (Master Mind).

O princípio Mastermind consiste de uma aliança de duas ou mais


mentes trabalhando em perfeita harmonia para a realização de um
objetivo definido comum. O sucesso não vem sem a cooperação de
outros.

Lei 3: Confiança em si mesmo.

A fé é um estado de espírito através do qual seus objetivos,


desejos, planos e propósitos pode ser traduzido em seu equivalente
físico ou financeiro.

Lei 4: Hábito de economizar.

Ter controle sobre seus gastos, tendo sempre dinheiro para novos


investimentos sem correr grandes riscos é um dos pontos cruciais
para os que desejam triunfar na vida.

Lei 5: Iniciativa e liderança.

A iniciativa privada é o poder que inspira a conclusão de que a


pessoa começa. É o poder que começa toda a ação. Nenhuma
pessoa é livre até que ele aprende a fazer o seu próprio
pensamento e ganha a coragem de agir por conta própria.

Lei 6: Uso adequado da mente.

Atitude mental positiva é a atitude mental correta em todas as


circunstâncias. Sucesso atrai mais sucesso e usar a mente a seu
favor é um dos pontos culminantes para atingir o sucesso. Lembre-
se, o poder do pensamento é extraordinário, basta saber usá-lo a
seu favor para atingir o sucesso.

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Lei 7: Ter entusiasmo.

O entusiasmo é fé em ação. É a emoção intensa conhecida como


desejo ardente. Ela vem de dentro, embora irradia exteriormente na
expressão de sua voz e rosto.

Lei 8: Autocontrole.

Autodisciplina começa com o domínio do pensamento. Se você não


controlar os seus pensamentos, você não pode controlar suas
necessidades. Autocontrole exige um equilíbrio das emoções de
seu coração com a faculdade de raciocínio de sua cabeça.

Lei 9: Hábito de fazer mais que o combinado.

Fazer mais que o combinado é realizar as tarefas sempre com algo


a mais sem esperar algo em troca. Se você é pago para fazer um
serviço e vai além, fazendo mais que o combinado, o Universo irá
conspirar ao seu favor junto com a Lei de Compensação. Ou seja,
você só tem a ganhar!

Lei 10: Personalidade agradável.

Personalidade é a soma total dos próprios traços e hábitos que


diferenciam uma de todas as outras mentes, sejam elas espirituais
e físicas. É o fator que determina se uma pessoa é amada ou não
pelos outros. Ser uma pessoa na qual as outras te querem ter por
perto é atingir a excelência desta Lei do Triunfo.

Lei 11: Pensar com segurança.

Pensar com segurança é ter de fato evidências sólidas para que se


possa distinguir fatos de meras informações. O objetivo é raciocinar
dedutivamente, apenas com base em evidências e que sejam úteis
de alguma maneira.

Lei 12: Concentração e foco na coisa certa.

Atenção controlada leva a maestria em qualquer tipo de esforço


humano, porque ela permite concentrar os poderes de sua mente
para a realização de um objetivo definido, bem como mantê-lo

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focado de modo a canalizar suas energias para concluir seus
objetivos e vontades.

Lei 13: Conseguir cooperação.

Trabalho em equipe é uma cooperação harmoniosa, disposta,


voluntária e gratuita. Sempre que o espírito de trabalho em equipe é
a influência dominante na empresa ou na vida, o sucesso é
inevitável. Cooperação harmoniosa é um ativo de valor inestimável
que você pode adquirir em proporção à sua doação e ajuda que
cede às outras pessoas.

Lei 14: Tirar proveito do fracasso.

O sucesso individual está geralmente presente na exata proporção


do âmbito de o indivíduo saber tirar proveito de seu fracasso. Muitos
dos chamados fracassos representam apenas uma derrota
temporária que pode vir a ser uma bênção disfarçada.

Lei 15: Ser tolerante.

Desapegue de querer controlar tudo e todos. Ser tolerante significa


ter paciência para aceitar o próximo como ele é e agir com maestria
para ir acertando e errando até chegar ao ponto que se deseja.

Lei 16: Regra de ouro.

A regra de ouro significa, segundo Napoleon Hill, é fazer aos outros


apenas aquilo que desejamos que os outros nos fizessem, se
estivessem em nossa situação.

Lei 17: A força cósmica do hábito.

Desenvolver e estabelecer hábitos positivos leva a paz de espírito,


a saúde e a segurança financeira. Você está onde está por causa
de seus hábitos estabelecidos e pensamentos e ações.

Agora que você já conheceu uma ferramenta para atingir seu pleno
potencial e se tornar um Master Mind, que tal tornar aqueles 15%
de conhecimento, aliado dos outros 85% de habilidades e atitudes e
unir as pontas para ser o líder e a pessoa 100% Master Mind?

Lembre-se, só depende de você!

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Ferramentas da PNL, Descubra o Que elas
Podem Fazer Por Você.

Conceito de PNL.
A Programação Neurolinguística (PNL) estuda a estrutura do
inconsciente para compreender o comportamento das pessoas. A
pessoa com esse entendimento pode reprogramar sua mente para
adotar novos comportamentos para alcançar mais resultados.

E alterando os padrões de comportamentos, fica mais fácil de se


livrar de fobias, vícios, hábitos e comportamentos ruins, aumentar a
autoestima e a segurança e diminuir o estresse e a ansiedade.

Com a PNL, é possível gerenciar seu próprio estado emocional,


seus comportamentos e suas crenças e manter o equilíbrio
emocional, o foco e a energia diante de qualquer adversidade.

A PNL e a saúde mental.

As pessoas que não têm a mente saudável se sentem mais


limitadas, enfraquecidas, inseguras e costumam ter problemas de
saúde causados por ansiedade, estresse e, até mesmo, depressão.
Além disso, elas costumam ter uma visão mais negativa sobre a
vida.

As técnicas e ferramentas de PNL podem ajudar qualquer pessoa a


controlar sua mente para que ela permaneça em um estado mais
positivo e sem bloqueios emocionais.

A seguir, citaremos algumas das principais ferramentas da PNL que


podem ajudar qualquer um a mudar padrões de pensamentos e
comportamentos, dando uma visão mais positiva da vida.

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Ferramentas de PNL para aplicar no dia a
dia.

Dissociação.

Em alguns momentos, acabamos reagindo sem pensar, deixando


os sentimentos ruins dominarem. Por exemplo, se estamos no
trânsito e levamos uma fechada repentina do carro da frente,
naturalmente, nossa reação será a de ficar bravo com a pessoa da
frente. Mas este sentimento negativo é momentâneo e passa após
o ocorrido. Sentimentos assim não devem durar nem interferir em
nossa vida, mas, se você costuma ficar irritado com facilidade e,
aparentemente, sem motivo, você pode aplicar a Dissociação, pois
ela visa neutralizar emoções negativas.

Como fazer:

1. Identifique qual sentimento você não quer mais ter e pense em


uma situação na qual você tenha sentido isso.

2. Imagine essa situação como um observador, como se você


estivesse assistindo a um filme.

3. Visualize esse filme de trás para frente e adicione a ele uma


música divertida.

4. Imagine a mesma cena acontecendo com você agora e observe


seus sentimentos. Se você não tiver sentido a mesma emoção
negativa, você conseguiu reprogramar sua mente. Se ainda tiver
sentido, refaça os passos anteriores.

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Ancoragem.

Consiste em criar um gatilho capaz de trazer à tona emoções


positivas, sempre que necessário. Certamente, você já deve ter se
lembrado de alguém ao sentir um certo perfume ou ao escutar uma
determinada música, ou você já deve ter tido lembranças da
infância assistindo a um certo filme. Estes são alguns exemplos de
âncoras criadas naturalmente, que se formaram com experiências
vividas e vínculos emocionais. Mas uma âncora também pode ser
criada de forma artificial, através da vontade consciente. E é
exatamente isso que essa a Ancoragem é capaz de fazer. Através
de um gatilho, qualquer pessoa pode reviver as emoções positivas
sentidas em algum momento. Esse gatilho pode ser um estímulo
visual, auditivo, gustativo, olfativo ou sinestésico. Veja a seguir
como fazer Ancoragem usando um estímulo sinestésico.

Como fazer:

1. Imagine o sentimento que quer ter e visualize uma situação


passada que te fez sentir assim. Visualize-a em detalhes até que
você sinta a mesma emoção novamente.

2. Sinta em você toda a energia positiva daquele momento. Assim


que você estiver no estado desejado, encoste a ponta do seu dedo
indicador no seu polegar da mesma mão e vivencie ainda mais
profundamente toda a emoção.

3. Solte os dedos e pense em alguma ação que você faz no


automático todos os dias e que não te faz sentir nenhuma emoção.

4. Ative sua âncora novamente, repetindo o mesmo toque com os


dedos. Se você conseguir atingir o mesmo estado positivo, sua
âncora terá sido criada com sucesso. Se você ainda não tiver
conseguido, repita os procedimentos anteriores.

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Rapport.

Esta ferramenta permite que uma pessoa tenha uma conexão forte
com outra, mesmo que tenham acabado de se conhecer. Ela é
muito usada em vendas, para aumentar a confiança do cliente e
fazer com que ele se sinta compreendido pelo vendedor e, assim,
estreitar o vínculo entre ambos.

Como fazer:

1. Observe a posição dos braços e das pernas da pessoa com


quem você está se comunicando e procure ficar em uma posição
parecida.

2. Procure acompanhar o ritmo da respiração da outra pessoa e


deixar o seu parecido. Isso pode gerar em você uma emoção
parecida com a que a pessoa está sentindo, ficando mais fácil de se
colocar no lugar dela.

3. Use palavras parecidas com as que a outra pessoa está usando.

Mudança de crença.

Todos nós temos crenças que formam nossa perspectiva sobre a


vida e que influenciam diretamente nas experiências que teremos.
Mas algumas dessas crenças podem nos limitar. Por exemplo,
aquela pessoa que teve uma experiência ruim em um
relacionamento passado e que agora acredita que todas as pessoas
do mesmo sexo são iguais e, que, por isso, ela não conseguirá ter
um bom relacionamento com elas novamente. Essa crença a limita,
pois ela acaba pensando que não terá mais um bom
relacionamento com pessoas do mesmo sexo da pessoa do
relacionamento anterior. E são justamente essas crenças limitantes
que a Mudança de crença visa desconstruir.

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Como fazer:

1. Pense em sua crença limitante e o que a causou.

2. Destaque mais os momentos positivos do que os negativos. Liste


todas as vantagens e todo o impacto positivo que a situação
provocou em você. Por exemplo, no caso do relacionamento ruim
citado, a pessoa deverá listar todo o lado positivo que a relação
teve e toda a mudança positiva que isso causou nela mesma.

3. Afirme para você mesmo, por várias vezes seguidas, o oposto de


sua crença limitante.

Reframe.

Esta é uma das ferramentas mais simples de PNL e tem como


objetivo dar um outro significado à uma situação ruim. Para isso,
basta enxergar o lado positivo de uma adversidade. Por exemplo,
uma pessoa acabou de perder o emprego. Nem tudo é ruim nessa
situação. Agora ela pode tirar um tempo para cuidar dela mesma,
para dar mais atenção à sua família, para praticar seus hobbies e,
ainda, pode ser uma chance para ela encontrar um emprego ainda
melhor. Procure praticar o Reframe diante de qualquer adversidade,
das menores às maiores. Lembre-se de que todo momento ruim
tem sempre um lado positivo.

Modalidades e Submodalidades.

Fazem referência a todos os sentidos que constituem o nosso


pensamento. Ou seja, a modalidade diz respeito aos nossos cinco
sentidos (visão, paladar, olfato, tato e audição). Já as
submodalidades fazem menção a tudo que se refere a esses
sentidos.

O fato é que as pessoas possuem vivências e passam por


experiências diferentes ao longo da vida. A forma como se lembram
de tudo que aconteceu varia bastante de indivíduo para indivíduo.

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A PNL faz uma mescla das modalidades e das submodalidades
para que a pessoa entenda todas as suas emoções e sentimentos,
para somente assim estabelecer seus objetivos.

Geração de novos comportamentos.

Essa técnica da PNL permite que a pessoa consiga aprimorar seus


comportamentos, de forma a alcançar seus objetivos. Com o auxílio
da sua imaginação, o indivíduo estabelece como gostaria de agir
frente a uma situação.

Além disso, ele ainda consegue avaliar se estava agindo da forma


correta e, de brinde, consegue encontrar soluções para deixá-lo
com o comportamento mais condizente com suas crenças e
objetivos.

Cura de fobias.

A sensação de medo é algo presente em qualquer ser humano. A


grande questão é quando o medo se transforma em fobia,
desencadeando uma série de distúrbios emocionais.

Essa técnica da PNL consiste em focar na mente da pessoa que


sofre de vários tipos de fobias, inclusive fobias sociais. Primeiro, ela
identifica a origem do problema e suas causas. Depois, o elimina
por completo da sua mente.

Ponte para o futuro.

Trata-se de condicionar a mente da pessoa para enfrentar as


mudanças que estão vindo pela frente. Essa técnica faz uma ponte
que liga o estado mental presente ao estado que a pessoa deseja.
Durante o processo, a pessoa pode “visualizar” toda a sua evolução
até atingir o seu objetivo.

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Nessa transição, o indivíduo acaba sentindo todas as emoções
positivas, o que gera muito mais motivação para se alcançar, de
fato, as mudanças necessárias em sua vida.

Ressignificação.

Essa técnica tem a função de fazer com que a pessoa “enxergue”


sempre o lado positivo de qualquer situação, mesmo que adversa.
Na ressignificação, todos os pensamentos negativos, bem como
aquela sensação de fracasso, são eliminados por completo.

Bastante usado pela PNL, a ressignificação faz com que a pessoa


dê mais ênfase para o lado positivo de cada momento ao invés do
contrário. Afinal, tudo na vida tem o seu lado bom, certo?

Metáfora.

Uma das vantagens da PNL é a isenção total de julgamentos,


independentemente da situação. Mas muitas vezes, a pessoa faz
escolhas que a podem prejudicar no futuro.

Por isso, a Metáfora faz uma sugestão de escolha que seja mais
viável para a pessoa naquele determinado momento. Ela mostra
alternativas antes não percebidas pelo indivíduo, para que ele
resolva o seu problema de vez.

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Como Aplicar as Ferramentas da PNL em
sua Vida.
As Ferramentas da PNL Ajudam você na identificação de seu
direcionamento motivacional. Se é fuga da dor (reativo) ou busca
do prazer (proativo/Impulsivo) e com isso, possibilita que você tome
consciência de seu direcionamento e busque modificá-lo através
da PNL;

Identificar seus canais sensoriais preferenciais de operação.


Todas as pessoas usam seu aparato sensorial (Ver, Ouvir, Sentir)
para aprender e para se comportar. Este aprendizado é
inconsciente. Assim, ao tomar consciência dele, você pode assumir
o controle de suas ações e reações, melhorando suas atitudes nos
diversos contextos de sua vida;

Identificar e reconfigurar a sua linha do tempo. Da mesma


maneira que operamos no mundo através de nossas experiências
(memórias), estas memórias são organizadas no tempo de uma
maneira impactante em nossa vida. Ao aprender sobre isso, você
consegue, por exemplo, melhorar sua assertividade, pontualidade e
eficiência;

Planejar melhor o seu futuro. A capacidade de planejar o futuro


depende, diretamente do instrumental da PNL que mencionei
acima. Um dos procedimentos da PNL útil neste processo é
a Ponte ao Futuro, associada ao B. F. O. (Boa Formulação de
Objetivos);

Fazer o seu Equilíbrio Emocional. A proposta da PNL não é curar


nada. A PNL tem como premissa o modelo AAS – Aceitação do
problema, por exemplo, falta de equilíbrio emocional, Análise do
Problema, que é identificar o que gera este desequilíbrio e em que
contextos isso é mais frequente e, somente então, Solucionar o
problema.

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10 Princípios psicológicos para desenvolver
sua inteligência emocional.

Inteligência emocional é um conceito da psicologia que


caracteriza o indivíduo que é capaz de identificar seus
sentimentos e suas emoções com mais facilidade.

Para que alguém seja bem-sucedido acadêmica


e profissionalmente, faz-se necessária uma boa dose de dedicação,
esforço e disciplina — disso, a maioria das pessoas sabe. O que
muitos ignoram é o fato de que desenvolver inteligência emocional
(IE) auxilia não só nesses processos intelectuais, mas em todos os
âmbitos da vida.

Saber como agir em momentos de dificuldade e melhorar os


relacionamentos interpessoais depende de como os pensamentos,
os sentimentos e as atitudes são gerenciados.

Essa é uma habilidade que pode ser desenvolvida ao longo de


nossa existência.
Contudo, para que a inteligência emocional seja desenvolvida, é
preciso adquirir conhecimentos específicos sobre si e os outros
à sua volta.

Por isso, trouxemos para você algumas dicas de como


desenvolver inteligência emocional para alcançar o equilíbrio entre
a razão e a emoção, mantendo as relações mais saudáveis e
crescendo como pessoa. Acompanhe!

O que é a inteligência emocional?

Como foi dito, “Inteligência emocional é um conceito da Psicologia


que caracteriza o indivíduo capaz de identificar seus sentimentos e
suas emoções com mais facilidade.”

O termo foi difundido com mais ênfase pelo psicólogo norte-


americano Daniel Goleman, autor do livro homônimo.

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É possível lidar com as pessoas e suas emoções, assim como
compreender os próprios sentimentos, por meio do
desenvolvimento de habilidades.

Diferentemente do quociente de inteligência (QI), a inteligência


emocional não trata de conhecimentos de cunho intelectual,
científico ou acadêmico, mas de saber reconhecer e lidar com
sentimentos e emoções, visando ao desenvolvimento pessoal e
profissional.

Essa habilidade, quando bem trabalhada, favorece o bom


relacionamento entre as pessoas, permitindo um maior
entendimento nas relações pessoais, e a melhor interação (e
comunicação) no trabalho. Portanto, há vantagens nos dois setores.

Além disso, a IE influencia, de forma positiva, a saúde física e


mental. Ela previne transtornos psicológicos,
como ansiedade e depressão, bem como distúrbios
psicossomáticos.

A ciência já comprovou que doenças cardíacas, câncer e diabetes,


entre outras, têm relação com sentimentos não
trabalhados corretamente pelo paciente.
Outro exemplo é o herpes labial, cujo surgimento é comum em
algumas pessoas que passam por momentos de estresse.

Indivíduos que conseguem desenvolver inteligência emocional são


cada vez mais valorizados. Isso porque reconhecer suas próprias
limitações e trabalhar para ser indulgente com as falhas dos outros
são capacidades acessíveis apenas àqueles que estão em
permanente estado de vigilância na busca pela excelência.

Dicas sobre como desenvolver a inteligência emocional.

No trabalho, na escola, na faculdade, em casa ou em qualquer


ambiente, é preciso lidar frequentemente com as pessoas, suas
culturas, suas formas de pensar, suas atitudes etc. Além disso,
precisamos gerenciar a nós mesmos e às cobranças internas ou
externas.

24
A inteligência emocional pode ser desenvolvida em todas essas
situações, ou seja, nas diferentes áreas da nossa vida.

No entanto, para descobrir como fazer isso, é preciso tomar


consciência de si e vigiar-se para lidar com as adversidades da
melhor maneira possível.

Abaixo, listamos algumas técnicas que podem ajudar a desenvolver


a IE. Confere com a gente!

1. Observe e analise seu próprio comportamento.

Para explorar seu próprio comportamento, é necessário avaliar-se


duplamente: em alguns momentos, a observação deve ocorrer
quando as situações se colocarem diante de você,
independentemente de serem boas ou ruins.

Observe quais são as reações da mente e do corpo, além das


sensações e dos pensamentos que foram instigados.

Em um segundo momento, a análise deve ocorrer após a chegada


dos sentimentos (sejam eles positivos, sejam eles negativos). Pode-
se tentar descobrir o que desencadeou tais reações físicas e
mentais.

A IE está na avaliação das atitudes e das sensações e no


entendimento de como elas impactam o cotidiano e as relações.
Isso proporciona uma mudança quando há a percepção de que os
resultados foram negativos.

2. Domine suas emoções.

Existem pessoas com o comportamento enérgico e outras que são


mais tranquilas. Entretanto, ninguém está livre de cometer atos
precipitados, no calor do momento.

Agir sem pensar é natural do ser humano, pois, desde os tempos


primórdios, isso serve como forma de defesa, sendo que tal forma
de reação está gravada em nosso subconsciente.

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O cérebro humano precisa se adaptar à sua nova realidade
evolutiva e reconhecer que atitudes impetuosas podem gerar
desconforto nas relações (ou pior: consequências difíceis de serem
contornadas).

A impulsividade não é uma boa aliada na maioria das


situações.

Portanto, o ideal é dominar os impulsos e as emoções antes de


tomar decisões ou dizer alguma coisa. Tente recobrar a calma e a
razão em vez de simplesmente deixar o instinto atuar. Alguns
exercícios podem ajudar nesse processo:

 respiração;
 meditação;
 caminhada;
 corrida;
 pilates;
 prática regular de atividades físicas no geral.
Manter o autocontrole é uma virtude que garante a contenção de
excessos. Todavia, é importante lembrar que o objetivo deve ser o
equilíbrio: não a supressão das emoções, mas sim o controle delas.

3. Aprenda a trabalhar as emoções negativas.

Para que o bem-estar próprio seja garantido, é necessário manter


as emoções que nos afligem sob controle. Afinal, o fato de lidarmos
com emoções negativas é um mal inevitável.
Quando elas nos acometem de forma intensa e permanecem em
nosso interior por um longo tempo, acabam com nossa estabilidade.

A Inteligência Emocional é uma ferramenta poderosa, que nos


apresenta um ponto de vista mais equilibrado sobre a vida,
proporcionando uma autorregulação dos nossos sentimentos. Não
temos apenas bons momentos e bons sentimentos.
Quando as emoções negativas (raiva, medo, insegurança e tristeza,
por exemplo) aparecem, é preciso dominá-las e não permitir que
elas nos controlem. Nesse ponto, se houver dificuldades, a
intervenção de um profissional especializado poderá ajudar.

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4. Aumente a sua autoconfiança.

Saber o que deseja, definir até onde se quer chegar e alcançar seus
objetivos nem sempre são etapas fáceis. Para tanto, é necessário
reconhecer seus pontos fracos e fortes, trabalhando para modificá-
los ou aprimorá-los. E esse desafio só pode ser vencido por meio
da autoconfiança.

O cérebro humano é dotado de uma potencialidade enorme. A


questão é que a maioria das pessoas não tem consciência disso e
desacredita de si mesma ao enfrentar obstáculos que julga serem
intransponíveis.

Por isso, acreditar no seu potencial e em suas habilidades fortalece


a ideia de que você tem a capacidade necessária para gerenciar os
momentos de crise e superar as dificuldades.

Acreditar em si e ressaltar suas qualidades ou seus talentos são


ações que funcionam como combustíveis para alavancar carreiras e
melhorar a qualidade de vida.

5. Aprenda a lidar com a pressão.

O estilo de vida atual exige muito dos indivíduos. São várias as


questões para lidar no dia a dia que, não raro, pedem soluções
rápidas. A pressão pode ser externa, vinda de chefes ou pessoas a
quem devemos prestar contas, ou interna, pois nós mesmos
acabamos por nos cobrar resultados.

Contudo, devemos aprender a priorizar o que é mais importante.


Assim, não sucumbimos às exigências ou deixamos que
a ansiedade domine a situação.
Alguns mecanismos podem ser criados para gerenciar isso, como
elaborar uma lista com os afazeres, elencando os mais e os menos
urgentes.

Cuidar da saúde, ter momentos de lazer e respeitar seus limites são


ações que podem auxiliar na aquisição de mais segurança (o que,
consequentemente, facilitará no controle dos sentimentos negativos
gerados pela pressão).

27
Quanto mais a inteligência emocional for aprimorada, mais
confortável e seguro o indivíduo se sentirá para resolver seus
problemas.

6. Não tenha medo de se expressar.

Como já dissemos, não deixar a emoção dominar a situação não é


o mesmo de não demonstrá-la. Expor o que sente e expressar sua
opinião é fundamental para que o equilíbrio  seja mantido.
Você certamente já interpretou de forma errada a ideia de algum
colega e só conseguiu compreendê-la depois de uma explicação,
não é?

Situações como a descrita acima são normais, sendo que a melhor


forma de evitar um conflito é se expressando. A IE está na maneira
como o pensamento é racionalizado — e o mesmo vale para as
emoções mais íntimas: é preciso falar sobre os sentimentos na
relação e expressar o carinho, o amor ou, até mesmo, a carência.
A fala é o caminho mais seguro para entender e trabalhar as
impressões internas. Por meio do diálogo, esclarecemos os pontos
de vista e debatemos sobre questões complexas para que
possamos resolvê-las, não permitindo que fiquem obscuras caso
não haja uma conversa sincera e madura.

7. Desenvolva o sentimento de empatia.

Há algo em comum entre os maiores líderes do mundo: a empatia.


Geralmente, pessoas que ocupam tais postos e são bem-
sucedidas preocupam-se com suas equipes de forma genuína.

Elas sabem seus nomes, reconhecem suas histórias e são


solidárias quando necessário.

Colocar-se no lugar do outro não é um ato praticado apenas por


seres humanos — sequer é privilégio dos adultos. Pesquisas
realizadas com animais (cachorros, chimpanzés etc.) e com
crianças demostraram que eles também são dotados do sentimento
de solidariedade.
Nada melhor para compreender o outro do que colocar-se na pele
dele. Isso ajuda a pessoa a entender suas atitudes e a ser mais
tolerante e compreensiva.

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Como resultado, haverá a constatação de que os indivíduos ao seu
redor têm necessidades, limitações e falhas, mas que também
talentos e qualidades, assim como você. O respeito mútuo surgirá
naturalmente, como consequência desse exercício.

Segundo Goleman, o conhecimento de si mesmo alimenta a


empatia. Isso porque, quanto mais conscientes somos acerca de
nossos próprios sentimentos, mais conseguimos entender a
emoção alheia.

8. Coloque em prática a resiliência.

Situações difíceis podem surgir na vida de qualquer um. O que


diferencia as pessoas é como elas reagem a tais eventos.
A resiliência está em receber os impactos da rotina e ter a
capacidade de absorvê-los, mantendo-se firme e focado,
aprendendo com os próprios erros e lidando, de maneira inteligente,
com os fatos.
Ser resiliente envolve administrar os sentimentos mesmo quando o
controle das situações está fora do seu alcance.

Trata-se de saber reconhecer as emoções e o efeito que elas


causam na sua mente e no seu corpo. Assim, o indivíduo poderá
canalizar seu potencial e aumentar seu desenvolvimento.

9. Formule uma “resposta” em vez de “reagir”.

Outra teoria criada por Goleman é que nós, seres humanos, somo
guiados por dois cérebros: o emocional e o pensante. O cérebro
emocional é o primeiro a ser afetado pelos acontecimentos. Sendo
assim, a pessoa que reage é aquela que se deixa levar
inconscientemente pelo seu lado emocional e impulsivo.

Estamos falando do mais puro efeito de ação e reação. Basta que


alguma coisa aconteça para que o indivíduo sem muita inteligência
emocional deixe essa parte de seu cérebro reagir
instantaneamente.

Já o cérebro pensante é aquele responsável pelo ato de responder.


Em vez de apenas agir por instinto, quem se deixa levar pelo
cérebro pensante analisa toda a situação ao seu redor e decide
qual é a melhor forma de se comportar naquele momento.

29
Não deixe seu corpo reagir no modo automático. Use seu cérebro
pensante e seja mais racional!

10. Conheça os seus limites.

Seus limites serão descobertos à medida que você avançar no


autoconhecimento, por isso é tão importante conhecer-se cada dia
mais.

Além de ter plena certeza de quais são os seus defeitos e as suas


qualidades, é preciso reconhecer que você tem, sim, alguns limites.
Infelizmente, muitas pessoas enxergam as limitações como
incapacidades (e, por isso, aquele que reconhece e respeita seus
limites é visto erroneamente como fraco).

Partimos do ponto de que ter fraquezas não é motivo para sentir


vergonha: todos temos nossos pontos fracos e isso é mais do que
normal.

Somos seres dotados de sentimentos e erramos muitas vezes, mas


também estamos em constante aprendizado. Antes de reconhecer
seus limites, você precisa aceitar que não é perfeito, mas sim uma
pessoa como qualquer outra.

Em seguida, observe tudo em sua volta. Quantas vezes você


concordou em fazer algo mesmo sabendo que não podia ou não
queria? Parte do fato de conhecer suas limitações está ligada à
ideia de dizer “não” sem sentir culpa e de aceitar que há coisas as
quais você não é capaz de fazer.

Lembre-se do mais importante: conhecer seus limites significa


respeitar a si mesmo. O lado bom de respeitar suas próprias
limitações é poder proteger sua saúde emocional, deixando de fazer
aquilo que poderia causar algum mal ou trauma.

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Quais são os benefícios do desenvolvimento pessoal por meio
da IE?

O foco da inteligência emocional é desenvolver a habilidade de


potencializar cada emoção e redirecioná-la de modo que sejam
alcançados resultados positivos nos diversos âmbitos da vida.

A IE traz melhorias para os relacionamentos interpessoais e para as


competências profissionais, além de aumentar a qualidade de vida.
Essa é uma abordagem que deveria ser ensinada nas escolas, pois
assim educaríamos pessoas mais competentes, felizes e seguras. A
consciência emocional melhora a realidade pessoal e social.
Vejamos alguns exemplos disso a seguir.

Uso do pensamento e do raciocínio.

A IE aumenta a clareza da mente e facilita as tomadas de decisões,


assim como o raciocínio. Ao administrar as emoções, o sujeito
“abre” espaço em seu pensamento para que as ideias fluam de
forma mais ordenada, possibilitando, assim, a resolução dos
problemas de maneira mais objetiva e menos impulsiva.

Compreensão das emoções.


Co
mpreender as próprias emoções é o primeiro passo para adquirir a
IE. Só assim podemos trabalhar do modo mais adequado com cada
um dos nossos sentimentos.

É preciso estar no controle, pois apenas nós mesmos somos


responsáveis por nossas emoções. Entendendo-as, temos domínio
sobre nossas respostas e decisões — atitude que resulta em um
estado de espírito mais otimista e sereno.

Controle das emoções próprias e alheias.

Existe uma técnica para apaziguar ou evitar discussões que é muito


difundida na Psicologia e até no meio popular. Bem simples, ela
consiste em diminuir o tom de voz sempre que o interlocutor
aumentar o dele.

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Outro método é simplesmente calar-se diante de alguém
visivelmente nervoso. Por mais que essas técnicas possam parecer
simples, é preciso muito controle emocional para colocá-las em
prática.

A IE permite a utilização de competências sociais, o que produz a


habilidade de interação com outras pessoas e a capacidade de gerir
suas emoções. Esses fatores são os pilares que sustentam a
popularidade, a liderança e a eficácia interpessoal.

Autoconhecimento.

Nada do que dissemos neste artigo pode ser realizado se não


houver o autoconhecimento. Para ter IE, é necessário entender o
que se está sentindo: saber reconhecer suas capacidades e,
também, seus limites.

Quando existe consciência das próprias habilidades e


competências, a pessoa é capaz de traçar metas e objetivos,
transformando sonhos em realidade.

Conhecer sua essência é transformador e traz um entendimento


maior das ferramentas que se tem para realizar o que deseja.
Desenvolver inteligência emocional é algo gradativo, pois esse
conceito é maleável e pode ser modificado ao longo da vida.

O cérebro pode ser treinado para ter comportamentos


emocionalmente inteligentes e transformá-los em hábitos. No
entanto, é preciso fazer isso com cautela, pois sentir emoções (e
não neutralizá-las) é o que torna nossa existência mais rica.

A inteligência emocional tornou-se uma questão bastante discutida


nos dias de hoje justamente devido ao aumento absurdo do número
de pacientes que sofrem com doenças psicológicas
como depressão, ansiedade e síndrome do pânico.
Tudo o que foi citado neste capitulo tem o poder de fortalecer o lado
emocional do ser humano e, assim, torná-lo um pouco mais
resistente às patologias citadas.

Reforçamos, então, que as práticas para desenvolver a inteligência


emocional devem se tornar hábitos para que os resultados
apareçam.

32
Hipnoterapia.
O que é e como fazer auto-hipnose?
Você quer aprender como controlar pensamentos intrusivos, mudar
hábitos indesejados e melhorar sua saúde emocional com ajuda da
auto-hipnose?

Continue lendo esse artigo e veja como as descobertas científicas


no campo da hipnoterapia podem ajudar você a desenvolver todo
o potencial da sua mente!

Qual é o objetivo da hipnose?

A hipnose é um fenômeno relativamente simples, porém, há


divergências em sua definição. Existem duas teorias principais que
explicam a Hipnose: as Teorias de Estado e Não Estado.

A Teoria de Estado pressupõe uma alteração legítima no sistema


neurofisiológico da pessoa hipnotizada. Ou seja, a existência de um
“transe hipnótico” que pode ser observado por meio de alterações
nas ondas cerebrais.

Já na Teoria de Não Estado, a hipnose é vista como um fenômeno


comportamental. Não exige necessariamente alterações nas ondas
cerebrais para comprovar que a pessoa está realmente hipnotizada.
Em resumo, ela diz que o engajamento do sujeito e a concentração
que ele exerce sobre sua imaginação é que resulta na hipnose. 

Este artigo que você está lendo faz uma abordagem da hipnose
pela teoria do Não Estado. Antes de continuarmos, vale deixar bem
claro que a hipnose não é:

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 Ter o controle da mente;

 Fazer uma lavagem cerebral;

 Sinônimo de sono;

 Estado de inconsciência;

 Fenômeno místico.

Trata-se, unicamente, de um estado de atenção altamente


focada, com sugestibilidade aumentada. Ou seja, ficamos
mais suscetíveis a acatar sugestões.

Qual a relação entre hipnose e ciência?

A relação entre hipnose e ciência não é de hoje e ao longo da


história passou por uma verdadeira saga. Em 1037 D.C, o médico e
filósofo árabe Avicena citou em uma de suas obras a diferença
entre o transe hipnótico e o sono normal. Como os seus livros foram
considerados como “bíblias” da medicina por mais de 600 anos, ele
ajudou a difundir a existência e a importância da técnica. 

Outro fato importante ocorreu em 1840, quando James Esdaile, um


médico escocês, realizou várias cirurgias sem usar nenhum
anestésico. Ele apenas aplicou a técnica de hipnose em seus
procedimentos. 

Embora o fascínio científico pela hipnose seja antigo, novos estudos


foram feitos nas últimas décadas, o que fortaleceu a ligação
entre hipnose e ciência. O aval definitivo foi dado em 1998, quando
o psiquiatra Henry Szechtman¹ provocou alucinação auditiva
enquanto o neurologista Pierre Ranville² fez voluntários colocarem
as mãos em água fervendo. Desde então, dezenas de pesquisas
identificam outras áreas afetadas pela hipnose.

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O que é auto-hipnose?

Quando o terapeuta induz alguém à hipnose, isso é chamado de


hétero-hipnose ou hipnoterapia. Mas, quando a técnica é realizada
sem auxílio de terceiros, ou seja, autoinduzida, chamamos o
processo de auto-hipnose.

O hipnotista James Tripp, um dos maiores espetas em Hipnose


Conversacional do mundo, costuma definir a hipnose da seguinte
maneira: 

“A hipnose é o engajamento das crenças e da imaginação de uma


pessoa, ao criarmos para elas uma realidade subjetiva alterada.”

Uma definição mais simplificada e que melhor explica os benefícios


da auto-hipnose é: A utilização da linguagem para a alteração da
realidade. 

A PNL (Programação Neurolinguística) diz que “percepção é


realidade”. Ou seja, não vemos a realidade como ela é, mas como
nós percebemos. 

Como é a sua realidade atualmente? Você vive ansioso?


Angustiado? Se sente incapaz de manter o foco e alcançar os seus
objetivos? A auto hipnose se apresenta como uma ferramenta para
alterar sua percepção da realidade. Assim, pode fazer você
superar fobias, vícios, traumas e aprender a lidar com
a ansiedade e o estresse, de forma positiva.

Como funciona a auto-hipnose?

Caso se auto-hipnotizar seja uma novidade para você, com certeza


está passando pela sua cabeça algumas dúvidas de como fazer
auto-hipnose.

Mas, antes de falarmos sobre isso, é bom que entenda como o


processo da hipnoterapia funciona.

A hipnoterapia é o uso da hipnose associada a alguma técnica


terapêutica. Geralmente, essa técnica a ser associada a hipnose é

35
alguma técnica da própria psicologia. No entanto, alguns
hipnoterapeutas também associam a hipnose a outras técnicas,
como PNL ou até mesmo práticas holísticas. 

Estabelecida essa relação entre a hipnose e alguma técnica


terapêutica, é possível alterar a forma como o cérebro interpreta
determinadas experiências, alterando percepções, pensamentos,
comportamentos e até sentimentos.

Nas teorias de “não estado”, entendemos o chamado transe


hipnótico como a experiência subjetiva de se estar participando do
processo de hipnose. Quando estamos na experiência do transe
hipnótico, aumentamos nosso engajamento em relação a mudança.
Ou seja, paramos de focar apenas nos problemas e redirecionamos
a nossa atenção na direção da solução. Esse redirecionamento
permite que pensamentos negativos, crenças limitantes ou até
mesmo memórias sejam ressignificadas.

Ou seja, não tem nada de milagre ou truque de mágica. O grande


segredo da hipnose é a sugestão. Todo ser humano é
sugestionável e, por isso, a técnica funciona com eficácia.
Obviamente, nem todas as pessoas respondem a todas as
sugestões da mesma maneira. Mas, em alguma medida, toda
pessoa é hipnotizável e pode passar pelos processos de hipnose e
auto-hipnose. 

A técnica da auto-hipnose.

Aprender a se auto hipnotizar não é uma tarefa extremamente


difícil. Entretanto, é preciso estar totalmente focado, ter dedicação e
disciplina, e estar aberto (a) a participar da experiência e entrar em
transe hipnótico. Um lugar silencioso, confortável e livre de qualquer
interrupção também é muito importante.

Bem como, técnicas de relaxamento e respiração são


fundamentais para que o corpo e mente consigam se livrar de
intervenções externas e para que você consiga se conectar consigo
mesmo. A partir daí é possível se conectar com sua mente e enviar
sugestões, guiando a mudança de comportamento.

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Aqui vou apresentar o passo-a-passo básico de qualquer curso de
hipnose, para estabelecer ligação direta e profunda com a sua
mente.

1. Preparação.

Sente em um local confortável – não é recomendado ficar deitado,


pois com o corpo em profundo relaxamento, a probabilidade de
dormir é alta.

Concentre-se em respirar profundamente e, sem esticar a cabeça


para trás, desvie seu olhar para o teto e fixe um ponto de referência.
Concentre-se neste ponto, inspire de forma profunda, segure o ar
por alguns segundos e solte lentamente.

Enquanto isso, repita em sua mente: “estou com os olhos


cansados e a mente pesada, estou entrando em hipnose neste
momento”. Faça isso algumas vezes de forma suave, porém, firme
e convincente. Logo, você entrará em estado hipnótico e seus olhos
vão ficar pesados e cansados.

2. Relaxamento.

Fuja do mundo externo e permita-se permanecer em total


relaxamento. Solte bem o seu corpo e faça uma contagem mental
regressiva de 5 a 0. Repita a contagem e fale para si que a cada
vez que contar você vai ficar mais relaxado.

Nessa fase o corpo está pronto para o sugestionamento. Esse é o


momento de enviar sugestões para a mente, usando frases
otimistas que visam a mudança de comportamento ou até mesmo
visualizar mentalmente seus objetivos e processos de mudança.
Esse é o ponto crucial que vai guiar importantes conquistas. Faça
sugestões positivas e visualize-as, até que a mente entenda o
recado e possa sair do estado hipnótico.

3. Finalização.

Quando desejar sair do estado hipnótico, conte de 1 a 5 algumas


vezes e fale para si que está retomando a consciência de tudo o

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que há ao seu redor. Com calma, abra os olhos, estique os braços e
pernas e respire profundamente.

É possível que o raciocínio fique um pouco mais lento e haja


sonolência ao terminar a técnica, mas são sensações que passam
rapidamente.

Preparação, relaxamento e finalização. Essas são as 3 etapas da


auto-hipnose.

Quem pode ser hipnotizado?

Para muitas pessoas, principalmente as que não entendem o que é


hipnose e não conhecem os seus benefícios, ser rotulada de
“facilmente hipnotizável” é uma ofensa.

Elas acreditam, pela falta de esclarecimento, que ser suscetível à


hipnose significa fraqueza psicológica. Mas é exatamente o
contrário!

Uma pessoa hipnotizada continua no controle de suas


faculdades mentais. Porém, a diferença é que sua concentração e
imaginação estão tão elevadas que elas encontram uma maior
facilidade para modificar seus pensamentos e comportamentos.

Por exemplo, um fumante hipnotizado pode conseguir parar de


fumar mais facilmente do que um fumante que tenta parar de fumar,
sem ajuda da hipnose.

Como a pessoa fica quando está hipnotizada?

Cada pessoa reage de uma forma diferente à hipnoterapia.


Algumas descrevem a hipnose como um estado de atenção
concentrada, enquanto outras alegam apenas um estado de
extrema calma e relaxamento. Mas, em geral, a maioria descreve a
experiência como agradável.

E é importante frisar aqui que a pessoa hipnotizada não dorme ou


fica inconsciente. Esse é um dos grandes mitos que cercam a

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técnica da hipnose. Durante todo o transe somos capazes de
perceber o que se passa à nossa volta. E os reflexos estão bem
presentes, o que não acontece em estado de sono.

Essa confusão se deve muito ao fato de que a palavra hipnose é


derivada do grego “hypnos”, que significa sono. Dessa forma,
quando estamos hipnotizados permanecemos:

 conscientes;

 com controle das nossas ações;

 em estado natural e inofensivo;

 com capacidade de sair do estado hipnótico quando assim o


desejarmos.

E é importante frisar aqui que a pessoa hipnotizada não dorme ou


fica inconsciente. Esse é um dos grandes mitos que cercam a
técnica da hipnose.

A suscetibilidade hipnótica.

Por muito tempo, a ciência acreditou que a suscetibilidade hipnótica


fosse um traço da personalidade do indivíduo. E portanto, que não
poderia ser modificada. 

Isso quer dizer que apenas algumas pessoas poderiam transformar


suas vidas por meio da hipnose porque haviam nascido com essa
habilidade.

Entretanto, no ano de 1987, surgiu uma nova pesquisa que mudaria


para sempre os rumos da hipnose no mundo. No respectivo ano, o
pesquisador Campbell Perry descobriu³ que era possível
alterarmos nossa suscetibilidade à hipnose. 

É possível treinar o cérebro para ser hipnotizado?

Nessa pesquisa, Perry estudou tudo que já havia sido publicado


sobre o tema e fez o seguinte questionamento: “Seria possível

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melhorar as nossas habilidades de entrar em hipnose e de
responder a sugestões?”

Em seu estudo, ele descobriu um problema metodológico em todos


os artigos científicos sobre suscetibilidade hipnótica que haviam
sido publicados até então. Quando as pessoas entravam em
treinamentos de auto-hipnose ou hipnose, simplesmente repetiam
exercícios.

No entanto, o que Perry descobriu é que a hipnose requer que o


voluntário participe ativamente do processo.

Posteriormente, os pesquisadores Nicholas Spanos e Donald


Gorassini criaram um protocolo de treinamento de auto-hipnose
chamado CSTP – Carleton Skills Training program. Esse
treinamento conseguiu comprovadamente melhorar a
suscetibilidade à hipnose de seus participantes.

Hipnose requer uma mudança de atitude!

Antigamente, achava-se que a suscetibilidade à hipnose era inata e


não modificável. No entanto, como já vimos anteriormente, a
hipnose requer uma participação contínua da pessoa a ser
hipnotizada durante o processo. Naquela época, simplesmente
mediam a suscetibilidade de cada pessoa e, após algum tempo,
mediam novamente. Em geral, não tinham muitas diferenças entre
as duas avaliações e, por isso, os pesquisadores acabavam
chegando a conclusão de que a suscetibilidade a hipnose não seria
uma habilidade treinável. No entanto, essa conclusão é bem
absurda.

É como se eu aplicasse uma prova de matemática a alguém que


não sabe nada de matemática. Logicamente, essa pessoa iria tirar
zero nessa prova. Se após alguns anos eu aplicar essa mesma
prova novamente e essa pessoa continuar sem saber matemática, é
claro que ela vai tirar zero novamente. Mas isso não significa que
essa pessoa não poderia aprender matemática.

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Foco no objetivo!

Se o treinamento de auto-hipnose não trabalhar variáveis


importantes como o engajamento e a vontade de ser hipnotizado, é
claro que a avaliação da suscetibilidade sempre será a mesma. É
nesse contexto que vão surgir os treinamentos
sociocognitivos para melhorar a performance hipnótica das
pessoas. É um processo orientado a um determinado
objetivo/propósito. Ou seja, de acordo com esta perspectiva, a
hipnose não envolve a entrada em um “estado alterado de
consciência”, chamado de transe.

Na verdade, a hipnose aconteceria porque o voluntário


deseja atingir um objetivo. Sabendo que aquele objetivo depende
de um tipo de atitude, ele passa a desempenhar todo o
comportamento esperado.

O voluntário que vai participar do processo hipnótico precisa ter a


intenção de ser um bom sujeito em hipnose. Mais que isso, a
intenção de desempenhar um comportamento compatível com
alguém que deseja entrar em “transe”.

Nesse sentido, Campbell, Spanos e Gorassini compreenderam que


o bom desempenho em hipnose e/ou auto-hipnose depende,
principalmente, do que o voluntário pensa sobre hipnose. Além
disso, leva-se em conta qual é a sua atitude durante todo o
processo.

Como se preparar para a auto-hipnose?

A primeira coisa para se preparar é entender que a auto-hipnose


é dependente da nossa força de vontade. Portanto, para entrar em
transe hipnótico, é essencial não ter medo, ter foco e estar
disposto (a) a se deixar relaxar.

Outra preparação fundamental é definir metas que deseja alcançar


com a auto-hipnose. Ao defini-las, escreva as sugestões

41
hipnóticas que vai dizer à sua mente quando estiver em transe.
Quanto mais específicas e realistas forem suas sugestões
hipnóticas, maiores as chances de obter sucesso.

Outras dicas que também são importantes:

 escolher um horário apropriado e um lugar calmo e


silencioso, quando e onde não haja interrupções externas;

 evitar praticar após um dia muito cansativo, pois aumentam


as chances de cair no sono – uma maneira de evitar isso é
praticar a hipnose de pé;

 é recomendado não fazer uma refeição muito pesada antes


de praticar a auto-hipnose;

 vestir roupas confortáveis e, de preferência, sem sapatos.

A sugestão hipnótica.

O momento das sugestões hipnóticas é um dos mais importantes


de todo o processo hipnótico, pois é por meio delas que
conseguimos alcançar os objetivos estabelecidos na preparação.

Essas sugestões nada mais são do que frases sugestivas ditas,


silenciosamente, para si mesmo durante o processo hipnótico
ou visualizações envolvendo os objetivos estabelecidos na
preparação. O objetivo é redirecionar a sua atenção durante o
processo. Ou seja, sua atenção vai sair dos problemas e vai ser
direcionada para seus objetivos.  

Durante a hipnose, em vez de nossa mente ficar focada nos


problemas, ela fica focada nas soluções.   Essa é a grande
diferença das sugestões hipnóticas para uma sugestão qualquer.  

Mas, para obter um resultado real, é preciso adotar uma postura


totalmente positiva e, quando possível, substitutiva.

Por isso é fundamental evitar expressões negativas como: “não


quero mais fumar” ou “não quero mais comer doce”. Nesses
casos, seu cérebro desconsidera a palavra negativa e interpreta

42
apenas o comando seguinte que, na verdade, é o que você quer
evitar.

Então, use suas sugestões focadas no que realmente quer: “praticar


esportes”, “comer comida saudável” ou “beber mais água, por
exemplo.

E, sempre que fizer tais afirmações, busque visualizar cenas nas


quais o que você propôs já esteja acontecendo!

Quais são as vantagens da auto-hipnose?

Quando aprendemos a nos auto-hipnotizar, somos capazes de


enfrentar, sozinhos, situações que poderiam causar sofrimento
ou dificuldades.

Mas esse não é o único benefício da auto-hipnose no dia a dia. A


técnica também nos ajuda a potencializar nossas habilidades e
eliminar comportamentos prejudiciais, além de permitir:

 multiplicar o magnetismo pessoal (ou seja, o poder


de persuasão e influência);

 vencer com a timidez;

 potencializar a atenção, a concentração e a memória;

 vencer a fadiga e o cansaço mental;

 aumentar a autoestima;

 programar a mente com mais eficácia, entre outras vantagens.

O que acontece é que quando se está em transe hipnótico, a mente


se expande e fica isenta de preconceitos ou temores, fatores que
nos impedem de vivenciar melhores ou novas experiências.

Ao sair desse estado, os novos comandos permanecem ativos na


mente e, por isso, é possível alcançar esses benefícios. Entretanto,
vale a pena frisar que para isso é preciso dedicação e disciplina.

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A auto-hipnose para melhorar a concentração.

Com a hipnoterapia, é possível ser uma pessoa mais concentrada,


focada e alcançar de forma mais simples seus objetivos.

Quem busca melhorar a concentração, em qualquer que seja a


tarefa ou atividade, deve usar algumas sugestões hipnóticas
voltadas para esse objetivo. Como, por exemplo:

 ““Eu vou aprender muito durante os meus estudos hoje.”

 “Estou tendo ótimos resultados no meu aprendizado.”

 “Vou conseguir terminar minha apresentação.”

Quando repetidos algumas vezes no estado de transe, esses


sugestionamentos são assimilados pela mente e os resultados
aparecem rapidamente.

A auto-hipnose para melhorar a memória.

A dificuldade de memorização ou para se lembrar de algo pode


estar ligado às nossas crenças limitantes ou problemas emocionais.
Independente da causa, a hipnoterapia é capaz de auxiliar na
solução desses problemas subjacentes a aprendizagem. 

As sugestões hipnóticas assertivas podem fazer muito pela


capacidade de estudo, memorização ou simplesmente melhorar
forma como exercemos as atividades cotidianas.

A hipnose como auxílio do tratamento da dor.

A hipnose é muito procurada por pessoas que precisam de terapia


alternativa para seus medos, fobias, quadros de ansiedade e
depressão.

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No entanto, quadros clínicos de dor, seja crônica ou aguda, também
podem ser melhorados com a hipnose.

A técnica consegue estimular, por meio do relaxamento e das


visualizações, a produção de hormônios relacionados ao bem-estar,
como endorfina e serotonina. Com isso, o efeito analgésico
neutraliza a ação do cortisol, hormônio relacionado ao estresse, que
é produzido sempre que a mente se vê diante de algum processo
doloroso.  

Em hipnose, ficamos tão focados em nossa imaginação e sensação


de bem-estar, que os neurotransmissores simplesmente inibem a
percepção da dor!

Outras vantagens da auto-hipnose.

A auto-hipnose também pode ser usada para melhorar


comportamentos e atingir objetivos profissionais, acadêmicos e até
de personalidade como: 

 Perder a timidez;

 Se sair bem no vestibular e Enem;

 Controlar o diabetes;

 Melhorar a performance nos esportes;

 Perder o medo de altura;

 Aprender idiomas mais rapidamente;

 Vencer o medo de se expor e começar a gravar vídeos;

 Alavancar a carreira, entre outros.

A perspectiva sociocognitiva da auto-hipnose.

Tenha um objetivo para ter sucesso.

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O que determina o sucesso de uma pessoa na auto-hipnose
científica é o engajamento em direção ao objetivo. Quanto mais
engajada ela estiver, mais suscetível à hipnose ela estará.

Pense, por exemplo, em alguém que deseja usar hipnose para


parar de fumar. E outra que deseja ser hipnotizada apenas para
saber como é a sensação de estar hipnotizada. Qual desses dois
voluntários estará mais engajado no processo?

É muito fácil perceber que o primeiro voluntário, que deseja parar


de fumar, vai estar muito mais motivado e se permitirá mais.

Quando essa pessoa começar o processo de auto-hipnose, vai


fazer o máximo para ser um bom sujeito. Logo, ela pode
desempenhar todo o comportamento que é esperado de uma
pessoa que quer parar de fumar!

Enquanto isso, a segunda pessoa que diz que quer apenas entrar
em auto-hipnose, mas que não tem um propósito bem definido,
certamente vai ter dificuldade em encontrar o comportamento
adequado para entrar em hipnose.

Por essa razão, entender a hipnose como um “estado alterado de


consciência” pode ser uma percepção nociva.

Concentre-se na meta.

Essa percepção é nociva porque enfoca na ideia de que entrar em


hipnose ou auto-hipnose requer um ato passivo. Ou seja, a pessoa
simplesmente se concentra para entrar em um estado especial,
que ela não sabe exatamente o que é.

As interpretações do que seja o transe hipnótico são


completamente subjetivas e adversas. Ainda que exista uma
sintomatologia comum a todas as pessoas, em geral, cada pessoa
vai perceber esse transe de maneira diferente.

Mas, se a pessoa entrar no processo com um objetivo bem definido,


como parar de fumar, acabar com uma fobia ou controlar a
ansiedade, essa pessoa vai ter maiores chances de ser bem

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sucedida na hipnose e alcançar seu objetivo. Ela vai saber seguir as
instruções adequadamente, simplesmente porque ela quer muito
isso.

Não duvide de seu engajamento.

Quando a pessoa não está engajada, o hipnotista dá uma sugestão


e ela pensa: “Será que vai funcionar? Será que ele vai invadir minha
mente? Minha mente é tão inabalável!”.

Contudo, a pessoa que entra na hipnose com um propósito bem


definido tem coisas mais importantes para pensar durante o
processo. Algumas pessoas podem se indagar para que serve
colar as mãos ou esquecer o nome na hipnose. Pois, para o
sujeito, isso pode significar que ele é realmente capaz de
reprogramar a sua mente e suas crenças.

A maior questão que está sendo levantada aqui é que se você ficar
o tempo todo pensando “vou sentir um estado de transe, preciso
entrar em transe”, poderá estar sabotando a atitude mental em
direção ao seu objetivo. No final das contas, é o que realmente
importa!

A pessoa que entra na hipnose com um propósito bem definido tem


coisas mais importantes para pensar durante o processo.

Como fazer auto-hipnose com base na perspectiva


sociocognitiva?

Conheça o CSTP.

Nos anos 1980, surgiu a primeira bateria de exercícios sócio


cognitivos para melhorar a performance em hipnose: o CSTP
– Pacote de Treinamento de Competências de Carleton.

Desenvolvidos pelos pesquisadores Donald Gorassini e Nicholas


Spanos, o objetivo era fazer com que o voluntário mudasse sua
postura em relação à hipnose.

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Perceba que vamos falar o tempo todo de entrar no processo
hipnótico, entrar na hipnose, que significa ter a postura mental
adequada.

Os participantes do processo de treinamento foram treinados a


responder adequadamente a vários tipos de sugestões. Desde
respostas ideomotoras — aqueles movimentos que fazemos
inconscientemente apenas por pensar nesse movimento — até
outras sugestões mais complexas, como amnésia.

Para gerar esse “autoengano” voluntário, o protocolo CSTP indicou


que, ao entrar na hipnose, o voluntário deve ser informado de que
ele deve, realmente, responder à sugestão de forma voluntária.
Porém, imaginando que ela está acontecendo de forma automática.

Ao imaginarmos que ela acontece automaticamente, parece que


acontece uma generalização desse estímulo. Logo, passamos a
conseguir desempenhá-lo de modo automático, outras vezes.

Exercício dos livros e balões.

Pode parecer complicado, mas é bem simples. Lembre-se daquele


famoso exercício dos livros e balões. A pessoa estende os dois
braços. Se se ela for destra, fecha a mão direita, coloca o dedão
para cima e deixa a mão esquerda estendida, com a palma virada
para cima. Enquanto está nessa posição, você pede para ela fechar
os olhos e imaginar que na mão direita, você está colocando vários
balões de hélio. E na mão esquerda, existem um ou mais livros bem
pesados, que vão pesando cada vez mais. Em geral, as pessoas
acabam movimentando essas mãos ao menos um pouco, por causa
do movimento ideomotor.

Mas, o que uma pessoa pode fazer para melhorar a sua


resposta a esse tipo de exercício ideomotor em auto-hipnose? 

Quando a pessoa faz esse exercício, ela fecha os olhos e imagina


que a mão direita tem um balão ou vários balões que fazem sua
mão subir lentamente. Imagina também que a mão esquerda vai
ficando cada vez mais pesada devido a presença de um ou vários

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livros. Geralmente, as pessoas tentam apenas imaginar e esperar
que, de certa forma, o movimento ideomotor se transforme em auto-
hipnose, automaticamente.

A ideia do CSTP não é apenas essa!

Do contrário, a pessoa deve, voluntariamente mexer suas mãos e,


enquanto mexe, imagina que esse movimento está acontecendo de
forma automática.

Enquanto ela se concentra e de forma deliberada, vai


movimentando as mãos. Se concentra também na ideia de que as
mãos estão se movimentando de forma involuntária. Isso causa
uma sobrecarga na memória operacional e temporária do cérebro.

Quando você começa, voluntariamente, a levar a mão, está


ocupando uma parte da sua mente consciente. Mas, ao se
concentrar na ideia de que sua mão sobe sozinha, aquele
pensamento inicial consciente acaba perdendo força e você
consegue instalar, inconscientemente, o comportamento do
movimento da mão para cima e o mesmo com a mão para baixo.

Exercício das mãos magnéticas.

Outro exercício ideomotor muito interessante é o das “mãos


magnéticas”. O hipnotista pede que o voluntário estique bem os
braços, feche os olhos e imagine que essas duas mãos são dois
imãs muito poderosos. Esses imãs se atraem mais e mais. Como se
um tivesse um polo positivo e outro negativo, eles vão se atraindo
cada vez mais.

A maior parte das pessoas desenvolve no mínimo um pequeno


movimento devido ao fenômeno ideomotor. No entanto, essa
resposta pode ser treinada e melhorada.

Se você simplesmente colocar as mãos desta forma, fechar os


olhos e começar a movimentar as mãos levemente, consciente,
mas imaginando que estão se movendo sozinhas, você vai começar

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a criar esse movimento automático. O cérebro começa a generalizar
a resposta para outros fenômenos.

Finja até que aconteça.

Existe um ditado que diz: “fake it till you make it ”. Em outras
palavras, finja até que aconteça. É isso que acontece no CSTP.
Você vai fingindo de forma voluntária. Ativamente vai se
concentrando na ideia de que isso acontece de automático. Que
não está acontecendo devido a sua vontade consciente.

O protocolo do CSTP dá a seguinte orientação: “Faça de forma


voluntária tudo aquilo que lhe é sugerido. No entanto, não preste
atenção ao fato de você estar fazendo isso voluntariamente. Foque
toda a sua atenção às sugestões e a imaginar, de forma plena, tudo
aquilo que acontece”.

Outros exemplos.

O curioso é que muitos hipnotistas do passado já tinham essa ideia


intuitiva de fingir até que aconteça de verdade. Um grande exemplo
é Milton Erickson. Ele desenvolveu uma técnica chamada “indução
ensaiada”.

Nessa indução, Erickson falava para o sujeito que iria treiná-lo a


entrar em transe. Ele sugeria para a pessoa que fingisse os
comportamentos compatíveis com a ideia de transe e, ao fingir, a
pessoa realmente engajava no processo.

Até mesmo Dave Elman teve essa ideia, de que a hipnose requer


uma automatização do comportamento. Ele dizia que a princípio
poderia ser voluntário, mas que por fim se torna automático.

Quando Elman ensinava auto-hipnose para crianças, ele pedia a


elas que fingissem que os seus olhos não podiam abrir, até o
momento em que não abrissem, de fato.

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O seu cérebro aprende observando.

O último passo do protocolo CSTP para conseguir entrar em auto-


hipnose é, simplesmente, ver pessoas entrando em hipnose e
auto-hipnose.

Em meados do século 19, James Braid percebeu um fato bem


interessante. Quando ele hipnotizava alguém e outras pessoas
assistiam, essas pessoas que assistiam o procedimento acabavam
se tornando melhores sujeitos para entrar em hipnose depois.

Quem faz demonstrações públicas de hipnose na rua ou na casa de


amigos, já deve ter percebido que quando a primeira hipnose dá
certo, a tendência é que todas as outras funcionem.

Outra coisa bastante interessante, principalmente na hipnose de


rua, é quando um sujeito tem alucinações. Ou seja, a pessoa vê
algo que não existe. A quantidade de alucinações nos outros
voluntários é bem maior.

Tudo isso é uma prova de que a hipnose funciona por meio


da expectativa. Mais que isso, essa expectativa também ensina as
pessoas qual comportamento devem ter para entrar em hipnose.
Por isso, no treinamento CSTP, existem muitos exercícios
ideomotores. Mas para todos eles, é essencial o engajamento.

Aliás, esse protocolo já foi repetido várias e várias vezes nos anos
1980 e 1990. E até os dias de hoje continua tendo excelentes
resultados!

BÔNUS: Sugestões pós-hipnóticas.

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A sugestão hipnótica é feita durante o estado hipnótico, mas surtirá
efeito após o transe hipnótico.

São inúmeras as possibilidades de sugestões e elas devem ser


adaptadas de forma que atendam às suas necessidades e
objetivos. Abaixo, deixo algumas ideias que podem ser usadas em
sua auto-hipnose.

 “Sou uma pessoa melhor a partir de agora.”

 “Eu sou calmo (a).”

 “A cada dia que estou mais seguro (a) e relaxado (a).”

 “Sou confiante e assertivo (a) quando converso com as


pessoas.”

 “Eu me aceito como sou.”

 “Acho fácil parar de fumar.”

 “Faço somente refeições saudáveis no dia.”

 “Sou saudável e tenho uma ótima saúde.”

 “A cada dia que passa sou melhor no que faço.”

E então, você ainda ficou com dúvidas sobre como fazer auto-
hipnose? Se quiser se aprofundar no assunto, faça meu curso de
auto-hipnose e compreenda melhor as técnicas e transformações
que ocorrem na nossa mente. Até lá!

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Referências bibliográficas.

Szechtman H, Woody E, Bowers KS, Nahmias C (1998) Where the


imaginal appears real: Apositron emission tomography study of
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Goleman, Daniel. O cérebro e a inteligência emocional: novas


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