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PAIXÃO DE CRISTO

NARRADOR - A história que agora vamos narrar aconteceu a mais de dois mil anos atrás. «Quando chegou a plenitude dos tempos, Deus
enviou o seu Filho muito-amado, concebido no seio virginal de Maria. Deus cumpriu as promessas feitas a Abraão e à sua descendência.» José
foi escolhido por Deus a «levar para sua casa Maria, sua esposa», grávida d'«Aquele que nela foi gerado pelo poder do Espírito Santo» para que
Jesus, nascesse na descendência messiânica do rei David.
Estando com 30 anos, iniciou sua missão de evangelizar. Depois de ter sido Batizado por João, Jesus foi conduzido pelo Espírito para o deserto,
ali permanece sem comer durante quarenta dias. No fim desse tempo, Satanás tenta-O por três vezes, procurando destruir sua filiação com
Deus; Jesus repele esses ataques e o Diabo afasta-se d'Ele «até determinado tempo».

(Jesus estava orando no deserto… entra o diabo sorrindo)


CENA 1 JESUS E O TENTADOR
DIABO- Olha só quem vejo. Há muito já te esperava. (GARGALHADAS)
Se és o filho de Deus, manda que esta pedra, se transforme em pão. Vamos estou esperando…
Ordena que esta pedra se transforme em pão.
JESUS- Está escrito: Nem só de pão vive o homem. Mas de toda palavra que vem de Deus.
DIABO- Se tu és o Filho de Deus, lança-te aqui abaixo; porque está escrito: Que aos seus anjos dará ordens a teu respeito, Para que nunca
tropeces em alguma pedra.
JESUS- Também está escrito: Não tentarás o Senhor teu Deus.
DIABO- (Aponta para as pessoas, se aproxima delas e gargalhando diz)
Te darei todo poder sobre eles, e toda a riqueza do mundo, tudo isto te darei se te prostrares e me adorares.
JESUS: Vai-te, Satanás, porque está escrito: Ao Senhor teu Deus adorarás, e só a ele servirás.
(E o diabo se afasta com gritos e gargalhadas,eis que chegaram os anjos, e o serviam.

CENA 2 JESUS INICIA A MISSÃO


NARRADOR- “Jesus, então, cheio da força do Espírito, voltou para a Galileia.
Desde o princípio da sua vida pública, Jesus escolheu alguns homens, em número de doze, para andarem com Ele e participarem na sua
missão. Deu-lhes parte na sua autoridade e enviou-os a pregar o Reino de Deus e a fazer curas.
Certo dia Jesus, andando junto ao mar da Galileia, viu a dois irmãos, Simão, chamado Pedro, e André, seu irmão, os quais lançavam as redes
ao mar, porque eram pescadores;
JESUS- Segue-me
PEDRO- Mas Mestre sou um simples pescadores.
JESUS- "Não temas; doravante serás pescador de homens”."
NARRADOR- Então eles, deixando logo as redes, seguiram-no.
E Jesus formou seus doze apóstolos Pedro, André, João, Tiago, Felipe, Bartolomeu, Tomé, Mateus, Tiago Maior, Judas Tadeu, Simão e Judas
Iscariotes
Descendo com eles, parou numa planície. Aí se achava um grande número de seus discípulos e uma grande multidão de pessoas vindas da
Judeia, de Jerusalém, da região marítima, de Tiro e Sidônia, que tinham vindo para ouvi-lo e serem curadas de suas enfermidades. E os que
eram atormentados dos espíritos imundos ficavam livres.

CENA 3- SERMÃO DAS MONTANHAS, MILAGRES E CURAS


(Figurantes e Apóstolos seguem Jesus, depois se sentam para ouvi-lo.)

JESUS- "Bem-aventurados os pobres, porque vosso é o Reino de Deus!


Bem-aventurados os que tem fome, porque sereis saciados!
Bem-aventurados os que agora choram, porque vos alegrareis!
Mas ai de vós, ricos, porque já tendes a vossa consolação!
Ai de vós, que estais fartos, porque vireis a ter fome!
NARRADOR- E Jesus continuou a ensinar-lhes sobre o Reino de Deus
Digo-vos a vós que me ouvis: amai os vossos inimigos,
Fazei o bem aos que vos odeiam,
Abençoai os que vos maldizem e orai pelos que vos injuriam
Se amais os que vos amam, que recompensa mereceis? T
Também os pecadores amam aqueles que os amam.
PAUSA...(Jesus começa a caminhar e tds se levantam, uma mulher se aproxima chorando e por trás toca o seu manto)
NARRADOR- "Ora, uma mulher que padecia de um fluxo de sangue havia doze anos, e tinha gasto com médicos todos os seus bens, sem que
nenhum a pudesse curar, aproximou-se dele por detrás e tocou-lhe a orla do manto; e, no mesmo instante, lhe parou o fluxo de sangue.
JESUS- “Quem foi que me tocou?”
PEDRO- “Mestre, a multidão te aperta de todos os lados e perguntas, quem te tocou?
JESUS- “Alguém me tocou, porque percebi sair de mim uma força”.
MULHER- Senhor, eu te toquei. Anos sofro com um sangramento que nunca cessa, soube que passaria por aqui, e acreditei que se tocasse em
seu manto eu seria curada.
JESUS- “Minha filha, tua fé te salvou; vai em paz”."

CENA 4- JESUS E A ADÚLTERA


(Aproxima-se alguns escritas e sacerdotes arrastando uma mulher e gritando
ESCRIBAS E SAC.- Adúltera, merece a morte.
(O povo que escutava Jesus pega uma pedra e repete as mesmas palavras.
POVO- Adúltera, merece a morte.
(O escriba joga a mulher no chão perto de Jesus)
ESCRIBA 1- Mestre essa mulher foi flagrada cometendo adultério.
ESCRIBA 2- Moisés na lei, nos manda apedrejar tais mulheres. E TU o que dizes?
(Jesus pega uma pedra, caminha em direção aos que gritam, olha para eles, volta para perto da mulher se abaixa e começa a escrever no chão
com o dedo.
ESCRIBA 1- (IMPACIENTE) O que dizes Mestre?
(Jesus levanta caminha em direção a ele, olha bem nos seus olhos e dos outros e diz.)
JESUS: Quem dentre vós não tiver pecado, atire a primeira pedra.
(Um por um foram jogando as pedras no chão se afastando de cabeça baixa, sendo o escriba o último a sair.)
Jesus se aproxima da mulher e a olha.
Ela vai se arrastando e toca os pés de Jesus.
JESUS- Mulher, onde estão os seus acusadores? Ninguém a condenou?
MULHER- Não, Senhor.
JESUS: Eu também não te condeno. Vai em paz e de agora em diante não peques mais.

CENA 5 - JESUS ENSINA A ORAR


Jesus segue andando com seus discípulos, se
afasta um pouco a sós e fica em oração. Quando termina volta para os seus discípulos.
DISCÍPULO- Mestre, ensina-nos a orar como também João ensinou a seus discípulos.
JESUS- QUANDO ORARDES, DIZEI: PAI NOSSO, SANTIFICADO SEJA O VOSSO NOME…
(Jesus se retira conversando com seus discípulos.)

CENA 6- ENTRADA EM JERUSALÉM- DOMINGO DE RAMOS


NARRADOR- Como vai Jerusalém acolher o seu Messias?
Aclamado como filho de David e como aquele que traz a salvação «Hosanna» quer dizer «então salva!», «dá a salvação» o «rei da glória».
E assim aconteceu, uma grande multidão soube que Jesus estava entrando em Jerusalém para participar da Páscoa. Tomaram ramos de
palmeiras, e saíram para encontrá-lo. E, indo até Ele, estendiam no caminho os seus mantos. Todos se alegravam e davam louvores a Deus em
alta voz.

TODOS- “Hosana! ao Filho de Davi.


“Bendito o que vem em nome do Senhor.
Paz no Terra e Glória nas alturas.”
HOMEM - Mas quem é esse?
APÓSTOLO- Esse é Jesus de Nazaré o profeta da Galileia.
Hosana...
CAIFÁS- Para Mestre! Mande teus discípulos se calarem.
JESUS- “Digo-lhes que, se eles se calarem, as próprias pedras falarão.”
POVO- Hosana ao filho de Davi...

NARRADOR- Jesus sai com seus discípulos e o povo o segue, menos Judas, que observa os sumo sacerdotes que se reúnem no templo e
tramam matar Jesus e as escondidas e o segui.)

Cena 7: TRAMA DA TRAIÇÃO DE JUDAS


(Templo dos sacerdotes)
CAIFÁS- Estamos correndo um grande risco! Pois vocês sabem o que esse Galileu, o tal Jesus vem fazendo…
ESCRIBA 1- O perigo ronda as nossas cabeças… Temos que usar de nossa influência para acabar com esse agitador.
ESCRIBA 2- Precisamos encontrar um meio par acabar com ele! Mas tem que ser dentro da lei… Com julgamento e tudo…
CAIFÁS- É ELE está se tornando perigoso… Muita gente já o está seguindo.
ANNÁS: Que vamos fazer? Este homem faz muitos sinais se deixarmos que continue assim, todos vão acreditar nele.
CAIFÁS: Vós não entendeis nada! Não percebeis que é melhor um só morrer pelo povo do que perecer a nação inteira?
ESCRIBA 1- Realmente, precisamos acabar com ELE… Para não corrermos o risco de perder nossos tronos.
ESCRIBA 2- Onde encontraremos Jesus? Como prendê-lo? É grande a multidão que o segue.
(Judas Tenta se aproximar mas os soldados não deixam.
JUDAS- Deixe-me entrar! Eu preciso falar com os Sumo sacerdotes. Tenho algo a lhes oferecer.
(E grita pelo nome deles)
JUDAS- Ananás, Caifás, quero lhes falar sobre Jesus de Nazaré.
- Tenho notícias a respeito de Jesus o Nazareno.
CAIFÁS- Mas que barulho é esse, tudo agora é sobre esse tal Jesus de Nazaré.
Deixe-o entrar.
ANANÁS- Que sabes sobre esse tal Messias??
JUDAS- Posso lhes entregar Jesus o Nazareno… Vim fazer uma negociação...
CAIFÁS: Mas tu és um deles?
JUDAS: Sim sou, mas por um bom preço lhes entregarei.. Por um bom preço, é claro.
CAIFÁS- Diga seu preço?
JUDAS- Trinta moedas de prata. Mas temos que fazer depressa… Ele sabe que será traído e sabe que o traidor sou eu.
ESCRIBA 1- Mas como vamos encontrá-lo?
JUDAS- Posso entregá-lo a vós hoje a noite. ELE estará depois da ceia no Jardim de Getsêmani.
CAIFÁS- E como vamos conhecê-lo?
JUDAS- Vocês saberão quem é o Mestre, Jesus de Nazaré, por aquele que eu beijar na face.
CAIFÁS- Feito. Aqui estão as suas moedas.
(Caifás joga o saco de moedas para Judas.
Judas apanha no chão e sai sorrindo escondendo o saco de moedas.
Os Sacerdotes se olham vitoriosos)

CENA 8 -O LAVA PÉS.


(Todos caminham para o cenáculo, sentados na mesa quando Jesus tira o manto superior, coloca uma toalha em sua cintura e com uma bacia
começa a lavar os pés dos discípulos, quando chega em Pedro ele questiona).
PEDRO: Senhor, tu vais lavar os meus pés?
JESUS: O que eu faço não o sabes agora, mas o compreenderás depois.
PEDRO: Nunca me lavarás os pés.
JESUS: Se eu não te lavar os pés, não tens parte comigo.
PEDRO: Senhor, não apenas os pés, mas também as mãos e a cabeça.
JESUS: Aquele que já se banhou não necessita de lavar senão os pés, no mais esta todo limpo, mas nem todos entre vós está limpo. Eu vos dei
o exemplo para que façais o que eu fiz.

CENA 9- A ÚLTIMA SANTA CEIA.


(Enquanto todos conversavam e alegres)
JESUS- Filhinhos, ainda por mais um pouco estou convosco, e um novo mandamento vos dou:
Que vos ameis uns aos outros, assim como eu vos amei. Nisto saberão que são meus discípulos…
Esta noite a revolta tomará conta de vós, porque esta escrito: FERIREI O PASTOR E AS OVELHAS DISPERSARÃO.
PEDRO- Senhor eu nunca me revoltarei contra ti. Estarei sempre ao teu lado.
JESUS- Pedro! Simão Pedro, eu roguei ao Pai por ti, para que nunca te falte a fé, mesmo que me negues.
PEDRO- Ainda que tenha de morrer contigo, não te negarei.
JESUS- Ah Pedro! Em verdade te digo. Que ainda esta noite, antes que o gale cante duas vezes, três vezes me terás negado.
PEDRO- Mas Senhor eu estou pronto para ir contigo para a morte.
(Judas entra e senta na frente de Jesus)
JESUS- Um de vós há de me trair. O Filho do Homem irá para a morte conforme está escrito, mas ai daquele que o Filho do Homem foi traído.
Mas valeria a esse homem não ter nascido.
PEDRO- Serei eu Senhor?
(Rumores)
JOÃO- Quem é Senhor?
JESUS- É aquele a quem eu der o pão molhado.
(Jesus levanta o pão e o consagra e diz:
TOMAI E COMEI, ISSO É O MEU CORPO QUE SERÁ ENTREGUE POR VÓS.
(Divide o pão e vão passando, o último, Judas que está a sua frente não recebe o pão. Quando Jesus colocar o vinho no cálice Judas fala.)
JUDAS- Sou eu por acaso?
JESUS- Tu o dissestes. Tu deves saber. O que tens a fazer, faze-o depressa.
(Jesus entrega a ele o pão molhado, ele olha para o pão e fica de cabeça baixa, depois se retira.
Jesus levanta o cálice o consagra e diz:
NESTE CÁLICE ESTÁ O MEU SANGUE QUE SERÁ DERRAMADO POR VÓS. TOMAI E BEBEI. FAZEI ISSO EM MEMÓRIA DE MIM.

CENA 10- GETSEMANI


NARRADOR- Depois da ceia Jesus foi ao Jardim de Getsemani e levou três discípulos Pedro, João e Thiago. Estava angustiado e triste pela dor
que sentia dos pecados de toda a humanidade e sua dor era tanta que suou sangue.
JESUS: Minha alma está cheia de tristeza até a morte, ficai aqui e vigiai comigo.
(foi orar enquanto os demais dormiam).
Meu pai se possível passa de mim este cálice, todavia não seja como eu quero, mas como tu queres.
(voltou e disse):
Então nem uma hora podes orar comigo, vigiai e orai para que não entre em tentação, o espírito está pronto, mas a carne é fraca.
(retorna a orar).
Meu pai se não é possível afasta de mim este cálice, mas faça-se a tua vontade.
(Volta e os vê dormindo, retorna a orar pela terceira vez, quando volta aos discípulos e diz).
Eis que é chegada à hora e o filho do homem será entregue aos pecadores. Levantai-vos é chegado o que me trai.
(estando ele ainda a falar chegou Judas, os sumo sacerdotes e os soldados)
JUDAS: Salve Jesus, filho de Davi. (Beija na face)
JESUS: É com um beijo que vens trair o Filho do Homem?
(Os soldados se aproximam de Jesus e Pedro pega a espada.
PEDRO- Soltem o Mestre, seus vermes.
(Corta a orelha de um dos soldados, que grita de dor.)
JESUS: Guarde a espada, porque os que usam da espada, da espada morrerão.
(Jesus cura o soldado).
SOLDADO- Minha orelha está no lugar. Milagre! Milagre!
JESUS- Essa é a hora do poder das trevas. Se é a mim que procurais, deixai ir os outros.

CENA 11 - PEDRO NEGA JESUS E O SUICÍDIO DE JUDAS.


NARRADOR- Jesus é levado para o templo dos sumo sacerdotes, onde estavam reunidos os sumo sacerdotes e os escribas. Pedro por sua vez
o seguia de longe até o pátio do templo onde tinha algumas pessoas assentadas em roda.
Caifás: Tu és o filho de Deus?
JESUS- Tu o dizes.
CAIFÁS-(BATE NO ROSTO DE JESUS)- Blasfêmia! Para que desejamos ainda testemunhas?
ESCRIBA 1- Verdade, temos aqui algumas testemunhas que ouviram o que ele disse.
MULHER 1- Eu vi ele com as prostitutas.
MULHER 2- Vi ele fazendo curas dia de sábado. Sem autorização dos sacerdotes.
HOMEM- Eu ouvi ele dizer que destruiria o templo e em três dias o reconstruiria.
CAIFÁS- Nada dizes para te defender?
ANANÁS: Quantas mentiras tu e seus discípulos andaram a pregar?
JESUS: Falei publicamente ao mundo. Ensinei na sinagoga e no templo onde se reúnem os judeus e nada falei as ocultas. Por que me
perguntas?
CAIFÁS- Eu te esconjuro pelo Deus vivo, que nos diga se és o Cristo Filho de Deus.
JESUS- Tu dissestes. E desde agora vereis o filho do homem sentado à direita do Todo Poderoso.
ANÁS- Precisamos tomar uma decisão com esse malfeitor. Vamos.. Levem-no a Pilatos.
(Os soldados levam Jesus e passam por Pedro e Judas)
MULHER- Este andava com Ele.
PEDRO: Mulher! Não o conheço.
MULHER: Não queiras disfarçar. Tu também andavas com Jesus, o Galileu.
PEDRO: Já disse, não conheço esse homem.
HOMEM- Verdadeiramente, tu és um deles, pois a tua fala te denuncia, és galileu.
PEDRO: Não. Estas enganado. Não conheço este homem. (O galo canta duas vezes).
PEDRO: (Se ajoelha chorando) Como pude negar o meu Senhor. (Chorando amargamente, sai lembrando-se das palavras de Jesus.)
JUDAS-(aproxima-se dos sumo sacerdotes) O que estão fazendo com o meu Senhor?
ESCRIBA 2- O que desejas? Nós já te pagamos. O que queres mais?
ESCRIBA 1- Você o vendeu, não tens mais parte com ele.
JUDAS- Pequei traindo sangue inocente. Vendi um justo.
CAIFÁS: Que nos importa, isto é contigo.
JUDAS- Toma essas malditas moedas que me queimam as mãos...
CAIFÁS- Retira-te daqui, o vendeste, tens tua recompensa, não queremos essas moedas.
JUDAS- (Em tom de arrependimento) Ele não merecia. (Aos berros) Porcos imundos! Vocês me enganaram. Pequei, pequei…
ANÁS- Não podemos fazer mais nada por você. Agora retire-se daqui!
JUDAS- (Lamento) Ele é o prometido… Filho de Davi. Pequei entregando a morte um sangue inocente.
ESCRIBA 3- Já ouvistes. O problema é seu, Pagamos o que pediu. Retire-se daqui.
(Judas joga as moedas e sai de cena)
ANÁS: Não é correto colocar essas moedas no cofre das ofertas, porque é preço de sangue inocente.
JUDAS- Eu não mereço a vida. Eu sou um traidor… Eu prefiro a morte do que ver um inocente pagando um alto preço injustamente. E por minha
causa. Eu prefiro a morte...(Sai alucinado)
Eu prefiro a morte…
…...
TENTADOR- sai correndo e chorando, tocado de remorso de ter traído o seu Mestre,o teu mestre. O condenastes por 30 moedas ,trinta moedas
de prata! A única palavra que coa em tua mente e traidor! Traidor!

CENA 12 – SEXTA-FEIRA - JESUS PERANTE PILATOS


NARRADOR- Jesus é levado para ao palácio do grande Imperador Pôncio Pilatos para ser interrogado. Um tumulto povoa o Império com os
Sumo Sacerdotes, e o povo que os seguiram.
PILATOS- O que vindes fazer no meu castelo?Como pusestes este homem em tão mísero estado?
CAIFÁS- Oh! Grande pilatos! Escutai as nossas acusações contra esse criminoso.
PILATOS- Espero que realmente seja de extrema importância. (Pausa. Olha atentamente para Jesus) De que crime acusais este homem?
CAIFÁS- Se não o conhecêssemos como malfeitor, não o teríamos entregado.
Quem é esse homem?
ANÁS- Esse homem Pilatos é um mal feitor… Ele diz ser o Rei dos Judeus! É por isso que o trouxemos a sua presença.
PILATOS- É verdade isso que dizem: ÉS TU O REI DOS JUDEUS?
JESUS- Dizes isso de ti mesmo ou de outros que disseram a ti?
PILATOS- Por acaso sou eu judeu? Os de tua nação te entregaram a mim.
JESUS- O meu reino não é deste mundo.
PILATOS- Então és mesmo rei?

JESUS- Sou rei. Foi para isso que nasci e dou testemunho da verdade. Todo aquele que é da verdade ouve a minha voz.
PILATOS- O que é a verdade?
(Pausa… Pilatos fica interrogando Jesus e depois se volta para o povo)
PILATOS Interroguei Jesus e não vejo nele nenhum mal, nem perigo, do que é acusado.
POVO- Crucifica-o…

CENA 13 - JESUS / HERODES


CENTURIÃO- Vossa Majestade Rei Herodes!
HERODES- Que querem? Vieram interromper a minha festa?
CENTURIÃO- Pilatos mandou que julgasse este criminoso, por ser ele Galileu és tu que deve julgá-lo.
HERODES- Esse é o que diz ser o Filho de Deus? O prometido da profecia? Jesus de Nazaré?
CAIFÁS- Esse é o Jesus de Nazaré.
HERODES- Ah! É verdade?... O que devolve a visão aos cegos?… E que ressuscita os mortos?...(risos)… Salva os pecadores?… (risos)- (pega
uma das dançarinas e diz
- SALVA ESSA DAQUI? RISOS…
-Transforma essa água em vinho? Vai fazes o que te ordenes? Eu quero ver.
- Responde-me? Tu é Rei? (gritando…)
E quanto a mim? O que sou? (E joga vinho no rosto e Jesus…)
-Tirem… tirem esse homem da minha frente. Ele só está louco… (e se deita junto as dançarinas zombando de Jesus e todos riem.)
HERODES- Continuem a festa, vamos dançar, comer, beber e se divirtam, (e a festa continua…

CENA 14 – JESUS VOLTA PARA PILATOS


(Pilatos falando com a esposa)
PILATOS- O que é a VERDADE Cláudia?… Tu a ouves?… Reconhece quando alguém a diz?
CLÁUDIA- Sim. Eu ouço. .. Tu não?
PILATOS- Como Cláudia? Podes me dizer?
(Chega Jesus com o centurião e tudo o povo.)
CENTURIÃO- PILATOS! Herodes não condenou esse homem e o mandou para ti.
CLÁUDIA- Te peço meu esposo, Não sujes a tua mão com o sangue desse justo. Eu tive um sonho com ele… Te peço. Ele é um profeta.
PILATOS- Herodes não encontrou culpa nesse homem, e eu também não.
CAIFÁS- Pilatos, esse homem blasfema. Nós queremos que o condene pelos seus crimes.
ANÁS- Ele disse que derrubas o templo, e em três dias o edificará.
PILATOS: Não ouves o quanto testificam contra ti? Que dizes?
(A multidão esta dividida entre os que pedem pela sua morte e os que clamam por sua vida).
.

(A multidão pede a morte de Jesus, enquanto dois soldados entram com Barrabás).
SOLDADO: Governador pode soltar ou soltar este como de costume de páscoa.
Pilatos (à multidão): Então quais querem que eu vos solte? Barrabás ou Jesus chamado Cristo?
(E os sacerdotes os induziam para soltar Barrabás): Solte Barrabás! E prendam este homem. Ele é um impostor.
PILATOS: O que farei então com este homem?
SACERDOTES: Crucifique-o, soltem Barrabás e crucifique-o (e a multidão dizia o mesmo).
Pilatos (Ergue as mãos todos se calam e as lavando diz): Estou inocente do sangue deste justo; considerai isto.
(alguém na multidão): Que este sangue caia sobre nós e nossos filhos.
VIA SACRA
PILATOS- Como sabem cada anos, na Páscoa, solto um criminoso, e temos um famoso assassino preso, Barrabás.
CENTURIÃO- Tragam Barrabás.
PILATOS- Qual dos dois vocês querem que eu solte?
CAIFÁS – Barrabás…
POVO- Barrabás…
PILATOS- Soltem Barrabás. E o que querem que eu faça com ele?
PILATOS- Levem-no para ser castigado com chicotadas.

CENA 15 - FLAGELAÇÃO DE JESUS


(Zombarias e gargalhadas, os guardas empurram Jesus jogando um para o outro.
GUARDA 1- Ele disse que era o filho de Deus!
GUARDA 2- Manda teu Deus te libertar, oh filho do altíssimo!
GUARDA 3- Vamos flagela-lo, e ver se ele tem mesmo SANGUE DE UM FILHO DE DEUS.
(Escolha dos chicotes… batem em Jesus)
GUARDA 4- Ora, ora… um rei sem coroa, não é rei… QUE TAL PEGARMOS UMA COROA PARA HOMENAGEAR O GRANDE REI?
GUARDA 1- Jesus de Nazaré! Rei dos Judeus… eis aqui a tua coroa! (Coroação…)
GUARDA 5- Não devemos esquecer do cetro e do manto.. Afinal.. Um rei sem cetro e sem manto, não é rei.
CENTURIÃO – Pronto! Ele agora está com a dignidade de uma majestade.
- SALVE, OH GRANDE REI.
TODOS OS GUARDAS - SALVE, OH GRANDE REI
(Jesus é levado para Pilatos.
PILATOS: Eis o homem.
TODOS- Crucifica-o! Crucifica-o! Crucifica-o! Crucifica-o!
PILATOS- Mas hei de crucificar o vosso rei?
MULHER- Não temos outro rei senão César…
CAIFÁS- Se o soltares não és amigo do imperador, porque todo que se faz rei se declara contra o imperador.
TODOS- Crucifica-o! Crucifica-o! Crucifica-o! Crucifica-o!
PILATOS- Tragam uma bacia com água!… Eu lavo minhas mãos do sangue esse justo. E fique a condenação convosco… Levem-no daqui! Já
lavei as minhas mãos, teu próprio povo o condenou.

CENA 16- CALVÁRIO


NARRADOR- Seguia numerosa multidão até o monte calvário… Jesus arrasta sua pesada cruz pelas ruas de Jerusalém. Maria em prantos
tenta se aproximar do seu filho.
Soldados arrastam Jesus, coloca sobre seus ombros uma pesada cruz, no caminho alguns o gritando e outros chorando)
Maria: Como podem fazer isto, a meu filho amado. Não veem que condenam a morte um inocente, que cospem e escarneiam aquele que só
pregou o amor?
MARIA- Meu filho. Querem matar o meu filho…
JESUS- Oh! Filhas de Jerusalém não chorem por mim, chorai por vós mesmas e vossos filhos.
Jesus cai.
Novamente pega a Cruz e caminha mais um pouco, ele novamente cai, quando aproxima Verônica chorando e lhe seca o rosto, Jesus levanta e
caminha, novamente cai e os guardas pegam um homem que acompanha e manda que leve a Cruz, próximo ao Local da crucificação ela é
novamente entregue e Jesus, chegando no local ele é crucificado, sobre sua cabeça colocam uma placa inscrito “INRI” e lá já estão outros dois
ladrões também condenados a crucificação.

Jesus: É como dizes, sou rei. Nasci e vim a este mundo para dar testemunho da verdade e todo
(A multidão esta dividida entre os que pedem pela sua morte e os que clamam por sua vida).
: Matem este que diz ser rei dos judeus, este nada fez para merecer tal castigo, salvou aos outros agora não pode salvar-se, deixe-o em paz ele
é o filho de Deus!
(Jesus se cansa e cai quando ia passando Simão Sirineu e um soldado o manda ajudar Jesus)
(antes de levantar Jesus diz às mulheres que estão chorando): Filhas de Jerusalém, Não chorem por mim, choreis antes por vós mesmas e por
vossos filhos, porque eis que virão dias em que dirão: Bem aventuradas as estéreis e os ventres que não geraram e os peitos que não
amamentaram. Então começarão a dizer aos montes: Cai sobre nós! E aos outeiros: Cobre-nos. Porque se ao madeiro verde fazem isto, o que
se farão ao seco? (continua a caminha com Simão Sirineu).
NA CRUZ
(Quando terminam de levantar a cruz)
JESUS (Agonizante): Pai perdoa-lhes, pois não sabem o que fazem. (E repartiram suas veste e lançaram sorte sobre elas).
SOLDADO 1: Este veste não tem emendas.
SOLDADO 2: Então vamos lançá-la em sorte para ver de quem será.( Junto a cruz estavam Maria sua mãe, Maria mulher de Clopas e Maria
Madalena)
MARIA (Exclama alto): Meu filho!
JESUS: Mulher eis ai o seu filho (e ao discípulo). Eis ai sua mãe! (e os sacerdotes zombam dele)
SACERDOTE 1: Tu que destróis o templo e em três dias o reedificas, salva a ti mesmo.
SACERDOTE 2: Se tu eis o filho de Deus desça da cruz e creremos nele.
SACERDOTE 3: Salvou aos outros agora não pode salvar-se. Esse é o rei de Israel?
MALFEITOR DA ESQUERDA (gemendo): Se tu és o cristo salva a ti mesmo e a nós também.
MALFEITOR DA DIREITA (gemendo): Tu nem ainda temes a Deus, estando na mesma condenação? E nós, na verdade, com justiça, porque
recebemos o que nossos feitos mereciam; mas este nenhum mal fez. (disse a Jesus): Senhor lembra-te de mim, quando entrares no seu reino.
JESUS: Em verdade te digo que hoje mesmo estarás comigo no paraíso. Eloí, Eloí, lama sabactâni.
Sacerdote: Veja ele chama por Elias, vamos ver se ele vem livrá-lo.
JESUS: Tenho sede. (Molhando a esponja com vinagre o dá de beber, com grande voz diz): Pai em tuas mãos entrego o meu espírito esta
consumado.
CENTURIÃO: Verdadeiramente este era o filho de Deus.
«Verdadeiramente, este homem era o Filho de Deus!» 
NARRADOR- . Jesus conheceu-nos e amou-nos, a todos e a cada um, durante a sua vida, a sua agonia e a sua paixão, entregando-Se por cada
um de nós

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