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A Paixão de Cristo

Por Alzemir Oliveira

Prólogo: A profecia

ISAÍAS – (essa fala é gravada – durante a audição tudo deve estar no escuro – a voz deve ser forte
e proclamativa).

Quando o messias vier, o espírito do Senhor repousará sobre ele, porque o Senhor o consagrou pela
unção; Ele virá para levar a boa nova aos pobres, curar os corações doloridos, proclamar a
libertação dos escravos e pôr em liberdade os prisioneiros; proclamar um ano de graça da parte do
Senhor, consolar todos os aflitos, dar o óleo da alegria em vez de vestidos de luto, cânticos de glória
em lugar de desespero. Reconstruiremos as ruínas antigas, as cidades arruinadas e os escombros de
muitas gerações. Virão estrangeiros apascentar o nosso gado, servir de lavradores e vinhateiros,
seremos chamados de sacerdotes do Senhor, qualificados de ministros do nosso Deus. Já que
tivemos parte dupla de vergonha, receberemos parte dupla de herança; nossa alegria será eterna.
Porque o Senhor ama a equidade e detesta o roubo e a injustiça, vai nos dar fielmente a recompensa
e estabelecer conosco uma aliança eterna. Seremos conhecidos entre as nações e também nossa
geração: todos, quando nos ver, reconhecerão que somos a abençoada raça do Senhor.

I ATO - O NASCIMENTO DE JESUS

Cena 1: Anunciação

(Nesta cena o mais importante é a imagem).

Anjo – Ave cheia de graça, o Senhor é contigo! Não temas Maria, pois encontraste graça diante de Deus.
Eis que conceberás e darás a luz a um filho, e lhe porás o nome de Jesus. Ele será grande e chamar-
se-á filho do Altíssimo, e o senhor Deus lhe dará o trono de seu pai Davi; e reinará eternamente na
casa de Jacó, e seu reino não terá Fim.

Maria – Como se fará isso? Pois nunca estive com homem algum.

Anjo – O Espírito do Senhor descerá sobre ti, e a força do altíssimo te envolverá com a sua sombra. Por
isso o Ente Santo que nascer de ti será chamado filho de Deus.

(A luz se apaga – a voz do narrador ecoa – em outro plano surge Isabel).

Cena 2: Maria e Isabel

Narrador – Naqueles dias, Maria se levantou e foi às pressas às montanhas, a uma cidade de Judá...

Maria – Isabel!

Isabel – Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre! Donde me vem a honra de vir a
mim a mãe do meu Senhor? Pois assim que a voz de tua saudação chegou aos meus ouvidos, a
criança se estremeceu de alegria em meu seio. Bem aventurada és tu que creste, pois hão de se
cumprir as coisas que da parte do Senhor te foram ditas.

Maria –Minha alma glorifica o Senhor, meu espírito exulta de alegria em Deus meu salvador, porque
olhou para a sua pobre serva. Por isso, desde agora, me proclamarão bem-aventurada todas as
gerações, porque realizou em mim maravilhas aquele que é poderoso e cujo nome é santo. Sua
misericórdia se estende, de geração em geração, sobre os que o temem. Manifestou o poder do teu
braço! Desconcertou os corações dos soberbos. Derrubou do trono os poderosos e exaltou os
humildes. Saciou de bens os indigentes e despediu de mãos vazias os ricos. Acolheu a Israel, seu
servo, lembrando de sua misericórdia, conforme prometera a nossos pais, em favor de Abraão e sua
posteridade, para sempre.

Narrador: completado o período de gestação em pleno período de recenseamento decretado pelo


Imperador Cesar Augusto, sem conseguir lugar para descanso, Jesus nasce em meio aos animais
numa simples estrebaria, os anjos cantam glória, o céu em festa, o mundo recebe o salvador
encarnado em nosso meio.

Cena 3: o Nascimento

Sem texto, mostrar o nascimento de Jesus, no telão, mostrar imagens de nascimentos do dia a dia e de
indígenas.

ATO II – A MISSÃO DE JESUS

Cena 1: O Batismo

Narrador: Jesus foi apresentado no templo como mandava a tradição. O tempo passou, Jesus cresceu e
chegou a hora de sua missão ser consagrada. Caminhando pelo Jordão foi encontrar o profeta João,
filho de Isabel seu primo.

Cantos Hinários litúrgicos – João Batista Clamou no deserto

João Batista clamou no deserto:


“Preparai ao Senhor uma estrada,
Eis que o Reino de Deus está perto,
Escutai geração transviada!” Multidão
Mudai de vida, mudai,
Convertei-vos de coração! Multidão
Fazei a vontade do Pai,
Amai, servi aos irmãos;,
Fazei a vontade do Pai,
Lutai por um mundo de irmãos;
Fazei a vontade do Pai,
O chão é de todos, e o pão!
Jesus Cristo, o Filho de Deus,
Batizado por João no Jordão,
Inaugura o reino do Pai,
Co'este santo e solene pregão:
{refrão}

João: Eu sou a Voz do que clama no deserto: “Convertei-vos, pois o Reino dos Céus está próximo”.
'Preparem o caminho para o Senhor, façam veredas retas para ele. Todo vale será aterrado e todas as
montanhas e colinas, niveladas. As estradas tortuosas serão endireitadas e os caminhos acidentados,
aplanados. “E toda a humanidade verá a salvação de Deus”. (olhando para os fariseus e plateia)
“Raça de víboras”! Quem deu a vocês a ideia de fugir da ira que se aproxima? Deem frutos que
mostrem o arrependimento. E não comecem a dizer a si mesmos: 'Abraão é nosso pai'. Pois eu digo
que destas pedras Deus pode fazer surgir filhos a Abraão. O machado já está posto à raiz das
árvores. Toda árvore que não der bom fruto será cortada e jogada ao fogo. Eu vos batizo com água,
para a conversão. Mas aquele que vem depois de mim é mais forte do que eu. Eu não sou digno nem
de levar suas sandálias. Ele vos batizará com o Espírito Santo e com fogo. “Ele traz a pá em sua
mão e vai limpar sua eira: o trigo, ele o guardará no celeiro, mas a palha, ele a queimará num fogo
que não se apaga”.

(Nesse momento surge no plano oposto Jesus que caminha até João que se ajoelha).

Jesus: João meu primo, batiza-me.

João: Eu é que preciso ser batizado por você, e você está querendo que eu o batize?

Jesus: Deixe que seja assim é dessa maneira que faremos tudo o que Deus quer.

(E João concordou. O batizou e Jesus seguiu)

Cena 2: A Tentação no Deserto

Narrador: Jesus humano havia sido fragilizado por sua condição debilitada no deserto, após quarenta dias
em jejum, tinha que ser tentado para passar pela prova do livre arbítrio, da liberdade e da
voluntariedade. Sua carne poderia escolher seu próprio benefício dando voz ao caminho do mal, ou
escolher o caminho do bem, vencendo todos os desejos que personificam os desejos humanos.
Depois disto, Jesus foi levado pelo Espírito Santo ao deserto para ser tentado pelo Diabo. 2 Durante
quarenta dias e quarenta noites nada comeu; por fim, sentiu fome.

Diabo: “tens fome Jesus? Tens tanto poder... podes ter o que quiser basta pedir... Se és verdadeiramente o
Filho de Deus, manda a estas pedras que se transformem em pão e elas saciarão tua fome”.

Jesus: “Nem só de pão viverá o homem, mas de toda a palavra que sai da boca de Deus.”

Diabo: “Se és o Filho de Deus, salta! Pois, segundo as Escrituras: Deus dará ordens aos seus anjos para
que te defendam e protejam. Eles te sustentarão com as suas mãos, para que não tropeces nas pedras
do caminho.”

Jesus: “Mas as Escrituras também dizem: Não deves provocar o Senhor, teu Deus.”

Diabo: “Eu te darei todo o poder sobre toda a terra e sobre todas as pessoas e toda a glória destes reinos,
porque me foram entregues e tenho autoridade para doá-los a quem bem entender. Portanto, se
ajoelha-te diante de mm, se me adorares, tudo isso será teu!”

Jesus: “Está escrito: Ao Senhor teu Deus adorarás e só a Ele darás culto’”.

Diabo: olha Jesus, é por essa gente que irás se sacrificar? Eles não merecem teu amor, são egoístas,
ambiciosos, cruéis, sem coração, não se compadecem nem com os de sua espécie. Buscam riquezas,
poder, prazer. Eles te desprezam, eles riem de ti. Eles não se importam com a vida, com a natureza,
com o bem comum... Se me adorares te farei soberano de todos eles e os subjugará. (neste momento
deve aparecer no telão imagens e cenas de morte, genocídio, negligencia humana, violência,
fome...).

Jesus: Afasta-te, Satanás! As Escrituras dizem: Adorarás somente o Senhor teu Deus e Só a ele servirá.

(O diabo se afasta – a luz muda e Jesus segue caminhando)

Cena 3: Os Ensinamentos de Jesus


Narrador: Jesus percorria toda a Galileia, ensinando nas sinagogas, anunciando a Boa-Nova do Reino e
curando toda espécie de doença e enfermidade do povo. Sua fama também se espalhou por toda a
Síria. Levaram-lhe todos os doentes, sofrendo de diversas enfermidades e tormentos: possessos,
epiléticos e paralíticos. E ele os curava. Grandes multidões o acompanhavam, vindas da Galileia, da
Decápole, de Jerusalém, da Judéia e da região do outro lado do Jordão.

Jesus: Felizes os pobres no espírito, porque deles é o Reino dos Céus. Felizes os que choram, porque
serão consolados. Felizes os mansos, porque receberão a terra em herança. Felizes os que têm fome
e sede da justiça, porque serão saciados. Felizes os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia.
Felizes os puros no coração, porque verão a Deus. Felizes os que promovem a paz, porque serão
chamados filhos de Deus. Felizes os perseguidos por causa da justiça, porque deles é o Reino dos
Céus. Felizes sois vós, quando vos injuriarem e perseguirem e, mentindo, disserem todo mal contra
vós por causa de mim. Alegrai-vos e exultai, porque é grande a vossa recompensa nos céus. Pois foi
deste modo que perseguiram os profetas que vieram antes de vós.

Não penseis que vim abolir a Lei e os Profetas. Não vim para abolir, mas para cumprir. Portanto,
quem desobedecer a um só destes mandamentos, por menor que seja, e assim ensinar os outros, será
considerado o menor no Reino dos Céus. Porém, quem os praticar e ensinar será considerado
grande no Reino dos Céus.

“Vós sois o sal da terra. Vós sóis a luz do mundo. Não se acende uma lâmpada para colocá-la
debaixo de uma caixa, Assim também brilhe a vossa luz diante das pessoas, para que vejam as
vossas boas obras e louvem o vosso Pai que está nos céus.

Amai os vossos inimigos e orai por aqueles que vos perseguem! Assim vos tornareis filhos do vosso
Pai que está nos céus; pois ele faz nascer o seu sol sobre maus e bons e faz cair à chuva sobre justos
e injustos. Se amais somente aqueles que vos amam, que recompensa tereis? Os publicanos não
fazem a mesma coisa? E se saudais somente os vossos irmãos, que fazeis de extraordinário? Os
pagãos não fazem a mesma coisa? Sede, portanto, perfeitos como o vosso Pai celeste é perfeito.

(Neste momento vários quadros serão vistos – imagens de milagres- atos de Jesus... cura do cego, a
ressurreição de Lázaro, expulsão demônios, o apedrejamento de Maria Madalena... essas imagens
são silenciosas, para cada cena uma luz, uma trilha sonora envolvente e imersiva e no telão
imagens correspondentes) apagam-se as luzes e entra a narração).

III ATO: A Angustia da Véspera

Cena 1: A Trama Traiçoeira

Narrador: os atos de Jesus ecoaram por toda parte e começou incomodar os lideres religiosos que
sentiram que seu poder e domínio poderiam estar ameaçados. Reuniram os sacerdotes e tramaram
contra Jesus seduzindo com dinheiro um de seus discípulos mais fracos.

(Reunidos na casa de Caifás lideres religiosos e do governo local)

Caifás: Muito perigoso o discurso desse tal Jesus, mandei espiões para que ouvissem suas mentiras e
pudéssemos usar contra ele. A multidão o segue cegamente, e começam a questionar nossas
estruturas.

Anás: Dizem que ele faz milagres, que expulsa demônios, cura cegos, leprosos, absolve os pecados e se
diz o messias, o enviado de Deus.
Sacerdote 1: Blasfêmia! Heresia! Esse tal Jesus é um perigo para a Igreja e para a sociedade.

Sacerdote 2: É um subversivo, não passa de mais um, tentando ser revolucionário, quer chamar atenção,
logo logo se calara ou nós o calaremos como fizemos com outros falsos profetas.

Caifás: não podemos correr o risco, durante anos preparamos as pessoas pra seguir nossos ensinamentos e
agirem conforme as escrituras e de repente vem esse Jesus subverter a ordem das coisas, questionar
nossa autoridade. O povo pode se voltar contra nós.

Anás: pois vamos usar contra ele a própria multidão que o segue, o povo é fácil de manipular, basta
inventar umas histórias, encontrar algumas pessoas que possam servir de testemunhas contra ele e
pronto, tudo estará resolvido.

Sacerdote 1: Podemos empurrar o julgamento para Herodes e Pilatos, assim ele será condenado a morte e
nunca mais nos sentiremos ameaçados.

Sacerdote 2: Não podemos sujar nossas mãos de sangue não vai pegar bem, vamos exigir que Herodes e
Pilatos o condene, por perturbação da ordem, por disseminar falsas ideologias, por liderar grupos
contra o governo...

Caifás: Eu já providenciei que um de seus discípulos nos entregue Jesus, um preço pequeno para cessar
tal ameaça. 30 moedas de prata.

Anás: quem é esse discípulo?

Caifás: Guardas! Mandem o judeu entrar... (entram empurrando Judas), meus amigos lhes apresento:
Judas Iscariotes um dos discípulos de Jesus. (dirigindo-se a Judas) como havíamos combinado,
aqui estão as trinta moedas de prata, faça bom proveito.

Anás: como saberemos quem é Jesus, como o identificaremos?

Judas: Calma Senhores, farei como combinado! Darei um sinal, aquele a quem eu beijar o rosto é Jesus,
porém cumpram o combinado, ele será apenas detido, preso por perturbação e logo será solto certo?

Caifás: Mas é Claro meu jovem, afinal o que ele fez de mais para merecer punição mais severa?! (Ironia)
pegue seu dinheiro e suma daqui, nunca te vimos, nem nos falamos (riem todos).

Judas: ele está no Jardim das Oliveiras, iremos pra lá após a ceia, fiquem atentos ao sinal... (sai
correndo).

Caifás: Soldados! Preparem-se logo mais sairemos para prender esse criminoso chamado Jesus...

(Todos bebem e riem – a luz apaga – o som muda).

Cena 2: O Lava Pés

(Os Discípulos, Maria e Maria Madalena entram e começam a arrumar o local da ceia, então
Jesus entra com Pedro e João).

Narrador: Jesus sente que sua “hora” se aproxima, reúne os seus discípulos e manifesta-lhes o último
desejo com um gesto que marcará para sempre a história da humanidade: o “lava-pés”.

Jesus: Meus irmãos e irmãs companheiros e companheiras de caminhada logo minha hora chegará e em
breve não estrei mais entre vós.
João: não digas isso mestre, sempre estaremos junto a ti onde quer que vá.

Jesus: (levanta, pega a toalha e a jarra de água e começa a lavar os pés dos discípulos que não entendem o
gesto - quando chega em Pedro ele questiona).

Pedro: Senhor, tu vais lavar os meus pés?

Jesus: O que eu faço não o sabe agora, mas o compreenderás depois.

Pedro: Senhor queres lavar os meus pés?!

Jesus: Se eu não te lavar os pés, não terás parte comigo.

Pedro: Senhor, então lava não apenas os meus pés, mas também as mãos e a cabeça.

Jesus: Aquele que já se banhou não necessita de lavar senão os pés, no mais esta todo limpo, ora vós
estais limpos, mas não todos, nem todos estais limpos. Se eu, senhor e mestre, vos lavei os pés, vós
deveis também lavar os pés uns dos outros. Eu vos dei exemplo para que façais o que eu fiz.

Cena 3: A Ceia

(Enquanto todos conversavam e comiam alegres)

Jesus: Em verdade vos digo que um de vós há de me trair.

Discípulos: (todos dizem um a um): Porventura sou eu senhor?

Jesus: O que comigo, pois a mão no prato esse me trairá. Em verdade vos digo que o filho do homem vai
como a respeito dele está escrito. Mas ai daquele por quem o filho do homem será traído, bom seria
para esse homem se não tivesse nascido.

Judas: Porventura sou eu Rabi?

Jesus: tu o disseste. (Abençoa o pão): Tomai comei, isto é o meu corpo que é dado por vós, fazei isto em
memória de mim (todos pegam uma partícula do pão, Jesus ergue o cálice).

Jesus: Este cálice é a nova aliança do meu sangue, fazei isto todas as vezes que beberdes, em memória de
mim, pois não beberei mais deste fruto da videira, até o dia em que eu beber o vinho novo convosco
no reino de meu pai. (todos ceiam e saem)

Cena 4: O Jardim das Oliveiras

Narrador: A noite estava estranha, algo no ar era sinistro traiçoeiro, estava frio, jesus e seus amigos forma
para um lugar chamado monte das Oliveiras para rezarem e descansarem antes da páscoa.

Jesus: Todos vós esta noite vos escandalizareis de mim, porque está escrito: Ferirei o pastor, e as ovelhas
do rebanho se dispersarão. Mas depois de eu ressuscitar, irei adiante de vós para a Galileia.

Pedro: Ainda que todos se escandalizem em ti, eu nunca me escandalizarei.


Jesus: Em verdade te digo que, nesta noite, antes que o galo cante três vezes me negarás.

Pedro: Ainda que me seja necessário morrer contigo, não te negarei (e todos os discípulos disseram o
mesmo).

Discípulo 1: Senhor! Estão aqui as duas espadas.

Jesus: É o bastante, Pedro, João venham comigo... (vem para o plano primário na frente e diz para Pedro):
Minha alma esta cheia de tristeza até a morte fique aqui e vigiai comigo. (Jesus se afasta e para orar
enquanto os demais dormiam). Meu pai! se possível afasta de mim este cálice, a hora se aproxima e
a dor já me corta a carne, mas que não seja feita a minha mas a tua vontade. (voltou e diz a João e
Pedro): Então nem uma hora podes orar comigo, vigiai e orai para que não entre em tentação, o
espírito esta pronto, mas a carne é fraca. (retorna a orar). Meu pai! se não é possível que este cálice
passe sem que eu o beba, cumpra-se a tua vontade. (Volta e os vê dormindo, retorna a orar pela
terceira vez, quando volta aos discípulos e diz). Dormi agora e repousai; eis que é chegada à hora e
o filho do homem será entregue aos pecadores. Levantai-vos é chegado o que me trai.

(A música muda para um clima tenso e de suspense – a luz muda – os soldados e os Escribas se
aproximam mas ficam a certa distancia no segundo plano)

(estando ele ainda a falar chegou Judas e grande multidão)

Judas: O que eu beijar é esse devem prender. (Se aproxima de Jesus e diz): Eu te saúdo Rabi.

Jesus: Amigo, a que vieste?(Judas o beija).

Jesus: Traíste-me com um beijo? (Os soldados prendem Jesus e Pedro corta a orelha do soldado “Malco”)

Jesus: Guarde no seu lugar a sua espada Pedro, porque os que lançarem a mão da espada, é pela espada
morrerão. Pensas que não poderia orar a meu pai e ele não me daria mais de doze legiões de anjos?
Como, se cumpririam às escrituras?

(Jesus cura o soldado e diz a multidão).

Jesus: Então é como espadas e porretes que vens me prender? Como um criminoso? Todo o dia me
assentava junto de vós ensinando no templo, e não me prendeste.

Caifás: vamos prendam esse homem! (então os discípulos fugiram correndo com medo de serem presos e
mortos).

Cena 5: Pedro nega Jesus e o suicídio de Judas.

(Esta cena é rápida, porém, deve conter muita expressão de culpa, arrependimento - algumas
pessoas estão assentadas em roda quando entra Pedro, e uma mulher e diz)

Mulher 1: Este também estava com Ele.

Mulher 2: Eu o vi com Jesus és um de seus discípulos!

Pedro: Mulher! Não o conheço.

(Todos saem e entram os três sacerdotes – o som e a luz muda)


Judas (chega-se a eles): Pequei traindo sangue inocente.

Sacerdote 1: Que nos importa, isto e contigo.

Judas: tomem esse dinheiro que me queima as mãos... (Judas joga as moedas e sai de sena)

Sacerdote: Não é correto colocá-las no cofre das ofertas, porque é preço de sangue.

(Os três saem de cena entra Pedro e outros dois grupos de pessoas. E novamente perguntam a
Pedro).

Mulher 3: Tu também estavas com Jesus, o Galileu eu vi!

Pedro: Não conheço tal homem.

Mulher 4: Verdadeiramente, tu és um deles, pois a tua fala te denuncia.

Pedro: Não conheço este homem. (O galo canta).

Pedro: Como pude negar o meu Senhor.

(Chorando amargamente, lembrando-se das palavras de Jesus, sai em seguida entra Judas olha
bem para a plateia e sai correndo então aparece apenas a sombra de seu enforcamento).

IV ATO – O Julgamento- Sentença de Morte

Cena 1: O Tribunal Maldito

Narrador: A madrugada era longa, traiçoeira e cheia de armadilha para Jesus. Os Sacerdotes eram capazes
de tudo para preservar sua ideologia e seu status. Jesus foi levado para vários julgamentos armados
contra ele, Diante do sinédrio, diante de Herodes rei dos judeus e por ultimo, para o governador
Poncio Pilatos o único com o poder de condenar a morte. O julgamento de Jesus na presença de
Caifás só acabou de madrugada. Levaram-no em seguida para o palácio de Pilatos. Os seus
acusadores não podiam entrar, porque isso os tornaria impuros, segundo diziam, impedindo-os de
comer o cordeiro pascal. Assim, Pilatos, saiu ao encontro deles.

Pilatos: Senhores que emergência trazem até mim? Não tem vós as próprias leis?

Anás: Te trazemos este homem que chamam de Jesus para ser julgado, punido, condenado...

Pilatos: “Que queixa têm contra este homem?”

Sacerdote 1: “Se não fosse malfeitor não te teríamos trazido”, (retorquiram).

Pilatos: “Pois então levem-no e julguem-no vocês mesmos de acordo com a vossa Lei!”.

Caifás: “Mas queremos que seja condenado a morte e nós não podemos fazê-lo”.

Pilatos: (Pilatos voltou para dentro do palácio e mandou que lhe levassem Jesus). “És o rei dos judeus?”.

Jesus: “Perguntas isso de ti mesmo ou são outros que o querem saber?”


Pilatos: “Sou porventura judeu?”. “O teu povo e os principais sacerdotes é que te trouxeram aqui. Que
fizeste?”

Jesus: “Não sou um rei terreno. Se o fosse, os meus discípulos teriam lutado, quando os judeus me
prenderam. Mas o meu reino não é deste mundo.”

Pilatos: “Então és rei?”.

Jesus: “Tens razão em dizer que sou rei. De facto, foi para isso que nasci. E vim para trazer a verdade ao
mundo. Todos os que amam a verdade escutam a minha voz.”

Pilatos: “O que é a verdade?”. (Tornando a sair ao povo). “Ele não é culpado de crime algum. Porém, é
vosso costume pedir-me que solte alguém da prisão todos os anos pela Páscoa. Então, não querem
que vos solte o rei dos judeus?” Tenho nos calabouços o criminoso conhecido como Barrabás,
cometeu muitos crimes contra o império e também é subversivo, violento. Este homem não oferece
risco, não cometeu crime algum não há provas contra ele.

(Nesse momentos os escribas e sacerdotes se mobilizam e trazem a cena suas estemunhas... a


música cria o clima de tensão e suspense...)

Sacerdote 2: Temos Testemunhas, pessoas que vieram até nós para denunciar as heresias e absurdos da
parte desse Jesus, eles atestam seus crimes contra a igreja e contra a sociedade. Podem entrar!

Testemunha 1: Eu estava na multidão quando ele disse que era o salvador, o filho de Deus, o Enviado que
veio redimir os pecados do mundo. Isso é Heresia (Gritando... A multidão retribui eufórica).

Testemunha 2: Ouvi quando ele disse que se destruísse o templo ele reconstruiria tudo em três dias... Que
Absurdo!!!

Testemunha 3: Mandou expulsar demônios e curar pessoas... Quem tem esse poder? Esse homem é uma
fraude, tudo o que diz é mentira e enganação!!!

Testemunha 4: Diz que veio subverter a ordem das coisas, qual é a nova ordem? Não se deixem enganar
pelo discurso desse homem, por traz dessa cara de inofensivo se escondem ideias perigosas. Ele
quer criar o caos, confundir nossa cabeça... ele deve morrer!!!

(A multidão fica cada vez mais eufórica reativa e grita sem parar... no meio da multidão estão:
Maria, Maria Madalena e João, Veronica alguns discípulos....

Caifás: Não Percebe quão perigoso é esse homem? A Multidão quer justiça! O Povo quer que ele seja
Condenado!

Pilatos: tragam Barrabás! (Os soldados entram com Barrabás com as mão amarradas e ficam ao lado por
segurança segurando-o). Seguindo vossa tradição vos darei uma escolha. Quem vós quereis que eu
solte?

Povo: Barrabás! Solte Barrabás!

Pilatos: (Faz um sinal e os guardas soltam Barrabás que corre para a Multidão... Pilatos segue...) Vou
mandar açoita-lo como castigo, “Vou tornar a trazê-lo, mas que fique bem entendido que não o acho
culpado de coisa nenhuma”.

(Nesse momento os soldados levam Jesus com violência até o plano lateral onde começam as
sessões de tortura e flagelo – no telão deve aparecer imagens de tortura, julgamentos injustos,
violência e injustiças – A trilha sonora deve ser envolvente e imersiva, triste, para provocar
reflexão, compaixão...).

Cena 2: A Flagelação

Soldado1: Então esse é o famoso rei dos judeus? Meus amigos vejam quanta honra em nossos
calabouços!(irônico – todos riem).

Soldado 2: Vamos fazer uma massagem pra ele relaxar antes da coroação! (Riem – pegam os chicotes e
começam a acoita-lo com brutalidade e violência – começam a sessão de tortura – chicotadas,
empurrões, tapas...).

Soldado 3: (Entra como quem está terminando de tecer uma coroa de espinhos) Um grande rei não pode
ficar sem sua coroa... Viva o rei Jesus! (irônico e rindo – coloca com violência a coroa na cabeça
de Jesus).

Soldado 4: Ei o manto digno de Vossa majestade! (Cobre Jesus com o Manto – Jesus está cansado,
ensanguentado, ferido, fraco, jogado ao chão... entra o comandante da guarda...).

Comandante: O que estão fazendo?! Por acaso querem mata-lo?! O Governador não o condenou a morte,
não ainda, quer que soframos as consequências?! Vamos levantem esse homem! Levem de volta
para Pilatos!

(Os soldados levantam Jesus, agora sérios por terem sido repreendidos – deixam-no diante de
Pilatos que vem até ele chocado com o que vê – os sumos sacerdotes também ficam horrorizados
com tal violência...).

Cena 3: A Sentença Final

Pilatos: “Eis o Homem!”

Sacerdote e Multidão: (Ao vê-lo, os principais sacerdotes e os guardas do templo começaram a gritar)
“Crucifica-o! Crucifica-o!”

Pilatos: “Levem-no e crucifiquem-no vocês! Eu não acho que seja culpado de nada!”.

Caifás: Pela nossa Lei ele deve morrer, porque se intitulou Filho de Deus!.

Pilatos: (Quando Pilatos ouviu isto, ficou mais assustado do que nunca. Tornando a levar Jesus para
dentro do palácio, perguntou-lhe): De onde és tu? (...) Não queres dizer nada? (...), Não
compreendes que tenho poder para te soltar ou para te crucificar?

Jesus: “Não terias poder nenhum sobre mim se não te tivesse sido dado do alto. Por isso, ainda maior é o
pecado de quem me trouxe aqui!.

(Pilatos tentou ainda soltá-lo, mas os judeus avisaram-no)

Anás: “Se soltares esse homem, não és amigo de César. Quem se proclama rei é culpado de rebelião
contra César!”
Pilatos: (Perante estas palavras, Pilatos tornou a levar-lhes Jesus e presidiu à sessão do tribunal, na
plataforma de lajes, que em hebraico se chama Gabatá. 14 Era agora cerca do meio-dia da véspera
da Páscoa). Eis ai o vosso rei!”

Sacerdotes: Fora com ele!”, “Fora com ele! Crucifica-o!”

Pilatos: “O quê? Crucificar o vosso rei?”.

Sacerdotes: “Não temos outro rei senão o César”.

Pilatos: Tragam-me água e toalha... (Entram dois servos com agua e toalha e derramam sobre a mão de
Pilatos) “Estou inocente do sangue deste homem justo. Esta é uma questão vossa!”.

Sacerdotes: Que o sangue e a responsabilidade recaiam sobre nossas cabeças e sobre nossos filhos!.

(Nesse momento os saldados pegam Jesus e mandam trazer o madeiro no qual será crucificado – o
povo assume um paredão de fundo por onde Jesus deverá passar na sua via de sofrimento – a luz
muda e as próximas cenas serão imagens com luz e sons próprios como um álbum de fotografia –
Referencia aos quadros de Caravaggio – para cada cena acompanham a trilha sonora, efeitos e
ruídos específicos para semiótica da imagem apresentada).

ATO V – O Caminho da Dor

Cena 1: A Primeira queda

Narrador: Primeira queda! (...) Tão desfigurado estava que não parecia mais gente, tinha perdido toda a
sua aparência humana. As nações numerosas levaram um susto. Diante dele os reis e poderosos vão
fechar a boca. Ó, Senhor, fazei novas todas as coisas. Que o mal presente no mundo seja vencido.
Jesus recebe a cruz novamente e segue a caminhada. Se aproxima Maria.

Cena 2: O encontro com a Virgem Maria

Canto: De Maria lacrimosa, Sua Mãe tão dolorosa, vê a imensa compaixão.


Pela Virgem dolorosa, Vossa Mãe tão piedosa, /:perdoai-me, bom Jesus.

Narrador: Maria Santíssima chorou a dor de seu Filho. Hoje, mães choram a morte de seus filhos que
viraram mercadoria na mão de traficantes de drogas. Nenhum de nós é mercadoria e nossa vida não
tem preço nem depende dos bens que possuímos. Dai-nos a graça, Senhor, de lutar pelo novo céu e
por nova terra

Maria: Vós que passais pelo caminho, olhai e vede se há dor comparável à minha dor! Filho meu!...
Carne de minha carne! Sangue do meu sangue! Pudera eu carregar esse fardo por ti filho amado! A
dor dilacera meu peito ao te ver desfigurado.
Jesus: Mãe! Enxuga teu pranto! Fique forte!

(Nessa ocasião no telão cenas de ajuda e socorro de suas mães e com seus bebes)

Cena 3 – A ajuda de Simão Cireneu


Cena 3: Simão o Cirineu

Comandante: Ei, você. Aproxime-se. Ajude este infeliz a carregar a cruz. Qual seu nome?

Cireneu: Me chamo Simão. Sou de Cirene.

Narrador: (enquanto o Cireneu carrega a cruz): Jesus assumiu o caminho do calvário carregando a cruz.
No meio das aflições deste mundo, o cristão é aquele que se entrega ao serviço e à solidariedade,
especialmente junto aos irmãos desanimados pelo peso do sofrimento.

Canto: Em extremo desmaiado, deve auxílio, tão cansado, /:receber do Cireneu :/


Pela Virgem dolorosa, Vossa Mãe tão piedosa, /: perdoai-me, bom Jesus:

Cena 4 – Verônica enxuga o rosto de Jesus


(Música. Entra Verônica, com um pano fechado, e limpa o rosto de Jesus. É afastada pelos
soldados e, ao cair no chão, deixa cair aberto o pano. As mesmas meninas que antes entraram
dançando, recolhem o pano e Verônica as acompanha. Durante a música, vão mostrando o pano às
pessoas. Verônica recebe o pano e sai).

Deixe-me passar! Deixe-me passar!

Senhor deixai-me enxugar vossa face com este pano! (enxuga o rosto de Jesus)

Vejam! Vejam! Homens cruéis!

Vejam o rosto deste justo estampado neste pano. Acaso não veem que vão matar a esperança do mundo? Que vai
matara única e verdadeira luz?!

Cena 5 – Jesus consola as mulheres.

(As meninas que fizeram a dança se aproximam de Jesus. Chorando, ficam paradas na frente dele).

Jesus – Mulheres de Jerusalém, não chorem por mim, mas chorem por vocês e por seus filhos.

Narrador: Por que tantas desigualdades? Por que tanta miséria? Precisamos estender as mãos a todas as
pessoas que buscam o necessário para viver dignamente e, juntos, caminhar com os que trabalham
sem ganhar o necessário, com os enfermos que não conseguem remédios e cuidados, com os
moradores de rua, os acampados sem terra, os desempregados, os famintos. No vosso rosto, Senhor,
contemplamos o rosto desfigurado dos oprimidos. Ajudai-nos, Senhor, a vencer os preconceitos e a
discriminação. Ajudai-nos, Senhor, a ter misericórdia e compaixão com os que esperam consolo e
acolhida.

Cena 6 – Jesus é despojado de suas vestes

Canto: De suas vestes despojado, sem piedade mal tratado, /:eu Vos vejo, meu Jesus. :/ Pela
Virgem dolorosa, Vossa Mãe tão piedosa, /:perdoai-me, bom Jesus :/

(Os soldados retiram o manto que cobre Jesus. Deve-se estar no local da crucificação).

Narrador: Jesus, Deus feito homem, deixou-se ser despojado de tudo. Ó, Senhor, livrai-nos da ganância e
da cobiça. Ajudai-nos a colocar, fraternalmente, nossos bens a serviço do povo desta terra. A
criação é nosso bem comum. Não devemos viver no egoísmo e na indiferença. Tu ofereces a todos
os mesmos bens. Ensinai-nos a partilhar na fraternidade.

Cena 7 – Jesus é pregado na cruz

(A cena é congelada quando Jesus é preparado para ser crucificado. Entram duas pessoas que vão
representar a consciência humana e iniciam um diálogo).

Personagem 1 – Eu e vocês, todos os dias, repetimos as cenas da Paixão de Jesus. Condenamos a


humanidade a viver na miséria e na injustiça com pequenos atos que nos afastam do Coração de
Deus.

Personagem 2 – Corrupção, ganância, mentira, falsidade, intolerância... não estou falando de políticos,
ladrões, quadrilhas... todos nós temos praticado isso na fila do supermercado, na fofoca com o
vizinho, na tentativa de levar vantagem, nos pequenos gestos praticados simplesmente para dominar
os outros.

Personagem 1 – Perdão, Senhor, porque ainda não conseguimos compreender o seu amor por nós e
fechamos nosso coração.

Personagem 2 – Perdão, Senhor, porque insistimos em viver sem sua presença, achando que somos
capazes sozinhos.

Personagens 1 e 2 – Perdão, Senhor, por te pregar na cruz.

(Aparece Jesus pregado na cruz).

Cena 8 – Morte de Jesus

Narrador: Olhai Senhor, por todos os que arriscam suas vidas na defesa dos direitos humanos e se
consagram a construir um mundo de paz. Sustentai suas lutas e renovai suas forças.

Canto: Por meus crimes padecestes, Meu Jesus por mim morrestes, /:como é grande a minha dor. :/
Pela Virgem dolorosa, Vossa Mãe tão piedosa, /:perdoai-me, bom Jesus :/

Jesus (Agonizante): Pai perdoa-lhes, pois não sabem o que fazem.


(E repartiram suas veste e lançaram sorte sobre elas).

Soldado 1: Estas veste não tem emendas.

Soldado 2: Então vamos lançá-la em sorte para ver de quem será.

(Junto a cruz estavam Maria sua mãe, Maria de Cléofas, Maria Madalena e João)

Maria (Exclama alto): Meu filho!

Jesus: Mulher eis ai o seu filho (e ao discípulo). Eis ai sua mãe! (e os sacerdotes zombam dele)

Sacerdote 1: Tu que destróis o templo e em três dias o reedificas, salva a ti mesmo.

Sacerdote 2: Se tu eis o filho de Deus desça da cruz e creremos nele.


Sacerdote 3: Salvou aos outros agora não pode salvar-se. Esse é o rei de Israel?

Malfeitor da esquerda (gemendo): Se tu és o cristo salva a ti mesmo e a nós também.

Malfeitor da direita (gemendo): Tu nem ainda temes a Deus, estando na mesma condenação? E nós, na
verdade, com justiça, porque recebemos o que nossos feitos mereciam; mas este nenhum mal fez.
(disse a Jesus): Senhor lembra-te de mim, quando entrares no seu reino.

Jesus: Em verdade te digo que hoje mesmo estarás comigo no paraíso. Meu Pai! Meu Pai!. Porque me
abandonastes?!

Sacerdote 1: Veja ele chama por Elias, vamos ver se ele vem livrá-lo.

Jesus: Tenho cede. (Molhando a esponja com vinagre o dá de beber, com grande voz diz): Pai em tuas
mãos entrego o meu espírito! Tudo esta consumado!

Centurião: Verdadeiramente este era o filho de Deus.

Jesus – Pai, em tuas mãos eu entrego o meu espírito.

Cena 9 – Maria recebe o corpo de Jesus e leva ao sepulcro.

(Musica que representa a entrega do corpo à Maria. Música com o Grupo (Padre Zezinho – “Ora
pelas mães...” - Junto com a última estrofe, acontece a procissão ao sepulcro).

ATO FINAL

(No telão deverá ser exibido trecho do filme: “Jesus” especificamente o momento da oração em
que eterniza a presença de Jesus espiritual através do Espírito Santo – na peça, Jesus aparece em
segundo plano e todos ficam admirados – a musica muda – a luz muda).

Jesus: Que Deus os abençoe e guarde! Recebi todo poder no céu e na terra. Vão e façam discípulos em
todas as nações e os batizem em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo e os ensinem a obedecer
tudo o que tenho mandado. E estarei com vocês todos os dias até o fim dos tempos. Amém.

(messe momento tudo fica escuro e a projeção Acontece).

Narrador:
O Túmulo no qual o corpo de Jesus foi colocado está vazio! Três dias depois de sua crucificação ele
ressuscitou dos Mortos, ele está vivo! Ele quer entrar em sua vida. O próprio Jesus disse: “Eu sou a
ressurreição e a vida aquele que crê em mim ainda que esteja morto viverá”.

Quase dois mil anos se passaram desde que Jesus ressuscitou dos mortos e Ele vive ainda hoje
como a maior e mais poderosa influencia do mundo. Estadistas orgulhosos dos séculos passados
nasceram e morreram governantes, doutores, cientistas, filósofos e teólogos nasceram e morreram,
mas Jesus Vive ainda hoje.

Toda sua existência foi sem igual.

Seu nascimento foi sem igual.

Bíblia nos ensina que ele nasceu de Maria uma virgem.

Sua vida foi sem igual, foi caracterizada pelos sobrenatural.


Ele viveu toda uma vida sem pecado e fez milagres maiores do que qualquer um que já viveu.

Sua mensagem foi sem igual.

Ele oferece amor, perdão e o novo modo de viver aqueles que o recebem como Salvador e Senhor.
Onde sua mensagem chegou surgiu Nova Vida, Nova Esperança e Novo Propósito para viver.

Sua morte na cruz foi sem igual.

A dois mil anos o Deus do universo enviou o seu filho único, Jesus Cristo para ser sacrificado pelos
pecados de todos os homens e mulheres. Ele morreu por você!

Sua ressurreição foi sem igual.

Três dias após a sua morte ocorreu o mais assombroso acontecimento da história: “Jesus ressuscitou
dos Mortos”.

Seu Nascimento, sua vida, sua morte e sua ressurreição provam que Jesus é exatamente quem ele
disse ser: “O Filho de Deus, o Salvador de toda a humanidade”.
Este mesmo Jesus Cristo está vivo hoje! Ele quer entrar na sua vida! Perdoar os seus pecados e dar
a você o poder de ter uma vida abundante. Ouça suas palavras: “Venham a mim todos os que estão
cansados e oprimidos e eu vos aliviarei”. “Eu sou o caminho a verdade e a vida. Ninguém vem ao
Pai senão por mim”!

A Bíblia diz: Todos pecaram e separados estão da glória de Deus. E diz também: o salário do
pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna através de Jesus Cristo nosso Senhor.
Quando Jesus morreu ele sofreu o castigo por nossos pecados neste instante ele está pronto para
entrar em sua vida.

Eis que estou a porta e bato, se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta eu entrarei seu coração.
Para ter o seu amor e perdão e receber a vida eterna, você deve recebê-lo como sacrifício de Deus
pelos seus pecados e convida-lo a entrar em seu coração pela fé. Se este for o seu desejo você pode
fazer uma oração com fé que Jesus Cristo entrar em sua vida.

Quero sugerir uma oração:

Senhor Jesus, preciso do Senhor. Obrigado por morrer na cruz pelos meus pecados. Eu abro a
porta do meu coração e recebo o Senhor como meu Salvador e Senhor. Dirija a minha vida e me
transforme na pessoa que quiser que eu seja. Amém!

Se essa Oração expressa o desejo do seu coração, então ore agora mesmo onde você estiver. Ore
comigo em silêncio, enquanto eu digo uma frase de cada vez:

Senhor Jesus! Preciso do Senhor.


Obrigado por morrer na cruz pelos meus pecados.
Eu abro a porta do meu coração, e recebo o Senhor como meu Salvador e meu Senhor.
Dirija a minha vida! Me transforme na pessoa que quiser que eu seja. Amém.

Agora que você fez essa oração com fé e convidou Jesus Cristo entrar em sua vida, pode ter certeza
de que ele entrou, porque ele prometeu que o faria se você pedisse.

Pode ter certeza também de que seus pecados estão perdoados e de que você é um filho de Deus e
de que tem a vida eterna.
Se você quiser experimentar a vida abundante que Jesus prometeu fale com ele todos os dias em
oração.
Descubra o plano maravilhoso que ele tem para sua vida lendo a Bíblia e convivendo com outros
que o amam e o seguem.

Finalmente, lembre-se sempre das suas maravilhosas promessas: “Nunca vou abandona-los ou
desampara-los por que eu estou com vocês sempre até o fim dos tempos”.

(A luz acende e todo o elenco está de mãos dadas para agradecer a presença do público e o
sucesso do espetáculo)

Elenco:
Elenco Observações
Jesus
Pedro
João
Judas
Discípulo 1
Discípulo
Discípulo
Discípulo
Discípulo
Discípulo
Discípulo
Discípulo
Discípulo
Maria
Maria Madalena
Veronica
Maria de Cléofas
Pilatos
Caifás
Anás
Sacerdote 1
Sacerdote 2
Sacerdote 3
Comandante da guarda
Centurião
Soldado 1
Soldado 2
Soldado 3
Soldado 4
Testemunha 1
Testemunha 2
Testemunha 3
Testemunha 4
Mulher 1
Mulher 2
Mulher 3
Mulher 4
Mal feitor - direita
Mal feitor – esquerda
Simão Cirineu
João Batista
Diabo
Anjo Gabriel
Isabel
Multidão 1
Multidão 2
Multidão 3
Multidão 4
Multidão 5
Multidão 6
Multidão 7
Multidão 8
Multidão 9
Multidão 10
Multidão 11
Multidão 12
Multidão 13
Multidão 14
Multidão 15
Multidão 16
Multidão 17

Equipe técnica
Iluminação
Sonoplastia
Cenografia
Figurino
Maquiagem
Mídias e redes sociais
Montagem de vídeo
Efeitos

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