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NARRADOR: Amar! Talvez este seja o maior desafio para o ser humano. Meditar! A maior doação,
o maior ato de entrega, é refletir e pensar de que maneira estamos sendo extensão desse Cristo que
simplesmente por amor, amou. A arte mascara para poder desmascarar, ou seja, torna-nos capazes de
olhar a vida simplesmente como ela é! Contemplar Cristo na Cruz e as Dores de Maria por ver seu
Filho partir, deve levar todos nós a pedir como os discípulos de Emáus: Fica Senhor Conosco, já é
tarde e o dia declina. Talvez seja esse o nosso maior objetivo.
CENA 1 – Ceia
Música de Abertura: Um certo Galileu.
Um certo dia, a beira mar
Apareceu um jovem Galileu
Ninguém podia imaginar
Que alguém pudesse amar do jeito que ele amava
Seu jeito simples de conversar
Tocava o coração de quem o escutava
NARRADOR – A história que agora vamos contar aconteceu a mais de dois mil anos. Deus enviou
Seu filho para salvar a humanidade do pecado. E Jesus deu sua vida para remissão dos nossos pecados.
Por isso hoje, mais do que assistir essa história, é preciso que cada um de nós reflita sobre os
ensinamentos e o sacrifício que Jesus fez por nós. Jesus pregou a paz e o amor ao próximo – e ainda
assim foi crucificado. Quantas vezes nós com nossos pecados não acrescentamos mais um espinho à
sua coroa, mais uma martelada aos cravos que rasgaram sua carne? É preciso seguir sempre os
ensinamentos de Jesus e não esquecer que somente através Dele se vai ao Pai. É preciso não esquecer
do sacrifício que Jesus fez por nós na cruz. Vamos então refletir sobre a dor de Jesus para que
possamos renascer para Ele e junto com Ele na Páscoa.
Estamos em Jerusalém na época da Páscoa. Jesus sabia que essa seria sua última Páscoa. Por
isso reuniu-se com os discípulos para a última Ceia. E disse Jesus:
JESUS – Em verdade vos digo que um de vós, que comigo come, há de me trair.
NARRADOR - Chegou a hora em que o Filho do Homem será glorificado por Deus e que a glória
de Deus é revelada por meio dele. E Deus o fará agora mesmo.
NARRADOR – Depois Jesus tomou o pão, o abençoou, o partiu e o deu a seus discípulos dizendo:
JESUS – Tomai e comei todos vós. Isso é o meu corpo que é dado por vós.
(Jesus entrega o pão aos apóstolos, que vão passando para os outros)
NARRADOR – Também Jesus tomou o cálice em suas mãos, deu graças e o deu a seus discípulos
dizendo:
NARRADOR – Jesus se afastou do grupo. Indo mais para o fundo do jardim se ajoelhou e orou:
JESUS - Meu Pai, se é possível, afasta de mim este cálice de sofrimento. Porém, não seja feito o que
eu quero, mas o que tu queres.
JESUS – Não foram capazes de orar comigo, nem por uma hora?
NARRADOR - Nesse momento chegou Judas Iscariotes trazendo guardas armados para prenderem
Jesus.
(entram Judas e os guardas)
NARRADOR - Jesus sabia de tudo que ia acontecer com Ele. Então Judas se aproximou de Jesus e
foi lhe dar um beijo de saudação.
NARRADOR – E assim se realizou o que Jesus tinha dito: “Não perdi nenhum daqueles que me
confiaste”. Os guardas então prenderam Jesus, que foi levado a Pôncio Pilatos, governador romano.
Cena 3 - Julgamento
(No caminho se juntam aos guardas vários Judeus. Pilatos aparece.)
NARRADOR - Os chefes do povo fizeram muitas acusações falsas contra Jesus:
NARRADOR – Pilatos parou por um momento pensando naquelas palavras. Depois perguntou a
Jesus:
NARRADOR – Mas não esperou resposta. Virou-se e foi falar com os Judeus:
PILATOS – Não encontro nenhuma culpa nesse homem. Mas existe entre vós um costume: que pela
Páscoa eu vos solte um preso. Quereis que eu solte o rei dos judeus?
JUDEUS – Jesus não! Solte Barrabás! Solte Barrabás!
NARRADOR – Barrabás era um bandido. Mas para atender aos judeus Pilatos soltou Barrabás e
mandou flagelar Jesus.
(Pilatos faz um sinal aos guardas, que retiram Jesus de cena. Os judeus permanecem em cena, de
lado.)
NARRADOR - Os soldados chicotearam Jesus. Depois fizeram uma coroa de espinhos e a colocaram
na cabeça de Jesus. Zombando de Jesus os soldados diziam:
7 SOLDADOS - ¨Viva o rei dos Judeus!¨ (e davam-lhe bofetadas. Pilatos saiu de novo e disse aos
judeus:)
(Entra Pilatos. Os judeus se aproximam.)
PILATOS – Olhai: eu o trago aqui fora para que saibais que não encontro nele crime algum.
(Entram 2 guardas e Jesus todo ensanguentado. Quando viram Jesus os judeus começaram a gritar):
JUDEUS – Crucifica-o! Crucifica-o!
PILATOS – Mas não encontro nele crime algum.
JUDEUS – Todo aquele que se diz rei declara-se contra César.
NARRADOR – Pilatos então fez sinal para um dos guardas, que lhe trouxe uma vasilha com água.
Lavou as mãos, enxugou-as e disse:
PILATOS – Bom, eu estou inocente deste sangue, façam dele o que vocês quiserem. Que recaia
sobre vossos ombros o peso dessa morte.
JUDEUS - Crucifica-o! Crucifica-o!
NARRADOR – Pilatos entregou Jesus para ser crucificado e os soldados o vestiram e o começa o
caminho para o Calvário.
Canto: A morrer crucificado, meu Jesus é condenado, por teus crimes, pecador! Por teus crimes,
pecador! Pela Virgem Dolorosa, vossa mãe tão piedosa, perdoai-me meu Jesus! Perdoai-me meu
Jesus!
Cena 4 - Crucificação
NARRADOR - Os soldados o fizeram carregar a cruz por toda a cidade até o monte Gólgota, onde
Jesus seria crucificado.
(Sonoplastia: Jesus caminha com os soldados atrás e o povo, até o local da crucificação. Enquanto
Jesus caminha os 2 ladrões entram e ficam em seus lugares.)
NARRADOR – Jesus tropeça e cai pela primeira vez. Os soldados que acompanhavam Jesus o
chicotearam para força-lo a se levantar e continuar sua caminhada.
Canto: Pela Cruz, tão oprimido, cai Jesus Desfalecido, pela tua salvação! Pela tua salvação. Pela
Virgem Dolorosa, vossa mãe tão piedosa, perdoai-me meu Jesus! Perdoai-me meu Jesus!
NARRADOR - No meio do caminho, coberto de feridas e sangue Ele viu Maria, sua mãe, que
chorava ao ver toda maldade que faziam com Ele.
Canto: Ve a dor da Mãe amada, que se encontra desolada, com seu filho em aflição.Com seu filho
em aflição! Pela tua salvação. Pela Virgem Dolorosa, vossa mãe tão piedosa, perdoai-me meu
Jesus! Perdoai-me meu Jesus!
NARRADOR - Outra vez os soldados o chicotearam. Jesus voltou a andar. Pela mente de Jesus vão
passando momentos vividos, alegres e tristes, perseguição gratuita, ingratidão dos curados. Muitas
vezes olhamos em volta e só vemos miséria, corrupção injustiças. Tanta luta e as mudanças não
acontecem. O desanimo toma conta. Jesus já fraco pela falta de alimentação e pelos maus tratos caiu
pela Segunda vez.
Canto: Novamente desmaiado, sob a cruz que vai levando, cai por terra o Salvador! Cai por terra o
Salvador. Pela Virgem Dolorosa, vossa mãe tão piedosa, perdoai-me meu Jesus! Perdoai-me
meu Jesus!
Verônica se aproxima de Jesus, o rosto cuspido e sujo de sangue ficou gravado na toalha de Verônica.
Os soldados perceberam que Jesus já estava sucumbindo.
VERÔNICA - Oh, vejam homens cruéis, veja o rosto deste justo que ficou estampado neste pano
quando limpei sua face. Vejam homens cruéis.
Canto da Verônica.
Canto: O seu rosto ensanguentado, por Veronica enxugado, eis, no pano apareceu! Eis no pano
apareceu. Pela Virgem Dolorosa, vossa mãe tão piedosa, perdoai-me meu Jesus! Perdoai-me
meu Jesus!
Canto: Cai terceira vez prostrado, pelo peso redobrado, dos pecados e da Cruz! Dos pecados e da
Cruz. Pela Virgem Dolorosa, vossa mãe tão piedosa, perdoai-me meu Jesus! Perdoai-me meu
Jesus!
As Santas Mulheres, incluindo Maria – sua mãe, observam tudo aquilo com muita dor. Nem todos
em Jerusalem apoiavam a decisão das autoridades. O pranto indignado das mulheres, rompeu o rítimo
da marcha. Jesus pede que elas chorem por sí mesmas. É o consolado quem consola.
JESUS – Não choreis por mim, choreis por vós mesmas e por seus filhos, porque virão dias em que
se dirão: Bem aventuradas as estéreis que não geraram e nem amamentaram
Canto: Das mulheres piedosas, de Sião filhas chorosas, é Jesus consolador! É Jesus consolador. Pela
Virgem Dolorosa, vossa mãe tão piedosa, perdoai-me meu Jesus! Perdoai-me meu Jesus!
NARRADOR - Primeiro os soldados crucificaram os dois ladrões. Depois vieram até Jesus, o
despiram de suas vestes e o deitaram sobre a cruz. Jesus teve seu corpo deformado por chicotadas e
foi exposto a risos e caçoadas. Quando uma pessoa é humilhada, todos nós somos humilhados através
dela. Ele tinha chorado, suado sangue e pedido ao pai que afastasse o cálice. Mas não foi possível,
exposto ao ridículo, Jesus é despojado de suas vestes.
Canto: Das suas vestes despojado, por algozes maltratado, eu vos vejo, meu Jesus! Eu vos vejo meu
Jesus. Pela Virgem Dolorosa, vossa mãe tão piedosa, perdoai-me meu Jesus! Perdoai-me meu
Jesus!
NARRADOR - Pregaram primeiro a mão direita com um cravo de ferro e o sangue santo do Senhor
jorrou. Depois fizeram o mesmo com a mão esquerda. Não contentes com tudo isso os soldados ainda
fixaram os dois pés de Jesus com um único cravo. O sangue de Jesus escorria e manchava a madeira
da cruz. Depois levantaram a cruz. Maria Madalena se aproxima da cruz, se ajoelha e beija os pés de
Jesus. Os soldados romanos prendem Jesus à cruz. Jesus é crucificado entre 2 ladrões. E os judeus
passavam e diziam:
Canto: Sois por mim à Cruz pregado, insultado, blasfemado, com cegueira e com furor! Com
cegueira e com furor. Pela Virgem Dolorosa, vossa mãe tão piedosa, perdoai-me meu Jesus!
Perdoai-me meu Jesus!
NARRADOR – Jesus havia perdoado aquelas pessoas que lhe faziam tanto mal, mesmo agonizando
na cruz. Então ele disse à sua mãe Maria:
JESUS: Mulher, (MARÍA SUA MÃE) eis aí o teu filho. (virando-se para João) Eis aí tua mãe.
(saem Maria e João; fundo musical).
JESUS – Deus meu, Deus meu, porque me abandonaste? (....) Tenho sede.
NARRADOR – Um dos guardas fixou uma esponja na ponta de sua lança, molhou no vinagre e levou
até os lábios de Jesus.
NARRADOR - Jesus não aceitou, ainda sofreu por mais algum tempo. E antes de morrer disse:
JESUS – Tudo está consumado. Pai em Tuas mãos entrego meu espírito!
(Jesus morre na cruz. Sonoplastia.)
NARRADOR – E inclinando a cabeça para frente morreu. Houve trevas por toda a Terra,
escurecendo-se o sol. A Terra tremeu e o véu do templo rasgou-se ao meio. Ao ver tudo isso um
centurião exclamou:
Canto: Por meus crimes padecestes, meu Jesus, por mim morrestes, quanta angustia e quanta dor!
Quanta angustia e quanta dor. Pela Virgem Dolorosa, vossa mãe tão piedosa, perdoai-me meu
Jesus! Perdoai-me meu Jesus!
NARRRADOR – Logo seria Páscoa e Pilatos não queria ver ninguém crucificado na comemoração.
Por isso mandou quebrar as pernas dos condenados para acelerar a morte. Chegando ao Gólgota os
soldados viram que os dois ladrões ainda estavam vivos. Por isso quebraram-lhes as pernas com uma
barra de ferro. Quando chegaram a Jesus viram que ele já estava morto. E assim se cumpria o que
estava escrito: “Nenhum osso de seu corpo será quebrado”. Para Ter certeza da morte de Jesus um
centurião enfiou uma lança na altura de Seu coração. E então mais sangue jorrou do corpo de Jesus.
NARRADOR: Havia um homem, por nome José, membro do conselho, homem reto e justo. Ele
não havia concordado coma a decisão dos outros nem com os atos deles. Originário de Arimatéia
cidade da Judéia, esperava ele o Reino de Deus. Foi ter com Pilatos e lhe pediu o corpo de Jesus.
Pilatos permitiu. Para cumprir esta difícil missão, lhe acompanhou Nicodemos
Canto: Do madeiro vos tiraram, e à mãe vos entregaram, com que dor e compaixão! Com que dor e
compaixão. Pela Virgem Dolorosa, vossa mãe tão piedosa, perdoai-me meu Jesus! Perdoai-me
meu Jesus!
NARRADOR - No lugar em que Jesus foi crucificado havia um jardim e no meio dele um sepulcro
novo em que ninguém fora sepultado. Foi ali que depositaram o corpo de Jesus.
Canto: No sepulcro vos puseram, mas os homens tudo esperam, do Mistério da Paixão! Do Mistério
da Paixão. Pela Virgem Dolorosa, vossa mãe tão piedosa, perdoai-me meu Jesus! Perdoai-me
meu Jesus!
NARRADOR – No primeiro dia da semana, muito cedo, dirigiram-se ao sepulcro Maria Madalena,
Maria Mãe de Tiago, e outras mulheres com os aromas que haviam prepado. Acharam a pedra
removida longe da abertura do sepulcro. Voltando do sepulcro, contaram tudo isto aos onze e a todos
os demais.