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CENA 1 – A TENTAÇÃO
A cena inicia com uma música apoteótica ecoando na escuridão. Aos poucos
sons de uma cidade antiga, conversas, vendedores gritando, som de cascos de
cavalos, mugidos de animais vão se misturando ao mesmo tempo em que a luz vai
acendendo e mostrando um mosaico de pessoas, tendas e animais, todos congelados,
apenas as vozes e os sons continuam.
Aos poucos uma luz muito forte surge num canto da cena e Jesus aparece
caminhando em direção ao centro. A medida que avança os sons e as pessoas vão
desaparecendo. Quando chegar ao centro, todos já devem ter saído aos poucos da
cena. Inicia um som de vento de deserto. Dos cantos da cena seres vestidos de preto
se arrastam como uma sombra negra em direção ao centro acompanhando o diabo.
Durante o diálogo as sombras rodeiam Jesus e o diabo.
DIABO – Tens fome? Ora, se é filho de Deus, ordene que estas pedras se
transformem em pão!
JESUS – Está escrito: Nem só de pão vive o homem, mas de todas as palavras que
saem da boca de Deus.
DIABO – Entendo. É muito pouco para o filho de Deus. Mas o que possui, Rei dos
Reis. Levante a cabeça. Veja, a grande e poderosa Jerusalém. Jerusalém dos que te
negam, debocham de tua santidade. Eu te darei o poder e a glória deste e de todos os
reinos da Terra, porque a mim foram confiados e eu dou a quem quiser. Se te
prostrares, pois, diante de mim, tudo será teu.
DIABO – Vejo que procuras fazer-se de humilde, embora seja o mais nobre entre os
homens. Mas veja o precipício a sua frente. Uma queda mortal a qualquer um, menos
ao filho de Deus. Joga-te daqui para baixo. Anda. Não há o que temer, porque está
escrito: “A teu respeito ordenou a seus anjos que te guardem. Eles te carregarão nas
mãos para não tropeçares em alguma pedra.”
Não obtendo êxito o diabo e suas sombras recuam ao som de gritos infernais.
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CENA 2 – JUDAS E OS SACERDOTES
ANÁS – Melhor seria silenciar sua voz. Devemos arranjar um modo de entregá-lo a
Roma, por conspiração.
JUDAS – Senhores.
ANÁS – O que queres aqui. Te conheço homem, és seguidor do que se diz o Messias.
À caso foste mandado para zombar de nós.
CAIFÁS – Vieste vender seu mestre? (Aná e Caifás se entreolham) E quanto queres
por ele?
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ANÁS – Criatura miserável, digna de pena. Vendes a confiança do teu mestre pelo vil
metal, mas, acordo fechado. Entregue-nos e terás tuas moedas.
CAIFÁS – Ergue-te criatura. Acaso não sabes que aquele que se vende recebe
sempre mais do que vale? Vá, e não ouse ofender-nos novamente.
Música 02 –
JESUS – Sabem que neste dia não comemos pão fermentado e imolamos o cordeiro.
JESUS – Não te inquiete, pois, o cordeiro está entre vós. Desejei ardentemente comer
esta ceia de Páscoa convosco antes de sofrer. Pois eu vos digo: Nunca mais a
comerei até que ela se realize no reino de Deus.
(Tomou o pão, deu graças, partiu-lhe e deu-lhes dizendo:) – Demos graças! Este é
meu corpo, que é dado por vós. Fazei isso em memória de mim.
(Tomou o cálice, deu graças e disse:) – Demos graças! Tomai este cálice e distribuí
entre vós. Não mais beberei deste vinho até que chegue o reino de Deus. Este cálice é
a nova aliança em meu sangue, derramado por vós.
JESUS – Agora o filho do homem foi glorificado e Deus nele. Se Deus foi glorificado
nele, também Deus o glorificará. Filhinhos, só por pouco tempo estarei convosco. Vós
me procurareis, mas para onde eu vou, vós não podeis ir. Eu vos dou um novo
mandamento: Amai-vos uns aos outros como eu vos amei. Todos saberão que são
meus discípulos, se vos amardes uns aos outros.
PEDRO – Senhor, porque não te posso seguir agora? Darei minha vida por ti!
JESUS – Darás tua vida por mim, Pedro? Na verdade eu te digo: antes que o galo
cante tu me negarás três vezes.
CENTURIÃO – E como saberemos que é ele? Dizem que se diz rei, mas se veste
como um pescador.
CAIFÁS – Que assim seja. Tome, entregue-lhe estas moedas assim que cumprir com
o prometido.
JESUS – Minha alma esta triste até a morte. Ficai aqui em vigília comigo.
JESUS – Pai, se for possível, afasta de mim este cálice, contudo, não se faça como eu
quero, mas como tu queres.
(Voltou-se a Pedro)
JESUS – Pedro, não foste capaz de vigiar uma hora comigo? Vigiai e orai para não
cairdes em tentação. O espírito está pronto, mas a carne é fraca.
JESUS – Pai, se este cálice não pode passar sem que eu dele beba, faça-se a tua
vontade.
JESUS – Dormi agora e descansai. Já se aproxima a hora e o Filho do homem vai ser
entregue em mãos de pecadores.
JESUS – Amigo, faze o que tens que fazer. (Judas beija-lhe a face)
JESUS – Põe a espada na bainha, pois quem toma da espada, pela espada morrerá.
Ou pensas que não posso pedir a meu Pai, e ele me enviará, neste instante, mais de
doze legiões de anjos?
Música 03 -
CENA 6 – CINÉDRIO
CAIFÁS – Nazareno, muitas testemunhas aqui estiveram para falar contra ti. É
verdade que disseste que podes destruir o santuário de Deus e reconstrui-lo em três
dias? Vamos, não respondes ao que te acusam? Conjuro-te pelo Deus vivo: dize-nos
se tu és o Cristo, o Filho de Deus.
CAIFÁS – Adivinha Cristo, quem foi que te bateu? Senhores, decidamos então o
futuro deste homem.
(Se reúnem para decidir. No lado de fora, Pedro que esperava foi abordado por uma
criada da casa)
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(Pedro assustado começa a se afastar)
PEDRO – Não. Juro por Deus. Jamais estive com este homem a que chamam de
Jesus.
PEDRO – Maldito! Cães miseráveis! Mentirosos! Juro que jamais vi ou ouvi falar deste
tal de Jesus.
(Pedro sai correndo e então ouve o galo cantar. Se atira ao chão e chora
envergonhado. Volta a cena para o Cinédrio)
(Judas sai do Templo direto para uma árvore. Aos poucos enquanto fala as sombras
da cena do deserto aparecem, começam a rodeá-lo, enquanto diabo coloca a corda na
árvore. Sons de gritos de agonia, ventos, raios e trovões)
JUDAS - Pequei, entregando sangue inocente. Agora não existe mais volta e todos
me odeiam. A agonia me toma por completo, e o arrependimento dilacera meu
coração. O teu amor já não era o suficiente? Porque fui tão fraco? O rancor me sufoca.
Ouço gritos. Tremo diante deste horror. Afasta-se de mim trevas. Parem com estas
risadas, demônios. O que querem de mim? Minha dor já não lhes é suficiente. Oh! E tu
consciência, abandona este corpo impuro. Esta carne pútrida e infiel. Que este corpo
seja dos corvos que me cercam. Eles sabem, é chegada a hora. Te abandonei senhor,
e agora só me resta a escuridão.
CENA 8 – PILATOS
JESUS – Tu o dizes.
CAIFÁS – É um traidor. Dize-se Rei e blasfema com poderes e forças que não tem.
PILATOS – Não ouve quanta coisa dizem contra ti? És solicitada sua morte e mesmo
assim te recusas a fazer sua própria defesa. (À Caifás) – Tem certeza das acusações
que fazem a este homem?
CAIFÁS – Se este homem não fosse um malfeitor, não teríamos entregue a ti.
JESUS – Perguntas por ti mesmo ou foram os outros que disseram isto de mim?
JESUS – Meu reino não é deste mundo. Se fosse, meus ministros teriam lutado para
que eu não fosse entregue aos judeus. Mas o meu reino não é daqui.
JESUS – Tu o dizes, eu sou rei. Para isso nasci e para isso vim ao mundo: para dar
testemunho da verdade. Todo aquele que é da verdade ouve a minha voz.
PILATOS – Não encontro nele nenhum crime. No entanto é comum estre vós que eu
vos solte um preso por ocasião da Páscoa. Quereis que solte o rei dos Judeus?
PILATOS – Povo cruel. Sendo assim, lavo minhas mãos. (Centurião traz uma bacia
aonde Pilatos lava as mãos). Então, que soltem Barrabás e crucifiquem Jesus.
(Jesus é levado para pegar a cruz e carrega-la até o monte calvário aonde já se
encontravaM dois outros homens crucificados. Segue a via sacra. Enquanto percorre o
trajeto com a cruz o povo acompanha, À choro, gritos de crucifique-o e a corroa de
espinhos é colocada sobre sua cabeça.)
CENA 9 – CRUCIFICAÇÃO
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(Jesus crucificado e ao seu lado dois centuriões, Maria, Maria de Cleófas e Maria
Madalena, João)
JESUS (Para Maria e depois para João) – Mulher, eis aí teu filho! (Olha para João) Eis
a tua mãe.
POVO – Tu, que destrói os templos e os reconstrói em três dias, salva-te a ti mesmo.
Se és filho de Deus, desce da cruz!
JOSÉ – Sou José de Arimatéia, lhes trago ordens de Pilatos para que me entreguem o
corpo de Jesus.
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CENA 10 – PILATOS E CAIFÁS
Música 05 -
CENA 11 – O SEPULCRO
(Aos poucos a escuridão se dissipa e uma música agradável com som de pássaros
torna o ambiente mais leve. Maria Magdalena e outra Maria vem ver o sepulcro, e o
encontram aberto quando um anjo em sua veste branca se dirigiu a elas).
ANJO – Não temais. Sei que procurais Jesus. Ele não está aqui. Ressuscitou
conforme tinha dito. Ide logo dizer a seus discípulos que ele ressuscitou dos mortos e
que vai à frente de vós para a Galiléia.
(Por detrás do cenário, ao som de Aleluia, erguido por uma empilhadeira, Jesus
aparece e fala para o público)
JESUS - "Quem crê em mim, não crê apenas em mim, mas naquele que me enviou.
Quem me vê, vê aquele que me enviou. Eu vim ao mundo como luz, para que todo
aquele que crê em mim não permaneça nas trevas. "Se alguém ouve as minhas
palavras e não lhes obedece, eu não o julgo. Pois não vim para julgar o mundo, mas
para salvá-lo. Há um juiz para quem me rejeita e não aceita as minhas palavras; a
própria palavra que proferi o condenará no último dia. Pois não falei por mim mesmo,
mas o Pai que me enviou me ordenou o que dizer e o que falar. Sei que o seu
mandamento é a vida eterna. Portanto, o que eu digo é exatamente o que o Pai me
mandou dizer".
Música 06 - (Clipe) Rihanna - Lift Me Up (Legendado | Lyrics + Tradução)
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Fim
BESTAS (Pelo menos 6) – Isadora 6.3, Isabela 6.3, Ana Clara 6.3, Alice 6.3
CENTURIÃO 1 –
CENTURIÃO 2 –
POVO –
CENÁRIOS E ADEREÇOS:
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ANEXOS:
http://funidelia.pt/fato-de-centuriao-romano-infantil-24133.html
http://ebay.com/itm/men-greek-roman-ruler-emperor-caesar-plus-size-costume-/
290351090472
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2 – SACERDOTE (CAIFÁS E ANÁS)
http://www.ocaminhoeavida.com/290312775
3 – INTERIOR DO TEMPLO
https://topicosprofeticos.blogspot.com/2015/10/a-mesquita-muculmana-domo-da-
rocha-um_14.html
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4 – INTERIOR DO PALÁCIO DE PILATOS
https://www.flickr.com/photos/marcelojorgeloureiro/4487803746
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