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ÁREA MISSIONÁRIA SÃO FRANCISCO DAS CHAGAS

COMUNIDADE NOSSA SENHORA DE FÁTIMA

MANAUS
2017
INTRODUÇÃO

(O narrador entra na igreja para discursar )

A HISTÓRIA DA SALVAÇÃO

NARRADOR: O tempo é incapaz de apagar da história o que é verdadeiro! Ouçam! O que vamos
contar aqui é sobre o Mestre dos mestres, o Rei dos reis, filho de uma dona de casa e de um
carpinteiro, na terra; e filho do Deus altíssimo, no mais alto dos céus, assim nasce u Jesus Cristo,
verdadeiro Deus e verdadeiro homem, que enfrentou o calvário e lá morreu para nos salvar. Ele
morreu para o pecado, mas ressuscitou para a glória de Deus.
Em Nazaré, Deus se compadeceu do povo e enviou um anjo a uma jovem chamada Maria,
com aproximadamente 16 anos de idade , corajosa e serva do Senhor disse ao anjo Gabriel: “ Faça-
se em mim segundo a tua vontade” , e foi esse “SIM” que trouxe ao mundo o Filho de Deus,
concebido sem pecado, já que Maria era virgem e ficou grávida pela ação do Es pírito Santo.
Claro! Como poderia a mãe de Jesus gerá -lo em meio ao pecado? Não poderia! Por isso, depois
de muitos anos, Maria foi reconhecida como Imaculada Conceição, que significa Concebida sem
Pecado Original.
Quando se completaram os nove meses Maria deu à luz Jesus, em Belém, o menino Rei não
nasceu num palácio, mas em uma estribaria, numa manjedoura, para mostrar ao mundo que veio
de forma humilde e simples , e logo em seguida a sagrada família de Nazaré teve de fugir de
Herodes que queria matar toda s as crianças recém -nascidas, temendo perder o trono para o
verdadeiro Rei . Deus guiou Jesus, Maria e José “o menino crescia com zelo, inteligência e
graça”. Mães como vocês são anjos de Deus, como nó s filhos a amam os, vocês assim como Maria
nos educam, Maria educou e cuidou de Jesus o quanto pôde, até que Jesus saiu para cumprir sua
missão e foi encontrar -se com João Batista , seu primo e filho de Isabel. João Batizou Jesus e logo
veio a revelação do próprio Deus “Este é meu filho amado”. Percebam até aqui que o Cristo foi
humano como nós somos. Ele foi batizado na fé, assim como cada um de nós.
Depois do batismo, Ele conheceu André e Filipe e levou -os a uma festa de ca samento em
Caná da Galileia , todos se divertiam , mas em um determinado momento faltou o vinho. A mãe ,
sempre atenta ao filho e a tudo que acontece , disse a Jesus (que significa Deus Salva) “acabou o
vinho”. Então Jesus transformou a água em vinho, começando aí sua missão e milagres. Mas, sabe
o que me fascina mesmo em Jesus? É sua capacidade de encontrar na s pessoas o que tinha de
melhor, Ele chamou os pobre s, humildes que talvez nós despre zássemos, para segui -lo e se
tornarem discípulos, chamo u pescadores para pescar homens. Doze (12) foram os convidados a
estar diariamente com o Senhor .
Jesus é o cordeiro de Deus, é amor puro, Cristo é o Sal da terra e Luz do mundo, Ele teve
compaixão dos miseráveis, curou leprosos , cegos, mulheres, expulsou demônios, cuidou de
crianças, salvou vidas e mostrou como é possível construir o Reino de Deus SERVINDO ao
próximo, e instituiu um novo mandamento: “amai -vos uns aos outros como eu vos amei”, assim
seguiu fazendo o bem . Mas o amor incomodou os poderosos, as autorid ades e até mesmo aqueles
que achavam estar defendendo as leis de Deus, incomodou por que quem é rico quer ser mais rico,
quem tem poder quer ma is poder, quem detém conhecimento despreza os ignorantes, e ver alguém
que é tão simples fazendo prodígios, servin do com alegria perturbou a mente deles. Quantos de
nós somos assim até hoje irmãos?
O mal foi penetrando no coração dos gananciosos , os fariseus e doutores da lei começaram a
invejar Jesus e queriam matá-lo. Quantos de nós queremos matar nosso irmão por ca usa da inveja,
da ganância, matamos com desprezo, por falta de amor! Os discípulos seguiam Jesus, mesmo com
medo do que podia acontecer. Pressentindo a sua morte, Jesus ensinou aos seus irmãos a terem fé,
e até hoje o Redentor nos ensina : (Campanha da Frat ernidade).
VIA SACRA 2017 – PAIXÃO DE CRISTO

PRÓLOGO

(O Narrador ve m pela porta de entrada falando o texto. Ele para no mei o da igreja,
enquanto isso os contrarregras vão montando o cenário c om a me sa, pães e cálice)

NARRADOR: Jesus Cristo nos amou a tal ponto que tomou a forma de servo para que
pudesse sofrer e morrer por nós. Sua estada aqui na terra nos ensinou como podemos ser irmãos e
amarmos uns aos outros. Ensinou -nos a glorificar a Deus, obedecendo a sua vontade. Portanto,
olhai cada um para si mesmo e encontrai Jesus . Podemos perceber a presença ou distância de
Deus conforme os atos que praticamos. Procuremos imitar Jesus no que ele foi e sempre será,
numa lembrança viva de uma passado tão presente em todos os tempos. Ele é eterno! Agora vejam
Jesus na última ceia com os discípulos!

CENA DA SANTA CEIA

(Discípul os c onversam, e m trio, sobre a atitude de Jesus ao lavar os pés; sobre os


milagres que viam; o amor que se ntiam)

PEDRO : Mestre, a ceia está pronta!


JESUS: Desejei muito comer convosco nesta páscoa, antes que padeça, porque vos digo que
não comerei até que ela se cumpra no Reino de Deus. Tomai -o e o reparti -o entre vós. Isto é o
meu corpo que por vós é dado; fazei isso em minha memória! (Reparte e entrega o pão). Este
cálice é o meu sangue, que será derramado por vós. (Distribui o vinho). Em verdade vos digo é
preciso que se cumpra a escritura, falo isso porque um de vocês vai me trair e este está sentado à
mesa. (Discípulos ficam confusos e se olham desconfi ados)

PEDRO : (faz gestos para saber quem é)


JOÃO: (inclina a cabeça sobre o peito de Jesus em gesto de carinho e preocupação): Senhor
de quem está s falando?
JUDAS: Mestre serei eu que vou te trair?
JESUS: É aquele que vou dar um pedaço de pão (Jesus entrega com olhos ternos o pão para
Judas)
JUDAS: (olha com espanto e ambos ficam se olhando. Judas pega o saco de dinheiro da
mesa e sai)
JESUS: Agora o filho do Homem foi glorificado e t ambém Deus foi glorificado nele .
Ami gos eu vou ficar com vocês só ma is um tempo. Eu dou a vocês um mandamento novo: amai-
vos uns aos outros como eu vos amei , se fizerem isto todos reconhecerão que são meus
discípulos.
PEDRO : Senhor, para onde vais?
JESUS: Para onde eu vou não pode s me seguir agora. Tu me seguirás mais tarde.
PEDRO : Senhor, por que não pos so se guir-te agora? Estou pronto para ir contigo até a
prisão e a morte! (expressão sincera e resposta apressada)
JESUS: Você dari a a vida por mim? Em verdade te digo : antes que o gal o cante me negarás
três vezes. Não fique perturbado o vosso coração, acr editem em Deus e a creditem em mim.
Tenham coragem! Saí de junto do Pai e vi m ao mundo, agora d eixarei o mundo e voltarei ao Pai.
DISCÍPULOS: Eu acredito em ti Senhor; sim! Eu acredito; eu também acredito mestre!
JESUS: Vem a hora e já chegou o tempo em que vocês se espalharão, cada um tomará seu
rumo, mas não estarão sozinhos. O Pai estará com vocês e eu também! Agora v enham tenho que
preparar meu espí rito. (Devagar, todos saem da igreja em direção à área externa para a próxi ma
cena)
CENA MONTE DAS OLIVEIRAS

NARRADOR (Já na área externa): Jesus e os discípulos foram para o monte das oliveiras.
Então o Redentor disse:
JESUS: (olhando em direção aos 8 discípulos). “ Irmãos sentem-se aqui, enquanto vou
rezar”. (Jesus a todo o momento demonstra aflição e dor)
JESUS: Pedro, Tiago e João, venham comigo. Sinto no coração uma tristeza tão grande.
(Enquanto caminham Jesus parece desnorteado e sem chão, uma dor toma conta de seu corpo e
alma)
DISCÍPULOS : MESTRE!
JESUS: Fiquem aqui meus amigos. Orai e vi giai para não caírem em tentação! (Jesus foi
mais adiante e prostrou-se por terra )
JESUS (nesse momento “o mal” entra em cena e observa Jesus) : ABBA! Meu Pai! Prepara -
me para o que virá, consola-me na hora de aflição, fica comigo, pois contigo sempre estou. Se for
possível afasta de mim esse cálice de sofrimento, mas que não seja como eu quero e sim como tu
queres. (Pausa e Jesus ora com mais força)
JESUS: Meu pai se este cálice de sofrimento não po de ser afastado sem que eu beba que seja
feita a tua vontade (Jesus levanta e encontra os discípulos dormindo).
JESUS: Porque dormem? Não conseguem vi giar comigo ao menos uma hora? Orai e vigiai,
pois em verdade vos di go que o espírito está pronto, mas a c arne é fraca (retorna a orar). Peço em
favor deles e por todos os que vão crer em mim por meio deles .
PEDRO : O que esta acontecendo M estre?
THIAGO : É bom que eu chame os outros, Senhor?
PEDRO : Corres perigo mestre? Devemos fugir?
JESUS: Fugir? Não meus irm ãos! Fiquem aqui e vigiem.
NARRADOR : Jesus se afastou de novo e rezou, pedindo as mesmas palavras. O que se passa
no íntimo de Jesus? Uma luta dramática. Em que, se confronta a companhia e a solidão, o medo e
a serenidade. Coragem de continuar um projeto até o fim e a vontade de desistir e fugir. A oração
é a fonte que reanima o projeto de vida segundo a vontade do pai. A vigilância impede que o
homem se torne inconsciente diante das situações.
JESUS: Pai escuta-me! Despertai e vem me defender, protege-me do mal que está por vir,
pois confio em ti e em ti busco refúgio.
O mal: Achas mesmo que podes sozinho carregar todo fardo do pecado? Eu te asse guro! Não
podes, é pesado demais! Salvar a alma deles é muito caro, ninguém jamais con seguirá!
JESUS: Pai, tu podes tudo! Se for po ssível afaste de mim esse fardo, mas, que seja fei ta a
tua vontade, e não a minha!
O mal: Teu Pai? Estás chamando teu Pai? Onde Ele está agora? Jesus... Desista! Não adianta
sofrer por causa dos outros. Eu te ofereço uma vida nova! Peça o que quiseres e realizarei teus
sonhos! Irei te alimentar com as melhores coisas do mundo! (A partir daqui “o mal” acompanha
toda a Via Sacra até a última estação).
JESUS: Longe de mim satanás! Cala -te! Nem só de pão o homem viverá ! Mas de toda
palavra que sai da boca de Deus! Ele é meu refúgio e nada me faltará! Vim ao mundo para
cumprir a missão que Ele confiou a mim!
NARRADOR : Então Jesus voltou e encontrou os discípulos novamente dormindo.

CENA O CONSELHO DO SINÉDRIO

NARRADOR : Neste momento, o conselho do Sinédrio se reunia em outro ponto da cidade


para tentar prender e condenar Jesus.
FARISEU 1 : Temos que tomar providências urgentes! Senão ele convencerá cada vez mais o
povo contra todos do conselho.
FARISEU 2 : Isso mesmo! Ele é um impostor que está pregando entre o povo.
FARISEU 3 : Agora está na época da páscoa. Deixe a festa passar, ele deve ser apenas um
lunático.
FARISEU 4 : Não, ele é convicto. Diz ser o messias, o filho de Deus!
FARISEU 1 : Por isso, não podemos esperar ! Os se guidores desse charlatão podem se
revoltar contra nós!
FARISEU 2 : Ele se declara ser o Rei dos Judeus! (Todos ficam revoltados, falando que isso
é um absurdo! Impossí vel! Falso profeta! Mentiroso etc.) Imagine se isso chegar aos ouvidos de
César!
FARISEU 3 : Vamos prendê-lo e matá-lo! Mas, antes, precisamos levá -lo a Pilatos!
FARISEU 4: Está aqui uma pessoa chamada Judas Iscariotes. Ele diz ser um dos discípulos
desse tal... (debochando) Nazareno! Jesus!
FARISEU 1: O que tanto quer nos dizer, Judas?
JUDAS: Eu posso ajudar vocês, se me pagarem uma boa quantia.
FARISEU 2: E quanto você quer?
JUDAS: al gumas moedas de prata!
FARISEU 3: Diga de uma vez hom em! Quantas? Dez? Vinte?
JUDAS: Trinta moedas são o bastante!
FARISEU 4: Está bem! Mas como saberemos quem é seu mestre?
JUDAS: Jesus será aquele que irei beijar (saem ao encontro de Jesus ).

CENA JESUS TRAÍDO E CAPTURADO

SOLDADO I: Procuramos Jesus de Nazaré ! (Judas tenta se afastar , porém os soldados o


impedem até que ele aponte Jesus).
JUDAS: Sal ve Mestre! Que a paz esteja com o Senhor!
JESUS: Faça logo o que tu vieste fazer. (Judas beija o rosto de Jesus). Judas, é com um
beijo que você trai o filho de Deus?
SOLDADO 1: Prendam-no!!! (O s soldados lançam as mãos sobre Jesus e o prendem. Aqui
há um momento de ação: os discípulos brigam para defender Jesus, Pedro tira a e spada de um dos
soldados e corta -lo a orelha, o s soldados o seguram!).
SOLDADO 2: Ahhhrrrrgggg! Ele cortou a minha orelha!
JESUS: Pare com isso Pedro! Aquele que fere com a espada, co m a espada será ferido. (joga
a espada e vai ate o soldado) Voc ês saíram com espadas e punhais para me prender, como se eu
fosse um bandido? Todos os dia s eu estava com vocês no templo ensinando e vocês não me
prenderam. Se quisesse, pedi ria ao céu e logo uma legião de anjos estaria aqui para me socorrer,
mas isto acontece para que se cumpra a vontade de meu P ai.
NARRADOR : Os soldados levaram Jesus e todos os discípulos fugira m. Cristo foi
conduzido à casa do sumo sacerdote e lá reuniram doutores da lei, anciões e o sinédrio
procuravam algum testemunho a fim de condená -lo a morte.
CENA O JULGAMENTO DE JESUS CRISTO

(Ambiente: um te mpl o, uma garr afa com água, velas)


(Personagens: Jesus, sumos -sacerdotes, doutores da lei e os sol dados)

CAIFÁS: Ouvimos di zer : “Vou destruir esse templo feito por homens e e m três dias
construirei um novo ”. É isso mesmo? O que me dizes? (Mas Jesus continua calado, nada
respondeu.).
CAIFÁS: És tu o messias, filho de Deus bendito?
JESUS: Eu sou e vocês verão o filho do homem senta do à direita do todo poderoso e vindo
sobre as nuvens do céu. (Então o sumo sa cerdote rasgou as próprias vest es)
CAIFÁS: Que necessidade tem ainda de testemunhas? Vocês ouviram a blasfêmia! O que
parece a vocês? (Todos: Blasfêmia! Blasfêmia! Blasfêmia! Morte! Ele deve morrer! Eles
começaram a cuspir e bofetear Jesus).
4 DOUTORES DA LEI + OS 4 FARISEUS: Fa z uma profecia, transforme esta água em
vinho. (Cena : todos os fariseus insultam Jesus, batendo -lhe).

CENA NEGAÇÃO DE PEDRO

(Enquanto Pe dr o observava Jesus, percebe que algumas pessoas começam a olhar para
ele, logo se afasta, mas c omeça a ser surpreendi do pel os que ali estavam )

FIGURANTE 1: Eu te conheço de algum lugar! Você não é um os seguidores deste homem?


(Segura firmemente a Pedro)
PEDRO : Não sei do que você está falando, largue -me!
FIGURANTE 2: Ei! Tu estavas pregando junto dele, eu te vi!
PEDRO: Não, não, eu nunca vi este homem antes!
FIGURANTE 3: Mentiroso! Tu és um discípulo desse tal nazareno !
PEDRO: Não! Vocês estão todos loucos, eu não conheço este homem!
NARRADOR : Então Pedro lembrara q ue Jesus havia lhe dito que o negaria, logo sai
desesperado e envergonhado à frente da multidão enquanto os soldados dava m bofetadas e
humilhavam Jesus. Em seguida levaram Jesus a Pilatos.

PERANTE PILATOS

FARISEU 1: Senhor, aqui está o grande agitador que se diz chamar Rei dos Judeus.
PILATOS: Que acusação vocês apresentam contra esse homem?
CAIFÁS: Se ele não fosse malfeitor, não o teríamos trazido até aqui.
PILATOS: Encarreguem -se vocês mesmo s de julgá-lo, conforme a lei de vocês.
CAIFÁS: Não temos permissão de condenar ninguém à morte.
PILATOS: Condenar à morte? E um castigo não basta?
CLÁUDIA: Pilatos o que está acontec endo aqui? Por que tanto ódio tê m esses homens? Não
se meta com Jesus, deixe -o ir!
PILATOS: Por que fala assim Cláudia? Tendes compaixão desse agit ador? Será mesmo que
devo deixá -lo partir?
CLÁUDIA: Estou lhe pedindo! Se você escuta tua mulher, então não traga desgraça a nossa
casa! Não derrame o sangue deste homem.
CAIFÁS: Mas ele proclama ser o R ei! Nega o poder de Roma nesta terra!
FARISEU 2: Esse homem está enganando e iludindo o povo para não pagar tributos a Cesar!
PILATOS: Onde estão os teus amigos? Eles te abandonaram?
JESUS: Não estou só! Meu pai está comigo!
FARISEU 3 : Blasfemou! Isso é blasfêmia !
MULTIDÃO: Morte ao Rei dos Jesus! Morte ao Rei dos Jesus! Morte ao Rei dos Jesus!
PILATOS: És o Messias, esse tal... Filho de Deus? Nada tens a responder? Saiba que este
conselho tem o poder de te condenar.
JESUS: Vocês não terão pode r sobre mim, se não vier do Pai .
FARISEU 4: Então nos mostre o teu Pai, falso profeta!
PILATOS: Afinal, quem és? És rei?
FARISEU 1: Rei? Não temos outro rei, senão César!
MULTIDÃO: Isso mesmo! César! César! César!
PILATOS: Foi a tua própria gente que te trouxe aqui. O que fizeste?
JESUS: O meu reino não é deste mundo, se fosse , aqueles que me seguem não permitiriam
que eu fosse entregue a vocês, mas isto acontece para que se cumpram as escrituras.
FARISEU 2: Isso é blasfêmia ! (rasga as vestes) Ah... não temos mais dúvidas! Todos
ouviram! Já sabemos a sentença! Morte! Morte! Ele deve morrer!
PILATOS: Então você veio para falar sobre o teu reino.
JESUS: Foi para isso nasci e vim ao mundo, para testemunhar a verdade!
PILATOS: Verdade? O que é a verdade?
JESUS: Todo aquele quer escutar a verdade, ouvi a minha voz.
PILATOS: Vocês me apresentaram este homem como um bandido! No entanto, após
interrogá-lo não vejo culpa alguma. Este homem é inocente.
FARISEU 3: Inocente? Ele engana o povo, é contra César. Se soltares este homem o povo se
revoltará contra ti. (Pilatos fica pensativo, a respeito do que o fariseu disse) .
CAIFÁS: Ele está provocando revolta entre o povo, com seus ensi namentos. Começou na
Galileia passando por toda Jude ia, e agora chegou aqui.
PILATOS: Ele é da Galileia?
CAIFÁS: Sim, meu senhor!
PILATOS: Então faz parte da jurisdição de Herodes, q ue ele o julgue como achar melhor .
Le vem -no a Herodes! (Jesus é levado a Herodes).

CENA PERANTE HERODES

(Jesus foi levado pel os sol dados, doutores da lei e chefe dos sacerdotes até Herodes, Rei
da Galileia, que ao saber da sua cheg ada foi ao seu enc ontr o)

FARISEU 4: Majestade estamos com um prisioneiro e ele deve ser julgado pelo senhor.
HERODES (com indiferença, preguiça, desinteresse) : Ahhhrrrggg! Por que não dissestes
que viessem mais tarde? Quais motivos têm para me perturbar tão cedo?
FARISEU 2: Senhor ele é Jesus de Nazaré e veio enviado por Pilatos.
HERODES: Ahhh ééée???... Não é sempre que Pilatos lem bra que também sou autoridade!
Ordene que o tragam! Quero conhecer esse tal Rei dos Judeus! Onde ele está?
HERODES: Este? Este é Jesus de Nazar é? Oh! Quanto me alegro em ver -lhe no meu
palácio, há tempo desejava conhecê -lo. Já ouvi falar muito a seu respei to. Hoje espero presenciar
um milagre. É verdade que devolves a visão aos cegos? Que ressuscita os mortos? De onde vem o
teu poder? És aquele cujo nascimento foi anunciado? Ande homem! Fale alguma coisa! Faça um
milagre! Transforme essa água em vinho para que eu possa ficar bêbado! Háháháháhá!!!
HERODÍADES: (Irônica) Ora! Ora! Ora ! Quem está aqui diante de nós? O Messias! O
mágico que cura e ressuscita os outros! Nem mesmo aquele imundo e irritante, João Batista,
trouxe um homem dos mortos!
HERODES: Veja lá como fala! Tenha mais respeito mulher! Não temos aqui um criminoso
comum. Este é um homem de Deus. Você é um homem de Deus, não é? (Jesus nada responde)
DOUTOR DA LEI 1: Este homem é um perigo para todos. Ele en coraja uma rebelião contra
Roma.
HERODES: Isso é mentira, não é Jesus? Eu nunca ouvi nada a respeito.
DOUTOR DA LEI 2: Ele chama a si mesmo de Rei dos Judeus!
HERODES: Calados!
HERODES: É verdade Jesus? Corou -se a si mesmo como rei? Entenda... isso me perturba, e
muito! Acredito que eu é que deveria ser o rei dos Judeus. E nã o um profeta sujo e pobre vindo
de Nazaré! (Todos riem).
HERODÍADES : Tire este imundo da nossa presença! Ele não tem nenhum crime, só está
louco (todos riem novamente).
HERODES: Mas estou disposto a relevar tudo isso, se me der uma pequena prova. Todo
mundo está dizendo que você cura ce gos e leprosos quando os toca!
HERODÍADES : Lepra? Ele toca os imundos? Está louco e ainda quer nos contaminar! (Com
nojo) Tirem-no daqui!
HERODES: Só estou pedindo uma pequena prova... Al gum milagre! (Jesus nada diz)
HERODES: É isso Jesus? Vai ficar aí parado como uma estátua? Diga alguma coisa?
DOUTOR DA LEI 3: O silencio pode ser a melhor arma dos políticos, meu senhor.
HERODES: Os reis de vem falar. É uma exigência, você não sabia? Nunca exi stiu um rei
mudo. Vejam : o rei mudo dos Judeus! (Todos riem).
HERODES: Podem levá -lo daqui!
DOUTOR DA LEI 4: Majestade! Majestade! Não permita que este charlatão escape!
HERODES: Exatamente! Um charlatão! Por que se importa? Deixe Roma cuidar disso.
Ahhh! Esperem! Ele não pode voltar ao palácio vestido assim! Um rei é digno de um manto,
Tome o meu! Esta é a veste de um verdadeiro Rei! (Herodes oferece o manto , finge que vai
entregá-lo, mas não dá a Jesus). Podem leva-lo a Pilatos! (Os soldados saem com Jesu s).

NARRADOR : E enquanto Jesus continuava a ser agredido e humilhado pelo caminho, uma
grande multidão se concentrava no palácio de Pilatos. E induzidos pelos fariseus, falavam mal de
Jesus e pediam sua condenação.

1ª ESTAÇÃO - JESUS É CONDENADO À MORTE

CAIFÁS: Governador! Estamos de volta com o falso rei!


PILATOS: Ora ! O que houve ! Que r dizer que Herodes não resolveu nada?
CAIFÁS: Como eu previa meu senhor!
PILATOS: Não imagina quantas acusações fizeram contra você Jesus: traição alegação de
que é rei, insurreição. Você pode responder alguma dessas acusações Jesus (Jesus nada reponde)
CLÁUDIA: Querido, meu senhor! Afaste -se deste homem inocente, pois esta noite , em um
sonho, sofri muito por causa dele. Não o condene, deixe -o ir embora.
PILATOS: Não se intrometa Cláudia ! Não vê que isso não lhe diz respeito ! Isso é assunto
meu! Eu sou o governador! Você é apenas minha mulher! Obedeça! (A mulher fica calada e
triste).
PILATOS: (para o povo) Vocês me trouxeram este homem como aquele que esta
pervertendo o povo! Eu o examinei na frente de você s e não acho culpa em nenhuma de suas
acusações.
FIGURANTE 1: Esse homem é um rebelde!
FIGURANTE 2: Vós mesmos ouvi stes se declarar rei!
FIGURANTE 3: Falso profeta! Me ntiroso! Charlatão!
PILATOS: Vê quantas coisas te acusam?... Diga alguma coisa homem! (Jesus permanece
Calado)
FIGURANTE I: Fala seu imundo! Perdeu a língua?
FIGURANTE 2: Fala agora rei dos Judeus, fala!
FIGURANTE 3: Morte ao rei dos Judeus! Roma!
MULTIDÃO : Morte ao rei dos Judeus! Morte ao rei dos Judeus! Morte ao rei dos Judeus!
(Começa pelos doutores da lei, depois os fariseus, os figurantes e, por fim, todos gritam até
Pilatos se expressar).
PILATOS: Silêeennciiiooooo!!!
NARRADOR: Pilatos sabia que Jesus era inocente e que os fariseus e Caifás q ueriam matá-
lo por inveja. Pilatos então tentou mais uma vez!
PILATOS: Não encontro neste homem motivo algum para condena -lo à morte e como é de
costume libertar um prisioneiro por ocasião da páscoa, eu, como representante de Roma, liberto
um de seus prisi oneiros. E lhes dou Jesus de Nazaré!
FARISEU 1: Entregar Jesus vivo?
ALGUNS: Não! Não! Não faça isso! Não! Isso não!
OUTROS: Sim! Deixe -o em paz! Liberta -o! Liberdade! Deixe -o em paz!
FARISEU 2: Não liberte Jesus! Ele deve morrer!
CAIFÁS: Nós só queremos justiça Pilatos. E le é um traidor. Não o liberte!
PILATOS: (Para o povo) Afinal, o que vocês querem? Liberto Jesus?
OUTROS: Sim! Sim ! Liberte Jesus! Por fa vor! Liberta!
FARISEU 3 : Não! Liberte Barrabás!
FARISEU 4: Isso mesmo governador! Queremos Barrabás! Agora !
MULTIDÃO: Barrabás! Barrabás! Barrabás!
PILATOS: Silêncio! Silêncio! (Pa ra Jesus) Ouve que eles querem Jesus? Eles preferem um
ladrão a você! Soldados! Tragam Barrabás até aqui! (Barrabás é levado até a presença de Pilatos)
PILATOS: Então como quere m... Soldados! Soltem Barrabás! (Corta a corda).
BARRABÁS: Hahaha! Éééééé! Estou livre! Obri gado Jesus, ou melhor, majestade! (Faz
reverência a Jesus como se faz aos reis). Espero que aproveite a vida como prisioneiro! Hahaha!
Éééééé! Estou livre!
PILATOS: E quanto ao rei dos Judeus, levem -no para ser açoitado ! Depois do castigo, vou
dar-lhe a liberdade! (Pilatos coloca sua capa em Jesus)

CENA JESUS É FLAGELADO

(Jesus é amarrado em um tronco. Seis soldados flagelam e humilham Jesus, sendo que três
batem e três contêm a multidão). Esta cena dura em torno de 5 a 10min. Depois levam -no de volta
a Pilatos)
SOLDADO I: Você não é rei? Estão está lhe faltando uma coroa! Aqui está a sua! Háháháhá
(todos os soldados começam a rir).

PILATOS: Aqui está o agitador de vocês ! Tomou o castigo que mereceu! Agora está livre!
CAIFÁS: Não! Crucifique-o! Agora!
MULTIDÃO : Crucifique -o! Crucifique -o! Crucifique -o!
CAIFÁS: Temos uma lei, ele deve morrer, porque se fez Filho de Deus! Crucifique -o
agora !
MULTIDÃO : Crucifique -o! Crucifique -o! Crucifique -o! (Multidão fica gritando até o
narrador começar a falar)
NARRADOR : Vendo que poderia causar uma revolução, Pilatos fez o que a multidão queria.
PILATOS: Tragam -me uma bacia com água (lava as mãos). Eu não sou responsá vel pelo
sangue deste homem. Isso é responsabilidade de vocês! Soldados... Crucifiquem Jesus!

CENA O ARREPENDIMENTO DE JUDAS

NARRADOR : Judas se pôs a observar cada passo de Jesus Cristo, desde o Horto das
Oliveiras até seu interrogatório. Não acreditava que Jesus consentiria em ser morto por eles. E a
cada instante esperava vê -lo libertado por um poder divino. Ao término do julgamento, porém,
Judas não pôde suportar por mais tempo os remorsos e as torturas que lhe infligiram a
consciência acusadora. (Judas vai até Pilatos)
JUDAS: Ele é um inocente! Não lhe faça nenhum mal, Pilatos! Ele não merece a morte.
Tome essas moedas que vão derramar o san gue de um justo! Mas n ão o mate !
PILATOS: Retirem esse homem daqui! Isso é problema de vocês!
JUDAS: Ah... Não! Agora é tarde demais! Eles vão matar o mestre!

NARRADOR : Nós vós adoramos Senhor Jesus Cristo e vos bendizemos!


TODOS: Porque pela vossa santa Cruz re mistes o mundo. (Silêncio, oração e canto)

2ª ESTAÇÃO - JESUS CARREGA A CRUZ

NARRADOR : Saindo do palácio de Pilatos, Jesus começou a percorre r o caminho do


calvário. Le vando sobre os ombros a pesada cruz. Uma multidão acompanhava horrorizada com as
hostilidades dos sol dados que não poupava m insultos e chicot adas sobre o Salvador .
SOLDADO 1: Agora ele parece um verdadeiro rei, queremos ver o sangue dele derramando!
SOLDADO 2: Saudações ao nosso rei! Para sua Majestade, as melhores reverências !
SOLDADO 3: Agora com a coro a está parecendo mesmo um rei! Salve oh majestade!
Háháháhá!!! (todos os soldados se ajoelham e riem)
SOLDADO 4: Vamos, oh grande rei! Opera um milagre! Diz quem te bateu? (Bate em Jesus
e ele cai)
SOLDADO 5: (Cospe em Jesus) Advinha quem te cuspiu? Háháháhá!!! (Todos riem)
SOLDADO 6: (Bate em Jesus) Fracote! Fraco! Acho que ele não está gostando do carinho
que estamos fazendo! Vamos dar mais amor então! Toma isso! (Batendo em Jesus)
NARRADOR : Os Fariseus e soldados insultam e batem o filho de Deus. N o entanto, o
Salvador do mundo não solta nenhum gemido. De seu rosto sereno saiam apenas suor e sangue.
SOLDADO 1: A cruz! Tragam a cruz que ele merece, coloquem -na em seus ombros e façam
esse impostor caminhar!

NARRADOR : Nós vós adoramos Senhor Jesus Cr isto e vos bendizemos!


TODOS: Porque pela vossa santa Cruz re mistes o mundo. (Silêncio, oração e canto)

3ª ESTAÇÃO - JESUS CAI PELA PRIMEIRA VEZ

FARISEU 1: Já caiu? A Caminhad a só começou seu fraco! Le vante ele, soldados!


FARISEU 2 (Olha para as mulheres que choram e o povo que se comove com o sofrimento
de Jesus) O que vocês estão olhando? Voltem as suas casas!
MARIA: Senhor! Tão desfi gurado está meu o filho! Agora começo a compreender ainda
mais o que Simeão e Ana falaram quando fomos apresentar Jesus n o Templo, que “uma espada
transpassará minha alma!”. Senhor dá -me forças para suportar o sofrimento junto ao meu filho
amado!
SOLDADO 3: Mas rápido com essa cruz!
SOLDADO 4: Você está muit o fraco para um rei. (todos os soldados riem)
NARRADOR : Jesus é o fi lho de Deus, mas como nós, não suporta tanta tortura. Enfraquece
e cai no chão. Experimenta, assim, sua natureza humana. Em seu rosto ensanguentado se vê as
marcas da exaustão e dor. Seu coração está oprimido de tristeza e sente o peso dos pecados
impostos sobre si.

NARRADOR : Nós vós adoramos Senhor Jesus Cristo e vos bendizemos!


TODOS: Porque pela vossa santa Cruz re mistes o mundo. (Silêncio, oração e canto)

4ª ESTAÇÃO - JESUS ENCONTRA SUA MÃE


MADALENA : (Abrindo espaço entre os soldados) Parem! Parem! Será que não veem o
sofrimento da mãe de Jesus vendo o próprio filho sendo humilhado dessa maneira? Maria está
sofrendo muito e nós também! Parem, por favor!
VERÔNICA : Desse jeito vocês irã o matá -lo! Não façam isso! Deixem Maria chegar até s eu
filho! Não batam nele seus traidores! Senhor, suas mãos que sempre estiveram ocupadas em fazer
o bem, com essas mãos fazei algo em teu próprio favor!
SOLDADO 5: O que vocês querem mulheres? Vão as suas casas! Vocês estão loucas!
MARIA: (Se aproxima e ol ha para Jesus). O que estão fazendo contigo meu filho? Meu
Deus! Quanto sofrimento para um coração de mãe vê um filho dessa maneira! Tu estás tão
abatido e desfigurado! Não suporto te ver assim! (Chora bastante).
JESUS: Mãe, minha mãe , sua presença é alimento nessa caminhada. Tu sempre foste o meu
apoio, a minha sombra e o meu abrigo. Falta pouco, agora.
MARIA: Experimento na minha humanidade uma dor extrema como se uma espada
atravessasse minha alma!
SOLDADO 6: Esqueça as profecias e trate de andar seu charlatão! E você saia do caminho
senão será chicoteada !

NARRADOR : Nós vós adoramos Senhor Jesus Cristo e vos bendizemos!


TODOS: Porque pela vossa santa Cruz re mistes o mundo. (Silêncio, oração e canto) .

5ª ESTAÇÃO - O CIRINEU AJUDA JES US A CARREGAR A CRUZ

SOLDADO 2: Senhor, o rei dos j udeus está muito fraco. Não vai aguentar carregar a cruz
até o final!
FARISEU 1: Que diferença faz? Se ele vai chegar vivo ou não isso é problema de vocês!
SOLDADO 2: O que faremos?
SOLDADO 1 (Aponta para a multidão) Peguem aquele homem e o obriguem a ajudar o
grande Rei!
SOLDADO 2: (Vai a multidão, aponta cerca de três pessoas, e pergunta ao oficial “é este
aqui senhor? O oficial diz que não! Após isso aí sim o soldado aponto ao Cirineu e o oficial
confirma!) Ei... Você aí! Ajude -o a carregar a cruz!
CIRINEU: (Resiste à ordem!) Eu? Por que eu? Acabo de vir do campo! Não! Eu não!
SOLDADO 3: Você vai por bem ou prefere apanhar junto a ele? Não estou pedindo! É uma
ordem!
SOLDADO 4: Vamos logo, ou te mataremo s com ele! Carregue a cruz do fracote! (Cirineu
ajuda Jesus a carregar a cruz) .

NARRADOR : Simão Cirineu não reconheceu o Cristo na face transfigurada. Se


compreendesse, aceitaria sem queixa e se sentiria agradecido pelo priv ilégio em ajudá -lo.

NARRADOR : Nós vós adoramos Senhor Jesus Cristo e vos bendizemos!


TODOS: Porque pela vossa santa Cruz re mistes o mundo. (Silêncio, oração e canto) .

6ª ESTAÇÃO - VERÔNICA ENXUGA O ROSTO DE JESUS

VERÔNICA : Senhor, meu Senhor! O que estão fazendo co ntigo? O que posso fazer por ti?
Teu rosto está desfigurado como o rosto daqueles que sofrem com a pobreza. (Ela consegue
passar pela guarda).
SOLDADO 5: Ahhhh! Veio salvar teu rei impostor !
VERÔNICA: Não veem que ele é inocente? Parem de maltratá -lo, seus monstros! Vocês
estão cegos de tanto ódio que não percebem o amor de Jesus por nós! (Enxuga o rosto de Jesus).
Vejam a face da Justiça estampada neste pano! (Mostra o pano com a imagem do rosto de Jesus
impressa, pintada ou estampada numa g ráfica).
SOLDADO 6: Fora mulher! (Empurra Verônica) . Saia da frente sua l ouca!

NARRADOR : Nós vós adoramos Senhor Jesus Cristo e vos bendizemos!


TODOS: Porque pela vossa santa Cruz re mistes o mundo. (Silêncio, oração e canto) .

7ª ESTAÇÃO - JESUS CAI PELA SEGUNDA VEZ

SOLDADO 1: De novo? Ah... Assim não chegaremos até o final!


SOLDADO 2: Vamos levantem esse fraco que não consegue carregar uma cruz tão leve
como essa!
SOLDADO 3: Vamos rei dos pobres! Quer que seus súditos vejam o quant o você é fraco?
(Jesus volta a cair)
SOLDADO 4: Molenga ! Imundo! Quero ver você chorar e implorar para te tirarmos daqui!
SOLDADO 5: Ahhhhh! Acho que e le não aguenta mais carregar a c ruz!
SOLDADO 6 : Será? Essa eu pago pra ver! Talvez estas chi cotadas reanimem as suas forças!

NARRADOR : Nós vós adoramos Senhor Jesus Cristo e vos bendizemos!


TODOS: Porque pela vossa santa Cruz re mistes o mundo. (Silêncio, oração e canto) .

8ª ESTAÇÃO - JESUS CONSOLA AS MULHERES DE JERUSALÉM

NARRADOR : Uma grande multidão acompanhava o sofrimento do Cristo! Entre o povo,


algumas mulheres que batiam no peito e choravam .
MADALENA : Vejam e reparem se há dor semelhante à deste homem.
VERÔNICA : Vocês carrascos, sem coração, cometem pecado agora, mas vão se arrepender
mais tarde! Ele não fez nenhum mal a vocês!
MARIA: Meu filho, cada traço teu expressa a tua bondade, mesmo aos teus cruéis inimigos.
JESUS: Povo meu, o que eu te fiz? Em que te ofendi? Tirei -te do deserto, da escravidão do
Egito e tu me esbofeta e ainda me colocam numa cruz. Não chorem por mim filhas de Jerusalém,
chorem por vós e por vossos filhos. Felizes são as mulheres que nunca tiveram filhos, mas seus
corações serão férteis.
JESUS: Dias virão em que os homens dirão as montanhas: “ Caim sobre nós” e pediram as
colinas: “esconda -nos e proteja -nos do castigo que Deus manda”, pois se eles farão isso ao lenho
verde, o que acontecerá ao lenho seco?

NARRADOR : Nós vós adoramos Senhor Jesus Cristo e vos bendizemos!


TODOS: Porque pela vossa santa Cruz re mistes o mundo. (Silêncio, oração e canto) .

9ª ESTAÇÃO - JESUS CAI PELA TERCEIRA VEZ

NARRADOR : Jesus é motivo de zombaria , mesmo nesse estado, e seus torturadores


externam toda fúria. É o Cristo multilado que ofe rta sua vida em favor de nós. E nós? ) que
fazemos a seu favor?
SOLDADOS : (Continuam flagelando Jesus)
CIRINEU : Parem! Parem! Se nã o pararem, não levarei a cruz e não importa o que me
fizerem!
SOLDADOS : (Começam a rir)
SOLDADO 1: Está bem, vamos em frente! Não temos o dia todo! Vamos logo!
SOLDADO 2: Vamos, Judeu!
CIRINEU : Estamos quase lá meu Senhor! Estamos perto s! Aguente mais um pouco!

10ª ESTAÇÃO - JESUS É DESPIDO DE SUAS VESTE S

NARRADOR : Ao che gar no Calvário, Jesus estava pronto para sofrer as dores da
crucificação. Al guns reconheciam nele o messias esperado, mesmo naquela forma frágil e
agonizante. Outros influenciados pelas mentiras dos fariseus julga vam -no como louco, que
finalmente colhia os frutos de sua insanidade, Jesus por sua vez estava consciente de sua missão.

FARISEU 1: Tirem sua roupa, pois ele não vai precisar dela para morrer na cruz!
TODOS: (Começam a rir e só param quando o narrador começar a falar)

NARRADOR : Nós vós adoramos Senhor Jesus Cristo e vos bendizemos!


TODOS: Porque pela vossa santa Cruz re mistes o mundo. (Silêncio, oração e canto) .

11ª ESTAÇÃO - JESUS É PREGADO À CRUZ

SOLDADO 1: Preparem-no para a crucificação! Tragam a cruz!


SOLDADO 2: Tens algo a dizer? Fale agora enquanto há tempo!
JESUS: Pai, já se aproxima a hora. Glorifica o teu filho para que el e glorifique a ti.
Conforta-me com o poder que me deste e conce da a vida eterna a todos que confiaste!
SOLDADO 1: Pre guem o Rei dos Judeus!
NARRADOR : Os soldados agarram brutalmente Jesus e jogam -no sobre a cruz pregando as
mãos e pés. (Espera a cena acontecer). Depois levanta e fixam a Cruz na terra! (Espera a cena
acontecer).
SOLDADO 3: Olhem! A túnica do rei dos imundos! Eu vou fi car com suas roupas!
SOLDADO 4: O quê !? Nada disso! Ela é minha!
SOLDADO 5: Como assim? Eu bati com mais força! O meu ch icote esta mais manchado com
seu sangue ! Por isso a roupa deve ser minha!
SOLDADO 6: Mas o que está acontecendo aqui? Parem de brincar! Vamos tirar na sorte
para ver quem fica com a roupa! (Contam 1...2...3 em forma de pedra, tesoura e papel . Todos
colocam pedra, mãos fechadas, e apenas o soldado 2 coloca papel, mãos abertas. Este ganha).
SOLDADO 4: Eu venci! Agora é minha!
NARRADOR : Mesmo diante de todo sofrimento, os maus feitores continuam zombando de
Cristo, e Maria, sua mãe, acompanha com muita tristeza!
MARIA: Jesus meu filho! Meu filho amado! Não... Não me deixe aqui sozinha! Não me
deixe!
JESUS: Mãe outro filho está junto de ti. João acolhe tua mãe.
JOÃO: Maria, não há nada que possamos fazer. E necessário que o mestre passe por isso .
CAIFÁS: Se fores o filho de Deus, desce dessa cruz e nós acreditamos, (vira para a
multidão) pois ele disse “ eu sou filho de Deus”.
FARISEU 1: Tu que destrói o templo e reedifica em três dias, salve a ti mesmo!
FARISEU 2: É engraçado! E le consegue salvar aos outros e não a si mesmo !
FARISEU 3: Não és tu o l ibertador de Israel? Se não fizeres nada, como vamos acreditar?
FARISEU 4: Desça, vamos! Cadê o teu reino agora? Confiaste tanto no teu Deus, vamos ver
se Ele vem te socorrer!
JESUS: Pai perdoa -os. Eles não sabem o que dizem.
NARRADOR : Desse modo Jesus intercedeu pelos homens perante o Pai. Esta oração é um
exemplo para todos. Ela inclui os pecados que existem, desde o princípio até a consumação do
mundo.
GESTAS (LADRÃO MAU): Não é você o Messias ? Então o que está esperando para nos
salvar da morte?
DIMAS (LADRÃO BOM): Você não entende Gestas! Es tás diante da morte e nem assim
teme a Deus? Para nós o castigo é justo, pois estamos pagando pelos nossos crimes, mas este
homem é inocente! Não merece sofrer! Jesus lembra-te de mim quando vieres com teu reino!
JESUS: Em verdade vos di go Dim as, alguns dos que estão aqui hão de experimentar a morte
antes mesmo de terem visto o Filho do Homem chegar com seu reino, o utros inclusive tu mesmo,
ainda hoje, estarão comigo no paraíso.

NARRADOR : Nós vós adoramos Senhor Jesus Cristo e vos bendizemos!


TODOS: Porque pela vossa santa Cruz re mistes o mundo. (Silêncio, oração e canto) .

12ª ESTAÇÃO - JESUS MORRE NA CRUZ

NARRADOR : Jesus sente o peso da angústia, opressão e tristeza. Ele também sente a
ausência do pai num sofrimento de espírito, mas isto é a prova da obra divina. João, o seu
discípulo amado e Maria, sua mãe, estão ao pé da cruz e fixam seus olhares ao rosto de Jesus.
MARIA: Carne da minha carne! Coração do me u coração! Meu filho! Deixe -me morrer
contigo!
JESUS: Água ! Tenho sede! Água !
SOLDADO 1: Já que está com sede vamos ver se toma vinagre ! Tome! Beba isto!
JESUS: Eloi! Eloi, lama sabactani!
FIGURANTE 1: Escutem! Ele está chamando o profeta Elias!
FIGURANTE 2: Vamos ver se Elias vem socorrê -lo!
JESUS: (Grita bem alto!) Meu Deus! Meu Deus! Por que me abandonaste? (Jesus fica
inconsolado). Tudo está consumado! Pai e m tuas mãos entrego o meu espírito! (inclina a cabeça
para baixo)
MARIA: Meu filho! Meu filho está morto! Vocês mataram a justiça, o amor, a paz! Vocês
mataram o Salvador!
NARRADOR : E Jesus morre na cruz. Trevas invadem a terra, o sol desaparece, o véu do
tempo rasgou -se ao meio, os mortos levantam -se e os seguidores choram com o coração
transpassa do de tristeza e dor. Está terminada a missão de Jesus aqui na Terra e começa sua obra
divina junto ao Pai. (Soldados, Fariseus, Doutores da Lei e demais perseguidores ficam
assustados).
SOLDADO 2: O que está havendo? Está escurecendo em pleno dia!
SOLDADO 3: De onde surgiu esta tempestade?
SOLDADO 4: É como se toda a natureza estivesse abalada!
VERÔNICA: Estão vendo? Agora vocês acreditam? O céu está revoltado com a injustiç a
que vocês acabaram de cometer!
SOLDADO 1: Soldado! Verifique se o Rei dos Judeus morreu! Fure sua costela com a lança!
SOLDADO 5: Vejamos se ele realmente está morto. (Encosta a lança na costela de Jesus)
SOLDADO 5: Ele morreu mesmo! Nós matamos um inocente! (O sangre de Jesus, com água,
cai em cima dos soldados 5 e 6).
SOLDADO 6: Nós matamos um santo ! Ele era o filho de Deus! Por que não percebemos
antes? Agora estamos condenados a andar nas trevas! Estávamos cegos diante da verdade! (Todos
caem enquanto as trevas cobrem a terra).

NARRADOR : Nós vós adoramos Senhor Jesus Cristo e vos bendizemos!


TODOS: Porque pela vossa santa Cruz re mistes o mundo. (Silêncio, oração e canto) .

13ª ESTAÇÃO - JESUS É DECIDO DA CRUZ

NARRADOR : José de Arimatéia. Foi até Pilatos e pediu o corpo de Jesus com a autorização
de Pilatos foi e o retirou da cruz, junto dele estava Maria, sua irmã Maria de Cléofas e Maria
Madalena. Arimatéia o coloca nos braços de sua mãe.
MARIA: Não! Meu filho! Carne da minha carne! Coração do meu coração! Sangue do meu
sangue ! Estive contigo! Cuidei de ti! Vi -te crescer em graça, estatura e amor! Agora es tás morto!
Desceram-te da cruz e colocaram nos meus braços apenas o sofrimento, a injustiça que fizeram
contigo! Quão doloroso é p ara mim! Deixa -me morrer também ! Le va -me contigo e assim
estaremos juntos novamente! Quero sentir a tua paz! Quero ver o teu sorriso meu filho amado!
Senhor! Dá -me forças! Se for a tua vontade, deixa -me estar com meu filho vi vo a gora ! Quantas
vezes sorrimos juntos! Agora uma espada afiada transpassou o meu coração e a minha alma!

NARRADOR : Nós vós adora mos Senhor Jesus Cristo e vos bendizemos!
TODOS: Porque pela vossa santa Cruz re mistes o mundo. (Silêncio, oração e canto) .

14ª ESTAÇÃO - JESUS É SEPULTADO

NARRADOR : Momento mais tarde, alguns fariseus temiam que os discípulos roubassem o
corpo e fizessem o povo acreditar que Jesus havia ressuscitado.
FARISEU 1: Senhor governador!
PILATOS: O que ainda querem comigo!?
FARISEU 2: Conhecemos m uito bem o que esse homem fa zia!
FARISEU 3: É verdade senhor! Ele fez Lá zaro ressurgir dos mortos.
FARISEU 4: Governador! Devem os evitar que os seguidores de Jesus roubem o corpo e
iludam o povo dizendo que ele ressuscitou!
NARRADOR : José de Arimatéia foi a Pilatos e pediu para sepul tar Jesus! Depois de
autorizado, preparou -se para enrolar o corpo em um lençol e levá -l o a um túmulo escavado na
rocha, onde ninguém ainda tinha sido colocado.
FARISEU 1: O que aquele homem queria, meu senhor?
PILATOS: Nada de mais! Apenas sepultar esse tal Jesus! Eu autorizei! Mas ordenarei que
vi giem o túmulo. Soldados! Montem guarda ! Vão e fiquem lá até o terceiro dia !

NARRADOR : Nós vós adoramos Senhor Jesus Cristo e vos bendizemos!


TODOS: Porque pela vossa santa Cruz re mistes o mundo. (Silêncio, oraç ão e canto).

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