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1ª ESTAÇÃO: JESUS É CONDENADO.

<Em Getsêmani, Jesus chega com os apóstolos em um lugar isolado. Dirigindo-se a eles pede
para aguardar enquanto vai orar. Entretanto, levou consigo Pedro, Tiago e João junto de si. O
Anjo e e demônio estão escondidos>

JESUS: <dirigindo-se aos apóstolos> Sentai-vos aqui enquanto vou orar!

<leva consigo Pedro, Tiago e João para um lugar ainda mais reservado e começa a falar>

JESUS: Minha alma está triste até à morte. A tristeza que sinto é tão grande que é capaz de
me matar. Fiquem aqui e vigiai!

<Jesus se afasta um pouco mais e começa a orar ajoelhado e com o rosto encostando no
chão>

JESUS: Pai, meu Pai, Tu podes fazer todas as coisas! (pausa) Afasta de mim este cálice de
sofrimento. (pausa) Mas que não seja feito o que eu quero, mas que reine a tua vontade!
(pausa)

<O demônio aparece>

DEMÔNIO: Por que vais fazer a vontade de Teu Pai? Para que passar por tanto sofrimento,
Jesus?De que adiantará Teu sacrifício? O pecado vai continuar existindo. A Humanidade, que
tu tanto amas, continuará a ofender-Te. Crimes continuarão a serem cometidos, assim como:
invejas, deslealdades, ingratidões. Muitos dirão seguir-Te e pronunciarão Teu nome de forma
banal, até mesmo usando-O para justificar suas impiedades. Muitos movimentos terão Teu
nome, Jesus, mas não o Teu Espírito. É para isso que Te sacrificarás? O mundo sempre viverá
na mentira e eu sou o pai da mentira: o mundo é meu, com todas as suas calamidades e
riquezas. Vê, vê o mundo, vê como é belo! (Mostra a paisagem a Jesus). Por isso, eu Te repito:
tudo isto Te darei se, prostrado, me adorares!

JESUS: Afasta-te, Satanás!

<O demônio sai. Jesus cai de joelhos. Jesus permanece ajoelhado por mais alguns instantes e
vai ao encontro dos três apóstolos que deixou vigiando, porém os encontra dormindo. A feição
de Jesus é de uma tristeza ainda maior e com a face bastante suada>

JESUS: Pedro! Você está dormindo? Será que não consegue vigiar sequer por uma hora?
(pausa). Vigiem e orem para que não sejam tentados. (pausa). É fácil querer resistir à
tentação; (pequena pausa) o difícil mesmo é conseguir resistir as tribulações.

<Jesus volta ao local onde estava orando (na mesma posição), faz uma breve pausa e começa
a proferir...>
JESUS: Pai, meu Pai, Tu podes fazer todas as coisas! (pausa) Afasta de mim este cálice de
sofrimento. (pausa) Mas que não seja feito o que eu quero, mas que reine a tua vontade!
(pausa)

<aparece um anjo com um cálice>

ANJO: Jesus, Tu és o caminho, a verdade, a vida. Teu sacrifício não será em vão. Sabes que
Teu Pai só permite que cada um passe pelo que pode suportar. E, por amor, beberás do cálice
de sofrimento. Pois sofrerás o que todos sofreriam em consequência de seus próprios erros.
Muitos Te compreenderão e se tornarão santos, para Tua glória e para a glória do Pai. Muitas
boas obras serão feitas em Teu nome, com o bom senso do Teu Espírito. Muitos se entregarão
a Ti e procurarão ser um só contigo em todos os seus momentos! Muitos se tornarão dignos
do Teu perdão e, por amor a Ti, mudarão de vida! Coragem! Teu Pai te dará as forças
necessárias e nós, os anjos, velaremos por Ti! A Humanidade sempre necessitará do Teu amor
e da Tua misericórdia!

<Jesus permanece mais um instante ajoelhado, retorna ao trio e os encontra dormindo. Sem
falar nada e transparecendo comovente decepção e amargura, retorna ao local onde orava (na
mesma posição), faz a breve pausa e começa a proferir as mesmas palavras>

JESUS: Pai, meu Pai, Tu podes fazer todas as coisas! (pausa) Afasta de mim este cálice de
sofrimento. (pausa) Mas que não seja feito o que eu quero, mas que reine a tua vontade!
(pausa)

<Jesus retorna ao trio e os encontra ainda dormindo. Então num gesto simples profere
palavras num tom firme>

JESUS: Vocês ainda estão dormindo e descansando? (pausa) Basta! (Tom ainda mais grave.
Pausa). Chegou a hora em que o Filho do Homem será entregue nas mãos dos pecadores.
Levantai-vos e vamos embora.

<Jesus, juntamente com Pedro, Tiago e João, se encaminham para juntos dos outros
apóstolos. Ao se aproximar, Jesus inicia seu dialogo ao mesmo tempo em que chega Judas,
chefe dos sacerdotes, soldados e uma multidão armada com espadas e paus>

JESUS: Vejam ... (pronunciado de forma longa; Jesus vira-se para Judas e segue) Já se
aproxima quem vai me entregar!

<dá-se um curto intervalo, somente o necessário para Judas aproximar-se de Jesus e seguir o
diálogo. >

JUDAS: Rabi (pausa)


<após identificar Jesus por Rabi (mestre), Judas se aproxima, põe a mão firmemente nos
ombros de Jesus e os dois se olham fixamente e firmemente. O olhar de Jesus deve
transparecer tristeza e de Judas determinação>

JUDAS: Eu o saúdo!

<Imediatamente, após a troca de olhares e a saudação de Judas, o mesmo dá um beijo longo


no rosto do Cristo>

JESUS: Judas (breve pausa, apesar da tristeza, Jesus utiliza um tom firme), é com um beijo
que você trai o Filho do Homem?

<ao perceberem o que irá acontecer com Jesus, seus discípulos tomam sua frente numa
atitude de defesa (combate) e um deles afirma num tom firme>

APÓSTOLO: Senhor, devemos ataca-los com espadas.

<neste momento, esse mesmo apóstolo desfere um golpe no empregado do Grande


Sacerdote, cortando a sua orelha direita. O empregado se ajoelha, gritando por algumas vezes:
Minha orelha, minha orelha>

JESUS: Parem com isso <usando um tom firme>

<Jesus toca a orelha do empregado e o mesmo fica imediatamente curado. Então segue
dizendo em tom firme>

JESUS: Por que vocês vieram com espadas e paus para me prender como se eu fosse um
bandido. (pausa) Eu estava todos os dias no Templo partilhando convosco, e vocês não me
prenderam. (breve pausa) Mas esta é a vossa hora e a hora do poder das trevas!

SUMO SACERDOTE: Não nos interessa o que tens a falar! Bem sabemos que sois um falso
profeta ao manipular o povo com ilusões. És um arruaceiro que desrespeita nossas leis e
nossos costumes. Levem-no na presença de Caífas!

<os soldados prendem Jesus violentamente e o conduzem até a Casa do Grande Sacerdote.
Neste momento, TODOS os discípulos fogem e o abandonam (Mc 14, 50). Pedro, o segue
disfarçadamente de longe. Um pouco antes da casa do sacerdote, acontecerá o episódio da
negação de Pedro. Na multidão, uma mulher o reconhece e começa o episódio>

MULHER: Vejam, vejam! (pausa) Mas este homem também estava com Jesus de Nazaré.

<meio atrapalhado, porém com muita convicção, Pedro responde.>

PEDRO: Mulher (pausa). Eu nem conheço este homem! Eu não sei do que você está falando.
<Pedro sai da presença da mulher para um outro lugar no meio da multidão (o galo canta a
primeira vez). Então um homem o vê e afirma>

HOMEM: Mas você também é um deles. Eu tenho certeza.

PEDRO: Ora homem! (pausa) Eu não sou um deles! Estás louco?

<Pedro sai da presença do homem rindo e afirmando para todos que aquele homem está
louco e que não conhece o nazareno. Um pouco mais adiante um outro grupo aborda pedro>

MULHER: Não há duvidas de que você também é um deles, pois também és da Galileia!

GRUPO: É verdade! Você é Galileu ... Você é um dos seguidores do Nazareno (e há um grande
tumulto em torno de Pedro)

PEDRO: Eu juro que não conheço este homem de quem vocês estão falando! Que Deus me
castigue se não estou dizendo a verdade!

<Quando Pedro termina esse diálogo, o galo canta e instantaneamente os olhares de Jesus e
de Pedro se cruzam fazendo com que ele se lembrasse do que Jesus havia lhe dito. O
sentimento que Pedro experimenta é de grande pesar, momento que, em lagrimas, Pedro
baixa a cabeça e sai no meio do povo chorando e proferindo palavras de lamentações (o quê
eu fiz? Trai o meu mestre! Perdoa-me Senhor, meu Senhor ... etc). Segue-se o trajeto até a
casa do Sacerdote.>

CAIFAS: Silêncio! (pausa, voz num tom firme) Não podemos perder tempo! Que acusações
tempos contra este homem?

SACERDOTE 1: Nós ouvimos quando ele disse: ‘Vou destruir este Templo que foi construído
por seres humanos e, em três dias, levantarei outro que não será construído por seres
humanos.

SACERDOTE 2: Este homem está possuído. Ele expulsa os demônios em nome de belzebu.

SACERDOTE 3: Ele desrespeita nossos costumes e nossas leis. Realiza falsos milagres para
esse povo ignorante.

SACERDOTE 4: Ele agride nossa sanidade diante de todos ao afirmar ser o Filho de Deus, ao
passo que até perdoar pecados ele o faz!

TODO O CONSELHO: É verdade! Falso profeta! Que grande blasfêmia se intitular o Filho de
Deus.

CAIFAS: Chega! (pausa). Você não vai se defender dessas acusações? (pausa longa e silêncio
total)
CAIFAS: Diga-nos então, você é o Messias, o Filho de Deus Bendito?

<em unidade de gesto, todo o conselho olha fixamente para Cristo em silêncio total>

JESUS: Se eu disser que sim, vocês não acreditarão. E, se eu fizer uma pergunta, vocês não
responderão. Mas de agora em diante o Filho do Homem sentará do lado direito do Deus Todo
Poderoso.

<todo o conselho de sacerdotes em uníssona voz pergunta de forma escandalizada>

CONSELHO: Então você é o Filho de Deus?

<Jesus responde tranquilamente>

JESUS: São vocês que estão dizendo isso!

<todo o conselho se agita com revolta diante da resposta do Cristo. Os sacerdotes esbravejam
de forma aleatoria>

SACERDOTES: Blasfêmia ... Ele se intitula Filho de Deus ... Deves pagar com tua vida essa
mentira ... Ele é réu de morte ...

<Caifas bate seu cajado e todos se calam, e então caifas prosegue>

CAIFAS: Não precisamos mais de testemunhas. Nós mesmos ouvimos o que ele disse. Todos
somos testemunhas da blasfêmia que ele dirigiu a Deus. (pausa) Então, o que vocês
resolvem? <Caifas realiza a pergunta apontando os braços para os sacerdotes, os quais
respondem imediatamente em uníssona voz>

SACERDOTES: Que ele seja condenado à morte!

<o conselho profere falsas acusações contra Jesus, lhe dão bofetadas e cospem. Até a guarda
romana que presenciou a reunião do conselho tomam parte nessas ações. Os soldados
cobrem o rosto de Jesus com saco de pano, dando-lhe tapas no rosto e dizendo>

SOLDADOS: Quem foi que te bateu, oh profeta? Adivinhe!

SOLDADOS: Isso mesmo, adivinhe quem está lhe batendo.

<Caifas, num gesto brusco dá continuidade ao diálogo>

CAIFAS: Não podemos perder mais tempo. Dei-o por enquanto e o levem para Pilatos
condena-lo!

JESUS DIANTE DE PILATOS


<toda a multidão se aglomera diante do trono de Pilatos, com murmúrios e grande tumulto.
Então, Caifas saúda Pilatos e todo o povo se cala. Do inicio ao fim, Pilatos utiliza um tom
grave>

CAIFAS: Salve, Oh Governador Pilatos!

PILATOS: O que os trazem aqui?

CAIFAS: Encontramos este homem subvertendo vosso povo, instigando-os a uma grande
revolta. Proibindo-os de pagar impostos a Cesar, nosso imperador, afirmando ainda ser ele o
Cristo Rei, o Filho de Deus!

PILATOS: És tu, o Filho de Deus?

JESUS: Tu o dizes!

PILATOS: Para mim, isto já basta! (pausa)

<os sacerdotes olham para Pilatos com a confiança de que irá condenar Jesus naquele
momento, então o governador prossegue>

PILATOS: Eu não encontro nenhum motivo para condenar este homem.

CAIFAS: <com um olhar de perplexidade>. Este arruaceiro está causando desordem entre o
povo, com ensinamentos que culminará em uma grande revolta. Ele começou na Galiléia e
agora chegou aqui!

PILATOS: Este homem é da Galiléia?

CAIFAS: Sim, oh governador!

PILATOS: Então isso é um problema da jurisdição de Herodes. Soldados, levem-no daqui para
que Herodes possa julga-lo!

CAIFAS: Mas governa...

<Caifas tenta rebater a decisão de Pilatos que o interrompe num gesto brusco e arrogante>

PILATOS: O que eu disse, está dito! Agora sumam daqui ...

<Caifas reverencia o governador e se dirige, com toda a multidão, para encontrar Herodes>

CAIFAS: Sim, venerável governador!

JESUS DIANTE DE HERODES

HERODES: <cheio de satisfação> Finalmente terei oportunidade de ver este homem (pausa).
Que grande alegria tê-lo em minha presença, Jesus de Nazaré (pausa). Faz muito tempo que
tenho vontade de vê-lo fazer um espetáculo com um dos seus milagres. Agora, vou prová-lo
(pausa).

HERODES: Quero ver um milagre Teu. Traze-me água!

<A serva traz uma taça com água>

SERVA (a Herodes): Aqui tens, Senhor.

HERODES: Transforma esta água em vinho! <Estende o copo a Jesus, que não o pega. Olha o
interior do copo>

HERODES: É água! <Joga a água no rosto de Jesus>

<Jesus, sempre de cabeça baixa, sem dá importância para a figura de Herodes, permanece
calado diante das abordagens de Herodes, o que causa decepção no governador>

CAIFAS: Este homem que a muitos engana com ilusões dizendo que são milagres, na verdade
é, um grande arruaceiro. Ele estava incentivando o povo a insurgir uma grande revolta. Sai por
ai pregando ensinamentos que desrespeitam nossos valores e princípios (pausa). Além do
mais, afirma ser o próprio Filho de Deus!

HERODES: Quem é você? (pausa). Você tem poder? (pausa). Podes ou não fazer milagres?
(pausa). Conheceu o grande João Batista? (pausa). Você é o Filho de Deus? (pausa). Você não
responde? (pausa). Que grande decepção (pausa longa) ... Adoraria poder ajudar, mas você
não me dá escolhas!

CAIFÁS: Senhor, ele corrompeu toda essa gente, ele se intitula... Rei!

HERODES: Esse homem, um rei? (Dá uma risada debochada. Toma seu manto e coloca em
Jesus): Com licença, Majestade! Castigai-O e mandai-O de volta a Pilatos. Essa província é
dele.

<a romaria segue em direção ao Palácio de Pilatos, que se assusta com o retorno da daquele
alvoroço>

JESUS DIANTE DE PILATOS II

PILATOS: Aproximem-se os líderes (pausa) ... Vocês me trouxeram este homem, e disseram
que ele estava fazendo subversão. Pois eu já lhe fiz perguntas diante de todos vocês e não o
achei culpado de nenhum crime que o acusaste. (breve pausa) Herodes também não
encontrou nada contra ele, e por isso o mandou de volta para nós. (pausa) Sendo assim, é
claro que este homem não fez nada que mereça a pena de morte. Vou mandar castigá-lo com
chicotadas e o deixarei ir embora.
CAIFÁS: Durante a festa da Páscoa, tradicionalmente, és obrigado a soltar um preso. Solta
Barrabás e prende este homem!

PILATOS: Trazei-me Barrabás! (Os soldados trazem Barrabás). Quais dos dois querem que eu
solte (batendo no peito): Barrabás ou Jesus, que se chama o Cristo?

(Madalena vai chegando ofegante).

POVO: Barrabás, solte Barrabás!

MADALENA: Jesus, solta Jesus!

JUDEU 5: Tu não tens nada a fazer aqui, Madalena! Vá embora!

MADALENA: Jesus, solta Jesus!

JUDEUS: Barrabás, solte Barrabás!

(Com gestos, Pilatos pede que abaixem a voz).

MADALENA: Não O crucifique, Senhor Governador! Jesus é um bom homem, justo e piedoso!

POVO: Não! Crucifica-O! Crucifica-O!

(Novamente Pilatos pede que abaixem a voz com gestos).

MADALENA: (a João): Que se pode fazer?

(João chega próximo de Jesus)

JOÃO (ajoelhando-se): Mestre, deixa que eu sofra em teu lugar!

JESUS (passando a mão na cabeça de João): Tu nada podes fazer por mim. Traz minha Mãe
para que eu a veja antes de morrer.

(João sai correndo)

POVO: Crucifica-O! Crucifica-O!

PILATOS: Açoita-O! (murmurando): Talvez, assim, esses brutos venham a ter alguma piedade!

(Jesus é flagelado e coroado de espinhos. João encontra Salomé).

JOÃO: Mãe, sabes onde está Maria de Nazaré?

SALOMÉ: Está com Maria de Cleofas e outras mulheres. Tive a notícia de que já estão
chegando em Jerusalém. Queres ir ao encontro delas? Irei contigo, meu filho!
(João e Salomé correm e chegam ao local da 4 estação, onde já se encontram: Maria e mais 5
mulheres).

PILATOS (apresentando Jesus): Eis o homem!

POVO: Crucifica-O! Crucifica-O!

PILATOS: Crucificarei o Vosso Rei?

SACERDOTE: Nosso único rei, é César!

CAIFAS: De acordo com a nossa lei, Ele deve morrer, pois se fez Filho de Deus!

PILATOS (a Jesus): Donde és tu? Não falas? Responda! Não sabes que tenho poder para Te
crucificar ou Te soltar?

JESUS: Nenhum poder terias sobre Mim se não lhe fosse dado por Meu Pai.

SACERDOTE: Se não O condenas, não és amigo de César!

POVO: Crucifica-O! Crucifica-O!

PILATOS: Então, crucificai-O vós mesmos. Soltai Barrabás! Tragam-me água! (A serva lhe traz
uma bacia, uma toalha e uma jarra com água. Lava as mãos de Pilatos e as enxuga). Sou
inocente do sangue desde justo. Ele é um problema vosso!

POVO: Que o sangue deste homem caia sobre nós e sobre nossos filhos.

(a partir daí, Madalena acompanha Jesus).

2º ESTAÇÃO: JESUS TOMA A CRUZ:

(Os soldados retiram o manto que Herodes colocou em Jesus. Os soldados Lhe entregam a
Cruz. Jesus a beija).

(A partir desse momento e até o Calvário: os soldados batem em Jesus e Lhe gritam palavras
de ordem: Vamos! Anda! Continua! E os judeus Lhe atiram pedras e debocham, gritando:
Mentiroso! Ele não é Cristo! Ele é um subversivo! Ele deve Morrer! Ele não é o Filho de Deus!
Tem que ser crucificado!).

3º ESTAÇÃO: JESUS CAI PELA PRIMEIRA VEZ:

(Jesus dá alguns passos e cai)

4º ESTAÇÃO: JESUS ENCONTRA SUA MÃE:

(Maria corre ao encontro de Jesus, à frente de 5 mulheres e de João. Madalena se une ao


grupo. Todos estão horrorizados com o estado de Jesus).
MARIA: Meu Filho, não deixa que façam isso contigo!

JESUS: Minha Mãe, isto tem que acontecer; para que se cumpram as escrituras.

MARIA DE CLEOFAS (Amparando Maria): Minha querida Maria, se ele tem essa missão,
vamos cumpri-la junto com Ele.

JOANA: Ele é o Cordeiro de Deus, o que tira o pecado do mundo.

(As mulheres e João apóiam Maria até o fim)

5º ESTAÇÃO: SIMÃO CIRINEU AJUDA JESUS A LEVAR A CRUZ:

SOLDADO 1: Este homem não chegará vivo ao Calvário.

SOLDADO 2 (a Cirineu): Tu, vem ajudá-lo a carregar a cruz! Ele tem que ser crucificado vivo!

CIRINEU: Eu não posso. Estou chegando cansado do trabalho e quero ir para casa com os
meus filhos!

SOLDADO 3: Vem ajudá-lo já! Agora!

(Cirineu toma a cruz de Jesus)

6º ESTAÇÃO: VERÔNICA ENXUGA O ROSTO DE JESUS:

(Verônica se aproxima de Jesus com o lenço na mão)

SOLDADO 4: Atenção para esta mulher! Não a deixem passar!

(Os soldados se precipitam para Verônica)

VERÔNICA: Eu preciso tocá-lo, nem que seja por um segundo!

(Verônica enxuga o rosto de Jesus e canta, mostrando o lenço)

VERÔNICA: Vejam! Vejam! Vejam o rosto deste homem justo.

7º ESTAÇÃO: JESUS CAI PELA 2º VEZ

(Jesus cai sob a cruz)

8º ESTAÇÃO: JESUS CONSOLA AS MULHERES DE JERUSALÉM

(as mulheres choram)

MULHER 1: Vocês não podem fazer isto...

MULHER 2: Vão apagar a luz do mundo...


MULHER 3: Vão deixar o mundo nas trevas...

MULHER 4: Jesus perdoa este povo... Bebe... (Dá água a Jesus)

JESUS: Filhas de Jerusalém, não choreis por mim, chorais antes por vós mesmas e por vossos
filhos. Se isto se faz com o lenho verde, que se fará com o lenho seco?

9º ESTAÇÃO: JESUS CAI PELA TERCEIRA VEZ

(Jesus cai, Verônica novamente, canta).

10º ESTAÇÃO: JESUS É DESPOJADO DE SUAS VESTES (NO CALVÁRIO)

SOLDADO 5 (segurando e observando a roupa): Essas não são vestes comuns!

SOLDADO 2 (Puxando a roupa): Essas vestes vão ser minhas!

SOLDADO 3 (Puxando a roupa): Não! Vão ser minhas!

SOLDADO 1 (Intervindo entre os soldados e mostrando um dado): Vamos tirar na sorte!

SOLDADO 1 (ao soldado 5): Tu ganhaste! (entrega-lhe a roupa)

11º ESTAÇÃO: JESUS É PREGADO NA CRUZ:

(Sons de marteladas e gritos de Jesus. Pânico entre as mulheres e João. A cruz é levantada.
Os soldados se sentam)

12º ESTAÇÃO: JESUS MORRE NA CRUZ

JUDEU 1: Olha o Rei!

JUDEU 2: Tu, que querias destruir o Templo e reconstruí-lo em três dias, salva-te a ti mesmo!

JUDEU 3: Se és o Rei de Israel, desce da cruz e acreditaremos!

JUDEU 4: Mostra teus milagres!

JUDEU 5: Ele se confiou a Deus e teve a pretensão de ser Seu Filho. Olhai-O agora!
Crucificado entre dois bandidos!

JESUS: Pai perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem!

GESTA: Se és o Filho de Deus, por que não Te salvas e a nós também?

DIMAS: Tu não temes a Deus? O nosso sofrimento é justo, mas este homem sofre
injustamente. Não seria melhor buscarmos o perdão de nossos pecados e a salvação de
nossas almas? Jesus, lembra-Te de mim quando entrares no Teu reino.
JESUS: Hoje mesmo estarás comigo no paraíso!

MARIA: Meu Filho querido, eu Te amo! Meu coração está sofrendo contigo! Querido, quero
tirá-Lo daí! Estou pedindo ao nosso Pai que tenha misericórdia de nós dois. Eu também estou
sem respiração, Meu Filho. Quando Tu eras bebê o velho Simeão no Templo me disse que
uma espada de dor iria transpassar meu coração. Agora a profecia se cumpre e meu coração
está ferido e angustiado. Estou morrendo contigo, mas firme, porque não Te deixarei! Estou
aqui de pé a Teu lado e assim estarei até o fim, meu adorado filho!

JOÃO: Senhor, eu Te amo! Perdão por não ter como salvar-Te!

JESUS: Mulher, eis aí Teu Filho! Filho, eis aí tua mãe! (pausa) Tenho Sede!

SOLDADO 4 (oferecendo a Jesus uma esponja espetada na espada): Toma! Beba vinagre com
fel! Alivia as dores! (Jesus rejeita)

JESUS: Meu Deus, Meu Deus! Por que me abandonaste?

JUDEU 2: Ele chama por Deus! Será que Deus irá salvá-Lo?

JESUS: Pai, a Ti entrego o Meu Espírito (Queda a cabeça para um lado).

MADALENA: Morreu o meu Senhor

SOLDADOS 1: Não, pode ter desmaiado ou perdido a consciência.

MADALENA: Não, Jesus morreu! (ajoelha-se)

(O soldado 1 transpassa o lado direito de Jesus com a espada. Faz um sinal afirmativo com a
cabeça, abatido. Trovões e relâmpagos)

SOLDADOS 2: Verdadeiramente, Ele era o Filho de Deus!

SOLDADO 4: E nós o matamos!

SOLDADO 3: Vamos embora daqui!

SOLDADO 5: Vamos correr!

(Os soldados fogem, desesperados. Os apóstolos chegam)

13º ESTAÇÃO: JESUS É DESCIDO DA CRUZ:

(Maria se senta. José de Arimatéia traz o sudário. Arimatéia e João colocam o pano no colo de
Maria. Nicodemos chega).

TIAGO (a Nicodemos): Nicodemos!


NICODEMOS: Meu bom Tiago, trouxe mirra e aloés para embalsamar o corpo do mestre (dá
os aromas às mulheres). Vamos tirá-Lo da cruz.

(Apóstolos descem o corpo da cruz. Jesus é colocado no colo de Maria. Maria Canta “Ninguém
te ama como eu”. As mulheres perfumam o corpo, que Maria abraça. João chora e as
mulheres, também).

14º ESTAÇÃO: JESUS É SEPULTADO

TIAGO: Não podemos demorar a sepultá-Lo. Já é sábado.

PEDRO: Onde vamos sepultar o mestre?

JOSÉ DE ARIMATEIA: Eu tenho um sepulcro novo, onde ninguém ainda foi sepultado. Fica
perto daqui. Vamos levá-Lo para lá (Saí a frente do enterro).

(Os apóstolos carregam o corpo. As Mulheres seguem).

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